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O acesso de veículos está bloqueado, nesta segunda-feira (9), nas duas vias do Eixo Monumental - que leva à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir da altura da Rodoviária, e no trecho inferior da N2 - via lateral, em virtude dos atos golpistas ocorridos neste domingo (8). Com isso, a entrada nos prédios dos ministérios, no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto está restrita.

Está permitido apenas o ingresso de autoridades e servidores públicos, mediante identificação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está despachando direto de seu gabinete, no Palácio do Planalto, nesta segunda.

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Equipes de policiamento estão vasculhando e periciando o local, para dar dimensão exata dos danos provocados pelos manifestantes.

A Avenida do Exército, que dá acesso ao Quartel General, está fechada para o acesso de veículos e também de pedestres. Enquanto as forças de segurança fazem o processo de desarticulação do acampamento, atendendo à determinação de Alexandre de Moraes, a área permanece isolada.

Movimentos sociais convocaram atos em defesa da democracia para esta segunda-feira (9), em reação aos golpistas que, no domingo (8), invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. As manifestações devem ocorrer em várias cidades do Brasil e contam com a convocação de entidades como União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Povo Sem Medo e Brasil Popular.

A Universidade de São Paulo (USP), por meio da reitoria e da Faculdade de Direito, também organiza manifestação pública. O evento será realizado no Largo São Francisco, 95, no centro de São Paulo, às 12h. Em agosto, a instituição já havia aberto portas para atos em defesa do estado democrático de direito.

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Na capital paulista, a convocação nacional resulta em ato na Avenida Paulista, também na área central, mais especificamente no vão livre do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). A manifestação ocorre às 18h.

Confira algumas das manifestações pelo País:

Recife

O ato vai se concentrar na Praça do Derby, a partir das 16h.

Rio de Janeiro

Manifestantes cariocas se reunirão às 18h na região da Cinelândia.

Cuiabá

Conforme o MST, em Cuiabá, no Mato Grosso, o ato será na Praça Ulysses Guimarães, às 17hs

Salvador

A União dos Estudantes da Bahia (UEB) informou que o ato em Salvador ocorrerá na Praça do Campo Grande, às 16h.

Teresina

Na capital do Piauí, a União da Juventude Comunista (UJC) e o Movimento por uma Universidade Popular (MUP) organizam ato no cruzamento das Avenidas Frei Serafim e Miguel Rosa, às 17h.

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não confirmaram presença, até às 9h desta manhã de segunda-feira (9), na reunião de emergência convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto com os 27 governadores na capital federal.

A assessoria de Tarcísio informou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que, a princípio, o governador não deve comparecer ao encontro. A equipe de Zema comunicou que ainda não há definição sobre a participação do chefe do Executivo estadual.

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Depois dos ataques extremistas realizados ontem nas sedes dos três Poderes em Brasília, Lula convocou uma reunião com os governadores para discutir medidas adicionais de segurança. O encontro está previsto para ocorrer às 18h.

Apoio na segurança

Os chefes dos Executivos estaduais informaram, por meio de nota divulgada pelo Fórum Nacional de Governadores, que colocaram forças militares dos Estados à disposição para atuar em Brasília contra as invasões.

Em São Paulo, o governador Tarcísio reforçou o policiamento local, mas, de acordo com aliados, não foi solicitado suporte extra no Distrito Federal. A assessoria de Zema informou que está apurando o cenário.

Entre os escombros deixados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, Paulo Pimenta, afirmou na manhã desta segunda-feira (9) que as invasões da véspera em Brasília foram uma tentativa fracassada de golpe de Estado pior que a invasão do Capitólio, ocorrida nos Estados Unidos há dois anos. "Aqui assistimos à invasão às sedes dos Três Poderes. Seria como a invasão da Casa Branca", disse o petista a jornalistas.

De acordo com Pimenta, quadros de Di Cavalcanti e Portinari, além de um relógio que pertenceu a Dom João VI e a galeria de quadros dos ex-presidentes, foram destruídos pelos golpistas. "Levaram HDs do Planalto. Parte das pessoas que estava aqui agiu com inteligência, sabia o que estavam fazendo", afirmou o ministro. "Nada do que aconteceu aqui teria acontecido sem algum nível de facilitação", acrescentou. O governo federal viu omissão do Distrito Federal e interveio na segurança pública da unidade federativa.

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Ao longo das revistas, foi encontrada uma granada na sede do Supremo Tribunal Federal, onde os manifestantes conseguiram invadir o gabinete da presidente da Corte, a ministra Rosa Weber. No Palácio do Planalto, esclareceu o chefe da Secom, o térreo e o segundo andar foram as áreas mais destruídas, mas o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi invadido.

Pimenta garantiu que os golpistas envolvidos serão responsabilizados, "sejam eles 50, 100 ou 200", e que materiais orgânicos como sangue, urina e fezes, deixados pelos invasores, serão utilizados na identificação. "Não vamos permitir que terroristas façam o que estão fazendo", acrescentou o ministro.

Apesar da destruição deixada por golpistas, o presidente Lula vai despachar do Palácio do Planalto nesta segunda, 9, para mostrar à sociedade brasileira e ao mundo que as instituições estão preservadas, disse Paulo Pimenta.

"Não vão paralisar as instituições, presidente vai fazer reunião aqui no Planalto. O espaço físico foi violado, mas conteúdo dos Três Poderes está preservado", afirmou o ministro.

Lula estava reunido por volta das 9h30 em seu gabinete, que não foi invadido, com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, e com o ministro da Corte Luís Roberto Barroso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também participa.

Às 10h, a reunião será com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os chefes das Forças Armadas: general Júlio Cesar de Arruda, comandante do Exército; almirante Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha; e tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da Aeronáutica.

Às 18h, Lula fará uma reunião com governadores. O objetivo de todos os encontros é discutir a resposta institucional aos atos golpistas que resultaram ontem na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal.

Governadores do Nordeste participaram de uma reunião extraordinária com os demais gestores estaduais, na noite desse domingo (8), e decidiram enviar policiais militares para reforçar a segurança no Distrito Federal. Uma nova reunião dos governadores com o presidente Lula (PT) está marcada para esta segunda (9), com a participação de representantes do Legislativo, do Judiciário e do governo federal. 

Em nota emitida após o encontro virtual, o Fórum Nacional de Governadores condenou atitudes que ponham em risco a integridade da democracia e externou sua "absoluta repulsa" aos "gravíssimos e inaceitáveis episódios" de vandalização na Praça dos Três Poderes. O texto trata os criminosos como "manifestantes golpistas, irresignados com o resultado das eleições legitimamente encerradas". 

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"As Governadoras e os Governadores brasileiros, colocando-se à disposição para o envio de forças militares estaduais destinadas a apoiar a situação de normalidade nacional, exigem a apuração das origens dessa movimentação absurda e a adoção de medida enérgicas contra os extremistas e aqueles que permitiram, por negligência ou conveniência, tal situação, bem como a subsequente penalização de seus responsáveis", informou o documento assinado pelos gestores eleitos. 

O atual presidente do Consórcio Nordeste, o governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), informou que 30 policiais serão enviados para manter a ordem pública no Distrito Federal. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), também confirmou a ida de 50 agentes para se juntar a outros 14 que já integram a Força Nacional. 

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Os Três Poderes, o Ministério Público e até as Forças Armadas passam por um período de baixa na avaliação dos brasileiros, segundo aponta pesquisa do Datafolha divulgada nesta sexta-feira (24). O levantamento, feito entre os dias 13 e 15 deste mês, mostra que em relação ao levantamento anterior, realizado em julho de 2019, subiu a desconfiança da população acerca do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de outros atores institucionais. A Presidência da República foi a instituição com a maior piora: tinha a desconfiança de 31% dos entrevistados em 2019 e agora está com 50%. 

No ranking da confiança popular, novamente o primeiro lugar ficou com as Forças Armadas, com 76%. A desconfiança, porém, aumentou numericamente em relação a dois anos atrás, atingindo a taxa mais alta da série histórica iniciada em 2017. Eram 19% em 2019 e agora são 22%. 

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Entre os dez pesquisados pelo Datafolha, o pior resultado ficou com os partidos políticos, que sofrem a desconfiança de 61% dos entrevistados. A rejeição às agremiações era de 58% em 2019 e agora está em 61%. O sentimento antipolítica também atinge fortemente o Congresso Nacional, visto como não confiável por 49%. 

A imprensa, alvo de críticas constantes do bolsonarismo, tinha a desconfiança de 30% há dois anos e agora está com 32%. Dizem confiar na imprensa 66%, divididos em 48% que afirmam confiar "um pouco" e 18% que dizem "muito". O Ministério Público, que costuma ser bem avaliado pela população, teve um revés nessa rodada do Datafolha. Disseram que não confiam na instituição 30%, ante 23% em 2019 

O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre as redes sociais. Disseram que não confiam nelas 53% —eram 46% na pesquisa anterior. Afirmam que confiam 46%, sendo que 40% disseram "um pouco" e 6%, "muito". Em relação às grandes empresas brasileiras, 29% disseram não confiar, e 69% afirmaram que confiam. O detalhamento dos dados da pesquisa mostra diferenças de opinião entre diversos segmentos da população. 

Os jovens de 16 a 24 anos tendem a confiar mais nos partidos políticos, no Judiciário e no Congresso. Na direção oposta, são mais céticos sobre a imprensa. As Forças Armadas têm imagem melhor entre homens, quem tem renda familiar acima de cinco salários mínimos e moradores de Centro-Oeste. O Judiciário, que no quadro geral tem a desconfiança de 31% dos entrevistados, no Nordeste é visto dessa maneira por 34%. Os resultados da pesquisa também variam de maneira expressiva de acordo com as preferências políticas do entrevistado. 

Entre eleitores que dizem que votarão em Bolsonaro em 2022, a desconfiança na imprensa passa de 32% para 47% e, em relação às redes sociais, cai de 53% para 46%. Os eleitores bolsonaristas também desconfiam mais do Supremo Tribunal Federal. 

Já os entrevistados que dizem que votarão em Luiz Inácio Lula da Silva no próximo ano tendem a ser mais avessos ao Ministério Público. O petista se tornou um crítico de procuradores ao longo de seus embates com autoridades da Lava Jato e chegou a processar o ex-chefe da força-tarefa de Curitiba, Deltan Dallagnol. Entre eleitores de Lula, os que não confiam nos promotores e procuradores passam de 30% para 33%. 

Quem pretende votar no PT em 2022 também tende a apoiar menos as Forças Armadas. A taxa de desconfiança nesse segmento passa de 22% para 32%. O Datafolha ouviu presencialmente 3.667 pessoas em 190 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. 

 

O sol já indicava 12h30 quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou para militantes neste sábado (4), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Mais cedo, o chefe do Executivo reuniu milhares de apoiadores na BR-104 para a primeira 'motociata' no Nordeste.

Ao lado do dono da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, dos ministros da Cidadania, João Roma, e do Turismo, Gilson Machado, e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, Bolsonaro comentou sobre a atual tensão institucional. "Quem desrespeitar a Constituição vai ser colocado no devido lugar", disparou.

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O presidente pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) controle seus representantes e os enquadre caso desrespeitem a Constituição. "Se assim não ocorrer com qualquer um dos três Poderes, a tendência é acontecer uma ruptura", afirmou.

Ele frisou que essa não é sua intenção, entretanto, pontuou que "se o povo quer, cumpriremos esse desejo".

"Todos nós temos um encontro com o nosso destino. Enquanto juristas ficam procurando quem é o Poder moderador no Brasil, eu digo a todo eles: o poder moderador é o povo brasileiro", acenou ao convocar, de cima de um elétrico, o público para a mobilização do próximo dia 7.

Sem citar nomes, mais uma vez, o presidente indicou que duas pessoas tentam atrapalhar a nação e atuam 'fora das quatro linhas da Constituição'. Embora atos conservadores defendam o fim do STF e a volta do regime militar, o mandatário garantiu que os protestos da terça (7) serão pacíficos e dentro dos limites constitucionais.

"Não estaremos lá apenas para fazer figuração. Estaremos lá para mostrar a todos que não admitiremos mais quem quer que seja ignorar a nossa Constituição [...] nós juntos daremos nossa vida pela nossa liberdade", reforçou.

Antes de se despedir do público aglomerado no estacionamento do centro comercial de Caruaru, Bolsonaro confirmou que vai participar da mobilização pela manhã em Brasília e à tarde viaja para o ato na Avenida Paulista, em São Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, optou por não analisar o mérito do pedido feito pelos partidos Rede e PSOL, que buscavam impedir a realização do desfile militar previsto para acontecer na manhã desta terça-feira (10) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Sendo assim, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se juntará à exibição pública de blindados. As informações são da CNN Brasil.

"Apesar da Operação [militar] ocorrer desde 1988, nunca o comboio entrou na Praça dos Três Poderes para fazer convite à presidente da República. Esse tipo de convite sempre foi em gabinete, algo protocolar", destacou a ação protocolada no STF.

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No entendimento de Toffoli, no entanto, a ação deveria ser rejeitada por questões processuais. Na prática, o ministro sugeriu que, por se tratar de Marinha e Forças Armadas, o Superior Tribunal de Justiça (STF) deveria ser responsável pela análise.

O itinerário do comboio militar parte do Rio de Janeiro, e tem como destino final a cidade de Formosa, em Goiás, a 70 km de Brasília. A previsão é de que a parada no Palácio do Planalto ocorra por volta das 8h30.

O inédito evento acontece no mesmo dia em que a PEC do voto impresso será votada no plenário da Câmara dos Deputados, mesmo após ser derrotada em Comissão Especial da Casa na última sexta-feira (6).

Em nota, contudo, a Marinha afirmou que o desfile foi marcado antes da agenda de votação ser definida, e “não possui relação com a mesma, ou qualquer outro ato em curso nos Poderes da República”. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a classificar como “trágica coincidência” o fato de Bolsonaro acompanhar o desfile no mesmo dia em que a votação ocorre.

Depois dos ataques desferidos por Jair Bolsonaro a integrantes do Supremo Tribunal Federal e de suas ameaças à realização das eleições, os chefes dos Três Poderes vão se reunir, nesta quarta-feira (14) em busca de uma espécie de trégua política. A reunião será realizada na sede do STF e foi proposta e articulada pelo presidente da Corte, Luiz Fux, que já tinha acertado essa agenda com Bolsonaro. Nesta terça-feira (13) Fux ligou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para convidá-los para o encontro.

A ideia da conversa é estabelecer uma espécie de compromisso para que os limites da Constituição não sejam cruzados por Executivo, Legislativo e Judiciário e que não haja interferência nas áreas uns dos outros. Mas, na prática, a conversa deve funcionar como uma tentativa de por freio nos ataques feitos pelo presidente. Fux chegou a dizer isso para Bolsonaro, reclamando das ofensas feitas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que também integra o STF, e das ameaças contra o processo eleitoral. Acuado politicamente, Bolsonaro aceitou o encontro.

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Mas o presidente Bolsonaro reclamou para Fux contra o que considera um ativismo político do Judiciário. E citou a posição crítica de Barroso contra a chamada PEC do Voto Impresso - que é rejeitada pela maioria dos partidos políticos. Do lado do Congresso, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira também criticam as declarações e ataques feitos pelo presidente.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), propôs um pacto entre os três Poderes com o objetivo de construir uma agenda para recuperação econômica do País. Segundo ele, o encontro “não é para tomar café”, mas com uma pauta em que cada Poder assuma sua responsabilidade com uma agenda na pós-pandemia.

Para Maia, seria uma sinalização importante tanto para a sociedade quanto para aqueles que querem investir no Brasil nos próximos anos. Ele disse, no entanto, que a iniciativa deve partir do Executivo. Ele participou de uma live promovida pela pela Câmara de Comércio França-Brasil nesta terça-feira (23).

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“Eu fiz um discurso em que proponho a união do País baseada na união dos três Poderes. Isso não pode ser uma responsabilidade do Judiciário nem do Legislativo, tem que partir do presidente da República”, afirmou.

“Uma agenda pós-pandemia seria muito importante, uma reunião com os três Poderes com uma pauta: Não é para tomar café, mas com uma pauta com a responsabilidade de cada um dos Poderes”, propôs Maia.

Reformas

Maia voltou a defender a importância das reformas para melhoria do ambiente de negócios no País [tributária] e do gasto público [administrativa], mas destacou que só uma agenda de reformas não é suficiente para resolver o problema das crises econômica e social no País. Segundo ele, o Brasil precisa, neste momento, ser menos fiscalista e colocar mais recursos na economia de forma pactuada, sem abrir mão, por exemplo, do teto de gastos.

“Não é possível achar que, com cinco leis, o problema do Brasil está resolvido. O problema é gestão, despesa de pessoal, etc”, disse.

“É preciso organizar um plano de recuperação em conjunto com o Executivo e Judiciário para sair dessa crise com um crescimento melhor. Se a gente crescer o que estamos crescendo, o custo da crise vai ser mais caro para a sociedade”, destacou.

*Da Agência Câmara de Notícias

Em entrevista ao programa de Pedro Bial, exibido na noite desta segunda-feira (1°), o Procurador Geral da República, Augusto Aras, afirmou que se um Poder invadir a competência do outro poder, as Forças Armadas poderão intervir, dando a sua interpretação do artigo 142 da Constituição Federal, que define o papel das Forças Armadas.

Segundo Aras, as Forças Armadas têm o papel de garantidora dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). 

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"Quando o artigo 142 estabelece que a s Forças Armadas devem garantir o funcionamento dos Poderes constituídos, essa garantia é no limite da garantia de cada Poder. Um poder que invade a competência de outro Poder, em tese, não há de merecer a proteção desse garante da Constituição. Se os Poderes constituídos se manifestarem dentro das suas competências, sem invadir as competências dos demais Poderes, nós não precisamos enfrentar uma crise que exija dos garantes uma ação efetiva de qualquer natureza", declarou o PGR ao jornalista Pedro Bial.

Ao site Época, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que preferiu não se identificar, declarou: "Quem vai impedir que as Forças Armadas são garantias da Constituição? Quem vai definir se houve invasão? Isso não faz o menor sentido", criticou.

O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nessa quarta-feira (14) a votação do Projeto de Lei 7.596/17, que define os crimes de abuso de autoridade. O texto engloba atos cometidos por servidores públicos e membros dos três Poderes da República, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas e das Forças Armadas. 

Após o texto-base base ser aprovado em votação simbólica, os parlamentares rejeitaram todos os destaques ao texto apresentado pelo relator Ricardo Barros (PP-PR). Como não houve alteração, a matéria segue para sanção presidencial

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Aprovado no Senado em junho, o texto prevê a criação do crime de caixa 2, de compra de votos e o aumento de pena para o crime de corrupção, tornando a prática hedionda em alguns casos. Atualmente considerada crime eleitoral e não penal, com penalidade inferior à aplicada a outros crimes e passível de prescrição no prazo de um mandato, a prática de caixa 2 em campanha eleitoral poderá ser tipificada como crime.

Pelo projeto de lei, poderá ser considerado abuso de autoridade obter provas por meios ilícitos; executar mandado de busca e apreensão em imóvel, mobilizando veículos, pessoal ou armamento de forma ostensiva, para expor o investigado a vexame; impedir encontro reservado entre um preso e seu advogado; e decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado sem intimação prévia de comparecimento ao juízo. 

No total, a proposta apresenta 37 ações que poderão ser consideradas abuso de autoridade, quando praticadas com a finalidade específica de prejudicar alguém ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro. 

Os partidos PSL, Novo e Cidadania defendiam que a proposta fosse debatida por mais tempo na Câmara e apresentaram, cada um, um destaque para ser debatido e votado em plenário. Se algum fosse aprovado, o texto voltaria para o Senado.

Todos os destaques apresentados por estes partidos foram rejeitados, como o que pretendia excluir dispositivo no qual são listados efeitos da condenação, como indenização por dano, inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública por 1 a 5 anos, apresentado pelo PSL,  e o que queria excluir do texto o artigo que tipifica como abuso de autoridade o uso de algemas em preso quando não houver resistência à prisão ou ameaça de fuga, apresentado pelo Podemos.

Após o Congresso Nacional ser alvo de investidas da Polícia Federal, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) vai pedir que o presidente Michel Temer (PMDB) convoque uma reunião emergencial com os chefes dos três Poderes. O comandante da Casa Alta quer expor a postura dele sobre a prisão de quatro policiais legislativos e o cumprimento de mandatos de busca e apreensão nas dependências do Legislativo.  

O encontro deve acontecer no Palácio do Itamarati na próxima sexta-feira (28). Caso aceite o pedido de Renan, Temer ficará responsável por convocar outros chefes, entre eles a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia. 

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A magistrada, inclusive, rebateu críticas feitas por Renan ao juiz da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, responsável por autorizar as investidas da PF no Congresso. Apesar de não ter citado nomes, Cármen avaliou que "não é admissível que qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado fora dos autos". Na segunda-feira (24), Renan disse que a operação foi fascista e chamou Oliveira de "juizeco". 

"Todas as vezes que um juiz é agredido, eu e cada um de nós juízes é agredido. E não há a menor necessidade de numa convivência democrática livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade", disse. 

No próximo domingo (6), a Praça da República, área central da capital pernambucana, receberá, às 17h, a primeira Cantata Natalina dos três poderes. A iniciativa é integrada a Prefeitura do Recife, em parceria com o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O evento contará com a apresentação de reisados e pastoris na própria praça. 

Após a abertura, a programação continua distribuída em três palcos, iniciando as apresentações na frente do Palácio da Justiça de Pernambuco, depois em frente ao Teatro de Santa Isabel, e encerrando no Palácio do Governo. Entre as atrações estão a Orquestra e Coral Criança Cidadã, a Banda Sinfônica e Coral Cidade do Recife, além dos Corais e Orquestra de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música e da Assembleia Legislativa.

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Para compor o ciclo natalino, a Praça da República vai estar iluminada e contará também com um presépio. Todos os portões de acesso à praça estarão abertos, e todos os equipamentos que vão sediar o espetáculo, localizados no entorno da praça (o Palácio do Campo das Princesas, o Palácio da Justiça e o Teatro Santa Isabel), também estarão com iluminação temática, compondo a decoração geral da Cantata.

Estacionamento - Para o evento, serão disponibilizados três pontos de estacionamentos gratuitos: as sedes da Prefeitura do Recife, com 350 vagas, e do Tribunal Regional Federal - 5ª Região (TRF5), ambos situados na Avenida Cais do Apolo, além da Assembleia Legislativa, situada na Rua da Aurora. O transporte do público será realizado por ônibus cedidos pela Urbana-PE (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco). O embarque e desembarque para aqueles que estacionarem seus veículos na sede da Prefeitura ou no TRF5 será realizado na Rua Martins de Barros (em frente à Secretaria da Fazenda). Já o embarque e desembarque daqueles que preferirem estacionar na Alepe será feito na Rua do Sol, em frente ao Liceu de Artes e Ofícios. Todos os portões de acesso à Praça estarão abertos.

 

 

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram ontem o aumento salarial dos ministros do Supremo Tribunal Federal, do procurador-geral da República, dos deputados e senadores. Esses cargos passarão a receber o valor de R$ 33.763 por mês.

Com a aprovação, também foram chancelados os novos vencimentos da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente Michel Temer e de ministros de Estado, que a partir de 2015 receberão R$ 30.934,70 mensais, ou 15,76% a mais do que o valor atual (R$ 26.723,13). O último reajuste para o comando do Executivo foi dado no final de 2010.

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Primeiramente, o texto passou pelo plenário da Câmara. Mais tarde, foi a vez do Senado aprovar a medida. A expectativa inicial era que as correções dos salários fossem votadas na noite de terça-feira, mas não houve acordo.

Teto. Os deputados e senadores recebiam mensalmente, também desde 2011, os mesmos R$ 26.723,13. Eles decidiram, no entanto, igualar seus salários aos da cúpula do Judiciário e do Ministério Público Federal, cujos subsídios, que são o teto do funcionalismo público, estão hoje em R$ 29.462,25.

A equiparação salarial é uma bandeira dos deputados que atuam inclusive para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um "gatilho" para reajustar automaticamente os vencimentos dos congressistas sempre que os ministros do Supremo receberem um aumento.

Os deputados, no entanto, atenderam apenas parcialmente ao pleito dos ministros do Supremo, que pediram inicialmente uma atualização maior, que chegaria a R$ 35.919,05.

De acordo com dados da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o impacto dos novos valores para 2015 é de, no mínimo, R$ 553,2 milhões no orçamento da União.

Esse cálculo, no entanto, não leva em conta o "efeito cascata" que a correção dos subsídios dos integrantes do Supremo Tribunal Federal causa nas carreiras nos Estados, uma vez que o salário dos ministros da Corte é o teto do funcionalismo público.

Depois de aprovarem os novos salários, os deputados também tentaram passar uma atualização salarial para os membros da Defensoria Pública da União. Mas, preocupado com o aumento de despesas diante da necessidade de ajuste nas contas públicas, o governo barrou a votação. Foi feito um acordo para voltar a debater a matéria no ano que vem.

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