Tópicos | advogados

O pagamento de advogados por partidos cresceu 48% em 2018 em relação ao ano anterior - foi de R$ 34,43 milhões para R$ 50,92 milhões. Este tipo de despesa foi uma das principais polêmicas do projeto aprovado recentemente pela Câmara e transformado em lei na sexta-feira, dia 27, pelo presidente Jair Bolsonaro. A medida permite que um político acusado de caixa 2 em campanha, por exemplo, tenha seu advogado pago com recursos públicos.

Na prática, a lei liberou os partidos a bancar a defesa de seus filiados, desde que o caso esteja vinculado às eleições. Na lista dos contratados no ano passado estão escritórios famosos por defender réus da Lava Jato, como o do criminalista Alberto Toron, o de José Eduardo Alckmin e o de José Roberto Figueiredo Santoro, que negam ter recebido das siglas para atuar nos processos relacionados à operação. O cálculo que mostra o crescimento das despesas com pagamento de advogados em 2018 não leva em conta gastos eleitorais.

##RECOMENDA##

A mudança na lei foi uma reação da classe política a decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que endureceu o entendimento neste ano sobre o uso de recursos do Fundo Partidário para pagar a defesa de filiados, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo em maio. O fundo é uma espécie de "mesada" com dinheiro público que as siglas recebem para custear despesas do dia a dia, como aluguel de imóveis, passagens aéreas, eventos e contratação de pessoal.

As restrições à contratação de advogados foram discutidas pelo TSE no julgamento das prestações de contas do PSDB e do PP, referentes ao ano de 2014. No caso dos tucanos, as contas foram aprovadas com ressalvas pelo plenário, que determinou ao partido a devolução de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos por uma série de irregularidades. Entre elas, a contratação de um escritório de advocacia por R$ 187,7 mil para defender o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) em uma ação eleitoral.

No caso do PP, que teve as contas reprovadas, o partido usou dinheiro público na contratação de escritórios para defender o ex-deputado João Pizzolatti Júnior (SC), em ação de improbidade administrativa, além de outros integrantes da legenda investigados em inquéritos. "Percebe-se, portanto, o desvio na utilização dos recursos do Fundo Partidário, uma vez que voltados à defesa de particulares, por atos estranhos à vida partidária", disse o ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo à época, no TSE.

O cerco da Corte eleitoral sobre a contratação de advogados tinha como objetivo impedir que verbas públicas fossem direcionadas para a defesa de políticos acusados de corrupção.

A primeira versão do projeto com regras mais brandas para partidos liberava a contratação de advogados com dinheiro público para qualquer tipo de ação. Após este trecho ser rejeitado pelo Senado, deputados retomaram a permissão, mas com a ressalva de que só valeria em caso de ação relacionada ao processo eleitoral.

O advogado Cristiano Vilela, que integra a Comissão Eleitoral da seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), defendeu a liberdade de o partido definir como aplicar seus recursos, desde que não haja excessos. "O partido não pode pagar o caso de um deputado que tenha uma ação de despejo ou de divórcio, por exemplo, porque extrapola o interesse partidário", afirmou. "Agora, se você tem uma ação com desdobramento no âmbito partidário, que pode ser estratégica para evitar a inelegibilidade de alguém que se pretenda lançar candidato, não vejo problema. O partido não vai ter um valor a mais para isso e terá de encaixar no seu orçamento", disse Vilela.

Recursos

Na proposta de Orçamento para 2020 está previsto um valor de R$ 959 milhões para o Fundo Partidário, a ser dividido entre as 32 siglas registradas no TSE. Para o cientista político Marcelo Issa, diretor executivo da Transparência Partidária, os serviços de advocacia são mais sensíveis a eventuais práticas irregulares. "Os valores cobrados pela realização das mesmas atividades podem variar enormemente, a depender exclusivamente de características do profissional contratado", argumentou ele. Issa também criticou outras flexibilizações previstas na lei relacionadas à contratação de advogados, entre as quais a que permite a um candidato extrapolar o teto de gastos de campanha se a despesa for relacionada à sua defesa jurídica.

O PT foi o partido que mais teve despesas jurídicas no ano passado. Foram R$ 6,4 milhões - ante gasto de R$ 5,5 milhões em 2017. O valor não inclui despesas declaradas pelo partido como eleitorais, que engordaram numa proporção ainda maior pelo fato de 2018 ser um ano com disputa.

