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O término do casamento entre Anitta e Thiago Magalhães veio à público no último sábado, dia 8, mas a cantora continuou seguindo sua agenda de trabalho normalmente. Na mesma noite, ela se apresentou na 12ª edição do Rodeio de Itu, que aconteceu na Arena Itu, no interior de São Paulo.

Essa foi a primeira apresentação que a cantora realizou depois de confirmar o término com Thiago. No palco, a cantora surgiu com um body de veludo com uma jaqueta dourada e caprichou nas coreografias, para o delírio do público. Ela cantou seus principais sucessos como Medicina, Vai Malandra, Downton e ainda rebolou até o chão ao som de Movimento da Sanfoninha. No Instagram, ela revelou que estava acompanhada por duas amigas antes de realizar o show em Itu.

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Embora Anitta não tenha dado detalhes sobre o término do relacionamento, o colunista Léo Dias, do jornal O Dia e que está produzindo a biografia não-autorizada da cantora, divulgou que a rotina puxada da beldade teria motivado a separação. Thiago tinha planos de ter uma vida mais tranquila, bem longe dos holofotes e da agitação da vida de artista que Anitta leva.

O empresário queria constituir uma família, ter filhos e a presença da mulher em casa. Os dois, quando ainda estavam juntos, até teriam se mudado de casa para buscar mais privacidade. A cantora teria prometido ao amado que iria parar a carreira daqui a um tempo e priorizar o relacionamento, mas enquanto isso não acontecesse ele teria que acompanhar o ritmo frenético do trabalho dela. No entanto, ele teria cansado da situação e Anitta teria perdido o encanto por ele, culminando na separação.

Carolina Dieckmann foi a mais nova convidada do canal do YouTube de Giovanna Ewbank. Direto de Miami, onde mora há dois anos ao lado do marido, Tiago Worcman, a atriz falou que lá tem feito um curso de inglês para aprender a língua. Ao contar sobre sua nova rotina, definiu tudo como um sonho:

- Poder neste momento ficar um pouco mais com a minha família, estudar... eu tenho uma vida que parece sonho, eu ando de bicicleta no sol... eu me sinto sem idade, como se eu tivesse me congelado em uma bolha fora da minha vida e vivendo numa bolhinha de sonho. Eu sou muito grata.

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Ela, que tem 39 anos de idade, continua:

- Eu me sinto muito sem idade, é muito louco isso. Tem momentos do meu dia que eu me sinto com 80 (anos), que eu quero ficar lendo livro, em silêncio, ou meditar, e tem horas do meu dia eu me sinto com oito (anos).

Carol é mãe de Davi, de 18 anos, e de José, de dez anos. Seu filho mais velho, de seu relacionamento com Marcos Frota, ficou no Brasil e ela teve que aprender a lidar com a distância:

- Eu aprendi e foi bom. Ele é um homem! (...) Deu um espaço pra ele virar o homem que ele é. No começo eu chorava tanto e falava Eu não vou aguentar. E de repente você vê que ele tá se virando... deu um prazer, deu uma onda.

O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou mudanças na rotina do Tribunal da Lava Jato. Nesta quinta-feira, 11, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, informou que os prazos e as intimações nos processos físicos e eletrônicos em curso na Corte foram suspensos nos dias 23 e 24. O expediente também será alterado nessas datas. No dia 24, uma quarta-feira, o Tribunal vai julgar os recursos de Lula, condenado pelo juiz Sérgio Moro a uma pena de 9 anos e seis meses de prisão, e de outros seis réus no processo do triplex do Guarujá.

A suspensão leva em conta as medidas que estão sendo adotadas pelos órgãos de segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul e pela Polícia Federal "para garantir a segurança do público interno e externo durante a realização do julgamento da Apelação Criminal nº 5046512-94.2016.4.04.7000 no dia 24 de janeiro, às 8h30, pela 8.ª Turma".

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Por meio da portaria 32/2018, o presidente do TRF4, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores, estabeleceu que o expediente no tribunal no dia 23 de janeiro será das 8h às 12h.

No dia 24, não haverá expediente administrativo e judicial, exceto para os servidores diretamente envolvidos com a realização e apoio da sessão de julgamento.

Entenda como vai ser o julgamento no Tribunal da Lava Jato

A sessão do dia 24 terá abertura decretada pelo presidente da 8.ª Turma, desembargador federal Leandro Paulsen.

Após, o relator, desembargador federal João Pedro Gebran Neto, faz a leitura do relatório do processo. Em seguida, ocorre a manifestação do Ministério Público Federal que, levando em conta que recorre quanto à situação de diversos réus, terá o tempo de 30 minutos.

Depois, é a vez dos advogados de defesa, com tempo máximo de 15 minutos cada réu.

Ao todo será disponibilizada uma hora para o conjunto das sustentações orais da defesa, de modo que possam reforçar oralmente, nesta sessão, suas razões e seus pedidos.

A seguir, Gebran lê o seu voto e passa a palavra para o revisor, desembargador Leandro Paulsen, que dá o voto.

Paulsen é seguido pela leitura de voto do desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.

Paulsen, que é o presidente da turma, proclama o resultado.

Pode haver pedido de vista. Neste caso, o processo será decidido em sessão futura, trazido em mesa pelo magistrado que fez o pedido.

O dia a dia de trabalho em shopping centers é mal visto por muitas pessoas, com “fama” de ambiente de pouca remuneração para um trabalho que é cansativo, extenuante, repleto de exigências e com poucos benefícios em retorno. Recentemente, muitos internautas compartilharam e debateram em meio a diversas opiniões distintas o relato de uma vendedora carioca que falava de rotinas com assédio moral e sexual, jornadas sem horário fixo, longas horas de pé e metas de venda quase inatingíveis das quais depende o recebimento das comissões que se integram ao salário fixo, que seria baixo. 

Os últimos dias do ano, muito aguardados pelo comércio e mercado varejista para ampliar o faturamento com o crescimento das vendas de presentes de natal e ano novo, costumam ser bastante cheios para os funcionários de lojas de shopping centers, especialmente quando os estabelecimentos comerciais ampliam o horário de funcionamento próximo às festas de final de ano. Nesse cenário, o LeiaJá elaborou uma reportagem ouvindo pessoas que trabalham e trabalharam em lojas de shopping centers para entender como é, afinal, trabalhar neste segmento comercial e quais são as vantagens e desvantagens desse emprego. 

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“Mas eu gostava”

Aline kathyllyn já trabalhou em uma loja de roupas em um shopping localizado na cidade do Recife durante mais de três anos e meio e atuava como assistente, ajudando os clientes no que eles precisavam a respeito dos produtos que estavam a venda. Aline, que também é cantora em bandas de brega, conta que, em dias comuns, trabalhava com jornadas de 7h20 por dia, com mais uma hora de intervalo para descanso e almoço, totalizando 8h20 de trabalho, sempre de pé. As folgas, segundo ela, eram no regime de seis dias de trabalho para uma folga, ganhando também um dia livre durante a semana se fosse trabalhar no domingo e um dia a mais de folga no mês caso trabalhasse em feriados. 

Em dias de maior movimento em que a loja precisava, a carga horária podia ser aumentada em mais duas horas, totalizando uma jornada de trabalho com 10h20. Outra exigência dizia respeito à aparência, segundo Aline: era preciso estar usando farda, sempre maquiada e cabelos sempre arrumados. No entanto, ela destaca que não havia discriminação sobre cor ou volume dos cabelos dos funcionários, por exemplo.  

A remuneração, de acordo com ela, era de R$ 1060, além das gratificações que dependiam de alcançar metas estabelecidas pela chefia. Sem meta, sem gratificação. Aline conta que se conseguisse bater completamente a meta durante seis meses, a gratificação era de 25% do salário, mas que o departamento tinha um volume de vendas muito grande e que com a queda do movimento trazida pela crise financeira, atingir a meta se tornava ainda mais difícil. 

Perguntada sobre quais eram as maiores dificuldades, Aline explica que o mais difícil era lidar com pessoas, principalmente alguns dos clientes que, segundo ela, “já saem de casa com mal humor e descontam em qualquer pessoa”, e que a lidar com os chefes era tranquilo mesmo tendo momentos desagradáveis. Apesar disso, Aline afirma que mesmo sendo difícil, era um trabalho que lhe agradava. Segundo ela, era uma rotina “um pouco cansativa, mas eu gostava”. 

“Sempre tem um jogo de cintura”

Angelle Weslanne atua em uma empresa que vende joias e semi-joias em um shopping localizado no município de Jaboatão dos Guararapes no setor de vendas e, segundo ela, seu papel é “manter meu setor de trabalho agradável para receber meus clientes”. Ela recebe R$ 1015 e uma comissão de 3% e cima do valor vendido e recebe premiações caso bata metas estabelecidas pela loja. 

Angelle precisa trabalhar sempre com calçados pretos, maquiada, com farda e cabelos alinhados. Angelle trabalha de pé, mas segundo ela tem a oportunidade de se sentar também. Sobre o ambiente de trabalho nos shoppings, Angelle acredita que “quem faz o setor de trabalho também é você” e que “para um bom funcionário nunca vai existir ambiente ruim para se trabalhar”. Apesar disso, ela conta que já ouviu de amigos que trabalham em outras lojas de shoppings relatos de empresas que não reconhecem o serviço prestado pelos funcionários e também de salários muito baixos. 

Perguntada sobre a existência de dificuldades para trabalhar com o público, ela explica que é um trabalho por vezes difícil, mas que há treinamento para desempenhá-lo sem maiores problemas. Segundo Angelle, “sempre existe em todos os lugares o cliente que quer tirar sua paz mas somos capacitados para saber lidar com todas as situações, a forma de falar é o ponto principal de um início de uma boa conversa e quem mais sabe se sair educadamente sou eu”. 

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Parece que a mais nova mamãe de gêmeos, Beyoncé, está pronta para recuperar sua forma física. Segundo o E! Online, recentemente a estrela esteve em uma aula de spinning na companhia do maridão, Jay Z. Sem exageros, a cantora está regressando aos poucos a sua rotina de exercícios, como descreveu uma fonte da publicação.

"Ela estava totalmente imersa na música, balançando a cabeça. Ela foi capaz de ficar durante a aula inteira e usar os pesos sem nenhum problema".

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Uma segunda testemunha garantiu que ela estava definitivamente inspirada e motivada, mas ainda que ame pedalar, ela estava tendo o cuidado de voltar aos poucos. Mas retomar o corpão de antes inclui também aderir à dieta, o que a bela tem feito com sucos verdes e prestando atenção a tudo que coloca em seu corpo.

