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No dia em que 56 aeronaves chinesas fizeram incursões na zona de defesa aérea de Taiwan, o maior número em mais de um ano, o governo da China culpou os EUA pela tensão, acusando Washington de agir de forma agressiva na região, prioritária na política externa do governo de Joe Biden. Segundo analistas, as aeronaves chinesas que participaram dos exercícios estariam simulando ataques contra navios americanos.

Desde sexta-feira, dia 1º, quando a China celebrou o 72º aniversário de fundação da República Popular, as autoridades de Taiwan, considerada uma província rebelde por Pequim, registraram a presença de quase 150 aeronaves chinesas em sua Zona de Identificação de Defesa Aérea - apesar de ser considerada espaço aéreo internacional, o território considera que pode exigir que as aeronaves que por ali trafegam se identifiquem por motivos de segurança nacional.

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Nas ações desta segunda-feira, 4, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, foram identificados, entre as aeronaves, 34 caças Shenyang J-16 e 12 bombardeiros Xian H-6, que têm capacidade de transportar armas nucleares. Em resposta, caças taiwaneses foram enviados para a área e sistemas de defesa aérea foram postos em prontidão.

Em comunicado, o Conselho de Assuntos do Continente, órgão de Taipé responsável pelas relações entre Taiwan e a China, exigiu que Pequim interrompa o que chamou de "provocações irresponsáveis" e acusou o país de ser o "principal responsável" pelas tensões recentes.

"Nós declaramos firmemente aos comunistas da China, a República da China em Taiwan está determinada a defender sua soberania nacional, sua dignidade e sua paz no Estreito de Taiwan", afirmou o conselho, usando o nome pelo qual as autoridades locais se referem ao território. "Temos amplo conhecimento dos movimentos militares comunistas e adotamos as respostas adequadas. Estamos ainda nos comunicando e cooperando com nações amigas, para conter, de forma conjunta, as provocações maldosas dos comunistas chineses."

Também em comunicado, o Pentágono declarou que o aumento das atividades militares chinesas perto de Taiwan pode desestabilizar a região, além de elevar o risco de um erro de cálculo. "Nosso compromisso com Taiwan é sólido e contribui para a manutenção da paz e da estabilidade ao longo do Estreito de Taiwan e ao redor da região", diz o texto.

'Taiwan pertence à China'

"Taiwan pertence à China e os EUA não estão em posição de fazer essas declarações irresponsáveis. As declarações do lado americano violam seriamente o princípio de 'uma só China' [...] e mandam um sinal extremamente errado e irresponsável", respondeu a porta-voz da chancelaria chinesa, Hua Chunying.

Apesar de as autoridades de Taiwan se considerarem uma nação independente, para Pequim o arquipélago para onde os nacionalistas fugiram ao serem derrotados na guerra civil é parte integrante de seu território. A China vê as parcerias militares taiwanesas com outras nações, como os EUA, como uma violação de sua própria soberania.

Em 1979, quando restabeleceram plenamente as relações diplomáticas com a China, os EUA concordaram em reconhecer Pequim como única representante do povo chinês. Apesar disso, Washington manteve uma aliança com Taipé, incluindo o fornecimento de armas, que em longo prazo busca evitar que a reunificação do território chinês leve Pequim a controlar o Estreito de Taiwan, vital para a navegação na região.

Na entrevista coletiva, a porta-voz chinesa criticou recentes planos de venda de armas americanas a Taiwan, e afirmou que esse tipo de ação "mina as relações entre EUA e China e a paz e a estabilidade da região".

"A 'independência de Taiwan' não leva a lugar algum. A China vai tomar todas as medidas necessárias para esmagar todas as tentativas relacionadas à 'independência de Taiwan'. A China tem uma vontade firme de salvaguardar sua soberania nacional e sua integridade territorial", declarou Hua Chunying.

O governo Biden tem na contenção da China na região do Pacífico uma prioridade. A Casa Branca agora tenta convencer outros aliados a intensificar sua presença no entorno marítimo chinês. Em setembro, EUA, Reino Unido e Austrália anunciaram um novo pacto de segurança para "manter a paz na região Indo-Pacífica" que prevê a construção de uma frota de submarinos nucleares para os australianos.

Embora não seja um acordo de segurança, o chamado Quarteto, com EUA, Índia, Japão e Austrália, também tenta se contrapor aos chineses, agindo em campos como o fortalecimento de cadeias de suprimentos, fornecimento de vacinas e uma alternativa ao plano de investimentos chinês para vários continentes, o Cinturão e Rota.

No mês passado, o porta-aviões USS Ronald Reagan entrou no Mar do Sul da China e participou de exercícios navais nos arredores da ilha japonesa de Okinawa, a cerca de 700 km de Taiwan. Além de um outro porta-aviões americano, o USS Carl Vinson, as operações contaram com a participação de embarcações de Reino Unido, Holanda, Canadá, Japão e Nova Zelândia. (Com agências internacionais).

O Japão anunciou, nesta sexta-feira (4), que vai doar 1,24 milhão de doses da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 para Taiwan, que acusa a China de dificultar os esforços para obter imunizantes.

"Recebemos pedidos de vários países e regiões para fornecer vacinas", declarou o ministro das Relações Exteriores do Japão, Toshimitsu Motegi.

"Concluímos os preparativos para atender ao pedido de Taiwan. Enviaremos a eles 1,24 milhão de doses da vacina AstraZeneca produzidas no Japão gratuitamente", acrescentou, apontando que as doses chegarão a Taiwan ainda nesta sexta-feira.

Taiwan, que está passando por um aumento acentuado nos casos de Covid-19, expressou sua gratidão, enfatizando que os dois vizinhos "compartilham os valores universais de liberdade e democracia".

Por muito tempo elogiado como um modelo de boa gestão da pandemia, registrando apenas algumas centenas de casos e menos de 10 mortes relacionadas ao coronavírus, Taiwan viu seu número de casos aumentar nas últimas semanas.

O balanço mais recente é de cerca de 10.000 contaminações e 166 mortes, depois de uma propagação do vírus por pilotos de avião.

A ilha, que tem 23,5 milhões de habitantes, recebeu até agora apenas 726.600 doses da vacina AstraZeneca e 150.000 doses da vacina Moderna.

Ela se beneficia do mecanismo Covax, criado para garantir a distribuição equitativa das vacinas, especialmente nos países de baixa renda.

A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, no poder desde 2016 e membro de um partido que defende a independência de Taiwan da China, acusou Pequim de obstruir a obtenção de doses da vacina Pfizer/ BioNTech da Alemanha.

Questionado, nesta sexta-feira, sobre a doação japonesa, um porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse esperar que Tóquio e Taipei "tenham como motivação salvar vidas e não se envolver num teatro político".

Ele também denunciou a atitude das autoridades taiwanesas, "que obstruíram por todos os meios possíveis a entrega de vacinas da China continental e afirmaram erroneamente que havíamos bloqueado o fornecimento de vacinas" à ilha.

"Para satisfazer seus interesses políticos, as autoridades (taiwanesas) continuam a travar uma manipulação política", disse Wang durante uma coletiva de imprensa.

O Japão, há muito criticado pela lentidão de sua campanha de vacinação desde o seu lançamento em fevereiro, acelerou recentemente a inoculação de sua população, embora apenas 3% de seus 125 milhões de habitantes tenham recebido até agora duas doses da vacina.

Tóquio aprovou, há duas semanas, as vacinas anticovid-19 da Moderna e da AstraZeneca, mas esta última não deve ser usada imediatamente devido a casos raros, mas graves, de trombose (coágulos sanguíneos) observados em outros países.

Pelo menos 51 pessoas morreram e mais de 150 ficaram feridas após um trem descarrilar no leste de Taiwan nesta sexta-feira (2). O Ministério dos Transportes disse que foi o pior desastre ferroviário da ilha em mais de quatro décadas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o trem transportava cerca de 500 pessoas e os esforços de resgate estão em andamento.

Segundo informações da empresa ferroviária que opera o trem, um caminhão de construção despencou nos trilhos de um campo de obras situado numa encosta acima. Não havia ninguém no veículo.

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O trem, um expresso que viajava da capital Taipei para Taitung transportando muitos turistas e pessoas voltando para casa, saiu dos trilhos em um túnel ao norte de Hualien, fazendo com que alguns vagões atingissem a parede da passagem, informou o Corpo de Bombeiros em um comunicado.

Entre 80 e 100 pessoas foram retiradas dos primeiros quatro vagões, enquanto os vagões de cinco a oito "deformaram", o que dificultou o acesso do resgate.

Segundo a imprensa, muitos passageiros estavam de pé e foram arremessadas quando o trem sofreu o impacto. "As pessoas simplesmente caíram umas sobre as outras, disse uma sobrevivente a um canal de televisão do país. Foi assustador. Havia famílias inteiras lá."

Os bombeiros mostraram uma foto do que parecia ser pedaços do veículo perto de uma parte do trem descarrilado e uma imagem aérea da extremidade do trem parado nos trilhos ao lado de um canteiro de obras.

"Nosso trem bateu em um caminhão", disse um homem em um vídeo transmitido pela televisão taiwanesa, mostrando fotos dos destroços. Imagens da cena do acidente exibem vagões dentro do túnel que foram despedaçados com o impacto, passageiros recolhendo malas e bolsas em um vagão inclinado e outros caminhando ao longo dos trilhos.

A montanhosa costa leste de Taiwan é um destino turístico popular, e a linha ferroviária de Taipei - inaugurada em 1979 - é conhecida por seus túneis e pela rota que passa pela costa ao norte de Hualien.

O acidente ocorreu no início de um longo fim de semana para o Tomb Sweeping Day, um festival tradicional para reverência aos mortos.

Esse não é o primeiro desastre com trens em Taiwan. Em 2018, 18 pessoas morreram e 175 ficaram feridas quando um trem descarrilou no nordeste do país.

Em 1981, 30 morreram em uma colisão no norte da ilha. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um navio de guerra americano cruzou o estreito de Taiwan - anunciou a Marinha dos Estados Unidos nesta quinta-feira (11), depois que um comandante advertiu que a China poderia invadir a ilha antes de 2027.

O destróier lança-mísseis "USS John Finn" entrou no braço do mar que separa a China continental de Taiwan na quarta-feira, informou a VII Frota dos Estados Unidos.

Esta operação, a terceira deste tipo desde a posse do presidente Joe Biden, tem como objetivo "demonstrar o compromisso dos Estados Unidos com uma zona indo-pacífica livre e aberta", segundo o comunicado.

A passagem acontece um dia depois de o comandante das forças americanas na região, o almirante Philip Davidson, advertir que teme uma invasão de Taiwan por parte do Exército chinês.

