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A procuradora da República Cristina Nascimento de Melo, do Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis, deve acompanhar na manhã desta sexta-feira (20) o trabalho dos peritos no avião que caiu ontem em Paraty, no estado do Rio. No acidente morreram o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e mais quatro pessoas.

A procuradora determinou nessa quinta-feira a abertura de um inquérito no MPF para apurar as causas da queda do avião. A Polícia Federal também investiga o caso.

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O avião caiu à tarde, quando se dirigia a Paraty, depois de ter decolado de São Paulo. O Corpo de Bombeiros já retirou três dos cinco corpos de dentro da aeronave e os encaminhou ao Instituto Médico-Legal de Angra dos Reis, município vizinho a Paraty. Entre eles está o de Teori Zavascki.

Além da relatoria dos inquéritos correspondentes à Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo nessa quinta-feira (19), também era responsável pela investigação de uma possível participação do governador de Pernambuco, Paulo Câmara; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB, em irregularidades na construção da Arena de Pernambuco

A relatoria da ação, oriunda da Operação Flair Play deflagrada pela Polícia Federal em 2015, foi divulgada por uma reportagem da revista IstoÉ, em novembro. Na época, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou que Zavascki mantivesse um único inquérito para investigar os quatro políticos pernambucanos. 

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Há suspeitas de superfaturamento de ao menos R$ 42 milhões nas obras da Arena. Um documento que a revista teve acesso na ocasião apontava que Janot declarava ter encontrado “indícios de irregularidades na atuação de dois núcleos, um econômico, formado por Andrade Gutierrez e Odebrecht, além de outras empresas; e um político, composto pelos então integrantes do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado de Pernambuco”. Todos os políticos citados pela investigação negaram o envolvimento em irregularidades.

Assim como os processos da Lava Jato, tais inquéritos devem ser repassados para o substituto do ministro ou redistribuído por sorteio. A decisão deve ser tomada pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.  

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O corpo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros na madrugada desta sexta-feira (20). O ministro estava no avião bimotor que caiu no litoral de Paraty, no sul do Rio de Janeiro, na tarde dessa quinta (19). Além dele, a assessoria de imprensa dos bombeiros confirmou também a retirada dos corpos de outro homem e de uma mulher.

Os três corpos foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal de Angra dos Reis. Os trabalhos, que foram interrompidos à 1h40 da madrugada, já foram retomados às 5h30. Duas vítimas ainda continuam dentro da aeronave. 

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Segundo a Polícia Civil, uma equipe de peritos criminais do Instituto de Criminalística Carlos Éboli e de papiloscopistas do Instituto de Identificação Felix Pacheco fazem a perícia e ajudam na identificação dos corpos. A investigação do acidente aéreo está a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) da Aeronáutica. A Polícia Federal também instaurou um inquérito para purar as causas do acidente. 

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Após a confirmação da morte do ministro Teori Zavascki em um acidente aéreo na tarde desta quinta-feira (19), o ex-governador Eduardo Campos apareceu no trending topics mundiais do Twitter. Campos também morreu em um acidente aéreo, no dia 13 de agosto de 2014.

O ministro Teori lidera os trending topics mundiais. Assim como a morte de Eduardo Campos foi à época, a de Zavascki também tem sido alvo de especulações e teorias da conspiração. Ele era o relator da Operação Lava Jato.

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“Desculpa, mas não engulo a morte de Eduardo Campos, assim como essa queda do avião com o ministro Teori Zavascki”, disse uma usuária do microblog. “Celso Daniel, Eduardo Campos e agora Teori Zavascki. Quem será o próximo da queima de arquivo?”, questionou outro internauta. 

Os termos “Lava Jato” e “Plantão da Globo” também aparecem na lista.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki morreu nesta quinta-feira (19), aos 68 anos, em um acidente aéreo. Ele já era viúvo e deixa três filhos. Membro do STF desde 2012, Teori foi o ministro responsável pelas investigações da Operação Lava Jato na Corte, tratando dos processos dos investigados com foro privilegiado. A morte de Teori foi confirmada pelo filho do magistrado Francisco Zavascki, em uma rede social.