Mesmo assim, a principal contratação foi do escritório do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão (R$ 1,8 milhão), responsável pela estratégia jurídica que manteve Lula como candidato à Presidência até próximo à data da eleição.

O partido alegou que os pagamentos a escritórios advocatícias cumpriram as exigências legais para aplicação de recursos do Fundo Partidário. De acordo com o PT, mesmo sem contar despesas eleitorais, o aumento entre 2017 e 2018 é "absolutamente compatível com a necessidade de serviços jurídicos num ano de eleições gerais, o que incluiu (...) o rigoroso cumprimento da nova lei sobre participação feminina nas chapas proporcionais".

O PSDB foi o segundo que mais gastou, com um crescimento de 22% da despesa. Do total, o partido pagou R$ 1,09 milhão para o escritório do ex-ministro do TSE José Eduardo Alckmin, que atuou, entre outros casos, na defesa do ex-presidente da sigla Geraldo Alckmin - seu primo - no processo em que o tucano é acusado de receber propina da Odebrecht. Também trabalhou para o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) no caso relacionado à delação da J&F.

Outros R$ 275 mil foram para o escritório do advogado José Roberto Santoro, que defende o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado pela Lava Jato como operador de propinas do PSDB. O partido nega que tenha usado recursos do Fundo Partidário para pagar a defesa de Souza ou de qualquer filiado.

Consultados, Republicanos e MDB também atribuem a alta de despesas com advogados ao período eleitoral, mesmo que o cálculo da reportagem inclua apenas gastos declarados como "serviço jurídicos ordinários". Os demais não responderam até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tão esperada segunda fase da prova do XXIX Exame de Ordem Unificado, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), será realizada neste domingo (18) em todo o país. Por meio da avaliação, caso sejam aprovados, bacharéis em direito poderão advogar.

O processo de avaliação inicia às 13h e terá duração de cinco horas. O certame conta com prova prático-profissional, em que os participantes passam por quatro quesitos e uma peça na área do direito escolhida por cada um deles: administrativa, penal, constitucional, civil, trabalhista, tributária ou empresarial. 

##RECOMENDA##

De acordo com a organização da prova da OAB, devem ser liberadas até as 22h deste domingo as respostas preliminares da prova prático-profissional. O cronograma ainda diz que o resultado preliminar será divulgado em 10 de setembro.

Todas as informações sobre o Exame e acerca de outros conteúdos da área do direito podem ser encontradas no Instagram @vaicairnaoab. O projeto, em parceria com o LeiaJá, compartilha dicas exclusivas para os candidatos.

Advogados dos quatro suspeitos de terem invadido celulares de pelo menos 1.000 pessoas, entre as quais o presidente Jair Bolsonaro, já teriam sido comunicados pela Polícia Federal que, entre hoje e amanhã, será expedido a prorrogação da prisão temporária de todos os presos.

A avaliação da PF, após ouvir os quatro presos, é de que se trata de um grupo "extremamente preparado e perigoso e que ainda não se esgotaram todas as suspeitas que ainda precisam ser sanadas pela PF", segundo avaliação dos investigadores.

##RECOMENDA##

O inquérito é mantido em sigilo e está sendo conduzido pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, que, em 2005 e 2006, presidiu o inquérito do mensalão.

Na tarde desta sexta-feira, 26, o advogado Ariovaldo Moreira, que defende dois dos presos, admitiu que não conseguirá soltar seus clientes e que vai entrar com pedido de revogação da prisão.

Ariovaldo é advogado do DJ Gustavo Henrique Elias Santos e da sua mulher, Suelen Priscila Oliveira. Além deles, foram presos Walter Delgatti Neto e Danilo Marques.

"Estou convicto da inocência dos meus clientes e que eles não se envolveram nessa empreitada criminosa", disse o advogado.

O grupo de juristas Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD) protocolou, na noite do último sábado (15), uma notícia-crime com o pedido de prisão preventiva do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, além dos procuradores federais Deltan Dallagnol, Laura Gonçalves Tessler, Carlos Gernando dos Santos Lima e Maurício Gotardo Gerum. 

Segundo a petição, Moro e a equipe de procuradores da Operação Lava-Jato estão manipulando a imprensa e podem estar destruindo provas para encobrir crimes como corrupção passiva, prevaricação e violação de sigilo funcional. 