Os sete primeiros dias de Liliane Pataquiva, de 38 anos, no Brasil foram vividos à base de água e arroz, nada mais. Nos quatro meses seguintes, teve de aceitar um emprego informal, a recusa de uma escola em matricular o filho caçula, Angelo, de 14 anos, e a burocracia exigida por locatários para conseguir moradia. "Muitas vezes aceitamos o que não devíamos porque não sabíamos se era um direito", diz a colombiana, que está há dois anos e meio no País. Ela será atingida pela nova Lei de Migração.

Dentre as garantias da nova legislação está a possibilidade de estrangeiros serem atendidos na rede pública de educação e de saúde e de tirarem carteira de trabalho, para conseguirem uma vaga na economia formal. A lei também facilita a obtenção de documentos e a regularização da situação sem a necessidade de sair do País. E coíbe a xenofobia e o racismo. Há ainda pontos considerados polêmicos, como a anistia aos imigrantes que já estão no Brasil, a proibição de deportação imediata e a permissão para que integrem partidos políticos e sindicatos.

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O direito à "acolhida humanitária" poderia ter evitado as dificuldades burocráticas enfrentadas por Liliane, que só conseguiu alugar uma casa porque um "anjo" aceitou. "Meu contrato é de confiança."

Um ano depois, Liliane voltou a trabalhar atrás de um fogão, como nos 12 anos em que manteve um restaurante em Bogotá, com o marido Cesar Giovanni, de 36 anos. Com uma foodbike, lançou a Arepas Urbanika, especializada em arepas, espécie de pão de farinha de milho recheado, típico da Colômbia. Por ter um visto temporário, mesmo há dois anos no País, não conseguiu comprar um veículo para transportar a bicicleta. "Fui em tudo que é concessionária. Diziam que o Brasil tinha feito um favor em nos aceitar. Não imaginava que seria tão difícil."

Por isso, chegou a acumular mais de três meses de contas de água, eletricidade e internet, que foram quitadas quando colocou uma banca culinária em um galpão na Vila Madalena, na zona oeste, e o marido foi atrás de outro emprego em um restaurante.

"Dizem que essa nova lei vai nos dar os mesmos direitos que os dos brasileiros. O que queremos é ficar aqui, trabalhar, construir uma vida, nada mais. As pessoas gostam da minha comida, por que então não poderia ficar?", indaga a colombiana, que também é mãe de Daniel, de 22 anos, que se mudou para o País após receber ameaças por se recusar a pagar propina a organizações criminosas.

Emprego de ‘imigrante’. Mohamad Alsaheb, de 35 anos, era designer gráfico e de animações em vídeo em Damasco, na Síria. Refugiado, ficou "por acaso" no Brasil, após ter a entrada negada na Europa. "Aqui é fácil chegar, mas, também, depois que a gente entra, tem de se virar totalmente sozinho", diz ele, que relata dificuldades de encontrar emprego em sua área e hoje trabalha como professor de árabe e inglês e designer de tatuagem de henna.

"Eu gosto de ensinar línguas, comecei como voluntário, mas vejo que as pessoas não conseguem entender que a gente sabe fazer outras coisas, não acreditam quando conto qual era a minha profissão", afirma ele, que está no País há dois anos.

Aprovada pela Câmara e pelo Senado, a Lei da Migração foi enviada anteontem para o Palácio do Planalto. O texto será analisado pela Casa Civil e pelos ministérios envolvidos e, segundo o Estado apurou, deve ser sancionada pelo presidente Michel Temer com poucos vetos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nos três estados que mais registraram casos de infecção pelo vírus Zika e de bebês com microcefalia - Bahia, Pernambuco e Paraíba - , diferentes mães estão traçando um mesmo enredo de dúvidas, angústia e invisibilidade. A epidemia que chamou a atenção do mundo todo tem deixado suas principais vítimas na sombra. Donas de uma vida já difícil, mulheres nordestinas agora carregam diariamente seus filhos em busca de tratamento. Nesta sexta-feira (11) completa um ano desde que o Ministério da Saúde decretou a epidemia como Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

O choro dos bebês ecoa nos corredores dos hospitais e centros de reabilitação.  Os exercícios de fisioterapia parecem um martírio para as crianças, que desde o nascimento são desafiadas a transpor seus limites. “As crianças que nascem com diagnóstico de microcefalia tem alteração do sistema nervoso central que podem afetar o desenvolvimento típico da criança e dificulta que elas tenham aquisições dentro do tempo certinho. Aí o papel da fisioterapia precoce é minimizar essas disfunções”, explica a fisioterapeuta Patrícia Carvalho, do Centro de Reabilitação Irmã Dulce, em Salvador.

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Se para os bebês parece um sofrimento, para as mães as terapias representam a esperança de amenizar as sequelas. “Eu acho que o maior medo delas é que eles não sentem, não andem, não falem”, explica a fisioterapeuta Jeime Leal, do Hospital Dom Pedro I, em Campina Grande (PB). Jeime ouve diariamente o desabafo das pacientes. “Às vezes elas chegam aqui, choram, choram, choram e eu não tenho muito o que falar, porque elas já são guerreiras por estarem nessa batalha. Eu sei que elas realmente não estão preocupadas com elas mesmas, nem com o marido, nem com nada, só com a criança. Elas fazem de tudo para não perder nenhuma sessão. Então, acho que isso tem sobrecarregado um pouco elas. Não sei até que ponto, nem até quando elas vão conseguir suportar tudo isso sozinhas.” relata.