Teori foi nomeado para o Supremo pela então presidenta Dilma Rousseff para ocupar a vaga de Cezar Peluso, que se aposentou após atingir a idade limite para o cargo, de 70 anos. Ontem, ele tinha interrompido o recesso para determinar as primeiras diligências nas petições que tratam da homologação dos acordos de delação de executivos da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato.

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Teori Zavascki nasceu em 1948 na cidade de Faxinal dos Guedes (SC), e é descendente de poloneses e italianos. Aprovado em concurso de juiz federal para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em 1979, ele foi nomeado, mas não tomou posse. Advogado do Banco Central de 1976 até 1989, chegou à magistratura quando foi indicado para a vaga destinada à advocacia no TRF4, onde trabalhou entre 2001 e 2003. De 2003 a 2012, Zavascki foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Respeitado nas áreas administrativa e tributária, Zavascki também era considerado minucioso em questões processuais. “Espero que todos os bons momentos apaguem minha fama de apontador ou cobrador das pequenas coisas”, brincou, ao se despedir da Primeira Turma do STJ, antes de ir para o STF. O ministro declarou em diversas ocasiões ser favorável ao ativismo do Judiciário quando o Legislativo deixa lacunas.

Atuação na Lava Jato

Ao longo de sua atuação como relator da Lava jato no STF, Zavascki classificou como "lamentável" os vazamentos de termos das delações de executivos da Odebrecht antes do envio ao Supremo pela Procuradoria Geral da República (PGR).

Entre suas decisões relativas à operação estão a determinação do arquivamento de um inquérito contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) , a transferência da investigação contra o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para Sérgio Moro e a anulação da gravação de uma conversa telefônica entre Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff.  Além disso, Teori negou um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que investigações contra ele, que estão nas mãos do juiz Sérgio Moro, fossem suspensas e remetidas ao Supremo.

Sobre as críticas recorrentes de demora da Corte em analisar processos penais, Teori disse que "seu trabalho estava em dia". No fim do ano passado, Zavascki disse que trabalharia durante o recesso da Corte para analisar os 77 depoimentos de delação premiada de executivos da empreiteira Odebrecht que chegaram em dezembro ao tribunal.

Durante seu trabalho na Lava Jato, chegou a criticar a imprensa. Ele disse que decisões sem o glamour da Lava Jato, operação na qual ele foi relator dos processos na Corte, muitas vezes mereceram pouca atenção da mídia. Ele também relativizou os benefícios do foro privilegiado, norma pela qual políticos e agentes públicos só podem ser julgados por determina Corte.

"A vantagem de ser julgado pelo Supremo é relativa. Ser julgado pelo Supremo significa ser julgado por instância única", afirmou o ministro, acrescentando que processos em primeira instância permitem recursos à segunda instância e ao STJ, além do próprio Supremo. "Não acho que essa prerrogativa tenha todos esses benefícios ou malefícios que dizem ter", comentou Zavascki.

Certa vez, ao participar de uma palestra na Associação dos Advogados de São Paulo (AASP) ele disse que achava “lamentável” que as pessoas que obedecem as leis são, algumas vezes, taxadas pejorativamente no Brasil. "Em muitos casos, as pessoas têm vergonha em aplicar a lei. Acho isso uma coisa um pouco lamentável, para não dizer muito lamentável", afirmou o ministro.

Voltou a circular nas redes sociais uma publicação no Facebook do filho do ministro do STF Teori Zavascki, Francisco Prehn Zavascki, em que ele dizia que o pai e a família estavam sofrendo ameaças. Teori morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente aéreo em Paraty.

“É óbvio que há movimentos dos mais variados tipos para frear a Lava Jato. Penso que é até infantil que não há, isto é, que criminosos do pior tipo (conforme MPF afirma) simplesmente resolveram se submeter à lei! Acredito que a Lei e as instituições vão vencer. Porém, alerto: se algo acontecer com alguém da minha família, vocês já sabem onde procurar...!Fica o recado!”, escreveu Francisco em maio de 2016. O ministro é relator da Operação Lava Jato.

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Na época, o ministro chegou a confirmar que estava recebendo ameaças. Ele, entretanto, as classificou como “nada sério”. 

Outra lembrança trazida pelos internautas foi a gravação do senador Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. No áudio, Machado sugere buscar alguém que tenha ligação com Zavascki, mas Jucá ressalta que o ministro do STF é uma pessoa fechada, colocado pela ex-presidente Dilma Rousseff. 