##RECOMENDA##

"O ex-juiz e os procuradores da autodenominada Força-Tarefa Lava-Jato de Curitiba/PR se valeram dos cargos públicos para fabricar denúncias criminais e processos judiciais com o fim de obtenção de vantagens pessoais, o que tem vindo a público através de conteúdos obtidos em arquivos digitais, divulgados pelo site The Intercept, revelando conversas entabuladas entre o juiz SÉRGIO FERNANDO MORO e os procuradores federais, demonstrando fortes indícios de atuação ilegal, imoral e criminosa por parte dos Noticiados, na condução da Operação Lava Jato", diz trecho do documento. 

O Coletivo de Advogados sustenta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há um ano e dois meses na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, pode ser considerado inegavelmente o maior alvo da Lava Jato. Segundo a notícia-crime, até o presente momento é possível imputar, em tese, a prática dos seguintes crimes:

a) Organização criminosa, art. 2º, Lei 12.850/13;

b) Corrupção passiva, art. 317, CP;

c) Prevaricação, art. 319, CP;

d) Violação de sigilo funcional, art. 325, CP;

e) Crimes contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito, arts. 13, 14 e 26, Lei 7170/83.

Desde o último domingo (9), publicações do site The Intercept Brasil descortinou uma nova crise no Governo Bolsonaro, em especial no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Trechos de conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de outros procuradores, têm sido consideradas irregulares e que ferem a imparcialidade necessário de um juiz. 

O grampo ilegal contra o escritório de advocacia que defendia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das acusações da Lava-Jato, feito em 2016 com autorização do então juiz Sérgio Moro, é a base de mais uma ação protocolada no STF pedindo a anulação do julgamento do líder petista, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (6).

A ação tem por base o relato do advogado Pedro Henrique Viana Martinez. Ele diz ter visto na 13ª Vara Federal de Curitiba os relatórios produzidos a partir de 14 horas de interceptações telefônicas no escritório Teixeira Martins & Advogados, responsável pela defesa técnica de Lula. Teriam sido grampeados, em 2016, os 25 advogados do escritório, entre eles Cristiano Zanin, principal defensor do ex-presidente.

##RECOMENDA##

Na época, após questionamento do ministro Teori Zavascki, do STF, morto em janeiro de 2017, Moro respondeu que as interceptações ocorreram por “equívoco” da força-tarefa, que teria identificado a linha telefônica como sendo da empresa de palestras do ex-presidente.

O advogado Viana Martinez, porém, diz ter visto as provas de que esse material, incluindo análises de estratégias da defesa, foi usado pela Lava Jato – o que reforçaria e ampliaria a tese da ilegalidade do caso.

Segundo a Folha, Martinez esteve na 13ª Vara Federal de Curitiba e lá encontrou mais de 110 mil arquivos de áudio derivados de diversas linhas telefônicas de pessoas do círculo íntimo do ex-presidente.

Ele disse que não teve permissão para copiar esse material da investigação, sendo permitida por Moro apenas a consulta no local, "em computador previamente preparado e sob a vigilância dos servidores da vara", segundo relata o advogado em documento escrito.

"Cada ligação era separadamente identificada, sendo possível visualizar número de origem e destino da chamada, bem como a sua duração. Com um clique, era possível ouvir cada áudio interceptado", disse à Folha.

"As listas contavam, ainda, com uma última coluna. Em tal coluna estavam inseridos comentários de análise realizada por agentes da Polícia Federal. Destaca-se que nem todas as chamadas continham comentários inseridos, ao contrário, a maioria delas apresentava esse campo em branco", completou.

Martinez disse que as ligações geradas por meio do ramal-tronco do escritório traziam ao lado comentários a respeito do conteúdo do áudio. "Ou seja, com certeza tais chamadas telefônicas foram analisadas por agentes da Polícia Federal.”

Entre os exemplos registrados em relatórios, segundo ele, estavam conversas entre os advogados Cristiano Zanin e Roberto Teixeira e também com Nilo Batista a respeito de estratégias jurídicas a serem adotadas.

Apesar de admitir "erro" e pedir desculpas ao ministro Teori, Moro não destruiu os áudios das conversas entre os advogados e ainda deu acesso do material a outras pessoas que faziam parte do processo. O material só foi inutilizado em março de 2018.

Com informações do Brasil de Fato

O resultado preliminar da edição XXVIII do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (24). Os alunos e bacharéis que fizeram segunda fase da prova podem conferir se seus nomes estão na lista de aprovados clicando neste link.

Agora, está aberto o período para interposição de recursos, que devem ser feitos entre esta sexta e a próxima segunda pelo site da FGV. O resultado final deve ser divulgado no dia 5 de junho.

##RECOMENDA##

A JBS, companhia do setor industrial de alimentos, está selecionando candidatos para o Programa de Formação de Advogados Trabalhistas (PAT). A iniciativa promete capacitar e desenvolver profissionais da área para atuação nas unidades da empresa localizadas nas cidades de Marabá (PA), Campo Grande, Dourados (MS), Passo Fundo (RS), Rolândia (PR), Andradina e Lins (SP), Barra do Garças e Pontes e Lacerda (MT).  

Entre as etapas do processo seletivo estão testes online, entrevistas virtuais e presencial, bem como estão previstas dinâmicas e prova técnica. Os 13 profissionais selecionados participarão de um treinamento em São Paulo, onde serão realizadas aulas teóricas e práticas acerca de direito constitucional, civil, processo civil, direito do trabalho, entre outras temáticas. A formação durará três meses.

##RECOMENDA##

Os candidatos devem ser formados há, pelo menos, dois anos. É exigido, ainda, registro válido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Os interessados em participar da seleção devem se inscrever pelo site da disputa até 7 de junho. De acordo com a JBS, o treinamento será iniciado em julho deste ano. Saiba mais sobre o certame.

O Banco de Brasília (BRB) publicou, nesta sexta-feira (17), edital para concurso público com uma vaga para advogado. Para concorrer a vaga é preciso ser graduado em direito e ter registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Com salário de R$ 19.530,67 - sem contar benefícios, como participação nos lucros -  o o aprovado terá uma carga de 40 horas semanais e precisará ter disponibilidade exclusiva para o banco.

##RECOMENDA##

 O certame abre as inscrições no dia 23 de junho de 2019 e seguem até 29 de julho de 2019. Entre as etapas, estão uma prova objetiva, com previsão para serem realizadas no dia 8 de setembro, e uma prova discursiva, com o resultado sendo anunciado em 4 de dezembro.

Para as provas de conhecimento geral, os candidatos deverão ter conhecimento da Lei Orgânica e Regime Jurídico do Distrito Federal, assim como de  Governança Corporativa e Compliance. Confira todas as disciplinas previstas para a prova no edital. As inscrições podem ser feitas através do site do Iades. A taxa é de R$ 88;

As provas da segunda fase do Exame XXVIII da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foram realizadas em diversas cidades do país na tarde deste domingo (5). Se aprovados, os alunos e bacharéis poderão advogar oficialmente. Confira abaixo o pedido de peça de cada uma das matérias específicas:

Penal: Recurso em Sentido Estrito

##RECOMENDA##

Administrativo: Ação Indenizatória

Tributário: Recurso Ordinário

Constitucional: Ação popular com pedido liminar

Empresarial: Petição inicial de obrigação de não fazer cumulada com reparação de danos matérias com pedido de tutela de urgência

Trabalho: Contestação

Civil: Contestação com reconvenção

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinaram uma petição contra o pedido de habeas corpus em favor do líder petista protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana pelo ex-secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira.

Lula tem se negado a solicitar o cumprimento da pena em regime domiciliar - que é o principal objeto do habeas corpus apresentado por Oliveira. Em entrevista aos jornais El País e Folha de São Paulo na semana passada, o ex-presidente chegou dizer que acredita na sua absolvição.

##RECOMENDA##

"Por incrível que pareça, eu acredito. Eu ainda continuo com a cabeça de Lulinha paz e amor. Eu acredito na construção de um mundo melhor, de um mundo de Justiça. Eu penso que haverá um dia em que as pessoas que irão me julgar estarão preocupadas com os autos do processo, com as provas, e não com a manchete do Jornal Nacional, com a capa das revistas, com fake news", declarou.

Mesmo tendo protocolado o habeas corpus, Daniel Oliveira disse ter ouvido comentários sobre o desejo de Lula de ter a inocência provada. “Mas, independente da posição dele, esse é meu direito enquanto cidadão brasileiro”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

Nesta quinta (2), o ex-secretário de Justiça do Piauí recorreu ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra a petição assinada pelos advogados de Lula. A solicitação de rejeição do habeas corpus, contudo, foi impetrada com a anuência do próprio ex-presidente.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por meio do plenário do seu Conselho Federal, aprovou nessa segunda-feira (18) a súmula que torna “casos de agressões e violência contra a mulher fatores para impedir a inscrição de bacharéis em direito” nos seus quadros. A Comissão Nacional da Mulher Advogada havia pedido a edição de súmula, abordando os “quesitos de idoneidade moral para a obtenção da inscrição como advogado”.

“A violência contra a mulher, decorrente de menosprezo ou de discriminação a condição de mulher, não se limitando à violência física, constitui sim fator apto a caracterizar a ausência de idoneidade moral necessária para a inscrição na OAB, independentemente da instância criminal, sendo competentes os Conselhos Seccionais para deliberação dos casos concretos”, argumentou o relator do caso, o conselheiro federal Rafael Braude Canterji (OAB-RS), conforme informações da assessoria de comunicação da Ordem.

##RECOMENDA##

Para a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Daniela Lima de Andrade Borges (OAB-BA), a instituição não pode aceitar casos de violência contra as mulheres. “A OAB não pode compactuar com aquele que pratica a violência contra a mulher. Esse é o recado que a gente espera com a aprovação dessa súmula, no sentido de dizer que esse é um valor essencial para a OAB”, destacou Daniela.

Uma nova súmula foi aprovada na ocasião. Essa aborda a inidoneidade para situações que envolvem violência contra idosos, crianças, adolescentes e pessoas com deficiência mental e física.

No próximo domingo (17), a Universidade de Pernambuco (UPE) realizará o concurso público para o cargo de advogado. Nove vagas são oferecidas e o salário inicial é de R$ 3.205. Mais de mil inscrições foram registradas.

De acordo com a instituição de ensino, o certame terá prova escrita, prova discursiva e exame de títulos. “Os testes serão aplicados no Recife, Arcoverde, Garanhuns e Petrolina, em horários estabelecidos no cartão informativo de cada candidato, e consistirá de prova escrita objetiva com 100 questões com duração de cinco horas”, informou a Universidade.

##RECOMENDA##

A orientação é para que os candidatos compareçam aos locais de prova com antecedência mínima de uma hora para o fechamento dos portões.  Para saber a hora exata da aplicação e fechamento dos portões, os participantes precisam acessar o cartão informativo disponível na internet.

“Não será admitido ingresso de candidato aos locais de realização da prova após o horário fixado para o fechamento dos portões. Como medida de segurança, o candidato somente poderá se retirar da sala de aplicação da prova após decorridas três horas do seu início”, alerta a instituição de ensino.

Os participantes deverão ingressar nos locais de prova portando caneta esferográfica de tinta preta ou azul, fabricada em material transparente, além do cartão informativo e documento de identidade original. “Não será permitido o acesso de candidatos aos prédios, ou às salas de aplicação das provas, portando mochilas, bolsas, pochete ou quaisquer tipos de bagagens, armas, uso de boné, relógio ou óculos escuros, assim como a utilização de quaisquer materiais de consulta ou de quaisquer outros equipamentos eletrônicos, inclusive telefone celular, smartphones, smartwatches, ainda que desligado e sem a respectiva bateria, sob pena de eliminação do concurso”, destaca a Universidade.

Após a finalização do processo seletivo, será divulgado o gabarito preliminar, enquanto que o resultado final está previsto para 11 de junho. Outros detalhes sobre o concurso podem ser vistos no site da UPE e pelos telefones (81) 3033-7394 / 7397.

Os advogados de Carlos Ghosn anunciaram nesta quinta-feira (28) que apresentaram um novo pedido de habeas corpus sob fiança para o ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Motors. 

Ghosn, 64 anos, está detido em Tóquio desde 19 de novembro por suspeita de de desfalque. Este é o terceiro pedido de defesa do CEO, e o primeiro desde que ele mudou sua equipe de defesa.

Motonari Otsuru, um ex-promotor que defendeu o executivo que criou a aliança de fabricantes Renault-Nissan-Mitsubishi Motors, deixou de defender o empresário que o considerava muito passivo. Ghosn decidiu contratar veteranos dos tribunais, incluindo Junichiro Hironaka, que é conhecido por sua experiência.

"Os promotores o mantém preso porque ele não confessa. Eu gostaria que as pessoas se perguntassem se isso é apropriado do ponto de vista das normas internacionais", criticou o advogado ais jornalistas na semana passada.

Por sua parte, o juiz alegou, para justificar a não liberação, os perigos de fuga e alteração de provas. Ghosn é acusado de três crimes de quebra de confiança e dissimulação de renda para as autoridades do mercado acionário entre 2010 e 2018, delitos que ele nega.

O Tribunal de Justiça do Rio dispensou os advogados do uso de terno e gravata, inclusive em audiências e no segundo grau de jurisdição, por causa do verão tórrido que faz os termômetros baterem 40 graus. O alívio para os causídicos vale até 20 de março. Os advogados devem usar o traje social, "com camisa devidamente fechada".

A decisão da Corte atende a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio.

##RECOMENDA##

O procurador da OAB/RJ, Alfredo Hilário, afirmou que também "é papel institucional da Ordem velar pela saúde do advogado no exercício da profissão". Inúmeros têm sido os relatos de profissionais da advocacia que se queixam de indisposições, "sufocados" pela gravata e o paletó.

"Com esse calor absurdo que vem fazendo no Rio de Janeiro, muitas vezes ultrapassando os 40 graus, é humanamente impossível o advogado exercer a profissão de forma tranquila, já que precisa andar na rua de terno com esse sol escaldante", argumenta Alfredo Hilário.

Segundo ele, "nos fóruns a temperatura é muito baixa por conta do ar condicionado, então muitos colegas estão ficando doentes".

"Sem contar os que passam mal na rua", segue o procurador da OAB fluminense. "Esse é um ato de acesso à Justiça pelo advogado, não é nenhuma benesse, é o reconhecimento da necessidade de o advogado poder trabalhar de forma plena sem prejudicar a sua saúde."

Assim como nos últimos anos, a Ordem também enviou ofícios para o Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região (TRT-1) e para o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) solicitando a dispensa do uso do terno e gravata pelos advogados nas audiências durante o verão.

Segundo a OAB/Rio, o TRT-1 negou o pedido e o TRF-2 ainda não respondeu.

Encerra neste domingo (20) o prazo de inscrições para o concurso público realizado pela Universidade de Pernambuco (UPE). Ao todo, nove vagas são ofertadas para o cargo de advogado. A taxa de participação é de R$ 150.  

O processo seletivo será composto por três etapas. Primeiramente, será aplicada prova objetiva contendo 100 questões. O exame será realizado no dia 17 de março. Os aprovados na primeira fase prosseguirão para a segunda etapa, constituída de prova discursiva, contendo duas questões, que será realizada no dia 2 de abril. Por último, os candidatos serão submetidos à prova de títulos.           

##RECOMENDA##

Os selecionados atuarão na Região Metropolitana do Recife (RMR), Arcoverde, Petrolina e Garanhuns. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais, com remuneração de R$ 3.205. O resultado final com a lista de aprovados no processo seletivo será divulgado no dia 5 de julho no site do Instituto de Apoio a Universidade de Pernambuco (IAUPE).

A pernambucana Evelyne Soriano foi eleita a presidente da Associação Brasileira de Antropologia Forense. Com a nomeação, a doutora torna-se a primeira mulher e a primeira nordestina a assumir tal cargo na Associação. O mandado se estende até o ano de 2020. A Antropologia Forense é uma das subdisciplinas da antropologia física, que se divide em três ramos importantes: além da própria antropologia forense, existem a arqueologia forense e a antropologia cultural forense. Suas maiores aplicações são dentro de investigações criminais, onde se faz necessário a identificação da vítima por meio das ossadas, entre outros aspectos.

Questionada sobre a sensação de ser eleita para um cargo inédito para a história da Região, Evelyne não esconde o sentimento de felicidade. “Estou muito feliz e recebo essa missão com muita responsabilidade e disposição para divulgar o trabalho de excelência que fazemos no Brasil”, afirma com entusiasmo. 

##RECOMENDA##

A candidatura da pernambucana foi apoiada pelos três presidentes anteriores da ABRAF. Para Diogo Ramos, Presidente da Comissão de Perícias Forenses da OAB de Pernambuco, a nomeação de Evelyne para o cargo é de suma importância para Pernambuco e toda região nordestina. “Ela é a representante do Nordeste frente a essa instituição importantíssima para os advogados e cientistas jurídicos brasileiros. Vai ser a voz do Nordeste ecoando para todo o Brasil.”, exalta Diogo.

A partir da próxima semana o Portal LeiaJá lança uma plataforma de conteúdos para alunos de Direito que vão prestar o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Vai Cair na OAB surge com o intuito de abordar assuntos da primeira e da segunda fase do exame da Ordem por meio de reportagens e vídeos dinâmicos. Quem tem uma rotina apertada e dividida entre universidade e matérias isoladas conseguirá se manter atualizado por meio de um perfil no Instagram, com dicas curtas, questões interativas e uma aula semanal. Tudo de forma gratuita. 

Para o CEO do LeiaJá, Joaldo Diniz, o projeto voltado à preparação para a prova da OAB é mais uma iniciativa promissora do portal. De acordo com Diniz, os internautas terão acesso a professores de referência no universo do direito e a conteúdos cuidadosamente selecionados, assim como acontece no projeto Vai Cair No Enem, também produzido pelo LeiaJá.

##RECOMENDA##

Na visão de especialistas, não só alunos em período de conclusão de curso precisam trabalhar os assuntos abordados na OAB. “O exame, naturalmente, busca conhecimentos que vem desde o início do curso, com matérias como filosofia do direito, até o último período, com a prática trabalhista, direito tributário... Não deve se pensar no exame da ordem apenas quando chegar no último semestre”, explica o professor Fábio Porto, diretor da Escola Superior de Advocacia da OAB/PE. Logo, o Vai Cair na OAB também surge como material ideal para fornecer pílulas diárias de conhecimento aos estudantes que acabaram de ingressar no ensino superior.

[@#video#@]

Histórico de comprometimento com a educação

O Vai Cair na OAB não é a primeira plataforma projetada pelo LeiaJá para auxiliar no ensino de brasileiros. Desde 2013, o Vai Cair no Enem foi criado para dar dicas a estudantes que se preparam para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio. Em 2018, o produto ultrapassou os limites do portal e se tornou um perfil no instagram, que hoje reúne mais de 70 mil estudantes de todo o país com enquetes, questões, dicas e transmissões ao vivo. 

O Comitê de Direitos Humanos da ONU reafirmou, nesta segunda-feira (10), a liminar proferida em 17 de agosto solicitando que o Estado Brasileiro dê condições para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja candidato à Presidência da República. O registro de candidatura de Lula foi indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa, e o PT tem até esta terça-feira (11) para substituir o candidato. 

Com o reforço da decisão na ONU, o advogado Cristiano Zanin afirmou que vai dar conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazer o máximo para que ela seja cumprida. 

##RECOMENDA##

“Segundo decisão reafirmada pelo Comitê, a candidatura do ex-presidente Lula deve ser assegurada por todas as autoridades brasileiras. É uma decisão de caráter vinculante e obrigatória que o Brasil deve cumprir. Vamos analisar como implementar essa decisão. Não há espaço para que ela não seja cumprida. Esperamos que ela seja cumprida e Lula tenha a candidatura assegurada. A própria ONU diz que o Estado não pode convocar uma lei interna para descumprir liminar da ONU”, argumentou, em entrevista veiculada nas redes sociais do PT. 

A postura do Comitê de Direitos Humanos, segundo Zanin, é em resposta a uma provocação feita pela defesa quanto aos questionamentos, inclusive do TSE, quanto ao seu cumprimento. 

“O Comitê de Direitos Humanos da ONU reforçando as duas anteriores, de 22 de maio e 17 de agosto, deixa bem claro que o Brasil está vinculado ao cumprimento das liminares dele e que todos os Poderes estão obrigados a dar cumprimento as decisões liminares do Comitê”, salientou Valeska Teixeira Zanin Martins.

Na decisão de agosto, o Comitê da ONU determinou que Lula, além de candidato, tivesse acesso à imprensa e outros membros do seu partido para endossar a participação na disputa pelo Palácio do Planalto. O ex-presidente está preso desde 7 de abril deste ano para cumprir pena pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

Os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, informam que vão recorrer da decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal - Execução Penal -, que cobrou na quinta-feira, 30, R$ 31 milhões do ex-presidente Lula. O valor é parte da pena imposta no caso triplex, que levou o petista para a prisão em abril.

Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

##RECOMENDA##

Os R$ 31 milhões são o montante atualizado "dos valores devidos a título de custas (R$ 99,32), multa (valor total de R$ 1.299.613,46) e reparação do dano (R$ 29.896.000,00)". A juíza mandou abrir uma conta de depósito judicial para o recolhimento dos valores devidos.

Segundo os advogados, eles vão recorrer da decisão "uma vez que o artigo 50 do Código Penal e o artigo 164 da Lei de Execução Penal são claros ao afirmar que o pagamento da multa somente pode ser exigido diante da existência de decisão condenatória transitada em julgado, o que não se verifica no caso do ex-Presidente Lula". Além disso, informam, "a manifestação da Justiça desafia decisão proferida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, em 22/05, determinando ao Brasil que se abstenha de praticar qualquer ato irreversível ou que possa prejudicar o futuro julgamento do mérito do comunicado por aquela Corte Internacional".

A defesa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai encaminhar nesta quinta-feira, 30, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma manifestação de mais de 200 páginas em que culpa, "em alguma medida", o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) "pela instabilidade político-jurídica" do julgamento do registro do petista e pede respeito a compromissos internacionais de defesa dos direitos humanos, conforme trechos obtidos pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os advogados do ex-presidente também ressaltam que, de 145 candidatos que foram eleitos nas urnas em 2016 mesmo com o registro negado na Justiça Eleitoral, 98 deles conseguiram reverter o indeferimento, ou seja, "cerca de 70% obtiveram sucesso em decisões judiciais após o pleito".

##RECOMENDA##

O prazo para o envio da defesa de Lula ao TSE, nas eleições 2018, se encerra nesta quinta-feira, às 23h59. Na sexta-feira, 31, a Corte Eleitoral vai realizar, às 14h30, uma sessão extraordinária em que deve se discutir a possibilidade de o petista aparecer no horário eleitoral de rádio e televisão.

A reportagem conversou reservadamente com quatro ministros do TSE na manhã desta quinta-feira e há divergência sobre o que, de fato, vai ser julgado do caso Lula nesta sexta-feira - um deles não descarta a possibilidade de o próprio registro do ex-presidente ser levado ao plenário.

Culpa

Para os advogados de Lula na arena eleitoral, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região - que condenou o petista a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, na Operação Lava Jato - deve "ser chamado a compartilhar, em alguma medida, a culpa pela instabilidade político-jurídica" do julgamento do registro.

"Isso por jamais ter remetido o recurso de Lula ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), a despeito de estar admitido há 2 meses", sustentam os advogados.

"Não se está a sustentar que tenha havido alguma artimanha do TRF-4, mas fato é que os recursos de Lula ainda não subiram. Só para intimar o Ministério Público para apresentar contrarrazões (o que deveria ser imediato) o TRF-4 demorou 45 dias. E o Ministério Público usou o prazo integral - o que é legítimo, é claro. O tempo morto integral, pós-condenação colegiada (pós-inelegibilidade, portanto) é de 75 dias. Quem sabe tenha sido o tempo que faltou para o STJ ter julgado, no mérito, o recurso especial", argumenta a defesa de Lula.

Direitos Humanos

Na peça, os advogados também ressaltam que o Comitê de Direitos Humanos da ONU emitiu no último dia 17 um comunicado "solicitando ao Brasil que tome todas as medidas necessárias para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa desfrutar e exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições presidenciais".

Para ministros do STF e do STJ ouvidos pela reportagem, no entanto, o comunicado não é "vinculante".

"Em momentos de reafirmação e valorização da democracia, valorizam-se, de igual modo, os compromissos internacionais de defesa dos direitos humanos", diz a defesa de Lula, conforme trecho obtido pelo Broadcast Político.

"Erro histórico grave, que certamente não será cometido, seria o desprezo aos compromissos internacionais, a desconsideração de organismos integrantes do sistema ONU, a violação de direitos fixados em tratados, justamente sob a falsa premissa de preservar e proteger a democracia, pois, justamente onde se descumprem direitos humanos, é onde menos se encontra a democracia", alegam os advogados.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando