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O Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) realizou uma vistoria no Hospital Hapvida da Ilha do Leite, no Centro do Recife. Diversas irregularidades foram identificadas pelos fiscais, como a falta de um espaço adequado para repouso dos profissionais e a denúncia de sobrecarga de trabalho.

A fiscalização foi realizada na manhã e na noite dessa terça-feira (31) para verificar se ações de assistência aos enfermeiros foram adotadas. A unidade é reincidente em ocorrências sobre as condições impostas aos funcionários. Ao longo do ano passado, o hospital recebeu 30 visitas de fiscais do Coren-PE. A gestão chegou a ser notificada nas ocasiões.

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Na primeira vistoria de 2023, foram observados problemas como déficit de profissionais de enfermagem, sobrecarga de trabalho e repouso inadequado. Enfermeiros que estavam no momento de descanso na chegada dos fiscais foram vistos no chão. 

Ainda de acordo com a denúncia, a Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) não atende aos padrões do Ministério da Saúde, o que impede que todos os pacientes tenham acompanhamento presencial dos enfermeiros. Também foi apontada a dificuldade dos fiscais para verificar documentos, como escalas de trabalho e o cálculo de dimensionamento de profissionais.

A alta rotatividade de enfermeiros na função de responsáveis técnicos foi outro ponto questionado pelo Coren-PE. "Isso pode representar uma manobra da gestão da unidade para burlar os prazos elencados nas notificações, obstruindo a apresentação destes documentos ao Departamento de Fiscalização do Conselho, que os solicita desde a abertura do processo administrativo, em 2011. A obstrução impossibilita a verificação tanto do quantitativo adequado de profissionais, quanto da devida regularidade destes profissionais para o exercício da atividade", apontou a autarquia em comunicado.

Em nota, a gestão do Hapvida da Ilha do Leite apresentou seus esclarecimentos sobre a denúncia. Acompanhe na íntegra:

"A gerência de enfermagem do Hospital rotineiramente realiza os remanejamentos necessários, visando não sobrecarregar a assistência. Além disso, atendendo à solicitação da fiscalização, as escalas de dimensionamento serão entregues no prazo de 15 dias, conforme acordado com o órgão fiscalizador.

Quanto aos leitos existentes no hospital, são suficientes para suprir o descanso dos colaboradores conforme escala previamente acordada.

Sobre a  Unidade de Tratamento Intensiva (UTI), está em conformidade com a RDC 7 de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre estrutura física de UTIs."

Um novo relatório do Coren-PE será enviado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT). " O Conselho ressalta que possui por responsabilidade garantir a assistência segura e adequada de enfermagem à população e teme pela integridade dos pacientes em decorrência das precárias condições de trabalho e sobrecarga dos profissionais", reforçou.

Uma rotina que inclui banhos de chuveiro frios, noites sobre um colchão fino no chão e mau cheiro que escapa do banheiro marca a realidade de mais de 1,3 mil radicais que permanecem presos em Brasília.

O Estadão teve acesso aos detalhes da situação diária que os presos envolvidos com os atos de violência no dia 8 de janeiro passaram a encarar, desde que chegaram ao Complexo Penitenciário da Papuda, no caso dos homens, e da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, destinada às mulheres. Os detidos podem até estar em áreas separadas dos demais presos, mas passaram a conviver com as mesmas condições, o que tem gerado diversas queixas.

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As celas, que costumam ter, em média, oito camas, estão cheias e não há espaço para todos. No presídio feminino, há celas com o dobro da capacidade: até 16 mulheres no mesmo espaço. No masculino, algumas têm 22 homens.

Muitos dos extremistas têm reclamado que acabam ficando nas áreas próximas ao banheiro de cada cela, tendo de lidar com o mau cheiro dos sanitários. Na maior parte das celas, não há privadas de concreto, mas a chamada "bacia turca", um buraco no solo que obriga o preso a ficar de cócoras para utilizá-lo. Nos presídios, a expressão mais recorrente para se referir a essa instalação é a de que ninguém quer "dormir perto do boi".

Banho frio

O banho é outro alvo de críticas. Basicamente, todo mundo tem de se lavar com água fria. O chuveiro quente é uma exceção que só existe - quando existe - para os idosos. A comida também é uma das campeãs das reclamações. Apesar de a Secretaria Penitenciária informar que fornece quatro refeições por dia, os extremistas se queixam da qualidade e da quantidade.

A Defensoria Pública do Distrito Federal tem atuado na Secretaria Penitenciária para tentar amenizar as queixas, não apenas dos golpistas presos, mas de toda a população carcerária do DF. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converteu em preventiva a prisão de 354 detidos após os ataques do dia 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa Econômica Federal (CEF) atualizou as condições de aquisição de imóveis através das linhas FGTS Habitação Popular e Pró-cotista. O banco público atualizou as faixas de renda enquadradas no programa que utiliza recursos do FGTS, e reduziu as taxas de juros do pró-cotista.

As medidas foram tomadas após mudanças feitas pelo governo e antecipadas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em junho. A reportagem mostrou que o Planalto atendeu ao pleito de empresários do setor de construção que, diante da disparada dos custos de produção do setor, vinham declinando a contratação de novos projetos.

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No FGTS, a Caixa ampliou as faixas de renda enquadradas no programa, de modo que o teto de renda familiar mensal subiu de R$ 7.000 para R$ 8.000. Com isso, mais famílias passam a ter acesso às condições mais favoráveis de financiamento do programa, com taxas de juros anuais entre 4,25% e 7,16%, abaixo das praticadas em linhas de mercado.

Na linha pró-cotista, o banco reduziu as taxas de juros para contratações até 31 de dezembro deste ano. Houve queda de 1 ponto porcentual, e as taxas partem de TR + 7,66% ao ano para imóveis com valores até R$ 350 mil.

Para imóveis com valores acima de R$ 350 mil, até o teto do Sistema Financeiro Habitacional, de R$ 1,5 milhão, a taxa também caiu, e passa a ser de TR + 8,16% a.a.. Além disso, a cota de financiamento na linha pró-cotista foi ampliada para até 80% do valor de avaliação do imóvel, de acordo com a CEF.

A pró-cotista é a linha do Casa Verde e Amarela destinada ao financiamento de imóveis de médio e alto padrão, e a mudança nas taxas é vista pelo setor como importante para evitar uma aceleração nos distratos, diante da alta dos juros.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira (18) que o semipresidencialismo não pode ser discutido agora no Congresso Nacional, com o atual número de partidos na Câmara e no Senado. Hoje, o Congresso tem representantes filiados a 24 legendas partidárias.

O novo modelo político é defendido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que criou um grupo de trabalho no Congresso para elaborar uma proposta, que seria votada na próxima legislatura, após as eleições de outubro.

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"Poderemos avançar para aquilo que a Câmara tem debatido hoje, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, tem suscitado muito isso, e eu acho que em algum momento isso pode ser discutido, mas não agora com a quantidade de partidos que nós temos, que é o semipresidencialismo", afirmou Pacheco durante palestra no Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (Ciee-PR), em Curitiba.

Pacheco reforçou a aposta de que o número de legendas será o menor já visto no País depois das eleições de outubro, com o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira, que limitam a sobrevivência de partidos nanicos chamados de "legendas de aluguel". "São buscas de aprimoramento político no Brasil que eu considero interesse serem discutidas e incluídas num futuro próximo."

O presidente do Senado criticou os ataques feitos às urnas eletrônicas no País, após o presidente Jair Bolsonaro questionar a efetividade do sistema de votação em vigor. De acordo com Pacheco, o Senado está "ombreado" com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a lisura das eleições e combater as fake news na disputa.

O Sindicato dos Bancários convocou um protesto às 8h desta quinta-feira (3), na agência da Caixa Econômica Federal no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. A categoria reivindica melhores condições sanitárias aos trabalhadores e clientes.

Os profissionais querem a exigência do certificado de vacinação na entrada dos bancos e que álcool 70% seja garantido para “um atendimento respeitoso, seguro e não precarizado à população”, segundo comunicado.

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Os bancários também cobram máscaras de proteção adequadas e o cumprimento dos protocolos sanitários, com o encaminhamento para teste de funcionários com sintomas da doença e fechamento de unidades para sanitização.

"A agência Caixa Encruzilhada foi escolhida para a ação por atender a um grande volume de clientes e usuários, que assim como os empregados estão com suas vidas expostas nas extensas filas formadas nas agências", explicou a organização.

O sindicato ainda destacou que a população mais carente do país recorre às agências da Caixa para receber os benefícios dos programas sociais, como o Auxílio Brasil, Vale Gás, Seguro Desemprego e o PIS.

O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) aprovou as condições para a desestatização da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A. (CeasaMinas). A resolução está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (26).

De acordo com o documento, a desestatização se dará mediante a alienação dos seguintes ativos: a totalidade das ações de emissão da CeasaMinas de titularidade da União, representativas de 99,57% das ações ordinárias nominativas na data da liquidação do leilão, e os imóveis não operacionais de titularidade da CeasaMinas - Áreas 2 e 3 de Contagem.

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O texto determina que a alienação dos ativos deverá ser feita em um mesmo leilão público, por envelopes fechados, apresentando a possibilidade de realização de três lances distintos, para os seguintes lotes: Lote 1: Áreas 2 e 3 de Contagem, no valor mínimo de R$ 161.630.000,00; Lote 2: Companhia sem as Áreas 2 e 3 de Contagem, no valor mínimo de R$ 91.644.046,35; ou Lote 3: Companhia com as Áreas 2 e 3 de Contagem, no valor mínimo de R$ 253.274.046,35.

"Após a formulação dos lances, e respectiva classificação, a definição sobre a venda conjunta ou separada dos ativos mencionados ocorrerá conforme a opção que represente o maior retorno financeiro para a União", cita a resolução. "As propostas válidas serão dispostas por ordem decrescente de valor e poderão ofertar lances em viva-voz os proponentes cujas propostas estiverem dentro do intervalo de vinte por cento em relação à maior oferta", acrescenta.

Pelas regras, será considerado vencedor o licitante que oferecer o lance de maior valor, a licitação será realizada com inversão de fases, prevista a abertura dos documentos de habilitação somente do vencedor do leilão, e o pagamento pelos ativos a serem ofertados deverá ser realizado à vista e em moeda corrente nacional.

Dentre outros pontos, a resolução também autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a estruturar a desestatização dos ativos denominados Mercados Livres dos Produtores (MLPs), de propriedade do Estado de Minas Gerais, nas condições a serem previstas em edital a ser publicado pelo governo estadual, a fim de que se proceda à sua licitação concomitantemente à desestatização da CeasaMinas.

Sem consenso e em meio a pressões de vários partidos, a Proposta de Emenda à Constituição 186/2019, a chamada PEC Emergencial, continua na pauta da sessão plenária desta tarde no Senado, mas apenas para que a discussão da matéria comece. “Hoje [o texto] vai ser lido para que na terça ele possa ser votado.”, informou o relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC).

A PEC Emergencial cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios.

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O nó do debate está no trecho da proposta que acaba com os mínimos constitucionais para gastos com saúde e educação. A solução apresentada na última segunda-feira (22) pelo relator, com aval da equipe econômica para garantir recursos voltados ao auxílio, gerou reação entre parlamentares e organizações da sociedade civil.

Se essa desvinculação de receitas for aprovada, como sugeriu Bittar, o Congresso Nacional terá que definir os repasses mínimos para saúde e educação a cada ano.

Nesta manhã, em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), lideres partidários pressionaram para que o tema não seja votado hoje. Bittar não participou diretamente do encontro e deu sinais de que não pretende recuar na ideia da desvinculação.

Segundo o senador, nesse debate “há uma ditadura do pensamento único”, imposto por corporações “que dominam as universidades e as escolas no país. “São elas que determinam a educação no Brasil. Não é o prefeito, não é o governador, não é o presidente da República. Elas fazem uma contracampanha a essa proposta, muitas vezes mentindo descaradamente, por exemplo, que vão tirar dinheiro da educação. A proposta não tira um centavo do orçamento de ninguém. O que nós queremos fazer é restabelecer o estado democrático”, sustentou.

Auxílio emergencial

O impasse deve atrasar a retomada do pagamento do auxílio emergencial. Desta vez, a ideia é que até R$ 250 fossem pagos de março a julho, mas a medida depende da aprovação da PEC.

“O Brasil vai dar um sinal de que não abandona esses brasileiros que precisam do Estado para se alimentar, mas isso tinha que ser feito no mesmo movimento, também aumentando o rigor fiscal, e é isso que estamos conseguindo”, afirmou Márcio Bittar.

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Unidos contra a precarização do serviço e por melhores salários, entregadores por aplicativo de Pernambuco saíram da frente do Centro de Convenções, em Olinda, Região Metropolitand do Recife (RMR), e seguem em direção ao Palácio do Campo das Princesas, para pedir o apoio da gestão do estado. Esta quarta-feira (1º) marca o protesto nacional de profissionais do setor.

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Antes da sede do Governo de Pernambuco, os manifestantes pretendem estender o ato por dignidade em frente ao prédio do Ministério do Trabalho e Emprego, na Avenida Agamenon Magalhães, na altura do bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife.

O movimento convocado pela Associação dos Motofretistas de Pernambuco (AMAPPE) começou tímido, mas conquistou adeptos no decorrer da manhã. Em uma carta aberta, a categoria elencou uma série de reivindicações contra as políticas de aplicativos de entrega como iFood, Uber Eats e Rappi. Dentre as solicitações está o fim dos bloqueios de profissionais, o aumento nas taxas de entrega, um suporte fora das corridas, além de uma sede do iFood no Recife.

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Convocado pela Associação de Motofretistas de Pernambuco (AMAPPE), um ato por mais direitos e melhores condições de trabalho para os entregadores ocorre em frente ao Centro de Convenções, em Olinda, no Grande Recife. A categoria aderiu à paralisação nacional de entregadores por aplicativo, realizada em outros estados nesta quarta-feira (1º).

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Os entregadores do iFood, Rappi e Uber Eats relatam uma rotina exaustiva e perigosa, com 12 horas de trabalho diário e expedientes que adentram a madrugada. Mesmo sem vínculo formal, uma das solicitações é a disponibilização de um seguro, "seja de vida, acidente ou roubo", informa a carta aberta emitida pela AMAPPE.

“A categoria quer o respeito e a consideração de todos. Vamos nos concentrar pacificamente aqui, reivindicando pelo que os aplicativos fazem conosco. Eles mentem, dizem que tem seguro, mas não tem seguro. Dizem que tem incentivo, mas não tem", afirmou o presidente da Rodrigo Lopes

Embora considerados "empreendedores autônomos", caso o profissional não trabalhe no fim de semana ou quando não acumulam pontos, são bloqueados temporariamente de realizar entregas. "Muitas vezes a entrega é feita com sucesso, mas o cliente informa ao APP que não recebeu e sem nenhum processo para investigar a veracidade das alegações", explica o documento.

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O grupo Entregadores Antifacistas uniu-se ao ato e recomenda que o participante desligue o GPS do celular antes de ir ao protesto. Essa seria uma forma de evitar o rastreamento das empresas responsáveis e um possível bloqueio indevido no futuro. Eles também pedem aos clientes que não façam pedidos hoje.

A pauta de reivindicações ainda pede o aumento do valor das corridas e pacotes; aumento do valor mínimo por entrega; fim dos bloqueios e desligamentos indevidos; fim do sistema de pontuação; uma sede do iFood no Recife; suporte fora das corridas por telefone e e-mail para contato direto com o app; e uma reunião com a gestão pública e representantes dos aplicativos.

A Universidade de Pernambuco (UPE) lançou, nesta sexta-feira (26), um questionário para mapear as condições socioeconômicas de acesso às tecnologias digitais e situação de vida dos estudantes. O questionário está disponível nas redes sociais da instituição, como também no site e no e-mail institucional.

A Coordenação de Assuntos Estudantis da Pró-Reitoria de Graduação (CAE/PROGRAD) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE/UPE) lançaram essa pesquisa para coletar uma amostra significativa, com a participação da comunidade estudantil, para articular as melhores condições para os estudantes neste período de pandemia da Covid-19.

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Nesta segunda-feira (22), um protesto vai reivindicar melhores condições do transporte público do Grande Recife em meio à pandemia. Programado as 11h, no Terminal Integrado de Xambá, no bairro de São Benedito, em Olinda, a Organização e Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP) estima que 200 manifestantes participem do ato.

O grupo vai colher assinaturas em um abaixo-assinado e debater com a sociedade civil sobre a precariedade dos coletivos em contraste com a tarifa cobrada. A intenção não é bloquear a saída dos ônibus, contudo a possibilidade de fechar o terminal temporariamente não foi descartada.

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Além de solicitar a ampliação e a climatização da frota, e cobrar pontualidade das linhas, a coordenadora do OLMP, Carla Eduarda, também apontou a falta de higienização e aglomeração nos terminais. “O Poder Público está na contramão da história, porque não investe em infraestrutura para garantir melhorias para os usuários, tendo em vista o sucateamento das linhas BRT e o abandono dos Terminais Integrados”, denuncia.

Um ato contra o aumento no valor das passagens de ônibus deve bloquear a Avenida Guararapes, no Centro do Recife, na manhã da próxima segunda-feira (20). O protesto, marcado para às 9h30, é organizado pela Frente de Luta em Defesa do Transporte Público.

Segundo o grupo, que também promete reivindicar melhoria na qualidade do serviço, o valor da tarifa é injusto diante das condições do transporte público ofertadas aos usuários.

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Além de criticar a insegurança para os usuários e a dupla função imposta aos motoristas, "o BRT está sucateado, os Terminais Integrados abandonados, não houve implementação da tarifa única, da integração temporal e muito menos do SIMOP", descreve a nota da Frente de Luta.

A organização entende que falta transparência e compromisso da Urbana - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco -, e aponta que o governador Paulo Câmara é negligente em relação ao controle do serviço.

"O Governo do Estado nunca exigiu ou fez os relatórios de qualidade das empresas de ônibus, que precisariam atingir notas satisfatórias para continuarem a operar no Sistema", destaca. 

Cerca de 100 detentos estão algemados a 18 viaturas, alojadas em um terreno na Rua Salvador França, em Porto Alegre, capital gaúcha. Eles estão sob os cuidados de 33 policiais militares, que foram submetidos à condições insalubres para vigiá-los. Devido à falta de vagas no sistema prisional, anteriormente, os presos amontoavam-se no entorno do Palácio da Polícia.

"Estou implorando para ir para a cadeia. O Presídio Central é shopping center perto disso daqui", suplicou um detento. Até as próprias viaturas improvisadas como celas estão lotadas. Por isso, parte dos reclusos foi algemada nas portas dos veículos. 

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Limitados em sua condição, garrafas de plástico são compartilhadas como urinol, segundo a RBS."A gente usa uma garrafa comunitária para urinar. Quando enche, o soldado escolta e a gente vira no mictório. Fazer o número dois é uma vez por dia. Estou há 20 dias aqui", explicou um dos presos em um porta-malas.

O aperto também os impede de dormir com dignidade, a maioria descansa apoiada nos próprios joelhos. "Todo mundo fez um crime e todo mundo tem de pagar, mas isso aqui está desumano demais", declarou um preso há 31 dias.

“Todo mundo aqui põe o órgão genital no mesmo lugar. Muitos são soropositivo, outros têm hepatite, infecção. Colocaram um cara ali com tuberculose. Pode proliferar. É diferente estar em um presídio e estar aqui amarrado”, denunciou outro algemado.

“Foi um retrocesso ter presos em viaturas”- Nessa terça-feira (24), a juíza Sonáli Zluhan da 1ª Vara de Execuções Criminais da capital visitou o terreno que dá acesso ao Centro de Triagem de Presos de Porto Alegre. Ela deparou-se com 95 presos -número variável devido às detenções e liberações diárias- e pretende solucionar, ao menos, casos que envolvam graves problemas de saúde.

“Foi um retrocesso ter presos em viaturas. A gente conversa com os policiais, são obrigados a fazer um rodízio, e estão em situação precária, vocês viram, sentados nas pedras, comendo como podem. Esse preso em viatura não recupera de jeito nenhum. E está um clima tenso entre preso e brigadiano. É complicado. E no Centro de Triagem não são atendidos os requisitos mínimos da prisão”, pontuou a juíza.

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Insalubridade policial - Cerca de 33 militares de diversos batalhões são submetidos à falta de percepção do poder público. Alternados em turnos de 12 horas, têm como posto uma edificação inacabada com o teto infiltrado. O descaso prossegue diante da estrutura: cadeiras plásticas e mesas de madeira, são a ‘sala’ e o ‘refeitório’. No local, se alimentam enquanto evitam uma possível fuga.

Para espantar o frio, a opção é improvisar uma fogueira com pedaços de madeira.

“A gente poderia estar na rua, mas está aqui. Acabar com isso é bom para todo mundo. E o problema é que acaba sempre a culpa em cima da Brigada”, explicou um policial. Outro militar se queixa, “às vezes, em quatro brigadianos de um batalhão para quase 20 presos. Os presos ainda colaboram. A gente não "solta" muito eles, mas também não "aperta".

O que diz o Poder Público

Uma nota da Secretaria de Administração Penitenciária foi enviada a equipe de reportagem do GaúchaZH. Confira na íntegra:

“A Secretaria da Administração Penitenciária (SEAPEN) informa que continua envidando todos os esforços para resolver de forma definitiva a situação dos presos que são custodiados em viaturas e delegacias. Como já é de conhecimento da maior parte da sociedade gaúcha, trata-se de questão complexa, que não depende de vontade política, mas de uma série de fatores que estão sendo objeto da dedicação total da secretaria, criada exclusivamente para tratar da questão prisional. Para se ter uma ideia, até o momento, já foram encaminhados ao sistema mais de 12 mil pessoas presas, desde o início do ano, através do sistema Desep Vagas 24h. Mas a solução para o caso específico passa pela implementação do Nugesp (Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional), cuja minuta se encontra em fase de análise dos diversos entes do sistema de Justiça para sua implantação ainda em 2019. Também a entrega do Presídio de Sapucaia, com suas 600 vagas vai contribuir para amenizar o problema. Com isso, teremos possibilidade de absorver a demanda de presos que hoje se encontram em DPs e viaturas. A ideia é que o novo núcleo seja instalado exatamente na mesma área onde hoje estão estes presos, no terreno junto ao IPF.”

O departamento do curso de Farmácia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) entrou em greve nesta terça-feira (14). A decisão foi tomada após assembleia, realizada por 150 estudantes e professores da graduação. Os discentes resolveram paralisar as atividades por conta da precariedade na estrutura e instalações da instituição.

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"Além dos problemas elétricos (possível causa do incêndio), o Departamento não é capaz de oferecer condições descentes em serviços básicos como água, manutenção das paredes e tetos, iluminação, manutenção dos ar condicionados e data show", relata a nota oficial, divulgada pelo Diretório Acadêmico de Farmácia Carl Scheele.

A nota ainda salienta que as atividades serão paralisadas por tempo indeterminado até que haja uma proposta para um novo prédio. "Convidamos a todos para na próxima quinta-feira (16), às 10h fazermos uma visita à reitoria cobrando por mudanças. Somos o curso mais antigo de saúde no estado de PE e nosso prédio é provisório há mais de 50 anos", finaliza a nota.

 

A esposa de Carlos Ghosn escreveu uma carta à Human Rights Watch, organização de defesa dos direitos humanos, em que critica as "duras condições" da detenção do presidente da Renault.

Em um e-mail de nove páginas que ao qual o AFP teve acesso, Carole Ghosn lamenta que seu marido tenha sido detido, desde sua prisão em 19 de novembro, em uma cela iluminada dia e noite e que ele não tenha acesso a seu tratamento médico diário.

"Todos os dias, durante horas, os inspetores o interrogam, o intimidam, dão a ele sermões e o aconselham com o objetivo de extrair uma confissão", escreveu Carole Ghosn.

O empresário de 64 anos é acusado no Japão de quebra de confiança e reduções em suas declarações de renda para as autoridades financeiras por oito anos. Ele alega inocência.

Na carta, sua esposa afirma que os investigadores o pressionaram a assinar documentos em japonês, uma língua que ele não domina, e que ele só recebeu uma tradução oral, sem a presença de seu advogado.

"Peço à Human Rights Watch a se concentrar em seu caso e pressione o governo a reformar seu draconiano sistema de detenção e interrogatório", afirma a esposa do ex-presidente da Nissan e da Mitsubishi Motors.

As condições de detenção de Carlos Ghosn geraram críticas em nível internacional sobre o sistema judicial japonês.

Um tribunal decidiu na semana passada que o CEO poderá começar a receber visitas familiares.

O advogado de Ghosn, Motonari Otsuru, negou que seu cliente tenha sido forçado a assinar documentos escritos em japonês.

"Ghosn não nos disse que nenhuma vez que ele teve que assinar qualquer coisa em uma língua que ele não entende", declarou, indicando ainda que seu cliente foi transferido para uma cela mais espaçosa, com uma cama em estilo ocidental.

No mesmo dia em que o deputado federal eleito Sargento Fahur (PSL) disse que, se dependesse deles, criminosos de facções diferentes “se matassem” dentro dos presídios, o deputado federal Jean Wyllys (Psol) se mostrou preocupado com a atual situação dos presos. O ex-BBB lamentou o fato de que os presidiários vivem em condições “subumanas” e também condenou a tortura aos presidiários.   

“É só dar uma passada nas nossas próprias unidades. Elas são a prova concreta de que condições subumanas para população carcerária não melhoram em nada o nível de violência do lado de fora. Pelo contrário, nas unidades mais degradadas é que os egressos se tornam mais violentos e facilmente ligados às facções”, declarou por meio das redes sociais nessa sexta-feira (4). 

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A declaração aconteceu em meio às criticas ao governador eleito do Rio de janeiro, Wilson Witzel. Jean falou que ele gosta de abusar de um “vocabulário bizarro” para dar a impressão que trabalha arduamente na área da segurança pública. “Desde a campanha ele só fala em autorizar tiros na cabeça de pessoas que seus policiais acharem que são traficantes. A sua pérola mais recente foi reivindicar para o estado uma prisão "como a de Guantánamo". Quero lhe perguntar aqui: Que tal se começasse a apresentar medidas concretas e não frases de botequim?”, disparou. 

 “O que um estado como o Rio, que tem prisões em condições condenadas por organismos internacionais, onde presos são frequentemente violentados e mortos, tem para invejar a base de Guantánamo, onde eram torturados presos do exército americano? Aqui, a tortura é prática tão corrente nos presídios quanto ratos e a tuberculose. Witzel está invejando uma base que tortura presos?”, questionou.   

Jean Wyllys ainda salientou que Witzel não deve copiar dos Estados Unidos as prisões com tortura, mas sim o sistema educacional públio e gratuito, de qualidade,entre outras medidas sociais que foram combinadas com o aparato de vigilância das polícias.  

Após um ano com 41% das praias próprias para banho, o litoral paulista teve queda na balneabilidade em 2018. Segundo dados parciais da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), apenas 23% do litoral apresentou praias em condições ótimas ou boas ao longo do ano (uma em cada quatro). No Litoral Norte, a queda foi de 46% para 25%. Já na Baixada Santista, passou de 33% para 15%. A principal preocupação é com o risco de doenças, como gastroenterite, conjuntivite, otite e hepatite A.

"O cenário deste ano é diferente. Comparando com o ano passado, a qualidade diminuiu. Tivemos vários episódios de chuva, principalmente nos fins de semana, que é quando as análises são feitas. Com a chuva, aumenta a vazão dos cursos d'água que vão para o mar", explica Karla Cristiane Pinto, bióloga do setor de Águas Litorâneas da Cetesb.

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O levantamento deste ano da companhia leva em consideração análises semanais realizadas até o dia 9 de dezembro. Ele aponta que 34% do litoral paulista esteve em condição classificada como ruim ou péssima. No ano passado, o índice era de 13%. Ao longo deste ano, 28% das praias do Litoral Norte e 43% da Baixada estavam nessas condições. Em 2017, eram 5% e 24%, respectivamente. "O monitoramento é feito pesquisando bactérias indicadoras de poluição fecal. A contaminação pode ser ou não por contato com esgoto. A análise é realizada nos dias mais críticos. Verificamos o pior cenário", diz Karla.

Na quarta-feira, 19, a Cetesb divulgou um boletim referente à semana do dia 16. Na Baixada Santista, 20 praias foram consideradas impróprias para banho. Elas estão localizadas em Santos, no Guarujá, em São Vicente, Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe. No Litoral Norte, foram 39 nos municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela.

Das 167 praias analisadas, 59 foram consideradas impróprias para banho. Apenas Monguaguá e Bertioga apresentavam 100% de balneabilidade.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a poluição por lixo, chorume e dejetos de animais pode afetar a balneabilidade das praias, pois o material pode ser levado pelas chuvas para o sistema de drenagem urbana e chegar aos córregos e canais que deságuam no mar. "Há também as áreas de moradias irregulares, onde a Sabesp é impedida por lei de prestar serviços de saneamento, e que fazem todo tipo de descarte nos corpos hídricos. Por esse motivo, até mesmo a cidade de Santos, que tem o quarto melhor saneamento do País, segundo o Instituto Trata Brasil, apresenta bandeira vermelha em alguns períodos", diz a companhia, em nota.

A Sabesp informou que, nos últimos dez anos, investiu R$ 2,9 bilhões em obras de saneamento na Baixada Santista e o índice de cobertura das redes coletoras de esgoto atingiu 80%. Na região, o porcentual de tratamento é de 100%. Sobre o Litoral Norte, a companhia disse que os índices de coleta, afastamento e tratamento de esgoto estão crescendo e as negociações para renovação de contrato de concessão com municípios da região para expandir a estrutura de esgotamento sanitário estão avançadas. A Sabesp informou ainda que obras em Caraguatatuba e Ubatuba estão previstas para começar em janeiro.

Riscos

A contaminação da água pode causar uma série de doenças em banhistas. "Há bactérias que podem causar infecções no trato digestivo, o que é muito comum ter nesta época do ano. Elas causam sintomas de febre e diarreia. Tem a hepatite A, conjuntivite e otite", afirma Paulo Olzon, clínico e infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Olzon diz que, com a chuva, dejetos de ratos também podem contaminar as águas e causar leptospirose. A recomendação do especialista é evitar se banhar nas praias consideradas impróprias. Estar atento às bandeiras que indicam se a praia é própria ou imprópria para banho é também uma das recomendações dadas por Karla para que os banhistas evitem a contaminação. "A gente sempre pede que as pessoas não entrem no mar quando a bandeira estiver vermelha ou 24 horas após as chuvas. As pessoas também não devem se banhar perto de canais, rios e córregos, e não engolir água, principalmente crianças e idosos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O principal medo de quem vai à praia com uma criança é de que ela se perca, mas há outros riscos que devem estar no radar dos pais. Ferimentos com cacos de vidro, queimaduras solares e desidratação estão entre os problemas que podem ocorrer com os pequenos durante o passeio.

"Ao chegar à praia, é importante dar uma boa olhada no entorno, ver se não tem cacos de vidro ou tampinhas que podem ferir os pés e perguntar para o salva-vidas onde deve ficar, porque tem toda uma análise do mar para identificar onde existe buraco. O afogamento é muito rápido e costuma ser fatal. É muito raro internar uma criança por afogamento", explica Gabriela Freitas, gerente executiva da ONG Criança Segura. Gabriela recomenda que, ao longo do período que a família vai ficar na praia, uma pessoa que saiba nadar seja eleita para ficar responsável pelas crianças.

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Segundo o último balanço da entidade, realizado em 2016, esse tipo de acidente fica em segundo lugar no ranking de causas de morte até os 14 anos. "Além da supervisão muito ativa, a recomendação é de que as crianças usem colete salva-vidas, porque é o que vai deixar todo tronco flutuando. A boia é considerada um brinquedo."

Aedes

Além disso, vacinar as crianças com mais de 9 meses contra a febre amarela antes de ir para regiões com o risco de infecção pela doença, caso do litoral paulista, é uma das orientações do pediatra e gerente médico do Sabará Hospital Infantil Felipe Lora.

Para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika vírus e chikungunya, Lora recomenda o uso de repelentes adequados para a faixa etária das crianças. "É importante lembrar que o repelente sempre deve ser passado depois do filtro solar para criar a barreira que impede que o mosquito venha. O filtro solar tem de ter um fator de proteção alto, mas, abaixo dos 6 meses de idade, esses produtos não são recomendados. Então, as crianças devem ser protegidas com roupas claras."

O pediatra diz que a exposição ao sol não deve ser feita no horário entre as 10 e as 15 horas e os lanches levados para a praia devem ser leves. "Podem levar uma bolacha de água e sal ou um biscoito de polvilho. Se o alimento é conservado na geladeira, não deve ser levado para a praia. E a água deve ser dada em livre demanda", afirma. "E atenção: se a urina estiver amarelada, significa que a criança precisa ser hidratada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ano e um dia depois do desaparecimento do submarino ARA San Juan, da Marinha da Argentina, uma empresa privada encontrou o submarino a 600 quilômetros da costa e as buscas chegaram ao fim. O governo de Mauricio Macri deve avaliar agora se realiza uma operação para a retirada do objeto do mar e dos corpos dos 44 tripulantes.

Segundo o chefe da base naval de Mar del Plata, o submarino sofreu uma implosão, mas manteve sua estrutura. "Vemos ele completo, mas obviamente implodido", explicou Gabriel Attis. Ele foi achado na noite de sexta-feira, 16, a 800 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros da costa de Comodoro Rivadávia, na Patagonia argentina. O local está dentro da área onde começaram a ser realizadas as buscas em novembro do ano passado.

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"Tendo investigado o ponto de interesse nº 24 relatado pela Ocean Infinity, identificação positiva foi dada a #AraSanJuan", disse a Marinha, referindo-se à empresa americana que procurava o submarino. Segundo o jornal Clarín, a companhia cobrará US$ 7,5 milhões pelo trabalho.

Na quinta-feira, 15, a Marinha havia organizado um ato em homenagem à tripulação do submarino, em Mar del Plata, por ocasião do um ano de seu desaparecimento. A cerimônia teve a presença do presidente Macri e de parentes dos marinheiros.

Algumas famílias dos tripulantes permaneceram por um ano em Mar del Plata aguardando informações. "Agora se abre um novo capítulo", declarou o porta-voz da Marinha Rodolfo Ramallo à emissora de televisão TN. (Com agências internacionais)

A quantidade de resíduos enviadas para lixões teve um aumento pelo segundo ano consecutivo. Segundo o levantamento divulgado hoje (14) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em 2017 foram enviados para depósitos de lixo, sem nenhum preparo, 12,9 milhões de toneladas de resíduos urbanos, um aumento de 4,2% em relação ao volume verificado em 2016.

A quantidade representa que 18% de todos os resíduos produzidos no país e estão sendo depositados sem nenhum tipo de cuidado. Cresceu também, ligeiramente, o número de municípios que encaminham o lixo para esses locais. Eram 1.559 em 2016 e em 2017 passaram para 1.610.

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Para o presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, o fenômeno é preocupante. Ele lembrou que esse tipo de destinação do lixo é proibida desde 1981 e foi transformada em crime ambiental em 1998. “A pior forma de destinação ainda sobrevive e recebe mais lixo de um ano para o outro”, alertou.

Em junho, o prefeito de Murutinga do Sul, no interior paulista, Gilson Pimentel, chegou a ser preso por utilizar uma área interditada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) como depósito de resíduos da cidade. Após o episódio, o prefeito decretou emergência sanitária no município por falta de local para depositar o lixo.

Falta de dinheiro

De acordo com Silva Filho, o levantamento analisou as razões dos municípios para recorrerem aos lixões. “Falta de dinheiro no cofre municipal. A hora que o município deixou de ter esse recurso, para não cortar outros serviços que supostamente são mais perceptíveis para a população, cortou o custo com a destinação final”, explicou.

Proporcionalmente, os depósitos de lixo existem em maior quantidade nas regiões Norte, onde representa 56% dos locais de destinação, presente em 252 municípios, e Nordeste, onde 48% das cidades, um total de 861 enviam os resíduos para lixões. No Norte, 35,6% do volume de resíduos, 4,5 mil toneladas por dia vão para lixões. No Nordeste, o percentual é de 31,9%, que representa 14 mil toneladas por dia.

A destinação correta do lixo, segundo a legislação vigente, só atinge 59,1% dos resíduos urbanos no Brasil. Os aterros controlados, que apesar de terem algum cuidado na disposição, ainda são irregulares, recebem 22,9% dos resíduos.

Mais lixo

O estudo também constatou um aumento na quantidade de lixo produzida. Em 2017, foram geradas 214,8 mil toneladas de resíduos urbanos por dia, um crescimento de 1% sobre 2016 e um aumento de 0,48% no volume de lixo per capita.

Sobre a coleta seletiva, o levantamento indicou que cerca de um terço dos municípios brasileiros, 1,6 mil cidades, ainda não tem nenhum tipo de inciativa para separar os resíduos de forma a permitir o reaproveitamento.

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