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Enfrentar o aquecimento global é um desafio dessa e das futuras gerações. Os últimos dados divulgados por instituições meteorológicas indicam o acúmulo de grandes concentrações de gases na atmosfera que bloqueiam o calor emitido pelo sol, aumentando assim, as médias da temperatura do planeta em todas as suas regiões, afetando a qualidade de vida de bilhões de pessoas.  

De acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), os últimos anos foram os mais quentes registrados desde 1880, com destaques para 2016, 2019 e 2020. As pesquisas também apontaram a probabilidade de 20% de que o aumento da temperatura exceda temporariamente os 1,5°C já a partir do próximo ano.

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No famoso Acordo de Paris, que é um tratado de compromisso mundial que combate a crise climática, os países membros se comprometeram a limitar o aquecimento global bem abaixo de 2°C, de preferência a 1,5°C, em comparação com os níveis pré-industriais. Cada país signatário do acordo estabeleceu uma meta para contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa por volta de 2030.

Em entrevista ao LeiaJá, a engenheira ambiental Pollyana Alves, afirmou que o aquecimento global é um fenômeno associado a diversas causas, sendo a ação humana a principal. ''Então, como sabemos, o aquecimento global nada mais é que o aumento anormal da temperatura do nosso planeta. Esse fenômeno é associado principalmente às ações antrópicas. E suas causas são diversas, mas a principal delas é a ação humana, que não vem adotando políticas de sustentabilidades”, pontuou a engenheira.

Segundo Pollyana, os dados das organizações ambientais devem servir como um alerta para os seres humanos em suas ações. "A poluição, as queimadas e os desmatamento das áreas naturais, contribuem para o aquecimento global no sentido de promover um desequilíbrio climático. A remoção da vegetação, por exemplo, prejudica o controle das temperaturas e os regimes de chuva”, disse.

A engenheira ambiental deu exemplos de como as pessoas podem contribuir na luta contra o acúmulo de grandes concentrações de gases na atmosfera. “Podemos realizar ações simples e eficazes que ajudam o equilíbrio climático. Atitudes como: economizar energia elétrica, deixar seu carro em casa e utilizar mais as bicicletas e os ônibus, evitar banhos demorados, entre outras ações. Inclusive, plantem árvores, pois o meio ambiente precisa delas, e nós precisamos também.”

Além de pressionar indústrias e os governantes a adotarem políticas socioambientais responsáveis, saiba como você também pode contribuir no combate às mudanças climáticas corrigindo alguns hábitos de consumo que podem ser facilmente praticados no seu cotidiano.

Para ajudá-lo, selecionamos 6 atitudes sustentáveis. Confira:

1- Faça trechos menores a pé

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física por semana, o que equivale a cerca de 20 minutos de caminhada no dia. Por isso, nada melhor que percorrer pequenas distâncias andando, por isso, sempre que possível, substitua o uso do carro ou moto por caminhadas para percursos de até 3 Km de distância. A escolha reduz a emissão de gases de efeito estufa e, com certeza, o aquecimento global. O uso da bicicleta também pode lhe auxiliar nesses novos hábitos.

Para quem precisa percorrer distâncias maiores, vale usar o transporte coletivo alguns dias da semana ou organizar com amigos a carona solidária. Experimente deslocamentos por meio de aplicativos de veículos elétricos ou com o uso de biocombustíveis.

2- Dê preferência a alimentos agroecológicos

Troque os supermecados por feiras orgânicas da região próxima a sua casa. Os alimentos vendidos nessas feiras não vêm em embalagens de plástico e o trajeto que fazem do produtor até o vendedor é mais curto que o dos comercializados em um supermercado.

Consuma mais produtos agroecológicos, ou seja, produzidos sem agrotóxicos e pela agricultura familiar. Além da conservação do meio ambiente, isso vai contribuir com a economia da região onde você mora. A compra de produtos locais ajuda a diminuir a emissão de CO2 liberado com o transporte desses alimentos.

3- Consuma menos carne

De acordo com relatórios do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), mais de 70% das emissões totais de gases no Brasil estão ligadas à atividade agropecuária. Os estudos levam em consideração a adubação, o desmatamento para pastagem, o metano emitido pelo gado e o transporte dos produtos. Nesse sentido, adote uma alimentação mais diversificada, acompanhada de um nutricionista.

4- Economize luz e água

Reduzir o consumo de água e energia elétrica contribui tanto para as suas finanças, quanto para o meio ambiente, já que reduz a demanda de recursos naturais para os fornecimentos desses serviços. Você pode mudar seus hábitos com dicas simples que vão desde o reaproveitamento de água para lavar o quintal até a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, por exemplo. Uma boa forma de começar a planejar a redução de gastos de energia é simulá-los com a calculadora de conta da energia do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC).

5- Reduza a geração de resíduos

Adote a coleta seletiva, pois contribui para a preservação do meio ambiente e para práticas cotidianas mais sustentáveis. Em sua casa, crie alternativas eficazes para diminuir a geração dos resíduos. Compre produtos duráveis e resistentes, reutilize sacolas plásticas e não as descarte em locais inadequados, escolha produtos de empresas que desenvolvem programas socioambientais e recicle objetos.

6- Cobre políticas públicas dos governantes

Fale com a gestão da sua cidade sobre a elaboração de políticas públicas que preservem a natureza. Solicite palestras sobre o assunto. Cobre o comprometimento de políticos com essa temática e acompanhe as promessas de todos os candidatos eleitos.

 

O ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) foi confirmado em um seminário organizado pela empresa Geofloretas, para falar sobre meio ambiente e sustentabilidade. O evento ocorrerá no dia 30 deste mês, no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

"Venha participar do seminário sobre Meio Ambiente e Sustentabilidade com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro", diz convite para o evento.

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Durante o seu mandato, Bolsonaro foi questionado sobre suas ações relacionadas ao meio ambiente, principalmente por ter ignorado os registros dos avanços de destruição e por dificultar ações contra desmatadores.

Segundo o Prodes/Inpe, em 2021, a Amazônia teve o pior nível de desmatamento desde o ano de 2006. Foram 13.235 km² desmatados no bioma, o equivalente a quase nove vezes o município de São Paulo ou onze vezes a cidade do Rio de Janeiro.

Se comparar a média do desmatamento da Amazônia dos três primeiros anos da gestão Bolsonaro (média de 11.405 km² entre 2019 e 2021) em relação à média dos três anos anteriores (média de 7.458 km² entre 2016 e 2018), a área desmatada na Amazônia teve um aumento de 52,9%.

Em 2022, último ano de sua gestão, mais de 10 mil km² de florestas foram derrubados na Amazônia, a pior marca desde 2016.

Bolsonaro ainda recebeu críticas de ambientalistas por desarticular órgãos como o ICMBio e o IBAMA, e pela ampliação da liberação de mineração dentro dos territórios indígenas.

O ex-ministro da pasta, Ricardo Salles, foi exonerado do cargo em 2021, em meio à polêmicas, quando se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) pela suspeita de ter exportado madeira ilegal aos Estados Unidos e à Europa.

Vale lembrar que o ex-mandatário confirmou na última segunda-feira (16) que retornaria ao Brasil no dia 29 de março, porém curiosamente, o evento com sua presença está marcado para o dia seguinte.

Bolsonaro também foi convidado pela South Florida Bible College & Theological Seminary, uma faculdade particular cristã na cidade de Deerfield Beach, para um simpósio de negócios e liderança, marcado para o dia 22 de março.

O governo deve dar destaque a projetos mais "verdes" na análise dos empreendimentos que vão compor seu plano de investimentos, informalmente chamado de novo PAC, que deve ser lançado até abril. A carteira também deve priorizar o setor de saneamento, a fim de alcançar as metas de universalização - já que hoje quase metade da população ainda não tem acesso à rede de esgoto.

Responsável pela agenda na Casa Civil, o secretário especial de Articulação e Monitoramento, Maurício Muniz, disse que tem feito uma espécie de filtragem das demandas dos Estados, para analisar o que é viável e pode entrar na agenda federal. A lista tem 417 empreendimentos. Durante a campanha, o governo prometeu uma guinada do País na agenda de sustentabilidade.

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"O setor de energia comparado ao PAC 1, 2 e 3 mudou completamente. Pouco provável que a gente tenha grandes hidrelétricas", disse ele, acrescentando que o destaque deve ficar para projetos de energia eólica e solar. O governo Dilma foi criticado por ambientalistas por ter encampado empreendimentos de grandes hidrelétricas, como a de Belo Monte.

Dos 417 empreendimentos listados pelos governadores, 136 são obras em rodovias, como pavimentação e duplicação. O governo, porém, diz que dará destaque no plano a modais mais "verdes", como o ferroviário e o hidroviário.

No setor de ferrovias, por exemplo, o projeto da Ferrogrão apareceu na lista de demandas dos Estados. O traçado, que liga Sinop (MT) a Miritituba (PA), é estruturado para ser o principal centro de escoamento de grãos de Mato Grosso, papel que hoje é exercido pela BR-163. A obra está paralisada hoje por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz INácio Lula da Silva deve assinar na segunda-feira, 30, um acordo com o chanceler alemão Olaf Scholz, que está no Brasil na próxima segunda-feira (30), para a retomada do Fundo Amazônia. O país europeu enviava recursos de financiamento para o Brasil, mas o processo foi interrompido durante o governo de Jair Bolsonaro.

"Vamos ter algo concreto", disse o embaixador Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega durante um briefing sobre a visita do chanceler ao Brasil. Segundo ele, um dos objetivos da visita é o relançamento das relações entre os dois países, buscando rapidamente auferir resultados concretos .

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Nóbrega lembrou que, em dezembro do ano passado, depois do segundo turno da eleição local, a Alemanha já disse que tinha clara disposição de retomar o fundo. Na ocasião, se falou em estender 35 milhões de euros da parte alemã.

De acordo com o embaixador, a troca de notas prevê uma contribuição do KFW (banco alemão similar ao BNDES local) de até 10 milhões de euros para projeto de conservação florestal na Amazônia no Brasil, com foco em bioeconomia. Outra linha é de até 21 milhões de euros com foco em controle de desmatamento. "Estes são concretos", disse sobre o montante de 31 milhões de euros, dos 35 milhões de euros totais. "É a oficialização do que foi anunciado. Estava pendente há algum tempo."

A nova ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, colocou fim a um dos atos do ex-ministro da pasta, Ricardo Salles, que instituía um processo de "conciliação de multas" ambientais entre infratores e o Ibama. Na prática, as regras que estavam em vigor, em vez de solucionarem o problema do enorme passivo de autuações aplicadas pelo órgão, produziram uma crise administrativa interna, ao retirar uma série de atribuições técnicas dos fiscais, paralisando todo o trabalho em andamento no País.

Um novo decreto estabeleceu qual será, a partir de agora, o processo administrativo federal para apuração destas infrações. Uma das mudanças estabelece que os autos de infração e seus polígonos da área embargada deverão ser públicos e disponibilizados à população pela internet. Os órgãos responsáveis pela autuação deverão manter uma base de dados pública, com todas as multas emitidas.

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Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), ocorreram diversas tentativas de impedir o acesso a essas informações. Reformulações de sites tiraram o banco de dados de multa do ar, mas ainda era possível encontrar essas informações em um sistema antigo.

Pelas regras, 50% dos valores arrecadados em pagamento de multas deverão ser revertidos para o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), voltado a viabilizar políticas públicas do setor.

O autuado poderá, no prazo de 20 dias contados da data da autuação, oferecer defesa ou impugnação contra a infração. Haverá ainda um desconto de 30% sobre o valor, caso o infrator opte pelo pagamento da multa à vista.

A solução dos casos passa por três caminhos: pagamento da multa com desconto; parcelamento da multa; ou conversão da multa em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente. A autoridade ambiental poderá conceder, ao aprovar o pedido de conversão, um desconto de até 60% no valor total da multa, conforme a defesa apresentada pelo infrator.

As estimativas apontam que o Ibama aplica cerca de 10 mil multas por ano. Até 2024, mais de 40 mil multas podem expirar. Há um ano, pesquisadores da Climate Policy Initiative, ligados à Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), em parceria com o WWF-Brasil, fizeram levantamento sobre o destino dado aos 1.154 autos de infração ambiental lavrados após 8 de outubro de 2019, quando o Salles mudou as regras do processo sancionador. Do total, 98% dos casos ficaram paralisados, como mostrou o Estadão.

Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter reiterado seu compromisso com o crescimento sustentável em discurso de posse na manhã desta segunda-feira (2), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a citação ao potencial do Brasil na produção de hidrogênio verde.

"Como é promissor ver um ministro da Fazenda comprometido com a agenda da sustentabilidade e que tem uma visão de desenvolvimento de curto, médio e longo prazo. Fernando sabe que o Brasil tem um dos maiores potenciais para a produção do hidrogênio verde e que temos uma matriz energética que pode ser 100% limpa", afirmou, após o evento.

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A ministra lembrou que esteve com ministros do Reino Unido e da Alemanha na COP 27 e repetiu que os europeus querem que o Brasil seja um ponto de suporte para a produção de energia a partir do hidrogênio verde.

"Quando você não dá conta das questões ambientais, você perde investimentos e capacidade de parcerias, e ainda pode ser prejudicado. O parlamento europeu aprovou que não vai mais importar produtos oriundos de práticas ilegais. O Brasil precisa fazer o dever de casa para não prejudicar o agronegócio e a indústria", completou a ministra.

Marina também afirmou que será preciso regulamentar a questão dos créditos de carbono. "O Brasil não tem uma regulação para isso. Obviamente, o crédito é importante e uma base fundamental para uma alternativa econômica, mas não é uma bala de prata, é uma das ferramentas", concluiu.

O Banco Central brasileiro caiu de segundo para sexto lugar no Green Central Banking Scorecard, levantamento que mede o quão ambientalmente corretos são os BCs, tendo por base as 20 maiores economias do globo (G20). Em relatório divulgado este mês pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), a avaliação foi a de que houve "progresso relativamente lento" na implantação dos compromissos formais da instituição doméstica.

O ranking avalia pontos relacionados aos temas pesquisa e legislação (o BC brasileiro teve 10 pontos num total de 10), política monetária (18 de 50), política financeira (18 de 50) e liderança pelo exemplo (7 de 20). O País conta, assim, com 53 pontos de um total de 130, recebendo nota C. Apesar de ter caído na tabela geral de 2022, melhorou a pontuação, já que na anterior alcançou 51.

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Na primeira colocação pelo segundo ano consecutivo está o BC francês, com 70 pontos. No segundo lugar agora está o italiano, que ficou em sexta posição no ranking de 2021 - trocou de colocação com o Brasil. A Alemanha subiu para terceiro lugar (estava em sétimo), a União Europeia se manteve em quarto, e o Reino Unido permaneceu em quinto. Empatado com o Brasil em sexto está a China, que também recuou este ano - estava em terceiro.

A primazia europeia não é surpresa, já que o continente é visto como um dos que mais têm atuado em questões relacionadas ao clima. O BC brasileiro, porém, tem aproveitado essa liderança de outros países para aprender com seus erros e acertos antes de aplicar medidas mais duras aqui, já que a avaliação é a de que se torna mais custoso recuar ou mudar regras depois de serem implantadas.

Greve

Especificamente este ano, o BC doméstico teve dificuldades particulares por causa da greve de servidores, que atrasou divulgações e trabalhos internos. O segundo relatório de sustentabilidade, por exemplo, será publicado com atraso, apenas no mês que vem.

Um dos avanços de 2022 foi a inserção do Brasil no comitê executivo da Rede de Bancos Centrais e Supervisores para tornar mais Verde o Sistema Financeiro (NGFS, na sigla em inglês). O País já fazia parte do grupo, mas agora é um dos membros com poder de decisão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estão abertas as inscrições para as oficinas gratuitas de culinária sustentável, uma iniciativa do projeto Escola de Ingredientes, realizada pela NTICS Projetos e patrocinado pela empresa Ingredion. As oficinas acontecerão no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, nos dias 22 e 23 de novembro, das 15h às 16h.

No primeiro dia, o tema será “Bolos”. Os participantes vão aprender a preparar bolo de laranja e bolo rústico de cenoura e especiarias. Já no segundo dia, o tema é “Pães rápidos'', com receitas de bolinho de mandioca recheado e pãozinho de queijo, receitas práticas e sustentáveis que ensinam como aproveitar todo o alimento. Os participantes poderão acessar de casa, em ambiente digital, mas as vagas são limitadas.

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O objetivo da Escola de Ingredientes é modificar a relação do ser humano com o ciclo do alimento, desde o planejamento de compras, consumo e preparo até o melhor aproveitamento, reduzir a fome e gerar renda.

Para participar, é necessário ser morador do município e possuir idade mínima de 18 anos. Os interessados podem obter mais informações e efetuar a inscrição no site da Escola de Ingredientes.

A 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27) teve início no dia 6 de novembro, em Sharm El Sheikh, no Egito, e vai terminar nesta sexta-feira (18). Além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, outros 12 senadores também participaram do evento.

A defesa do desenvolvimento econômico sustentável, a importância da energia limpa, a preservação florestal e a percepção de que o Brasil será protagonista da pauta ambiental no mundo foram os destaques da participação dos senadores no evento. 

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Em sua conta no Twitter, Rodrigo Pacheco afirmou que o Senado está comprometido “com as questões climáticas e com o desenvolvimento econômico sustentável”. Segundo ele, as questões ambientais são temas “que só podem andar para frente, não mais andar para trás”. Pacheco ainda disse que “conciliar a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico é possível e é necessário”. Conforme relatou o presidente, foi possível perceber, em vários encontros da COP 27, “o desejo que o Brasil retome o protagonismo internacional de nação desenvolvida protetora do meio ambiente”. 

Também por meio do Twitter, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse que, em sua participação na COP 27, procurou se concentrar “em como podemos colaborar, no Senado, para que tenhamos a legislação adequada às ações que precisam ser implementadas para que nosso país seja referência global em economia de baixo carbono”. Na visão do senador, “é urgente termos segurança legislativa para que o mercado de carbono possa crescer no país e impulsionar o investimento em inovações tecnológicas, na bioeconomia e energias limpas”. 

A senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) definiu como “intenso” o seu trabalho na COP 27. Em sua conta no Twitter, ela disse que “as reuniões parlamentares trazem temáticas como desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologia para países em desenvolvimento e mais vulneráveis e a necessidade de aumentar as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa”. A senadora Eliane Nogueira (PP-PI) informou que participou de debates sobre energia verde, tecnologias de baixo carbono e sobre o Acordo de Paris. “O Brasil tem grande potencial na geração de energia 100% renovável, como eólica, solar e biomassa; somos capazes de investir no futuro sustentável do país”, registrou. 

Amazônia

A preservação da floresta amazônica também foi tema de vários debates durante a COP 27. Os senadores Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e Giordano (MDB-SP) participaram de uma reunião do Consórcio Amazônia Legal — que representa nove estados que integram a região Amazônica Brasileira. 

Em suas redes sociais, Giordano registrou que “todos sabemos da importância da Amazônia para o Brasil e para o mundo, e nosso estado de São Paulo também pode contribuir no crescimento e preservação da região, com estratégias de desenvolvimento que darão mais qualidade de vida ao povo, sempre respeitando o meio ambiente”. Para o senador, “respeitar a natureza com responsabilidade ambiental e social é investir no progresso brasileiro”. 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também participou de debates sobre a Amazônia. Segundo o senador, foi importante mostrar ao mundo "o compromisso do país com esta e com as futuras gerações".

De acordo com o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), a COP27 “tem se mostrado uma iniciativa importante para elevarmos essa discussão para um nível mais avançado”. Ele disse que “o fundamental é mostrar para outros países a realidade das pessoas que moram na Amazônia”. 

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) relatou que participou do painel Brazil Climate Action Hub, sobre iniciativas parlamentares e populares para a redução de emissões por desmatamento no Brasil. Ele disse ter denunciado a ocupação irregular de terras públicas na Amazônia Legal e afirmou que o “Estado brasileiro permite e convalida o desmatamento”. 

"Zelar pela preservação do meio ambiente e pela conservação dos povos tradicionais significa debater as oportunidades que se abrem para o Brasil na exploração da floresta em pé", ressaltou o senador, em texto divulgado por sua assessoria. 

Destaque

Para alguns senadores, a mudança de governo a partir de janeiro, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, pode dar destaque ao Brasil na agenda mundial do meio ambiente. Para Renan Calheiros (MDB-AL), a COP 27 foi o “primeiro palco para mostrarmos ao mundo que o Brasil mudou e irá recuperar sua credibilidade e relevância nos debates importantes". 

O presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jaques Wagner (PT-BA), participou da reunião do Observatório Parlamentar de Mudanças Climáticas e Transição Justa. Esse painel foi uma iniciativa conjunta da CMA e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal-ONU). Para o senador, a COP 27 representou a oportunidade de bons contatos para o Brasil. Ele ainda disse esperar “uma virada na política ambiental”, a partir de 2023.   

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também participou da Conferência. Na avaliação da senadora, “o Brasil vai retomar nos anos que virão o protagonismo histórico na proteção dos recursos naturais e das nossas riquezas”. Para ela, a expectativa é muito grande de retomada do protagonismo brasileiro no setor, pois “os dias de desmonte ficarão para trás”. 

"Depois de anos de desmonte na governança ambiental, o Brasil voltará a ter uma posição de destaque na preservação do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável. O mundo quer voltar a negociar com o Brasil", destacou. 

Na visão do senador Jean Paul Prates (PT-RN), a principal prioridade da participação brasileira na COP 27 é restaurar os compromissos definidos em conferências anteriores. Assim, acrescentou o senador, será possível liderar efetivamente a transição energética mundial e, ao mesmo tempo, conter o desmatamento e desacelerar o aquecimento global. 

"Acreditamos na liderança pelo exemplo que o Brasil já deu e estamos prontos para resgatá-lo como líder", declarou Jean Paul.

*Da Agência Senado

A Fórmula 1 tem como meta zerar a sua emissão de poluentes até 2030. Para isso, diversas medidas estão sendo desenvolvidas, sendo uma das principais a busca por um combustível 100% sustentável até 2026. A organização do Grande Prêmio de São Paulo quer antecipar essas marcas e pretende neutralizar todas as emissões até 2025.

Com o objetivo definido, diversas atividades devem ser repensadas e remodeladas. Para ser net zero, a organização terá de zerar as emissões líquidas de carbono, sejam elas produzidas de maneira direta ou indireta por todos os envolvidos no evento. A compensação, por sua vez, busca anular as emissões com ações ecológicas, como plantio de árvores e reciclagem de materiais.

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"Levamos muito a sério a ideia da sustentabilidade. Nossa governança em relação ao meio ambiente, diversidade e inclusão não é só papo. Primeira coisa é você poder medir o seu impacto, para isso contratamos uma consultoria para de fato conseguir a neutralização. O mais importante é reduzir as emissões, a geração de lixo e temos várias iniciativas para isso", explica ao Estadão o CEO do GP de São Paulo de Fórmula 1, Alan Adler.

Entre as iniciativas citadas por Alan Adler, há três medidas que o CEO entende serem fundamentais e que envolvem não apenas a direção do evento, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e as equipes, mas o público que comparece às atividades do fim de semana.

"Reutilizar, reaproveitar e educar. Educar faz parte disso. Transformar em questões sociais, impor a destinação correta. O objetivo é chegar em 2025 totalmente zero. A gente quer 2025, a Fórmula 1, até 2030, com uso de um tipo de combustível renovável", afirmou Alan Adler, que também valoriza a posição do País como um polo ecológico relevante para o futuro. "O Brasil tem uma posição privilegiada. Nesta crise de combustível vimos isso. Diria que o Brasil tem bastantes oportunidades", pontua Adler.

De acordo com a organização do GP brasileiro, durante a edição de 2021 do evento foi feito um diagnóstico da coleta de resíduos que ditará as mudanças sustentáveis das temporadas seguintes.

ALIMENTOS

No Autódromo de Interlagos, são distribuídas caixas tetrapak de água, que serão após seu uso recicladas, transformadas em telhas e destinadas a comunidades locais. Sobras de alimentos serão destinadas a diferentes instituições. O lixo orgânico gerado no GP deste ano será transformado em adubo a ser usado por hortas vizinhas. A equipe das cozinhas montadas para atender o público em Interlagos foram treinadas para dar a destinação correta a esses resíduos. Cada tonelada de lixo orgânico gera 100 quilos de fertilizantes. Outros 90 integrantes de uma cooperativa fazem a coleta de itens recicláveis.

NAS PISTAS

Cerca de 10 mil pneus utilizados nas barreiras de proteção de todo o Autódromo de Interlagos serão triturados após o fim de semana, e o material resultante será devolvido ao mercado. O mesmo ocorre com os óleos utilizados pelos carros durante o fim de semana. Pela primeira vez, a organização coletou todos os óleos utilizados nos carros e fará novo refino.

Focada na compensação das emissões de carbono no evento deste ano, a organização também promove parcerias para obter créditos e adquirir unidades de estocagem de carbono originados na capital paulista e para a preservação da Floresta Amazônica.

A sustentabilidade é uma preocupação cada mais presente na indústria brasileira. Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), seis em cada dez empresas têm uma área ou departamento dedicado ao tema. O número quase dobrou em relação ao ano passado, quando 34% das indústrias no país afirmaram ter esse cuidado.

Feita com executivos de indústrias em todo o país, a pesquisa será divulgada pela CNI durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que está sendo realizada no Egito até o próximo dia 18. Os dados, segundo a entidade, mostram os avanços da conscientização ambiental na indústria brasileira.

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A proporção de empresários que disseram exigir certificados ambientais de fornecedores e parceiros na hora de fechar um contrato subiu de 26%, em outubro do ano passado, para 45% neste ano. Mais da metade (52%) das indústrias tiveram de comprovar ações ambientalmente sustentáveis na hora de assinarem contratos, contra 40% em 2021.

Conforme o levantamento, a relação com os consumidores explica, em parte, o aumento da consciência ambiental. De 2021 para 2022, subiu de 20% para 35% o número de empresários que acreditam que os consumidores atribuem peso alto ou multo alto a critérios ambientais na hora da compra. No entanto, apenas uma em cada dez empresas deixou de vender algum produto por não ter certificação ou deixar de seguir requisitos ambientais.

De acordo com a CNI, o setor privado brasileiro tem interesse em se manter alinhado com os acordos internacionais e em atender às exigências do mercado externo. Para a entidade, o Brasil pode se tornar referência no uso sustentável dos recursos naturais e no aproveitamento das oportunidades associadas à economia de baixo carbono.

Investimento

A pesquisa também mediu as intenções dos empresários industriais. Segundo o levantamento, 69% das empresas pretendem aumentar os investimentos em ações de sustentabilidade nos próximos dois anos, contra 63% em 2021. Nos últimos 12 meses, 50% das indústrias aumentaram os recursos empregados na área.

Na opinião dos empresários, a perspectiva de economizar no futuro e de melhorar a posição perante os concorrentes são os principais fatores que levam ao investimento em sustentabilidade. Um total de 41% dos entrevistados citou a redução de custos como primeira e segunda principais razões.

O aumento da competitividade e o atendimento das exigências regulatórias foram citados por 30% das indústrias como primeiro e segundo motivo. Em seguida vêm o uso sustentável dos recursos naturais (28%) e a reputação entre a sociedade e os consumidores (26%).

Em relação aos obstáculos para a adoção de ações de sustentabilidade, 50% dos entrevistados citaram a falta de incentivos do governo como principal barreira. A falta de cultura de sustentabilidade no mercado consumidor foi citada por 37%. Para 34%, os custos adicionais são o principal desafio para a mudança no processo produtivo. Também nessa pergunta cada entrevistado escolheu duas opções e os percentuais representam a soma da primeira e segunda.

A maioria das empresas (55%) considerou difícil ou muito difícil o acesso ao crédito para a realização de investimentos em sustentabilidade. Do total das indústrias pesquisadas, 23% buscaram créditos privados nos últimos dois anos, sendo que apenas 15% obtiveram o financiamento. Entre os que recorreram a recursos públicos nos últimos dois anos, 16% tentaram crédito e 6% chegaram a receber o benefício.

Finalidades

Em relação às indústrias que adotam iniciativas sustentáveis, 91% afirmaram ter ações para reduzir resíduos sólidos e cerca de 80% disseram ter iniciativas para melhorar processos de produção e otimizar o consumo de energia e de água. Em último lugar, com 48%, aparece o uso de fontes renováveis de energia.

Justamente a preocupação com a energia é o principal foco dos investimentos em sustentabilidade nos próximos dois anos. Segundo o levantamento, 37% dos entrevistados disseram ser essa a primeira ou a segunda prioridade na alocação de recursos. Em seguida estão a modernização de máquinas (35%) e redução de resíduos sólidos (32%). Como cada entrevistado citou duas prioridades, os percentuais são a soma da primeira e da segunda resposta.

Realizada pela FSB, a Pesquisa Sustentabilidade e Liderança Industrial da CNI entrevistou, por telefone, executivos de 1.004 empresas industriais de pequeno, médio e grande porte de todos os estados brasileiros, entre 6 e 21 de outubro. Dentro de cada região, a amostra foi controlada pelo porte das empresas e pelo ramo de atividade, respeitando as proporções em relação à importância de cada setor nos estados.

A responsabilidade pela definição de regras de proteção nas margens de rios passou do governo federal para as prefeituras desde dezembro passado, após a aprovação de uma lei que altera o Código Florestal. Agora, os municípios têm o poder de reduzir ou aumentar as faixas de preservação permanente, desde que sejam áreas urbanas consolidadas.

Antes, a norma federal determinava que vegetação deveria ser mantida em faixas de 30 metros a 500 metros, a depender da largura do rio. Uma das principais justificativas para mudar a regra foi de que as prefeituras teriam melhor entendimento sobre as realidades locais. Ambientalistas veem riscos de avanço no desmate e na criação de diferentes níveis de proteção em um mesmo curso d'água, por exemplo.

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Conforme o Secovi-SP, pela nova lei, tais áreas se referem a trechos onde já existem sistema viário implantado, quadras e lotes predominantemente edificados e, pelo menos, dois itens de infraestrutura (como rede de saneamento, iluminação pública ou coleta de lixo).

Para a entidade do setor imobiliário, as leis municipais a serem criadas devem avaliar as condições de risco para inundação e alagamento; consultar a posição dos conselhos municipais ou estaduais de ambiente; e respeitar estudos para as bacias hidrográficas e planos de drenagem.

A alteração legal, diz o Secovi-SP, não se aplica a novos bairros e loteamentos, pois são erguidos em áreas urbanas não consolidadas. Neste caso, prevalece o Código Florestal, que estipula ao menos, 30 metros de largura em cada margem. Na avaliação da entidade, a atualização da regra traz segurança técnica e jurídica.

Equilíbrio

As chamadas áreas de preservação permanente (APPs) são consideradas vitais pelos ecólogos para o equilíbrio ambiental. Uma das diversas funções da mata ciliar é evitar que uma grande quantidade de sedimentos seja carregada para rios e riachos. Já em áreas de mananciais, a vegetação ajuda na recarga dos aquíferos.

Para Maurício Guetta, assessor jurídico do Instituto Socioambiental (ISA), o efeito da nova regra será o aval para novos desmates. "A lei não pode permitir aos municípios fragilizar ou eliminar a proteção mínima estabelecida em lei federal, pois a eles só é facultado editar normas mais protetivas do que as da União", aponta Guetta, também do Observatório do Código Florestal. Segundo ele, como rios não obedecem divisas municipais, mudanças podem ter impactos em outras áreas de uma mesma bacia hidrográfica.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a mudança não pode ser vista como incentivo ao desmate, uma vez que a alteração das metragens de APPs deve ser feita com edição e revisão de legislação urbana e estar de acordo com critérios ambientais. Segundo ele, é preciso "prudência" no uso do novo marco para áreas urbanas consolidadas. "O distorcido exercício da autonomia local pode implicar sanções, como improbidade administrativa", diz.

Na Justiça

Em agosto, várias ONGs - entre elas, SOS Mata Atlântica e Observatório do Clima - fizeram pedido para entrar como "amigos da corte" da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a inconstitucionalidade da lei. O processo havia sido movido por PSB, PSOL, PT e Rede em abril. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não comentou.

A edição de número 12 do maior evento de sustentabilidade, a Virada Sustentável, começa nesta quinta-feira (3) na cidade de São Paulo. A programação totalmente gratuita, que se estende até 23 de novembro, conta com oficinas em mais de 50 Centros Educacionais Unificados (CEUs), atividades em parques, exposições, intervenções artísticas no Metrô e no Minhocão, show da cantora Larissa Luz e da atriz e cantora Zezé Motta. Pela primeira vez, o evento ocorre de forma simultânea em outras duas capitais: Porto Alegre (5 e 6/11) e Manaus (11 a 27/11).

A fim de trazer uma visão positiva e inspiradora sobre a sustentabilidade, atividades abordam temas como consumo consciente, mudanças climáticas, meio ambiente e economia circular. "É preciso que todos nós reflitamos sobre o futuro comum do nosso País e do mundo, de forma coletiva, inspiradora e plural", destaca o realizador da Virada, André Palhano.

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Já nesta quinta, 3, começa a rodada de projeções em três empenas de prédios na região da Avenida Paulista e em outros locais de grande visibilidade, de artes, produzidas em parceria com o Senac, que trazem mensagens de conscientização. Também inicia a exposição CONSCIÊNCIA, do ilustrador peruano Ivan Ciro Palomino, na estação Trianon-Masp do Metrô, abordando educação, mudanças climáticas e liberdade de expressão.

O evento conta com ampla programação em 31 parques da capital. O Parque Augusta, no centro de São Paulo, recebe a apresentação circense A Bolha, do grupo holandês Corpus Acrobatics, no domingo, 6. No Parque do Ibirapuera, na marquise do Museu Afro Brasil, haverá a oficina Cores Ancestrais, no sábado, 5.

Também no dia 5, o Minhocão será palco de uma intervenção artística de Chai Rodrigues. Ela desenhará 146 ampulhetas ao longo de todo o comprimento da via elevada, que ajudarão a contar o tempo de quem vai e/ou volta se exercitando por ali.

Atrações musicais também farão parte da Virada. No domingo, 6, o Teatro Sérgio Cardoso terá contação de histórias e apresentações musicais com artistas indígenas das comunidades dos povos originários do Estado de São Paulo, como o Coral Indígena Guarani Mbya da Tekoá Yy Porã, da Terra Indígena Tenondé Porã.

No feriado nacional da Consciência Negra, dia 20, também no Teatro Sérgio Cardoso, haverá show da cantora Larissa Luz e apresentação da atriz e cantora Zezé Motta. A programação completa pode ser encontrada no site.

A Virada Sustentável de São Paulo é apresentada pela empresa Gerdau. Entre as organizações participantes desta edição, estão nomes como Unicef, PNUD, C40, Instituto Ethos, Akatu, WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Greenpeace e Gerando Falcões.

PROGRAMAÇÃO NA REGIÃO CENTRAL

3/11 a 10/12: exposição "CONSCIÊNCIA", de Ivan Ciro Palomino. Classificação: Livre. Local: Estação Trianon Masp

03, 04, 05, 06/11, entre 19h às 00h: projeções em empenas na Avenida Paulista. Classificação: Livre. Local: Av. Paulista, 2584 - Consolação - SP

05/11, entre 7h e 11h: intervenção artística "Contador no Minhocão". Classificação: Livre. Local: Minhocão/Elevado Presidente João Goulart

06/11, entre 11h e 11h30: contação de histórias, "Aldeia Filhos desta Terra", de Simone Pankararu. Classificação: Livre. Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno (Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista)

Ampliar políticas e medidas que já existem nos setores de agropecuária, energia, saneamento e controle do desmatamento pode reduzir as emissões de metano (CH4) do Brasil em até 36% em relação aos níveis de 2020, conforme relatório do Observatório do Clima (OC) apresentado nesta segunda-feira (17). O gás é o segundo maior responsável pelo aquecimento global. Quase metade do aumento de temperatura da Terra após a Revolução Industrial, no século 19, se deve às emissões de metano.

A estimativa é maior do que os 30% propostos para 2030 pelo Compromisso Global do Metano, um acordo voluntário assinado pelo Brasil e cerca de 120 países em 2021, em Glasgow, durante a Cúpula do Clima da ONU (COP-26). O potencial brasileiro, porém, é ainda maior, segundo o relatório. Em longo prazo, com políticas de corte mais profundas e investimento maior, as emissões podem ser reduzidas em até 75%, aponta o OC, rede da sociedade civil brasileira formada por 77 organizações, como ONGs ambientalistas, institutos de pesquisa e movimentos sociais.

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O Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do OC, aponta que, se mantidas as políticas atuais de controle de emissões de metano, o Brasil chegará a 2030 emitindo 7% a mais do que em 2020. A ampliação de uma série de políticas e medidas em todos os setores, no entanto, permite reduzir as emissões até 2030 para 13,75 milhões de toneladas, ou 36,5% de corte, a meta proposta pelo OC ao Brasil. "Estamos propondo que o Brasil adote a meta de 36% até 2030 comparada a 2020. A gente acha que é plenamente possível fazer isso e o Brasil sairia na frente e puxaria a meta de reduções", afirma Tasso Azevedo, coordenador técnico do Observatório do Clima e do SEEG.

Entre as medidas para alcançar essa meta estão, na agropecuária: o manejo dos dejetos animais, o melhoramento genético do rebanho bovino e a adoção da terminação intensiva, como é conhecido o abate precoce com engorda acelerada dos animais, e a eliminação da queima da palha da cana -prática já adotada no Estado de São Paulo, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar.

Além disso, nos outros setores, podem ser adotadas medidas como zerar o desmatamento com indícios de ilegalidade -compromisso assumido pelo governo brasileiro-, erradicar os lixões, gradualmente eliminar a deposição em aterros sanitários e aproveitar 50% do biogás gerado.

O Brasil é o 5º país no ranking de emissões mundiais de metano, com 5,5% do despejo global desse gás na atmosfera, o que representa 20,2 milhões de toneladas em 2020, segundo o SEEG. Desse valor, 72% vêm da agropecuária. O maior vilão é a emissão resultante da fermentação entérica bovina, ou seja o "arroto do boi". Apenas esse processo no gado de corte responde por mais de 50% (11,5 milhões de toneladas) do metano lançado na atmosfera pelo País.

Atrás, e distante do volume de emissões da agropecuária, está o setor de resíduos, com 3,17 milhões de toneladas, ou 16% do total. A maior parte dessas emissões vem da disposição final de lixo e do esgoto doméstico e industrial. Em 3º lugar aparece a queima de biomassa relacionada ao desmate, principalmente na

Amazônia, com 9% das emissões brasileiras. Os setores de energia e processos industriais respondem juntos por 3% do volume total.

Cada molécula de metano tem potencial para aquecer o planeta 28 vezes mais do que uma molécula de dióxido de carbono (CO2) em um prazo de cem anos. Em 20 anos, o potencial de aquecimento é ainda maior: 80 vezes. Apesar disso, o metano é produzido em quantidades menores do que o CO2. Em 2020, 52 bilhões de toneladas de CO2 foram emitidas no planeta, ante 364 milhões de toneladas de metano.

Outro aspecto desse cenário, e que torna o corte de emissões de metano um alvo estratégico, é a chamada meia-vida do gás, que permanece menos tempo na atmosfera que o dióxido de carbono, menos de 20 anos ante mais de 100 anos do CO2. O corte na sua emissão pode ser uma forma para os países ganharem tempo para frear o aquecimento global e se livrarem gradualmente dos combustíveis fósseis, o que ajudaria a manter em pé a meta do Acordo de Paris (assinado em 2015) de limitar o aquecimento global a 1,5º C até o fim deste século.

"É uma grande oportunidade. O Brasil é um grande emissor dentro da porteira, com a fermentação entérica e as mudanças no uso da terra, onde o Brasil é o maior emissor", diz Celso Manzatto, da Embrapa e coordenador da Plataforma ABC, que monitora as emissões de gases do efeito estufa na agricultura brasileira. "Nossa pecuária é extensiva, 75% é de baixa produtividade e responsável por 66% das emissões de metano. Daí a grande oportunidade que nos temos porque somos o maior rebanho comercial do mundo e temos todo interesse de não sofrer restrições de mercado."

Brasil foi na contramão do resto do mundo

Apesar do potencial para o corte de emissões e do compromisso assumido pelo Brasil, em Glasgow, o Brasil caminhou na contramão do mundo, em 2020, e registrou aumento de 9,5% nas emissões de gases do efeito estufa em relação ao ano anterior. A tendência mundial naquele ano, por causa das restrições das atividades econômicas motivadas pela pandemia, foi de queda de quase 7%.

As causas do resultado brasileiro foram as altas no desmate da Amazônia e do Cerrado, enquanto em países desenvolvidos a redução na poluição esteve ligada a menores atividades industriais e demanda de geração de energia. A fragilização no combate aos crimes ambientais e os constantes aumentos nos índices de desmatamento fazem a gestão Jair Bolsonaro ser alvo de críticas de grupos econômicos, sociais e científicos no Brasil e no exterior.

As 782 milhões de toneladas de CO2e. emitidas em 2020 na Amazônia pelas mudanças no uso do solo fizeram com que a floresta sozinha se transformasse em uma das maiores fontes de emissão do planeta. Se fosse um país, seria o 9º maior emissor do mundo. Ficaria à frente, por exemplo, da Alemanha. Se somadas às 113 milhões de toneladas de CO2e lançadas na atmosfera a partir do Cerrado, os dois biomas juntos poderiam ser o 8º país com a maior emissão entre todos.

Ou seja, no ano em que a economia brasileira teve queda de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB), as emissões do País cresceram. A maior parte dessa poluição atmosférica, alertam especialistas, foi decorrente de uma atividade ilegal e que não gera nenhum tipo de riqueza para o Brasil.

O Ministério do Meio Ambiente afirma que ao lançar, em março deste ano, o Programa Metano Zero, o Brasil se tornou o primeiro País a adotar ações concretas para diminuir emissões de metano após o Pacto de Glasgow. "O programa oferece incentivos fiscais para o reaproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos e agrícolas provenientes, entre outros, de aterros sanitários, produção de cana-de-açúcar, criação de aves e suínos e da indústria de laticínios. Ainda, desde 2019, o Ministério do Meio Ambiente encerrou mais de 750 lixões a céu aberto", diz a pasta.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento, a agricultura brasileira já faz a redução de metano e carbono, contribuindo para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE). "Como grande provedor de alimentos do mundo e com papel relevante para a segurança alimentar, a agricultura nacional demonstrou evolução de 456% na produtividade com uma trajetória sustentável desde 1976. Apesar desse representativo aumento na produção, a expansão da área cultivada foi de apenas 55%", afirma a pasta.

O Plano ABC, criado em 2010 e renovado em 2021, afirma, tem o objetivo de consolidar a agropecuária brasileira como de baixa emissão de carbono. O ministério diz que, de 2010 a 2020, "os produtores brasileiros implementaram seis tecnologias notadamente descarbonizantes (sistema plantio direto, fixação biológica de nitrogênio, floresta plantada, recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), e tratamento de dejetos de animais), mitigando 170 milhões de toneladas de CO2 equivalente em uma área de 52 milhões de hectares, o que equivale a mais de duas vezes o Reino Unido".

Boto da Amazônia, onça, tatu-bola, gato-palheiro, corais, lagarto papa-vento da Bahia, e o tatu-bola. A lista das espécies da fauna brasileira que tiveram suas populações diminuídas nas últimas décadas revela a ação do homem na natureza. Eles estão no 14º Living Planet Report (14º Relatório Planeta Vivo), feito bianualmente pela WWF, em parceria com a Sociedade Zoológica de Londres. De acordo com o relatório, que analisou 32 mil populações de 5230 espécies de todo o planeta, a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas se conectam e se transformam em ameaças para animais e seres humanos.

O boto amazônico é um exemplo. Além da contaminação por mercúrio, usado nas atividades de garimpo, eles sofrem com as redes de pesca, ataques em represália pela danificação de equipamentos de pescadores e com seu uso como isca na captura da Piracatinga, diz o WWF. Entre 1994 e 2016, a população de botos cor-de-rosa caiu 65% na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Estado do Amazonas.

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"Outro caso bem documentado é a redução das populações no trapézio amazônico, região que inclui o Vale do Javari, onde o ambientalista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados por pescadores ilegais", diz o relatório.

"Para algumas espécies as causas são bem específicas, como a contaminação por mercúrio e os conflitos com pescadores", diz Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil. Segundo ela, no entanto, uma das maiores causas que contribuem para o declínio das populações de espécies selvagens são as mudanças no habitat.

É o caso da espécie eleita como mascote da Copa do Mundo no Brasil, o tatu-bola. Estudos recentes do WWF-Brasil apontaram redução no habitat dessa espécie dentro do Cerrado de 50% até 2020. Outro animal local sob ameaça é o tiriba-do-Paranã, ave parecida com os papagaios e as araras e que ocorre apenas em uma porção desse bioma, nos estados de Goiás e Tocantins. Ele já é considerado como ameaçado de extinção pelo governo brasileiro.

No Pantanal, as onças, assim como as espécies do Cerrado, sofrem com a perda das características originais de seu habitat. "O desmatamento e os incêndios criam uma desconexão de áreas no bioma", diz Mariana. Em 30 anos, 15,7% da superfície de água do Brasil desapareceu. No Estado mais afetado, o Mato Grosso do Sul, mais da metade (57%) de todo o recurso hídrico foi perdido desde 1990. Ali, essa redução ocorreu basicamente em no Pantanal. "O Pantanal teve redução de 80% de sua superfície de água nos últimos trinta anos", completa.

"Animais que precisam de grandes áreas para viver são mais afetados por essa dupla crise", diz Mariana. "Alguns vão conseguir migrar, mas nem todos. Por isso a importância da criação de corredores ecológicos."

O desmatamento é um dos problemas apontados por especialistas e pela comunidade internacional na gestão do presidente Jair Bolsonaro, que deve terminar os quatro anos de gestão com, por exemplo, um total de 47 mil km² de desmatamento na Amazônia. O número representa o total da área destruída segundo as estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre 2019 e 2022 e é 60% maior do que o registrado nos quatro anos anteriores no governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).

A gerente de Ciências do WWF-Brasil ressalta que há boas experiências no País, como no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, na fronteira com Argentina e Paraguai. "Ali, não apenas no Brasil, o monitoramento da população do felino mostra estabilidade e crescimento nos últimos anos, passando de 11 animais, em 2009, para 28 em 2018.

De Norte a Sul

Espécie menos conhecida, o gato-palheiro também sofre com as mudanças em seu habitat natural, os campos do Pampa, no Sul do Brasil, de acordo com o relatório da WWF. Este é o bioma brasileiro que mais perdeu vegetação nativa nas últimas décadas, quase 30% entre 1985 e 2021 segundo a plataforma MapBiomas, projeto que reúne universidades, organizações ambientais e empresas de tecnologia. A agricultura é o principal uso do solo na região.

As ameaças, no entanto, não ficam apenas em terra firme. No mar, os corais são uma das espécies mais ameaçadas.Dados publicados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC),estimam que 70% a 90% dos corais do mundo possam desaparecer com o aumento médio de 1,5°C da temperatura global. No Brasil, "o mapeamento histórico realizado na região de Abrolhos, na Bahia, mostra que embora a perda de recifes possa ser rastreada desde 1861, esse processo tornou-se mais intenso nas últimas décadas em virtude da maior frequência de extremos climáticos com altas temperaturas", explica Mariana.

O aumento de dias em que a água fica quente é a causa principal do stress nos corais, que causa seu branqueamento -um indicativo do enfraquecimento que pode causar sua morte. "Um exemplo recente foram as ondas de calor de 2019 e 2020, que foram responsáveis pela perda de 18,1% da cobertura de corais em Maragogi, município da maior área marinha protegida do Brasil, a APA Costa dos Corais. Os efeitos foram registrados em diversos recifes importantes do litoral brasileiro, por exemplo, com destaque para a região de Abrolhos, onde o aumento da temperatura foi responsável pela morte de mais de 89% das populações de uma espécie de coral, a Millepora alcicornis", diz a gerente de Ciências da WWF-Brasil.

O governo da Nova Zelândia propôs nesta terça-feira (11) tributar os gases de efeito estufa que os animais de fazenda produzem ao arrotar e fazer xixi como parte de um plano para combater as mudanças climáticas. O governo disse que a taxa agrícola seria a primeira do mundo e que os agricultores poderiam recuperar o custo "cobrando mais por produtos ecológicos".

A proposta de impor a taxa revoltou os agricultores, que condenaram o plano. A Federated Farmers, o principal grupo de lobby do setor, disse que o plano "arrancaria as entranhas das pequenas cidades da Nova Zelândia" e veria as fazendas substituídas por árvores.

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O presidente da Federated Farmers, Andrew Hoggard, disse que os agricultores tentam trabalhar com o governo há mais de dois anos em um plano de redução de emissões que não diminuiria a produção de alimentos.

"Nosso plano era manter os agricultores cultivando", disse Hoggard. Em vez disso, ele disse que os agricultores venderiam suas fazendas "tão rápido que você nem ouvirá os cães latindo na traseira da caminhonete enquanto eles saem".

Parlamentares da oposição do partido conservador ACT disseram que o plano realmente aumentaria as emissões mundiais ao transferir a agricultura para outros países que eram menos eficientes na produção de alimentos.

A indústria agrícola da Nova Zelândia é vital para sua economia. Os produtos lácteos, incluindo aqueles usados para fazer fórmulas infantis na China, são os maiores exportadores do país.

Existem apenas 5 milhões de pessoas na Nova Zelândia, mas cerca de 10 milhões de bovinos de corte e leite e 26 milhões de ovelhas.

Quase metade das emissões totais de gases de efeito estufa do país vem da agricultura - principalmente de metano.

No entanto, as emissões da pecuária não haviam sido incluídas anteriormente no esquema de comércio de carbono da Nova Zelândia. Isso foi criticado por ativistas que pedem mais para combater o aquecimento global.

De acordo com a proposta, pecuaristas terão que pagar por suas emissões a partir de 2025. O plano também inclui incentivos para agricultores que reduzam as emissões por meio de aditivos alimentares, e o plantio de árvores nas fazendas pode ser usado para compensar as emissões.

A desproporcionalidade da indústria tornou a Nova Zelândia um caso incomum, com metade de suas emissões de gases de efeito estufa vindo de fazendas. A pecuária produz gases que aquecem o planeta, principalmente metano dos arrotos do gado e óxido nitroso da urina.

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse que todo o dinheiro arrecadado com a taxa agrícola proposta seria devolvido à indústria para financiar novas tecnologias, pesquisas e pagamentos de incentivos para os agricultores.

"Os agricultores da Nova Zelândia devem ser os primeiros do mundo a reduzir as emissões agrícolas, posicionando nosso maior mercado de exportação para a vantagem competitiva que traz um mundo cada vez mais exigente sobre a proveniência de seus alimentos", disse Ardern.

O ministro da Agricultura, Damien O'Connor, disse que era uma oportunidade para a Nova Zelândia e seus agricultores.

"Os agricultores já estão experimentando o impacto das mudanças climáticas com secas e inundações regulares", disse O'Connor. "Assumir a liderança no controle das emissões agrícolas é bom para o meio ambiente e nossa economia."

A proposta do governo trabalhista remonta a uma taxação semelhante, e malsucedida, feita pelo governo trabalhista de 2003 para taxar animais de fazenda por suas emissões de metano.

Os agricultores da época também protestaram contra ideia, e os oponentes políticos a ridicularizaram como um "imposto do pum" - embora um "imposto de arroto" fosse mais preciso tecnicamente, já que a maioria das emissões de metano vem de arrotos. O governo acabou abandonando o plano.

De acordo com pesquisas de opinião, o Partido Trabalhista de Ardern caiu em popularidade e ficou atrás do Partido Nacional, de oposição, desde que Ardern conquistou um segundo mandato em 2020 em uma vitória esmagadora.

Se o governo de Ardern não conseguir chegar a um acordo sobre a proposta com os agricultores, que têm considerável influência política na Nova Zelândia, provavelmente será mais difícil para Ardern vencer a reeleição no ano que vem, quando o país voltar às urnas.

O metano e o meio-ambiente

O metano é o segundo gás de efeito estufa mais comum depois do dióxido de carbono (CO2), responsável por um terço do aquecimento atual atribuído às atividades humanas. Cada molécula de metano tem um efeito de aquecimento mais poderoso na atmosfera do que cada molécula de CO2, segundo os cientistas.

A produção de metano é parte do processo digestivo normal dos animais. O metano é liberado tanto por arroto dos ruminantes, cerca de 87% das emissões, como pelo ânus, o "pum", correspondendo a apenas 13% do total liberado.

Na conferência ambiental COP26 do ano passado em Glasgow, os EUA e a União Europeia concordaram em reduzir as emissões do gás em 30% até 2030. Mais de 100 países, incluindo a Nova Zelândia, também aderiram à iniciativa.

Cerca de 40% do metano vem de fontes naturais, como pântanos, mas a maior parte vem de uma série de atividades humanas, como agricultura, pecuária e até lixões.

Uma das suas maiores fontes é a produção, transporte e uso de gás natural. Desde 2008 houve um grande aumento nas emissões de metano, que os pesquisadores acreditam estar ligado ao boom da atividade conhecida como fraturamento hidráulico, de exploração de gás em partes dos EUA.

Prevista para ser inaugurada em 2024, a nova arena do Everton pode ser batizada com o nome do site pornô Stripchat. O clube recebeu a proposta de R$ 200 milhões de libras por ano, equivalente a R$ 1,2 bilhão pela venda de naming rights do estádio. 

Caso o Everton aceite a bolada, em sua primeira década, a arena com capacidade para 52.888 pessoas vai se chamar "Stripchat Sustainability Stadium" ou "Estádio da Sustentabilidade do Stripchat", com destaque ao controle da emissão de carbono.  

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"Se nossa proposta for aceita, faríamos um esforço conjunto para tornar o 'Stripchat Sustainability Stadium' o estádio mais progressivo, responsável e sustentável do mundo", afirmou o vice-presidente de mídias do site, Max Bennett. 

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Nesta quinta-feira, 22 de setembro, é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, data que marca a reflexão em torno do uso exacerbado do automóvel no espaço urbano e das políticas de mobilidade para a mobilidade sustentável. Seguindo a tradição anual, a Ameciclo realizará atividades no dia envolvendo ciclistas, sociedade civil e candidaturas do pleito eleitoral de 2022. 

Na sede da organização, que fica no bairro da Boa Vista (Rua da Aurora, 529), a partir das 15h, o público poderá participar de uma Vaga Viva na Rua Princesa Isabel, uma ação para denunciar a ocupação de automóveis na cidade. Ao fim da Vaga Viva, por volta das 19h, a organização fará uma pedalada pela cidade. 

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Candidatos a deputado, senador e governador podem assinar a Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável em Pernambuco 2022, documento que contém diretrizes para construir uma cidade segura e acolhedora a partir da priorização da mobilidade a pé, por bicicleta e pelo transporte coletivo. 

A iniciativa pretende que as candidaturas assinem a Carta, comprometendo-se a tornar suas propostas em políticas públicas e em medidas legislativas. Segundo Renato Zerbinato, um dos coordenadores da Ameciclo, “Recife tem a possibilidade de se tornar uma das capitais mais amigas da mobilidade sustentável do país, basta ter vontade política para tal”. 

Renato ainda enfatiza que é preciso também que a população em geral entenda a importância da mobilidade sustentável para todos nós. “Podemos diminuir as mortes no trânsito, os congestionamentos e a consequente perda de tempo de vida. Economizar recursos financeiros individuais e públicos, melhorar a saúde da população, salvar o meio ambiente e ter uma cidade voltada para as pessoas somente priorizando o uso da bicicleta nas nossas rotinas, aliado, claro, com os investimentos por parte do poder público para oferecer condições seguras para quem pedala”, finaliza. 

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Sustentabilidade é assunto em voga há um bom tempo no meio empresarial. Cuidar do ambiente, da sociedade em que está inserida e do próprio negócio é algo cobrado de corporações e traz bons frutos. Agora, no entanto, a palavra “sustentabilidade” tem sido substituída por uma sigla, cada vez mais falada, mas ainda pouco compreendida: ESG. Mas afinal, como essa sigla impacta na gestão de negócios?

ESG vem de “environmental, social and governance”, ou, em tradução livre para o português, é a governança ambiental, social e corporativa. Esses são três pilares que devem nortear a atuação de empresas, para além do lucro. Mais do que apenas uma abordagem de negócios, as práticas ESG têm se tornado referência de responsabilidade socioambiental, reputação e credibilidade para as empresas. Hoje, inclusive investidores têm atentado para os conceitos ESG na hora de prospectar empresas a se associar. Afinal, ninguém quer ligar sua imagem a uma corporação que não seja bem-vista. Também pesa aí o fato de as legislações estarem cada vez mais apertadas em relação aos impactos das atividades de uma empresa.

É preciso, portanto, que a alta gestão busque adaptar o empreendimento a essa nova necessidade. Não é trabalho fácil, de fato, posto que demanda, além de investimento de tempo e dinheiro, toda uma mudança interna na cultura empresarial. Essa mudança não será imediata, mas deve ser implementada o quanto antes, e de forma responsável, para que gere resultados positivos. É uma transformação que vem de dentro para fora: começa pela mudança da cultura entre os colaboradores, para refletir-se nas práticas da companhia para o “mundo externo”.

Está mais do que claro que adotar o pensamento ESG acarreta inúmeros benefícios. As novas gerações estão cada vez mais preocupadas com sustentabilidade ambiental e impacto social positivo. Sendo assim, empreendimentos que agem nesse sentido tendem a ser mais valorizados não só por público externo e possíveis parceiros/investidores, mas também pelo público interno, os colaboradores, que também sentem que seu trabalho tem reflexos positivos.

Adotar o ESG como premissa de um negócio não é uma opção: tornou-se uma necessidade, não só de um ponto de vista econômico, mas também da perenidade. Temos cada vez mais a ciência de que é preciso ter responsabilidade socioambiental e realizar uma boa governança para que a marca se perpetue e mantenha uma boa imagem junto à sociedade. No fim, pensar um pouco menos no próprio negócio e comprometer-se a deixar um mundo melhor traz resultados muito atrativos.

Nesta semana é comemorado o “Dia Internacional do Biodiesel”. A data foi escolhida porque há 129 anos o inventor alemão Rudolf Diesel fez um motor funcionar, utilizando apenas óleo de amendoim. O Leia Já conversou com o professor de Mestrado em Análise Geoambiental da UNG, Fabricio Dalmas, sobre os benefícios do biodiesel, confira:

O biodiesel é produzido a partir de óleos de origem animal ou vegetal. Segundo Dalmas, a utilização como combustível ajuda a diminuir a poluição e o efeito estufa “já que para crescer as plantas precisam captar o gás carbônico atmosférico (fotossíntese). Na queima do biodiesel, esse gás carbônico volta para atmosfera e, posteriormente, será captado por outras plantas, que separam esse CO 2 em Carbono e Oxigênio, neutralizando as emissões”, esclarece.

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Também gera impacto na economia: “produzido a partir de plantas oleaginosas, o biodiesel contribui para a geração de empregos nas áreas rurais, mantendo o trabalhador no campo, inclusive o pequeno produtor rural, desacelerando o inchaço populacional nas áreas urbanas, que acarreta problemas sociais”. Assim, beneficia os agricultores e o crescimento econômico dos municípios do interior do Brasil, que tem a agricultura como principal fonte de renda, explica o professor.

Uma das matérias-primas que pode ser usada na produção de biodiesel é o óleo residual: o óleo de soja, milho ou canola utilizado nas cozinhas, os quais normalmente são descartados na pia, causando maiores despesas no no tratamento de efluentes domésticos (esgoto). Porém, quando esse óleo de cozinha é coletado, ele pode ser matéria prima do biodiesel, trazendo vantagens como “não ser mais lançado na rede de esgoto; e tornar o tratamento de efluentes domésticos menos oneroso”, diz Fabrício.

Outro insumo do biodiesel são as microalgas, pois esses organismos unicelulares podem acumular uma grande quantidade de óleos. De acordo o mestre em Geociências “estudos apontam que a eficiência das microalgas para a produção de biodiesel é muito maior em relação aos grãos, chegando até 100 de superioridade”. Além disso, o cultivo das microalgas ocorre durante as quatro estações do ano. 

“A produção desse biocombustível no Brasil se mostra bastante viável, devido à larga produção de grãos, distribuída em todas as regiões. Por exemplo: Norte, soja; Nordeste, soja, algodão, mamona e babaçu; Centro-Oeste, soja, algodão e girassol; Sudeste: soja, algodão, mamona e girassol; Sul, soja, canola e girassol”, finaliza ele. 

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