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Um problema detectado no radar operado pela Aeronáutica atrasa voos nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital paulista, internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana, e internacional de Viracopos, em Campinas, no interior paulista, na manhã desta quinta-feira (19).

Responsável pela administração de Congonhas, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que o aeroporto se encontra aberto para pousos e decolagens. Segundo último balanço divulgado até 11h30, cinco partidas estavam atrasadas. Entre as chegadas, eram cinco voos cancelados e outros cinco em atraso.

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A GRU Airport, concessionária do aeroporto internacional de Guarulhos, também conhecido como Cumbica, disse que as operações de pousos e decolagens sofreram atrasos em razão de um problema no radar da Área de Controle Terminal São Paulo do espaço aéreo na manhã desta quinta, mas que o sistema já foi restabelecido e as operações estão sendo retomadas.

A falha no radar também afeta o aeroporto de Viracopos. A Concessionária Aeroportos Brasil Viracopos afirmou que, por volta das 8h45, a Torre de Controle informou que as decolagens e pousos no aeroporto estavam suspensas por conta de um problema no radar que fica em Congonhas, na capital paulista. Segundo a administradora, às 9h45, a operação começou a ser retomada gradualmente e a situação foi normalizada às 10h10. Até as 11h15, o balanço indicava 20 voos atrasados e 11 voos cancelados, sendo três de chegada e oito de partida.

Sobre a situação com o radar em São Paulo, a reportagem entrou em contato com a Aeronáutica, que ainda não se posicionou.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas aeroportuárias do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), em Minas Gerais. Portaria autorizando o aumento nos valores foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira.

O aumento engloba taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia. A tarifa de embarque, por exemplo, passará dos atuais R$ 35,00 para R$ 39,43, no caso de voos domésticos, e de R$ 61,99 para R$ 69,82, para internacionais.

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As concessionárias devem dar publicidade aos novos valores, que poderão ser praticados após 30 dias.

O feriado de Páscoa deve movimentar bastante os aeroportos. Segundo a Infraero(Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), somente os 18 aeroportos operados pela estatal devem receber 451 mil passageiros, entre esta quinta-feira (14) e segunda-feira (18). O número é 224% maior se comparado com a Páscoa do ano passado, quando 139 mil pessoas embarcaram e desembarcaram nos terminais da empresa, entre os dias 1º e 5 de abril.

A estimativa foi feita com base nas programações das empresas aéreas e comparou-se o previsto para 2022 com o mesmo feriado de 2021, quando ainda era grande a redução nas atividades do setor aéreo em função da pandemia de Covid-19.

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Estão previstos também 3,5 mil pousos e decolagens no período, volume 167% superior em relação a 1,3 mil voos realizados em 2021. Ainda segundo a Infraero, hoje e segunda-feira devem ser os dias mais movimentados do feriado.

Rodovias mais movimentadas

Se no céu o movimento vai aumentar, nas rodovias também não será diferente. As empresas de transporte rodoviário regular de passageiros esperam expansão de 15% no movimento de abril em relação a março e o dobro do volume comparado ao mesmo período do ano passado.

O maior movimento nos terminais rodoviários está relacionado a dois feriados importantes do mês: Páscoa e Tiradentes, no dia 21 de abril, que, em algumas cidades, também dará lugar aos desfiles de carnaval, adiados em função da pandemia.

De acordo com a Abrati (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros), maior representante das empresas de ônibus rodoviários interestaduais do Brasil, além do avanço da vacinação e da retomada do turismo doméstico, o otimismo também está ligado ao fato de muitos passageiros migrarem para os ônibus na hora de viajar, em virtude do reajuste das passagens aéreas e de constantes altas nos preços dos combustíveis, que para muitos inviabilizam viagens de carro.

“Isso já pôde ser observado no último feriado de carnaval, em fevereiro. Tivemos cerca de 32% de crescimento em relação ao mesmo de período de 2021”, disse a porta-voz da Abrati, Letícia Pineschi.

Segundo dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), 2,8 milhões de passageiros utilizaram ônibus para viagens em fevereiro – 1 milhão a mais que em fevereiro de 2021.

“Por isso, as nossas projeções são ainda mais otimistas para os próximos feriados. A perspectiva é que o volume de passageiros deve ser maior do que o registrado em igual período de 2019, antes de a pandemia desembarcar no país”, destacou.

Descontos

O bom momento também está atrelado à ótima relação entre custo e benefício oferecido pelas empresas rodoviárias regulares.  “Muitas estão promovendo ótimos descontos para a compra de passagens antecipadas. Alguns deles são até 800% mais baratos que trechos aéreos”, disse.

A Abrati ressaltou, ainda, que o bom desempenho do setor regular de transporte de passageiros também se deve a uma mudança brusca no perfil do viajante. “Antes, na média, 30% dos viajantes do sistema regular eram de turismo e lazer. Agora, de acordo com a última pesquisa que realizamos, essa participação saltou para 61%, sendo que os outros 29% viajam para visitar parentes, o que tem uma forte relação com turismo, e 10% a trabalho/estudo”, explicou Pineschi.

No entanto, apesar das perspectivas animadoras do setor regular de transporte rodoviário, a Abrati faz uma ressalva aos passageiros em relação aos feriados. “Durante a pandemia, o transporte clandestino, que não segue as regras de controle e respeito ao cliente, aproveitou o cenário de redução das linhas regulares para crescer em torno de 30% no país, sofisticando-se e tomando ares de legalidade, em especial nos canais de venda online”, frisou Pineshi.

Segundo ela, hoje, mesmo com o retorno das linhas regulares, ainda há uma grande parcela da população que recorre ao transporte ilegal por conta das tarifas mais baratas.  “Mas, essa possível vantagem é uma ilusão porque os usuários desse tipo de transporte não possuem nenhuma garantia e qualquer tipo de amparo caso algum acidente ocorra. Toda essa irresponsabilidade não apenas coloca em risco a vida de milhões de passageiros no Brasil, mas também ceifa milhares de vidas de outros viajantes que circulam nas rodovias. Por isso, na hora de viajar no feriado, opte por uma empresa regularizada, só dessa forma é possível ter total segurança e conforto”, finalizou.

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou novas regras para embarque armado e o despacho de armas de fogo e de munições em aeroportos do País. Segundo a proposta, apenas integrantes das Forças Armadas, de órgãos policiais ou outros agentes públicos com prerrogativa de porte de arma de fogo poderão ser autorizados a entrar armados em aeronaves civis. Em todos os casos, o armamento deverá ser transportado sem munição, podendo ser recarregado apenas em local apropriado após o desembarque. 

Caberá às Forças Armadas e aos órgãos policiais estabelecerem os requisitos para a autorização do embarque armado de seus respectivos integrantes. No caso de agentes públicos com porte de arma, os requisitos serão definidos pela Polícia Federal. Em ambos os casos, os requisitos devem estar de acordo com procedimentos definidos pela Anac. 

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O ingresso armado de integrantes das forças em aeronaves civis fica ainda condicionado à aprovação prévia em curso específico sobre porte de arma de fogo, ministrado pelo respectivo órgão e com grade curricular padrão estabelecida pela Polícia Federal. 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Nicoletti (PSL-RR), ao Projeto de Lei 2688/19, do deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica e a lei que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 

“Para melhor regulamentar o tema dentro do arcabouço jurídico existente, apresentamos uma nova redação sobre o projeto de lei proposto, estabelecendo procedimentos para desmuniciamento, despacho, transporte e embarque armado”, diz o relator.  Despacho de armas de fogo Nos casos de despacho de arma de fogo e munições, o transporte até a aeronave deverá ser realizado por servidor policial da Polícia Federal ou por servidor policial de outro órgão de segurança pública conveniado, de maneira segura e fora do alcance dos demais passageiros e trabalhadores do aeroporto. 

Apenas no caso em que o detentor da arma ou munição seja integrante das forças de segurança, o transporte até a aeronave poderá ser feito por ele próprio, acompanhado de um funcionário da empresa aérea. 

Extravio Por fim, o substitutivo retira a limitação para o valor da indenização relacionada ao extravio de bagagem nos casos em que o passageiro demonstrar, de forma inequívoca, o valor da bagagem despachada. 

“Essa última mudança é necessária para fazer frente aos casos relacionados ao extravio de armas, algo infelizmente comum, onde o valor da bagagem supera, e muito, o atualmente previsto como limite”, justifica o relator. 

Tramitação

O projeto será ainda analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Com potencial de afetar outros processos de relicitação na área de infraestrutura, uma decisão recente do Tribunal de Contas da União (TCU) em torno do novo leilão do Aeroporto Internacional de Natal, em São Gonçalo do Amarante (RN), obrigou o governo a negociar uma saída. Em devolução pela concessionária, o terminal será novamente leiloado à iniciativa privada.

Para isso, porém, a União precisa fazer um acerto de contas com a Inframerica, hoje responsável pela operação. O processo de relicitação está parado no TCU à espera de uma definição sobre o valor de indenização.

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O Executivo planeja usar a outorga obtida no novo leilão para fazer esse pagamento. Em decisão recente, o ministro do TCU Aroldo Cedraz entendeu que o valor a ser pago à concessionária deve estar fechado antes de o governo avançar com a nova concorrência. Com isso, a nova concessão corre o risco de demorar anos para sair.

A possibilidade alarma não só o governo, mas também o setor de infraestrutura, que teme que tal entendimento seja replicado em novas licitações que estão a caminho. É o caso do aeroporto de Viracopos (SP), que também passa por processo de devolução.

Desde já, o impasse no TCU mexeu no cronograma do governo. Inicialmente, o plano era fazer o leilão de São Gonçalo do Amarante ainda em dezembro, alternativa inviável no momento. "Não dá mais pra fazer leilão neste ano muito provavelmente. Dezembro já não vai dar mais, vai depender de quando consegue destravar no tribunal", disse ao Estadão/Broadcast o secretário Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann.

A estratégia adotada pelo governo e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a indenização foi vista com ceticismo entre agentes do mercado. O montante apresentado ao TCU era uma estimativa com "baixo grau de segurança", disse Cedraz na decisão, o que pode não corresponder ao mesmo valor que será calculado pela Anac. Ou seja, nem o que a agência entende que deve ser indenizado foi incluído no processo. A expectativa é de que a finalização dos cálculos ocorra só início de 2022.

Na busca por reverter a posição do tribunal, Glanzmann afirmou que o governo tenta costurar uma saída com o TCU. "As conversas têm caminhado bem nesse sentido", disse o secretário. A ideia é que a Anac apresente sua "conta" da indenização e que, a partir disso, o TCU possa destravar a relicitação. Em seguida, o valor precisaria passar por uma auditoria para que, no momento de assinatura do contrato com a nova concessionária, esse montante "incontroverso" esteja fechado.

"Vamos fazendo passo a passo e o TCU vai fiscalizando passo a passo, de modo que o incontroverso tem de estar fechado como condição para a assinatura do contrato", disse Glanzmann. Se a antiga concessionária entender que o valor da indenização tem de ser maior, essa diferença é discutida num ambiente de arbitragem. Mas, a esse ponto, o aeroporto já terá sido leiloado.

Para Glanzmann, o ponto central é que o certame não pode esperar a solução definitiva da indenização. "Se eu não faço o leilão, eu não faço a transição, aí a conta não vai fechar nunca. Aí o incontroverso não fecha. Se não fecho o incontroverso, não consigo abrir o controverso. Isso é uma referência circular que vira um looping, não sai do lugar", disse o secretário.

Ainda que a Anac apresente seu cálculo ao TCU e o incontroverso esteja resolvido até a assinatura do contrato, esse valor ainda não estará fechado no momento da publicação do edital, de acordo com Glanzmann. "Só vai conseguir fechar o incontroverso nas vésperas da assinatura do novo contrato de concessão. O edital vai prever que o poder concedente informará ao concessionário quanto da oferta dele ele vai depositar na conta do concessionário e quanto ele vai depositar na conta do Fnac. Porque o lance dele é independente disso", afirmou.

Para Maurício Portugal Ribeiro, especialista em regulação e equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessões comuns e PPPs, será preocupante se prevalecer no TCU o entendimento de Cedraz, de que a relicitação deve esperar a resolução definitiva de todos os débitos e créditos da antiga operadora.

"Se o TCU disser que tem de resolver todos os litígios para só depois fazer a relicitação, aí você elimina o grande objetivo da relicitação, que é assegurar a continuidade da prestação de serviço por meio de inclusão de novo concessionário. O novo leilão é para resolver o problema do usuário", disse. Por outro lado, na visão de Portugal, a saída citada pelo secretário também não é a solução ideal. Na visão do advogado, o valor incontroverso deve estar presente já no edital do leilão.

Cálculos

A Anac confirmou que o cálculo de indenização à atual concessionária do aeroporto de São Gonçalo do Amarante deve ser finalizado só no início de 2022. "Tal processo ocorre com amplo direito ao contraditório pela concessionária e está sendo acompanhado pelos auditores do Tribunal de Contas da União (TCU)", afirmou a Anac.

A agência também reforçou seu entendimento de que a definição do valor de indenização pela agência é condição somente para o início do novo contrato de concessão, e não para a realização da nova licitação - o que contraria o entendimento do ministro Aroldo Cedraz, que atua como relator do processo de relicitação no TCU.

Cerca de 700 mil passageiros deverão passar pelos aeroportos administrados pela Infraero em razão do feriado prolongado de 12 de outubro, na próxima terça-feira. A estimativa de embarques e desembarques é referente ao período de 8 a 13 deste mês.

Segundo a empresa, esta sexta-feira (8) deve ser o dia com maior fluxo, chegando a registrar 149.844 usuários do sistema. No dia 13, os aeroportos devem receber 139.826 viajantes. Ao todo são esperadas 5.555 operações de pousos e decolagens.

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Ano passado, o feriado de Nossa Senhora Aparecida contabilizou 432.265 passageiros entre os dias 8 e 13 de outubro. Foram usadas 3.748 aeronaves.

Máscaras obrigatórias

A empresa informou que adotou as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre distanciamento social, uso de máscara e higienização das mãos dentro dos terminais, “que estão sinalizados e têm veiculado mensagens audiovisuais”.

É recomendado aos passageiros que cheguem aos aeroportos com antecedência mínima de 1h30 para voos domésticos e 3h para voos internacionais.

Em nota, a Infraero informa que o atendimento e as orientações aos viajantes contam com o apoio dos chamados “amarelinhos”, que são funcionários de colete amarelo com a frase “Posso Ajudar? / May I Help You?”.

O Rio de Janeiro começou nesta quarta-feira (2) a imunização dos trabalhadores portuários e de transporte aéreo, que, por recomendação do Ministério da Saúde, foi antecipada. No porto do Rio e no Aeroporto Santos Dumont, a vacinação será entre esta terça-feira e a próxima segunda-feira (7), com exceção de domingo. O horário de atendimento é das 9h às 16h. No Aeroporto Internacional Tom Jobim RioGaleão a vacinação segue até o dia 11 de junho no mesmo horário. Lá também não haverá imunização no domingo.

“[É] vacinação específica das pessoas que têm muito contato com quem vem de fora do país e que têm possibilidade de pegar novas variantes do vírus. Essa vacina é quase uma ação de bloqueio”, disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

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Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 16 mil pessoas serão imunizadas nos três pontos. Segundo o secretário, o Ministério da Saúde separou doses para esse grupo populacional e a vacinação é exclusiva para os profissionais que trabalham no porto e nos dois aeroportos do Rio. 

“[Estamos] dando preferência para as pessoas que trabalham em contato com quem chega de outros países ou que haja um fluxo muito grande de circulação de pessoas de outros lugares”, finalizou o secretário de Saúde.

O governo brasileiro ampliou suas restrições de voos internacionais e suspendeu os com destino à Índia, que enfrenta agora uma nova variante da Covid-19, a B.1617, e é considerada o novo epicentro mundial da doença. A atualização veio através de portaria publicada na sexta-feira (14), em acordo com a 652 de janeiro de 2021. Há 10 dias a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia recomendado a suspensão de voos e viajantes do país do sul asiático.

O documento estabelece medidas e regras referentes ao ingresso e regresso envolvendo alguns países estrangeiros. As regras são as mesmas já aplicadas ao Reino Unido e à África do Sul, onde antes também foram identificadas mutações do vírus.

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A restrição, segundo portaria publicada agora à noite no DOU (Diário Oficial da União), só não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados; imigrantes com residência de caráter definitivo, por prazo determinado ou indeterminado, no território brasileiro; profissionais estrangeiros em missão a serviço de organismo internacional, desde que identificado; funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro; estrangeiros com cônjuge, companheiro, filho e/ou pai brasileiro, cujo ingresso seja autorizado especificamente pelo governo brasileiro ou portador de Registro Nacional Migratório; transporte de cargas.

"Ficam proibidos, em caráter temporário, voos internacionais com destino à República Federativa do Brasil que tenham origem ou passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia", diz um trecho da portaria.

Leia, na íntegra, a nota técnica encaminhada ao Comitê de Crise para a Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19, no último dia 4:

NOTA TÉCNICA Nº 70/2021/SEI/GGPAF/DIRES/ANVISA

I – implementação de quarentena para todos os viajantes estrangeiros ou brasileiros que ingressarem no Brasil, independente do país de procedência, salvo o trânsito de cargas e de residentes entre cidades gêmeas;

II – incluir a proibição de voos e de viajantes procedentes da Índia na lista de restrição de países, em função da nova variante identificada naquele país. Ressalta-se a necessidade de se manter as suspensões já previstas na Portaria 652, de 2021, dos voos procedentes do Reino Unido, Irlanda do Norte e África do Sul;

III – estruturar e implantar comitês bilaterais para a elaboração de planos de contingência para promover a harmonização de medidas sanitárias mitigatórias entre as cidades gêmeas;

IV – divulgação à população, de forma ampla, clara e orientativa, da atualização das medidas adotadas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou os tetos das tarifas aeroportuárias do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (Galeão). Portaria autorizando o aumento nos valores foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

O reajuste autorizado é de 6,7593% a 7,5066%, a depender da tarifa.

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O aumento engloba taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia.

A tarifa de embarque, por exemplo, será de R$ 35,30 para voos domésticos e R$ 62,52 para internacionais.

Em cenário de piora da pandemia da Covid-19 e retração da atividade econômica, o governo federal marcou uma bateria de leilões de aeroportos, portos e ferrovia para a próxima semana, entre os dias 7 e 9, com a expectativa de atrair até R$ 10 bilhões em novos investimentos. Batizada de Infra Week (ou semana da infraestrutura, no termo em inglês), a rodada será um termômetro do potencial de atração de investimentos de longo prazo, no momento em que o Brasil está com a imagem arranhada pela condução da política de enfrentamento do coronavírus.

Serão leiloados 22 aeroportos hoje operados pela empresa pública Infraero, 5 terminais portuários (quatro em Itaqui e um em Pelotas) e o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Ilhéus e Caetité, na Bahia - um projeto em obras desde 2011 e que ainda recebe críticas de ambientalistas. O governo quer que a ferrovia se consolide como um corredor logístico de exportação para o escoamento de minério de ferro, além de grãos.

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A oferta dos lotes será feita na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, que se preparou para o leilão presencial com regras rígidas de acesso ao local. O valor de R$ 10 bilhões é alto se comparado, por exemplo, com o orçamento do Ministério da Infraestrutura destinado a obras, em torno de R$ 7 bilhões para todo este ano. O número de projetos que serão oferecidos ao setor privado em uma semana também contrasta com o dado de 2020, quando o ministério organizou o leilão de nove ativos.

O governo teve de fazer adaptações nos projetos após novos estudos sobre o apetite dos investidores e o retorno esperado com os empreendimentos em função do impacto da pandemia, que afetou de forma diferenciada os setores envolvidos nas concessões. Enquanto na área de portos a demanda subiu, nos aeroportos o movimento foi fortemente afetado.

Na reta final, o leilão de aeroportos chegou a ser suspenso por uma liminar judicial em Santa Catarina, mas o governo conseguiu reverter a trava jurídica no mês passado. Há pressão também para renovação de incentivos tributários dos portos, que enfrenta resistências da área econômica.

Apesar das incertezas com a pandemia, o governo diz que há apetite pelas concessões de longo prazo, num quadro de excesso de recursos no mundo e investidores buscando maior ganho num ambiente de taxas de juros muito baixas, em alguns casos até negativa. Além disso, o preço dos empreendimentos no Brasil ficou barato com a desvalorização do real frente ao dólar.

"Se seguimos em frente, é porque o mercado deu esse feedback (retorno, em inglês) para nós também. Não inventamos demanda", afirmou ao Estadão/Broadcast o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Aeroportos

Na área de aeroportos, a novidade é que o governo não vai mais exigir que o operador do terminal faça parte do consórcio vencedor. Ou seja, quem ganhar o leilão, não necessariamente precisa ser um operador, podendo contratar uma outra empresa para exercer essa função. "É um movimento importante de continuidade desse processo de participação privada no setor", diz o presidente da Associação Nacional das Empresas Administradoras de Aeroportos (Aneaa), Diogo Oliveira, ex-ministro do Planejamento.

Oliveira avalia que o leilão tem boa chance de sucesso porque os efeitos da pandemia foram incorporados, tornando os preços atrativos. Ele reconhece, no entanto, que a crise sanitária em si gera muitas incertezas no negócio, já que alguns grupos podem estar enfrentando problemas nos negócios que já possuem. Em maio de 2019, 12 aeroportos foram arrematados com ágio médio (diferença em relação ao mínimo exigido no edital) considerado alto, de R$ 2,1 bilhões (986%).

Já os cinco terminais portuários que serão ofertados na semana que vem vão se somar a outros 20 leiloados desde 2019 e a 69 contratos de terminais de uso privado. Mesmo no ano de pandemia, o setor cresceu 4,2% em 2020. Com a crise sanitária, as empresas do setor sentiram a necessidade de diversificar a carteira e esse novo perfil pode atrair investidores de empresas de contêineres e granel sólido para o leilão dos arrendamentos de Itaqui (MA), que são de granel líquido, como combustíveis. "Esses novos leilões, estão tendo procura também por empresas que hoje já operam em outro segmento", diz Jesualdo Silva, diretor-presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP).

Faltando poucos dias para os leilões, a Coalizão Empresarial Portuária ainda cobra a renovação do Reporto, regime especial de tributação do setor, por mais cinco anos ou até a implantação da reforma tributária. Lideranças da Coalizão levaram o pleito diretamente ao presidente Jair Bolsonaro no último dia 23 de março. As empresas avaliam que uma definição sobre o Reporto será decisiva para aumentar a competição no leilão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal autorizou a entrada de estrangeiros, de qualquer nacionalidade, em todos os aeroportos do Brasil. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União dessa quinta-feira (24) e prorroga, por 30 dias, a restrição à entrada de estrangeiros “por rodovias, por outros meios terrestres ou por transporte aquaviário.”

Em julho, o governo já havia liberado parcialmente a entrada de estrangeiros por via aérea, mantendo a restrição nos aeroportos de Mato Grosso do Sul, da Paraíba, de Rondônia, do Rio Grande do Sul e do Tocantins. Já no mês passado, a restrição atingiu os aeroportos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, do Rio Grande do Sul, de Rondônia, Roraima e do Tocantins.

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Desde que os voos internacionais e a entrada de estrangeiros por outras vias foram restringidos em março, em razão da pandemia da Covid-19, o governo vem avaliando, mês a mês, as medidas que devem ser mantidas.

A entrada por estrangeiros por via aérea está permitida desde que obedecidos os requisitos migratórios adequados à sua condição, inclusive o de portar visto de entrada, quando este for exigido. Aqueles que vierem ao Brasil para viagem de curta duração, de até 90 dias, deverão apresentar à empresa aérea, antes do embarque, comprovante de aquisição de seguro válido no Brasil, para gastos de saúde.

A portaria conjunta assinada pela Casa Civil e pelos ministérios da Saúde, Infraestrutura, Justiça e Segurança Pública autoriza, excepcionalmente, o estrangeiro que estiver em país de fronteira terrestre com o Brasil e precisar atravessá-la para embarcar em voo de retorno a seu país de residência, a entrar com autorização da Polícia Federal e dirigir-se diretamente ao aeroporto. Para isso, deverá apresentar demanda oficial da embaixada ou do consulado do seu país e os bilhetes aéreos correspondentes.

Com a revisão dos estudos da próxima rodada de concessão de aeroportos em razão da pandemia, o valor mínimo que o governo vai arrecadar à vista com a transferência dos terminais à iniciativa privada caiu 60%, de R$ 469,6 milhões para R$ 189,9 milhões. Programado para março de 2021, o leilão vai conceder a operação de 22 aeroportos, hoje administrados pela Infraero, divididos em três blocos: Sul, Central e Norte.

O projeto para a concessão desses aeroportos já estava pronto no início do ano, mas a crise causada pela novo coronavírus exigiu que os estudos fossem revisados. A modelagem precisou considerar a nova previsão de PIB para este ano, que estima queda na economia de 4,7%, e a consequente redução nas projeções de demanda de transporte aéreo. Os estudos ainda precisam ser avaliados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode sugerir mudanças.

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Para se ajustar a esse novo cenário, que prevê menos passageiros e, portanto, menos receita para os aeroportos, o montante de investimentos para os 22 terminais também caiu de R$ 6,9 bilhões para R$ 6,1 bilhões. Já a queda de 60% na arrecadação mínima se refere a parcela de outorga (taxa para explorar o serviço) à vista que os concessionários precisarão pagar ao governo para operar os blocos de aeroportos. É em cima desses valores que as empresas disputarão os terminais no leilão. Ou seja, R$ 189,9 milhões é o piso do que a União vai receber à vista, já que os concorrentes podem ofertar cifras maiores justamente para disputar os terminais - o que corresponde ao ágio.

Mais afetado

Nos valores de outorga, o bloco mais afetado é o do Sul, que conta com os aeroportos de Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). Para esse grupo, o valor mínimo que as empresas precisarão oferecer na disputa caiu de R$ 408,2 milhões para R$ 133,5 milhões.

No caso do bloco Central - Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA) -, a redução foi de R$ 22,6 milhões para R$ 8,2 milhões. Já o bloco Norte, que conta com os terminais de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista, registrou um movimento contrário e teve aumento na outorga, de R$ 38,8 milhões para R$ 48,2 milhões.

Segundo o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, isso se deve à participação bastante relevante que o transporte de cargas exerce no bloco Norte, modalidade que não sofreu com o coronavírus na mesma medida que o transporte de passageiros. Uma vez que uma parcela dos investimentos nos terminais foi "empurrada" para frente ao longo da concessão, o valor da outorga acabou subindo.

Nos outros dois blocos, o efeito não foi o mesmo. Apesar de não ser a maior redução proporcional, o grupo de aeroportos da região Central foi o que mais sofreu com a crise. Isso porque grande parte dos investimentos que precisam ser feitos não puderam ser adiados ou reduzidos, já que se referem a adequação de infraestrutura, independentemente da demanda de passageiros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os aeroportos brasileiros poderão testar, em breve, uma nova experiência de embarque: a identidade do passageiro será checada pela identificação facial, sem a necessidade de checagem de documentos. O projeto, que estava em desenvolvimento há anos, ganhou mais relevância em meio à crise sanitária causada pelo coronavírus. A partir de setembro, a novidade será testada em projeto piloto no aeroporto de Florianópolis.

O programa é idealizado pelo Ministério da Infraestrutura, por meio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), em parceria com o Serpro, empresa federal de processamento de dados. A ambição é permitir que o passageiro faça todo o processo de embarque sem pegar em um documento, usando apenas o reconhecimento facial, disse o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, ao Estadão/Broadcast.

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Se o projeto piloto mostrar bons resultados, a expectativa é de que a tecnologia comece a ser usada em mais aeroportos até o início de 2022. Além do terminal em Florianópolis, também já há conversas com os aeroportos de Brasília (DF), Salvador (BA) e Galeão (RJ) para a adoção da tecnologia.

Hoje, as verificações nos aeroportos são feitas em duas etapas. Uma, para entrar na área de segurança, em que o passageiro valida seu cartão de embarque e depois passa pelas máquinas de raio-x. A outra é no momento do embarque na aeronave, no qual o atendente da empresa aérea verifica o bilhete e um documento de identidade.

No futuro, quando o embarque por "selfie" já estiver em pleno funcionamento, essas duas entradas seriam feitas por máquinas de biometria facial. O sistema vai cruzar o reconhecimento biométrico da máquina com a selfie feita pelo cliente no momento do check-in - que poderá ser realizado em casa, por exemplo, por meio do celular.

Especialistas e o próprio governo reconhecem que, com a pandemia e as inseguranças trazidas com a doença, a aviação terá de oferecer novas experiências para reconquistar a confiança do passageiro. O setor é um dos mais afetados pela crise do novo coronavírus.

A verificação de identidade por reconhecimento facial será viabilizada por um programa desenvolvido pelo Serpro, que utiliza bases de dados de órgãos federais. A tecnologia já está preparada para comparar a selfie tirada pelo passageiro e a biometria facial com qualquer documento com foto previamente emitido pelo governo federal. No futuro, a ideia também é ter acesso também aos registros de documentos emitidos pelos Estados.

Na fase de testes, os técnicos devem utilizar apenas a foto da carteira de motorista do cidadão para a validação. Portanto, quem topar participar precisará ser maior de idade e habilitado como motorista.

Parceria

Como as empresas aérea terão de adaptar seus sistemas para o embarque por biometria, o governo negocia uma parceria com a Latam. "Vamos iniciar o trabalho fazendo também comparações biográficas, de dados, e não só a face", disse o consultor de negócios de Soluções de Gestão de Transporte Terrestre e Aéreo do Serpro, Fernando Paiva. No piloto, um voo diário de cada aeroporto vai servir para testar uma série de quesitos no embarque com selfie: rapidez no embarque, nível de segurança e gargalos a serem corrigidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reajustou o teto de tarifas aeroportuárias dos aeroportos internacionais de Viracopos, em Campinas (SP), e Governador André Franco Montoro, em Guarulhos (SP), conforme portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

O reajuste abrange taxas de embarque, conexão, pouso, permanência, armazenagem e capatazia. Os índices aplicados para os aumentos foram de 1,8663% e 2,1324%, para Viracopos, e de 2,3887% e 2,1324%, para Guarulhos. Com isso, as taxas de embarque doméstico, por exemplo, ficaram em R$ 30,95 e R$ 32,44, respectivamente.

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A ministra das Infraestruturas e Transportes da Itália, Paola De Micheli, anunciou nesta quarta-feira (20) que todos os aeroportos do país serão reabertos a partir do dia 3 de junho.

A declaração é dada dois dias depois do transporte ferroviário voltar a funcionar com uma frota maior desde que as medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 foram impostas.

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"Será possível reabrir todos os aeroportos a partir de 3 de junho, quando as transferências inter-regionais e internacionais serão permitidas novamente e as restrições de transporte não serão mais aplicáveis", afirmou a política italiana.

De acordo com De Micheli, o governo também permitirá viagens entre regiões com "baixo risco" de infecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Hoje, o aeroporto de Fiumicino, em Roma, foi reaberto gradualmente com a decolagem de um Air France para Paris, o primeiro dos três planejados para esta semana. O voo AF-1305, no entanto, foi com um número limitado de passageiros, respeitando as regras de distanciamento social determinadas na chamada Fase 2.

Da Ansa

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou revisão extraordinária do contrato de concessão do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antônio Carlos Jobim (Galeão), em razão de frustração da receita não tarifária devido ao atraso de obras. A revisão tem o objetivo de recompor o equilíbrio econômico-financeiro. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O ato diz que a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato será realizada, após a anuência do Ministério da Infraestrutura, por meio da revisão da contribuição mensal devida pela concessionária e estabelece que a parcela da contribuição mensal devida em 2020 será deduzida pelo valor referente ao desequilíbrio verificado, o correspondente a R$ 4,511 milhões.

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"O valor a ser descontado em 2020 deverá ser atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulado entre dezembro de 2019 e o mês anterior ao do pagamento da contribuição mensal, e pela taxa de desconto do fluxo de caixa marginal de 6,81%, estabelecida pela Resolução nº 355, de 17 de março de 2015, proporcional ao número de meses correspondentes", cita a decisão.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta sexta-feira (20), em entrevista ao canal GloboNews, que o governo federal não vai determinar o fechamento dos aeroportos, medida que, segundo ele, poderia gerar problemas de abastecimento. De acordo com ele, não se pode "criar barreiras sanitárias" que impeçam o transporte de produtos essenciais.

Freitas disse ainda que o decreto do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, "padece de legalidade" e que o próprio governador sabe disso.

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"Ele criou uma saída para isso, ao dizer que o decreto depende do aval da agência federal, jogando a responsabilidade para a União, mas não vai haver fechamento de aeroportos", disse o ministro, que lembrou que o tema é competência da União e disse que os contratos com o setor aeroportuário serão "reequilibrados."

Para o ministro, não é o momento para disputas políticas e para tomar medidas que não tenham sido devidamente pensadas. "Momentos de crise são momentos de disciplina, para seguir a legislação", afirmou Freitas, que disse que vai propor a criação de um conselho nacional de transportes, com a participação dele e dos secretários estaduais de transportes, para que as ações sejam coordenadas. "Medidas não coordenadas têm efeitos colaterais negativos sobre abastecimento", comentou.

O ministro demonstrou preocupação com a possibilidade de o País passar por uma crise de abastecimento semelhante à da greve dos caminhoneiros. "Precisamos manter a boa logística funcionando", disse. "Nós vamos garantir abastecimento e logística de insumos", afirmou. O ministro também disse que o governo deve editar medidas para mostrar essencialidade do setor portuário.

Freitas afirmou que o País não pode virar uma desordem e mostrou confiança que a crise será superada. "O brasileiro é criativo, competente e solidário", afirmou o ministro, que disse que algumas empresas estão se oferecendo para ajudar, dando o exemplo da Ambev e da Cosan, que se ofereceram para produzir álcool em gel.

Enquanto o novo coronavírus avança sobre o País, nos aeroportos internacionais de Brasília e Guarulhos, por onde passam diariamente 165 mil pessoas, não tem sido feita triagem ou sequer verificação mais cuidadosa da situação dos passageiros que chegam da Europa e dos Estados Unidos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) admitiu ao jornal O Estado de S. Paulo que "não há indicação de fazer qualquer tipo de controle de temperatura nos viajantes".

No restante do mundo, o protocolo tem sido outro: na China, na Itália, na Coreia do Sul e nos Estados Unidos, onde já foi registrado um total de 133 mil infectados e 6,4 mil mortes, a medição da temperatura de passageiros vem sendo adotada em aeroportos para conter a doença.

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O governo do Distrito Federal chegou a anunciar na semana passada que bombeiros fariam triagem dos passageiros no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, prevendo até o uso de câmeras térmicas e equipamentos de análise biológica do ar.

De acordo com o Palácio do Buriti, no entanto, o protocolo do Ministério da Saúde impediu "que os bombeiros fizessem as ações nas áreas predeterminadas". A alternativa será realizar agora as análises térmicas dos passageiros na área pública de desembarque do aeroporto.

Passageiros ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo informaram que retornaram a Brasília nesta semana sem passar por nenhum tipo de procedimento especial.

Um funcionário de um banco estatal, que pediu para não ser identificado, disse que esperava o "maior aparato" ao chegar dos Estados Unidos, mas alegou que a única orientação recebida ao desembarcar em Brasília foi um aviso de dentro do próprio avião.

Em São Paulo, a mesma situação foi vivenciada pela servidora Laura Gracindo, que acaba de voltar de férias da Espanha, que já registra 14.535 casos de infecções e 630 mortos. "Foi uma chegada normal como qualquer outra, a diferença é que na hora de passar pela alfândega pedem para as pessoas abaixarem as máscaras para a análise da câmera. E tem o sistema de som que fica repetindo que, se você tiver os sintomas, deve procurar o sistema de saúde. O único aviso é esse nos alto-falantes", relatou.

Eficácia

Procurado, o Ministério da Saúde não se manifestou. Na segunda-feira, o titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta, levantou dúvidas sobre a eficácia da medição de temperatura de passageiros. "O início desse quadro gripal é muito mais de sintomas vagos, dor no corpo, um pouco de coriza, arranhando a garganta. Agora, o período de incubação é de 3 a 7 dias, com pico no quinto dia. Então, o primeiro, segundo, terceiro você está totalmente sem febre", afirmou Mandetta.

Diante disso, o ministro questionou "você investir milhões para colocar um termômetro em cada um para saber que 75%, 80% dos pacientes que passarem por ali podem estar infectados. Aquilo não tem nenhuma utilidade como instrumental de saúde pública". "É só para que as pessoas olhem e falem: 'Está medindo a temperatura'. E eficácia como instrumento é praticamente desprezível. A gente precisa ver eficácia de ações", disse o ministro.

A Anvisa informou que até o momento "não há indicação de fazer nenhum tipo de controle de temperatura nos viajantes em aeroportos". "Importante destacar que a atuação em portos e aeroportos é função exclusiva do ente federal, no caso a Anvisa. Dessa forma, esclarecemos aos representantes dos governos locais quanto à impossibilidade de atuação de órgãos estaduais e municipais nos portos e aeroportos", alegou o órgão.

O consórcio Inframérica, que administra o aeroporto de Brasília, disse que, apesar de não ser uma determinação das autoridades de saúde, "fez parceria com os bombeiros e com o governo do Distrito Federal para iniciar a medição de temperatura dos passageiros que desembarcarem de voos internacionais no Aeroporto de Brasília".

Guarulhos

Já a GRU Airport, concessionária responsável pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, disse à reportagem que "segue todas as recomendações da Anvisa e coopera com os órgãos federais e companhias aéreas, além de manter alertas sonoros, em três idiomas, e vídeo informativo em seus canais de comunicação para todos os passageiros e colaboradores". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Passageiros de máscara, lojas e cafés vazios, embarque e check-in sem filas, aglomerações apenas em áreas destinadas à reclamações ou remarcações de voo. Esse era o clima nos aeroportos de Congonhas e Cumbica na tarde de segunda-feira, 16 - após a nova série de medidas impostas por conta do coronavírus pelos governos estaduais e municipais.

A aviação tem sido um dos setores mais afetados pela pandemia. Países têm fechado fronteiras, voos estão sendo cancelados e companhia aéreas deixam de voar para alguns destinos.

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Em Congonhas, em São Paulo, o tradicional trânsito de carros de aplicativo e taxistas quase não existe mais. Motoristas de aplicativo dizem que não está valendo esperar por passageiros. Os taxistas, que já vinham enfrentando queda na demanda por corridas, afirmam que "o que era ruim está ainda pior".

Ao chegar no saguão de Congonhas, chama atenção a quantidade de pessoas usando máscaras. Ao menos as ouvidas pela reportagem garantiram não ter sintomas, mas usam máscara por "medida de segurança".

A arquiteta Valesca Serafim, 29 anos, decidiu se precaver, embora não tenha tido, até o momento, nenhum sintoma. "Participei de um congresso com muita gente. Embora não tenha sintomas, não posso garantir que não tenha sido infectada por alguém naquele ambiente. Então, acho melhor usar a máscara para evitar prejudicar alguém", contou.

O embarque e os check-ins não tinham fila. Já os balcões reservados para remarcações s eram focos de aglomeração. A reportagem esteve em Congonhas por volta das 16h30, quando foram cancelados voos para o Rio, Porto Alegre e Londrina.

Na farmácia, nem sinal de álcool em gel ou máscaras. Segundo o farmacêutico, os produtos, repostos todos os dias, estão acabando logo pela manhã.

Cumbica

Em Cumbica, o cenário é o mesmo. O aeroporto está sensivelmente mais vazio. O baixo movimento se reflete na maioria das lojas e cafés. O mesmo ocorre nos locais de embarque, desembarque e check-ins.

É possível ver famílias inteiras usando máscara. A reportagem conversou com um empacotador de malas que trabalha no terminal 2. Ele estava de máscara. "Não é por mim. Mas a minha família tem medo. Acreditam que por eu trabalhar no aeroporto estou mais exposto. Hoje é o meu primeiro dia com a máscara. Não sei se vou aguentar", disse Vítor Viana, 22 anos.

No desembarque internacional, dois tipos de cena. Famílias que se abraçavam como se não existisse o coronavírus e pessoas que, apenas se cumprimentavam com os cotovelos - não raro com todos com máscaras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Passageiros que passaram neste fim de semana pelos principais aeroportos dos Estados Unidos que ainda aceitam voos saídos da Europa enfrentaram terminais superlotados e filas de espera de até sete horas. O caos foi consequência do veto à entrada de europeus, por 30 dias, no território. Os EUA já registraram 1.668 casos de coronavírus e 41 mortos, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os passageiros, muitos deles idosos - um dos grupos de risco para a doença -, não conseguiram manter o distanciamento social por causa da superlotação dos aeroportos, uma reação em cadeia causada pela perda de conexões para outras cidades americanas.

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Havia informações confusas e enigmáticas no ar. Longas filas na alfândega e espera de até sete horas em lugares cheios de passageiros. Como o governo americano se apressou anteontem para implementar as restrições impostas pelo presidente Donald Trump a voos da Europa - parte de um esforço para conter o avanço do coronavírus -, o caos foi instaurado em alguns dos maiores aeroportos.

Em Dallas, viajantes postaram fotos no Twitter de filas longas. Em Nova York, agentes da alfândega com máscaras de papel e plástico, entraram em um voo de Paris. E em Chicago, onde os viajantes relataram esperar em filas por horas, o governador J.B. Pritzker, de Illinois, marcou Trump em uma série de tweets raivosos sobre as longas esperas, dizendo: "O governo federal precisa cuidar desta m... Agora".

No sábado, 14, dias depois do anúncio de restrições a viagens do continente europeu, Trump disse que turistas no Reino Unido e Irlanda seriam em breve impedidos de viajar aos Estados Unidos. Cidadãos americanos, residentes permanentes legais e seus familiares menores de 21 anos, que tenham visitado países europeus nas últimas duas semanas estão autorizados a retornar ao país, mas as companhias aéreas vão reagendar suas passagens para um dos 13 aeroportos designados.

Nova York

Em Nova York, autoridades discutem ampliar o fechamento de atividades não essenciais. Escolas já estão com as atividades encerradas e há impedimento ao funcionamento de locais que permitam aglomeração maior do que a de 500 pessoas. O entendimento, no entanto, é de que as medidas não estão funcionando: o Estado de Nova York tem 729 confirmados, e o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) recomendou o fechamento de locais com mais de 50 pessoas pelas próximas oito semanas. (Com agências internacionais).

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