Sandra Valongueiro, pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), também ressalta a importância de voltar a atenção para as mulheres. “Você imagina o que é passar a gravidez inteira com essa angústia. Essas mulheres precisam de apoio do Estado, da sociedade e das comunidades. Não é vitimizar as mulheres, mas colocá-las nos lugares onde elas devem estar. Se a maternidade no Brasil é tão importante, do ponto de vista simbólico, porque ela não é importante na prática?”, questiona.

"O meu medo era como ia ser a feição dele, se ia ser bonito"

Foi com silêncio e lágrimas que Paula Custódio reagiu à pergunta: qual é o seu sonho? Paula não revelou com o que sonha, mas contou como sua história mudou depois no nascimento de Anthony, seu primeiro filho. “Quando a gente soube, foi assustador porque eu nunca tinha ouvido falar sobre isso. Não tinham outras pessoas ao meu redor, como eu vejo hoje, que tivessem outras crianças [com microcefalia]. Primeiro, o médico não soube falar o que era. Eles só assustavam, diziam que a criança corria risco de morrer, falavam que ele não ia andar. Foi quando mandaram a gente para um médico aqui em Salvador. Ele me tranquilizou mais, disse que já viu casos piores, então era para curtir o resto da gravidez e esperar nascer”, relembra.

Paula é cuidadora de idosos e mora em Esplanada, a 165 quilômetros de Salvador. No início da gravidez, sentiu dores nas articulações. Fez o teste de sorologia e cinco meses depois do nascimento de Anthony ainda não tinha o resultado do exame. A suspeita de que foi infectada pelo vírus Zika surgiu no último ultrassom, que detectou a microcefalia no bebê. “O meu medo era como ia ser a feição dele, se ia ser bonito. Porque no começo, quando fui olhar na internet, só tinha umas imagens feias”, relata.

O diagnóstico da microcefalia de Anthony foi feito pelo médico do interior, que imediatamente encaminhou o caso para Salvador. Os cuidados com o filho obrigam Paula a se deslocar pelo menos três vezes por semana para a capital, com o carro da prefeitura de sua cidade. Apesar da agenda cheia com a atenção especial ao bebê, Paula tem conseguido conciliar a nova rotina com o trabalho de cuidadora de idosos. E não deixou de sonhar, pelo filho e por ela. “Eu tenho vários sonhos. Só que o principal, fora ele, tem um que eu não quero falar agora”, diz emocionada.

“Tenho planos...”

Lucilene Guimarães Moreira, 22 anos, mora em Monte Santo, “oito horas de relógio” de Salvador, como ela mesma descreveu. O olhar desconfiado e tímido muda no momento em que observa a filha na incubadora. Cauane Vitória nasceu com microcefalia e precisou passar os primeiros meses de vida na UTI neonatal para aprender a sugar. O primeiro desafio da menina foi vencer a recuperação da gastrostomia, cirurgia para colocar uma sonda no estômago.

No corredor do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, Lucilene segue acompanhada do companheiro Ronaldo de Jesus Guimarães, 32 anos. Eles são primos e estão juntos há um ano e meio. Não planejaram a gravidez, mas também não evitaram: ela diz que não estava usando nenhum tipo de método contraceptivo. Os sintomas de febre, dor de cabeça e dores no corpo a levaram ao médico. Foi assim que descobriu que estava com a febre chikungunya e grávida de dois meses. Combinação que, mais tarde, levou ao diagnóstico de microcefalia no bebê. "Eu tomei um susto, ao mesmo tempo estava ciente que estava acontecendo isso", conta.

Ronaldo é ajudante de pedreiro e também presta serviços gerais. Ficou desempregado por mais de um ano devido à rotina de acompanhar diariamente Lucilene e a filha ao hospital. Sem renda, o casal teve que se mudar para a casa da mãe do rapaz. Para acompanhar a filha na UTI, eles intercalam oito dias em Salvador e oito dias em Monte Santo. Na capital baiana, se hospedam em uma pousada perto do hospital. Quem paga o transporte e a hospedagem é a prefeitura de Monte Santo.

Será assim enquanto Cauane estiver na UTI. E, depois da alta, a mãe sabe que sua rotina não será muito diferente.“Vou ficar todo mês indo para o médico com ela, fazendo acompanhamento, vou ter que dar muita atenção, carinho, ter muitos cuidados especiais”, diz. Antes da gravidez, Lucilene pretendia fazer um curso de enfermagem. O sonho foi adiado por um tempo. Mas a jovem fala com o verbo no tempo presente: “tenho planos” e o que mais quer nesse momento é que sua filha “cresça com saúde, tenha um futuro bom e possa ser normal como qualquer pessoa”.

“Deus está testando a fé de cada mãe”

A voz suave e o rosto de menina contrastam com o tamanho da responsabilidade que Amanda dos Santos Oliveira carrega nos braços. A jovem de 19 anos é mãe de Emanoel, um dos bebês afetados pela Síndrome Congênita do Zika em Campina Grande (PB). Amanda descobriu que estava grávida aos cinco meses de gestação. A essa altura, o relacionamento com o pai da criança já tinha acabado.
A gravidez inesperada passou rápida e sem complicações. Em 14 de dezembro de 2015, Emanoel nasceu na cama dos pais de Amanda: a bolsa estourou e não deu tempo de ir para o hospital. Quando o Samu chegou, o bebê já estava nos braços da mãe, ainda ligado pelo cordão umbilical. Levados para o hospital, receberam os primeiros cuidados e também a notícia de que Emanoel tinha microcefalia. A equipe médica falou primeiramente com os avós, para não assustar a mãe. Passados alguns dias, Amanda soube do diagnóstico e chorou. E lembrou que durante a gravidez apareceram algumas manchinhas vermelhas em seu corpo, um dos sinais característicos da infecção pelo vírus Zika.

No bairro José Pinheiro, periferia de Campina Grande, a vida no barraco de poucos metros quadrados ficou ainda mais apertada. Nos fundos do quintal, Amanda divide um único cômodo com o pai, a mãe, o irmão, o filho e os animais de estimação. Uma cama de casal, um beliche, um guarda-roupa pequeno, uma geladeira e um fogão compõem o mobiliário da casa. Emanoel não tem berço, dorme com a mãe na parte de baixo do beliche. Todo o enxoval do menino foi doado.

Antes de Emanoel, a única responsabilidade de Amanda era com os estudos. Hoje, leva uma rotina de compromissos diários com o filho: consulta, exame, fisioterapia, amamentação. “Não posso mais estudar por causa dele. Antes eu saía com minhas amigas e elas vinham aqui. Eu não importava, dormia até altas horas. Agora acordo cedo, cuido dele, dou banho, ajeito, faço tudo”, descreve.

A mãe da jovem faz faxina e ganha R$ 50 por semana. O pai trabalha fazendo serviços gerais e Amanda aguarda resposta do pedido que fez para receber o Benefício de Prestação Continuada. Na Justiça, ela pede para que o pai do menino reconheça o filho e pague a pensão alimentícia. A jovem conta toda sua história sem tirar o sorriso do rosto e credita tudo o que está passando a uma missão divina. “Não dá para explicar de onde eu tiro força. É só de Deus mesmo. Se ele me deu, eu tenho que ir até o fim. Acho que ele está testando a fé de cada mãe, não só da minha, mas de cada mãe”, diz.

“Ele está reagindo bem ao tratamento, está valendo a pena"

É na alta madrugada que Miriam de França Araújo se levanta, arruma o bebê, toma café e espera pelo carro da prefeitura na zona rural. O motorista chega por volta de 3h e a leva com seu filho por uma estrada de terra sinuosa e cercada pela vegetação peculiar do sertão do Cariri. Já são 4h quando ela chega ao centro de São José dos Cordeiros e troca de transporte. Embarcada na van da prefeitura, segue para o seu destino final: o Hospital Dom Pedro I, em Campina Grande (PB). A maratona se repete pelo menos três vezes por semana para que seu filho Lucas faça fisioterapia e receba assistência médica.

No caminho, o dia vai nascendo. A chegada ao hospital é sempre por volta de 6h30 - ainda falta meia hora para começar a fisioterapia. Sentada na recepção, enquanto o bebê dorme em seu colo, ela conta sua história. “Olha, a história minha e do Lucas é uma história muito bonita. É uma coisa assim, difícil de contar, tem atropelos. É muito cansativo também. Tem os momentos ruins, os momentos bons. Mas, eu estou lutando junto com ele. Ele está reagindo bem ao tratamento, está valendo a pena. Não estou vindo para cá em vão. Ele está tendo tratamento aqui de vários médicos, graças a Deus: oftalmo, otorrino, depois ele vai começar no fonoaudiólogo”, comemora a mãe.

Com 25 anos, nascida em Serra Branca, interior da Paraíba, mãe de uma menina de 7 anos, Miriam não planejava ter o segundo filho. Estava tomando antinconcepcional, mesmo assim engravidou. Ela e o companheiro não vivem mais juntos. No oitavo mês de gestação, ela teve os sintomas do zika. “Eu fiz meu pré-natal normal. Eu não tive nenhum problema durante a gravidez, só no oitavo mês que eu tive essa zika, fiquei internada e tudo. Se não foi a zika, foi Deus que permitiu que ele nascesse assim”, afirma.

A culpa que Miriam sentia foi aliviada pelo acompanhamento psicológico oferecido pelo hospital. A mãe agora se dedica à rotina de tratamento do filho, principalmente as sessões de fisioterapia. "Ele tinha o corpo todo duro, todo entrevado. Era difícil ele soltar som, o choro dele era como se fosse um choro de miado de gato. E agora está praticamente como uma criança normal: ele chora, diz “mama”. Ele brinca, conversa, ri, ele já me conhece, conhece minha filha. Os momentos bons são esses", conta.

Como boa parte das mães de bebês com microcefalia, Miriam passa por dificuldades financeiras. A jovem mora com os pais e ganha R$ 233 do Bolsa Família. O ex-companheiro ajuda quando dá. Com o ensino médio completo, Miriam espera logo poder realizar seu sonho: fazer faculdade e conquistar a casa própria. Sorte não está faltando. Em um sorteio de comemoração ao Dia das Mães no hospital, a jovem foi presenteada com uma bolsa de estudos de uma Faculdade de Campina Grande. “Eu escolhi para Letras ou pra Pedagogia. Porque minha psicóloga daqui acha que eu me identifico muito com a pedagogia. O meu sonho é terminar os meus estudos, fazer um bacharelado e ter minha casa própria.” revela.

Nem comida gourmet nem ciclovia. O que os paulistanos realmente querem na Avenida Paulista, nos últimos dias, é jogar "Pokémon Go". O aplicativo dos monstrinhos virtuais, que chegou ao Brasil na última quarta-feira (3) dominou os smartphones e transformou os transeuntes de São Paulo em verdadeiros zumbis, assim como nos quase 60 países onde o game está disponível no mundo.

Embora o desenho seja voltado para crianças, "Pokémon Go" não tem restrição de idade. O analista de sistema Marcos Alexandre, de 34 anos, comemorava em voz alta com os amigos a captura de um "Pidgey", um dos monstrinhos do jogo. "Alguém vai acabar sendo atropelado nessa brincadeira", disse, enquanto atravessava a rua.

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Do outro lado da rua estava a arquiteta Denise Córdoba, de 38 anos, que trouxe dois filhos pequenos para jogar. Jonatas, 11 anos, e Felipe, 6 anos, não tiravam os olhos do celular. "Não pude levá-los para a escola hoje, então os trouxe para brincar", disse a mãe.

A rotina de prédios conhecidos também foi alterada. Diversos deles se tornam ginásios - locais onde é possível promover batalhas entre pokémons - ou "PokéStops", onde o jogador coleta itens que ajudam na evolução do personagem. O prédio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), por exemplo, é um PokéStop. "Tem muita gente andando pela faculdade para capturar", conta o estudante de administração Matheus Assy, 21 anos. "Estão até matando aula", complementa.

No prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a expressão pagar o pato, usada em campanha da entidade contra o aumento de impostos, ganhou novo significado. Afinal, na região, o que os jogadores realmente querem agora é capturar um "Psyduck" - uma criatura pato do tipo água.

A adesão em massa dos brasileiros - e de jogadores de outros países da América Latina - deve ter grande impacto no número de usuários do jogo, embora a Niantic, principal desenvolvedora do game, não divulgue números sobre a estreia na região.

Algumas empresas do mercado dão pistas do sucesso do game, como a norte-americana App Annie. Ela informou que "Pokémon Go" assumiu a liderança da lista de aplicativos mais baixados em iPhones no Brasil em apenas um dia.

Reunião de amigos

Jogar "Pokémon Go" virou uma boa desculpa para sair de casa e explorar a cidade, não só na região da Avenida Paulista. Na tarde desta quinta (4), Romero Muniz, 25 anos, que ficou desempregado recentemente, chamou dois amigos para caçar no Parque do Ibirapuera. "Cheguei aqui há mais de quatro horas e não parei", diz o jovem, sem desgrudar o olho da tela do celular. "O Ibirapuera reúne mais pessoas, o que atrai mais pokémons", complementa.

A aventura no Ibirapuera rendeu frutos. "Já tenho mais de 570 pokémons em minha coleção", conta Muniz, com um sorriso no rosto e a certeza que voltará amanhã com os amigos. "Só hoje, foram mais de 300", ressaltou.

Muniz não foi o único a aproveitar a tarde para jogar. João Oliveira e Gabriela Voltri estão em férias e, em meio às partidas de basquete, resolveram jogar "Pokémon Go". A namorada, porém, virou espectadora depois que a bateria de seu celular se esgotou - um efeito colateral de escolher um jogo pesado.

Ali perto, dois amigos já aprenderam a lição e só saem de casa com baterias extras. "Moro no Morumbi e lá não tem tantos pokémons", explica Olavo Muratorio. "O jeito é pegar o celular, a bateria e sair jogando por aí", pontua.

O aposentado Élcio, de 70 anos, ainda guarda o punhado de estilhaços e as balas que atingiram sua casa na madrugada de 14 de março, quando o bairro São Bernardo, em Campinas, foi transformado em praça de guerra. Cerca de 30 homens com armas pesadas, como metralhadoras .50, ocuparam o bairro e atiraram para todos os lados, enquanto explodiam a sede fortificada da empresa de transporte de valores Protege para roubar R$ 48 milhões. Em seguida, deixaram um rastro de veículos incendiados.

As marcas de quatro tiros estão na fachada da residência de Élcio - fora os tiros que estilhaçaram os vidros da janela e atingiram a porta do quarto. Morador há quase 50 anos do bairro, agora ele pensa em deixar o local. "Aqui o perigo continua."

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O vizinho, seu Pedro, mostra os sete tiros que atingiram a fachada de sua casa. "Os policiais se protegeram atrás do muro e atiravam na direção da Protege, mas o fogo que vinha de lá não tinha comparação, a polícia não conseguia avançar." A casa fica a três quadras da empresa atacada. Desde o mega-assalto, a rotina do bairro predominantemente residencial e antes pacato, mudou radicalmente. "Não saímos mais à noite e, mesmo de dia, a gente anda na rua sobressaltado. Toda hora passa carro-forte e a situação é de pânico", diz o aposentado Décio Duarte, de 70 anos.

Morador a duas quadras da Protege, naquele noite ele acordou com os estrondos. "Foram duas explosões e na hora falei para minha mulher: estão assaltando a Protege." Uma fábrica de lingerie teve a fachada atingida por 12 tiros. O gerente conta que, desde o assalto, funcionários pediram transferência para outra unidade. "Meu nome? Não posso falar, é perigoso, eles podem voltar. Passa carro-forte a toda hora e ninguém mais está seguro aqui."

Saída

Basta circular pelo bairro para ver casas e pontos comerciais com placas de "aluga-se" ou "vende-se". O aposentado Claudio Silva, de 69 anos, conta que, depois do assalto, o vizinho se mudou para a casa dos filhos, em Atibaia. Silva mandou retirar a grade vazada e ergueu um muro maciço. Ele pôs o nome em dois abaixo-assinados à prefeitura que pedem a saída da Protege do bairro.

A dona de casa Luzia Amador, de 70 anos, que também assinou o documento, disse que passa os dias trancada em casa com o marido. "Moramos aqui há 30 anos e eles (Protege) chegaram por último."

A prefeitura afirmou ter criado um grupo de trabalho para discutir o problema. A Protege informou que não tem responsabilidade pelo ataque à base de Campinas e o assunto é exclusivo de segurança pública.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No centro da cidade mais rica do País, moradores de rua correm durante toda a noite atrás de caminhões com comida, agasalhos e cobertores. Eles chegam até a se agredir quando os mantimentos são distribuídos por religiosos e voluntários. A cena cotidiana de São Paulo lembra as de campos de refugiados no exterior, onde quem não tem nada luta para sobreviver.

A população em situação de rua de São Paulo se amontoa no corredor que começa na Praça da Sé, passa pelo Pátio do Colégio, vai até o Largo São Bento e termina na Praça do Patriarca. O sopão é distribuído por igrejas evangélicas, na maioria das vezes. Já as sacolas de roupas e cobertores são entregues por voluntários que se articulam pelas redes sociais. De sexta-feira, 17, para sábado, 18, a reportagem acompanhou a rotina das ruas.

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"Organizamos doações dos fiéis e nos dirigimos para cá, em geral às sextas-feiras", disse o pastor Luciano Souza da Silva, de 28 anos. Os evangélicos, porém, enfrentam desafios: na rua, vale a lei do mais forte. Os pedidos de respeito às filas raramente são respeitados. Os mais violentos e impacientes têm de ser atendidos primeiro.

Cada um, assim, faz o que pode: "Estou com um machucado na perna, não tem como você ver um cobertor para mim?", disse ao Estado uma mulher na casa dos 60 anos, que mancava e caminhava com dificuldade. Pouco antes, no entanto, sem mancar, ela corria para ser a primeira da fila de um dos veículos de doação, onde uma confusão logo havia formado. Um dos voluntários terminou por ajudá-la, sem fazer julgamentos.

Na Praça da Sé, houve até congestionamento de doações. "Isso aqui também é um fluxo, o fluxo das doações", afirmou Cleiton Marciano, morador local, usando expressão que serve tanto para descrever a área de maior movimento dos bailes funks como o local de venda e consumo de drogas na cracolândia, na Luz, região central.

A ajuda chega a todo momento. "Começa com sopão de um, de outro, e depois roupa, cobertor. Quando está para amanhecer, trazem café com leite e pão", contou uma moradora de rua, que não quis se identificar, com o filho no colo. "Nesta semana está vindo muita gente para doar roupa e cobertor, porque já morreram cinco", disse a jovem, repetindo informações divulgadas pelo padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, ainda não confirmadas pela Prefeitura.

Os voluntários admitem a influência do noticiário. "Fizemos uma campanha em um site e conseguimos juntar R$ 7 mil. Montamos kits com luva, touca, meia e cobertores, ao custo de R$ 21 cada", disse Rafael Rios, de 30 anos. Questionado sobre a forma como a gestão Fernando Haddad (PT) conduz o tema, ele se mostrou decepcionado e classificou a fala do prefeito sobre "refavelização" como uma "infelicidade".

A declaração foi dada após o jornal O Estado de S. Paulo revelar, na terça-feira, 14, que guardas-civis estavam recolhendo colchões e papelões dos moradores de rua nas noites mais frias dos últimos 22 anos. Em seguida, Haddad pediu desculpas e elaborou decreto para proibir a remoção dos itens.

As reclamações dos moradores de rua não se restringem, porém, apenas ao poder público. "Olha, já que o senhor está fazendo uma reportagem, gostaria que escrevesse que os evangélicos deveriam se conversar, se organizar, para um dar arroz com feijão, outro dar sopa, outro dar outro prato. As pessoas têm necessidades muito diferentes por aqui", disse um homem de barba aparada, que não quis dizer o nome.

Poder Público

Em um período de cerca de três horas, a reportagem viu dois veículos do governo do Estado, cedidos para as igrejas evangélicas que faziam suas ações.

Moradores de rua disseram que peruas de programas assistenciais da Prefeitura ficam estacionadas em um ponto da Praça da Sé, de onde agentes partem a pé para abordá-los e oferecer abrigo. Na sexta-feira, segundo eles, a ação dos funcionários municipais já havia sido finalizada.

Questionada sobre a ausência de servidores nas ruas, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads) informou, em nota, que os trabalhos na madrugada são feitos por meio de rondas em pontos com grande concentração de moradores de rua e que equipes atuam em diferentes bairros da cidade. (Colaborou Paula Felix)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Buscando manter a rotina no dia em que a Câmara dos Deputados decide sobre a admissibilidade do pedido de impeachment, a presidenta Dilma Rousseff andou de bicicleta nesta manhã nos arredores do Palácio da Alvorada, em Brasília, sua residência oficial.

O exercício matinal da presidenta ocorreu de forma diferente da usual. A presidenta, que costuma andar de bicicleta por volta de 6h, saiu do Alvorada às 7h40 e encurtou o trajeto que geralmente costuma fazer.

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Quando se dirigia a uma das saídas do palácio, acompanhada de seguranças, ela percebeu a presença dos jornalistas e desviou o caminho que geralmente costuma fazer. Dessa vez, saiu pela via principal de acesso ao Alvorada e passou em frente ao Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, que tem protagonizado um embate público com ela nos últimos dias.

Abordada por um jornalista que registrou o evento, a presidenta evitou conversas e respondeu apenas ao cumprimento de "Bom dia". Ela também procurou não olhar diretamente para as câmeras. O exercício, que costuma durar cerca de 50 minutos, foi cumprido em apenas 15.

Dilma deve passar o domingo no Alvorada, reunida com os ministros mais próximos, acompanhando a votação dos 513 deputados que vão aprovar ou rejeitar o parecer favorável ao prosseguimento do impeachment no Congresso.

Até as 9 horas de hoje (17), a agenda presidencial divulgada pela assessoria do Palácio do Planalto informava que Dilma não tem nenhum compromisso oficial agendado.

No entanto, ela deve receber assessores e ministros do seu núcleo duro como Jaques Wagner, do Gabinete Pessoal da Presidência, Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, e José Eduardo Cardozo, Advogado-Geral da União.

Independentemente do resultado, Dilma ou um integrante do governo vai se manifestar após a votação, cuja previsão de término é por volta de 21h.

Para que a Câmara autorize o Senado a julgar as denúncias por crime de responsabilidade que podem levar ao impeachment da presidenta serão necessários pelo menos 342 votos favoráveis – dois terços do total de 513 deputados. A votação está prevista para começar as 14h. Se a Câmara julgar admissível o processo, a palavra final sobre o futuro político da petista caberá ao Senado.

Nos últimos dois dias, a agenda da presidenta sofreu mudanças de última hora. Ontem (16), estava prevista a participação de Dilma em um ato promovido por movimentos populares contrários ao impeachment, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF). A participação da presidenta, no entanto, foi cancelada.

Na sexta-feira (15), Dilma já tinha cancelado o pronunciamento que faria em cadeia nacional de rádio e televisão. O Palácio do Planalto preferiu evitar novos conflitos antes da votação da Câmara. O partido Solidariedade anunciou que, se preciso, recorreria à Justiça para impedir a transmissão do pronunciamento. A legenda alegava que a iniciativa configuraria desvio de finalidade no uso da prerrogativa presidencial de convocar a rede para falar à nação.

O vice-presidente Michel Temer, que igualmente alterou sua agenda e viajou para Brasília nesse sábado (16), também não tem compromissos oficiais na agenda.

Habituado a agendas diárias, desde que assumiu o governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) esteve em silêncio durante toda esta semana. A frase "o governador não terá agenda pública" foi a mais repetida pela assessoria de imprensa do Governo nos últimos dias. Focado em amenizar a crise do sistema prisional estourada na segunda-feira (19), quando ocorreram os primeiros motins, resultando em uma rebelião de três dias, o socialista optou por articular as ações governamentais sem sair do Palácio do Campo das Princesas. 

Com o fim da crise, nessa quarta-feira (21), a rotina do gestor começou a ser retomada, apesar da ausência de assinaturas de ordens de serviço, vistorias em obras e posses de servidores. As agendas públicas, no entanto, só voltarão neste fim de semana, quando o gestor deverá passar pela Mata Norte. Reforçando o foco de reorganizar a região, com a qual o estado segue em pendência desde 2010. 

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Além das atividades externas ao Palácio, Câmara também voltará a discutir a composição do Governo. Agora mirando o terceiro escalão, o gestor deve definir, nos próximos dias, como será a distribuição dos cargos entre os 21 partidos que formaram o leque de aliança com o qual foi eleito. Alguns já estão contemplados com o primeiro e o segundo escalão, porém o socialista ainda tem dívidas pendentes. 

 

O último sábado (7) transcorreu sem maiores acidentes na Região Metropolitana do Recife, ao menos de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBM - PE). Ao todo foram registradas 109 ocorrências pelo CBM nas últimas 24h, todas consideradas rotineiras e sem maiores destaques.

Por sua vez, a PRF registrou dezesseis acidentes envolvendo vinte e nove veículos, com dezessete feridos e um óbito. O orgão ainda informou que realizou oitenta e dois testes com bafômetro, que resultaram em uma prisão. No geral, dos seiscentos e setenta e sete veículos fiscalizados, apenas onze carros e nove carteiras de habilitação foram retidas.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou há pouco o hospital Sírio-Libanês onde realizou na manhã deste sábado (10) uma série de exames para avaliar o atual estado de saúde após o câncer na laringe, diagnosticado em 2011. O último exame feito pelo ex-presidente, em abril, apontou que não havia nenhum desdobramento marginal da doença. Lula deixou o hospital sem falar com a imprensa.

O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco não registrou casos de destaque nas últimas 24 horas. De acordo com informações dos plantonistas, foram registrados 105 ocorrências, todas consideradas de rotina.

Para garantir a segurança da população, os bombeiros disponibilizam em sua página eletrônica todos os contados da corporação. Clique AQUI e veja as informações

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A manhã deste domingo (1º) está tranquila na Região Metropolitana do Recife, pelo menos no que diz respeito às ocorrências do Corpo de Bombeiros. Das 8h até o momento, foram registradas 15 ocorrência, entretanto, todas consideradas de rotinas.

Dentre os casos registrados, estão corte de árvores e captura de animais. Em relação a casos de incêndio, nada grave foi registrado, mesmo muitas pessoas utilizando fogos de artifício por causa das comemorações juninas.



 

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