Tópicos | submarino

A Coreia do Sul lançou com sucesso nesta quarta-feira (15) um míssil balístico a partir de um submarino, o que a transforma no sétimo país do mundo a possuir esta tecnologia avançada e provoca perguntas sobre uma corrida armamentista na região.

Supervisionado pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, o teste aconteceu poucas horas depois de a vizinha Coreia do Norte, que possui armamento nuclear, lançar dois mísseis balísticos no mar, conforme o Exército da Coreia do Sul.

Seul avançou em sua capacidade militar para contra-atacar a ameaça representada pela vizinha do Norte, que está sob sanções internacionais por seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos.

O míssil sul-coreano foi lançado do novo submarino "Ahn Chang-ho" e percorreu a distância esperada até atingir o alvo, informou o governo.

A nova arma "desempenhará um papel muito importante para a defesa nacional autossuficiente e o estabelecimento da paz na península coreana", completou o Executivo de Seul.

Todos os países com capacidade para lançar mísseis balísticos de um submarino têm armas nucleares.

Algumas horas antes do anúncio de Seul, a Coreia do Norte lançou "dois mísseis balísticos de curto alcance", da costa da província de Pyongan para o mar, informa um comunicado divulgado pelo Exército da Coreia do Sul.

Os mísseis percorreram quase 800 quilômetros e alcançaram altitude máxima de 60 quilômetros.

O novo lançamento coincide com a chegada a Seul do ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, aliado diplomático chave e principal apoio comercial e humanitário da Coreia do Norte.

Ao falar com a imprensa antes do anúncio do teste, o ministro Wang Yi desejou que todos os países ajudem a obter "paz e estabilidade na península da Coreia", afirmou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

"Não apenas o Norte, por exemplo, outros países também estão envolvidos em atividades militares", completou.

"Mas todos temos que trabalhar juntos para a retomada do diálogo", acrescentou.

- Sinal para a China -

Na segunda-feira (13), a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA) anunciou testes bem-sucedidos, no fim de semana, de um novo modelo de "míssil de cruzeiro de longa distância".

Analistas disseram que esta arma representa um avanço importante na tecnologia bélica norte-coreana. Com isso, aumenta sua capacidade de evitar os sistemas de defesa, ao lançar ogivas na direção da Coreia do Sul, ou do Japão.

Ainda de acordo com analistas, os disparos da Coreia do Norte são um sinal claro para a China, país com o qual tem uma relação às vezes complexa.

O dirigente norte-coreano, Kim Jong-un, não visita a China há mais de seis anos, desde que chegou ao poder como sucessor do pai, Kim Jong-il.

Diversas vezes, porém, já se reuniu com o presidente chinês, Xi Jinping, e Pequim considera Pyongyang sob sua esfera de influência.

Ao mesmo tempo, Estados Unidos e Coreia do Sul são aliados, segundo um tratado, e 28.500 soldados americanos estão mobilizados no país asiático para defendê-lo do vizinho desde a guerra entre as Coreias (1950-1953).

As sanções internacionais contra a Coreia do Norte, que afirma necessitar do armamento nuclear para evitar uma invasão americana, não impedem o desenvolvimento de mísseis de cruzeiro.

As negociações entre os dois países estão paralisadas desde o fracasso da reunião de cúpula de 2019, em Hanoi, entre Kim Jong-un e o então presidente Donald Trump.

Os enviados para a Coreia do Norte de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul se reuniram em Tóquio no início da semana.

O representante americano para o tema, Sung Kim, reiterou que Washington acredita que Pyongyang "responderá de maneira positiva às nossas múltiplas ofertas para uma reunião sem condições".

Sob o mandato de Kim, o Norte acelerou a evolução armamentista. Desde 2017, porém, não executou um único teste nuclear, nem lançou míssil balístico intercontinental.

As autoridades indonésias confirmaram neste sábado (24) que o submarino que desapareceu na costa de Bali com 53 pessoas a bordo na última quarta-feira afundou, após a descoberta de destroços no mar.

"Com base nos elementos que encontramos e que vêm do 'KRI Nanggala', mudamos a situação do submarino de 'desaparecido' para 'afundado'", declarou Yudo Margono, porta-voz da Marinha da Indonésia, em uma entrevista coletiva.

As equipes militares de resgate mobilizadas encontraram destroços do submarino e objetos de dentro do aparelho.

A Marinha estimou que a tripulação tinha oxigênio para sobreviver 72 horas em caso de pane elétrica e esse prazo terminou esta manhã, tornando muito improvável que haja sobreviventes.

Além disso, foi detectada uma mancha de óleo na área onde o submarino naufragou, o que sugere que o tanque se rompeu, ou seja, que houve um problema técnico no aparelho.

As autoridades militares anunciaram que o submersível poderia ter afundado a cerca de 700 metros, uma profundidade maior do que aquela que o submarino, fabricado há 40 anos, poderia suportar.

O 'KRI Nanggala 402', fabricado na Alemanha, solicitou autorização para submergir na quarta pela manhã no âmbito de manobras militares e desapareceu.

Os Estados Unidos enviaram uma equipe de resgate para ajudar e a Austrália também enviou dois navios para a área.

A Marinha indonésia iniciou nesta quarta-feira (21) a busca de um submarino com 53 pessoas a bordo com o qual perdeu contato em frente à costa de Bali. Na região onde se detectou o último sinal enviado pelo submersível foi detectada uma mancha de petróleo, anunciou esta noite o ministério da Defesa.

"Por volta das 07H00 da manhã, o monitoramento realizado por um helicóptero descobriu um derramamento de petróleo na posição onde o submarino desapareceu", afirmou em um comunicado.

O submarino, denominado "KRI Nanggala 402", participaria de manobras que incluíam o lançamento de torpedos. A embarcação pediu autorização para submergir na madrugada desta quarta-feira, por volta das 03h locais (16H de Brasília).

"Após a transmissão da autorização, o submarino perdeu o contato e não pôde ser contatado", informou o ministério. Jacarta enviou navios de guerra para o local e pediu ajuda a Singapura, Austrália e Índia.

O submarino poderia estar a 700 metros de profundidade, ao norte da ilha de Bali, declarou à AFP o comandante das forças armadas indonésias Hadi Tjahjanto, detalhando que levava 53 tripulantes a bordo.

A Marinha indonésia tem uma frota de cinco submarinos, construídos na Alemanha e na Coreia do Sul. O "KRI Nanggala 402" foi lançado na Alemanha em 1978, segundo um site oficial, e posteriormente foi submetido a modificações para modernizá-lo. É um submarino de propulsão a diesel.

Até agora, a Indonésia não havia registrado incidentes graves relacionados com submarinos, mas outros países tiveram tragédias do tipo.

Uma das mais conhecidas ocorreu no ano 2000, quando o submarino de propulsão nuclear russo "Kursk" afundo enquanto fazia manobras no Mar de Barents com 118 tripulantes a bordo.

Em 2017, o submarino argentino "San Juan", com 44 tripulantes a bordo, desapareceu a cerca de 400 km da costa argentina.

A Marinha da Colômbia apreendeu em Buenaventura, no litoral do Oceano Pacífico, um submarino pronto para zarpar com 400 quilos de cocaína. A embarcação pertencia a dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O grupo se desmobilizou em 2017, mas alguns guerrilheiros não entregaram as armas e passaram a atuar como narcotraficantes.

A droga ia para o México e pertencia à Frente 30 Rafael Aguilera, uma dissidência das Farc. De acordo com a polícia colombiana, a embarcação, de fabricação caseira, com motores de lancha, custou cerca de US$ 500 mil e teria capacidade para transportar até 8 toneladas de cocaína. Ninguém foi preso na operação.

##RECOMENDA##

Submarinos de fabricação artesanal têm sido usados por narcotraficantes na Colômbia desde os anos 2000 para levar drogas aos EUA e Europa, apesar da distância. Uma das primeiras apreensões ocorreu em novembro de 2006, no litoral da Costa Rica: a embarcação levava quatro tripulantes, uma AK-47 e três toneladas de cocaína.

Lucros

De janeiro de 2019 a agosto de 2020, o governo colombiano apreendeu pelo menos 50 embarcações desse tipo, a maioria na costa do Pacífico. Em fevereiro, a Marinha do Panamá capturou um submarino de fabricação caseira com oito toneladas de cocaína colombiana nas águas do Caribe.

De acordo com autoridades e especialistas no mercado ilegal de drogas, as maiores quantidades de droga são sempre transportadas pelo mar, onde se pode mover a mercadoria em quantidade muito maior e de maneira mais segura do que em aviões, que têm um limite de pessoas e sofrem um controle mais rígido por parte das autoridades.

O governo colombiano acredita que 80% da cocaína produzidas no país seja escoada pelo Pacífico e apenas 14% siga pelo Caribe. Os submarinos, normalmente, são fabricados em oficinas secretas nas regiões de mangues na costa noroeste do Pacífico. São dificilmente detectáveis pelos radares das patrulhas marinhas. Eles navegam nivelados com a superfície da água e a parte que se projeta acima da superfície é ínfima, dificultando o trabalho de apreensão.

A polícia colombiana afirma que os submarinos clandestinos possam chegar à América Central em dois ou três dias. As embarcações que são enviadas ao México ou aos EUA são reabastecidas no oceano com comida, água e combustível.

Os tripulantes podem receber até US$ 50 mil, dependendo do tempo da travessia. Os cartéis, que compram um quilo de cocaína na Colômbia por US$ 1.300, chegam a revender a mesma quantidade por até US$ 30 mil nas ruas de Nova York. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma empresa dos Estados Unidos, especializada no turismo de exploração no fundo do mar, aposta na "popularização" das experiências submarinas para levar visitantes a conhecerem o que restou do naufrágio do transatlântico RMS Titanic. A companhia Ocean Gate Expeditions oferece passagens a US$ 125 mil (cerca de R$ 712 mil), valor considerado acessível para a realidade estadunidense.

Segundo a Ocean Gate Expeditions, as primeiras seis visitas ao navio que inspirou a obra cinematográfica "Titanic" (1997) serão em 2021 e estão com lotação máxima. O acesso ao local do naufrágio, que fica a 650 quilômetros da Ilha de Terra Nova, território do Canadá, é feito por meio de submarinos especiais, com capacidade para cinco pessoas cada. O transatlântico mais famoso do mundo está a cerca de quatro quilômetros de profundidade.

##RECOMENDA##

De acordo com a companhia estadunidense, cientistas especializados nas pesquisas realizadas nas dependências do navio inglês acompanham os passageiros na expedição. Os submarinos são equipados com recursos de iluminação externa e tecnologias específicas que permitem a visualização completa do que ainda não foi deteriorado desde abril de 1912. Segundo a empresa, a aventura ainda ajuda a custear a sequência do trabalho dos pesquisadores no que restou do transatlântico, antes que ele desapareça no fundo do mar.

Construído na Grã-Bretanha, o Titanic naufragou nas águas do Atlântico Norte na primeira viagem e tinha como destino a cidade de Nova York (EUA). De acordo com os relatos, a lateral do navio chocou-se contra um iceberg. O acidente, em 20 de abril de 1912, vitimou 1.513 pessoas.

Condenado à prisão perpétua pelo assassinato da jornalista sueca Kim Wall em seu submarino em 2017, o dinamarquês Peter Madsen reconheceu sua culpa, pela primeira vez, em um documentário lançado nesta quarta-feira (9).

Ao ser questionado por telefone por um jornalista sobre se matou a jovem, Madsen, de 49 anos, responde "sim".

"Há apenas um culpado: sou eu", disse Madsen, condenado em abril de 2018 por assassinato premeditado, precedido de violência sexual.

Na tarde de 10 de agosto de 2017, a jornalista de 30 anos embarcou no "Nautilus" com Madsen, inventor e dono do submarino. Kim queria escrever uma matéria sobre esse engenheiro autodidata obcecado por conquistar os mares e o espaço.

A jornalista foi dada como desaparecida naquela mesma data, à noite, por seu parceiro. Seu corpo foi depois encontrado no mar, desmembrado. "Além de 10 de agosto de 2017, nunca fiz nada a ninguém", disse Madsen.

Durante o processo, o réu confessou ter esquartejado o corpo da vítima e colocado os membros em sacos plásticos, jogando-os no Mar Báltico. Até então, ele insistia em afirmar que a morte fora acidental. Esta confissão ainda não esclarece as circunstâncias exatas da morte de Kim Wall.

A série de documentários, intitulada "Gravações Secretas com Peter Madsen" (em uma tradução livre para o português), da qual apenas o primeiro episódio foi ao ar, é baseada em mais de 20 horas de conversa por telefone entre um jornalista e o assassino, gravadas sem seu conhecimento. Depois, o próprio autorizou seu uso e divulgação.

O presidente da França, Emmanuel Macron, lançou nesta sexta-feira (12) em Cherbourg o "Suffren", primeiro de uma série de seis novos submarinos nucleares de ataque (SNA), mais discretos e mais fortemente armados.

Primeiro submarino francês lançado há mais de dez anos, o "Suffren" integra a série dos submarinos de classe Barracuda.

"Hoje celebramos um êxito industrial", o submarino nuclear francês número 17, declarou Hervé Guillou, presidente do Naval Group, que construiu o submarino com TechnicAtome para o reator nuclear.

Há 12 anos, 800 empresas e mais de 10.000 pessoas participaram de sua construção.

O custo do programa (desenvolvimento e construção), atrasado em três anos, ultrapassa 9,1 bilhões de euros, "aproximadamente 1 bilhão por embarcação, 30% ou 40% mais barato do que os dos nossos parceiros europeus", assegurou.

Os detalhes do incêndio que provocou 14 mortes na segunda-feira, dia 1º, em um submarino de pesquisas da Marinha russa não serão divulgados ao público por sigilo de Estado, anunciou nesta quarta-feira, 3, o governo.

"Esta informação não pode se tornar pública em sua totalidade. Está na categoria sigilo de Estado", afirmou o porta-voz de Kremlin, Dmitri Peskov, que considera a decisão "perfeitamente normal". "O Estado-Maior das Forças Armadas russas dispõe de uma informação completa sobre a tragédia", completou.

##RECOMENDA##

Quatorze marinheiros, entre eles sete capitães de primeiro escalão (o grau mais elevado dos oficiais de navegação) morreram na segunda-feira intoxicados pela fumaça provocada por um incêndio em um misterioso submarino destinado, segundo a versão oficial, ao estudo do fundo dos oceanos.

A tragédia só foi divulgada na terça-feira (2) e as informações fornecidas foram limitadas. O próprio presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que se trata de um submarino "incomum".

De acordo com a imprensa russa o incêndio pode ter acontecido no submarino nuclear "AS-12", conhecido como "Locharik", concebido para pesquisas e operações especiais a grande profundidade.

Ainda segundo a imprensa local, a presença de vários oficiais a bordo sugere que o submarino não estava em uma missão comum.

Sobreviventes

Parte da tripulação do submarino acidentado conseguiu se salvar, confirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, durante reunião com a comissão que investiga o incêndio.

"Morreram 14 membros da tripulação, o restante se salvou", disse Choigu sem especificar o número de sobreviventes. O aparelho submersível, projetado para pesquisa, resgate e operações especiais, pode transportar até 25 tripulantes.

Citado pela agência de notícias "Interfax", Choigu destacou que os marinheiros mortos no incidente apagaram o fogo "à custa das suas próprias vidas", mas conseguiram "salvar seus companheiros e o veículo das águas profundas".

Putin já ordenou investigação completa para elucidar o que classificou de "tragédia". O presidente russo encarregou Shoigu de viajar a Severomorsk, uma área militar de acesso muito restrito no Ártico, para comandar a investigação.

Este incidente lembra a tragédia do submarino nuclear Kursk, joia da frota russa, que afundou com 118 tripulantes a bordo em 12 de agosto de 2000, no início do primeiro mandato de Putin.

O Kursk sofreu a explosão de um de seus torpedos, o que desencadeou a destruição de todo o depósito de munições e fez o aparelho descer a 110 metros de profundidade.

Apesar de 23 tripulantes terem sobrevivido por vários dias depois da explosão, todos morreram por não terem sido resgatados a tempo. (Com agências internacionais).

Pelo menos 14 marinheiros que estavam a bordo de um submarino russo morreram durante um incêndio, informou o Ministério da Defesa em Moscou nesta terça-feira (2).

De acordo com a agência Interfax, citando o ministério, o incidente ocorreu na noite de segunda-feira (1) enquanto a embarcação, utilizada para uma missão de pesquisas no fundo do mar, estava localizada em águas territoriais russas.

##RECOMENDA##

Segundo o governo russo, os 14 marinheiros morreram por intoxicação com monóxido de carbono". O modelo do submarino não foi identificado. As chamas do incêndio foram extintas e a embarcação levada para a base russa em Severomorsk, no Mar de Barents.

Da Ansa

O primeiro de uma frota de quatro novos submarinos de ataque da Marinha do Brasil entra nesta sexta-feira (14) no mar pela primeira vez, às 9h30, no Complexo Naval de Itaguaí, litoral sul do Rio. O lançamento do S-40 Riachuelo terá a presença do presidente Michel Temer, o eleito Jair Bolsonaro e 23 autoridades dos três Poderes além dos convidados, segundo o cerimonial do Palácio do Planalto.

Os submarinos são de tecnologia francesa, transferida e parcialmente modificada por especialistas brasileiros - por isso Emmanuel Macron, o presidente da França, era esperado para a solenidade. A crise dos "coletes amarelos" e as pressões da oposição no Legislativo fizeram Macron desistir da viagem.

##RECOMENDA##

O Prosub, programa de capacitação da força naval, começou há 10 anos. A meta é a produção de cinco navios - quatro muito avançados, da classe Scorpéne, de propulsão por motores diesel-elétricos, e um quinto submarino, de 6 mil toneladas, movido por energia nuclear, que será concluído até 2029. Os modelos convencionais serão concluídos até 2022.

Em Itaguaí, da área de mais de 1 milhão de m², cerca de 750 mil m² são ocupados pelo novo estaleiro, mais um "espaço liquido" de manobra. O investimento, ao longo de 20 anos, vai bater em R$ 37 bilhões. Até o final do ano, terão sido aplicados R$ 17 bilhões.

O Riachuelo, de 75 metros, 2.200 toneladas, é alto como um prédio de quatro andares com grande poder de fogo - por meio de lançadores de torpedos de 533 mm, mísseis antinavio e dispositivos para minagem -, ainda terá pela frente dois anos de testes e provas de mar. Vai ter de fazer, agora, algumas coisas que não repetirá em operação, como navegar à velocidade máxima por muitas horas - acima de 37 km/hora submerso, 22 km/hora na superfície -, a grandes distâncias; emergir em ângulo vertical agudo, submergir em condição crítica. "Viverá" batalhas e cercos virtuais de combate. Fará disparos de todas as suas armas e ensaiará a saída e o resgate de times de mergulhadores de combate.

Haverá exercícios de incêndio, de naufrágio e de ações furtivas dedicadas à inteligência. O jogo de gato e rato do ataque contra inimigos e da defesa contra inimigos passará a fazer parte da rotina diária. O mergulho no limite de segurança de 350 metros terá de ser superado até um ponto que é considerado informação secreta. Só depois disso tudo o S-40 poderá cumprir a missão para a qual foi destinado - o controle das águas oceânicas de interesse do País.

A Marinha utiliza quatro submarinos da classe Tupi, de tecnologia alemã, comprados nos anos 70. Tem mais um, o Tikuna, de concepção dos engenheiros do estaleiro da Ilha das Cobras, no Rio. Tomando como referência os navios anteriores, três dos quais construídos no Brasil, a equipe especificou uma nova classe.

Toda a flotilha precisa passar por procedimentos de revitalização. Não há informações a respeito da disposição atual das unidades, de 30 anos em média. O projeto original do Scórpene foi modificado para atender necessidades brasileiras. O submarino cresceu cerca de cinco metros e ganhou cerca de 400 toneladas.

Os próximos navios serão o S-41 Humaitá, S-42 Tonelero e o S-43 Angostura. Em 2016 a Procuradoria Geral da República determinou investigações sobre um possível superfaturamento de R$ 2,8 bilhões no Prosub. A Marinha nega, e destaca que "não conhece qualquer irregularidade" nos contratos firmados com a Odebrecht Defesa e Tecnologia, parceira brasileira do Naval Group, francês. As obras são acompanhadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e por peritos da Fundação Getulio Vargas (FGV). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou na noite deste domingo (18) que seria um "disparate" gastar US$ 4 bilhões para resgatar o submarino ARA San Juan, encontrado no último sábado (17), um ano após seu desaparecimento.

Aguad ressaltou que o país não possui a tecnologia necessária para levar a embarcação, que está a 907 metros de profundidade, para a superfície. "Seria um disparate investir US$ 4 bilhões para recuperá-la", declarou o ministro, lembrando dos altos índices de pobreza na Argentina.

##RECOMENDA##

O país vive atualmente uma grave crise cambial e fiscal e terá de implantar um severo programa de austeridade para ter acesso a um resgate de mais de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O ARA San Juan desaparecera no dia 15 de novembro de 2017, com 44 tripulantes a bordo, no litoral da província de Chubut, na Patagônia. Ele foi encontrado a cerca de 600 quilômetros da cidade de Comodoro Rivadavia, onde ficava o centro de operações da empresa norte-americana Ocean Infinity, responsável pelas buscas.

Segundo a Argentina, o submarino "implodiu" por causa da pressão da água. O objetivo agora é descobrir a natureza da falha técnica que afundou a embarcação. "Quando se produz um incêndio no setor das baterias do submarino, se libera hidrogênio, que consome oxigênio, e isso pode gerar uma explosão", hipotizou Aguad.

Da Ansa

O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou neste domingo (18) que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA San Juan, localizado ontem (17) a 900 metros de profundidade no Oceano Atlântico.

"A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2,3 mil toneladas de peso do fundo do mar", afirmou Aguad.

##RECOMENDA##

Em entrevista à Rádio Mitre, o ministro explicou que o governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação, caso necessário, e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos.

"É um equipamento de 2,3 mil toneladas", reiterou o ministro.

Criticado pelos parentes dos 44 tripulantes que estavam a bordo do submarino na hora do desaparecimento há mais de um ano, Aguad ressaltou que sempre disse a verdade aos familiares das vítimas e que a localização da embarcação é uma prova disso.

"Ele afundou por uma implosão, não por fatores externos. Não estou e nem estive em condições de mentir aos familiares. Não temos capacidades técnicas para trazê-lo do fundo do mar", afirmou.

Perguntado sobre a responsabilidade jurídica do governo em resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na decisão. No entanto, reconheceu que não considera que ela tenha poder para decidir uma questão desta natureza.

"Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação. Resta determinar quais são as responsabilidades da Marinha", explicou o ministro.

Um ano e um dia depois do desaparecimento do submarino ARA San Juan, da Marinha da Argentina, uma empresa privada encontrou o submarino a 600 quilômetros da costa e as buscas chegaram ao fim. O governo de Mauricio Macri deve avaliar agora se realiza uma operação para a retirada do objeto do mar e dos corpos dos 44 tripulantes.

Segundo o chefe da base naval de Mar del Plata, o submarino sofreu uma implosão, mas manteve sua estrutura. "Vemos ele completo, mas obviamente implodido", explicou Gabriel Attis. Ele foi achado na noite de sexta-feira, 16, a 800 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros da costa de Comodoro Rivadávia, na Patagonia argentina. O local está dentro da área onde começaram a ser realizadas as buscas em novembro do ano passado.

##RECOMENDA##

"Tendo investigado o ponto de interesse nº 24 relatado pela Ocean Infinity, identificação positiva foi dada a #AraSanJuan", disse a Marinha, referindo-se à empresa americana que procurava o submarino. Segundo o jornal Clarín, a companhia cobrará US$ 7,5 milhões pelo trabalho.

Na quinta-feira, 15, a Marinha havia organizado um ato em homenagem à tripulação do submarino, em Mar del Plata, por ocasião do um ano de seu desaparecimento. A cerimônia teve a presença do presidente Macri e de parentes dos marinheiros.

Algumas famílias dos tripulantes permaneceram por um ano em Mar del Plata aguardando informações. "Agora se abre um novo capítulo", declarou o porta-voz da Marinha Rodolfo Ramallo à emissora de televisão TN. (Com agências internacionais)

A Marinha da Argentina confirmou em anúncio pelo Twitter neste sábado, 17, que pesquisadores encontraram o submarino ARA San Juan, que desapareceu há um ano com 44 tripulantes a bordo nas águas do Oceano Atlântico. A embarcação foi detectada a 800 metros de profundidade na Península Valdés, na Patagônia argentina.

De acordo com o anúncio, a confirmação foi realizada por um veículo operado por controle remoto da companhia norte-americana Ocean Infinity, contratada para auxiliar nas buscas. A empresa receberá US$ 7,5 milhões pelo achado.

##RECOMENDA##

O submarino desapareceu no dia 15 de novembro de 2017, quando realizava o percurso entre Ushuaia, no extremo sul da Argentina, e sua base em Mar del Plata.

No último contato com a embarcação, a cerca de 400 quilômetros da costa do país, a tripulação relatou avarias causadas por uma entrada de água pelo sistema de ventilação, que "provocou um curto-circuito e um princípio de incêndio" nas baterias. Horas depois, uma explosão foi detectada pela Marinha.

O navio Seabed Constructor da Ocean Infinity, companhia responsável pelas buscas sem sucesso do avião da Malaysia Airlines desaparecido em 2014, foi utilizado nas buscas.

O anúncio da descoberta do submarino acontece apenas dois dias depois de as famílias dos tripulantes realizarem um evento em homenagem ao aniversário de um ano do desaparecimento. (Com Agências Internacionais).

O governo argentino oficializou nesta quarta-feira (14) uma recompensa de 98 milhões de pesos (4,9 milhões de dólares) para quem encontrar o submarino "ARA San Juan", desaparecido em 15 de novembro no Atlântico Sul com 44 tripulantes a bordo.

De acordo com a resolução do Ministério da Defesa, a recompensa será concedida "às pessoas que fornecerem informações úteis que nos permitam encontrar o paradeiro e a localização precisa do submarino".

A recompensa foi anunciada às famílias dos tripulantes desaparecidos pelo presidente Maurício Macri em 7 de fevereiro, embora o montante ainda precisasse ser estabelecido.

O governo explicou que procura "gerar incentivos adequados para que a busca realizada pela Marinha argentina seja complementada com a participação de empresas do setor privado".

Mais de uma dúzia de países contribuiu para a busca do submarino, que desapareceu depois de reportar uma avaria quando navegava do Ushuaia para o porto de Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.

"Apesar de todos os esforços materiais, humanos, econômicos e tecnológicos, bem como o compromisso e o conhecimento tecnológico e material dedicado à busca do submarino ARA San Juan, os resultados até agora não foram bem-sucedidos", lamentou o governo.

Os parentes pediram às autoridades que expandisse a área de busca e os recursos para chegar à localização da embarcação.

Uma investigação judicial continua aberta para determinar o que aconteceu e as possíveis responsabilidades na tragédia.

O submarino argentino ARA San Juan desapareceu no Atlântico Sul com 44 tripulantes no dia 15 de novembro. Após investigações, o governo da Argentina informou sobre uma forte suspeita de que a embarcação tenha sido alvo de corrupção e, com isso, os reparos pelo qual foi submetido, não foi de total qualidade. 

Conforme as informações da imprensa local, uma denúncia de corrupção foi arquivada sem ser investigada, no entanto, alguns problemas existiam. Por exemplo, consertos precisavam ser feitos em dois anos, mas demoraram cinco para serem realizados. Apesar de terem sido feitos os reparos, as autoridades apontaram que a qualidade do trabalho é questionável, como explicado, não foram de "qualidade exigida".

##RECOMENDA##

Outro ponto apresentado foi o preço inflacionado aplicado ao serviço mal realizado. No entanto, o governo detalha que não possui provas claras e apenas suspeitas de irregularidades no processo de manutenção do submarino. Apesar disso, as autoridades apontam que reconhecem a realização dos serviços, mesmo inflacionados, mas frisa que são duas coisas distintas que precisam ser investigadas: os custos e a qualidade do serviço. Após 20 dias da sua última localização, o submarino segue desaparecido.   

A primeira submarinista da América do Sul, um cabo que se casaria em duas semanas e um pai que deixou três filhos adolescentes estão entre os 44 tripulantes desaparecidos a bordo do submarino "ARA San Juan" no Atlântico.

- A submarinista -

Eliana Krawczyk sonhava em ser engenheira industrial, mas uma tragédia familiar mudou o rumo de sua vida para torná-la a primeira submarinista sul-americana.

Natural de Oberá, na província argentina de Misiones, Eliana se inscreveu na Escola Naval após a morte do irmão, em um acidente, e da mãe, vítima de um infarto.

Em 2012, Eliana se tornou submarinista, a primeira da América do Sul, e aos 35 anos era chefe de máquinas do "ARA San Juan".

- O comandante -

O capitão de fragata Pedro Martín Fernández, 45 anos, comandava o submarino. Nascido em Tucumán, no norte da Argentina, era casado e tinha três filhos adolescentes.

Em 2 de março de 2015 se mudou para a cidade de Mar del Plata, 400 km ao sul de Buenos Aires, base do "ARA San Juan" e onde residia quase toda a tripulação.

- Os noivos -

O cabo Luis Niz, 25 anos, era aguardado em Mar del Plata pela cabo Alejandra Morales, onde os dois se casariam no dia 7 de dezembro.

Nascido em La Pampa, uma província sem litoral, Niz foi um dos melhores no curso de formação, o que lhe valeu a designação para o "ARA San Juan".

O tenente Renzo Martin Silva, 32 anos, também iria se casar em breve. Entrou na Escola Naval com 18 anos e sonhava em ser submarinista desde criança, em sua cidade natal em San Juan, província encravada na Cordilheira dos Andes.

Já vivia com María Eugenia Ulivarri Rodi, também militar, que seria sua futura esposa.

- Papai Fernando -

Fernando Santilli, 35, era submarinista desde 2010. Engenheiro, abandonou muito cedo sua província natal de Mendoza (oeste) para realizar o sonho de ser submarinista.

Seu filho Stefano, com pouco mais de um ano, aprendeu a dizer "papai" quando Fernando já estava desaparecido em alto mar, contou sua esposa, Jessica Gopar.

"Foi meu grande amor, namoramos por sete anos, seis anos de casados e nosso filho, Stéfano, que demorou para que Deus nos enviasse".

- A espera de um filho -

O oficial Mario Armando Toconás Oriundo, 36, entrou na Marinha aos 13 anos e havia abandonado sua Patagônia natal para se instalar em Mar del Plata, próximo à base do submarino. Era esperado por um filho de quatro anos e sua companheira, grávida de quatro meses.

A Marinha da Argentina comunicou nesta quinta-feira (30) que parou de procurar por sobreviventes do submarino San Juan, desaparecido há 15 dias, mas ressaltou que uma operação multinacional continuará procurando pela embarcação.

As esperanças de encontrar sobreviventes já estavam baixas, pois especialistas disseram que a tripulação só teria oxigênio suficiente para 7 a 10 dias se o submarino permanecesse intacto. Segundo a Marinha, uma explosão foi detectada perto do horário e local onde o submarino fez contato pela última vez, no dia 15 de novembro.

##RECOMENDA##

De acordo com o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, a missão de resgate "se estendeu por mais que o dobro do que é estimado". "Nós tivemos 28 navios, nove aeronaves, 4 mil pessoas envolvidas e apoio de 18 países. Apesar da magnitude desses esforços, nós não conseguimos encontrar o submarino", disse Balbi.

Alguns parentes dos membros da tripulação caíram em prantos após receberem a notícia.

"Eu não entendo essa decisão arbitrária e injustificada", disse Luis Taglipietra, pai do marujo Alejandro Tagliapietra, de 27 anos. "É cruel. Todos os dias tem um novo baque. Estou destruído".

A Marinha disse que o capitão do submarino relatou que havia entrado água no snorkel, o que fez uma das baterias da embarcação entrar em curto circuito. Mais tarde, o capitão havia entrado em contato por meio de um telefone por satélite para comunicar que o problema havia sido contido.

Algumas horas depois, uma explosão foi detectada perto do horário e local onde o submarino havia feito contato pela última vez. Um porta-voz da Marinha disse nesta semana que a explosão pode ter sido provocada por uma "concentração de hidrogênio" causada pelo problema na bateria reportado pelo capitão.

A última mensagem do submarino argentino desaparecido no Atlântico Sul com 44 tripulantes reportou um curto-circuito e um princípio de incêndio nas baterias, segundo o texto revelado nestaa segunda-feira à noite pelo canal A24 de Buenos Aires.

"Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação ao tanque de baterias N°3 ocasionou curto-circuito e princípio de incêndio na área das barras de baterias. Baterias de proa fora de serviço. No momento em imersão, propulsando com circuito dividido. Sem novidades de pessoal, manterei informado", afirma a mensagem do "ARA San Juan" reproduzida pelo canal.

##RECOMENDA##

Este é o texto da última comunicação enviada na quarta-feira 15 de novembro, antes da perda de contato com o submarino, que é procurado intensamente há 12 dias em uma operação com a participação de 14 países.

A Armada argentina (Marinha de Guerra) havia informado que o submarino reportou uma avaria nas baterias, mas que esta havia sido corrigida.

A última comunicação aconteceu quando o "San Juan" navegava pelo Golfo São Jorge, a 450 km da costa argentina.

O submarino havia zarpado no domingo 11 de novembro de Ushuaia para retornar a Mar del Plata, sua base habitual.

A primeira submarinista da América do Sul, um cabo que planeja se casar em duas semanas e um pai de família que recebe mensagens de amor da mulher: conheça alguns dos 44 tripulantes do submarino "ARA San Juan", desaparecido no Atlântico desde 15 de novembro.

- Mulher de armas -

Eliana Krawczyk sonhava com ser engenheira industrial, mas uma tragédia familiar causou uma reviravolta em sua vida. Ela se tornou a primeira submarinista sul-americana e, agora, está a bordo do "San Juan".

Oriunda de Oberá, na província argentina de Misiones, Eliana conheceu o mar apenas aos 21 anos.

A morte de um irmão em um acidente e a perda da mãe, por um infarto, mudaram sua vida. Ela se inscreveu na Escola Naval e, em 2012, tornou-se submarinista. Aos 35 anos, é a chefe de Armas do submarino.

Sobre sua vida embarcada e sobre sua condição de única mulher, diz se sentir à vontade.

"Sempre vivi bem, e sempre gostei. Não tive nenhum freio, nem intervenção de ninguém. E nunca tive qualquer problema. Durmo com dois companheiros no mesmo camarote. Sou a única mulher a bordo e me sinto bem, contente e feliz", contou ela, em uma entrevista.

- O comandante -

O capitão de fragata Pedro Martín Fernández, de 45 anos, é o comandante do submarino. Nascido em Tucumán, no norte da Argentina, é casado e pai de três adolescentes.

Em 2 de março de 2015, mudou-se para a cidade costeira de Mar del Plata, 400 quilômetros ao sul da capital, base do "San Juan" e onde vive quase toda tripulação.

Na segunda-feira 6 de novembro, antes de zarpar de volta para Mar del Plata procedente de Ushuaia, 3.200 quilômetros ao sul de Buenos Aires, dirigiu uma viagem submersa do "San Juan". Dela participaram autoridades do governo e do Judiciário da província de Tierra del Fuego.

Não é o único tucumano da tripulação. O cabo principal Luis Esteban García, de 31, é seu conterrâneo.

- Marinheiros no altar -

O primeiro-cabo Luis Niz, de 25, é esperado em Mar del Plata pela também primeiro-cabo Alejandra Morales. Está tudo pronto para seu casamento em 7 de dezembro, e ainda não há informação sobre se teria sido adiado à luz dos últimos acontecimentos.

Promovido em 2016, Niz foi destinado ao "ARA San Juan". Nasceu em uma província sem litoral, La Pampa.

O tenente Renzo Martin Silva, de 32, também deve se casar no ano que vem. Entrou para a Escola Naval aos 18 anos e sonhava com ser submarinista desde a infância em sua natal San Juan, uma província colada na Cordilheira dos Andes.

Vive com María Eugenia Ulivarri Rodi, militar como ele e sua futura esposa.

- Papai Fernando -

Fernando Santilli tem 35 anos e é submarinista desde 2010. Engenheiro de formação, deixou muito jovem sua província natal de Mendoza para buscar seu sonho de ser submarinista.

De pouco mais de um ano, seu filho Stefano aprendeu a dizer "papai" nesses últimos dias, contou sua esposa, Jessica Gopar, no Facebook.

"Oi Fernando. Aqui cada dia é um pouco mais duro. Há momentos de esperança e outros de angústia. Muitas pessoas rezam por você, não sabe quantas. Stefano aprendeu a dizer 'papai'. Diga a ele, filho, diga-lhe que ele virá....", acrescenta Jessica.

E pede ao comandante do "San Juan": "Faça o impossível para voltar à superfície. Tem 44 almas nas mãos. Que Deus faça um milagre. Eu te espero, meu amor. Até logo".

- À espera de um bebê -

O capitão Mario Armando Toconás Oriundo, de 36, ingressou na Marinha há 13 anos. Deixou sua Patagônia natal para se instalar em Mar del Plata perto da base naval, para onde foi destinado.

Pai de um garoto de oito anos, espera seu segundo filho. Sua companheira está grávida de quatro meses.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando