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O velório coletivo das vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, cidade da Grande São Paulo, começou por volta das 7h desta quinta-feira (14),  na Arena Suzano, localizada no Parque Max Feffer.

Os corpos que estão sendo velados no local são dos adolescentes Caio Oliveira, Kaio Lucas da Costa Limeira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e Claiton Antonio Ribeiro; e das funcionárias da escola Eliana Regina de Oliveira Xavier e Marilena Ferreira Vieira Umezo.

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Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, será o único dos cinco alunos assassinados que não será velado na Arena Suzano. Evangélica, a família optou por realizar a cerimônia em uma igreja da Assembleia de Deus de Suzano a partir da 13h desta quinta.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo enviou, ainda na quarta-feira (13), dois psiquiatras e um psicólogo para dar apoio no atendimento às famílias e demais envolvidos na ocorrência, atuando em conjunto com a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Suzano.

A Secretaria também mobilizou médicos do Grupo de Resgate, que atuaram ao lado dos Bombeiros e do Grupamento Aéreo (Águia), fortalecendo o trabalho do Resgate no atendimento pré-hospitalar às vítimas.

Sete feridos estão sendo assistidos por equipes especializadas de hospitais estaduais - Hospital das Clínicas (HCFMUSP) e hospitais Luzia de Pinho Melo e Geral de Itaquaquecetuba.

Três vítimas, uma em estado grave, permanecem na UTI. Os outros quatro adolescentes continuam internados com estado de saúde estável.

A reportagem está entrando em contato com hospitais municipais para atualizar o estado de saúde dos outros adolescentes feridos. Até a publicação desta matéria, assim estavam os feridos:

- Adna Isabella Bezerra de Paula, de 16 anos: transferida do PSM Suzano para o HC/FMUSP - estável, na UTI.

- Anderson Carrilho de Brito, 15 anos: transferido do PSM Suzano para o HC/FMUSP - grave, na UTI.

- Jenifer da Silva Cavalcante: HC Luzia de Pinho Melo - estável, na UTI.

- Leonardo Martinez Santos: socorrido ao HC Luzia de Pinho Melo - estável; passará por cirurgia.

- Leonardo Vinícius Santa Rosa, 20 anos: estava na Santa Casa de Suzano e foi transferido para o HC/FMUSP - estável, no PS.

- Letícia de Melo Nunes: Hospital Santa Maria e transferida para Hospital Geral de Itaquaquecetuba - estável e sob acompanhamento especializado de cirurgia geral.

- Murillo Gomes Louro Benites, 15 anos: socorrido ao HC/FMUSP pelo Águia, estável, na enfermaria.

Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, levantou ainda de madrugada e caminhou com o pai até a estação de trem, onde costumava chegar às 5h30. Os dois trabalhavam juntos com serviços gerais, retirada de entulho e capinagem. Na estação, Luiz disse ao pai que não estava se sentindo bem, tinha dor de garganta e febre e voltaria para casa. Não voltou. Foi encontrar com o amigo G.T.M., de 17 anos, com quem cometeu o massacre.

"A mãe do Luiz me chamou por volta das 9 horas, preocupada, porque o pai disse que o menino tinha voltado para casa e me pediu para ligar para o celular dele", relatou o aposentado Cesar Abidel, de 53 anos, que mora entre as residências dos dois atiradores. Os vizinhos estavam acostumados a ver Luiz e o amigo juntos. Todos os dias, por volta das 17 horas, sentavam em frente a uma das casas e passavam horas conversando.

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"Só sentavam aí na frente, conversavam e davam risada. Nunca poderíamos imaginar que eles fariam isso", diz Cida Abidel, de 53 anos, que conhece os pais de Luiz há mais de 30 anos. Filho mais novo (tinha dois irmãos, de 40 e 42 anos), Luiz era muito protegido pelos pais. "Faziam de tudo por ele."

Os amigos costumavam ir três a quatro vezes por semana a uma lan house a cinco quadras de suas casas. Ali jogavam os games Call of Duty, Counter Strike e Mortal Kombat. "Se restringiam a dizer boa noite e obrigado", conta a funcionária Nadia Cordeiro, de 23 anos.

Reservada

Já a família de G.T.M. é conhecida entre os vizinhos por ser mais reservada. Não se sabe nem ao menos se a mãe morava com ele. Na pequena casa térrea, com muitos brinquedos espalhados no quintal, dizem que ele vivia com duas irmãs, de 7 e 9 anos, e o avô. A avó morreu há alguns meses. "Nunca vimos nada suspeito na casa ou com ele. Só percebíamos que era quieto demais, sempre cabisbaixo", disse o ajudante geral Michel Aparecido, de 28 anos. Nas redes sociais, G.T.M. costumava publicar comentários sobre jogos de tiros.

