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O ministro da Educação, Camilo Santana, repudiou os vídeos em que alunos de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) simulam uma "masturbação coletiva" durante uma partida de vôlei feminino, em São Carlos, no interior de São Paulo. "É inadmissível que futuros médicos ajam com tamanho desrespeito às mulheres e à civilidade", apontou.

As imagens da última edição do Intermed mostram as alunas do time de Vôlei da Universidade São Camilo em quadra. Na arquibancada, um grupo de cerca de 20 rapazes aparecem com as calças abaixadas e fingem se masturbar. Eles seriam do time de Futsal da Unisa.

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A conduta apontada como um "trote", uma espécie de desafio aos calouros, se repetiu em uma "volta olímpica" na quadra, onde os acadêmicos correram com a mão no pênis.

O ministro da Educação informou que a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) foi acionada e cobrou uma notificação à Unisa para apurar as providências tomadas pela instituição, sob pena de abertura de procedimento de supervisão e adoção disciplinares.

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A instituição também repudiou os episódios, classificados como "atos execráveis" e reiterou que vem contribuindo com as investigações. A Unisa confirmou a expulsão dos envolvidos, mas não informou quantos alunos foram desligados.

"Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento", nota assinada pelo reitor Eloi Francisco Rosa.

Confira o comunicado na íntegra

"A Universidade Santo Amaro – Unisa informa que, na manhã de hoje, dia 18 de setembro, sua Reitoria tomou conhecimento de publicações em redes sociais divulgadas durante o fim de semana de 16 e 17 de setembro, contendo gravíssimas ocorrências envolvendo alunos do seu curso de Medicina.

De acordo com tais vídeos, alguns alunos, todos do sexo masculino, executaram atos execráveis, ao se exporem seminus e simularem atos de cunho sexual, durante competição esportiva envolvendo estudantes de Medicina da Unisa e de outra Universidade, realizada na cidade de São Carlos.

Assim que tomou conhecimento de tais fatos, mesmo tendo esses ocorrido fora de dependências da Unisa e sem responsabilidade da mesma sobre tais competições, a Instituição aplicou sua sanção mais severa prevista em regimento, ainda nesta mesma segunda-feira (18/09), com a expulsão dos alunos identificados até o momento.

Considerando ainda a gravidade dos fatos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis.

A Unisa, Instituição com mais de 55 anos de história, repudia veementemente esse tipo de comportamento, completamente antagônico à sua história e aos seus valores."

Alunos de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) abaixaram as calças e simularam masturbação durante uma partida de vôlei feminino em São Carlos, no interior de São Paulo. As imagens que viralizaram nas redes sociais nesse sábado (16) também mostram o grupo correndo em volta da quadra com o pênis a mostra.

A conduta faria parte de um trote, que seria uma espécie de desafio imposto aos calouros para ser realizado durante a competição que reuniu universidades do mesmo curso. O "punhetaço", como foi compartilhado em grupos entre os estudantes, ocorreu no momento em que jovens da Universidade São Camilo estavam em quadra.

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Os acadêmicos da Unisa representariam a instituição no campeonato de futsal masculino. A universidade ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

A deputada estadual Marina do MST (PT) informou que o grupo foi expulso dos jogos universiários e cobrou que sejam punidos pelo crime de importunação sexual, que prevê a pena de 1 a 5 anos de reclusão. 

O perfil da União Nacional dos Estudantes (UNE) também cobrou responsabilização dos alunos. "Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo", destacou o comunicado.

O Brasil está na semifinal da Liga das Nações feminina de vôlei. A seleção teve de lutar muito, nesta quarta-feira, principalmente nos três primeiros sets, para vencer o Japão, por 3 sets a 1, com parciais de 29/27, 28/26, 20/25 e 25/14. Por uma vaga na final da competição, a equipe vai aguardar o vencedor do duelo entre Estados Unidos e Sérvia, que acontece ainda nesta quarta-feira.

Visivelmente ansiosa, a jovem seleção do técnico José Roberto Guimarães cometeu erros em todos os fundamentos e viu o Japão abrir 21/15 no primeiro set. Mas com bela atuação de Julia Bergmann no ataque, a seleção conseguiu buscar o empate com seis pontos consecutivos. Daí até o final, a parcial foi repleta de disputas intensas por cada ponto. A vitória por 29/27 veio no bloqueio.

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O Brasil voltou melhor para o segundo set, mas o Japão permaneceu forte na defesa e com isso abriu 15/12 no placar. Kisy apareceu bem no ataque e levou a seleção ao empate em 15 pontos. Com erros japoneses, o Brasil abriu 21/18, mas voltou a ficar inconstante, possibilitando novo empate asiático em 21 pontos.

O final do segundo set foi sensacional, com o Brasil tendo o match-point com 24/22 e o Japão com 25/24. Kisy, mais uma vez, surgiu muito bem para liderar o Brasil em nova vitória apertada: 28 a 26.

O Brasil repetiu a mesma instabilidade no terceiro set. O Japão, sempre bastante regular, aproveitou para marcar 17/12. No final da parcial, o time brasileiro perdeu a concentração após um saque japonês visivelmente para fora, validado pela arbitragem. O Brasil não tinha direito mais a desafios: 25/20.

O quarto set foi totalmente diferente dos demais. O Brasil atingiu alto nível de produção tanto na defesa como no ataque. O bloqueio esteve insuperável, a levantadora Macris variou demais as jogadas e a parte ofensiva esteve impecável com Julia Bergmann (17 pontos), Carol e Gabi.

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O técnico José Roberto Guimarães mal teve tempo de comemorar a vitória da seleção feminina de vôlei diante do Comitê Olímpico Russo nesta quarta-feira e já está com a cabeça na Coreia do Sul, adversária do Brasil na semifinal dos Jogos de Tóquio-2020. O próximo jogo será nesta sexta-feira, às 9 horas (de Brasília).

"A Coreia é uma pedra no nosso sapato. Se não jogar bem, complica", explica o treinador. A estreia do Brasil na primeira fase foi justamente contra a Coreia do Sul e a seleção venceu sem grandes dificuldades por 3 sets a 0. Agora, na briga por uma vaga na final, Zé Roberto projeta um jogo diferente.

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"Nas quartas de final, a Coreia enfrentou a Turquia e 90% das pessoas apostavam na Turquia. Mas a Coreia foi lá, ganhou e passou. Na nossa estreia, eu estava preocupado porque não tínhamos muitas informações sobre o time coreano. Nós havíamos perdido para elas na Copa do Mundo por 3 a 1. Para a semifinal, temos de ter o mesmo comportamento que tivemos contra a equipe russa. Se jogar abaixo, vamos ter problema", avisa o treinador.

Diante do Comitê Olímpico Russo, o Brasil começou perdendo o primeiro set, mas depois virou a partida e acabou vencendo por 3 a 1. Foi uma vitória com a marca da superação da equipe, que não chegou a Tóquio como uma das favoritas, mas agora está na disputa direta por um lugar no pódio. Se perder da Coreia do Sul, ainda terá pela frente a partida valendo o bronze.

"Esse time tem força, não vai entregar fácil. É um time que luta e que faz do Brasil uma equipe competitiva. O pessoal sabe que se deixar o Brasil crescer, vai ter trabalho. Se a gente encontrar um pouco de força, vamos brigar. Tomara que tudo caminhe como está caminhando", disse Zé Roberto.

Gabi segue a linha do treinador e destaca ainda a força do conjunto da equipe. "Está muito nítido para o mundo inteiro que o que tem feito a diferença para o Brasil é o time e acreditar o tempo inteiro. Começamos a partida perdendo de 1 a 0, quase perdemos o segundo set e sempre acreditamos uma na outra. Sabíamos que não éramos as grandes favoritas, mas que juntas podíamos fazer coisas incríveis. E é o que estamos fazendo", disse.

A oposta Rosamaria ilustra bem essa situação. Ela começou no banco contra o Comitê Russo, mas quando entrou em quadra no segundo set foi fundamental para a virada do Brasil. E alerta que não há favoritismo na semifinal. "É um novo campeonato. A gente não pode se basear no que aconteceu no primeiro jogo. A Coreia do Sul melhorou muito e cresceu. Também temos pontos a melhorar."

Sob os olhares da nadadora Ana Marcela Cunha, que horas antes havia conquistado a medalha de ouro na maratona aquática, mas deixou o cansaço de lado para marcar presença nas arquibancadas da Ariake Arena, a seleção brasileira feminina de vôlei segue firme em busca do tricampeonato olímpico nos Jogos de Tóquio-2020. Nesta quarta-feira, a equipe bateu o Comitê Olímpico Russo por 3 sets a 1 - parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22 - e avançou à semifinal. A próxima adversária é a Coreia do Sul, equipe que o Brasil já ganhou na primeira fase da competição.

Após os 100% de aproveitamento na primeira fase, a seleção brasileira teve nesta quarta-feira o seu jogo mais complicado, diante de um rival fortíssimo, mas soube se impor para vencer de virada em grande estilo. Destaque para a volta da levantadora Macris, que estava fora desde a partida contra o Japão, quando sofreu uma entorse no tornozelo direito. Com ela em quadra, o Brasil subiu de produção e chega embalado à semifinal. A efusiva comemoração do técnico José Roberto Guimarães após o fim do jogo correndo em direção à arquibancada dá a dimensão da importância dessa vitória para o moral do grupo.

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O começo do jogo, porém, não foi bom para o Brasil. O Comitê Olímpico Russo logo abriu 4 a 0 no primeiro set. O início ruim complicou o jogo da seleção brasileira, que ficou o tempo todo atrás no placar. A equipe até ensaiou uma pressão com Fernanda Garay e Carol, mas não durou muito. Diante de um jogo bastante agressivo das russas, o Brasil teve muita dificuldade no ataque para vencer o forte bloqueio russo e cometeu também alguns erros no passe. Assim, perdeu a primeira parcial por 25 a 23.

No segundo set, o Brasil continuou sem conseguir encaixar uma boa sequência de ataques. Àquela altura do jogo, Tandara, por exemplo, estava com apenas quatro pontos em 15 ataques. O Comitê Olímpico Russo controlou o jogo pelas mãos de Fedorovtseva e abriu vantagem na dianteira, com 14 a 8 no placar. Zé Roberto Guimarães mexeu no time e mandou para quadra Rosamaria e Macris. O Brasil reagiu, contou com alguns erros das russas, foi buscar a virada e ganhou por 25 a 21.

Ao contrário dos sets anteriores, na terceira parcial foi o Brasil que começou melhor. Após ace de Carol Gattaz, a seleção abriu 7 a 4. Muito do bom momento era graças à entrada de Macris. Ela mudou a dinâmica do jogo da seleção e deu mais velocidade à equipe. Falhas na recepção permitiram que o Comitê Olímpico Russo crescesse na partida, mas não ao ponto de segurar o ataque brasileiro, que fechou em 25 a 19.

O quarto set foi muito equilibrado, disputado ponto a ponto. O Brasil só conseguiu abrir uma vantagem um pouco mais confortável depois de um ace de Rosamaria, com 15 a 12. Mas a seleção sofreu um "apagão" e o Comitê Olímpico Russo virou para 17 a 15. Na reta final, na base da raça e superação, o Brasil ganhou a parcial e o jogo por 25 a 22.

A campanha da seleção brasileira de vôlei feminino na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 foi impecável. Nesta segunda-feira, o Brasil venceu com facilidade o Quênia por 3 sets a 0 - com parciais de 25/10, 25/16 e 25/8 -, classificando-se com 100% de aproveitamento no Grupo A, com cinco vitórias em cinco jogos, na primeira colocação.

Com a confirmação da liderança da chave, as brasileiras entraram no caminho do Comitê Olímpico Russo nas quartas de final. As russas perderam da Turquia nesta segunda-feira e acabaram ficando na quarta colocação do Grupo B. O restante da chave ainda vai ser sorteada pela Federação internacional de Vôlei (FIVB, na sigla em inglês).

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Logo após a vitória sobre o Quênia, o técnico José Roberto Guimarães analisou o time do Comitê Olímpico Russo. "Contra as russas vamos ter de jogar bem taticamente, cresceu muito da Liga das Nações pra cá. Ganharam da China, dos Estados Unidos, o time cresceu no ataque, melhorou o passe. Time super perigoso com jogadoras experientes. Vamos ter de ter muito cuidado com nosso sistema defensivo, algo que sempre me preocupa, contra um time que sempre ataca bem e alto", afirmou.

Em um jogo que o Brasil pode rodar o elenco e utilizar as jogadoras reservas que pouco entram, Zé Roberto Guimarães deu chance até para a ponta Ana Cristina, de apenas 17 anos, no terceiro set. Na pontuação, Carol Gattaz foi a melhor com 12. Gabi e Tandara marcaram sete cada. Pelo lado queniano, Chumba se destacou com oitom pontos e Kasaya fez seis.

Um velho conhecido das brasileiras estava à beira da quadra do Quênia: o técnico Luizomar de Moura, que comanda o Osasco na Superliga Feminina. O Brasil, porém, não aliviou as coisas para o treinador. Zé Roberto colocou em quadra as titulares até a metade do jogo. "O melhor é jogar sério contra elas, até para que elas evoluam. Acho que fizemos isso. É muito importante", disse.

A seleção brasileira feminina de vôlei chegou ao terceiro resultado positivo nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta quinta-feira, o Brasil venceu o Japão por 3 sets a 0, na Ariake Arena, sendo que antes havia batido Coreia do Sul e República Dominicana. A ponteira Fernanda Garay foi a maior pontuadora do confronto, com 13 acertos. A atacante Gabi também teve boa pontuação, com nove.

A levantadora Macris deixou a quadra no terceiro set depois de sofrer uma lesão no tornozelo direito e foi substituída por Roberta. Segundo o médico da seleção feminina, Júlio Nardelli, a jogadora já começou o tratamento de fisioterapia e está em observação. "A Macris já está fazendo tratamento fisioterápico, vai ser acompanhada de perto e vamos realizar uma ressonância entre hoje (quinta-feira) e amanhã (sexta)", disse.

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A capitã Natália, que entrou bem na partida, comentou sobre a vitória diante das japonesas. "Nosso time jogou mais solto desde o início do primeiro set. Essa vitória em três sets contra o Japão foi muito boa para a nossa confiança. É sempre muito difícil jogar contra as japonesas que têm um dos melhores sistemas defensivos do mundo e acaba sendo um teste de paciência. O grupo todo atuou muito bem", afirmou.

Roberta destacou a postura brasileira em toda a partida e mostrou confiança na campanha do Brasil. "Ficamos chateadas com a lesão da Macris, mas tentei manter o nível que ela estava imprimindo na partida. Fico feliz que o time se juntou e conseguimos fechar o set por ela. Temos 12 atletas prontas para jogar, vamos focar em mandar boas energias para Macris e pensar na Sérvia. É um time muito alto e que bloqueia com eficiência", comentou.

O Brasil terá a Sérvia como próxima adversária nos Jogos de Tóquio-2020, em duelo que acontecerá às 4h25 (de Brasília) neste sábado. Na última edição olímpica, no Rio de Janeiro, em 2016, a seleção feminina ficou em quinto lugar. O País tem dois ouros e dois bronzes no vôlei feminino em Olimpíadas.

A seleção brasileira feminina de vôlei teve grandes dificuldades para conseguir a sua segunda vitória nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Nesta terça-feira, o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães derrotou a República Dominicana por 3 sets a 2 - com parciais de 22/25, 25/17, 25/13, 23/25 e 15/12.

Um dos pontos fortes da seleção brasileira foi a variação ofensiva, com ataques no meio pelas centrais. O Brasil enfrentou dificuldades diante do bloqueio forte das dominicanas e só conseguiu a vantagem quando diversificou os ataques, usando todas as atletas para definir os pontos. Individualmente, Fernanda Garay fez grande partida e anotou 26 pontos. Gabi e Carol Gattaz também tiveram boas atuações no ataque. A próxima partida será diante da Sérvia, nesta quinta-feira.

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No primeiro set, o bloqueio dominicano parou as atacantes brasileiras. Explorando a estatura de suas atletas, a rival fez um muro, quase sempre com bloqueios duplos. O Brasil só levou vantagem quando explorou sua maior qualidade técnica. Mas não conseguiu se distanciar no placar que registrou empates no início (7 a 7) e na metade do set (16 a 16).

Foram os bloqueios que definiram o set. O 22º ponto foi conquistado assim, diante do ataque paralelo de Tandara. Para fechar o primeiro set, Martinez atacou o bloqueio brasileiro, e a bola foi para fora. República Dominicana fechou o primeiro set em 25 a 22.

No segundo set, o Brasil começou a sacar melhor. Isso criou problemas para a recepção rival. Foi assim que Garay conseguiu uma boa sequência e o Brasil abriu 10 a 4. Com a vantagem, o Brasil se mostrou mais confiante e intenso.

Com as dificuldades de Tandara para encaixar os ataques por causa do forte bloqueio, o Brasil passou a variar sua produção ofensiva e explorar as centrais. Em uma bola de primeiro tempo, Carol abriu 15 a 10. Em seguida, Gabi fez 18 a 11. Essa variação abriu caminho para Tandara enfrentar bloqueios simples nas pontas, o que aumentou seu rendimento no jogo. Aos poucos, a atacante foi recuperando seu poder de decisão e abriu o placar em 20 a 12. A vantagem obtida durante a passagem de Fernanda Garay pelo saque se manteve ao longo do set. Impondo seu ritmo e errando pouco, o Brasil fechou o set de forma consistente em 25 a 17 e empatou o jogo em 1 a 1.

No terceiro set, o equilíbrio voltou a ser a tônica do jogo. Depois de abrir 9 a 6, a maior diferença no início do set, as dominicanas se recuperaram e reduziram a distância para dois pontos. Foram as centrais que ampliaram a vantagem do Brasil para 23 a 13 - dez pontos de diferença. Também foi decisiva a variação de ataques e o saque forçados, obrigando as dominicanas ao erro. Deu tudo certo para o Brasil. Com tranquilidade, o Brasil fechou a partida e reafirmou a supremacia técnica das brasileiras.

O quarto set começou com uma disputa de 41 segundos. As dominicanas, no entanto, recuperaram a força ofensiva, com saque forçado, e voltaram ao padrão do primeiro set. Elas bloqueavam e brigavam por todas as bolas. Com isso, conseguiram abrir 9 a 5. Uma das estratégias foi explorar os bloqueios brasileiros, sem o confronto direto. Com isso, Martínez conseguiu pontos em alguns contra-ataques. Na reta final, as dominicanas abriram 18 a 15, mas o Brasil conseguiu buscar a igualdade em 23 pontos. No bloqueio em Gabi, as dominicanas fecharam o set em 25 a 23 e empataram o jogo.

No quinto set, as dominicanas conseguiram marcar bem os ataques de força, principalmente de Tandara, e abriram 6 a 4. Voltando a sacar bem, o Brasil empatou o set por 7 a 7. A vantagem de dois pontos (13 a 11) foi conquistada novamente com a variação dos ataques, principalmente pelo meio. Gabi conseguiu o 14º ponto atacando do fundo. A mesma Gabi fechou o jogo, ressaltando sua grande atuação.

A seleção feminina de vôlei do Brasil estreou com vitória de 3-0 sobre a Coreia do Sul nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em partida disputada neste domingo (25) no Ariake Arena e válida pelo grupo A.

O primeiro set foi um verdadeiro passeio e terminou 25-10. Nas parciais seguintes, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães venceu por 25-22 e 25-19.

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Fernanda Garay e Gabi foram os destaques da seleção, com 17 e 16 pontos, respectivamente.

A seleção brasileira, que luta pelo terceiro título olímpico de sua história (ouro em Pequim-2008 e Londres-2012), volta à quadra na terça-feira para enfrentar a República Dominicana. A partida está marcada para 7h40 (horário de Brasília).

A seleção brasileira feminina de vôlei se apresentou nesta segunda-feira no Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ) e já foram apresentados cinco pedidos de dispensa. 



Antes mesmo da convocação, as centrais Adenzia (Scandicci-ITA) e Thaisa (Hinode Barueri) já haviam comunicado o desinteresse em defender a seleção. Após o anúncio da lista de convocadas, a levantadora Dani Lins (Hinode Barueri) e também as líberos Camila Brait (Osasco-Audax) e Tássia Silva (Sesi Vôlei Bauru) pediram dispensa.

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A levantadora Dani Lins pediu dispensa da Seleção - Foto: Wikimedia

Para o início dos treinos que visam a disputa da Liga das Nações, do Campeonato Sul-Americano, do Pré-Olímpico e da Copa do Mundo, foram convocadas as levantadoras Roberta Ratzke (Sesc RJ) e Juma Silva (Hinode Barueri); a oposta Tandara Caixeta (Guangdong Evergrande); as ponteiras Amanda (Hinode Barueri), Drussyla Costa (Sesc RJ) e Gabi Cândido (Sesi Vôlei Bauru); as centrais Bia (Sesc RJ), Milka Medeiros (Hinode Barueri) e Lara Nobre (Fluminense); Natinha (Hinode Barueri) e, além de outras três jogadoras convidadas para participar das atividades preparatórias: a oposta Lorenne (Osasco-Audax) e as ponteiras Tainara Santos (Hinode Barueri) e Julia Bergmann (sem clube).

Além das jogadoras convocadas, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) apresentou também os profissionais que formarão a comissão técnica, que tem o comando do técnico tri-campeão olímpico José Roberto Guimarães: o supervisor Bernardo Villano, os preparadores físicos José Elias Proença e Caíque Botelho, o assistente Wagner Coppini (Wagão), o médico Júlio Nardelli, o fisioterapeuta Fernando Fernandes, o estatístico Luciano Tavares, os auxiliares de quadra Fabiano Marques e Alexandre Gomes, o médico fisiologista João Olyntho Neto e o nutrólogo Philippe Queiroz.

O primeiro desafio da seleção bi-campeã olímpica é a Liga das Nações, competição que substitui o Grand Prix da modalidade e que começa no dia 21 de maio. A equipe também tem pela frente o campeonato Sul Americano das seleções, o torneio pré-olímpico e a Copa do Mundo de Vôlei. 

Entre os dias 23 e 25 de outubro, a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife, receberá no seu Ginásio de Esportes a primeira edição da Superliga Série C de vôlei feminino. A competição é organizada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e contará com equipes de várias partes do Brasil.

A primeira edição do evento terá como sedes Recife e Ponta Grossa, no Paraná. As equipes melhores classificadas durante o torneio terão vaga garantida na Superliga Brasileira de Voleibol Feminino Série B. Os times serão divididos em dois grupos e a competição será definida pelo sistema de pontos corridos, ou seja, os dois times que pontuarem mais sobem de divisão.

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Segundo o coordenador de esportes da UNINASSAU, Hermógenes Brasil, a criação de uma nova divisão no vôlei brasileiro vai deixar a modalidade ainda mais competitiva. “Diversos são os benefícios de uma nova divisão no vôlei. Para começar, ajuda na popularização do esporte, além disso, aumenta o número de competidores e cria novas oportunidades para outros atletas”, afirma.

Da assessoria de imprensa

 

A China passou à final do vôlei feminino dos Jogos do Rio ao bater a Holanda por 3 sets a 1 nessa quinta-feira (18), e disputará a medalha de ouro com a Sérvia. Com uma vitória contundente, por parciais de 27-25, 23-25, 29-27 e 25-23, as chinesas provaram que a derrota do Brasil nas quartas de final não foi um mero acidente.

Após um primeiro set equilibrado, no qual a equipe de Ping Lang venceu por 27-25, a Holanda se recuperou e ganhou por 25-23, mas as chinesas - com atuação espetacular de Zhu Ting - deram o troco nos dois sets seguintes, com 29-27 e 25-23, para fechar a partida.

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A China buscará agora seu terceiro ouro olímpico, contra uma Sérvia que jamais subiu ao pódio do vôlei feminino.

Ficha técnica da partida:

Árbitros: Denny Cespedes (República Dominicana), Fabrizio Pasquali (Itália)

Resultado: China - Holanda 3-1 (27-25, 23-25, 29-27, 25-23)

China: Xinyue Yuan, Ting Zhu, Qiuyue Wei, Changning Zhang, Yunil Xu, Rougi Hui, Li Lin (líbero). Entraram: Fangxu Yang, Xiaotong Liu. DT: Ping Lang.

Holanda: Yvon Belien, Robin de Kruijf, Judith Pietersen, Lonneke Sloetjes, Anne Buijs, Laura Dijkema, Debby Stam-Pilon (líbero). Entraram: Femke Stoltenborg, Celeste Plak. DT: Giovanni Guidetti

Em um jogo emocionante, o Brasil foi eliminado pela China nas quartas de final do vôlei feminino dos Jogos Olímpicos Rio-2016 por 3-2 (15-25, 25-23, 25-22, 22-25 e 15-13) e deu adeus ao sonho do tricampeonato.

A seleção, campeã em Pequim-2008 e Londres-2012, não conseguiu escapar da armadilha chinesa, com muita defesa e aplicação, além da atuação impressionante de Ting Zhu, que marcou 28 pontos. Para completar o cenário, a seleção cometeu muitos erros. Após a partida, Sheilla e Fabiana, duas veteranas e bicampeãs olímpicas, afirmaram que não devem jogar mais pela seleção.

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Invictas na primeira fase, com cinco vitórias e sem perder um set, a equipe do técnico José Roberto Guimarães foi a primeira colocada do Grupo A, enquanto a China foi apenas a quarta do Grupo B.

E o primeiro set foi tão tranquilo que deu a ideia de que o Brasil voltaria a vencer com facilidade. A seleção abriu 8-2 e não tirou o pé do acelerador. Fabiana, com seis pontos, e Fernanda Garay, com cinco, foram os destaques da seleção, que venceu por 25-15.

No segundo set, o jogo mudou. O Brasil chegou a ter 11-6 no placar, mas a equipe asiática buscou o empate em 11-11, o que obrigou José Roberto a pedir tempo. O equilíbrio prosseguiu, mas o Brasil chegou a ter 20-17. Com um jogo de muita paciência, mais uma vez as rivais conseguiram empatar em 21-21 e o técnico brasileiro pediu novo tempo. Com 23-23 no placar, as chinesas conseguiram trabalhar bem os últimos pontos e fecharam a parcial em 25-23.

'Eu acredito' frustrado

O terceiro set seguiu com a partida equilibrada. Com 7-7 no placar, Zé Roberto pediu um desafio em uma bola chinesa considerada dentro. Quando o vídeo mostrou que a bola havia sido fora, dando razão ao técnico brasileiro, a torcida vibrou, percebendo que o jogo era muito mais complicado do que se previa. Com 12-11, Fê Garay fez uma defesa incrível, Dani Lins levantou e Natália soltou o braço. No 13-13, José Roberto colocou Jaque em quadra e ela anotou dois pontos em sequência, mas a China seguia encostada no placar.

E as chinesas viraram o marcador, para chegar a 21-18, com ótima atuação de Qiuyue Wei. A torcida começou a gritar "eu acredito", mas as adversárias administraram a vantagem e fecharam o set em 25-22.

Pela primeira vez na Olimpíada o Brasil estava atrás no placar, resultado de um grande jogo da China, com grande volume de defesa, mas também dos erros cometidos pela seleção. O nervosismo da equipe ficou claro no início do quarto set. Com erros de recepção em dois saques de Ni Yan, a China abriu 7-5, José Roberto pediu tempo e a torcida começou a gritar "Brasil, Brasil".

As jogadoras começaram a vibrar em cada ponto e a torcida entendeu o momento. Mas do outro lado, as chinesas permaneciam em vantagem, até um ponto de saque de Fabiana que empatou o set em 14-14. Um bloqueio de Juciely, que entrou no lugar de Thaisa, deixou o Brasil em vantagem de 16-14.

Com o Maracanãzinho transformado em caldeirão, a equipe brasileira mostrou que não é bicampeã olímpica por acaso. A seleção administrou a vantagem e fechou o set em 25-22, levando a partida para o tie-break.

O quinto set seguiu equilibrado até o 7-7, quando a China abriu dois pontos de vantagem, mas com um ataque de Fê Garay o Brasil voltou a empatar em 10-10. As falhas, no entanto, continuaram, com erros de saque em sequência de Dani Lins e Sheilla, o que deixou as chinesas com 14-12 no placar. Fabiana anotou o 13º ponto do Brasil, mas as chinesas não se abalaram com a pressão e fecharam em 15-13. Desta maneira, o sonho do título em casa, que seria o tricampeonato olímpico, chegou ao fim.

Agora a China enfrenta a Holanda, que venceu a Coreia do Sul por 3-1. A segunda semifinal será disputada entre Estados Unidos e Sérvia, que venceram nas quartas, respectivamente, Japão e Rússia por 3-0.

Os Estados Unidos se classificaram para as semifinais do torneio olímpico de vôlei feminino, nesta terça-feira (16), graças a uma vitória contundente de 3-0 sobre o Japão, e enfrentarão a Sérvia. No duelo entre EUA e Japão, o jogo escorreu entre os dedos das japonesas, e as americanas conquistaram a vitória com parciais de 25-16, 25-23 e 25-22.

Destacaram-se na seleção americana o trabalho ofensivo de Kimberly Hill e de Foluke Akinradewo, que terminaram com 15 e 10 pontos, respectivamente. Para o Japão o maior destaque foi Yuki Ishii, com 13 pontos.

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As asiáticas se despediram do estádio entre lágrimas e abraços, incentivadas pelos aplausos da torcida. As americanas comemoraram a classificação, que lhes permite prosseguir na disputa com o olho em uma final olímpica sonhada contra o Brasil, seu grande carrasco nos últimos tempos.

Horas depois, a Sérvia derrotou a Rússia por 3-0 (25-9, 25-22 e 25-21) no Maracanãzinho. Holanda venceu a Coreia do Sul e agora espera o ganhador da partida entre China e Brasil para as semifinais.

Ficha técnica da partida entre os Estados Unidos e o Japão, disputada no Maracanãzinho:

Árbitros: Paulo Turci (Brasil), Heike Kraft (Holanda)

Resultado: Estados Unidos - Japão 3-0 (25-16, 25-23, 25-22)

Estados Unidos: Alisha Glass, Rachael Adams, Jordan Larson-Burbach, Kelly Murphy, Kimberly Hill, Foluke Akinradewo, Kayla Banwarth (líbero). Depois entraram: Courtney Thompson, Kelsey Robinson, Karsta Lowe

Técnico: Karch Kiraly

Japão: Miyu Nagaoka, Haruka Miyashita, Sacri Kimura, Haruyo Shimamura, Erika Araki, Yuki Ishii, Arisa Sato (líbero). Depois entraram: Yurie Nabeya, Saori Sakoda, Kotoki Zayasu, Kanami Tashiro

Técnico: Mayasoshi Manabe

Maior pontuadora: Kimberly Hill (15)

A seleção brasileira feminina de vôlei já conhece quais serão as suas primeiras adversárias na luta pelo tricampeonato olímpico. Nesta segunda-feira, com o encerramento no dia anterior do torneio qualificatório, a Federação Internacional de Voleibol divulgou os grupos da competição, colocando a Rússia na mesma chave da seleção dirigida por José Roberto Guimarães, em chaveamento definido pelo ranking da entidade.

O Brasil lidera o Grupo A por ser o país-sede da Olimpíada. A chave também conta com Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões, além das russas. A Rússia foi adversária do Brasil nas últimas três edições dos Jogos, tendo conquistado uma dramática vitória nas semifinais de 2004. Depois, porém, as brasileiras se vingaram com triunfos em 2008, por 3 a 0, na fase de grupos, e um emocionante 3 a 2 nas quartas de final em Londres, há quatro anos.

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A Coreia do Sul foi semifinalista nos Jogos de Londres, perdendo a disputa do bronze exatamente para o Japão. Na fase de grupos, a seleção sul-coreana conseguiu uma surpreendente vitória por 3 sets a 0 sobre o Brasil e agora voltará a encontrar as bicampeãs olímpicas no Rio. Já Argentina e Camarões vão participar pela primeira vez da Olimpíada.

O Grupo B do vôlei feminino nos Jogos do Rio vai ser composto por Estado Unidos, China, Sérvia, Itália, Holanda e Porto Rico. Assim, a chave terá o repetição da decisão do Mundial de 2014, em que a seleção norte-americana superou a chinesa, que em 2015 venceu a Copa do Mundo.

O torneio de vôlei feminino dos Jogos do Rio ainda não teve a tabela da fase de grupos divulgada. Os quatro primeiros colocados de cada grupo se classificam às quartas de final. A partir daí, as equipes se enfrentam em jogos eliminatórios até a definição da seleção campeã olímpica.

A inédita classificação de Porto Rico fechou a lista de seleções participantes do torneio feminino de vôlei dos Jogos Olímpicos do Rio. A vaga foi assegurada na noite de domingo, com a vitória por 3 sets a 0 das porto-riquenhas sobre Quênia, com parciais de 25/8, 25/23 e 25/15, em casa, em San Juan.

A cidade porto-riquenha foi sede de um dos torneios intercontinentais da repescagem para a Olimpíada, envolvendo dois representes da África - Quênia e Argélia -, e os terceiros colocados dos classificatórios sul-americanos - Colômbia - e da América do Norte, Central e do Caribe - Porto Rico.

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Sede do classificatório, Porto Rico se classificou sem perder sequer um set nos três jogos que disputou. E no último duelo, contra o Quênia, no último domingo, a equipe só precisava vencer uma parcial. Assim, já estava classificada ao Rio ao fim do primeiro set, mas, ainda assim, conseguiu o triunfo por 3 a 0.

Sem muita tradição no vôlei, Porto Rico ficou em quarto lugar no Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, quando perdeu nas semifinais para o Brasil em cinco sets. E o seu melhor desempenho em um Mundial foi em 2002, quando avançou para a segunda fase e terminou na 12ª colocação.

Com a classificação de Porto Rico, todos os participantes do torneio de vôlei feminino da Olimpíada estão conhecidos. Os outros são: Brasil, China, Sérvia, Rússia, Argentina, Estados Unidos, Camarões, Japão, Itália, Holanda e Coreia do Sul.

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Entrevista coletiva ou tarde de autógrafos. Normalmente essa é a atividade dos atletas na véspera de cada etapa do Circuito Brasileiro Banco do Brasil de Vôlei de Praia. A própria empresa patrocinadora da competição faz os convites e determina as ações. As jogadoras Andressa e Carol Horta fugiram do padrão, e causaram e vivenciaram uma experiência inesquecível. Na última quarta-feira, saíram da própria rotina para conhecer a dos adolescentes da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.

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As jogadoras chegaram à Funase acompanhadas de alguns assessores e entraram na sala de recepção sem ter ideia de como seria lá dentro. “Posso entrar com a caneta? Precisa deixar o celular aqui?”, questionou a fortalezense Carol Horta, que faz dupla com Duda. A atleta logo explicou: “É que nós nunca visitamos em um lugar assim”.

Oficinas de ressocialização

Carol Horta e Andressa cruzaram os primeiros corredores até a sala - que os adolescentes assistem TV - e esperaram para começar a visitação. A coordenadora geral da Funase, Viviane Sybalde, e o secretário de Esporte e Lazer de Jaboatão dos Guarapes, Marcus Sanchez fizeram as honras de acompanhar as jogadoras. Os primeiros contatos com os reeducandos foram nas oficinas. 

Assim que entraram na sala de bordado receberam pedidos dos alunos para posar para fotografias. “Claro, sem problemas”, respondeu Andressa. Carol Horta ainda brincou, “ai, como eu queria aprender a bordar. Sempre quis”. Um dos alunos falou, “quem joga bem vôlei sou eu, me garanto”. O colega atestou, “ele é bom mesmo, visse! Não parece, não. Porque é baixinho, com menos de um metro”, disse rindo. 

As atletas seguiram oficina de robótica. “Três alunos do professor Higínio (responsável pelas aulas) saíram daqui direto para o mercado de trabalho”, contou orgulhosa a coordenadora Viviane Sybalde. “É bom assim, quando o resultado aparece”, falou a paraibana Andressa – que joga ao lado de Tainá no Circuito de Vôlei de Praia. A Funase de Jaboatão dos Guararapes, inclusive, recebeu o Prêmio Innovare – um dos mais conceituados da Justiça brasileira - no final de 2014 pelo projeto de ressocialização de adolescentes. 

Contato com o grupo

Até então, as duas jogadoras só haviam encontrado cerca de cinco alunos. Quando saíram para o pátio, se juntaram a dezenas de garotos. São adolescentes com idade entre 12 e 15 anos que cumprem regime fechado e recebem visita apenas de parentes próximos. Alguns estão há mais de um ano no local. O primeiro contato com o grupo foi mais delicado e causou um pouco mais de tensão, principalmente em Andressa, que vestia uma bermuda mais curta.

Após a visita a atleta revelou a tensão, mas não explicou precisamente o sentimento: “Ah, não sei. É que eu estou começando agora e fico meio nervosa com tudo”. E amenizou, “mas o pessoal tratou a gente muito bem e nos deixou bem à vontade na casa, para conhecer tudo”. A propósito, em momento algum os adolescentes se dirigiram às jogadores sem a habitual educação com, “por favores”, “com licenças” e, principalmente, “obrigados”. Questionado se acompanhava a carreira das atletas, um dos garotos fãs de vôlei – e que costuma jogar no local - respondeu: “Conheço não. Assim que nem elas? Bonitas que nem essas daí a gente só vê na televisão. E na daqui só passa jogo de futebol”.

Encanto e apoio

A visita terminou com a apresentação das jogadoras (além de gestores do local e políticos) e a série de autógrafos em camisas para cada um dos cerca de 60 garotos presentes. Os coordenadores falaram e foram aplaudidos. Mas não se aproximaram perto da ovação às palavras de Carol Horta, que fez questão de se pronunciar. “Primeiro, meus parabéns a vocês. Pela organização, dedicação e superação de cada dia aqui. Parabéns por passarem pelos seus problemas e parabéns por querer melhorar...”, disse.

O secretário de Esporte e Lazer de Jaboatão dos Guararapes, Marcus Sanchez agradeceu e ressaltou a visita das jogadores. "É a primeira vez que a gente traz atletas desse porte para cá. Elas estão entre as 16 melhores do Brasil, que um dos mais fortes celeiros de vôlei de praia do mundo. Então, a gente faz isso com muita felicidade. Eu digo que os garotos daqui têm duas coisas que se assemelham às atletas: superação e determinação. E essa é a verdade. Eles estão superando problemas que tiveram na vida e elas, a cada dia para fazer o melhor no vôlei. Ninguém vai mais esquecer na vida. Os garotos daqui, nós que participamos e as atletas. É realmente inesquecível", declarou.

As duas jogadoras, apesar de não jogarem juntas ganharam a torcida de todos no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Ganharam a torcida dos alunos e dos professores. E ganharam a experiência. “Nunca cheguei a conhecer uma casa assim para as crianças e os jovens que fizeram algo de errado e têm chance de se recuperar e crescer na vida de alguma forma. É muito bacana”, declarou Andressa.

Carol Horta também ressaltou a surpresa e o trabalho de ressocialização feito na Funase de Jaboatão dos Guararapes. “Não tinha noção de como era, imaginava completamente diferente. Parece um casarão que mora uma família. É muito aconchegante, as pessoas muito bacanas”, disse.  E completou: “Os meninos são muito educados, apesar de tudo”.

A seleção brasileira feminina de vôlei está fora da liderança do ranking mundial. Um dia após terminar o Mundial de Vôlei, realizado na Itália, na terceira colocação, a equipe dirigida por José Roberto Guimarães caiu para o segundo lugar na lista, agora liderada pelos Estados Unidos.

A seleção norte-americana foi a algoz do Brasil no Mundial ao derrotá-lo nas semifinais, por 3 sets a 0, e, posteriormente, faturou pela primeira vez o título do torneio ao bater a China por 3 a 1 na decisão. Assim, os Estados Unidos também assumiram a primeira colocação da lista, com 345 pontos.

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Atual campeã olímpica e do Grand Prix, o Brasil adiou o sonho de ser campeão mundial pela primeira vez, mas ao menos subiu ao pódio ao derrotar a Itália por 3 sets a 2 na disputa do terceiro lugar. Com essa campanha, a equipe agora soma 310 pontos, na segunda colocação no ranking.

Vice-campeã mundial, a China ganhou duas posições na lista e está em terceiro lugar, com 276 pontos. O Japão foi uma das equipes ultrapassadas na lista e está na quarta colocação, à frente da Itália, anfitriã do Mundial e que foi semifinalista da competição.

A lista das dez primeiras do ranking é completada pela República Dominicana, em sexto lugar, a Rússia, em sétimo, a Sérvia, na oitava posição, a Alemanha, na nona colocação, e a Coreia do Sul, em décimo.

PREMIAÇÃO INDIVIDUAL - Derrotada apenas uma vez no Mundial, a seleção brasileira teve duas jogadoras premiadas pelo desempenho na Itália. Sheilla foi escolhida a melhor oposta, enquanto Thaisa acabou sendo apontada como a principal central da competição.

As chinesas Ting Zhu (melhor ponteira) e Junjing Yang (segunda melhor central), as norte-americanas Kimberly Hill (segunda melhor ponteira) e Alisha Glass (melhor levantadora), e a italiana Monica DeGennaro (melhor líbero) também foram premiadas. Hill foi eleita melhor jogadora do torneio. A norte-americana fez 159 pontos em todo o torneio, incluindo 20 na decisão contra a China.

A seleção brasileira feminina de vôlei conheceu nesta segunda-feira (10) seus adversários na fase de grupos do Mundial da Itália, a ser disputado entre os dias 23 de setembro e 12 de outubro. A equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães terá pela frente no equilibrado Grupo B rivais como a Sérvia e a Turquia, com maior tradição no esporte.

O outros adversários serão Bulgária, Camarões e um representante da confederação das Américas do Norte, Central e do Caribe. As seleções desta região, que inclui o tradicional Estados Unidos, serão definidas no qualificatório de maio.

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"Nosso grupo está muito homogêneo. Vamos enfrentar adversários fortes como Sérvia, Turquia e Bulgária. Acredito que esse será um dos Mundiais mais equilibrados da história", avaliou a líbero Fabi, que buscará com a seleção um título inédito - o Brasil acumula três vice-campeonatos (1994, 2006 e 2010).

As partidas da chave do Brasil, atual bicampeão olímpico, serão todas disputadas na cidade de Trieste. O Grupo A, que conta com a anfitriã Itália, terá seus jogos em Roma. Verona sediará os duelos do Grupo C, que tem a atual bicampeã Rússia, além da Holanda. No Grupo D, do Japão e da China, as partidas serão realizadas em Bari. Milão e Modena receberão jogos das fases seguintes.

O sorteio dos grupos foi realizado na cidade de Parma com a participação do presidente da Federação Internacional de Vôlei, o brasileiro Ary Graça, ex-mandatário da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Confira abaixo as chaves do Mundial feminino:

- Grupo A (Roma): Itália, NORCECA 2, Alemanha, Argentina, Croácia, Tunísia;

- Grupo B (Trieste): Brasil, Sérvia, Turquia, NORCECA 4, Camarões, Bulgária;

- Grupo C (Verona): NORCECA 1, Rússia, Tailândia, Holanda, Casaquistão, NORCECA 6;

- Grupo D (Bari): Japão, China, NORCECA 3, NORCECA 5, Bélgica, Azerbaijão.

Falta pouco mais de dois dias para o início da segunda etapa do Circuito Banco do Brasil de vôlei de praia 2012/2013. A partir da próxima sexta-feira (28), a cidade de Goiânia-GO sediará as disputas, que ocorrerão na arena montada no Estacionamento do Shopping Flamboyant. A competição segue até o domingo (30).

Essa é a nona vez que a cidade abrigará o evento. No total, a disputa terá em ação 28 duplas, sendo 16 masculinas e 12 femininas. São presenças certas Juliana e Larissa, medalhistas olímpicas e que faturaram a primeira etapa da temporada, além de Emanuel, que ficou com a prata nos Jogos de Londres. Ele terá que atuar ao lado do capixaba Edson Filipe, já que seu companheiro, Alison, sentiu uma contusão.

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O primeiro dia de competições será dedicado à fase de grupos, no horário das 8h às 17h. Já no sábado ocorrem as quartas de finais pela manhã - 9h às 13h - e, no final da tarde, serão realizadas as semifinais. O domingo ficou reservado apenas para as finais e disputas de terceiro lugar. A entrada do público será gratuita.

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