"Temo que eles estejam acelerando seus planos para suplantar os Estados Unidos (...) até 2050", declarou Davidson, chefe do Comando Militar Indo-Pacífico (Indopacom), a uma comissão do Senado americano.

"Está claro que Taiwan faz parte de suas ambições, e acho que a ameaça é evidente na próxima década, de fato, nos próximos seis anos", acrescentou.

Taiwan tem uma população de 23 milhões de habitantes. Desde 1945, a ilha é governada por um regime (a chamada República da China) que ali se refugiou após a vitória comunista na China continental em 1949, na esteira da guerra civil.

A República Popular da China considera este território como uma de suas províncias e ameaça usar a força, se a ilha declarar formalmente sua independência.

O gigante tecnológico Apple suspendeu, nesta segunda-feira (9), sua atividade comercial com a Pegatron, uma empresa terceirizada de Taiwan importante para a produção de seu iPhone, por violações dos direitos trabalhistas em seu programa de estudantes e pelas tentativas de acobertar as irregularidades - informou a agência de notícias Bloomberg.

"A Pegatron omitiu, indevidamente, os estudantes em seu programa e falsificou documentos para encobrir violações do nosso Código de Conduta", inclusive mediante a emissão de permissões de trabalho noturnas, ou de horas extras falsas, disse a Bloomberg, citando um comunicado da Apple.

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Consultada pela AFP, a empresa Pegatron, que cota em Taipei, admitiu em um e-mail que alguns trabalhadores estudantes nas fábricas das cidades de Xangai e Kunshan, no sudeste da China, haviam sido obrigados a trabalhar em condições que não atendiam aos parâmetros estabelecidos pela Apple.

O trabalho dos estudantes é autorizado, mas desde que sob estrita supervisão, afirmou a Apple, que disse não ter descoberto evidências de trabalho forçado durante a investigação feita há duas semanas.

A Pegatron admitiu para a AFP que "alguns estudantes foram reconhecidos como trabalhadores noturnos, fazendo horas extras e ocupando postos não relacionados com sua especialidade, ou de acordo com as normas e as regulações locais".

A empresa taiwanesa é um parceiro importante na produção do iPhone e ajuda a fornecer peças para o último modelo da Apple, o iPhone 12.

Uma menina de 3 anos viveu um episódio aterrorizante em um festival em Taiwan ao ser levada pelos ares depois de ficar enroscada nos fios de uma enorme pipa. A multidão desfrutava um dia ensolarado e o espetáculo aéreo na cidade costeira de Hsinchu quando começaram os gritos de pânico. Todos podiam ver a criança sendo levantada pelos ventos e não sabiam como resolver a situação ou se ela poderia cair.

Os vídeos mostram a menina girando várias vezes sobre a multidão, que acompanhava com impotência e desespero seu percurso para em caso de ela se desprender subitamente poder atenuar uma queda possivelmente fatal. Algumas pessoas, no entanto, estavam mais concentradas em captar os detalhes do inusitado incidente com seus celulares.

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De repente, os ventos, que pareciam não querer ceder, finalmente fizeram com que a cauda da pipa voltasse ao solo após cerca de 30 segundos que pareceram uma eternidade. Rapidamente, a menina foi resgatada por várias pessoas, que também impediram que a tela laranja da pipa não voltasse a levantar voo.

"Todo mundo estava morrendo de medo. É algo que realmente pode acontecer de repente. Qualquer pessoa com uma criança deve ser consciente", escreveram na página Viasblog, que compartilhou o vídeo do incidente.

A imprensa local disse que a menina passa bem, apesar do enorme susto. O prefeito da cidade de Hsinchu, Lin Chih-chien, publicou em seu perfil no Facebook que a menina sofreu alguns arranhões no rosto e no pescoço. Ele também pediu desculpas em nome da prefeitura a todos os envolvidos.

O tradicional festival de pipas de Hsinchu - popularmente conhecida como "cidade do vento" - foi suspenso e uma investigação foi aberta sobre o ocorrido. Fonte: Associated Press.

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A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, recebeu nesta segunda-feira (10) o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, que viajou à ilha para uma visita sem precedentes em mais de 40 anos, o que provocou um forte mal-estar na China.

Azar é o funcionário do governo americano de maior hierarquia a visitar Taiwan desde 1979, quando Washington rompeu as relações diplomáticas com Taipé para reconhecer o governo comunista estabelecido em Pequim como único representante da China.

A visita de três dias de Azar acontece em um momento de grande tensão entre Washington e Pequim, que divergem em vários temas, como a situação em Hong Kong, as questões comerciais ou as responsabilidades na pandemia do novo coronavírus.

Nesta segunda-feira, o secretário de Saúde se reuniu com Tsai, grande rival da China, que a acusa de buscar a independência formal da ilha de 23 milhões de habitantes.

"A reação de Taiwan à COVID-19 está entre as mais eficazes do mundo e isto reflete a natureza aberta, transparente, democrática da sociedade e da cultura de Taiwan", declarou Azar à presidenta taiwanesa durante o encontro.

- "Valores comuns" -

Tsai agradeceu o apoio dos Estados Unidos a seus esforços para que Taiwan seja admitido como observador na Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar da China ter conseguido excluir Taiwan da agência das Nações Unidas.

"As considerações políticas nunca deveriam estar acima dos direitos à saúde", declarou Tsai, que considerou "lamentável a recusa de Pequim a permitir a admissão de Taiwan na OMS.