Fora da escola desde 2018, G.T.M. havia abandonado os estudos. Nos últimos cinco meses, fez bico em lanchonetes e trailers no centro. "Sempre na dele, não falava com ninguém. Parecia um pouco deprimido, por ser quieto demais, mas não era capaz de machucar ninguém. Nunca nem o vi levantar a voz", contou o autônomo Diego Ribeiro, de 20 anos.

"Ele voltou à escola alegando que iria à secretaria para retomar os estudos", afirmou nesta quarta-feira (13) o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares. Nesta quarta, no Instituto Médico-Legal, a mãe de G.T.M. disse a um conhecido não se conformar com o que o filho havia feito, principalmente matar o tio, Jorge Antonio de Moraes, de 51 anos, irmão da mãe.

Uma equipe do grupo antiterrorismo da Polícia Federal esteve na Escola Estadual Professor Raul Brasil na tarde desta quarta-feira para participar da investigação do ataque que deixou 10 mortos.

Segundo fontes da Prefeitura de Suzano, não há ainda indícios de uma ação terrorista maior - os dois atiradores teriam agido sozinhos e de forma pontual, mas nenhuma hipótese está descartada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O caso divide opiniões sobre como esse capítulo de sangue pode influenciar na política de flexibilização do porte e posse de armas. Para alguns advogados, professores de Direito e especialistas em gestão pública e segurança, a lição que fica é que "é um passo perigoso". Para outros, chacinas como a de Suzano são "fatos isolados" sem qualquer relação causal com o fato de a legislação brasileira ser mais ou menos permissiva.

"A tragédia dialoga diretamente com o posicionamento dos organismos internacionais e dos especialistas em segurança pública: quanto menos armas circularem na sociedade mais segura ela será", afirma Mônica Sapucaia Machado, advogada, cientista política e coordenadora de pós-graduação em Administração Pública da Escola de Direito do Brasil (EDB). Para ela, à luz do Direito e da política de segurança, a restrição de acesso às armas deve ser a regra, não a exceção.

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A posição do criminalista e constitucionalista Adib Abdouni é diametralmente oposta. Para ele, a "tragédia repugnável ocorrida em Suzano não se enquadra como evento típico resultante da escalada irrefreável do crime no País". "É um ato isolado que não deveria influenciar nem na questão da posse de armas nem no pacote anticrime recentemente lançado pelo ministro Sergio Moro."

Para o criminalista João Paulo Martinelli, da EDB, o grande problema de facilitar a posse é a dificuldade de fiscalizar o comportamento de quem possui a arma, para evitar que ela seja levada para além dos limites da residência. "O novo decreto facilitou a posse, não o porte", observa Martinelli. "Mas o Estado não possui estrutura para assegurar que o possuidor não saia de casa com a arma. Em outros termos, o limite entre a posse e o porte depende de efetiva fiscalização do Estado."

O diretor do Instituto Sou da Paz e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Ivan Marques, concorda que o maior problema em relação ao novo decreto do presidente Bolsonaro é que ele não resolve a ineficácia do Estado no rastreamento de armas desviadas para o mercado ilegal. "São as armas legais que acabam abastecendo a criminalidade. Isso só tem um resultado: o aumento da violência, com o uso da arma de fogo no crime."

Segurança de escolas

"De tudo que eu conheço dos estudos dessa área (segurança pública), os melhores resultados ocorrem em sociedades onde há, por um lado, rígido controle da posse de armas e, por outro, um sistema de segurança e Justiça eficientes", observa o coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), Sérgio Adorno. Mas ele destaca que o número reduzido de atentados a escolas no Brasil nas duas últimas décadas dificulta a análise. "É um número muito pequeno de casos para sabermos se há um padrão, em termos do perfil de agressor, das armas utilizadas, do contexto em que isso acontece."

Já o advogado Fabrício Rebelo, do Centro de Pesquisa em Direito e Segurança, o caso não está vinculado à maior ou menor circulação de armas, e sim à segurança dos estabelecimentos de ensino. "Se não tivermos mecanismos de controle de acesso, nada que se pense a respeito de evitar casos assim vai surtir efeito", ressaltou. "Uma coisa que deve se ter sempre em mente é que, por mais mecanismos de controle que se tenha, quando alguém já está predisposto a cometer um ato desses, chegando ao extremo de tirar a própria vida, é muito pouco eficaz qualquer medida de controle que não seja a eliminação desse agente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O massacre em uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, nesta quarta-feira, 13, dividiu a opinião de senadores a respeito da política de flexibilização da posse e do porte de armas. O ataque deixou dez mortos, incluindo os dois atiradores, e 11 feridos.

Em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto que altera regras para facilitar a posse de armas de fogo - a possibilidade de o cidadão guardar o equipamento na residência ou no estabelecimento comercial de que seja dono. É a primeira medida do presidente em relação ao compromisso de campanha de armar a população, mas ele ainda tentará futuramente flexibilizar o próprio porte de armas.

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Pelo Twitter, senador Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente, expressou seus sentimentos aos familiares das vítimas assassinadas e afirmou que o ataque é "mais uma tragédia protagonizada por menor de idade e que atesta o fracasso do malfadado estatuto do desarmamento, ainda em vigor".

O senador Marcos do Val (PPS-ES) disse ao Broadcast Político que, se um segurança da escola estivesse armado ou se uma pessoa que estivesse passando pela escola ou na escola estivesse armada, o massacre não teria acontecido.

"Se fosse uma escola com segurança armado você acha que isso aconteceria? Muito pouco provável. Se tivesse um cidadão honesto armados não teria tantas mortes. O brasileiro ainda vê a arma como usada de forma de tirar vida. Vejo como forma de proteger a vida", disse.

Na avaliação do senador, é impossível desarmar criminosos. "Isso é uma utopia, não existe em lugar nenhum do mundo. A sociedade precisa agora entender que ter o cidadão de bem armado é uma força aliada da polícia. A gente não tem bombeiro em todas as esquinas e apartamentos. Mas temos extintores. O cidadão é a primeira resposta até a chegada."

No Twitter, o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), escreveu que é preciso que as autoridades reflitam sobre se a solução de facilitar o acesso a armas "é sensato e oportuno". Para ele, não é. "A cultura belicista estimula atos violentos e não é solução para nosso grave problema de segurança pública. Devemos sim, cultivar e trabalhar por uma cultura de paz."

O senador Humberto Costa (PT-PE) escreveu nas redes sociais que a facilitação de acesso a armas gera mais tragédias. "Armar a sociedade não vai nos trazer paz. Somente mais violência. E quem, além de tudo, estimula o uso de armas por crianças e adolescentes comete um ato criminoso contra a infância e a juventude, contra a sociedade."

Na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado na manhã desta quarta-feira, o senador Major Olimpio (PSL-SP) disse que, se algum funcionário da escola portasse arma de fogo, a tragédia que aconteceu nesta manhã em uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, seria minimizada.

"Se tivesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, professor, servente, policial aposentado trabalhando lá, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia", discursou. O senador atacou fortemente o Estatuto do Desarmamento e os críticos do decreto assinado por Bolsonaro. Para ele, apesar do decreto presidencial, a legislação continua muito restritiva e peca por omissão.

"Vamos, sem hipocrisia, chorar os mortos, vamos discutir a legislação: onde nós estamos sendo omissos?", disse o senador, que argumentou pelo direito do cidadão comum ter maior acesso a armas dizendo que "a população botou Bolsonaro como presidente da República para ser um impulsionador de garantias para o cidadão, para que não tenhamos tragédias desta natureza".

Na mesma sessão da CCJ, o senador Mecias de Jesus (PRB-RR) disse que o Estatuto do Desarmamento "desarmou o cidadão de bem" e "tirou a arma do pai de família".

"Quando o bandido chega na casa de alguém para fazer um assalto, para entrar na casa alheia, entra com 100% de certeza de que o dono da casa não tem uma arma para se defender. E aí fica muito mais fácil para as famílias virarem alvo dos bandidos, que usam arma. O Estatuto do desarmamento não desarmou em nenhum momento os meliantes no Brasil."

O ex-policial militar e senador Styvenson Valentim (Pode-RN) considera questionável a presença de pessoas armadas em ambiente escolar. "Dizer que seria uma forma de evitar ou combater eu não posso afirmar. Não posso garantir, como PM há 16 anos, que um confronto armado poderia ser benéfico ou prejudicial aos alunos. Seria um ambiente de escola com troca de tiros. Se esses assassinos tivessem certeza de que algo impedisse o que fossem fazer, que inibisse, eles fariam isso?", indagou.

Para o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), armar pessoas dentro das escolas é uma "opinião que não tem pé nem cabeça". Ele acha que o problema é "muito mais profundo". O senador também repudia a atitude de colegas que usaram o massacre para fazer campanha contra ou a favor do decreto do presidente Jair Bolsonaro.

Pela manhã, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que recebeu com "perplexidade" a notícia do massacre e se solidarizou com as famílias das vítimas. Ele disse ainda que as pessoas estão inseguras e que o Estado "não está tendo condições de dar tranquilidade" para elas.

"A questão do porte, das penas que são impostas pela legislação, essa reformulação e modernização dessa legislação, serão debatidas em conjunto. A gente não pode tratar um fato isolado em relação a matérias que estão tramitando. Então vamos juntar as matérias e o plenário, o Senado e as comissões vão definir e deliberar sobre elas", disse Alcolumbre.

Preso há quase um ano em Curitiba (PR), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou divulgar uma nota sobre o massacre desta quarta-feira (13) em uma escola de Suzano (SP), que teve oito mortos, além dos dois atiradores.

Na mensagem, Lula expressa "toda solidariedade aos alunos e trabalhadores" do colégio e aos "familiares das vítimas que hoje enfrentaram essa terrível tragédia".

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"Que aqueles que incentivam a cultura do ódio e da violência entendam que não precisamos de mais armas para que massacres como o de Suzano não se tornem cotidianos em nosso pais. O Brasil precisa de paz", disse o ex-presidente. 

Da Ansa

Minutos após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, o estudante José Vitor Ramos Lemos, de 18 anos, chegou caminhando sozinho no Hospital Santa Maria, a duas quadras do colégio, com uma machadinha cravada na clavícula direita. Ele foi submetido a cirurgia e seu quadro era considerado estável no início da tarde desta quarta.

José Victor conversou com os pais após o procedimento cirúrgico. Segundo eles, ao ouvir os disparos, o estudante, que estava com a namorada, perdeu-se dela. José Vitor pulou o muro da escola, deu de cara com um dos atiradores e foi atingido pela arma branca no ombro.

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"Ele estava com a namorada, saiu para outro lugar, e os dois se desencontraram. Pulou o muro e foi pego de surpresa pelo atirador", conta o pai Marco Lemos.

A mãe, Sandra Regina Ramos, disse que o filho nasceu de novo. Segundo Sandra, o jovem está traumatizado e ela também. "Ele provavelmente não vai querer mais voltar para a escola. Vamos esperar para ver", disse. "Ele completou 18 anos agora no dia 6 de março. Falei que a partir do ano que vem teremos duas comemorações porque ele nasceu de novo."

No hospital Santa Maria, chegaram sete estudantes feridos, com idades entre 15 e 19 anos. "Depois do José Vitor chegaram os demais, alguns por meios próprios, outros vieram trazidos pela polícia", conta Débora Nogueira, diretora técnica e coordenadora do pronto-socorro.

"No momento em que ele (José Victor) cogitou terem mais vítimas é que a gente acabou aguardando que pudesse chegar um outro paciente, mas chegaram diversos". Ao longo do dia, cinco foram transferidos.

'Mãe, me socorre'

Mãe de Letícia Mello, de 15 anos, uma das vítimas baleadas, a dona de casa Valéria de Mello Oliveira disse que estava em casa quando recebeu mensagens de áudio da filha.

"Ela levou um tiro na lombar, mas está bem, graças a Deus. Foi um desespero. Ela me mandou uma mensagem dizendo 'Mãe, está tendo um tiroteio aqui na escola, me socorre'. Ela só conseguiu dizer que viu a amiguinha dela caindo. Falou que foi muita confusão e correria", disse Valéria.

A jovem foi levada para o hospital Santa Maria, onde recebeu os primeiros atendimentos. Por volta das 13 horas, Letícia foi transferida para a Santa Casa de Suzano, segundo informações do Santa Maria.

O massacre que deixou oito mortos, além dos dois atiradores, em uma escola pública de Suzano (SP), nessa quarta-feira (13), reviveu a lembrança de outras tragédias semelhantes ocorridas no Brasil. Confira abaixo outros casos parecidos:

Realengo

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Em 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, assassinou 12 adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Rio de Janeiro (RJ), onde ele havia estudado. O atirador foi baleado na perna por um policial e depois cometeu suicídio. Oliveira era alvo de bullying no colégio e havia feito pesquisas sobre terrorismo. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos.

Goiânia

Em 20 de outubro de 2017, um adolescente de 14 anos entrou armado na escola Goyases, em Goiânia (GO), e matou dois colegas de sala. O jovem, que foi apreendido, também dizia ser alvo de bullying e usou um revólver da mãe, que é policial militar.

Janaúba

Esse caso difere um pouco dos demais, já que não foi motivado por gozações nem envolve ex ou atuais alunos. Em 5 de outubro de 2017, Damião Soares dos Santos, que trabalhava como vigia de uma creche em Janaúba, norte de Minas Gerais, incendiou o local e matou 10 pessoas, incluindo nove crianças e uma professora. O homem de 50 anos também morreu e, segundo a família, sofria de problemas mentais.

São Caetano do Sul

Em setembro de 2011, um menino de 10 anos usou a arma de seu pai, policial civil, para balear uma professora, que sobreviveu, e se suicidar logo em seguida. O episódio ocorreu na escola Professora Alcina Dantas Feijão.

Taiúva

Em janeiro de 2003, um ex-aluno entrou em uma escola estadual de Taiúva (SP) e baleou oito pessoas, incluindo cinco estudantes, um caseiro, uma zeladora e uma professora. Apesar de um jovem ter ficado paraplégico, o episódio não teve mortes, a não ser a do próprio atirador, Edmar Aparecido Freitas, 18 anos, que se suicidou. Ele também era vítima de bullying.

Da Ansa

A tragédia que chocou o país nessa quarta-feira (13) e transformou a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, a 57 quilômetros de São Paulo, em um cenário de guerra é um quebra-cabeça em fase de montagem. O tiroteio promovido por dois jovens provocou dez mortes e deixou 11 feridos. A Polícia Civil busca compreender o crime e já sabe que houve um plano meticulosamente organizado.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos, disse que policiais coletam depoimentos e provas. Segundo ele, é possível confirmar alguns detalhes sobre o que ocorreu antes e durante do massacre no colégio.

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No começo da manhã, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, foram à locadora de Jorge Antonio Moraes, de 51 anos. Lá, eles atiraram contra Jorge, que era tio de Guilherme, e deixaram o local em um carro Chevrolet Onix branco roubado e seguiram para o colégio.

Como ex-aluno da escola estadual, Guilherme pediu para entrar no colégio, por volta das 9h40, e foi autorizado. Era o horário de intervalo das aulas, muitos estudantes lanchavam e vários estavam fora das classes.

Não se sabe em que momento Guilherme colocou a máscara para não ser reconhecido, mas a primeira pessoa atingida foi a coordenadora Marilena Ferreira Vieira Umezo, de 59 anos, depois Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38, funcionária do colégio. Os dois atiradores estavam juntos logo na entrada.

Com base nos primeiros depoimentos, a polícia acredita que os dois atiradores partiram para o ataque juntos. Quando eles se deparam no Centro de Línguas com a porta fechada e perceberam que estavam encurralados pelos policiais da força tática teriam se desesperado.

A polícia foi acionada por causa do assalto à locadora de veículos e chegou à escola em oito minutos. Ao serem surpreendidos pelos policiais, os dois jovens estavam preparados para entrar em uma sala lotada de alunos. Neste momento, segundo o secretário, um jovem atirou no outro e depois suicidou-se.

Mortos

1. Caio Oliveira, 15 anos, estudante.
2. Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, estudante.
3. Douglas Murilo Celestino, 16 anos, estudante 
4. Kaio Lucas da Costa Limeira, 15 anos, estudante.
5. Samuel Melquiades Silva Oliveira, 16 anos, estudante.
6. Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, funcionária da escola.
7. Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos, coordenadora pedagógica.
8. Guilherme Taucci Monteiro - 17 anos 
9. Luiz Henrique de Castro - 25 anos 
10. Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, dono da locadora e tio de um dos atiradores

Feridos

1. Adna Isabella Bezerra de Paula, 16 anos
2. Anderson Carrilho de Brito, 15 anos
3. Beatriz Gonçalves Fernandes, 15 anos
4. Guilherme Ramos do Amaral, 14 anos
5. Jenifer da Silva Cavalcante
6. José Vitor Ramos Lemos
7. Leonardo Martinez Santos
8. Leonardo Vinícius Santa Rosa, 20 anos
9. Letícia de Melo Nunes
10. Murillo Gomes Louro Benites, 15 anos
11. Samuel Silva Félix

A população de Suzano, a 57 quilômetros de São Paulo, amanheceu nesta quinta-feira (14) questionando o por quê do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em que morreram dez pessoas e há 11 feridos. A quinta-feira feira será um dia de despedidas. Estão previstos velórios e enterros.

A cidade, com mais de 1,3 milhão de habitantes, se prepara para o luto oficial de três dias e o velório coletivo na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. Cinco estudantes foram assassinados pelos atiradores Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, além de duas funcionárias da escola, o tio de um dos responsáveis pelo ataque e duas pessoas que passavam pela rua.

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Na sexta-feira (15), por orientação da prefeitura, os educadores se reunirão para definir as ações que serão tomadas com os 26 mil alunos das escolas públicas municipais. O objetivo é adotar medidas para combater a violência e o assédio moral no esforço de estabelecer a cultura de paz.

Assistência

Equipes de psicólogos vão apoiar o trabalho. Eles se colocaram à disposição, ao lado de assistentes sociais, psiquiatras, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, para ajudar os amigos e parentes das vítimas. Só ontem cerca de 200 pessoas passaram pelo local.

Para a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o crime foi meticulosamente organizado. Os jovens atacaram, primeiro, Jorge Antônio Moraes, tio de um deles, em uma locadora. Depois, roubaram um carro e saíram em disparada na direção da escola. No colégio, eles entraram e partiram para os ataques.

Segundo as investigações, os atiradores utilizaram um revólver calibre 38, uma besta (espécie de arma antiga que se assemelha ao arco e flecha) e uma machadinha. Eles só pararam quando se viram cercados pela polícia e sem saída. Neste momento, um dos jovens atirou no outro e depois se matou.

Histórico

De acordo com os policiais, Guilherme Taucci Monteiro e Luiz Henrique de Castro estudaram no colégio, que se transformou em palco da tragédia. Eles moravam perto de uma das vítimas, que sobreviveu, e próximo à escola.

O secretário de Educação de São Paulo, Rossieli Soares, disse que Guilherme Monteiro estudou no colégio até 2017 e não havia registro de mau comportamento ou qualquer tipo de dificiuldade. Mas, no ano passado, ele abandonou o colégio e estava sendo acompanhado para retornar à sala de aula.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta quarta-feira (13) que as armas de fogo fazem tão mal quanto um carro porque dependem da ação humana. Ele rebateu também o argumento de que os homicídios diminuiriam com menos armas nas ruas porque, de acordo com ele, o Estatuto do Desarmamento não reduziu o número de mortes no País.

"A minha crítica é que no Brasil deveria existir também um estudo sobre o uso defensivo da arma de fogo, e não apenas o uso agressivo. E a gente sempre vai na argumentação que a arma é um pedaço de metal. Faz tão mal quanto um carro. Ou seja, para fazer mal, precisa de uma pessoa por trás dela. Armas não matam ninguém, o que matam são pessoas. Pode usar pistolas, facas, pedras", disse.

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Para Eduardo Bolsonaro, as armas não servem apenas para matar, mas também para defender. "Quem é do meio policial sabe, e eu mesmo já passei por uma situação dessas, em que apenas exibindo uma arma de fogo você evita um roubo ou até algo pior, uma morte. Só que isso não é registrado em local nenhum. Agora se eu reajo armado a um assalto e venho a falecer, isso aí entra em estatística, porque é aberto inquérito, vai para dados oficiais", disse.

O parlamentar apresentou seus argumentos ao ser questionado sobre o massacre ocorrido nesta manhã em uma escola estadual no município de Suzano, na Grande São Paulo. Ao menos dez morreram, incluindo os dois atiradores.

O deputado disse ainda que hoje o criminoso sabe que a vítima não vai estar armada. "Enquanto as armas eram de mais fácil acesso, o número de crimes era menor", defendeu.

Durante a tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a ideia de que se a população pudesse andar armada, tragédias como essa seriam evitadas. Para ele, a defesa do porte de arma nestas situações levaria a uma "barbárie" no País. Maia defendeu ainda que o monopólio da segurança pública seja somente responsabilidade do poder público.

"É óbvio que num momento desses de comoção existem pessoas que vão tentar de todo jeito aproveitar as suas bandeiras contra o armamento. Isso ocorre sempre que isso acontece. Agora, e as outras 62.000 pessoas que foram assassinadas sem a chance de defesa? Será que elas não têm voz?", rebateu Eduardo. Ele disse ainda que Maia tem "direito de ter sua opinião".

A escritora Gloria Perez se envolveu em uma polêmica no Twitter, nesta quarta (13), ao comentar o tiroteio ocorrido em uma escola estadual, em Suzano, São Paulo, que deixou várias vítimas fatais. Ela parece acreditar que games possam ter estimulado os assassinos e foi rebatida pelos seguidores.

Em seu comentário, Glória disse: "Essa tragédia de Suzano parece ter tudo a ver com a cultura dos games". Os seguidores prontamente se manifestaram; houve quem concordasse com a opinião da autora, mas a maioria das respostas foi contra do posicionamento de Perez e os internautas disseram que a escritora só entende mesmo de novelas.

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Um dos seguidores disse: "Ô Glória, gosto quase sempre das suas opiniões, mas não cai nessa não. É tipo falar que eu quero virar mulher de traficante pq adorava sua última novela", disse em referência a um dos últimos trabalhos da autora, A Força do Querer. Outros complementaram: "Que declaração burra"; Esse posicionamento ainda? Vindo de um deputado que defende o porte de armas a gente até entende a ignorância, mas de uma escritora que deveria ser bem informada, só mostra que estamos bem perdidos no que diz respeito à informação e educação"; Isso é coisa da ideologia do presidente, não de jogos ,não viaja nas postagens que vai passar vergonha na rede social".

Após diversos comentários, a autora voltou a tocar no assunto e se explicou. Ela disse que os internautas não entenderam o seu ponto de vista: "O que eu quero dizer é que a pessoa age como se estivesse num game, como se os humanos fossem bonecos de game". Mas não convenceu muito. "Gloria, me ajuda a te ajudar"; "Isso que você fala não tem absolutamente nada a ver com videogame. É como jogar culpa de crimes em livros ou histórias em quadrinhos. A arte estimula a empatia, a capacidade de se ver no outro. O que aconteceu hoje foi o completo oposto"; “O vilão da próxima novela da Gloria Perez vai ser um gamer psicopata” , disseram os seguidores.

É grave o estado de saúde de dois dos sete feridos por atiradores que invadiram, na manhã desta quarta-feira (13), a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. Os feridos foram encaminhados para hospitais próximos à unidade de ensino.

De acordo com o governo estadual, duas pessoas foram levadas para o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes. Uma delas, em estado gravíssimo, foi socorrida, mas não resistiu. A outra está em estado grave, mas estável e em avaliação médica. A identidade das vítimas não foi informada.

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Cinco feridos foram levados para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) – dois deles, em estado grave, e um não resistiu.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que foram enviados dois psiquiatras e um psicólogo foram destacados para prestar atendimento às famílias e aos demais envolvidos na ocorrência. Os psiquiatras e o psicólogoa atuarão em conjunto com a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Suzano.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recorreram ao Twitter para se solidarizar com as famílias das vítimas do atentado ocorrido na manhã desta quarta-feira (13), na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Oito pessoas, entre alunos e funcionários da escola, foram assassinados. Os dois atiradores se mataram na sequência.

"A tragédia de Suzano, hoje, mostra que é hora do Brasil unir forças e competências para compreender o que houve e impedir a repetição de massacres como este", escreveu Maia. "Precisamos ser solidários com as famílias, parentes e amigos das crianças e dos funcionários da escola Raul Brasil", completou o deputado.

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O parlamentar disse ainda que, "como homem público", está empenhado "para desarmar espíritos, buscar convergências e levar paz à sociedade."

O presidente do Senado se disse perplexo com a notícia do ataque e tuitou: "eu me solidarizo às famílias das vítimas e espero que as reais causas dessa tragédia sem descobertas".

O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou, nesta quarta-feira (13), que o massacre que aconteceu na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, poderia ter sido evitado caso os professores e outros funcionários estivessem armados.

“Se os professores estivessem armados, e se os serventes estivessem armados, essa tragédia de Suzano teria sido evitada”, disse durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Olímpio é um dos defensores ferrenhos da revogação do estatuto do desarmamento e da redução da maioridade penal, pautas apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha.

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“Se houvesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, um professor, um servente ou policial aposentado que trabalha lá, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia. Vamos, sem hipocrisia, chorar os mortos e discutir a legislação, e onde estamos sendo omissos”, defendeu Major Olímpio.

No Twitter, o senador pontuou também que como policial e parlamentar se sentia "derrotado" com a tragédia e frisou: “Nossas escolas deviam ser lugar de proteção para nossas crianças e infelizmente não estão seguras. Precisamos urgentemente rever a nossa política de segurança pública, bandido não tem idade, e essa tragédia apenas reafirma que precisamos reduzir a maioridade penal já”.

Ainda na ótica de Olímpio, “a política desarmamentista fracassou” e “não pode deixar que os aproveitadores se utilizem da tragédia para falar que o desarmamento é solução, essas armas são ilegais e foram obtidas e usadas por adolescentes”.

Um vídeo feito por um dos alunos da Escola Estadual de Suzano circula nas redes sociais e mostra momentos de pavor após o massacre que resultou na morte de 10 pessoas. 

As imagens mostram alunos e funcionários desesperados circulando entre corpos de vítimas dos atiradores. 

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As imagens são muito fortes:

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O ministro da Educação, Ricardo Vélez, repudiou o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), ocorrido na manhã de hoje. Em mensagem no Twitter, o ministro se solidarizou com as famílias das vítimas e disse que acompanhará os desdobramentos da tragédia.

"Recebo com muita tristeza a notícia de que crianças e um funcionário foram brutalmente assassinados na escola Prof. Raul Brasil, em Suzano, SP. Meus sentimentos às famílias. Expresso meu repúdio a essa manifestação de violência. Acompanharei de perto a apuração dos fatos", disse o ministro na rede social.

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O número de vítimas do massacre está sendo contabilizado. Inicialmente, a Polícia Militar informou dez mortos e depois retificou para oito, inclusive os dois supostos atiradores. Há ainda feridos sendo atendidos em hospitais e clínicas da região.

O governador de São Paulo, João Doria cancelou a agenda desta quarta-feira e seguiu para o local com autoridades estaduais e municipais. “Estou muito impactado”, afirmou o governador. "Uma cena mais triste que assisti em toda a minha vida", disse. "Estou consternado, chocado", complementou Doria, prestando solidariedade às famílias das vítimas. O governador e as autoridades fazem uma segunda vistoria na escola, que foi isolada. A identidade das vítimas ainda está sendo levantada.

A Escola Estadual Raul Brasil atende os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, com um total de 1.058 alunos matriculados. Oferece ainda cursos de línguas para 1.534 estudantes. Contando com a direção, tem 14 funcionários e 63 professores. Tem uma estrutura com 30 salas e espaços para aulas e atividades extra-curriculares, ambientes de leitura e laboratórios de química e de física.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, ainda não é possível afirmar quantos desses alunos estavam no local no momento em que ocorreu o tiroteio. Os tiros, conforme a secretaria, foram disparados durante o intervalo das aulas da manhã.

Tragédias envolvendo tiroteios e ataques em escolas são contabilizados na história recente do país. O episódio registrado hoje na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande de São Paulo, junta-se a outros. Conforme matérias publicadas pela Agência Brasil, o caso mais recente ocorreu no Colégio Goyases, em Goiânia, quando adolescente de 14 anos assediado por bullying matou dois colegas de 13 anos e feriu outros com a arma da mãe, policial civil.

Na apuração das razões do crime, o autor dos disparos disse à polícia que se inspirou no atentado ocorrido em 1999 na escola de Columbine (Estados Unidos), com quinze mortos e 24 feridos, e no massacre ocorrido em Realengo, no subúrbio carioca, em 2011 – quando um adulto (23 anos) efetuou mais de 60 disparos e matou 12 crianças na escola municipal Tasso da Silveira.

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Os dois casos são os que registram os maiores números de vítimas. No mesmo ano do episódio em Realengo, uma criança de 10 anos em São Caetano do Sul (SP) atirou em sua professora (4ª série) e depois se matou. Em abril de 2012, um adolescente de 16 anos da cidade de Santa Rita (PB) atirou em três alunas quando tentava acertar um outro estudante.

Há registro de mortes de estudantes também por arma branca, como o assassinato por facada contra um adolescente por um colega de sala em uma escola rural em Corrente (PI).

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prestou, na manhã desta quarta-feira (13), solidariedade às famílias das vítimas do tiroteio na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Ele disse lamentar que um fato como este "ocorra em nosso Estado e nosso País" e disse ser a cena "mais triste que assisti em toda minha vida". "Estou chocado com o que ocorreu", comentou.

Presente na escola, Doria disse que os nomes das vítimas serão informados em novo informe.

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A previsão é que ele ocorra às 14 horas.

De acordo com o governador, não é possível precisar neste momento que os dois atiradores, que se suicidaram, eram ex-alunos do colégio.

O Coronel Salles, da Polícia Militar, disse que oito pessoas morreram. Não foi especificado, no entanto, se os dois atiradores estão contabilizados.

Segundo o governador, apenas oito minutos após o início do tiroteio a Polícia Militar chegou ao local, localizada na região central da cidade. A Guarda Civil Metropolitana também foi acionada.

Doria afirmou também que a Polícia Científica e a Secretaria Estadual de Saúde estão atuando no local.

Subiu para dez o número de pessoas mortas em um ataque na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande SP. Os dois atiradores se mataram após o ataque. Há pelo menos 15 feridos.

Na mochila dos atiradores havia três coquetéis molotov, duas bestas (lança-seta) e um revólver 38. Uma terceira mochila foi encontrada com uma espécie de bomba, de acordo com informações do Major Caruso, subcomandante do 32.º Batalhão com sede em Suzano.

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O coronel Salles, da Polícia Militar, disse que, antes de entrar na escola, os dois atiradores dispararam contra o proprietário de um lava rápido que fica em frente à escola. Neste momento, o homem está passando por cirurgia na Santa Casa de Suzano.

O coronel Salles disse que os atiradores entraram na escola na hora do intervalo. Primeiro, eles atiraram em uma coordenadora pedagógica e em uma supervisora. Depois, se dirigiram ao pátio, onde atingiram alunos de ensino médio. Depois seguiram para um centro de línguas.

A polícia está fazendo uma varredura na escola porque foram encontrados artefatos com aparência similar a de explosivos. "A preocupação neste momento é desmantelar os artefatos explosivos, prestar socorro às vítimas e atender às famílias", disse o coronel Salles. A área no entorno da escola está isolada por risco de haver explosivos.

Na manhã desta quarta-feira (13), dois adolescentes invadiram uma escola em Suzano, Região Metropolitana de São Paulo, e feriram 17 pessoas. Entre as vítimas, oito pessoas morreram dentro da Escola Estadual Raul Brasil. Após a repercussão, famosos usaram o Twitter para lamentar a tragédia.

Pabllo Vittar, Maisa, Fernanda Paes Leme, Túlio Gadêlha e Sabrina Sato foram algumas das celebridades que publicaram mensagens de apoio às famílias das pessoas que foram envolvidas no ataque.

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Confira:

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