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A arrecadação com o programa de parcelamento de débitos tributários somou R$ 8,965 bilhões no primeiro bimestre. Em fevereiro, as receitas com o Refis alcançaram R$ 1,001 bilhão.

Desse valor, R$ 635 milhões são de débitos parcelados junto à Receita Federal e R$ 366 milhões são de parcelamentos junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que gerencia a Dívida Ativa da União.

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Tributos

O aumento na arrecadação federal em fevereiro de 2018, na comparação com igual mês do ano passado, foi disseminado entre os tributos, segundo os dados da Receita Federal. Só o PIS/Cofins registrou aumento real de 17,91% em sua arrecadação no período, enquanto o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) tiveram juntos alta de 16,06% acima da inflação.

Ao todo, a arrecadação com PIS/Cofins somou R$ 24,674 bilhões no mês passado, mais que os R$ 20,925 bilhões de fevereiro de 2017. Enquanto isso, IRPJ e CSLL garantiram aos cofres federais o ingresso de R$ 14,952 bilhões em fevereiro deste ano ante R$ 12,844 bilhões em igual mês de 2017.

A receita previdenciária também mostrou desempenho melhor em fevereiro de 2018, com alta real de 2,57% em relação a igual mês do ano passado. Foram R$ 32,109 bilhões arrecadados no mês passado.

Outros aumentos acima da inflação foram observados na arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), com avanço de 23,26% (para R$ 1,198 bilhão), e o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos do trabalho, com alta de 4,8% (para R$ 8,590 bilhões).

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também registrou avanço real de 10,57% na arrecadação em fevereiro ante igual mês de 2017. Já o Imposto sobre Importação e o IPI vinculado tiveram juntos aumento de 35,17% acima da inflação no mesmo período.

A modalidade de IRRF sobre rendimentos de capital, porém, caiu 12,85% em termos reais na comparação de fevereiro deste ano e igual mês do ano passado.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acenou na segunda-feira (29) com a possibilidade de não haver corte no Orçamento no início deste ano. Depois de participar de palestra em evento organizado pelo Sistema de Cooperativa de Crédito do Brasil (Sicoob), em Goiânia, Meirelles disse ao 'Estadão/Broadcast' que é "possível que não haja" contingenciamento.

A Junta de Execução Orçamentária (JEO), que reúne os ministros da Fazenda, Planejamento e Casa Civil, se reuniu ontem para discutir o corte, que tradicionalmente ocorre no fim do ano.

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Meirelles destacou que a arrecadação está maior do que esperado, assim como a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo – que soma todos os impostos, taxas e contribuições pagas pelos brasileiros – alcançou a marca de R$ 2,101 trilhões nesta quinta-feira (21). A estimativa é de que até o dia 31 o impostômetro atinja R$ 2,170 trilhões, o que significa um crescimento de 8,4% em relação a 2016, desconsiderando a inflação.

Os impostos somam R$ 775,1 bilhões no estado de São Paulo até hoje, o que corresponde a 37,9% da arrecadação total do país. Já na capital paulista, a arrecadação é de R$ 25,9 bilhões.

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A ferramenta é uma projeção criada há sete anos com o objetivo de mostrar a alta carga tributária do país ao cidadão. O painel do Impostômetro fica na rua Boa Vista, centro da capital paulista. Para conferir, acesse: https://impostometro.com.br/ 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer atrair legisladores Democratas para apoiarem o plano Republicano de revisão de impostos. Mas os negociadores devem lidar com a realidade de que qualquer adesão de Democratas rapidamente poderia se transformar em rejeições de Republicanos.

Os detalhes do plano ainda estão em construção, e Trump planeja promovê-lo fortemente. Espera-se que viaje para Indiana na próxima semana, e há conversas sobre um discurso televisionado.

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A Casa Branca vê a revisão tributária como uma oportunidade única para simplificar o sistema e reduzir taxas. A passagem de uma reforma fiscal daria a Trump uma vitória necessária, já que os Republicanos fazem esforços para revogar a lei da saúde implementado pelo ex-presidente Barack Obama, o Obamacare.

Fonte: Associated Press.

Os caminhoneiros protestam nesta terça-feira (1º) contra o aumento do PIS/Cofins anunciado há pouco mais de uma semana pelo governo federal. O movimento está sendo organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. "E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte."

Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do País, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.

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Os caminhoneiros estão na rodovia Anchieta bloqueando o acesso ao porto de Santos, um dos mais importantes da economia brasileira. Às 7 horas desta terça-feira, eles começaram a ocupar a alça de acesso ao porto, no km 64, sentido litoral.

De acordo com a sócia da área tributária do escritório Trench Rossi Watanabe, Mariana de Vito, as empresas poderão recorrer à Justiça para não recolher os tributos sobre a folha de pagamentos em julho. "Os contribuintes podem entrar com mandado de segurança e muitas já estão conseguindo liminares para não recolher até dezembro de 2017."

Alguns contribuintes já recorreram ao Judiciário alegando que a mudança legal que reonera a folha não pode valer para este ano, já que a lei prevê que o contribuinte não pode fazer a mudança entre as modalidades (contribuição sobre o faturamento ou sobre a folha) no mesmo exercício. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Nesta sexta-feira, 2 de junho, completam os 153 dias que o brasileiro precisou trabalhar em média neste ano somente para pagar tributos ao governo. É o que diz uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que também estimou que 29 desses 153 dias foram usados para financiar desvios de corrupção. 

O cálculo foi tomando como base o resultado do Projeto Lupa nas Compras Públicas, que monitora todas as compras realizadas pelos órgãos governamentais federais, estaduais e municipais. Essa estimativa parte de um cruzamento entre dados de compras governamentais com valores pagos por empresas pelos mesmos produtos.

Segundo o instituto, na década de 70, eram trabalhados, em média, dois meses e 16 dias para arcar com impostos; na década de 80, dois meses e 17 dias; e na década de 90, três meses e 12 dias. Na comparação com outros países, o Brasil segue na 8ª posição, atrás da Noruega, no ranking que comprara os dias necessários para pagar tributos em 27 países. Confira o ranking:

DINAMARCA: 176 dias

FRANÇA: 171 dias

SUÉCIA: 163 dias

ITÁLIA: 163 dias

FINLANDIA: 161 dias

ÁUSTRIA: 158 dias

NORUEGA: 157 dias

BRASIL: 153 dias

HUNGRIA: 142 dias

ARGENTINA: 141 dias

BÉLGICA: 140 dias

ALEMANHA: 139 dias

ESPANHA: 138 dias

ISLÂNDIA: 135 dias

REINO UNIDO: 132 dias

ESLOVENIA: 131 dias

CANADÁ: 130 dias

NOVA ZELÂNDIA: 129 dias

ISRAEL: 125 dias

JAPÃO: 124 dias

IRLANDA: 122 dias

SUIÇA: 122 dias

COREIA DO SUL: 109 dias

EUA: 98 dias

URUGUAI: 96 dias

CHILE: 94 dias

MÉXICO: 91 dias

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O presidente Michel Temer disse hoje (15), em Goa, na Índia, que o governo está “tentando evitar qualquer espécie de nova tributação”  e isso é possível em função da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos dos três poderes. Temer participa, neste fim de semana, na cidade indiana, da VIII Cúpula do BRICS, bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Em entrevista coletiva concedida após um almoço promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), durante a reunião do BRICS, Temer disse que não pretende aumentar a valor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo que incide no preço dos combustíveis. O aumento foi cogitado por especialistas da área econômica após a Petrobras anunciar ontem a redução do preço da gasolina e do diesel.

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Temer disse que foi informado pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, que a redução do valor cobrado pelo litro da gasolina e do óleo diesel está vinculado ao mercado internacional. Segundo o presidente, a cada mês ou a cada dois meses a estatal vai reavaliar os preços.

"Não há nenhuma previsão, neste momento, para essa espécie de aumento. Alíás, quando nós pensamos no teto dos gastos públicos, nós pensamos exatamente na possibilidade de evitar qualquer tributação. Vocês verificaram que, durante um bom período, falou-se na CPMF, e a todo momento havia a história de que a CPMF viria. Estamos tentando evitar o quanto possível qualquer espécie de nova tributação”, afirmou Temer.

A Petrobras anunciou ontem a redução do preço da gasolina em 3,2% nas suas refinarias. Também haverá redução de 2,7% no preço do diesel. Os reajustes são reflexo de uma nova política de preços aprovada na quinta-feira (13) pela empresa.

A redução é para o combustível vendido no atacado para postos de gasolina. O impacto dessas reduções no bolso do consumidor dependerá das estratégias de cada posto. Mas, se o repasse da redução no preço na refinaria for feito integralmente para o preço ao consumidor, as reduções serão de 1,4% na gasolina e 1,8% no diesel.

Jantar

Na Índia, o presidente Michel Temer participou hoje de um jantar oferecido pelo primeiro ministro indiano, Narendra Modi, aos chefes de Estado que estão em Goa  para a reunião da VIII Cúpula do BRICSl.

