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O comerciante Airton Perez, de 77 anos, sempre foi ativo e teve boa saúde. No dia 15 de março, achou estranho quando começou a sentir um mal-estar e cansaço. Pediu ao filho que o levasse ao hospital. Na mesma data, foi internado na UTI do Hospital São Luiz Jabaquara com Covid-19. Quatro dias depois, teve de ser entubado.

Ficou em ventilação mecânica por duas semanas, esperou outros 12 dias para ir da UTI para o quarto e, em 28 de abril, quando o jornal O Estado de S. Paulo o entrevistou em seu leito, continuava internado, por causa de problemas renais.

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"Nunca tive problema nos rins. Até isso essa doença afetou", contou ele, no 45.º dia de internação.

O comerciante foi o primeiro paciente a ser internado no São Luiz Jabaquara com diagnóstico da doença. O centro médico foi escolhido como unidade especializada da Rede D'Or São Luiz em São Paulo para pacientes com coronavírus.

Maior rede hospitalar privada do País, com 7,3 mil leitos, 30% deles de UTI, a empresa começou a montar uma operação de guerra já em janeiro, quando o surto de covid-19 ainda estava restrito a cidades chinesas. Mesmo com a criação de comitês de emergência, ampliação de leitos e aumento de contratações, o que gestores, médicos, enfermeiros e pacientes não esperavam era que o inimigo fosse tão rápido, agressivo e traiçoeiro.

No sábado (2), a rede contabilizava em seus mais de 50 hospitais espalhados pelo País 1.808 pacientes internados com coronavírus, dos quais 1.223 (67%) estão em UTIs e 367, entubados.

O jornal O Estado de S. Paulo acompanhou por dois dias a rotina em dois hospitais da rede - o São Luiz Jabaquara e o Vila Nova Star, ambos na zona sul da capital paulista.

A história de Airton Perez - ou 'seu Airton', como ele ficou conhecido entre os funcionários - dá uma ideia do desafio: internações prolongadas, danos a outros órgãos além do pulmão e pioras repentinas são alguns dos aspectos que surpreendem as equipes de saúde. "A gente repara que pacientes que estão bem clinicamente afundam de uma hora para outra", resume Mauro Borghi, diretor regional.

Dos 40 leitos de UTI dedicados à covid-19 no hospital, 38 estavam preenchidos no dia da visita. O hospital já tem um plano, caso precise de mais espaço. "Adaptamos um andar de leitos de enfermaria", explica Thiago Portela Caroccini, gerente de enfermagem.

O Vila Nova Star também antecipou a abertura de dez leitos de UTI além dos 20 existentes. "Nos preparamos porque é um vírus traiçoeiro, ataca de formas distintas. O paciente pode ter trombose, lesões de pele, comprometimento muscular. Tem casos de pacientes que perderam 6 quilos em duas semanas. Nós ainda não vimos tudo que ele pode causar", diz Paulo Hoff, médico do Vila Nova e presidente da Oncologia d'Or.

Quem pensa que a ameaça está restrita a pessoas que estão no grupo de risco se surpreenderia ao ver o que a reportagem presenciou nos dois dias que acompanhou a rotina dos hospitais: pacientes jovens, alguns sem comorbidades, deitados nos leitos de UTI do hospital.

Alguns, mesmo na faixa dos 30, 40 anos, estão ou já passaram pela entubação, como a recepcionista Érica Maria Brandão, de 33 anos. Quando a reportagem a encontrou, ainda na UTI, a recepcionista havia saído do tubo há dois dias, depois de ficar mais de dez dias respirando com a ajuda de um ventilador. "Nunca imaginei que pudesse ficar tão grave."

Perigo

Na UTI do São Luiz Jabaquara, o jornal O Estado de S. Paulo viu pacientes com insuficiência respiratória tão grave que tiveram de ser submetidos a uma traqueostomia (abertura de um orifício no pescoço e traqueia) porque já não podiam ficar com o tubo. O procedimento é feito geralmente em pacientes que já levam de mais de duas semanas entubados sem melhora suficiente para sair da ventilação mecânica.

A equipe médica e a direção dos hospitais da rede fazem reuniões diárias para discussão dos casos dos internados. O trabalho multidisciplinar aliado à tentativa de prever complicações e antecipar medidas é a estratégia da rede para evitar que a doença faça mais vítimas.

Até agora, nos 50 hospitais do grupo, foram registrados 313 óbitos em um total de mais de 10 mil internações. "Nossa taxa de letalidade é bem mais baixa do que a geral do Brasil (2,9% entre os pacientes da rede ante 6,9% no País)", afirma Leandro Reis Tavares, vice-presidente médico da Rede D'Or São Luiz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ocupação dos leitos de UTI para pacientes do coronavírus já é superior a 70% em ao menos seis Estados. A situação é registrada em Espírito Santo, Pará, Ceará, Amazonas, Pernambuco e Rio - nesses dois últimos, a taxa passa de 90%, considerada de saturação por especialistas. Com o avanço da doença, governos correm para levantar hospitais de campanha e ampliar o número de vagas. Médicos e gestores dizem que a pandemia ainda não teve seu pico no Brasil, o que deve elevar a pressão sobre os hospitais.

Em 40 dias, Pernambuco abriu 348 leitos de UTI para pacientes com a doença, e, segundo a gestão estadual, dez novas vagas têm sido ofertadas por dia, em média. Mesmo assim, anteontem, a taxa de ocupação dos leitos abertos para covid-19 no Estado já era de 96%.

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Secretário da Saúde de Pernambuco, André Longo atribuiu a saturação à falta de isolamento social. "Reconhecemos que a situação dos nossos serviços de saúde é muito difícil, porque as pessoas estão adoecendo ao mesmo tempo. Era um alerta que fazíamos desde o início. A falta de maior isolamento social, na casa dos 70%, tem feito pernambucanos adoecerem, procurarem os serviços de saúde ao mesmo tempo e isso tem levado à sobrecarga." Longo afirma ainda já haver fila por vaga em UTI. De acordo com ele, os "profissionais de saúde estão tendo de tomar opções sobre quem levar primeiro para terapia intensiva".

Também sobrecarregado, o Rio abriu 287 leitos de UTI específicos para pacientes suspeitos ou confirmados. E quase todos (94,8%) já estão ocupados, segundo a Secretaria da Saúde. Considerando não só os leitos específicos para coronavírus, mas sim toda a rede de saúde estadual do Rio, a taxa de ocupação dos leitos de UTI já está em 85%, e vem crescendo rapidamente. Há pouco mais de duas semanas, diz a pasta, a taxa era de 63% e há uma fila de 369 pacientes (leia mais ao lado). O Rio prevê abrir, no início de maio, um hospital de campanha com 400 leitos no Maracanã - 80 de UTI. Outros 1,4 mil devem ser abertos gradualmente.

Primeiro a ver seu sistema de saúde colapsar e cenário das centenas de enterros em valas coletivas, a Secretaria de Saúde do Amazonas informa não ter dados de leitos de UTI de toda a rede estadual - sintomático em um País que enfrenta larga subnotificação de casos. Em Manaus, 89% dos leitos para covid-19 estão em uso. O governador Wilson Lima (PSC) disse que iria endurecer as regras de isolamento social na tentativa de frear o surto.

Com 87% de ocupação, o Ceará prevê a criação gradativa de 403 novas vagas, conforme a compra de equipamentos e disponibilidade de profissionais. Na região de Fortaleza, o cenário é ainda mais grave: 97%.

Em São Paulo, epicentro da doença no País, o índice de ocupação dos leitos destinados exclusivamente a pacientes da covid-19 é de 68,7% - na região metropolitana, o quadro é pior, com 89% de preenchimento e pacientes serão levados para o interior. Nas últimas semanas, o Estado abriu 1.881 leitos de UTI exclusivos para covid-19 no SUS. Também montou três hospitais de campanha no Pacaembu, no Anhembi e no Complexo do Ibirapuera, que será inaugurado nesta sexta-feira, 1. Juntos, eles somam 2.268 leitos, sendo quase todos de baixa e média complexidade.

Dentro dos Estados, a escalada na procura por leitos também cria desafios logísticos. "Pacientes que precisam de UTI estão sendo encaminhados para municípios de referência e já tem fila de espera", diz Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. "Eles ficam em leitos clínicos semi-UTI, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) ou hospitais intermediários até sair a vaga."

Alerta

Professor de Gestão em Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV), Walter Cintra Ferreira classifica como "preocupante" o cenário. "Uma UTI com 90% de ocupação significa que está lotada. Quem tem 90% tem fila porque, quando sai um paciente, o leito tem de ser desinfectado e há um tempo para que seja ocupado. É preciso ter seriedade do governo, principalmente o federal. Não é uma situação que se resolve apenas aumentando leitos nem esperando medicamentos milagrosos."

Um leito de UTI, afirma ele, depende de equipes especializadas e compra de equipamentos, de modo que o foco deveria ser em evitar a propagação da doença e criar alternativas de rápido atendimento dos infectados. "As doenças não são combatidas no hospital, que é o último reduto. Quando chega ao hospital, já está com a batalha meio perdida. Temos de mobilizar a sociedade como um todo para conseguir medidas de contenção da transmissão e ter uma central única de leitos de UTI, públicos ou privados, e uma fila única", afirma Cintra. O Estado mostrou semana passada que a gestão Jair Bolsonaro não tem controle sobre o número de UTIs ocupadas no País.

Em situações normais, a ocupação de 95 a 100% das UTIs faz parte da rotina de hospitais, diz Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e colunista do Estado. Mas isso deveria mudar na crise. "Trabalhar com ocupação plena dos leitos é normal, porque há rotação; é feito com programação. Na epidemia, nunca se sabe como será o momento seguinte. Estamos na fase ascendente da curva e não chegamos ao pico. Se não cair, será difícil não colapsar o sistema."

Duas reuniões que não resultaram em ações mais concretas, em especial, o envio de respiradores. Estes foram os contatos que, segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo ocorream entre o governo estadual e o novo ministro da Saúde, Nelson Teich assumiu a pasta. 

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"Nós já tivemos dois contatos com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich. Tivemos oportunidade de acompanhar, acompanhando o Governador Paulo Câmara, em duas videoconferências com o ministro, com sua equipe. Na primeira ele pediu que nós apresentássemos um documento técnico colocando as necessidades do estado de Pernambuco, nós fizemos. E numa outra nós tínhamos expectativa de que ações mais concretas pudessem ter sido desenvolvidas, mas foi uma reunião em que a gente não teve concretude dessas respostas", afirmou o secretário, em coletiva nesta quinta-feira (30). 

Segundo o secretário, ficou apalavrado que o secretário-executivo da Saúde, General Pazuello, seria um elo entre o Ministério e a SES-PE para a entrega de insumos. André afirma que necessita de respiradores para aberturas de novos leitos. 

Nós estamos buscando respostas junto ao General Pazuello, do ponto de vista de insumos estratégicos. E aqui eu falo fundamentalmente de mais respiradores para acelerar a abertura de leitos tanto no hospital alfa quanto na Maternidade Brites de Albuquerque que são referências hoje para Covid, como também para permitir a ampliação de leitos no hospital Oswaldo Cruz", ressaltou. 

Os respiradores estão entre os 100 comprados pelo governo de Pernambuco e retidos pela empresa a pedido do Ministério da Saúde.

Pedimos inicialmente 100 respiradores, um esforço para esses primeiros dias, primeiro contato com o novo ministro. Conseguimos 35, mas fruto daquela decisão judicial que veio do Tribunal de Justiça de Pernambuco a quem a gente novamente agradece, que foi alvo de busca e apreensão em São Paulo, mas precisamos de pelo menos mais 65 respiradores. A ideia era que a gente pudesse ter esses equipamentos até o final da semana, mas ainda aguardamos uma resposta mais objetiva por parte do Ministério da Saúde", completou. 

André Longo ainda pediu apoio do Governo Federal para a conscientização do isolamento social e reconheceu situações de descumprimento da regra em Pernambuco. 

 

Parte dos hospitais privados de Pernambuco já começam a aumentar o seu número de leitos e a converter enfermagens em UTI’s com respiradores para dar conta da alta demanda de pacientes com plano de saúde que contraíram Covid-19. A afirmação foi feira na tarde desta quinta-feira (30) pelo secretário estadual de saúde de Pernambuco, André Longo, durante entrevista coletiva.

Ao lado do secretário de saúde do Recife, Jaílson Correia, André explicou que inicialmente o governo imaginava que haveria mais leitos ociosos no sistema privado, que chegaria antes ao platô da doença. No entanto, a falta de isolamento social vem fazendo com que o número de casos seja tão grande que os hospitais privados também fiquem cheios.

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“Estamos com o sistema privado lotado demais, algumas unidades estão em 100% e ampliando sua capacidade. Para que vocês tenham ideia, para que aquelas pessoas que acham que terão sempre um atendimento à sua disposição, não é verdade, mesmo aquelas pessoas que têm plano de saúde podem ter que esperar mais tempo do que deveria”, disse o secretário.

De acordo com André Longo, era esperado que com as medidas de isolamento, a parcela da população que tem mais recursos financeiros e pode pagar por planos de saúde ficasse isolada e se contaminasse menos, gerando um contingente de leitos ociosos no sistema privado e essa ociosidade, diz o secretário, seria utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de parcerias. Não é, no entanto, o que tem acontecido.

“A gente tem notícia de hospitais privados tendo que ampliar a sua capacidade de leitos, conseguindo respiradores para transformar enfermaria em leito de terapia intensiva. A gente dizia ‘é esperado um descenso na curva da rede privada e que ela pudesse ficar ociosa’ mas ainda há aceleração na curva mesmo na rede privada. Ela ainda não atingiu o platô, com o relaxamento do distanciamento social as pessoas que tem plano de saúde também estão adoecendo. Nós queremos sim usar toda a ociosidade possível desses leitos privado, mas nesse momento há uma demanda muito forte dos usuários de plano de saúde” afirmou o secretário.

O secretário André Longo também afirmou que até o momento não se pode falar em colapso do sistema de saúde do estado, mas que a capacidade de resposta à doença é limitada e se as pessoas não forem rígidas no cumprimento das medidas de isolamento, a situação sairá do controle. “O nosso objetivo é não deixar ninguém desassistido. Se todo mundo adoecer ao mesmo tempo, nenhum sistema de saúde no mundo dará conta de atender todo mundo ao mesmo tempo e garantirá leitos de terapia intensiva ou enfermaria para todos”.

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Os aplausos ecoaram nesta quinta-feira nas unidades de terapia intensiva da Espanha, onde os médicos prestaram homenagem a seus colegas enfermeiros e auxiliares no quarto país do mundo com mais mortes devido ao novo coronavírus.

"Há pessoas da equipe que, de tempos em tempos, desmoronam um pouco e temos que nos apoiar mutuamente, para que eles voltem à luta, pessoas que ficaram de licença porque foram infectadas", explicou nesta quinta-feira à AFP o médico Alfonso Canabal, chefe de terapia intensiva do Hospital La Princesa, em Madri.

Protegido com luvas e máscara, este médico de 55 anos acaba de sair de sua unidade, onde respondeu ao pedido da Sociedade Espanhola de Medicina Intensiva para prestar homenagem ao meio-dia (horário local) a seus colegas nas UTIs do país.

"Entramos todos os médicos nos módulos de surpresa, eles não estavam esperando (os outrosfuncionários). Começamos a aplaudir. Eles adoraram. Eles nos devolveram aos aplausos", conta o médico.

Inúmeros vídeos gravados em outras unidades de terapia intensiva circularam pelas mídias e redes sociais.

- Paciente também aplaude -

"Houve um paciente que também aplaudiu", disse o médico. "Gostei muito, foi muito, muito emocionante e um momento de relaxamento, é necessário", acrescentou.

Ao mesmo tempo, em outra ala deste hospital no centro da capital, os trabalhadores do serviço de emergência formaram uma fila na rua para fazer um minuto de silêncio antes de aplaudir, um ritual que eles repetem desde a última quinta-feira.

Embora "muito menos pessoas doentes cheguem à sala de emergência e as salas estejam sendo esvaziadas de pacientes da Covid", "na verdade houve muitas vítimas e acho magnífico o detalhe dos médicos de emergência em fazer aquele minuto de silêncio", diz Canabal.

- "Uma certa normalidade" em um mês -

Madri é a região mais afetada pela pandemia, com quase um terço dos pacientes em terapia intensiva no país, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde.

A pressão no hospital como um todo foi reduzida, mas "não na UTI, será sempre o último lugar para parar de ter leitos ocupados na pandemia", explica Canabal.

Por isso, segundo ele, "é muito importante que não tenhamos um novo surto agora e que sejamos muito responsáveis com as medidas de libertação do confinamento" planejadas progressivamente até o final de junho.

"Isso é vital, porque agora também temos de tratar outras patologias que não foram tratadas porque todo o hospital foi dedicado ao COVID", insiste o médico. Se a tendência continuar, ele espera "ter uma certa normalidade dentro de aproximadamente um mês"

O Ministério da Saúde só entregou 340 kits de instalação de leitos de UTI aos Estados de um total de 3 mil prometidos, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. A pasta ainda corre atrás de empresa para fornecer 2 mil destes kits. O número enviado até agora é inferior ou próximo ao de leitos extras instalados por alguns Estados. O Paraná, por exemplo, tem cerca de 530 contratados. Já o Maranhão instalou 230 específicos para Covid-19.

Em 15 de março, o governo federal prometeu entregar a primeira leva de leitos. Eram 540 para reserva técnica. Desses, ainda não chegaram 200 aos Estados. As unidades que seriam usadas para reserva tornaram-se essenciais em algumas regiões. Mesmo sem conseguir vencer a primeira entrega, o governo federal aumentou a meta para 3 mil, no fim de março.

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O ministério não dá prazo para entrega de todos os leitos. O ex-secretário executivo da pasta, João Gabbardo, já afirmou que os produtos podem ser entregues em até uma semana aos Estados após a empresa contratada entregá-los ao governo federal. Os pacotes para montagem dos leitos têm cama, monitor de sinais vitais, respirador, entre outros insumos. Estes equipamentos serão enviados aos Estados, que montam leitos em locais já definidos.

Integrantes do ministério dizem que tiveram dificuldades para encontrar empresas interessadas em fornecer leitos e produtos para montagem dos kits. A Argentina chegou a bloquear uma compra de mil respiradores. A parcela inicial de mil conjuntos para montagem de leitos foi dividida em três processos de compras. Os primeiros 200 kits tinham sete respiradores para cada leito. Com a escalada da crise, o ministério contratou 340 leitos com um respirador cada. Segundo integrantes da pasta, porém, cem estão bloqueados em aeroportos aguardando a liberação da Anvisa. Um terceiro edital de 460 leitos não teve interessados. A primeira parcela de leitos (540 unidades) foi entregue conforme a população de cada Estado, mas com um piso de dez leitos.

Custeio

O governo também custeia o funcionamento de leitos e de locais de tratamento intensivo montados pelos Estados. São 2.232 leitos de UTI adulta e 26 de UTI pediátrica bancados pelo ministério, com R$ 1,6 mil diários. Governadores reclamam que o valor para manutenção dos espaços é mais alto, de ao menos R$ 2,5 mil por dia.

O Ministério da Saúde admitiu nesta quarta-feira (29) que não vai mais receber uma remessa de 15 mil respiradores mecânicos que havia comprado da China. O calote foi reconhecido pelo governo, que promete 14.100 unidades de equipamentos produzidos pela indústria nacional.

Nesta quarta-feira, no Senado, o ministro da Saúde, Nelson Teich, negou motivação ideológica para romper contrato com a empresa de Macau. Ele afirmou que houve desconfiança sobre a compra, após exigência de que parte de cerca de R$ 1 bilhão do contrato fosse paga antecipadamente em conta na Suíça.

Sobre a distribuição de insumos, o ministério informou que foram entregues 79 milhões de equipamentos de proteção individual. Nas contas do governo, os repasses realizados até agora chegam a R$ 4,5 bilhões em equipamentos de segurança individual, testes e leitos aos Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir de agora, com o 'aval' do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), os médicos que estiverem na linha de frente do combate ao novo coronavírus poderão priorizar quem terá acesso aos leitos de terapia intensiva, assistência ventilatória e paliação - tudo isso na ausência absoluta de leitos suficientes para atender a demanda terapêutica.

O órgão aponta que "os princípios do direito internacional, em situação de calamidade, exigem um plano de triagem que forneça equitativamente a todas as pessoas a "oportunidade" de sobreviver, porém observando que esses princípios não garantem tratamento ou sobrevivência a todos".

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O contexto de urgência não vai depender da idade, já que "uma mesma doença pode apresentar funcionalidades completamente distintas e que esta deve ser fator de prognóstico decisivo para tomada de decisão clínica e proporcionalidade terapêutica; que a funcionalidade do paciente, independentemente de sua faixa etária, deve ser verificada, sendo o Karnofsky performance status (KPS), um dos mais difundidos e pode ser adaptado a questões simples para o contexto da urgência", informa o Cremepe.

 

Em mais uma prestação de contas em relação às ações de combate à pandemia, Paulo Câmara e Geraldo Julio anunciaram que o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife estão disponibilizando, juntos, 1.132 novos leitos para o tratamento dos pacientes do novo coronavírus. Desses, 677 são leitos de enfermaria, enquanto os outros 455 são UTIs totalmente equipadas e preparadas para atender a população.

Paulo Câmara reforçou a importância da parceria estratégica com a Prefeitura do Recife para ampliação da oferta dos leitos no sistema. Ele também elencou que novos leitos de UTIs e enfermarias também foram criados em mais 12 municípios da Região Metropolitana e do interior. Esses leitos estão nas cidades de Moreno, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, Olinda, Palmares, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Salgueiro e Petrolina.

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Paulo Câmara lembrou que em 18 de março anunciou um esforço conjunto para criar mil novos leitos em Pernambuco para enfrentar a epidemia do novo Coronavírus. Naquele momento, o Estado tinha apenas 22 casos confirmados e nenhuma morte. “Para muitos, a meta de mil leitos e o inicio do isolamento social pareciam exagerados. Quarenta dias depois, ultrapassamos a meta dos mil novos leitos criados e a realidade que se impõe a todos nós é que precisamos avançar ainda mais”, disse.

O governador destacou a importância da operação logística, política e sanitária para criar leitos e disse que esse processo vai continuar. No mês de maio, os municípios de Caruaru, Serra Talhada e Petrolina receberão reforços, com a entrega de novos leitos e a inauguração de três hospitais de campanha.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio, destacou ainda, a importância do isolamento social. “É muito importante ampliar o isolamento para que o sistema de saúde não seja pressionado, como aconteceu em muitos países. Não devemos relativizar os números. Nós estamos falando de pessoas, de famílias”, enfatizou Geraldo Julio.

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O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, expôs dados sobre a ocupação dos leitos destinados aos pacientes com o novo coronavírus no município. Na manhã desta terça-feira (28), o médico voltou a destacar a importância de intensificar o isolamento domiciliar para achatar a curva de contágio.

Segundo informações da prefeitura, 91 leitos de UTI e 291 enfermarias estão aptos para atendimento nos hospitais provisórios, totalizando 382 unidades disponíveis. O secretário complementou ao repassar que 69 UTIs e 152 enfermarias já estão ocupadas. Desse modo, restam 22 leitos de UTI e 139 enfermarias disponíveis até o momento.

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Em relação aos respiradores, o município já repassou 122 unidades aos hospitais. A meta é adquirir 370 equipamentos, ainda assim, foi prevista a dificuldade de encontra-los no mercado, por isso foi feita uma encomenda de mais de 500, apontou Jailson.

O médico ainda solicitou a ajuda da população para conter a pandemia na região. Ele alerta que maio será um mês "muito difícil", porém pode ser amenizado com o reforço do isolamento social e das medidas de prevenção.

Começaram a chegar a Pernambuco, na tarde deste domingo (26), os 13 primeiros respiradores, dos 35 que a Justiça determinou a busca e apreensão na empresa Intermed, em São Paulo. Segundo o governador Paulo Câmara, que fez o anuncio em vídeo pelas redes sociais, esses novos equipamentos devem começar a ser distribuídos para a rede de saúde a partir desta segunda (27).

As máquinas foram apreendidas pela Comarca da cidade de Cotia na sexta-feira, dia 24. A expectativa é que até a próxima terça-feira, os outros 22 respiradores também já estejam desembarcando em Pernambuco. A busca e apreensão dos equipamentos foi determinada pelo juiz Teodomiro Noronha Cardoso, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Recife, atendendo a uma ação impetrada pela procuradoria geral do Estado.

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Os 35 respiradores foram comprados pelo Governo de Pernambuco e deveriam ter sido entregues pela empresa Intermed Equipamento Médico Hospitalar Ltda. desde no último dia 20 de março. A empresa alegava que estava impedida de efetuar a entrega, pois o material teria sido requisitado pelo Governo Federal. O Ministério da Saúde respondeu, através de ofício, que esses aparelhos não foram objeto de requisição administrativa feita pela União.

Mesmo diante dos fatos, a empresa respondeu negativamente e a PGE agiu junto à Justiça garantindo o direito do Estado em relação ao recebimento imediato dos equipamentos. “Essa é uma luta diária. Abrir novos leitos envolve além do espaço físico nos hospitais, os recursos humanos, os insumos e muitos outros detalhes importantes para atender os pacientes”, destacou Paulo Câmara e prosseguiu: “Nosso esforço para abrir novos leitos continua. Chegamos hoje a 712 novos leitos na nossa rede estadual, sendo 333 de UTI e 379 de enfermaria”.

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Da assessoria

Com aumento diário de casos de Covid-19, o governo de Pernambuco já trabalha com a possibilidade de obter mais leitos na rede privada. Segundo a SES-PE, já existe negociação em andamento. Nesta quinta-feira (23) a ocupação foi de 98% de leitos de UTI na rede pública. 

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O secretário de Saúde, André Longo, confirmou as negociações durante a coletiva desta quinta. Ele ainda citou que os valores de um leito dobraram durante a pandemia. Anteriormente um leito de UTI custava R$ 1 mil, hoje o governo paga R$ 2 mil com ajuda do Ministério da Saúde.

"Estamos negociando, fizemos uma série de reuniões capitaneadas pelo sindicato dos hospitais, mas com a participação das principais redes privadas para que a gente pudesse estabelecer patamares remuneração desses leitos privados que porventura passem a ser ocupado e utilizado pelo sistema de saúde”. 

Alguns leitos já operam na rede privada sob tutela do SUS: "Já temos um conjunto de leitos que estão à disposição do Sistema Único de Saúde (SUS), como hospital Santa Joana, São Marcos, Albert Sabin".

Mas novas ocupações já estão sendo programadas. "Estamos atentos e amanhã vamos fazer uma reunião com sindicato dos hospitais. Obviamente a gente que utilizar essa parte que estiver ociosa de leitos para pacientes do SUS", completou.

 

Pernambuco vai receber os 100 respiradores que comprou da empresa Intermed, cujo prazo de entrega está atrasado. Segundo secretário estadual de Saúde, André Longo, a empresa justificou o atraso afirmando que priorizava o Ministério da Saúde. No entanto, uma decisão judicial 'liberou' nesta quinta-feira (23) o equipamento para o Estado. 

"Sobre aqueles 100 respiradores que nós já tínhamos nos referido aqui que, o governo do estado havia comprado junto a uma empresa de São Paulo, hoje através de uma ação da nossa Procuradoria Geral do Estado que ajuizou uma ação na 3º vara da Fazenda Pública da capital houve a determinação para que se pudesse realizar busca e apreensão desses equipamentos junto a empresa Intermed".

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O secretário ainda explicou que a busca será feita de forma imediata, ressaltando que o descumprimento da decisão da Fazenda, acarreta em multa de R$100 mil por dia à empresa. "O governo do Estado reafirma seu compromisso em fazer cumprir essa determinação judicial para obter esses respiradores para colocar em funcionamento e salvar vidas".

"A decisão determina a entrega imediata de 35 ventiladores pulmonares que deveriam ter sido entregues desde a última segunda-feira (21), que é a obrigação contratual do primeiro lote", afirmou. Os outros 75 aparelhos serão entregues nos lotes seguintes.

Nas últimas 24 horas, 306 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus em Pernambuco e outras 30 pessoas morreram em decorrência da Covid-19. Sendo assim, já são 3.298 mil casos confirmados e 282 óbitos no Estado - além de 105 pacientes que conseguiram se recuperar. Os números são da Secretaria Estadual de Saúde. 

A pasta afirma que Pernambuco atingiu, nesta última quarta-feira (22), a marca de 637 leitos abertos para receber pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) com suspeita ou confirmação da Covid-19, sendo 327 leitos de UTI.

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"Nossa expectativa é ter, no total, até o fim do mês de abril, 400 leitos de UTI abertos para assistência a estes pacientes em nosso Estado", pontua o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

o radialista Maciel Júnior, reconhecido pela voz marcante e os comentários durante as partidas dos clubes pernambucanos, foi internado nesta quinta-feira (23) e segue na UTI com sintomas semelhantes aos do novo coronavírus. O resultado dos exames é esperado para as próximas horas.

Maciel deu entrada no Hospital Esperança, na área Central do Recife, com insuficiência respiratória. Consciente, ele já estava utilizando oxigênio e seguiu para ser monitorado na UTI pelas próximas 24 horas, de acordo com o filho Kelvin Maciel.

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Desde 2003 na Rádio Jornal, Maciel Júnior, de 52 anos, integra o Escrete de Ouro e é um dos responsáveis por comandar as transmissões das partidas de futebol pela Rádio e TV Jornal.

 

Com a progressão do plano de contingenciamento e a construção de cinco hospitais provisórios, 134 leitos destinados aos pacientes com o novo coronavírus já estão ocupados nas unidades de saúde do Recife. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde (Sesau), desde o início das notificações, 113 pacientes morreram no município e 1.687 casos foram confirmados.

O total de leitos ocupados é dividido em 43 de UTI e 91 de enfermaria. A Prefeitura do Recife informa que 233 UTIs e 594 de enfermaria já estão concluídos, totalizando 827 leitos prontos para serem ocupados. No entanto, apenas 70 vagas de UTI e 235 leitos de enfermaria estão em funcionamento e podem ser utilizados pela população acometida pela Covid-19.

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O Estado de Pernambuco tem atualmente 98% dos leitos de UTI da rede pública ocupados com casos confirmados e suspeitos de Covid-19. Nesta quarta-feira (22), apesar da lotação quase que total o Secretário de Saúde afastou a possibilidade de colapso. Por enquanto, André Longo acredita ter certo controle da situação visto que novos leitos são liberados todos os dias. Durante a fala ele ainda cobrou leitos prometidos pelos municípios de Paulista, Olinda e Jaboatão.

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"Falar de colapso agora parece ser precoce porque Pernambuco tem força de reação. Nós estamos esperando novos respiradores para colocar. Ainda estamos com 20 % da capacidade de UTI apenas no Hospital Alfa por exemplo. Com equipamentos a gente coloca muito mais leito", ressaltou citando a abertura diária de leitos da UTI na rede pública. 

"O dinamismo é a doença chegando todos os dias nas nossas unidades, a nossa capacidade de resposta nessas unidades e também esta luta continua pela abertura de novos leitos, que é o que a gente tem feito todos os dias", reforçou. 

Como já havia feito em outras ocasiões, André citou que na RMR municípios prometeram leitos e não cumpriram. "Foram prometidos em Paulista em Olinda, em Jaboatão dos Guararapes. Nós precisamos que esses leitos se transformem em realidade também", completou. 

 

Agendado para atender só na próxima segunda-feira (27), o hospital provisório Recife II teve a abertura antecipada e já funciona a partir desta quarta-feira (22). As informações sobre a unidade em combate à Covid-19, localizada no bairro dos Coelhos, área Central do Recife, foram repassadas pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) na manhã desta quarta (22).

Com a expectativa de disponibilizar a capacidade máxima de 320 leitos de enfermaria e 100 de UTI, a liberação das vagas do Recife II vai ocorrer de forma gradativa. Para a abertura dessa quarta (22), 50 leitos serão abertos e divididos em 30 de enfermaria e 20 de UTI.

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O município estima que 123 pacientes estejam internados na rede de saúde para reverter o quadro infeccioso. Desses, 84 são atendidos em enfermarias e 39 cumprem o tratamento nas UTIs do Hospital Recife I, na área Central; e do Hospital da Mulher, localizado na Zona Oeste.

O secretário de Saúde do município, Jailson Correia, informou que 122 respiradores já foram distribuídos pela rede de atendimento. Ele avalia a necessidade de compra de mais 370 equipamentos, mas garante que a prefeitura já solicitou 500.

Com 35 mortes confirmadas pela covid-10 no Pará, o governo do Estado anuncia mudanças no protocolo de acolhimento nos hospitais de campanha para evitar o colapso do sistema de saúde. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que há 902 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus, 1.599 casos descartados e 284 em análise, segundo atualização do dia 20 de abril. Os números só aumentam.

No domingo (19), o governador Helder Barbalho anunciou a entrega 20 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para a rede pública de saúde com respiradores e estruturaa para atender pacientes diagnosticados com covid-19. Todos os leitos serão instalados no Hospital de Campanha do Hangar – Centro de Convenções, em Belém.

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O Pará contava com 104 UTIs exclusivas para o tratamento de pacientes com coronavírus. Ao longo da última semana, 45 novos leitos de UTI foram instalados no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, segundo informações da Sespa.

O quadro mais preocupante está em Belém. Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os dois hospitais municipais de pronto-socorro estão lotados. O prefeito Zenaldo Coutinho admitiu que faltam médicos e equipamentos de proteção para profissionais de saúde. A rede hospitalar privada também está com dificuldades para atender à demanda de pacientes. 

Segundo a Agência Belém, canal de comunicação oficial da prefeitura, o Hospital Dom Vicente Zico passou a funcionar como retaguarda para os pacientes diagnosticados com o vírus no município e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) estão sendo adquiridos em caráter de urgência. 

Com informações da Sespa e Agência Belém.

O início de mais uma semana de combate a pandemia do coronavírus começou com um dado alarmante apresentado em coletiva nesta segunda-feira (20). Segundo o secretário Estadual de Saúde de Pernambuco, o Estado atingiu uma situação crítica com 99% dos leitos de UTI ocupados. 

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A situação, segundo o próprio secretário, está diretamente ligada ao desrespeito ao isolamento proposto. André Longo afirmou que 50% das pessoas adotaram a medida, mas que o ideal seria 70%.

"Estamos já com ocupação de 99% dos cerca de 300 leitos de UTI já disponibilizados. Esse número impõe uma situação crítica que já coloca algumas pessoas na fila aguardando por mais tempo que deveria por um leito de UTI", declarou o secretário. 

Preocupado, André voltou a dizer que todos os dias se abrem leitos, mas que não tem sido suficiente e lamentou não estar mais um 'passo à frente da doença'.

"Apesar dos esforços, todos os dias se abrem novos leitos, há um esforço enorme em relação a isso, mas aquele passo que nós estávamos a frente da epidemia não existe mais. Não estamos praticando o isolamento social ideal", reafirmou.

 

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou no sábado, 18, que renovará o período de distanciamento social em todos os municípios. O Estado é o terceiro mais afetado pela pandemia do novo coronavírus no País, com 3.034 casos confirmados e 176 mortes.

O decreto em vigor tem validade até segunda-feira, 20, mas ainda não foi divulgado o período da já anunciada prorrogação da quarentena contra o avanço do covid-19.

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"Informo aos cearenses que haverá renovação do atual decreto estadual em vigor no Ceará. Estou definindo com nossa equipe de especialistas por quanto tempo mais essas medidas de distanciamento social vão continuar em nosso estado. Vidas em primeiro lugar. Sempre", afirmou o governador em postagem nas redes sociais.

Na quinta-feira, o Ceará estava com todos os leitos de UTI ocupados. A estimativa do governo é que a capital, Fortaleza, comece a registrar 250 mortes por dia a partir de maio.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, disse que a situação também é preocupante em relação à quantidade de respiradores e de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas.

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