Substituto – O regimento interno do STF aponta que um ministro deva assumir a relatoria pelo qual o ausente era responsável até que o presidente da República escolha um novo nome. Portanto, o processo da Lava Jato deve ser assumido por alguém indicado por Michel Temer

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a informação de que o nome do ministro Teori Zavascki estava na lista de passageiros de um jatinho que caiu, na tarde de hoje (19), em Paraty (RJ), com quatro pessoas a bordo. Segundo o Corpo de Bombeiros, há três mortos, mas ainda não foram divulgados os nomes das vítimas. A aeronave ia de São Paulo para Paraty (RJ).

De acordo com assessores da Corte, o presidente Michel Temer e a presidente do STF, Cármen Lúcia, foram informados e acompanham os trabalhos das equipes de resgate, mas não se pronunciarão até a confirmação oficial sobre o acidente. Teori é o ministro relator das ações da Operação Lava Jato no Supremo.

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O avião bimotor modelo King Air caiu na região da Costa Verde fluminense, em Paraty. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a aeronave decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, com quatro pessoas a bordo. A aeronave é pertencente à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras.

O Corpo de Bombeiros informou que o avião caiu no mar, próximo à Ilha Rasa, e está parcialmente submerso. Além dos bombeiros da cidade, homens do quartel de buscas e salvamento da Barra da Tijuca, no Rio, se deslocam para o local para auxiliar nas buscas. Os bombeiros não informaram se há sobreviventes. Na hora do acidente, chovia forte em Paraty e a região estava em estágio de atenção.

Através do facebook, o filho de Teori, Francisco Zavascki, publicou uma mensagem na qual confirma a presença do pai no acidente. "Amigos, infelizmente, o pai estava no avião que caiu! Por favor, rezem por im milagre!", diz o texto. 

Com informações da Agência Brasil

 

Depois que o ministro Teori Zavascki,do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a denúncia contra Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Senado disse que os fatos serão esclarecidos e a inocência dele será provada.

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Em discurso no plenário, ele disse que sempre esteve à disposição da Justiça para esclarecimentos e colaboração com as investigações. "[Estou] há nove anos sob devassa intensa e sob investigação. Há nove anos que os meus sigilos foram todos entregues à Procuradoria-Geral da República, à Receita Federal e à Polícia Federal", frisou.

Janot acusa o peemedebista de receber R$ 800 mil em propinas por meio de doações eleitorais de uma empreiteira ao PMDB registradas durante as eleições de 2010, quando ele disputou o cargo de senador por Alagoas. "Eu não temo absolutamente nada. A minha vida foi devassada e continua sendo devassada. Eu não tenho nenhum problema na minha vida pública nem na minha vida pessoal, nenhum problema", destacou.

O senador voltou a criticar a atuação do Ministério Público na condução da operação Lava Jato. "Contra o Congresso Nacional pediram tudo, tudo, absolutamente tudo. Quiseram tudo, desde a invasão do Congresso, passando pela prisão da Polícia Legislativa até o pedido de prisão do Presidente do Congresso Nacional, porque estaria obstruindo a Operação Lava Jato".

Ele citou ainda que a Casa rejeitou três indicações para o Conselho Nacional do MP de procuradores que hoje atuam na Lava Jato. "Como todos sabem, este Senado Federal, por motivos diferentes, rejeitou três nomes de ilustres membros do Ministério Público na Operação Lava Jato: Nicolao Dino, Vladimir Aras e Wellington Saraiva", lembrou. "Então, cada decisão que eles pedem contra senador, cada constrangimento, cada busca e apreensão que fazem com a cobertura da imprensa, isso precisa ser melhor observado, porque, de fato em fato, de abuso em abuso como esses, eles estão construindo uma névoa no País que não fará bem à nossa democracia".

Renan também comentou a denúncia, aceita recentemente pelo STF, em que ele é acusado de peculato, pela utilização irregular de verba indenizatória. Inicialmente, ele era acusado de três crimes, mas dois foram rejeitados. "A denúncia é [pelo pagamento] de serviço de uma locadora que não existia. Nós provamos não só que a empresa existia e que prestou os serviços como que existe ainda hoje. Remetemos todas as certidões".

Alvos de um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre supostas irregularidades na construção da Arena de Pernambuco, segundo informações publicadas pela Revista IstoÉ, o governador Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB, divulgaram uma nota, nesta terça-feira (22), negando a acusação de superfaturamento na obra. 

De acordo com uma matéria publicada nesta terça (22), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou que o STF mantenha as investigações contra os políticos e mais o senador Fernando Bezerra Coelho. No parecer, Janot pontua “indícios de irregularidades na atuação de dois núcleos, um econômico, formado por Andrade Gutierrez e Odebrecht, além de outras empresas; e um político, composto pelos então integrantes do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado de Pernambuco”. 

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Na nota conjunta encaminhada à imprensa, os pessebistas dizem que “não houve superfaturamento” e nem o benefício de empresas específicas. “A licitação para a construção da Arena, ocorrida em 2009, observou todos os requisitos, prazos e exigências da Lei de Concessões e da Lei das Parcerias Público-Privadas, que preveem a possibilidade de o autor do projeto participar da licitação, não decorrendo desse fato qualquer irregularidade, fraude ou frustração do caráter competitivo da disputa”, diz o texto.  

Além disso, eles também pontuam que o empreendimento foi o mais barato “entre as arenas construídas no Brasil, levando em conta a capacidade instalada”. O documento ainda ressalta a reincidência do contrato com a Odebrecht com a justificativa de que as “receitas estimadas não se confirmaram” e pontua a realização de uma análise feita previamente pela Fundação Getúlio Vargas para a rescisão dos termos.

O Portal LeiaJá também procurou o senador Fernando Bezerra Coelho, por meio da assessoria ele informou que encaminharia uma nota, mas até o fechamento desta matéria o documento não foi recebido. 

Veja a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o deputado federal Tadeu Alencar, como ex-integrantes do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado de Pernambuco (CGPE), vêm a público prestar os esclarecimentos abaixo, diante da reportagem publicada na edição online da revista Istoé:

1 – A licitação para a construção da Arena, ocorrida em 2009, observou todos os requisitos, prazos e exigências da Lei de Concessões e da Lei das Parcerias Público-Privadas, que preveem a possibilidade de o autor do projeto participar da licitação, não decorrendo desse fato qualquer irregularidade, fraude ou frustração do caráter competitivo da disputa;

2- A Arena Pernambuco foi entregue em junho de 2013 e custou R$ 479.000.000,00 (base maio de 2009), tendo apenas 75% da sua construção sido financiada pelo BNDES e sendo a mais barata entre as arenas construídas no Brasil, levando em conta a capacidade instalada. O restante do valor do contrato deveria ser pago durante a exploração do Estádio (contraprestação para a operação da Arena);

3 – Não houve superfaturamento. O percentual do terreno da Cidade da Copa foi validado pela Fundação Getúlio Vargas, não tendo sido questionado pelo Tribunal de Contas da União e do Estado. O terreno não foi entregue à Concessionária, continuando no patrimônio do Estado de Pernambuco;

4 – Considerando que as receitas estimadas não se confirmaram, o contrato de concessão foi rescindido, tendo os parâmetros utilizados na rescisão sido aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado, por meio de formalização de Termo de Ajuste de Gestão (TAG);

5 – Importante destacar que o contrato de concessão foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), na decisão de número 0101011/2011, tendo sido igualmente analisado, sem objeções, pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e BNDES;

6 - A análise encomendada pelo Governo do Estado de Pernambuco à Fundação Getúlio Vargas está disponível no Portal da Transparência no  www.transparencia.pe.gov.br .

Como têm feito todas as vezes que é provocado, o Governo do Estado de Pernambuco e os ex-integrantes do CGPE, enquanto ocupantes de funções públicas, estarão à disposição para prestar todas as informações necessárias sobre a construção da Arena Pernambuco.

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um inquérito para investigar a participação do governador Paulo Câmara (PSB) e mais três políticos em irregularidades Arena de Pernambuco, construída pela Odebrecht. A informação é da Revista IstoÉ. De acordo com o periódico, também integram a lista de investigados, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB. 

Segundo a revista, um despacho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, do último dia 3, solicita que o ministro do STF, Teori Zavascki, mantenha um único inquérito para investigar os quatro políticos pernambucanos e desmembre para a primeira instância uma ação visando apurar o envolvimento de empresários ligados a empreiteira e a Andrade Gutierrez. Teori ainda não se manifestou sobre o parecer de Janot. A ação, segundo a revista, é oriunda da Operação Flair play, deflagrada pela Polícia Federal no ano passado. 

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De acordo com o documento que a IstoÉ teve acesso, Janot pontua “indícios de irregularidades na atuação de dois núcleos, um econômico, formado por Andrade Gutierrez e Odebrecht, além de outras empresas; e um político, composto pelos então integrantes do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado de Pernambuco”; e destaca a colaboração dos atores políticos para a efetivação do contrato.  

Janot também cita o relatório da PF que aponta suspeitas de pagamentos feitos a esses políticos via doações oficiais da Odebrecht e da empresa Projetec, responsável pela auditoria da execução do contrato da arena. Paulo Câmara recebeu R$ 200 mil da Odebrecht para sua campanha a governador em 2014; Bezerra R$ 50 mil da Odebrecht e R$ 50 mil da Projetec; enquanto Tadeu Alencar, R$ 30 mil de cada uma delas.

No seu despacho, Janot ainda determina que a PF realize uma nova perícia contábil para apurar o dano ao erário proveniente dos contratos e o depoimento de mais quatro colaboradores, sendo dois da Odebrecht (Maria Lúcia Tavares e Angela Palmeira Ferreira) e dois da Andrade Gutierrez (Clóvis Primo e Rogério Nora de Sá). Há suspeitas de superfaturamento de ao menos R$ 42 milhões nas obras da Arena. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, disse nesta segunda-feira, 24, que "lamentavelmente" as pessoas que obedecem as leis são, algumas vezes, taxadas pejorativamente no Brasil. "Em muitos casos, as pessoas têm vergonha em aplicar a lei. Acho isso uma coisa um pouco lamentável, para não dizer muito lamentável", afirmou o ministro em palestra na Associação dos Advogados de São Paulo (AASP). Ele disse que decisões sem o glamour da Lava Jato, operação na qual ele é relator dos processos na Corte, muitas vezes mereceram pouca atenção da mídia.

"Essa ideia de que somos um povo muito alegre e sempre damos um jeitinho nas coisas - isso, no fundo, facilita a desobediência e desautoriza o sistema", comentou Zavascki, acrescentando que o padrão civilizatório de uma sociedade se mede pela capacidade de observar as normas naturalmente.

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Foro privilegiado

Embora veja no dispositivo excessos que precisam ser corrigidos por legisladores, Zavascki relativizou os benefícios do foro privilegiado, norma pela qual certos políticos e agentes públicos só podem ser julgados por determina Corte.

"A vantagem de ser julgado pelo Supremo é relativa. Ser julgado pelo Supremo significa ser julgado por instância única", afirmou o ministro, acrescentando que processos em primeira instância permitem recursos à segunda instância e ao Superior Tribunal de Justiça, além do próprio Supremo.

"Não acho que essa prerrogativa tenha todos esses benefícios ou malefícios que dizem ter", comentou Zavascki.

Durante o debate, o ministro também criticou o excesso de recursos que gera acúmulo de processos à espera de julgamento no STF. "Vamos completar um século de acúmulo de processos no Supremo", disse. "Precisaríamos de uns 200 ministros do Supremo", acrescentou.

Zavascki reconheceu ter desistido de pensar em uma solução para o problema que tira velocidade do Judiciário e defendeu uma redução na "competência enorme" do Supremo. Uma saída, disse, poderia ser o aumento de honorários cobrados a cada nova fase do processo, mas ponderou que a Justiça gratuita seria um obstáculo a essa solução. "No Brasil, basta dizer que não se pode pagar que fica livre (dos gastos com honorários)."

Cármen Lúcia

Aguardada no debate promovido nesta tarde pela associação dos advogados, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, não compareceu ao evento por conta, segundo a organização, de "compromissos institucionais".

A Polícia Federal (PF) comprovou que o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) pediu propina ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para financiar a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à reeleição em 2010. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo jornal Estado de São Paulo. O repasse foi de R$ 20 milhões, como relata Costa em delação premiada à Lava Jato. 

Segundo a reportagem, o inquérito já foi concluído e encaminhado ao ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, a PF diz que “restou demonstrado que Bezerra participou ativa e substancialmente na solicitação de propina às empresas envolvidas e também se beneficiou de uma parte do montante ilícito.” No inquérito, o socialista é acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Os investigadores classificaram o senador como “braço direito” de Eduardo Campos. Na época, o parlamentar era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape e o valor foi pago por empreiteiras em troca de esforços políticos para assegurar a Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Ipojuca, e incentivos tributários. 

Os R$ 20 milhões, de acordo com o periódico, chegou ao destino final por várias formas: doações eleitorais “oficiosas”, contratos fraudulentos ou superfaturados firmados com empresas de fachada e, até mesmo, pagamentos em espécie. A reportagem diz ainda que a PF comprovou os benefícios prestados pelo esquema a Campos. 

Bezerra Coelho, que foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff e é pai do atual ministro das Minas e Energia Fernando Filho (PSB) disse ao Estadão, por meio da assessoria de imprensa, que a defesa dele não teve acesso a qualquer “informação sobre a suposta conclusão do inquérito 4005-STF”. 

“A defesa deixa claro que, passado mais de um ano do início das investigações, o procedimento segue sem qualquer prova sobre a participação do senador em qualquer atividade ilícita, e continua calcado tão-somente nas informações conflitantes fornecidas por delatores, declarações estas que não vem com sequer um documento comprobatório”, argumenta. Ele ainda lembra que não participou da coordenação das campanhas de 2010 e 2014 de Eduardo Campos.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, fez duras críticas à atuação da Polícia Federal nos processos que envolvem autoridades com foro privilegiado no esquema de corrupção da Petrobras. Para o ministro, ao indiciá-los, o órgão estaria usurpando a competência da Suprema Corte.

"Esse ato (o indiciamento), pelo menos neste juízo inicial, estaria usurpando a competência deste Tribunal, pois compete exclusivamente ao relator a supervisão judicial de inquérito que tramita nesta Corte, incluindo a autorização de indiciamento de pessoas com prerrogativa de foro", escreveu o ministro.

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As críticas constam no despacho que suspendeu o indiciamento do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que foi assinado pela PF na semana passada e contestada pelo parlamentar no STF. O senador é investigado na Corte em dois inquéritos por suspeita de envolvimento no esquema investigado na Lava Jato, mas ainda não foi alvo de denúncia.

Em 2007, o STF decidiu impedir que o órgão indique se vê indícios de crimes nos inquéritos contra as autoridades investigadas na Corte. "Conforme indica a jurisprudência, é inviável indiciamento promovido pela autoridade policial em face de parlamentar investigado no âmbito desta Corte", destacou Teori ao suspender o indiciamento de Raupp.

O procedimento contra o senador na PF foi assinado pela delegada Graziela Machado da Costa e Silva. Também foram indiciados o cunhado de Raupp, Paulo Roberto Rocha, e uma ex-funcionária do senador, Maria Cleia de Oliveira, que não foram beneficiados com a decisão de Teori.

Queda de braço

A Procuradoria-Geral da República, responsável por formular denúncias ao STF contra autoridades com foro privilegiado, também reprova a atuação da PF nesses casos. Em abril, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a anulação do procedimento idêntico da PF contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por considerar "patente a ilegalidade do ato".

A senadora chegou a questionar o STF contra seu indiciamento. Mas, como ela já é alvo de uma denúncia na Lava Jato com base na mesma linha de investigação que ensejou a acusação formal da PF, os ministros decidiram que a reclamação de Gleisi não tinha efeito, já que a denúncia de Janot se sobrepõe ao indiciamento da PF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, estaria debruçado há mais de uma semana sobre os pedidos do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para prender o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), do ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento do governo o presidente interino Michel Temer.

A informação foi divulgada nesta terça-feira, 7, pelo jornal O Globo e atribuída a um interlocutor dos ministros do STF. De acordo com informações da Globonews, também foi pedida por Janot a prisão do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

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Sarney, Renan e Jucá foram flagrados em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que, para os investigadores, contêm indícios de conspiração para derrubar todas as apurações em curso sobre o esquema de corrupção da Petrobras.

Segundo a reportagem, caso Machado não tivesse gravado a trama, a legislação seria modificada para impedir que presos pudessem firmar acordos de delação premiada. O instrumento vem sendo usado como chave para a descoberta de novas linhas de investigação desde o início da operação, tendo exercido papel central em pedidos de inquéritos no STF inclusive contra o presidente do Senado.

Nas gravações, Sarney sugere que dois advogados de sua confiança, Cesar Asfor Rocha, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Eduardo Ferrão, conversem com Teori para tentar barrar a Lava Jato na Suprema Corte.

Segundo a matéria do jornal carioca, para a Procuradoria-Geral da República, está claro que Renan, Jucá e Sarney tinham o objetivo de obstruir as investigações. O plano do trio seria mais amplo e grave que a tentativa executada pelo ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), que foi preso por tentar impedir uma delação premiada.

Machado informou ao Ministério Público Federal que desviou cerca de R$ 70 milhões da estatal e dividiu a quantia entre Renan, Sarney e Jucá. Os valores teriam pago o apoio político dado pelo trio para manter Machado a frente da subsidiária da Petrobrás.

Renan, Sarney e Jucá são considerados políticos de grande influência no Congresso. O ex-presidente da República, mesmo sem mandato, controla bancadas na Câmara e no Senado. Jucá é um dos principais avalistas do governo Temer e, alçado ao cargo de ministro, caiu após o vazamento das escutas do ex-presidente da Transpetro em que ele sugere um "acordão" para "estancar a sangria da Lava Jato".

Renan indicou Machado para a presidência da Transpetro em 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente do Senado manteve o apoio para a permanência dele no cargo até o ano passado, mesmo depois da acusação de outro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, de que Machado teria recebido R$ 500 mil em propina.

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de mais um inquérito para investigar o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) no âmbito da Operação Lava Jato. Essa é a sexta investigação contra Collor relacionada ao esquema de corrupção da Petrobras.

O novo inquérito foi um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e vai investigar crime de corrupção passiva. O caso está sob segredo de Justiça.

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Collor já foi denunciado ao Supremo por suposta participação criminosa relacionada à BR Distribuidora. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que o senador recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e por outros contratos da estatal com empreiteiras e que são alvo da Lava Jato.

O advogado do senador não retornou às ligações do jornal O Estado de S. Paulo.

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu agora há pouco manter a decisão do ministro Teori Zavascki que determinou a suspensão do mandato parlamentar do deputado federal Eduardo Cunha e o afastamento dele da presidência da Câmara.

Até o momento, seis dos 11 ministros acompanharam o relator, Teori Zavascki. Os votos foram proferidos pelos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber; Luiz Fux e Dias Toffoli.

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Mais cedo, o ministro Teori Zavascki determinou a suspensão do mandato parlamentar do deputado federal Eduardo Cunha e o afastamento da presidência da Câmara. O ministro atendeu a um pedido liminar do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou há pouco sessão que vai decidir se a Corte mantém decisão liminar proferida nesta quinta-feira (5) pelo ministro Teori Zavascki, que determinou a suspensão do mandato parlamentar do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o afastamento dele da presidência da Casa. O ministro atendeu a um pedido liminar feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Para justificar o pedido, o procurador citou 11 fatos que comprovariam que Cunha usa o mandato de deputado e o cargo de presidente da Casa “para intimidar colegas, réus que assinaram acordos de delação premiada e advogados.

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Na decisão, Zavascki diz que, diante da denúncia apresentada por Janot, Cunha não tem condições de ocupar o cargo de presidente da Câmara nem substituir o presidente da República. De acordo com a Constituição, com ausência do presidente e do vice-presidente do país, o presidente da Câmara é quem ocupa a Presidência da República.

"Não há a menor dúvida de que o investigado não possui condições pessoais mínimas para exercer, neste momento, na sua plenitude, as responsabilidades do cargo de presidente da Câmara dos Deputados, pois ele não se qualifica para o encargo de substituição da Presidência da República, já que figura na condição de réu no Inquérito 3.983, em curso neste Supremo Tribunal Federal", disse o ministro.

Por meio de sua assessoria, Eduardo Cunha informou que vai recorrer da decisão.

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) pontuou que a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), seja afastado do mandato de deputado federal comprova que há “mácula” no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) conduzido pelo peemedebista na Casa.

“O afastamento de Cunha corrobora com tudo que já víamos dizendo há muito tempo. Cunha usou o impeachment para tentar obter vantagens e isso por si só invalida todo o processo”, afirmou o líder. Humberto lembrou que Cunha só acatou o pedido de impeachment depois que o PT não cedeu à chantagem do peemedebista no Conselho de Ética.

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“O processo de impeachment foi apenas a resposta a uma chantagem e a comprovação de que o deputado tentou obstruir as investigações contra ele no Conselho de Ética. Uma tentativa de golpe que se iniciou como uma vingança e sem nenhuma base legal”, disse o senador.

Teori acatou o pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), realizado ainda em dezembro do ano passado no qual o procurador-geral da República, Rodrigo Janout, diz que o peemedebista "vem utilizando o cargo em interesse próprio e ilícito unicamente para evitar que as investigações contra ele continuem".

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro aposentado Joaquim Barbosa afirmou, nesta quinta-feira (5), que a decisão do ministro Teori Zavascki de afastar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) das funções parlamentares e, consequentemente, da presidência da Câmara foi “extraordinária”. 

“O ministro Teori acaba de tomar uma das mais extraordinárias e corajosas decisões da história político-judiciária do Brasil”, afirmou em publicação no Twitter. Afastado há quase dois anos da vida pública, Barbosa tem usado o microblog para se posicionar sobre assuntos da política nacional.

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Na decisão, Teori Zavascki afirma que Eduardo Cunha não tem condições de ocupar o cargo de presidente da Câmara e nem substituir o presidente da República. Com o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) em tramitação no Congresso Nacional, Cunha é o segundo sucessor constitucional da petista.

"Não há a menor dúvida de que o investigado não possui condições pessoais mínimas para exercer, neste momento, na sua plenitude, as responsabilidades do cargo de Presidente da Câmara dos Deputados, pois ele não se qualifica para o encargo de substituição da Presidência da República, já que figura na condição de réu no Inquérito 3983, em curso neste Supremo Tribunal Federal", diz o ministro no documento, de 76 páginas. 

No inquérito, Cunha responde por corrupção, lavagem de dinheiro, manutenção de valores irregulares em contas no exterior. Zavascki também mencionou na decisão que o peemedebista usou o cargo "em interesse próprio e ilícito”.

Com a sessão plenária encerrada pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), deputados de diversos partidos contrários a Eduardo Cunha (PMDB), afastado das funções liminarmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assumiram a Mesa Diretora para proferir discursos favoráveis a decisão do ministro Teori Zavascki. 

A atitude foi comandada pela deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) que sentou na cadeira de presidente e, mesmo com o sistema de som da Casa desligado, organizou os pronunciamentos dos parlamentares do PT, PCdoB e PSOL. Na sessão informal, Erundina exigiu a ligação do som no Plenário. “Eu sou integrante da Mesa [Diretora], tenho poder de presidir sessão”, disse.

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O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) criticou o fato de o primeiro ato do presidente em exercício ter sido encerrar a sessão apesar da lista de oradores. Ele disse esperar que o STF confirme o afastamento de Cunha. “Há de confirmá-la para livrar a República brasileira dos sombrios. Mas a luta tem de continuar porque o ‘cunhismo’ ainda existe entre nós”, cravou.

Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) aproveitou o afastamento de Cunha para questionar a legitimidade do impeachment. “Esse governo interino nasce de um golpe liderado por Eduardo Cunha”, acusou.

Corroborando o petista, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que a decisão de afastar Cunha veio tarde. “Fez tarde. Por que não fez antes? Já tinha os elementos encaminhados pela Procuradoria-Geral da República há muito mais tempo. Isso tem de ser dito”, questionou.

De acordo com a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) os que participam da sessão informal fizeram um requerimento para que seja realizada uma sessão extraordinária para que possam repercutir a decisão do ministro Teori Zavaski. Esse requerimento – assinado por PT, PCdoB e Psol - será apresentado a Waldir Maranhão. Eles querem que os microfones sejam ligados e a sessão transmitida pela TV Câmara.

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