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A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta segunda-feira (14), no Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, que vai defender a Petrobras a qualquer circunstância. A petista fez o comentário em menção a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a oposição está tentando instalar no Congresso Nacional para apurar a compra de uma plataforma petroleira, em Pasadena, nos Estados Unidos da América (EUA).
“Mais que uma empresa a Petrobras é o símbolo do nosso país, por isso ela jamais vai se confundir com qualquer mal feito ou ato de corrupção. O que tiver de ser apurado, com o máximo de rigor, vai ser. E o que tiver que ser punido, com o máximo de rigor, também será”, cravou a petista. Segundo Dilma a estatal tem sido vitima de ataques maldosos de pessoas que não desejam ver o crescimento da indústria naval no país.
A presidente deixou claro que como chefe de Estado vai defender o legado da petroleira. “Como presidenta eu defenderei, em qualquer circunstancia e com todas as forças, a Petrobras. Não ouvirei calada qualquer denúncia de tráfico de influência, corrupção ou ato ilícito. Não ouvirei calada a campanha daqueles que querem, por proveito político, prejudicar a Petrobras”, disparou. Durante todo o discurso, Dilma afagou a presidente nacional da estatal, Graça Foster, pontuando as dificuldades vividas pelas duas, quando faziam parte do Conselho da Petrobras, justamente no ano em que foi efetivada a compra em Pasadena.
De acordo com Dilma, as “pessoas maldosas” estão escondendo os “grandes feitos, manipulando dados e distorcendo análises”, para fazer com que o brasileiro se volte contra a Petrobras. “Eles escondem, por exemplo, que em 2003 a empresa valia, no mercado, R$ 15,5 bilhões e hoje, mesmo com a crise e os problemas ligados a ela, vale R$ 98 bilhões”, afirmou a presidente. “Ao contrário do passado, a Petrobras é hoje a empresa que mais investe no Brasil”, reforçou fazendo criticas ao governo antecessor ao PT, comandado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC –PSDB).
A petista também lembrou a tentativa do governo tucano em privatizar a Petrobras, chegando a intitular os organizadores do projeto de privatização de “malfeitores”. Dilma se disse orgulhosa por eles não terem conseguido, no entanto deixaram “marcas de sucateamento” na empresa e pontuou que desde que o PT assumiu a presidência do país, tem lutado para reerguer a estatal. “A Petrobras é maior do que qualquer um de nós. É do tamanho do Brasil”, finalizou.
Denúncias contra a Petrobras - Operações da estatal são alvos de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público. São três as principais denúncias: Suspeitas de superfaturamento e evasão de dívidas na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006; indícios de superfaturamento na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco e indícios de pagamento de propina a funcionários da petroleira pela holandesa SBM Offshore, empresa de aluguel e operação de plataformas.