A República Popular da China considera a ilha como uma província, apesar de Taiwan ser governada por um regime rival que se refugiou no território após a tomada de poder dos comunistas em Pequim em 1949, depois de sua vitória na guerra civil.

Taiwan não é reconhecido como um Estado independente pela ONU e Pequim ameaça recorrer à força no caso de uma declaração de independência de Taipé ou de uma intervenção estrangeira, especialmente da parte de Washington.

Há alguns dias, o governo chinês afirmou que a visita de Azar era uma ameaça para a "paz e a estabilidade".

O secretário americano rebateu as críticas nesta segunda-feira.

"A mensagem do governo dos Estados Unidos consiste em reafirmar a profunda associação que une os Estados Unidos e Taiwan nas áreas de segurança, comércio, saúde e nossos valores comuns, que são a democracia, a liberdade econômica e a liberdade ", declarou aos jornalistas antes do encontro com a presidente.

- Menos de 500 casos em Taiwan -

Azar já criticou a atitude da China ante uma pandemia que surgiu em seu território, assim como as ações da OMS. Uma postura que repetiu nesta segunda-feira.

"Taiwan soube desde o início que não deveria confiar nas afirmações procedentes de lá (Pequim) nem nas validações feitas pela Organização Mundial da Saúde", declarou.

Alex Azar também tem reuniões programadas com o ministro da Saúde, Chen Shih-chung, e com o ministro taiwanês das Relações Exteriores, Joseph Wu.

Apesar da proximidade geográfica e comercial com a China continental, onde a epidemia teve início, Taiwan registra menos de 500 casos de coronavírus e apenas sete mortes.

Os Estados Unidos lideram o ranking de países com mais vítimas fatais, com mais de 160.000.

Os críticos do presidente americano, Donald Trump, o acusam de endurecer o tom contra Pequim para desviar a atenção dos erros de seu governo no combate à COVID-19, a apenas três meses das eleições.

Douglas Paal, que dirigiu o Instituto Americano de Taiwan durante a presidência de George W. Bush, a administração Trump tem consciência dos riscos provocados pela questão de Taiwan, uma das mais sensíveis para o comando do Partido Comunista Chinês. Até o momento não ultrapassou a linha vermelha para Pequim: uma visita a Taipé de autoridades americanas responsáveis por questões de segurança nacional.

Altos funcionários da administração americana responsáveis pelo Comércio Exterior visitaram Pequim na década de 1990, mas, segundo Paal, a diferença era que as relações entre Pequim e Washington não eram tão tensas.

Se você está há mais de 100 dias de isolamento social sem parar de sonhar com aquela viagem que não tem previsão para acontecer, uma companhia aérea de Taiwan talvez tenha a solução. Um aeroporto do país permite que turistas saudosos recebam um itinerário falso em que é permitido fazer o check-in, passar pelo controle de segurança do passaporte e até embarcar na aeronave. Só não é permitido partir.

Desde a última quinta-feira (2), o aeroporto de Songshan, no centro de Taipei, começou a oferecer aos supostos viajantes a chance fingir uma viagem. Até o momento, a ação já conta com cerca de 7 mil inscritos que devem virar 60 quase-viajantes. Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente e as experiências de voo falsos ocorrerão nas próximas semanas.

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Para participar da "brincadeira" os passageiros recebem cartões de embarque e passam pela segurança e imigração antes de embarcar em um Airbus A330 da China Airlines. Dentro da aeronave comissários de bordo explicam os métodos de prevenção ao coronavírus. Apesar de ter sido fracamente afetado pela pandemia, por conta de medidas de prevenção precoces e eficazes, o país mantém suas fronteiras fechadas desde março e aconselhou seus cidadãos a não viajarem a menos que seja absolutamente necessário.

Livre da pandemia do novo coronavírus, Taiwan foi o único país do mundo a sediar paradas LGBTQIA+ neste ano. O evento foi realizado ontem (28 de junho), data em que se comemora o Dia do Orgulho LGBTQIA+. 

Centenas de pessoas desfilaram pela Praça da Liberdade em Taipei, com rostos pintados com a bandeira do arco-íris. 

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A drag queen francesa Cookie Drag estava presente e concedeu uma entrevista à Agência AFP. "Como o resto do mundo não pode marchar fisicamente, esta é a nossa oportunidade de marchar pelo mundo. Estou aqui representando LGBTs da França”, afirmou.

Muitos participantes carregavam cartazes com os nomes das principais cidades do mundo onde teriam desfilado se não tivessem sido impedidos pela pandemia, cuja tornou obrigatória a proibição de grandes reuniões.

Geralmente, em Taiwan, o Orgulho LGBTQIA+ é comemorado no segundo semestre do ano, porém, desta vez, a comunidade decidiu desfilar especificamente no dia 28, representando os outros lugares que não puderam fazer o mesmo.

Taiwan é o único país da Ásia onde o casamento LGBTQIA+ é legalizado.

A fabricação de bicicletas disparou em Taiwan, alimentada pela demanda global provocada pelo medo de contrair o coronavírus em ônibus e metrôs lotados na Europa, ou na América, ou ainda pela necessidade de atividades ao ar livre após semanas de confinamento.

A pandemia de coronavírus causou uma recessão histórica no país e no mundo, mas não para todos os setores da economia. Nos últimos meses, a Giant, a maior fabricante de bicicletas do mundo, não parou de funcionar, diz a CEO Bonnie Tu.

"Reagimos muito rapidamente", afirmou à AFP, na nova sede do grupo em Taichung (oeste). "Mobilizamos todo o grupo, especialmente as fábricas e os serviços de vendas (...) para responder à demanda", explicou.

Na Europa e na América do Norte, a demanda em lojas de bicicletas disparou. A Associação Britânica de Vendedores de Bicicletas ainda tem 20.000 pedidos pendentes, aguardando a chegada da mercadoria.

"Vi um pouco de tudo", disse no mês passado à AFP Lincoln Romain, diretor da Brixton Cycles em Londres. "Pessoas que vão trabalhar de bicicleta, novos ciclistas, pessoas que tiram sua bicicleta da garagem", apontou.

Nos Estados Unidos, as vendas de bicicletas de competição e daquelas para ir ao trabalho subiram 66% em março em comparação a março de 2019, de acordo com a consultoria The NPD Group.

As vendas de bicicletas de lazer aumentaram 121%, e as elétricas, 85%, disse o NPD Group. Bonni Tu indicou que, nos Estados Unidos e na Europa, a demanda aumentou especialmente nos modelos mais básicos, de mil dólares, ou menos.

As fábricas da Giant em Taiwan estão ativas, mas muitas de suas fábricas na China continental estão temporariamente fechadas, devido à epidemia. O grupo também tem dificuldades em encontrar peças de reposição.

- Renascimento -

Na Europa, a Giant planeja abrir uma fábrica na Hungria para reduzir sua dependência da China e também aproximar a produção de seus clientes.

A secretária-geral da Associação de Bicicletas de Taiwan, Gina Chang, observa que os fabricantes sofreram no primeiro trimestre com o cancelamento, ou o adiamento, de vários pedidos quando a pandemia começou a se espalhar. Desde então, as coisas começaram a melhorar.

"Os dois principais fabricantes têm pedidos até o final do ano", assegura. A pandemia marca um renascimento para os fabricantes de bicicletas de Taiwan.

A ilha era líder na década de 1990, antes de a China absorver, graças à sua mão-de-obra barata, a maior parte dessa produção. Agora, as coisas estão mudando, devido ao aumento da demanda por bicicletas elétricas na Europa, ou por modelos sofisticados.

No ano passado, Taiwan também se beneficiou da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Em 2019, Taiwan exportou US$ 1,36 bilhão em bicicletas (não elétricas), em comparação com US$ 1,5 bilhão em 2018.

Ao mesmo tempo, a ilha exportou US$ 863 milhões em bicicletas elétricas, contra US$ 377 milhões em 2018. A maior parte é destinada à Europa. Este ano, entre janeiro e abril, as exportações de bicicletas elétricas foram de US$ 301 milhões, 23% a mais em um ano.

A diretora da Giant espera que o sucesso da bicicleta sobreviva à crise da saúde. "De bicicleta, a gente toma ar. E você não pode circular muito perto dos outros, ou sofrerá um acidente", afirmou. "É um distanciamento natural", acrescentou.

A China condenou uma publicação dos Estados Unidos em uma rede social, apoiando a participação de Taiwan na ONU, enquanto a organização trabalha com seus 193 Estados-membros para combater a pandemia de coronavírus.

A missão diplomática de Pequim nas Nações Unidas expressou "forte indignação e oposição firme" a uma mensagem publicada pelo governo americano na sexta-feira, no Twitter. Nela, Washington classificou a exclusão de Taiwan como uma "afronta" aos princípios da organização.

Considerado por Pequim como uma província rebelde que aguarda a reunificação, o território autônomo foi visto como um modelo na luta contra o vírus. Menos de 500 casos foram detectados na ilha, apesar de sua proximidade com a China continental, onde o surto começou.

"Proibir #Taiwan de pôr os pés na ONU é uma afronta não apenas ao orgulhoso povo de Taiwan, mas também aos princípios da ONU", disse a missão dos EUA em sua mensagem, retuitada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Kelly Craft.

Em resposta, Pequim disse que "Taiwan é uma parte inalienável da China".

A conta do Twitter da missão dos EUA também compartilhou mensagens anteriores do Departamento de Estado on-line, pedindo que Taiwan seja incluída na próxima reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As relações entre ONU e Taiwan se tensionaram bem antes da pandemia, mas se deterioraram ainda mais nos últimos três meses. A situação ficou especialmente delicada, depois que os líderes da OMS foram acusados pelos Estados Unidos de estarem muito próximos de Pequim desde o início da pandemia.

Pesquisadores de Taiwan e da Austrália informaram ter detectado a primeira mutação significativa do novo coronavírus SARS-CoV-2. Mutação deixa o vírus mais frágil e é uma vitória para a humanidade.

Especialistas estudaram a estrutura genética do novo coronavírus pesquisando 106 variações registradas na base de dados em que estão compiladas leituras do seu código genético: 54 realizadas nos EUA, 35 na China, três na Espanha, duas no Brasil e uma na Austrália, Índia, Itália e demais países.

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Uma mutação significativa foi encontrada na estrutura genética do vírus que infectou um paciente na Índia, em 27 de janeiro. A mutação limita a capacidade do patógeno se conectar com receptores ACE2 nas células do paciente. Portanto, a mutação deixa o vírus mais frágil e menos perigoso para o ser humano.

Especialistas também compararam a estrutura genética do novo coronavírus e do SARS, vírus que também gera complicações respiratórias e que se difundiu principalmente entre os anos de 2002 e 2003.

A estrutura genética do novo coronavírus é muito mais consistente, estável e menos susceptível a mutações do que a do SARS, demonstrou o estudo publicado no site bioRxiv.

De acordo com os pesquisadores, isso seria uma boa notícia, uma vez que a vacina contra a COVID-19, uma vez desenvolvida, poderá ser bastante eficaz.

"A relativa estabilidade do genoma do SARS-CoV-2 é um bom indicador para a luta contra a epidemia, uma vez que quanto menos mutações, maior a possibilidade de desenvolvermos rapidamente uma vacina", escreveram os pesquisadores.

Eles notaram que a mutação detectada no novo coronavírus é menos perigosa e os genes que codificam a proteína da espiga do vírus, que permitem sua ligação a células saudáveis do corpo do paciente, permaneceram os mesmos. Essas são justamente as proteínas nas quais a vacina deverá agir.

O novo coronavírus está incluído na categoria de patógenos que sofrem mutações de forma acelerada durante sua propagação. Isso seria um fator que agravaria a capacidade da ciência desenvolver rapidamente vacinas contra o vírus. A gripe sazonal, que sofre mutações praticamente a cada ano, é um exemplo desta categoria de vírus.

"Como o [novo coronavírus] ainda está se propagando mundialmente e, portanto, se acumulam cada vez mais informações genéticas, ainda precisamos acompanhar com atenção a dinâmica de sua evolução e mutação", notaram os autores.

"Nós descobrimos que o SARS-CoV-2 tem relativamente baixo ritmo de mutações, mas também detectamos que ele é capaz de mutar", pondera o texto.

A pandemia causada pelo novo coronavírus já atingiu quase 2 milhões e 500 mil pessoas mundialmente e fez 166.205 vítimas fatais. O Brasil é o 11º país mais afetado pela COVID-19, de acordo com os dados da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Da Sputnik Brasil

A imprensa estatal chinesa acusou, neste domingo (12), a presidente de Taiwan, que foi reeleita no dia anterior por uma grande maioria para um segundo mandato, de "trapacear" e tentou desacreditar sua vitória, vista com desprezo por Pequim.

Tsai Ing-wen, que fez campanha contra o autoritarismo de Pequim, venceu a eleição presidencial de Taiwan no sábado (11) com 57,1% dos votos, apesar da campanha de intimidação econômica e diplomática do poder comunista para isolar a ilha.

"Taiwan mostrou ao mundo o quanto amamos nosso modo de vida livre e democrático e nossa nação", disse Tsai à imprensa quando anunciou sua vitória.

Os meios de comunicação em Pequim, estritamente controlados pelo governo comunista, relativizaram, porém, o impacto desta vitória e questionaram sua legitimidade.

"Obviamente, essa não é uma eleição normal", comentou em um editorial em inglês a agência oficial Xinhua.

Tsai e o Partido Democrata Progressista (PDP) recorreram a "táticas sujas como trapaça, repressão e intimidação para obter votos", escreveu a agência sem fornecer explicações para as suas acusações.

Um outro editorial da Xinhua, publicado em chinês, acusou Tsai Ing-wen de ter comprado votos e disse que "forças obscuras externas" eram parcialmente responsáveis pelos resultados das eleições.

A vitória de Tsai Ing-wen, que obteve 8,1 milhões de votos, mais do que nas eleições presidenciais de 2016, foi "apenas um golpe de sorte", considerou a Xinhua.

Taiwan, uma ilha com cerca de 23 milhões de pessoas, está politicamente separada da China há sete décadas.

No entanto, é considerada um país independente apenas por algumas capitais, cujo número diminuiu nos últimos anos.

A China considera Taiwan uma de suas províncias e prometeu um dia recuperar seu controle, à força, se necessário.

As tensões são altas entre as duas margens do Estreito de Taiwan, porque Tsai se recusa a reconhecer o princípio da unidade de Taiwan e da China dentro do mesmo país - como reivindicado pelo poder comunista.

Para o Global Times, jornal chinês de tom nacionalista, essas tensões são "orquestradas" por Tsai Ing-wen e seu partido "para despertar o medo entre os taiwaneses em relação à China continental".

Desde que Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016, Pequim lançou uma campanha de intimidação econômica e diplomática contra Taiwan, na expectativa que isso levasse os eleitores a apoiar um candidato mais favorável ao poder de Pequim - sem sucesso.

A diplomacia chinesa, por sua vez, emitiu neste domingo uma declaração concisa sobre a reeleição de Tsai Ing-wen.

"Aconteça o que acontecer (...) os fatos são imutáveis: existe apenas uma China no mundo e Taiwan faz parte da China", disse Geng Shuang, porta-voz do ministério das Relações Exteriores.

"A posição do governo não vai mudar", acrescentou Geng.

A atual presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que fez campanha contra o autoritarismo de Pequim, foi reeleita neste sábado para um novo mandato, apesar da campanha de intimidação econômica e diplomática do poder comunista para isolar a ilha.

"Taiwan mostrou ao mundo o quanto amamos nosso modo de vida livre e democrático e nossa nação", disse Tsai à imprensa quando anunciou sua vitória.

A China considera Taiwan uma de suas províncias e prometeu um dia recuperar o controle, à força, se necessário.

"Espero que as autoridades de Pequim entendam que Taiwan é um país democrático, e que nosso governo democraticamente eleito não ceda a ameaças e intimidações", acrescentou Tsai Ing-wen.

Taiwan, uma ilha com cerca de 23 milhões de pessoas, está politicamente separada da China há sete décadas.

No entanto, é considerada um país independente apenas por algumas capitais, cujo número diminuiu nos últimos anos.

No sábado, 19 milhões de eleitores foram convocados a decidir entre duas visões divergentes do futuro do território e suas relações com Pequim, seu maior parceiro comercial.

A presidente Tsai Ing-wen, que se apresenta como garantidora dos valores democráticos contra o poder comunista considerado autoritário do presidente chinês Xi Jinping, foi reeleita com 57,1% dos votos.

Ela obteve 8,1 milhões de votos - 1,3 milhão a mais do que nas eleições anteriores de 2016.

"A vitória de Tsai Ing-wen é um tapa na cara de Pequim porque os taiwaneses não cederam à intimidação", disse à AFP o analista político Hung Chin-fu, da Universidade Nacional Cheng Kung em Taiwan.

- Endurecimento -

Desde a chegada de Tsai Ing-wen ao poder, Pequim cortou as comunicações oficiais com a ilha, intensificou seus exercícios militares, endureceu as pressões econômicas e arrancou de Taiwan sete de seus aliados diplomáticos.

As tensões são altas entre os dois lados do Estreito de Taiwan porque Tsai se recusa a reconhecer o princípio da unidade de Taiwan e China dentro do mesmo país - como reivindicado pelo poder comunista.

Pequim não reagiu imediatamente aos resultados das eleições presidenciais de Taiwan.

"Mas, obviamente, não está feliz", observa Joshua Eisenman, analista político da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos.

"Continuarão firmes em relação a Tsai Ing-wen ou optarão por uma abordagem mais flexível... essa é a grande questão", enfatiza.

Até agora, as pressões de Pequim sobre a administração de Tsai Ing-wen têm sido "relativamente fracas", disse Jonathan Sullivan, especialista chinês da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.

Mas a vitória de Tsai pode mudar a atitude de Pequim.

Ataques cibernéticos, investimentos na mídia da ilha para obter uma imagem mais favorável e até demonstrações de força militar não podem ser descartadas, afirma Sullivan.

Já no final de dezembro, Pequim enviou o "Shandong", seu primeiro porta-aviões de design 100% chinês, ao Estreito de Taiwan.

Nessa disputa presidencial, Tsai se opôs a Han Kuo-yu, que defendia o aquecimento das relações com Pequim.

Han, que admitiu a derrota (38,6% dos votos), disse a uma multidão de eleitores em sua cidade de Kaohsiung, no sul de Taiwan, que ligou para a presidente Tsai para parabenizá-la.

Washington foi uma das primeiras capitais a estender seus parabéns à líder de Taiwan.

"Os Estados Unidos felicitam Tsai Ing-wen por sua reeleição presidencial em Taiwan", disse o ministro das Relações Exteriores Mike Pompeo em comunicado.

"Sob sua liderança, esperamos que Taiwan continue a servir como um exemplo brilhante para os países que lutam pela democracia", disse o secretário de Estado americano.

Washington rompeu laços diplomáticos com Taipé em 1979, reconhecendo Pequim como o único representante da China.

Os Estados Unidos, no entanto, continuam sendo seu aliado mais poderoso e principal fornecedor de armas.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, proclamou sua vitória neste sábado nas eleições presidenciais realizadas nesta ilha de 23 milhões de habitantes e isso será crucial para o futuro de suas relações com a China.

"Taiwan está mostrando ao mundo o quanto apreciamos o estilo de vida livre e democrático de nossa nação", disse a líder aos repórteres.

Seu principal adversário, Han Kuo-yu, aceitou sua derrota e ligou para a atual presidente para parabenizá-la.

A rede de televisão SET TV atribui a Tsai 57,7% dos votos e Han Kuo-yu, 56,7%, depois da apuração de 10 milhões de votos.

Os dois candidatos têm opiniões divergentes sobre o futuro da ilha e suas relações com Pequim, o principal parceiro comercial.

Tsai se distanciou do autoritarismo chinês e disse estar confiante em sua vitória para tornar a "democracia de Taiwan mais forte".

Taiwan, que tem sua própria moeda, bandeira, exército, diplomacia e governo, está de fato politicamente separada da China há 70 anos.

O comandante do Estado-Maior de Taiwan morreu em um acidente helicóptero nesta quinta-feira, anunciou o ministério da Defesa, poucos dias antes das eleições presidenciais.

Shen Yi-ming faleceu ao lado de outros sete militares (incluindo três generais) quando o helicóptero Black Hawk caiu em uma área de montanhas próxima de Taipé.

O acidente aconteceu no momento em que o general, de 62 anos, e os demais militares estavam em uma missão de rotina para visitar soldados no distrito de Yilan.

O helicóptero transportava 13 pessoas e desapareceu do radar menos de 15 minutos depois da decolagem, informou o comandante da Força Aérea, Hsiung Hou-chi.

"Cinco sobreviveram e oito colegas a bordo faleceram. Estamos profundamente tristes e enviamos nossas condolências às famílias", disse.

O gabinete da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, anunciou a suspensão de todas as atividades eleitorais durante três dias. O Partido Progressista Democrático, no poder, também suspenderá a campanha por 72 horas.

Tsai aspira a reeleição na votação de 11 de janeiro, que também definirá um novo Parlamento. Seu principal rival é Han Kuo-yu, do partido Kuomintang (KMT) e prefeito da cidade de Kaohsiung.

Nos últimos anos foram registrados vários incidentes com helicópteros Black Hawk, comprados dos Estados Unidos.

Em 2018, um aparelho da agência de resgate do governo caiu durante uma missão médica perto da Ilha das Orquídeas e seis pessoas morreram na tragédia.

Em 2016 e 2018 aconteceram dois acidentes, que não provocaram vítimas.

Um usuário do aplicativo Google Maps encontrou no serviço a foto de um casal em um momento muito comprometedor, captada em uma estrada na floresta, em Taiwan.

Muito provavelmente, o usuário estava dando uma checada no caminho pela floresta, e não esperava encontrar a cena comprometedora para o casal.

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"Dei uma olhada no Google em busca de animais e inesperadamente encontrei essa maravilhosa vista. Google Maps é a maior invenção de todos os tempos, é maior do que Deus", comentou o usuário a descoberta desnuda.

O casal, que estava aparentemente nu e se abraçando, está se apoiando em um carro branco ao lado de uma rodovia de Shantian, em Taiwan. A localização entrou para a lista de locais mais buscados na região depois do bafafá da foto do casal.

Não está claro de quando é a imagem, já que o Google Maps leva anos buscando e eliminando fotos comprometedoras.

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Da Sputnik Brasil

Imagina poder dividir com mais três pessoas um doce que é seis vezes o tamanho da receita comum. Isso é possível na Bakery Itiriki, uma das padarias mais visitadas do bairro da Liberdade, na capital paulista, e que inova seu cardápio com a opção de doces gigantes. Com diferentes produtos de confeitaria e panificação, a padaria desperta a curiosidade dos clientes ao representar a culinária da República de Taiwan.

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O folhado de Red Velvet é um dos destaques do cardápio da padaria e confeitaria | Foto: Divulgação

De acordo com a proprietária, a taiwanesa Memi Guo, 68 anos, as receitas dos doces grandes do estabelecimento foram inspiradas nos sabores dos produtos de menor tamanho que os clientes provavam e queriam repetir. "Nossos produtos são menos doces e com menos gordura, fizemos uma coisa pequena e o pessoal achou tão gostoso e queria repetir aí decidimos fazer os doces maiores", declara. Além do tamanho e do sabor, Memi diverte-se com o interesse da imprensa em divulgar a padaria. "Nunca vi tanto sucesso. A audiência subiu demais depois das reportagens", brinca a empresária, que já foi pauta de veículos como Veja e Record TV.

Chou de La Creme é o doce mais vendido da Bakery Itiriki | Foto: Divulgação

Mas os doces grandes não são os únicos responsáveis pelo sucesso da Bakery Itiriki. Segundo Dona Memi, além dos clientes terem o direito de servirem-se, os preços merecem notoriedade, pois são o oposto do tamanho dos produtos. "Agora que o pessoal está descobrindo e dizendo 'nossa, que coisa barata para se comer em duas ou três pessoas'. Então faz quatro anos que não aumentamos o preço de nada", ressalta.

Ainda de acordo com a proprietária, todos os produtos têm boa saída, mas sempre há o mais pedido. "O mais vendido é o Chou a La Creme, que custa R$ 17,90. Mas tem o Massa Folhada, o Coração de Brigadeiro do tamanho de um coração grande, são 12 tipos de doces", afirma.

Para quem quiser saborear as delícias gigantes da Bakery Itikiri, o estabelecimento funciona todos os dias, das 8h às 19h, na Rua dos Estudantes, 24, no bairro da Liberdade. Mais informações: www.bakeryitiriki.com.

A China anunciou, nesta quarta-feira (31), que suspenderá a partir de 1º de agosto a entrega de permissões de viagem para turistas chineses que desejem visitar Taiwan, o que poderia afetar gravemente a economia da ilha.

O ministro chinês da Cultura e Turismo indicou que a medida foi tomada "devido às relações atuais entre as duas margens".

As tensões aumentaram com a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen, que desde que chegou ao poder em 2016 se recusa a reconhecer o princípio da unidade da ilha e do continente dentro de uma única China, como exige Pequim.

A China considera Taiwan como uma das suas províncias. O território é liderado por um regime rival que se refugiou nesta ilha após a chegada dos comunistas ao continente em 1949, no final da guerra civil chinesa.

Partidários e opositores da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se enfrentaram nesta sexta-feira (12) em Nova York, durante uma visita de dois dias da governante aos Estados Unidos, sob protestos da China.

Os distúrbios aconteceram diante do Grand Hyatt, onde a presidente taiwanesa está hospedada. Os opositores de Tsai, com bandeiras da China, enfrentaram os simpatizantes da presidente taiwanesa.

Tsai está em Nova York antes de uma viagem diplomática por países aliados no Caribe. Taiwan tem um governo que se refugiou na ilha depois que os comunistas assumiram o poder na China em 1949, ao final da guerra civil.

A China considera como parte de seu território a ilha de Taiwan, que não é reconhecida como um Estado independente pela ONU. Pequim ameaça recorrer à força caso Taipé proclame formalmente a independência.

A maioria dos países do mundo não reconhece o governo de Taipé, incluindo os Estados Unidos. Washington reconheceu a China em 1979 e rompeu relações com Taiwan.

Estados Unidos, no entanto, permanecem como o principal fornecedor de armas de Taiwan.

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