Tópicos | pescadores

Mais de 120 pescadores ficaram presos em bloco de gelo que se desprendeu em um lago no norte de Minnesota, nos Estados Unidos, na noite da última sexta-feira (29). Os trabalhadores foram resgatados por autoridades do Condado de Beltrami. Antes da retirada, alguns moradores da região tentaram realizar o resgate usando canoas. Em publicação no Facebook, o gabinete do xerife da localidade afirmou que a retirada dos pescadores se encerrou por volta das 19h (horário local). 

De acordo com as autoridades do Condado de Beltrami, o bloco se soltou da camada de gelo principal no Upper Red Lake, a cerca de nove metros da costa, e, por isso, os pescadores não conseguiram voltar para terra firme. Todos os trabalhadores foram resgatados com vida. 

“Nossos socorristas tiveram muita prática este ano e é bastante impressionante que evacuamos 122 pessoas em menos de três horas desde a primeira chamada em uma área rural do condado”, disse Chris Mueller, oficial de informação pública do xerife.

[@#video#@]

 

Parte dos peixes e mariscos sempre presentes no prato dos moradores de Maceió tendem a sumir. Tainha, bagre, mandim, camurim, mororó, sururu, maçunim, siri e caranguejo, que habitam a Lagoa Mundaú, correm risco de não serem mais pescados, ao menos por um tempo.

Na última sexta-feira (1º), a Capitania dos Portos, órgão da Marinha, proibiu o tráfego de embarcações em grande parte da Lagoa Mundaú devido aos riscos de desabamento da mina nº 18 de exploração de sal-gema pela petroquímica Braskem.

##RECOMENDA##

Desde o começo da crise com afundamento das minas, iniciada em 2018, é a primeira vez que as atividades de pesca são proibidas

A situação trouxe desespero para ao menos 500 pescadores da região, que já vinham sofrendo com a assoreamento da lagoa e a poluição.

Mauro Santos, presidente da Colônia de Pescadores da Zona 4, que circula a área isolada pela exploração da Braskem, fala que a produção do pescado vem diminuindo nos últimos 10 anos.

“Devido ao medo desse afundamento (da mina 18 da Braskem), a capitania botou uma nota impedindo de circular ali, naquela área. Mas ali a gente não circula, a gente trabalha. É diferente de interditar uma via, porque ao interditar uma via, sempre se arruma outra alternativa. E a gente não, não pode interditar onde é trabalho. Ali não é passeio, é o trabalho da gente lá”, diz Mauro.

A pescadora e marisqueira Andreza Santos afirma que a situação da pesca piorou nos últimos anos. Ela diz que com a proibição da pesca na lagoa, está indo para locais mais distantes para trabalhar.

“A gente tá se virando como pode. Estamos indo para outro local, que não é nossa área, para pescar mais longe. Agora veio ajuda das cestas básicas, mas não vai amenizar nosso sofrimento como pescadores. A gente quer que o pessoal tenha responsabilidade com a gente, que somos pescadores. Hoje era para a gente estar com essas redes na água”, lamenta.

Mauro Santos diz que a maioria dos pescadores vive ao redor da Lagoa do Mundaú e, por medo, pede a realocação dos Flexais, comunidades no bairro de Bebedouro. A demanda emergencial dos pescadores é que se pague um auxílio ou seguro defeso que permita a sobrevivência.

No final de semana, a prefeitura de Maceió começou a entrega de cestas básicas que, para os pescadores, ainda é insuficiente.

“Para quem estava impedido de pescar, tendo necessidade de levar o alimento para casa, aí [a cesta básica] já foi um paliativo. É um paliativo enquanto a gente está reivindicando uma ajuda, que seja tanto um auxílio como um seguro [defeso] para melhorar. Porque a gente não vai viver só de comida, porque a gente precisa pagar água, precisa pagar luz. É por isso que precisa de uma ajuda.”, apela Mauro.

Nesta segunda-feira (4), a prefeitura se reuniu com o Ministério da Pesca para solicitar o seguro defeso para os pescadores atingidos pela ação da Braskem.

Centro de Apoio

Em nota, a Braskem informou que está em construção um centro de apoio aos pescadores e píer, tendo sido seus projetos discutidos com representantes da Colônia de Pescadores Z4 e Federação dos Pescadores. A empresa reconhece ainda a condição de isolamento social dos moradores das comunidades dos Flexais.

A Braskem ainda afirma que diagnóstico ambiental independente e demais estudos realizados demonstram não haver impacto na qualidade da água ou restrição à atividade pesqueira decorrente das atividades da empresa.

Na segunda-feira, o Ministério Público Federal de Alagoas e a Defensoria Pública da União expediram uma recomendação para que a Braskem, em 5 dias, garanta auxílio-financeiro para pescadores e marisqueiros atingidos pela interdição da Lagoa Mundaú.

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento, abriu o cadastramento para pescadores e trabalhadores rurais da fruticultura irrigada do Vale do São Francisco no Programa Chapéu de Palha 2023. Os interessados devem procurar os polos de cadastramento entre o período de 30 de janeiro a 3 de fevereiro.

