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O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedido por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) em 2015 teve 42,15% dos médicos formados no exterior aprovados e esses profissionais podem agora atuar em medicina no Brasil. Este foi o maior índice de aprovação desde a primeira edição em 2011. O número de inscritos também foi recorde, 3.993, quase o dobro do ano anterior.

O Revalida tem, desde a criação, baixas taxas de aprovação. Em 2011, 12,13% dos participantes foram aprovados. Em 2012, a porcentagem caiu para 9,85% e, 2013, para 6,83%. Em 2014, os aprovados aumentaram para 32,62%. Os resultados de 2015 foram divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério da Educação (MEC).

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"Não houve alterações no exame, nem no número de itens, nem nas questões escritas, nem nas estações de habilidades. A escolha desse modelo se ancora em padrões internacionais", diz o reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry Campos, representante da subcomissão do Revalida.

De acordo com os dados divulgados pelo MEC, os brasileiros são maioria entre os aprovados, são 921 dos 1.683 que passaram no Revalida, o que equivale a 54,7%. Em seguida estão os bolivianos (12%) e os cubanos (8%). A maioria desses estudantes formou-se na Bolívia (41%), Cuba (23%), Argentina (8%) e Colômbia (7%).

O Uruguai é o país com o maior percentual de estudantes aprovados em relação aos participantes, aproximadamente 71% dos alunos que se formaram no país e fizeram a prova foram aprovados. Em seguida, está a Argentina (69%) e Portugal (67%).

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o Programa Mais Médicos contribuiu para o aumento da aprovação. Segundo ele, parte dos médicos que vieram de outros países trabalhar no Brasil acabaram se interessando por ficar e exercer a medicina além do âmbito do programa.

Um médico formado em instituição de ensino estrangeira que deseje atuar no Brasil precisa ser aprovado no Revalida. O Mais Médicos, no entanto, dispensou esse requisito e permitiu que médicos estrangeiros atuassem no País, desde que apenas na unidade de saúde para a qual foram designados pelo programa.

A questão gerou polêmica entre as entidades médicas quando o programa foi criado, em 2013. Mais de 12 mil médicos estrangeiros vieram ao Brasil pelo Mais Médicos.

As vendas dos supermercados registraram alta real de 2,92% em fevereiro de 2016 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, divulgou nesta terça-feira (29), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Já na comparação com janeiro deste ano, houve queda real de 1,61%.

No acumulado dos dois primeiros meses de 2016, as vendas do segmento apresentaram queda real de 0,36% ante os mesmos meses do ano anterior. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Em valores nominais, as vendas dos supermercados registraram alta de 13,64% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2015. Já em relação a janeiro, o número apresentou recuo de 0,73%. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas nominais cresceram 10,22%.

Após a goleada sobre o América, no Arruda, o técnico do Náutico, Gilmar Dal Pozzo, assegurou que a recuperação da liderança e a garantia da vaga nas semifinais do Campeonato Pernambucano não são novidades suficientes para fazer seu elenco ‘tirar o pé do acelerador’ durante os treinos e jogos. Para embasar sua declaração, o treinador resgatou a frustrada permanência do Timbu na Série B, no fim da temporada passada, quando ele já era o comandante da equipe. 

“Quem me conhece sabe que não vamos aliviar. Queremos terminar na liderança e manter uma preparação de alto nível para a reta decisiva do Pernambucano”, garantiu. E disse: “O grupo está mordido desde o término de 2015, quando deixamos de conseguir o acesso. A ferida ainda está aberta. Portanto, nos cobramos bastante internamente. Queremos conquistar nossas metas. Por isso que até nos treinos estamos impondo grande intensidade, chegando quase ao limite”.

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Sobre a goleada, Dal Pozzo explicou um dos quesitos táticos ajustados na preparação para o confronto. “Antes, eu tinha utilizando Rony pela direita, em profundidade, e Valdívia pela esquerda, com um pouco mais de cadência. Agora, inverti, pois o lateral-direito Walber apóia bastante e já fica responsável por essa chegada à linha de fundo. É tudo uma questão de equilibrar as características dos atletas. Neste teste contra o América, deu certo”, detalhou.

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As vendas de computadores no Brasil caíram 36% em 2015, em relação ao ano anterior, aponta um estudo realizado pela consultoria IDC Brasil. Apenas 6,6 milhões de PCs foram comercializados no período, o pior resultado desde 2005. O preço médio dos aparelhos, no entanto, ficou 37% mais caro, uma vez que o consumidor está mais exigente e prefere equipamentos mais robustos, aponta o estudo.

Em 2015, a indústria comercializou 2,6 milhões de desktops e cinco milhões de notebooks, sendo 32% comercializados para o mercado corporativo e 68% para o consumidor final. A alta do dólar e da taxa de desemprego foram os principais fatores que influenciaram o resultado.

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“O ano passado foi um período de altas frequentes do dólar e das taxas de desemprego e o Brasil enfrentou um momento político-econômico cheio de conturbações. Isso refletiu diretamente na decisão de compra dos consumidores”, comenta o analista de pesquisa da IDC Brasil, Pedro Hagge.

Enquanto o mercado apontou queda nas unidades vendidas, a receita caiu apenas 13%. Se, em 2014, o preço de computador era de, em média, R$ 1.694, em 2015, subiu 37% e chegou a R$ 2.323. A tendência, segundo a IDC Brasil, é que a retração no mercado de PCs se repita em 2016. A consultoria espera nova queda nas vendas de 18% e um crescimento de 20% no tíquete médio.

O aeroporto de Curitiba (PR), Aeroporto Afonso Pena, foi o melhor terminal do País no ano passado na opinião dos passageiros, de acordo com pesquisa realizada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). Além da escolha do melhor terminal, a segunda edição do "Prêmio Aeroportos + Brasil 2016" também elegeu os melhores aeroportos em oito categorias de serviços aos usuários.

O terminal curitibano foi eleito também o mais cordial do Brasil no ano passado. O Aeroporto Afonso Pena foi premiado ainda como o mais eficiente na restituição de bagagem e o mais eficaz no processo de raio-X, medido pelo tempo de fila e o rigor da inspeção.

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Já o aeroporto de Natal (RN) foi eleito o mais confortável para os passageiros no ano passado. Nessa categoria, foram avaliados quesitos como o conforto acústico e térmico, além da segurança e disponibilidade de infraestrutura. O aeroporto potiguar também levou o prêmio de check-in mais eficiente.

O terminal mais limpo na avaliação dos viajantes em 2015 foi o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), também eleito na categoria de maiores facilidades aos passageiros, como comércio, alimentação e estacionamento. Na categoria que mediu a eficiência dos serviços públicos disponíveis no terminal - como controle migratório e aduaneiro -, o vencedor foi o aeroporto de Brasília (DF).

Neste ano, duas categorias também premiaram empresas aéreas brasileiras. A companhia mais eficiente no check-in foi a Azul, enquanto a Gol teve a restituição de bagagem mais satisfatória.

Mais de 52 mil passageiros foram ouvidos ao longo de 2015 nos 15 maiores aeroportos do País, responsáveis por 80% da movimentação nacional do setor. "As pesquisas realizadas pela SAC têm sido usadas pelos administradores dos terminais para a melhoria dos serviços prestados. A evolução dos aeroportos tem sido constante", avaliou o ministro da SAC, Guilherme Ramalho. "O nosso objetivo é ampliar a pesquisa para mais aeroportos e espero que consigamos implantar isso até o próximo ano", completou.

Economia encolhendo, desemprego em alta, inflação e dificuldade do governo para aprovar medidas de ajuste no Congresso. O quadro, bastante atual, após a economia encolher 3,8% no ano passado, foi visto também em 1990. Assim como 2015, aquele ano começou com um governo novo diante do desafio de fazer ajustes e terminou com empresários e economistas surpreendidos com um recuo de 4,3% no Produto Interno Bruto (PIB).

A diferença, segundo economistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, é que o funcionamento da economia, dominada pela hiperinflação em 1990, não podia ser considerado "normal". E as esperanças com o novo governo, o primeiro eleito pelo voto desde os anos 60, foram atropeladas pela perplexidade com o confisco da poupança, anunciada no dia seguinte à posse de Fernando Collor, em março de 1990.

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"Em 1990, a recessão foi efeito direto do choque do Plano Collor. O confisco foi a maior violência e intervenção estatal da história do País", disse à reportagem o ex-ministro Maílson da Nóbrega, titular da Fazenda que entregou o comando da economia a Zélia Cardoso de Mello, ministra de Collor.

Para Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do IBGE de 1986 a 1993, o confisco foi uma "anormalidade". "O Plano Collor deixou o País sem renda. As famílias não podiam gastar, e as empresas não tinham dinheiro para investir", afirmou o economista, hoje pesquisador associado à Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Tanto Maílson quanto Considera concordam no diagnóstico sobre a recessão atual: foi provocada por erros sucessivos na condução da política econômica nos últimos anos, que foram prejudicando o ritmo da economia de forma paulatina.

A atual recessão está cada vez mais parecida, em duração e intensidade, com a da virada da década de 80 para a de 90, embora a inflação pressionada de 10,67% do ano passado não possa ser comparada à hiperinflação de 1.600% de 1990.

O Plano Collor, definido pelo jornal O Estado de S. Paulo como o "programa econômico mais ousado da história do País" na edição de 17 de março de 1990, surpreendeu a todos com o confisco e começaria a falhar poucos meses depois de anunciado. A inflação voltaria, e o efeito recessivo do enxugamento da demanda se aprofundaria mais e mais.

"O confisco gerou a paralisia do consumo e do investimento e uma queda brutal da confiança, porque cedo se percebeu que o plano iria fracassar", lembrou Maílson, hoje consultor.

Além do confisco das poupanças e de complexas regras de reajuste de preços e salários, o Plano Collor propunha fortíssimo ajuste fiscal, com demissões de servidores, privatização de estatais, aumento de impostos e abertura comercial. Ao fim do ano, pouca coisa tinha saído do papel.

Na visão de Luiz Carlos Prado, professor de história da economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a recessão atual deve-se a uma conjunção de fatores políticos, econômicos e internacionais e, por isso, "é difícil antever como vai ser a recuperação".

Prado lembrou que, no início dos anos 90, a economia só se recuperou com o fim do governo Collor. Maílson acha que a saída, agora, poderá ser mais difícil. "Hoje, a situação é mais grave, porque o potencial de crescimento é menor, a queda na confiança é maior e os desajustes são maiores, mesmo sem a hiperinflação", disse Maílson, lançando dúvidas sobre a possibilidade de uma saída política no curto prazo, como ocorreu no governo Itamar Franco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ONU registrou 69 casos de abusos sexuais que teriam sido cometidos por capacetes azuis em 2015 e que estão concentrados principalmente na República Centro-africana e na República Democrática do Congo.

Segundo um relatório anual do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, trata-se de um "claro aumento" comparado com 2014 (52 casos) e também comparado com 2013, quando 66 casos foram registrados.

Pelo menos vinte crianças foram abusadas sexualmente por soldados das forças de manutenção da paz, segundo o relatório, mas esse número pode ser maior, pois nem sempre foi determinada a idade das vítimas.

O relatório recomenda a criação de tribunais militares no terreno para julgar os responsáveis ​​e exigir que os países que enviam tropas de paz para falam testes de DNA de seus soldados.

"Este aumento do número de denúncias é profundamente preocupante", disse o relatório que será formalmente lançado na sexta-feira, ao qual a AFP teve acesso.

Entre os 69 casos de abuso ou exploração sexual, 38 foram registrados em duas das 16 missões de paz da ONU em todo o mundo: 22 na República Centro-africana e 16 na República Democrática do Congo.

Ao todo, soldados ou policiais de 21 países são acusados, com o maior número de réus da República Democrática do Congo (7 acusados​​), seguido por Marrocos e África do Sul (4 cada).

Camarões, República do Congo, Ruanda e Tanzânia contam com três acusados ​​cada um e Benin, Burkina Faso, Burundi, Canadá e Gabão têm dois acusados ​​cada.

Outros nove países contam com um policial ou soldado acusado de exploração ou abuso sexual: Alemanha, Gana, Madagáscar, Moldávia, Níger, Nigéria, Senegal, Eslováquia e Togo.

É a primeira vez que a ONU lista dessa maneira todos os países de origem dos membros das forças de paz suspeitos dos crimes.

A reputação das forças de paz está abalada há meses por uma longa série de escândalos de estupros e outros abusos sexuais, sobretudo na República Centro-africana, para onde a ONU enviou 12.000 soldados em 2014.

O Produto Interno Bruto (PIB) do comércio encolheu 8,9% em 2015 ante o ano anterior, informou nesta quinta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse desempenho foi mais puxado pelo setor atacadista do que pelo varejista, segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do órgão.

Segundo Rebeca, o comércio atacadista abarca segmentos do varejo ampliado, que incluem veículos e material de construção, cujas vendas foram menores no ano passado. Não à toa, o PIB do comércio teve o pior desempenho da série atual do IBGE, iniciada em 1996.

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Nos demais serviços, houve retração de 6,5% no PIB de transportes, segundo o IBGE. "Os serviços relacionados à indústria sofreram com desempenho negativo do setor de transformação. Os serviços às empresas foi o setor que mais caiu em 2015", disse Rebeca.

Indústria extrativa

A indústria extrativa foi um dos poucos segmentos da economia brasileira que apresentou avanço em 2015, com alta de 4,9% no PIB ante 2014, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Houve crescimento tanto da produção de minério de ferro quanto de petróleo", explicou Rebeca Palis.

A desvalorização do câmbio também contribuiu para elevar as exportações desses produtos, acrescentou Rebeca. No ano passado, o dólar subiu quase 50% ante o real.

Por outro lado, o desempenho positivo no ano declinou no quarto trimestre de 2015 com a ocorrência de dois eventos: o desastre em Mariana (MG), com o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, que paralisou a produção da empresa; e a greve dos petroleiros.

"A indústria extrativa vinha em trajetória de crescimento, mas no quarto trimestre esses dois eventos atrapalharam a atividade", disse a coordenadora.

PIB da agropecuária

A alta de 1,8% no PIB da agropecuária foi o pior desempenho do setor desde 2012, quando houve recuo de 3,1%, segundo o IBGE. Soja e milho garantiram o avanço do campo no ano passado, mas culturas importantes e a pecuária acabaram prejudicando o resultado.

No ano passado, a soja registrou crescimento de 11,9% em seu volume produzido, enquanto o milho avançou 7,3%, apontou o IBGE. "Essas culturas impulsionaram o crescimento no ano passado. Por outro lado, culturas importantes tiveram queda na produção agropecuária, como café e laranja", disse Rebeca Palis.

A produção de café recuou 5,7% no ano passado, enquanto o volume colhido de laranja encolheu 3,9% ante 2014. A colheita de trigo também diminuiu 13,4% no período. "A pecuária também não teve desempenho favorável", acrescentou Rebeca.

Indústria automotiva

Puxada pelo desempenho negativo da indústria automotiva, a indústria de transformação apresentou a maior queda entre os setores da indústria no ano passado (-9,7%) na comparação com 2014. Na sequência aparecem construção civil (-7,6%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-1,4%).

O setor automotivo foi afetado pela alta dos juros, o menor crescimento do crédito e a retirada do incentivo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo governo no ano passado, destacou Rebeca.

Outro segmento que pesou sobre o desempenho da indústria de transformação foi o de máquinas e equipamentos, destacou. Na lista de principais impactos para o PIB da indústria de transformação figura ainda a atividade de alimentos e bebidas. Segundo Rebeca, não houve queda acentuada, mas o setor tem peso importante.

"Se a gente fosse olhar só a taxa, alimentos e bebidas não estariam nessa lista, porque não foi uma queda enorme como a de máquinas e equipamentos e automotiva. Mas é um setor muito importante na economia", explicou a coordenadora.

Rebeca citou que a queda no consumo das famílias no ano foi puxada mais pela redução de gastos com bens do que com serviços. "Em época de inflação mais alta, há substituição de produtos. Claro que (o setor) alimentos e bebidas nunca vão ter uma queda como a de bens duráveis, mas você pode fazer trocas", explicou.

Imposto de importação e IPI

A forte queda de 7,3% dos impostos sobre produtos em 2015 na comparação com 2014 foi puxada por dois impostos. O Imposto sobre Produtos Importados (IPI) e o Imposto de Importação foram os destaques no período, de acordo com Rebeca.

O primeiro teve queda de 13,9% no ano passado ante 2014, enquanto o outro teve retração de 17,1% no período. A queda do imposto de importação está ligada à queda do volume de bens importados, na esteira da desvalorização cambial e do desempenho da atividade econômica, estacou Rebeca de La Rocque Palis, coordenadora de Contas Nacionais.

Enquanto isso, o resultado do IPI foi influenciado pelo resultado negativo da indústria de transformação. Já o ICMS, que tem um peso maior sobre os Impostos sobre Produtos, retraiu, mas numa proporção menor, de 6,6%, destacou. Outros Impostos sobre Produtos tiveram queda de 6%.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria caiu 6,2% em 2015 ante 2014. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quinta-feira, 3, os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.

No quarto trimestre de 2015, o PIB da indústria caiu 1,4% contra o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2014, o PIB da indústria mostrou queda de 8%.

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Serviços

O PIB de Serviços caiu 2,7% em 2015 ante 2014. No quarto trimestre de 2015, o PIB de Serviços caiu 1,4% contra o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2014, mostrou queda de 4,4%.

Agropecuária

Quanto ao PIB da Agropecuária, ele subiu 1,8% em 2015 ante 2014. No quarto trimestre de 2015, cresceu 2,9% contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2014, o PIB da agropecuária mostrou alta de 0,6%.

As vendas de gasolina no País se retraíram 9,2% em 2015 ante o ano anterior, de acordo com o balanço anual apresentado na manhã desta quarta-feira, 2, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP). Acompanhando o fraco desempenho da economia, o consumo de diesel também recuou, 4,7%. Apenas o consumo de etanol cresceu no País, na faixa de 37,5%, como alternativa para o consumidor frente à elevação do preço dos combustíveis.

"O encolhimento não é tão ruim assim. Se fizer comparação com o emplacamento de veículos, que caiu mais de 27%, vemos que não foi tão ruim", ponderou Rubens Freitas, superintendente adjunto de Abastecimento da agência reguladora. Segundo ele, o setor tem rápida resposta diante da retomada do crescimento e da distribuição de renda. "Qualquer R$ 200 que coloquemos na renda das classes C e D, isso vai se repercutir na demanda por combustíveis", avaliou.

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De acordo com os dados da ANP, a produção de gasolina no País caiu no último ano, como reação da Petrobras à queda na demanda. Assim, houve um déficit de 30 mil barris por dia na balança comercial do combustível. Em volumes, houve uma alta de 1% no total importado, associada a uma menor produção da Petrobras.

"A Petrobras deixou de produzir o equivalente a 3 bilhões de litros. Ela vinha ao longo dos últimos anos aumentando sua produção de gasolina A. No ano passado, optou por tirar o pé do acelerador na produção de gasolina", afirmou Freitas.

Com a menor produção da estatal, a BR Distribuidora, subsidiária de revenda de combustíveis no varejo, perdeu participação no mercado doméstico. Em 2015, a empresa teve cerca de 28% de participação do mercado, liderando as vendas. Em seguida, aparecem Ipiranga e Raízen, ligada à Shell, que apresentaram oscilações positivas entre 25% e 20% nas vendas de gasolina, respectivamente.

Para Freitas, a elevação das importações, para compensar a interrupção dos projetos de construção de novas refinarias, vai aumentar a pressão sobre a logística de terminais portuários e rede de distribuição de gás. "Em dez anos, com crescimento econômico e distribuição de renda, podemos ter até 400 mil barris por dia de importação de gasolina. Não temos nenhum projeto de refinaria. À medida que vão aumentando as importações, temos que ter olhar mais cuidadoso com a infraestrutura", pontuou.

Diesel e Etanol

As vendas de Diesel caíram 4,7% em 2015, segundo Rubens Freitas, devido à queda na atividade econômica. Como a maior parte da produção brasileira é transportada em caminhões, o consumo do combustível reflete diretamente a retração do Produto Interno Bruto (PIB). No último ano, houve ampliação da produção em pelo menos 2 bilhões de litros, com a operação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Em compensação, houve redução da importação de 4 bilhões de litros.

Para o etanol, a avaliação é de que a alta de 37% reflete a opção do consumidor pela substituição dos combustíveis, diante da alta de preços e tributos na gasolina. "Estamos no limite da nossa produção de etanol. Acima disso, só com esforço grande e conjunto de fatores. Ainda podemos trazer mais etanol sem investimentos, mas isso sacrificaria os compromissos de exportação do País, e em termos de rentabilidade, não seria interessante para o fornecedor", avalia Rubens Freitas.

Também foram registradas quedas no consumo de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), de 1,2%, de Querosene de Aviação (QAV), de 1,5%, e de Óleo Combustível (20,4%). "Térmicas representaram, em 2014, 50% do consumo de óleo combustível. Mas em 2015, as térmicas foram menos acionadas. Não há por que se assustar com a queda. Quanto menos óleo for queimado, melhor para o meio ambiente", pontuou Freitas.

Segundo ele, a previsão é de que em 2017 seja concluída a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Comperj, única obra mantida no cronograma da Petrobras para o complexo - e paralisada por divergências com o consórcio. "Pode ser que isso reduza nossa dependência externa", avalia.

O Ministério do Planejamento informou nesta segunda-feira (29) que foram executados R$ 251 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2015. O montante corresponde a 24,2% do valor que deve ser investido entre 2015 e 2018, estimado em R$ 1,04 trilhão. Os números, geralmente divulgados em coletiva de imprensa com a presença de ministros do governo, foram divulgados por e-mail nesta manhã.

Com a crise econômica e o ajuste fiscal, o programa tem sido alvo de cortes. No último contingenciamento, anunciado na semana passada, foram retirados R$ 4,2 bilhões para o Orçamento deste ano. "Mesmo com o atual cenário econômico desfavorável, o PAC continua sendo um importante programa de aplicação sequenciada de recursos em infraestrutura no Brasil desde 2007", ponderou o Planejamento, por meio de nota, ressaltando que a continuidade do programa promove geração de empregos, redução das desigualdades regionais e melhoria de vida para a população.

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No ano passado, as obras entregues contaram com recursos da ordem de R$ 159,7 bilhões, o que representa 23,8% do previsto para o período 2015-2018 (R$ 672 bilhões). De acordo com o Planejamento, do total dos valores executados em 2015 pelo PAC, R$ 99,9 bilhões correspondem a valores de financiamento ao setor público, financiamento habitacional de imóveis novos e do programa Minha Casa, Minha Vida.

Um total de R$ 55,8 bilhões são de financiamentos das empresas estatais, R$ 47,3 bilhões do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, R$ 45,4 bilhões do setor privado e R$ 3,3 bilhões de contrapartidas de Estados e municípios.

Entre os empreendimentos concluídos de infraestrutura logística em 2015 estão 270 quilômetros de rodovias, 163 quilômetros da ferrovia Transnordestina (PE), dois terminais hidroviários de passageiros na Região Norte, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), a recuperação do pátio do Aeroporto Santos Dumont (RJ) e a ampliação dos aeroportos de Santarém (PA) e Tabatinga (AM).

Na área de infraestrutura energética, a Pasta destaca a conclusão de 108 empreendimentos de energia eólica, 1.578 quilômetros de linhas de transmissão e oito subestações. O início da produção das plataformas P-61 e a FPSO Cidade de Itaguaí e a entrega de quatro navios de grande porte da indústria naval, também, fazem parte da lista de obras concluídas ou em operação.

Já as principais ações de infraestrutura social e urbana entregues no ano passado referem-se a 445.305 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, 163 empreendimentos de urbanização de assentamentos precários, 632 projetos de saneamento e esgotamento sanitário e resíduos sólidos.

Na área de Mobilidade Urbana, são 17 empreendimentos em operação, como a entrega das últimas estações da Linha 1 do Metrô de Salvador (BA). O programa Luz para Todos efetivou 57.676 novas ligações no País, o que corresponde a 28% da meta estabelecida para o período 2015-2018.

O Banco Central registrou um resultado líquido de R$ 259,973 bilhões com as reservas internacionais em 2015. Além disso, houve perdas de R$ 102,628 bilhões com operações de swap cambial no ano passado.

Com isso, o resultado das operações cambiais ficou positivo em R$ 157,344 bilhões. Excluída a equalização cambial, o resultado do Banco Central no ano passado foi de R$ 76,706.

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As autuações de trânsito em São Paulo aumentaram 27,1% em 2015 em comparação com 2014. Uma das causas foi o crescimento de 35% das multas por excesso de velocidade no ano em que a gestão Fernando Haddad (PT) reduziu, a partir de julho, para 50 km/h o limite nas principais vias da cidade. Até novembro, das 11 milhões de infrações, um terço foi para motoristas que trafegaram acima da velocidade permitida.

Até novembro de 2015, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e os radares-pistola da Guarda Civil Metropolitana (GCM) multaram 3,8 milhões de condutores em velocidades acima dos 20% permitidos na via, segundo o Painel da Mobilidade, lançado ontem, e que mostra o detalhamento das autuações entre 2013 e o ano passado. Ele revela ainda no mapa da cidade os 923 locais onde há radares.

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Segundo Haddad, a divulgação dos dados é uma forma de deixar "transparente" a fiscalização feita na capital paulista. Durante o lançamento, ele e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, voltaram a afirmar que "não existe indústria da multa, mas da morte", relacionando o desrespeito à lei por parte de motoristas e motociclistas ao número de mortos e feridos no trânsito.

"A arrecadação de multa é irrelevante em termos de orçamento. Os prejuízos materiais, de saúde, de previdência pública associados ao trânsito são um múltiplo do que se pode arrecadar com multa", disse o prefeito. No novo portal, a população pode saber quantas irregularidades foram registradas em cada uma das vias onde há tanto equipamentos eletrônicos quanto as multas manuais feitas por marronzinhos, policiais militares, agentes da São Paulo Transporte (SPTrans) e guardas-civis metropolitanos.

Para Haddad e Tatto, revelar a localização dos radares e divulgar os dados podem ter uma função pedagógica para que os condutores possam "se policiar em relação às leis de trânsito".

A especialista em trânsito e ex-coordenadora de qualificação humana do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) Maria Cristina Hoffmann elogiou a medida. "Deixar o condutor preparado para o que possa acontecer no trajeto dele é interessante, ele pode se organizar no caminho", disse. "Não é o radar que multa a pessoa, mas o condutor que infringe a velocidade. Acho muito pedagógico a Prefeitura dar a opção de ele saber onde tem fiscalização eletrônica."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O setor de embalagens registrou um recuo de 4,31% na produção física em 2015 contra 2014, segundo a Associação Brasileira de Embalagem (Abre), sob chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). A queda foi pior do que a projetada pela associação ao final do primeiro semestre de 2015, de 3%.

O valor bruto da produção, contudo, totalizou R$ 57,254 bilhões, uma expansão de 4,82% em relação a 2014, quando somou R$ 54,622 bilhões. O valor ficou um pouco abaixo do que o esperado para o ano passado, de R$ 57,517 bilhões.

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Na divisão do valor bruto da produção por classe, material plástico somou a maior participação, de 40,17%, com R$ 22,996 bilhões, seguida por papelão ondulado, com 18,02% ou R$ 10,314 bilhões, e metálicas, com 17,29% ou R$ 9,899 bilhões.

"Nesse contexto, poderemos ver adiadas para 2017 as primeiras taxas positivas de crescimento da produção de embalagem que previmos para o quarto trimestre de 2016", disse o economista responsável pelos números, Salomão Quadros, em nota enviada à imprensa.

A diretora Executiva da Abre, Luciana Pellegrino, explica que no valor bruto da produção entra a inflação industrial e outros custos, o que justifica o aumento. "Por isso medimos ao mesmo tempo a variação física da produção, ou seja, o que foi realmente produzido. Nosso objetivo é oferecer ao setor um termômetro do segmento e buscar um norte para ações na Indústria", comenta.

Ainda de acordo com os dados disponibilizados pela Abre, o grau médio de utilização da capacidade ficou em 82,5% em 2015, com a geração de 216,024 mil postos de trabalho, um recuo de 4,97% na comparação com 2014, quando operou com 86,3% da capacidade.

O desconto médio praticado nas transações imobiliárias realizadas nos últimos 12 meses atingiu a marca de 8,8% ao fim de 2015, o maior patamar já registrado na série histórica do Raio-X FipeZap. O indicador vem subindo desde março de 2015, quando estava em 6,8%. Já em dezembro de 2014, o desconto médio estava em 6,9%.

Desde fevereiro de 2015, também cresceram as transações com desconto. Com isso, em dezembro, apenas 22,1% das compras reportadas nos 12 meses anteriores foram realizadas pelo preço originalmente pedido pelo vendedor. Em outras palavras, o preço de venda foi menor do que o anunciado em 77,9% das transações. Já em igual mês de 2014, o indicador estava em 70,8%.

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Os resultados da pesquisa reforçaram a expectativa de queda futura dos preços. Cerca de 58% dos entrevistados que pretendem adquirir um imóvel declararam que aguardam redução nos preços ao longo de 2016. Na pesquisa do terceiro trimestre, o resultado estava em 61%. A variação média esperada dos preços para os próximos 12 meses passou a ser de baixa de 7,3% no quarto trimestre de 2015, frente expectativa de queda de 7,2% nos três meses anteriores.

A perspectiva de que os preços devem ficar iguais ficou em 24% dos entrevistados, de 23% na comparação trimestral, enquanto a ideia de que os preços devem aumentar avançou para 18%, de 15%. Vale ressaltar que, nos três meses finais de 2014, 44% apontavam queda de preços, 30% acreditavam numa estabilidade de valores e 26% projetavam elevação.

A percepção sobre os preços começa a afetar também as perspectivas de longo prazo do setor, segundo a pesquisa. Quando perguntados sobre as expectativas para os próximos 10 anos, apenas 30% dos que pretendem adquirir um imóvel declararam aguardar um crescimento dos preços acima da inflação. Este foi o menor patamar já verificado no Raio-X FipeZap.

Apesar disso, a maior parte ainda qualifica os preços atuais como "altos" ou "muito altos": 78% dos que responderam pretender adquirir um imóvel nos próximos meses classificaram suas percepções em uma dessas categorias. No terceiro trimestre, o resultado estava em 76%. Entre aqueles que adquiriram imóveis, o porcentual de entrevistados que classificaram os preços nas duas categorias passou para 64% no quarto trimestre, de 58% no terceiro.

A intenção de compra de imóveis subiu para 43% no quarto trimestre de 2015, frente a 40% nos três meses até setembro, quando registrou o menor patamar já registrado pela pesquisa Raio-X FipeZap, cuja série histórica teve início no quarto trimestre de 2013. Em igual período do ano passado, o indicador estava em 48%.

Mesmo diante desses resultados, cabe notar que o porcentual de investidores no mercado imobiliário residencial permaneceu praticamente constante ao longo do quarto trimestre de 2015, respondendo por cerca de 40% no acumulado em 12 meses. Para a pesquisa foram entrevistados 2.820 pessoas entre os dias 7 e 27 de janeiro.

O número de pessoas no mundo com acesso a internet chegou a 3,2 bilhões no final de 2015, mas 4,1 bilhões continuam sem ter acesso constante ao conteúdo online, segundo um estudo publicado pelo Facebook.

Cerca de 200 milhões de usuários conseguiram ter acesso à internet em 2015, graças a dados mais acessíveis e um aumento de renda mundial, detalhou o relatório sobre o estado da conectividade, o segundo deste tipo a ser publicado pela rede social.

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Segundo o Facebook, o restante da população mundial ainda requer ajuda para conseguir acessar a internet e as oportunidades econômicas que implica.

"O mundo desenvolvido está amplamente online, mas o mundo em vias de desenvolvimento está muito atrás", escreve o grupo, que tem interesse financeiro para que a maior quantidade de pessoas possível possa se conectar e eventualmente usar seus serviços. 

Segundo a rede social, as zonas urbanas estão conectadas, muitas zonas rurais não. Quanto menos dinheiro, menos suscetível de estar online.

O relatório aponta que em muitos países, as mulheres utilizam a internet muito menos que os homens, e ainda se o mundo inteiro vivesse para ter a infraestrutura necessária, mais de 1 bilhão de pessoas ainda seriam analfabetas ou incapazes de se beneficiar de conteúdos online, detalha o documento.

O relatório estima que melhorar o acesso à internet é um desafio maior, que vai exigir a cooperação de várias partes através da inovação e do investimento e avaliando a falta de mudanças significativas na tendência atual, mais de 3 bilhões de pessoas continuarão sem acesso a este serviço em 2020.

Pelo segundo ano consecutivo, os três ciclos de ensino (fundamental 1, fundamental 2 e médio) tiveram melhora no indicador educacional. Apesar de em 2015 o Estado de São Paulo ter alcançado os melhores resultados da história no Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), o desempenho ainda está muito distante da própria meta estabelecida pelo governo.

No primeiro ciclo do ensino fundamental, o índice foi de 5,25. A meta para essa etapa é de 7. Já o segundo ciclo obteve índice de 3,06 no ano e tem como meta 6, enquanto o médio atingiu o índice de 2,25, com meta de 5.

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Para calcular o Idesp, a Secretaria do Estado da Educação une o resultado das provas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar de São Paulo (Saresp) - com testes de português e matemática - a taxas de aprovação, reprovação e abandono.

O Saresp avalia a rede em quatro níveis: "abaixo do básico", "básico", "adequado" e "avançado". Os alunos enquadrados nos níveis "básico" e "adequado" têm aprendizado considerado suficiente para a secretaria. Apenas aqueles nivelados no patamar "abaixo do básico" têm domínio do conhecimento considerado insuficiente para aquela etapa de ensino.

Criado em 1996, o objetivo do Saresp é diagnosticar o aprendizado dos estudantes dos 2º, 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental, além do último ano do ensino médio, e subsidiar políticas educacionais.

Protestos

As provas do Saresp de 2015 foram realizadas nos dias 24 e 25 de novembro, em meio a uma série de protestos contra a reorganização escolar. Com 196 escolas ocupadas por estudantes contrários à medida, a secretaria informou que o Saresp não foi feito em 176 escolas, o que corresponde a 54 mil alunos (4,7% do previsto para realizar a prova). A secretaria informou que o boicote à prova não teve "relevância estatística significativa" nos resultados do Idesp.

A produção brasileira de itens de vestuário caiu 10% em 2015 na comparação com o ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). A produção em volume foi de 5,5 bilhões de peças. Para 2016, a entidade projeta uma continuidade da queda, embora em menor ritmo, de 1,8%.

Já o segmento têxtil, que envolve a produção de tecidos, caiu 14,5% no ano passado, fechando com um volume de 1,9 milhão de toneladas. Para 2016, a Abit espera que a produção de têxtil cresça 9%.

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Os resultados da indústria têxtil e de confecção refletem em parte o desempenho mais fraco do consumo interno. O varejo de vestuário caiu 8% em 2015 e a Abit trabalha com uma perspectiva de nova queda este ano, de 4,8% em volume de peças vendidas.

Ao mesmo tempo, a produção doméstica pode ser beneficiada pela retração nas importações. As importações de têxteis caíram 17,4% em 2015 em receita, de acordo com a entidade, encerrando o ano em US$ 5,85 bilhões. Embora as exportações também tenham recuado, em 8,2%, para US$ 1,08 bilhão, o déficit da balança comercial no setor caiu 18,6%, ficando em US$ 4,8 bilhão. Para 2016, a entidade projeta nova redução nesse déficit, em 22,4%.

O faturamento do setor têxtil e de confecção no ano foi de R$ 121 bilhões, queda de 3,9% ante 2014. Já para 2016 há uma projeção de alta, de 4,9%.

O consumo de energia elétrica no País recuou 2,1% em 2015, em relação ao registrado em 2014, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (1°) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No ano, foram consumidos 464,7 mil gigawatts-hora (GWh). A crise na indústria foi uma das principais responsáveis pela queda, mas o consumo residencial também diminuiu, com as famílias reduzindo gastos diante do aumento das tarifas.

O consumo residencial teve decréscimo de 0,7% em 2015, a maior redução registrada desde 2004. Mas a queda no total do País foi puxada, sobretudo, pelas indústrias, que consumiram 5,3% menos energia do que no ano anterior, "em função do cenário econômico desfavorável ao longo do ano, em quase todos os segmentos", apontou a EPE.

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O segmento comercial foi o único a apresentar avanço no consumo de energia no ano passado, com alta de 0,6% em relação a 2014. O resultado, entretanto, ficou muito aquém do desempenho registrado nos últimos cinco anos, ressaltou a entidade, em nota.

Entre os subsistemas, a maior queda no consumo de energia elétrica em 2015 ocorreu no Sul do País, -3,3% em relação a 2014. No Sudeste/Centro-Oeste, a redução foi de 2,7%. No Norte, houve recuo de 2,4%. No Nordeste, no entanto, houve aumento de 1,3% no consumo.

No mês de dezembro, houve queda no consumo residencial pela primeira vez desde o racionamento de 2001. A redução foi de 0,3% em relação ao mesmo mês de 2014. A indústria também registrou recuo no consumo, um tombo de 8,4% no último mês de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. O comércio também teve queda, de 0,2% em dezembro ante dezembro de 2014.

O rombo das contas do setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) em 2015 somou R$ 111,249 bilhões, conforme informou nesta sexta-feira (29) o Banco Central. A quantia representa 1,88% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, o País havia registrado déficit primário no valor de R$ 32,536 bilhões, ou 0,57% do PIB. O resultado verificado no ano passado é o pior da série histórica do BC para esse indicador, que teve início em dezembro de 2001.

O resultado do ano ficou dentro das estimativas dos analistas. Levantamento do AE Projeções, feito com 13 instituições, apontava para um déficit em 2015 de R$ 101,7 bilhões a R$ 116,7 bilhões, com mediana negativa de R$ 107,8 bilhões.

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O resultado fiscal de 2015 foi obtido com um déficit de R$ 116,656 bilhões do Governo Central (1,97% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um saldo positivo de R$ 9,684 bilhões (0,16% do PIB). Enquanto os Estados registraram superávit de R$ 9,075 bilhões (0,15% do PIB), os municípios alcançaram um resultado positivo de R$ 609 milhões (0,01% do PIB). As empresas estatais registraram déficit de R$ 4,278 bilhões entre janeiro e dezembro do ano passado (0,07% do PIB).

Dezembro

Em dezembro, o setor público consolidado apresentou déficit primário de R$ 71,729 bilhões. Este também é o pior resultado para todos os meses desde 2001, quando teve início a série histórica do BC.

Em novembro, o resultado havia sido negativo em R$ 19,567 bilhões e, em dezembro de 2014, foi registrado déficit de R$ 12,894 bilhões. O resultado primário consolidado de dezembro do ano passado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que iam de um déficit primário de R$ 62 bilhões a R$ 77,2 bilhões, com mediana negativa de R$ 68 bilhões.

O resultado fiscal de dezembro foi composto por um déficit de R$ 60,944 bilhões do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência). Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 9,811 bilhões no mês. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 8,118 bilhões, os municípios tiveram déficit de R$ 1,693 bilhões. Já as empresas estatais registraram déficit primário de R$ 974 milhões.

Déficit nominal

O setor público consolidado registrou déficit nominal de R$ 123,821 bilhões em dezembro, o pior resultado para todos os meses desde 2001, quando o Banco Central começou esses registros. Em novembro, o déficit havia sido de R$ 43,057 bilhões e, em dezembro de 2014, o resultado foi negativo em R$ 60,102 bilhões.

No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 102,103 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 20,273 bilhões. As empresas estatais registraram superávit nominal de R$ 1,435 bilhão.

No acumulado de 2015, o déficit nominal foi de R$ 613,035 bilhões (10,34% do Produto Interno Bruto - PIB), pior déficit nominal da história, tanto em volume financeiro quanto em porcentual do PIB. Já no mesmo período de 2014, estava em R$ 343,916 bilhões (6,05% do PIB).

Gasto com juros

O setor público consolidado gastou R$ 501,786 bilhões com pagamento de juros em 2015, o equivalente a 8,46% do PIB. Conforme informou o Banco Central, houve forte aumento em relação ao gasto de R$ 311,380 bilhões registrado um ano antes.

O Governo Central teve no ano passado uma despesa com juros de R$ 397,240 bilhões. Já os governos regionais registraram gasto com esta conta de R$ 98,775 bilhões e as empresas estatais, de R$ 5,771 bilhões.

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