No último evento previsto no primeiro dia de visita à Índia, Temer posou ao lado dos presidentes dos demais países do bloco, vestindo um colete típico daquele país. Também participam da cúpula os presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.

Após participar da reunião dos BRICS, Temer seguirá para o Japão, em busca de acordos para p as oportunidades abertas pelo Plano de Parcerias de Investimentos, projeto de parcerias com empresas privadas para a concessão de obas de infraestrutura.

A Receita Federal investiga escritórios de advocacia que oferecem a clientes o uso de títulos públicos para abatimento da dívida tributária. A prática é vedada por lei, mas tem sido utilizada para reduzir o débito de empresas com o Fisco. O órgão já notificou cerca de 10 mil contribuintes, que respondem por R$ 4 bilhões em débitos sonegados.

"A fraude tem origem, núcleo nesses escritórios", afirmou o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso. Segundo ele, é comum que esses escritórios contatem os contribuintes oferecendo a suposta vantagem, conseguindo aval para atuarem em seu nome junto à Receita mediante procuração.

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"Estamos notificando as empresas e dando prazo para que voltem à situação original, seria situação de autorregularização. Se ela não se autorregularizar, aí sim faremos lançamento de ofício, aplicação de multas e apresentação de representação fiscal para fins penais", explicou o subsecretário.

As multas podem ir de 75% a 225% do débito sonegado. "Não existe chancela do Tesouro para isso, esses escritórios preparam conjunto de documentos para aplicar golpes em contribuintes", disse Occaso.

Segundo a Receita, a fraude é registrada tanto em empresas optantes quanto não optantes do Simples Nacional. Os escritórios que praticam a fraude também serão alvo de investigação, em parceria com o Ministério Público. Há grupos já identificados que operam nos Estados de São Paulo, Paraná, Goiás e Espírito Santo.

Diante da recessão da economia e do ambiente político adverso, o governo do presidente Michel Temer decidiu afastar de vez a possibilidade de aumento de tributos neste momento. Ao apresentar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2017, a equipe econômica listou uma série de medidas como concessões, cortes de despesas e ampliação de receitas na esteira da retomada da atividade, que serão perseguidas para garantir o cumprimento da meta no ano que vem, de um déficit de R$ 139 bilhões.

Além de impopulares, aumentos de impostos poderiam comprometer o processo de retomada da economia, que já percorreu seis trimestres de recessão. Mas eram possibilidades sobre a mesa, diante da necessidade do governo em encontrar R$ 55,4 bilhões para assegurar a meta de 2017, conforme anunciado em julho.

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O Congresso tem até o fim do ano para votar a PLOA, o que dá ao governo tempo para avaliar a necessidade de recorrer ao "plano C", como vinha sendo classificado o aumento de tributos para elevar as receitas. "No futuro, se necessário, será discutido", disse o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, sem fechar as portas para a solução.

Para tentar evitar isso, a equipe econômica traçou um plano que inclui arrecadar R$ 18,4 bilhões a mais em receitas com concessões e permissões, totalizando agora R$ 24 bilhões com essas receitas no ano que vem.

A revisão da previsão de crescimento do PIB no ano que vem, de 1,2% para 1,6%, ainda vai incrementar as receitas administradas em R$ 26 bilhões, segundo estimativas apresentadas na quarta-feira, 31. Embora a projeção de avanço da economia esteja acima do que é previsto pelo mercado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que os cálculos de analistas já estão convergindo para números mais altos. "É um orçamento realista e conservador, que leva em conta as melhoras que estão ocorrendo na economia brasileira", afirmou Meirelles. De acordo com o ministro, se houver frustração de receitas por qualquer razão, o governo vai editar um decreto de contingenciamento de despesas. Se houver surpresa positiva na arrecadação, isso vai se traduzir em melhora no déficit primário ou menor quantidade de restos a pagar.

O governo ainda prevê arrecadar R$ 5,7 bilhões a mais com venda de ativos do fundo soberano e dividendos de estatais. Ainda assim, precisou fazer um corte adicional de R$ 5,3 bilhões nas despesas para assegurar o cumprimento da meta.

 

Teto

Apesar de o teto de gastos ainda não ter sido aprovado pelo Congresso, a equipe econômica já adotou o mecanismo - que limita o avanço das despesas à inflação - na confecção da peça orçamentária do ano que vem. Sem crescimento real dos gastos, as despesas primárias do governo central corresponderão a 19,3% do PIB no ano que vem, queda de 0,54 ponto porcentual em relação a 2016. "Não estamos usando todo o espaço de gastos que seria permitido", frisou o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Filadélfia, no estado americano da Pensilvânia, se tornou na quinta-feira a primeira grande cidade do país a aprovar a tributação de bebidas açucaradas, apesar da oposição da indústria multimilionária de refrigerantes.

O imposto, de cerca de 50 centavos de dólar por litro, será aplicado a bebidas açucaradas, incluindo as que contém adoçantes artificiais. A medida abrange não só refrigerantes, mas também bebidas esportivas, águas aromatizadas, bebidas energéticas e cafés e chás adoçados, afirmou o gabinete do prefeito.

As únicas exceções são as bebidas compostas de no mínimo 50% de leite, frutas frescas ou vegetais frescos. Berkeley, na Califórnia, com uma população de cerca de 120.000 habitantes, é a única outra cidade dos Estados Unidos a taxar os refrigerantes. O conselho da cidade da Filadélfia aprovou o imposto por 13 votos contra quatro na quinta-feira, depois de meses de deliberação. A medida deve entrar em vigor em janeiro.

Os defensores dizem que a medida irá melhorar a saúde das 1,5 milhão de pessoas que vivem na Filadélfia, a quinta maior cidade americana. Mais de 68% dos adultos e 41% das crianças da cidade estão acima do peso ou são obesos. Os críticos da medida acreditam que o aumento do preço será catastrófico para os pequenos empresários, uma vez que os clientes podem começar a comprar os produtos fora da cidade.

Dezenas de tentativas anteriores de aprovar leis semelhantes em outras cidades dos Estados Unidos falharam. Na Filadélfia, esta foi a terceira tentativa de aprovar o imposto, após os membros do conselho da cidade terem cedido duas vezes à pressão da indústria de bebidas.

O prefeito democrata Jim Kenney procurou conseguir apoio para a proposta argumentando que o imposto iria levantar 91 milhões de dólares por ano para ajudar a financiar a educação infantil na cidade. Houve um debate acalorado antes do conselho votar a favor da medida. Várias pessoas reclamaram dos encargos financeiros que surgiriam para as famílias mais pobres em uma cidade onde 26,7% da população vive abaixo da linha da pobreza.

O imposto vai "criar o pior mercado negro de bebidas não-alcoólicas desde a proibição" nas décadas de 1920 e 1930, disse Chris Hunter, um empregado da Coca-Cola, ao canal local de televisão ABC.

O Programa de Pagamento Incentivado (PPI), oferecido pela Procuradoria da Fazenda do Recife (PFM), chega ao fim na próxima quinta-feira (31). A ação oferece descontos de até 90% em cima do pagamento das multas e juros do IPTU dos contribuintes que estejam com o imposto atrasado. Após essa data, será feita a cobrança na esfera judicial e não será possível efetuar a quitação com os descontos. 

A PFM alerta que, em 2015, um acordo foi firmado entre o órgão e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL - Recife), que estabelece a intimação dos inadimplentes pelo Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) para se regularizarem. Caso não haja o pagamento das dívidas, os contribuintes passam a ser negativados, o que significa a impossibilidade de renovar o cartão de crédito; obter cheque especial; dificuldade em locar imóveis; bloqueio da conta corrente; penhora de bens [como leilão de imóveis e veículos]; entre outros prejuízos.

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Para obter o boleto com o desconto que podem ser de 50% até 90%, é necessário acessar o site e imprimir o DAM, exclusivamente pela internet.

Números

O órgão esclarece que, diante da crise econômica, a arrecadação de tributos torna-se ainda mais difícil. O programa visa auxiliar e superar o valor de R$ 152 milhões alcançado em 2015. A PFM conta que, em 2014, mais de R$ 128 milhões foram angariados, aumentando 92% da arrecadação, se comparado a 2013.  

No Recife, a dívida atual chega a cerca de R$ 6 bilhões. A arrecadação desses tributos é repassada para a Prefeitura do Recife e destinada à prestação de serviços como construções de escolas e hospitais, limpeza urbana, saneamento básico, pavimentação de ruas, entre outros. 

Com a crise afetando a atividade econômica e o pagamento de impostos, a arrecadação de tributos pela Receita Federal registrou queda pelo oitavo mês consecutivo. Dados divulgados pelo órgão mostram que o recolhimento de impostos e contribuições federais somou R$ 95,461 bilhões em novembro, uma queda real (descontada a inflação) de 17,29% na comparação com o mesmo mês de 2014.

Em relação a outubro, houve uma queda de 8,72% na arrecadação. Foi o pior desempenho para meses de novembro desde 2008. A arrecadação veio dentro do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções, de R$ 94,639 bilhões a R$ 108 bilhões, e abaixo da mediana de R$ 101,04 bilhões.

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De janeiro a novembro, período de Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda, a arrecadação federal somou R$ 1,100 trilhão, um recuo de 5,76% na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor é o menor para o período desde 2009.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 95,356 bilhões entre janeiro e novembro, valor 7,65% superior ao mesmo período do ano passado. Em novembro, as desonerações concedidas pelo governo totalizaram R$ 7,907 bilhões, 2,37% menor do que no mesmo mês de 2014 (R$ 8,099 bilhões).

A desoneração de folha de pagamento custou R$ 2,012 bilhões em novembro e R$ 22,137 bilhões nos 11 primeiros meses do ano. A redução do benefício é uma das mais polêmicas medidas adotadas pela nova equipe econômica durante o ajuste fiscal.

Refis

O governo federal arrecadou ainda R$ 531 milhões com o Refis no mês passado, programa de parcelamento concedido através da Lei 12.996 de 2014. A arrecadação com o programa nos 11 primeiros meses do ano foi de R$ 10,726 bilhões.

O contribuinte do Recife ainda pode negociar seus débitos referentes aos tributos municipais. Após um mutirão realizado no último sábado (5), a Secretaria de Finanças colocou como opções o Portal da Prefeitura ou postos de atendimento ao contribuinte, localizados no térreo do edifício-sede, no Bairro do Recife, e no Expresso Cidadão do Rio Mar e do Cordeiro.

Pela internet, o cidadão pode acessar um banner disponibilizado pela Prefeitura do Recife em sua página principal, "Em Dia com a Cidade", localizado ao lado esquerdo da tela que direciona o contribuinte para outra página onde ele pode fazer a sua negociação, seja ela referente à divida de IPTU, ISS e CIM. 

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Para pagamento à vista o desconto é de 90% nas multas e juros. Já no parcelamento em até 12 vezes o desconto é de 70%; em até 24 vezes o desconto passa a ser de 50%. Por fim, serão garantidos 30% de desconto para quem optar em até 36 meses. Há ainda condições de parcelamento em até 96 vezes, mas nesses casos não recebem descontos.

A Secretaria de Finanças ressalta que os contribuintes com formalização do compromisso da transmissão de propriedade lavrados até final de dezembro de 2014 terão o benefício de redução da alíquota do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI) de 3% para 1,8%.

Para maiores informações sobre como realizar a negociação, o contribuinte pode entrar em contato com o telefone 0800 081 1255, ou então clicando aqui.

Com informações da assessoria

Sem condições de fechar o Orçamento respeitando a meta fiscal prevista para 2016, o governo já se movimenta para tomar novas medidas, até o fim do ano, que representem aumento de receita. A principal medida em análise é o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidente sobre os combustíveis, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias de tempo real da Agência Estado.

A elevação de PIS e Cofins poderá ser feita pela presidente Dilma Rousseff, sem precisar da aprovação do Congresso Nacional e da necessidade do período de noventena (três meses), prazo obrigatório para a entrada em vigor da Cide-combustíveis. Uma fonte da área econômica calcula entre R$ 6 bilhões e R$ 9 bilhões o potencial de arrecadação, a depender do valor da alíquota.

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O Executivo contará com uma lista de dificuldades em fechar as contas do próximo ano: o governo decidiu abolir a possibilidade de abater investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do superávit primário previsto de 0,7% do PIB (ver página B5); conta com recursos de arrecadação incerta, como os R$ 10 bilhões previstos com a venda de imóveis na Amazônia, conforme proposto pelo relator de Receitas, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), além de enfrentar a queda na atividade econômica, que tem reduzido a arrecadação no País.

Segundo uma fonte, o governo deve repetir a estratégia que fez em fevereiro deste ano, ao elevar temporariamente PIS e Cofins da gasolina e do diesel até que a alta da Cide entrasse em vigor. No primeiro pacote tributário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a alta do PIS e da Cofins entrou em vigor em 1.º de fevereiro. Já a elevação da Cide passou a vigorar em 1.º de maio, quando PIS e Cofins tiveram um recuo na mesma proporção. O governo tem um limite já autorizado por lei para aumentar a Cide, o PIS e a Cofins sem precisar de aprovação do Legislativo. "Sem receita, não tem como fechar o Orçamento", disse um integrante da equipe econômica.

Reajuste adiado

Outra medida em análise pelo governo é um adiamento ainda maior do reajuste dos servidores públicos. Pela proposta original, o aumento seria adiado de janeiro para agosto de 2016, com ganho de R$ 7 bilhões. A proposta agora empurra para novembro o adiamento, mas a medida enfrenta resistências.

Alternativas de aumento de receitas estão sendo também discutidas com o relator do projeto de lei do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). As reuniões têm ocorrido no Ministério da Fazenda.

Contudo, em público, ninguém admitirá, ao menos por enquanto, que há discussões de propostas alternativas de arrecadação. Uma das razões até agora para que novas medidas não tenham sido anunciadas é a preocupação de manter a estratégia em torno da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de recriação da CPMF. O governo ainda espera que o tributo possa entrar em vigor em outubro do ano que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil deixará de arrecadar R$ 13,2 bilhões em tributos até 2020 por conta dos incentivos concedidos pelas três medidas provisórias que estão sob suspeita de terem sido "compradas" por um esquema de lobby e corrupção para favorecer montadoras de veículos.

Desse montante, R$ 7,6 bilhões é a estimativa do que os cofres públicos terão deixado de recolher apenas entre 2011 - quando a primeira norma entrou em vigor - e o fim deste ano, marcado por forte crise econômica e frustração de receitas.

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Os dados, levantados pela Receita Federal a pedido do Estado, mensuram o impacto da renúncia fiscal referente ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Graças às MPs 471/09, 512/2010 e 627/2013, indústrias - principalmente fábricas de veículos - do Norte, Nordeste e Centro-Oeste conseguiram prorrogar por dez anos a política de redução do valor do tributo a ser recolhido. Os três textos foram editados e aprovados nos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

O valor não recolhido até 2020 bancaria, por exemplo, até 245 mil imóveis do Programa Minha Casa Minha Vida. Corresponde, ainda, à metade do corte no orçamento de programas sociais para 2016.

Além de reduzir o IPI, as montadoras conseguiram se livrar de mais de R$ 2 bilhões em dívidas tributárias, já que trechos incluídos pelo Congresso na MP 512 durante a votação que a converteu em lei, deram nova interpretação a uma antiga controvérsia das empresas com a Receita. Com isso, como mostrou o portal estadao.com.br, foram anuladas cobranças em discussão no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), espécie de tribunal que julga débitos de grandes contribuintes com o Fisco.

Esquema

Segundo investigações da Polícia Federal, Ministério Público e Receita Federal, empresas do setor automotivo teriam pago ao menos R$ 32 milhões pelos "serviços" de lobistas que atuaram no suposto esquema de corrupção para viabilizar as MPs. O esquema foi revelado pelo Estado em série de reportagens publicada em outubro. O valor é bem aquém dos benefícios bilionários obtidos até agora.

Por conta das suspeitas, a PF prendeu, na última segunda-feira, em nova fase da Operação Zelotes, seis acusados de intermediar os interesses das montadoras. Eles teriam corrompido autoridades do governo e do Congresso para conseguir a edição e a aprovação dos incentivos fiscais. Além disso, atuariam para fraudar os julgamentos no Carf.

A ação também fez buscas numa empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. Luís Cláudio é investigado por receber, por meio de uma de suas empresas, pagamentos de Mauro Marcondes Machado, um dos lobistas presos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 2, que enviará um adendo ao Congresso para modificar a proposta orçamentária de 2016. "Nós não fugiremos às nossas responsabilidades", disse ela, após os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terem acusado o Planalto de transferir para o Congresso o ônus do rombo nas contas públicas.

O Orçamento enviado ao Legislativo prevê um inédito déficit de R$ 30,5 bilhões. "Nós não fugiremos às nossas responsabilidades de propor a solução ao problema. O que nós queremos, porque vivemos num país democrático, é construir essa alternativa, não transferindo a responsabilidade a ninguém, porque ela sempre será nossa", afirmou Dilma.

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A solução deverá vir numa forma de taxas ou impostos destinados a custear prioritariamente a área da saúde. Dois dias após desistir de incluir na proposta do Orçamento uma nova CPMF, o governo estuda nos bastidores uma forma de recriar o imposto do cheque com novo formato. A estratégia é que um deputado ou senador governista apresente mais adiante um projeto de lei para ressuscitar a CPMF, mas associe alguma "bondade" ao novo tributo.

No Palácio do Planalto, Dilma disse que, apesar de "não gostar" da CPMF, não descartava a possibilidade de criar uma nova fonte de receita. "Eu não gosto da CPMF. Acho que a CPMF tem suas complicações. Mas não estou afastando a necessidade de criar nenhuma fonte de receita. Quero deixar isso claro, para depois, se houver a hipótese de a gente enviar essa fonte, nós enviaremos", disse.

O plano do governo é repartir o novo tributo entre União, Estados e municípios. Para tornar o remédio menos amargo, porém, a ideia é aumentar a fatia para Estados e municípios. Além disso, o Planalto quer propor um imposto "temporário", por no máximo dois anos. Com uma alíquota de 0,38%, a CPMF daria ao governo uma receita líquida aproximada de R$ 70 bilhões por ano.

A tentativa de recriar a CPMF foi rechaçada por aliados do governo e pela oposição na semana passada, o que levou o governo a recuar da proposta na noite de Sábado.

Agora, na lista das ideias avaliadas por deputados e senadores aliados está uma que prevê um tipo de "abatimento" no Imposto de Renda para quem tiver descontada a CPMF. O governo quer deixar claro, ainda, que, se a CPMF for reeditada, será em novo modelo. Conforme um auxiliar da presidente, o Planalto não quer que a CPMF seja encarada como um imposto para resolver um problema fiscal. "O projeto é que seja utilizado para financiar a saúde e a Previdência".

Embora o ministro da Saúde, Arthur Chioro, tenha afirmado que não tratou do assunto nas reuniões mantidas ontem com deputados, todos relataram que ele agia como emissário do governo para emplacar, por meio do Legislativo, a proposta de retomada da CPMF.

Segundo um deputado governista, Chioro conseguiu convencer vários deputados, de diferentes partidos, a apoiar o projeto. Muitos deles teriam, inclusive, procurado o governo solicitando uma alternativa para custear os gastos na área.

Adendo

Em busca de apoio político no Congresso, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, também admitiu ontem que haverá mudanças no projeto da lei orçamentária, por meio de revisões feitas pelo governo na tramitação da proposta.

Sobre a possibilidade de haver um rombo ainda maior nas contas de 2016, Dilma disse não acreditar que os cálculos do governo estejam errados, mas admitiu que "todo déficit é ruim".

"Alguém falar que déficit é bom, não é bom. Nós não achamos ele bom. Se a gente achasse o déficit bom, nós iríamos abraçá-lo, mas nós queremos resolver o problema do déficit", afirmou a presidente.

Na terça-feira, Dilma conversou com Cunha e Renan. Mesmo a Cunha, que está rompido com o governo, a presidente pediu ajuda. Na prática, Dilma quer que o Congresso Nacional vote medidas capazes de cobrir o déficit do governo e não crie novos gastos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última sexta-feira (8), no seminário intitulado "O Desafio Fiscal Brasileiro", promovido pelo Insper, em São Paulo, todos os especialistas em contas públicas presentes reforçaram a percepção de que não há como o Brasil escapar de uma nova rodada de aumentos de tributos. "Eu pergunto: dá para fazer o ajuste, evitando uma crise aguda, sem passarmos por uma nova rodada de carga tributária?", disse Samuel Pessôa à plateia. "A resposta é: provavelmente, não. E mais: se não enfrentarmos uma nova rodada de aumento expressivo de carga tributária, nós vamos ter uma crise aguda."

Segundo Pessôa, o importante é que, além de fazer o aumento na tributação, o governo inicie um ciclo de reformas, que possa mudar a estrutura dos gastos - que se tornaram insustentáveis.

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A maior parte do gasto público é engessado. Após criado, é quase impossível cortá-lo. Junte-se a essa característica outro dado que ele considera crucial: o fato de a Constituição de 1988 ter estabelecido uma série de obrigações sociais para o Estado brasileiro. Saúde e educação, por exemplo, são universais. Apesar de não terem a qualidade mínima esperada pela população, são gastos engessados e crescentes. Benefícios sociais também devem ser levados em consideração.

Quase 80% dos aumentos de gastos do governo federal de 1991 a 2014 foram feitos para cobrir os chamados "programas de transferência de renda", como abono salarial e, principalmente, Previdência. A demanda por esses benefícios só tende a aumentar. Em parte porque a sociedade exige (haja vista a resistência em cortar pensões para viúvas e mexer no seguro-desemprego), em parte porque o País está envelhecendo (o que vai pressionar os serviços de saúde e o pagamento de aposentadorias)

O economista Fabio Giambiagi, estudiosos da previdência, tem coleções de dados para ratificar a tendência. Dos anos 80 para cá, o PIB cresceu 2,6% ao ano - e o gasto com a Previdência, 4,4% ao ano. Em 1990, os gastos com o INSS representavam 2,5% do PIB. Hoje, já são 7,5%. "Dois em cada três benefícios são atrelados ao salário mínimo: existe alguma dúvida sobre a tendência de aumento?", pergunta Giambiagi.

Modelo

Para o economista Bernard Appy, o ajuste fiscal é uma prioridade porque pode melhorar a economia no longo prazo. Mas é preciso mudar a estrutura do gasto público, que "nos leva a ter carga tributária em alta, investimento em baixa e crescimento estagnado".

O ajuste fiscal proposto pelo governo deve elevar a carga tributária brasileira em 0,8 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Isso significa que, se tudo o que foi anunciado for colocado em prática, os brasileiros pagarão R$ 47,5 bilhões a mais em impostos e contribuições. E a projeção é que o adicional de tributos exigidos para melhorar as contas públicas, por baixo, chegue a R$ 100 bilhões a mais até o final do atual governo.

Pelos cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), feitos a pedido da reportagem, todas as medidas anunciadas pela equipe econômica representam um adicional de R$ 39,80 bilhões à carga tributária. Outros R$ 7,7 bilhões virão de Estados e municípios, que também fizeram rodadas de aumentos nos impostos que lhes cabem, como IPTU e IPVA. Confirmada a tendência, a alta de impostos em 2015 seria o dobro da registrada em 2014 e a carga tributária fecharia o ano em 36,22%. "O governo não precisa negociar tributos e, assim, é mais fácil empurrar a conta", diz Gilberto Luiz do Amaral, coordenador de estudos do IBPT.

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Energia

O economista Mansueto Almeida também estima uma alta de 0,8 ponto porcentual, mas incluiria na contabilidade outros R$ 7,5 bilhões, que correspondem ao fim dos subsídios ao setor elétrico. Na sua avaliação, a medida tem efeito tributário: de um lado, alivia o Tesouro Nacional e, de outro, eleva a conta de luz - e os impostos que recaem sobre ela. Por causa dos reajustes, energia se transformou neste início de ano em um dos itens que mais pesam no orçamento das famílias e na alta de custos das empresas.

Dito isso, se todas as medidas anunciadas forem implementadas, o custo para a sociedade neste ano será de cerca de R$ 55 bilhões. Se todo esse dinheiro fosse usado para o superávit primário (a economia para pagamento dos juros da dívida pública), cobriria mais de 80% do total da meta que o ministro da Fazenda Joaquim Levy estabeleceu.

Mansueto Almeida contemporiza que o tamanho da contribuição tributária, ao final desta ano, vai depender do fôlego da economia e da confiança dos consumidores. Com a crise, as pessoas estão apertando o cinto, comprando menos e fazendo a arrecadação cair muito abaixo do esperado. Mas ele lamenta, que ainda assim, a alta de impostos está apenas no começo.

"Ao longo de todo o mandato de quatro anos, o ajuste vai exigir uns R$ 200 bilhões, e não há a menor dúvida que no mínimo metade disso, uns R$ 100 bilhões, terão de vir de aumentos de carga tributária", diz Almeida. No fim, diz, a história apenas se repete. Série histórica elaborada pelo economista mostra que, após a Constituição de 1988, nenhum governo deixou de herança um gasto público menor e que, para ajustar as contas, elevou tributos: "Quando todos os presidentes saíram do Planalto, o gasto era maior, e o ajuste foi feito com aumento de impostos", diz Almeida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Prefeitura do Recife divulgou, nesta sexta-feira (16), que em 2014 a arrecadação das receitas próprias municipais cresceu em 12,21%, em relação a 2013. Segundo o Executivo, a soma de ISS, ITBI, IPTU e TLP teria chegado a R$ 1,203 bilhão, contra R$ 1,072 bilhão em 2013. 

"O crescimento vem num momento de estagnação da economia nacional e é resultado de uma política articulada de gestão tributária, que incluiu ações como a Nota Fiscal Eletrônica Premiada, mudanças de legislação, criação do Núcleo de Inteligência Fiscal, melhorias no atendimento online e mais orientação ao contribuinte", afirma o texto da PCR. 

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Segundo os dados da gestão, o maior incremento veio no Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que subiu 31,80% e totalizou R$ 113,2 milhões, bem acima de 2013, em que ficou abaixo de R$ 86 milhões.  Já o Imposto Sobre Serviços (ISS) cresceu 11,66%, passando de R$ 636,1 milhões para R$ 710,1 milhões. E a arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Limpeza Urbana (TLP) subiram, respectivamente, 8,16% e 9,20%. 

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