Para ser beneficiário do Programa é necessário trabalhar na fruticultura irrigada ou na pesca artesanal nos municípios de Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Cabrobó, Lagoa Grande, Orocó e Petrolândia.

##RECOMENDA##

Os interessados em fazer o cadastramento ainda devem ter mais de 18 anos, ter exercido a atividade de pescador artesanal ou marisqueiro nos últimos 12 meses, possuir Registro Geral da Pesca e não ter trabalhado de carteira assinada no último ano.

Além disso, para ter direito ao benefício também é necessário não estar recebendo seguro-desemprego ou pensão pelo INSS. Já aqueles profissionais entre 18 e 24 anos que estejam desempregados por conta da entressafra, podem se cadastrar desde que atendam aos demais requisitos do Programa.

Dúvidas e outras informações através do telefone: 0800.282.5158. O atendimento funciona das 8h às 17h. Documentos necessários:

- Comprovante do Registro Geral de Pesca (RGP);
- Comprovante do PIS ou NIS;
- RG
- CPF;
- Comprovante de residência;
- Carteira digital de trabalho;
- Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) atualizado

Da Assessoria

Cerca de 200 pescadores americanos presos em uma enorme placa de gelo à deriva em um lago em Minnesota, no norte dos Estados Unidos, foram resgatados na segunda-feira (28) após uma operação complexa – informou a polícia local.

Os serviços de emergência receberam uma ligação às 11h30 para alertar que pessoas que pescavam no gelo, um esporte popular de inverno, afastavam-se lentamente da costa do Upper Red Lake, disse a polícia do condado de Beltrami no Facebook.

"O Gabinete do Xerife do condado de Beltrami e outros socorristas chegaram ao local e descobriram que grande parte do gelo" estava a pelo menos 27 metros da costa com "pescadores presos", disse o vice-chefe de polícia, Jarrett Walton, em nota.

Usando drones, os serviços de resgate detectaram um ponto de passagem mais estreito, uma espécie de istmo, onde conseguiram colocar uma ponte improvisada para permitir que os pescadores se deslocassem para uma área segura.

Preocupados com o fato de alguns dos isolados no gelo não saberem da situação, as autoridades ativaram um sistema de alerta por celular.

No final, "cerca de 200 pessoas resgatadas", anunciou a polícia em sua página no Facebook.

Na manhã desta sexta-feira (30), um incêndio destruiu barracões usados por pescadores como depósito de materiais e trabalho, motores e para guardar embarcações, na praia do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com populares, as chamas começaram por volta das 5h10 e o Corpo de Bombeiros foi acionado logo em seguida. 

Um pescador identificado como Carlos disse que ouviu estalos e suspeita que os fios elétricos queimaram após um curto-circuito, relatou à página De olho no Janga. No local construído em madeira, próximo à Marina Costa Azul, também eram guardados botijões de gás, que explodiram e contribuíram para intensificar o incêndio. 

##RECOMENDA##

O Corpo de Bombeiros enviou duas viaturas ao local para controlar o fogo. Por volta das 8h50, as equipes de combate a incêndio já realizavam o trabalho de rescaldo na área. Ainda segundo os bombeiros, não houve vítimas na ocorrência.

[@#video#@]

Um tubarão de 2 metros pulou dentro de um barco de pescadores do Maine, nos Estados Unidos, e foi registrado pelo grupo. O caso aconteceu no dia 27 de agosto, enquanto a tribulação aproveitada um dia de céu azul e foi surpreendida pelo salto do tubarão. 

O vídeo foi publicado pela página no Facebook dos pescadores, o Sea Ventures Charters, que informaram que o tubarão foi medido e devolvido ao mar com segurança. Ninguém ficou ferido. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A Fundação Florestal (FF), ligada à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do estado de São Paulo, lançou nesta semana o projeto Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) Mar Sem Lixo,. A iniciativa contempla pescadores artesanais de arrasto de camarão que coletarem lixo do mar, enquanto realizam a atividade pesqueira, com pagamentos por meio do cartão-alimentação no valor de até R$ 600.

O projeto inclui pescadores que atuam nos municípios de Cananeia, Itanhaém e Ubatuba, nas áreas de Proteção Ambiental (APAs) Marinhas Litoral Sul, Litoral Centro e Litoral Norte. O objetivo, de acordo com a entidade, é expandir o projeto para mais municípios do litoral paulista.

##RECOMENDA##

De acordo com a FF, com o projeto “será possível criar um mecanismo de incentivo à remoção de resíduos sólidos do ambiente marinho, uma vez que o lixo no mar é problema antigo”. Ainda segundo a entidade, estima-se que 12 milhões de toneladas de lixo são lançadas ao mar por ano, no mundo. Os pescadores interessados em participar da iniciativa devem se cadastrar nas APAs marinhas até 5 de maio.

Parte dos pescadores do litoral paulista já recolhe o lixo das redes voluntariamente, mas alguns ainda devolvem para o mar os resíduos que vêm durante o arrasto do camarão. Com o projeto, o objetivo é motivá-los a trazer o lixo para o continente e destiná-lo corretamente, fazendo a remuneração pelo serviço. O valor repassado dependerá do volume de lixo recolhido mensalmente pelos trabalhadores. 

Para o recolhimento do lixo, serão disponibilizados Pontos de Recebimento de Resíduos Retirados do Mar (PRRMs). Entre os materiais encontrados com frequência no ambiente marinho estão o plástico - incluindo sacolas de mercado e embalagens de produtos diversos -, latas de bebidas, vidros, pneus e tecidos.

“Na fauna marinha, os efeitos negativos do lixo são documentados em mais de 1.400 espécies. Diariamente, mais de 660 espécies são impactadas diretamente por resíduos, levando-as à morte por inanição e asfixia. Sabe-se que 90% das aves marinhas têm fragmentos plásticos em seu estômago e que, no mínimo, mil tartarugas marinhas morrem todos os anos por ingestão de plástico ou emaranhamento de lixo”, informou a fundação. 

As orientações para fazer o cadastro estão disponíveis na página da FF

O Corpo de Bombeiros encontrou um terceiro corpo próximo à praia de Enseada dos Corais, no Litoral Sul, em Cabo de Santo Agostinho, na manhã desta terça-feira (29). De acordo com a corporação, uma equipe foi acionada ao local e a vítima foi retirada do mar por guarda-vidas da Guarda Municipal. O LeiaJá entrou em contato com a Polícia Civil para obter informações sobre a identificação do corpo, mas o órgão informou que o processo ainda será realizado pela Polícia Científica. 

“A Polícia Civil de Pernambuco confirma que foi encontrado o corpo de um homem, ainda não identificado, na praia de Enseada dos Corais, litoral do Cabo de Santo Agostinho, na manhã desta terça-feira (29). As equipes ainda estão realizando os procedimentos necessários, e, posteriormente, serão realizadas perícias pelo IML. Os laudos serão enviados à autoridade policial, que se pronunciará em momento oportuno”, diz a nota. 

##RECOMENDA##

A principal suspeita é de que a vítima seja o terceiro pescador do barco à deriva encontrado, no último domingo (27), na praia de Enseada dos Corais. Uma ocorrência registrada por populares havia sinalizado necessidade de socorro para o grupo de pescadores. Chegando ao local, as equipes de resgate constataram o primeiro óbito. O segundo corpo foi encontrado em seguida. 

De acordo com as informações obtidas pela Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros, a embarcação é de pequeno porte. O grupo havia entrado no mar por volta das 6h e não retornou. A secretaria de Defesa Civil do Cabo de Santo Agostinho disse que há suspeita de que o barco tenha sido atingido por um raio, mas as causas da tragédia ainda não foram esclarecidas. 

As vítimas já identificadas são Risaldo Ferreira da Silva, de 47 anos, o primeiro pescador encontrado morto ainda dentro da embarcação; e Gustavo Mendes de Moraes, de 51 anos, que foi achado no mar da praia vizinha, em Itapuama. O corpo foi resgatado por uma equipe dos bombeiros que estava em um helicóptero. 

Ao menos dois homens morreram após - segundo testemunhas - um raio atingir uma embarcação na praia de Enseada dos Corais, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), neste domingo (27). Uma pessoa segue desaparecida.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 9h e enviou duas viaturas ao local. Um corpo foi encontrado dentro da embarcação, localizada à deriva.

##RECOMENDA##

Posteriormente, o segundo corpo foi encontrado no mar pelo Grupamento Tático Aéreo (GTA), nas proximidades do Mirante de Itapuama. Ele foi retirado das águas com o auxílio do helicóptero do GTA.

Segundo informações preliminares, os três que estavam no barco são pescadores. As vítimas já localizadas foram identificadas pelos apelidos, Aranha e Guga.

O vídeo que mostra tubarões na beira da praia foi registrado momentos depois de pescadores artesanais de Fernando de Noronha deixarem o local. O LeiaJá já havia desmentido a fake news que situava a aparição dos predadores na praia de Boa Viagem.

A reportagem conversou com o autor do registro que confirmou que as imagens foram feitas no último dia 8, às 18h53, perto do Bar do Meio, na Praia da Conceição.

##RECOMENDA##

O empresário recifense Alexandre Barbosa filmava nativos pescando um cardume de sardinhas quando se surpreendeu com a chegada dos tubarões.

"Um pouco mais cedo, acho que umas 17h, os pescadores estavam atrás do cardume de sardinha e os mergulhões, que são aves que mergulham para pescar, foi o que começou a chamar atenção [...] os tubarões tão por ali já, há muito tempo", relatou o autor do registro, que se aproximou para filmar os predadores de perto.

[@#video#@]

Fake News

Após compartilhar seu arquivo pessoal com os dez integrantes do grupo de viagem e poucos amigos, o conteúdo viralizou como se tivesse sido na Região Metropolitana do Recife. A velocidade da proliferação da fake news fez com que até o humorista Tom Cavalcanti publicasse com as informações falsas em seus stories.



Reprodução/Instagram

Alexandre ressaltou que essa fake news era tão frágil que sequer exigia um olhar mais atento. Ele começou a fazer uma campanha em suas redes sociais para alertar aos seguidores que o vídeo não em Boa Viagem.

"Aí é que a gente vê o que realmente é uma fake news e como se espalha muito rápido. Como as pessoas acreditam e não analisam os fatos, né? Como é um pôr do sol na praia de Boa Viagem com o sol se pondo na água? Se as pessoas parassem um pouco para pensar e não espalhassem com a vontade de ser o primeiro a espalhar a notícia, notariam os fatos. O sol tá se pondo no mar, se fosse em Boa Viagem ele não se põe no mar, ele nasce no mar", disse o empresário, que pregou compromisso com a checagem da informação antes de qualquer publicação.

Característica do trabalho de preservação

O empresário ainda pregou respeito aos animais em seus espaços naturais e conservação dos biomas. "O que temos que reforçar e que nós que estamos no habitat dele. Isso e natural lá na ilha. Tem o tempo todo. As pessoas lá convivem com os bichos normalmente e estamos lá para apreciar o espetáculo da natureza que foi o que aconteceu aí. A gente coincidiu em um horário em que apareceu um cardume de sardinha na praia e os tubarões foram se alimentar", frisou.

[@#galeria#@]

O cotidiano dos moradores da comunidade da Vila dos Pescadores de Bragança é retratado de maneira poética pelas lentes da fotógrafa Thais Martins na exposição “Do mar às telas”. A iniciativa, selecionada pelo edital de artes visuais - Lei Aldir Blanc Pará 2020, resgata, por meio de fotografias, a beleza dos costumes e saberes das populações tradicionais.

##RECOMENDA##

Thais Martins destaca que o trabalho pretende mostrar o encanto que, muitas vezes, as pessoas da comunidade não conseguem perceber no local onde vivem. “Pelos meus olhos e pelas minhas lentes, eu quero mostrar aos moradores da Vila e ao mundo a beleza que eu vejo. Quero que todos também possam ver”, diz Thais.

Além da exposição, “Do mar às telas” também ofereceu uma oficina realizada na Vila dos Pescadores de Bragança. Nos dias 10 e 11 de março, a fotógrafa mostrou aos participantes que é possível capturar as belezas do local em que vivem apenas com um celular.

A oficina contou com oito participantes. As reações que Thais presenciou foram as mais diversas, com destaque para a de uma adolescente que se encantou com o universo da fotografia e passou a considerá-la como uma possível profissão. “Foi minha primeira vez ministrando uma oficina e repassando meus conhecimentos a outras pessoas. Foi um processo muito legal, porque pude ver que sou capaz de ensinar, mas, também, aprendi muito com cada pessoa que participou da oficina.”

O resultado de toda essa troca culminou com a exposição que será realizada no dia 8 de maio (sábado), na comunidade da Vila dos Pescadores de Bragança, e poderá ser acompanhada pelas plataformas digitais da fotógrafa Thais Martins e da Correnteza Produções. A exposição também estará na cidade de Bragança, em uma data ainda a definir.

Serviço

Exposição “Do mar às telas”.

Quando: 8 de maio (Sábado - Vila dos Pescadores de Bragança).

Onde: Plataformas digitais de Thais Martins e da Correnteza Produções.

Ficha técnica

FOTÓGRAFA: Thais Martins.

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Paulo César Jr.

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO: Romeu Figueiró Jr. e Juliana Ribeiro.

ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO E SOCIAL MEDIA: Lucas Del Corrêa.

REALIZAÇÃO: Correnteza Produções.

Por Lucas Del Corrêa.

Pesquisadores ao redor do planeta observam a ocorrência, muitas vezes simultaneamente, de desastres naturais e tecnoindustriais com repercussões no meio ambiente e nas atividades socioeconômicas. Devido à magnitude cada vez maior dos impactos relacionados aos desastres, sobretudo nas populações em situação de alta vulnerabilidade social, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da sua Diretoria de Pesquisas Sociais (Dipes), do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) e do Centro de Estudos de Cultura, Identidade e Memória (Cecim), realizará o "Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021", com o tema geral “Impactos recentes na pesca: o pescado em evidência”.

O evento está sob coordenação da pesquisadora da Fundaj Lígia Albuquerque de Melo. “Os webinários serão espaços de reflexão sobre temas atuais relacionados às problemáticas ambientais que afetam os indivíduos. Esses debates trarão a discussão de temas de pesquisas que interessam ao poder público, principalmente por reunir outras instâncias, sujeitos sociais, entidades, ONGs, gestores públicos etc”, destacou Lígia Albuquerque.

Com 19 anos de existência, o “De Frente Pra Costa” é um espaço de reflexão e divulgação das produções científicas da Fundaj, onde os sujeitos sociais da pesca, entre outros, participam de debates.

A programação do evento contará com três webinários, todos com transmissão no canal da Fundaj no YouTube. O primeiro deles está marcado para o dia 26 deste mês, das 10h às 12h, trazendo a discussão sobre a Síndrome de Haff.

O encontro virtual de estreia será mediado pela pesquisadora da Fundaj Beatriz Mesquita, que receberá o médico, professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela EHESS - Paris, Pós-doutorado pela ENSP/FIOCRUZ, Paulo Pena, o gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), farmacêutico e especialista em Vigilância Sanitária - Escola Nacional de Saúde Pública, Josemaryson Bezerra, além do educador social e membro do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) - Regional Nordeste 02, Severino Antônio dos Santos (Biu)

“A importância dos debatedores convidados é ampliar o debate técnico e científico sobre a doença de Haff e a relação com a pesca artesanal”, resumiu Beatriz Mesquita. “O que sabemos e o que não sabemos sobre a doença da urina preta?” é o questionamento principal da estreia do  “Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021". “A minha participação será focada no caso recente do Recife, envolvendo a pesquisa do surto que chegou com a suspeita da ingestão do peixe como causadora dos sintomas e a confirmação da doença de Haff, além da rastreabilidade do peixe consumido. Essas são ações de competência da Apevisa”, comentou Josemaryson Bezerra.

Diante da necessidade de estudos, a discussão parte dos esforços para esclarecer as causas da Síndrome de Haff (doença da urina preta), que surpreende com surtos e desinformações decorrentes.

“É de extrema importância um esclarecimento para a sociedade, de forma geral, do que de fato ocasionou essa contaminação do pescado, quais os riscos ele pode trazer a saúde e também deixar claro que nem todos os pescados estão sujeitos a esse tipo de contaminação”, alertou Paulo Pena. Ele conhece as comunidades pesqueiras e realiza trabalhos na área de saúde com pescadores e pescadoras.

Nos anos de 2019 e 2020, alguns casos da Síndrome de Haff foram registrados no estado da Bahia, todos associadas ao consumo de peixe, especificamente do peixe ‘Olho de Boi’. Em Pernambuco, no mês de fevereiro deste ano, também houve a existência de infecção associada ao consumo de peixe, chamado de ‘Arabaiana’. Mesmo com nomes diferentes entre Pernambuco e Bahia, trata-se da mesma espécie (Seriola spp.). Esse tipo de pescado tem bastante ocorrência na região Nordeste por ser bem apreciado na culinária regional, sendo considerado de fácil consumo por conter pouca espinha.

“Foi divulgado pelas instituições sanitárias que o pescado contaminado veio de um lote importado do estado do Pará, na região Norte, e que os pescados do litoral de Pernambuco estão aptos ao consumo. Essa resposta dos agentes responsáveis é a mesma dos agentes da Bahia, logo fica uma pergunta: qual o controle sanitário que temos no estado de Pernambuco para os produtos importados de outros estados? Se na Bahia, em 2020, já havia sido diagnosticado que o pescado específico vindo do Pará, o Seriola spp, apresentava risco a saúde porque não houve um cuidado maior com o pescado trazido do Pará e comercializado livremente em Pernambuco?”, questionou Severino Antônio (Biu), que atua no acompanhamento de comunidades de pescadores e pescadoras artesanais no litoral de Pernambuco e Alagoas.

A Dipes tinha por tradição promover o "De Frente Pra Costa", que reunia pescadores artesanais para debater sobre temas inerentes à sua atividade com pesquisadores da área. Em 2020, em virtude da pandemia, o encontro não aconteceu. Para este ano, o Cedist teve a iniciativa de transformar o evento em debates virtuais. “O ‘De Frente Pra Costa” abordará três temáticas que afetaram profundamente a pesca artesanal. Pesquisadores e pescadores serão convidados para uma reflexão sobre políticas públicas possíveis para atender populações vulneráveis ou fortemente atingidas por desastres como o derramamento do petróleo e a pandemia”, afirmou o diretor da Dipes, Luís Henrique Romani.

O coordenador geral do Centro de Estudos em Dinâmicas Sociais e Territoriais (Cedist) da Fundaj, Neison Freire, afirma que é necessário cumprir o papel da pesquisa social, mostrando o que se conhece e o que ainda se tem dúvidas em relação às ciências ambientais e naturais, mas também das ciências exatas.

“O derramamento de petróleo que ocorreu no litoral do Nordeste brasileiro em 2019 fez com que porções de petróleo cru chegassem à praia. Mas, de fato, ainda não sabemos o tamanho desse desastre nos ecossistemas marinhos e costeiros e para as populações tradicionais que vivem da pesca artesanal, pois são as mais afetadas”, recordou.

“Também temos a pandemia da Covid-19, que está em curso, e a doença da Síndrome de Haff, que são simultâneas neste momento. Tais desastres implicam na multiplicação de impactos graves e profundos. Interessa às ciências sociais investigar a situação dessas populações para, assim, poder subsidiar políticas públicas que possam auxiliar essas populações que sobreviverem em meio à sequência de desastres”, acrescentou Neison.

Webinários

Os outros encontros do “Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021” acontecerão nos meses de abril (dia 30) e maio (dia 28), com as seguintes temáticas: “O desastre do petróleo e as  atividades litorâneas no Nordeste do Brasil” e “A Covid-19 e as populações que vivem da pesca artesanal”, respectivamente.

Serviço

”Ciclo de Debates Virtuais de Frente Pra Costa 2021"

Tema do 1º webinário: “O que sabemos e o que não sabemos sobre a doença da urina preta (Síndrome de Haff)?”

Data: 26/03

Horário: 10h às 12h

Transmissão: canal da Fundaj no YouTube

Palestrantes: Paulo Pena (professor da Universidade Federal da Bahia - UFBA - professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutor pela EHESS - Paris, Pós-doutorado pela ENSP/FIOCRUZ), Josemaryson Bezerra (gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), farmacêutico e especialista em Vigilância Sanitária - Escola Nacional de Saúde Pública) e Severino Antônio (educador social e membro do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) - Regional Nordeste 02)

Mediação: Beatriz Mesquita (pesquisadora da Fundaj)

Da assessoria 

[@#galeria#@]

Trabalhadores que dependem da reabertura do comércio nas praias de Pernambuco se uniram no centro do Recife em protesto pela retomada do segmento. Na manhã desta terça-feira (14), o grupo seguiu em passeata até o Palácio do Campo das Princesas.

##RECOMENDA##

O representante dos pescadores, comerciantes, guias e jangadeiros da praia de Jaboatão dos Guararapes, Sandoval da Silva, afirma que todos os manifestantes estão com contas atrasadas e a assistência fornecida pela prefeitura não é suficiente. "Cesta básica não paga contas. A maioria aqui tá com contas atrasadas e nossa única renda é a praia. Todos têm família em casa", reclama.

Sandoval classifica a condição como “absurda” e “ultrajante”, pois bares e restaurantes serão abertos na próxima segunda (20), enquanto eles correm risco de ter a mercadoria confiscada caso tentem vender. "O que nós queremos é a abertura imediata das praias. Nós precisamos disso por que dia 21 faz quatro meses que estamos parados, sem trabalhar. Isso é humilhante para nós", aponta.

Cinco integrantes do movimento foram atendidos por representantes do Governo.

Com informações Jameson Ramos 

A segunda parcela do auxílio emergencial concedido a quase 70 mil pescadores profissionais artesanais de áreas afetadas pela mancha de óleo no litoral brasileiro começa a ser paga nesta terça-feira (21), segundo informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

##RECOMENDA##

O pagamento segue o calendário de saques dos benefícios sociais, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário. Hoje podem sacar o benefício os pescadores cujo NIS tem finais 1 e 2. O pagamento vai até o dia 31 de janeiro.

Os pescadores podem sacar o benefício com o cartão assistencial na Caixa, em casas lotéricas, terminais de autoatendimento e correspondentes Caixa Aqui. Os que não têm o cartão precisam ir a uma agência do banco levando documento de identificação com foto e o NIS.

O auxílio emergencial beneficia pescadores que atuam em municípios dos nove estados do Nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo atingidos pelo vazamento de óleo.

O profissional precisa estar inscrito no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP), em situação ativa nas categorias peixes, crustáceos, moluscos e outros, e deve ter atuação em área estuarina ou marinha.

A primeira parcela, de R$ 998, foi paga em dezembro. O dinheiro poderá ser sacado no prazo de até 90 dias, contados da data da disponibilização do crédito ao beneficiário. Esse benefício não interfere no recebimento do seguro-defeso recebido pelos profissionais na época em que é proibida a pesca para garantir a reprodução dos peixes.

LeiaJá também

-> Óleo em PE: pescadores sem registro devem ganhar auxílio

-> É seguro comer peixes e frutos do mar em PE, diz governo

A Caixa começa a pagar nesta segunda-feira (16) a primeira parcela do Auxílio Emergencial Pecuniário para os pescadores profissionais artesanais de municípios da costa brasileira afetados pelo derramamento de petróleo. O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro possibilitado pela Medida Provisória (MP) nº 908/2019, editada pelo governo federal no dia 29 de novembro.

Cerca de 65 mil pescadores ativos no Registro Geral da Atividade Pesqueira que tiveram sua atividade profissional prejudicada até a data da edição da MP poderão receber o benefício de R$ 1.996, pago em duas parcelas de R$ 998 cada.

##RECOMENDA##

Os pagamentos seguem o calendário de escalonamento dos benefícios sociais, como o Bolsa Família, que estipula o dia do saque conforme o final do Número de Identificação Social (NIS) do beneficiário.

Os trabalhadores poderão sacar os valores, utilizando o cartão social, em qualquer canal da Caixa, como casas lotéricas, terminais de autoatendimento e correspondentes Caixa Aqui. Quem não tem o cartão poderá sacar em qualquer agência do banco com a apresentação de documento de identificação com foto.

O direito ao auxílio emergencial pecuniário não interfere no recebimento de demais benefícios financeiros aos quais o pescador tenha acesso, como o Programa Bolsa Família ou Seguro Defeso, e o saque poderá ser feito no mesmo momento do pagamento dos demais programas.

A identificação, registro e publicação de listagem, em sítio eletrônico, dos municípios atingidos pelas manchas de óleo é realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Caixa esclarece que a seleção do público-alvo de pescadores elegíveis ao recebimento do benefício é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As dúvidas e informações referentes aos critérios de elegibilidade e seleção dos pescadores são tratadas por meio dos canais de comunicação daquele ministério.

A Caixa disponibiliza atendimento aos beneficiários por meio do telefone 0800-726-0207, para informações referentes aos pagamentos. Demais informações estão disponíveis na página do Mapa.

Um tubarão ficou preso em uma armadilha de pesca na praia de Ponta de Pedras, litoral norte de Pernambuco, na manhã desta quinta-feira (5). O animal foi retirado da água já sem vida.

Foi próximo à Praça do Pé Da Mentira, em Ponta de Pedras, que o tubarão morreu preso no 'curral', que é um cercado feito para pescar peixes. A armadilha fica cerca de dois quilômetros de distância da costa.

##RECOMENDA##

Moradores relatam que essa não é a primeira vez que o 'curral' acaba matando tubarões na região. Os pescadores que chegaram no local já encontraram o animal desfalecido.

O bicho ainda chegou a reagir a tentativa dos pescadores de solta-lo do curral, mas não resistiu e foi retirado da água morto. Os pescadores se recusaram a falar com medo de represálias.

[@#video#@]

Pescadores da lagoa do Jequiá da Praia, em Alagoas, encontraram 18 cágados mortos boiando. Os animais foram recolhidos pelo Instituto Biota e pela Polícia Federal. Entre as incertezas do que o óleo que atinge o Nordeste pode causar, ainda não se pode afirmar se essas manchas foram as responsáveis pelas mortes dos cágados. 

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Jequiá da Praia (Semmarh) informou que essa mortandade dos animais é incomum. De acordo com o UOL, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está fazendo análise da água do local. 

##RECOMENDA##

Associação dos Pescadores de Barra de Jangada é composta por mais de duzentos trabalhadores que atuam na área. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

##RECOMENDA##

De acordo com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, o nome da segunda cidade mais populosa de Pernambuco é uma corruptela do termo indígena “Yapoatan”, referente a uma árvore comum na região, utilizada para confeccionar embarcações. Tendo a pesca como um dos componentes mais fortes de sua identidade, Jaboatão assiste à aproximação da mancha de óleo que já percorreu 2.1000 quilômetros nos litorais dos nove estados nordestinos, segundo o Ministério Público Federal (MPF). O LeiaJá visitou a Associação dos Pescadores de Barra de Jangada, bairro litorâneo da cidade, onde a apreensão já mudou a rotina dos trabalhadores que tiram o sustento do Rio Pirapama, que deságua no mar, com o qual compartilha algumas espécies de peixes.

“Eu estou até o momento acordado para que essa mancha não entre na margem do rio de Jaboatão, onde pescamos. Se o óleo chegar a gente vai lamentar e sentir o impacto, porque aqui é um berçário de camarão, tainha, marisco, dentre outros. É esperar a boa vontade dos governos de nos dar um apoio”, comenta Paulo José da Silva, tesoureiro da Associação e pescador desde criança, quando aprendeu o ofício com o pai. Paulo é um dos trabalhadores que mantém contato constante com a superintendência de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, que montou um ponto de apoio a cerca de um quilômetro da Associação, onde agentes da Fiscalização Ambiental, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil realizam monitoramento visual da praia. “Eu estou ali com um ‘mói’ de rede que eles (prefeitura) deixaram aqui para a gente ficar alerta. Desde ontem que estamos com jangada para lá e pra cá, já entramos no mar ‘pra mais’ de dez quilômetros. Precisam de apoio nosso, mas não tem promessa pra gente ainda”, acrescenta.

Paulo José mostra rede e oito pares de luvas disponibilizados pela prefeitura para eventual chegada do óleo. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Ednaldo garante que coleta de Tainha já está mais difícil. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

De acordo com a superintendente de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, Edilene Rodrigues, o município já recebeu pelo menos duas notificações de que seria atingido pelo óleo. “Primeiro, fomos alertados de que seríamos atingidos no domingo e, posteriormente, de que as manchas estariam aqui na segunda-feira, mas até agora não apareceu nada. O Ibama está fazendo vôos e de helicóptero e passando as informações e estamos com biólogos, químicos acompanhando a situação, além de 300 homens da prefeitura prontos para limpar a orla. A ideia é fazer a contenção antes que o óleo bata nos arrecifes ou entre em contato com o mangue”, explica.

Queda da pescaria

Área próxima ao Rio Pirapama, à praia da Ilha do Amor e à praia de Barra de Jangada está sendo monitorada pela Prefeitura. (Google Earth/reprodução)

O pescador Ednaldo Januário garante que, há cerca de quinze dias, a coleta da Tainha, espécie mais comum na região, vem caindo vertiginosamente. “Tinha dias em que a gente pegava entre 25 kg e 30 kg de Tainha, cada um. Agora, para a gente trazer seis, sete quilos é um trabalho danado”, lamenta. Ednaldo teme que, caso as manchas de óleo realmente atinjam Barra de Jangada, os pescadores precisem de auxílio financeiro do estado. “A sensação é terrível, a gente tira nossa alimentação daqui. Eu só espero que as autoridades competentes descubram o responsável (pelo vazamento) e apoiem o pescador”, desabafa.

Atentos às novidades na televisão e com os olhos no mar, os trabalhadores alternam a pesca com a vigília incansável da costa. “Fui ao mar em busca do óleo e ainda não achei nada. Eu tenho 51 anos, sou nascido e criado aqui e nunca vi nada parecido com isso. A Associação tem mais de duzentos pescadores que sobrevivem exclusivamente dessa região e dependem dela para sustentar suas famílias”, lembra. Confira mais relatos no vídeo a seguir:

 

Estimulando e alertando a população da necessidade de preservação e limpeza do Rio Capibaribe, está sendo promovida nesta sexta-feira (31) uma competição ambiental que envolve 100 pescadores, que se concentraram no Capibar, sede da ONG Recapibaribe, situada na Zona Norte do Recife. A iniciativa tem como expectativa somar ao final da jornada cerca de 20 toneladas de lixo. Pescadores da Ponte de Limoeiro, da Ilha do Maruim, da Ilha de Deus e de diversas áreas do Grande Recife marcaram presença nessa atividade e, além de exercerem uma ação cidadã, ainda receberão R$ 80 em ajuda de custo e uma cesta básica.

##RECOMENDA##

Uma das coisas que chama a atenção no local é a decoração que se espalha por toda a ONG. Telas de computador, orelhão, bonecas de plástico, televisão, sofá, geladeira e até privadas; tudo isso retirado do Rio Capibaribe. Socorro Cantanhede, fundadora da ONG Recapibaribe, ressalva que os pescadores convocados para a limpeza do Capibaribe não deveriam estar no rio para catar lixo, e sim para pescar peixes. "Não é justo convidar as pessoas mais carentes, que precisam do rio para sobreviver, para fazerem o que deveria ser feito pelo poder público. Os pescadores não deviam estar limpando toda a cidade para ganhar uma ajuda de custo", afirma Cantanhede.

[@#galeria#@]

Enquanto filha de pescador, Socorro acredita que neste momento os ribeirinhos deveriam estar em suas comunidades, com a ajuda de políticas públicas, trabalhando a conscientização desses locais e assim formando multiplicadores. "Neste espaço em que nós estamos, o capibar, significa o insustentável sustentando o insustentável. E neste momento todos nós devemos estar juntos em prol de um único bem, que é o coração do Recife, o Rio Capibaribe", explica a fundadora da ONG Recapibaribe.

Camila Velloso, 18 anos, representante do Rotaract Club Recife Encanta Moça e também da ação desta sexta (31), afirma que o engajamento tem como base a promoção da conscientização dos pescadores, que na sua luta diária além de tirar peixes acabam, também, retirando lixos do rio que é o seu local de sustento e trabalho. "Tirando em 4 horas 20 toneladas (de lixo), imagina se houvesse uma política pública em que a população fosse incentivada para isso com a ajuda do governo?", interroga Camila. Em 2017, foram retiradas quase 8 toneladas de lixo do rio, em cinco horas de trabalho realizado pela Recapibaribe juntamente com 40 pescadores, cada um em seu barco.

História de Pescador

É do Rio Capibaribe que Marcos Timóteo, de 36 anos, morador da comunidade do Pina, tenta tirar o sustento de seus dois filhos e do seu próprio. Pescador há 10 anos, Marcos todos os dias tem o Marco Zero como seu ponto de trabalho. É no coração da capital pernambucana, por onde o rio também passa, que o ribeirinho tenta encontrar os peixes em meio ao lixo que se estende por todo o Capibaribe. "Tem dia que eu saio de casa pra pescar e volto com nada porque é muito lixo e os peixes acabam morrendo. Tudo as pessoas jogam aqui (no rio), elas não sabem que muita gente como eu precisa do rio para sobreviver", reclama o pescador.

Marcos Timóteo diz ainda temer pelas futuras gerações de pescadores, que podem encontrar o Capibaribe sem peixes, sururu e o marisco que representam o sustento de várias comunidades pernambucanas. "Quando eu vejo um cachorro morto jogado no rio, junto com várias outras coisas, eu fico imaginando como o ser humano tem capacidade de fazer isso", ressalta. Além dos frutos do mar, no decorrer do rio, no lugar de capivaras, que viviam em abundância na região, encontram-se sofás, geladeiras e tudo o que não deveria estar ali. 

Em tempo de abundância, depois de muito trabalho, Marcos consegue vender o que pescou por R$ 13, em média; mas isso num tempo bom. Na falta de peixes, ele tenta se virar como pode. Usa o seu humilde barco também para passeios turísticos pela Grande Recife. Cobrando R$ 15 por pessoa, ele pode ser encontrado nas imediações do Shopping Rio Mar. No rio, claro!

O que pode explicar dezenas de milhares de sardinhas pulando em barcos de pesca em um porto de Taiwan, República da China. O pescador chinês, Lu Jingwai, 31 anos, flagrou o exato momento em que um grande número de peixes fazia parecer com que o mar estivesse fervendo.

Segundo constatado pelo site Daily Mail, as sardinhas agiram assim porque possivelmente estavam sendo perseguidas por outros peixes maiores.

##RECOMENDA##

Confira o vídeo publicado na conta do Facebook do Lu Jingwai:

[@#video#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando