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O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), utilizou seu perfil oficial no Twitter para repercutir a avalanche de informações que tomou conta do mundo político após a divulgação de conversas entre o então juiz federal Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato.

“Uma democracia saudável requer um Judiciário independente e imparcial. Juízes não podem colaborar com a defesa ou com a acusação. Os diálogos entre Moro e Dallagnol revelam a perda da imparcialidade do então juiz, comprometendo a lisura do processo. Isto requer apuração rigorosa!”, opinou Molon.

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O deputado também falou sobre decisões tomadas dentro de um processo democrático. “A atuação de juízes deve ser livre de paixões. Só assim temos investigações justas e decisões legítimas. Afinal, na democracia, a forma processual é tão importante quanto o conteúdo das decisões. A parceria entre Moro e Dallagnol indica que o devido processo legal foi ferido”, pontuou.

Por fim, Molon reforçou os malefícios da prática de corrupção. “Além de desviar recursos públicos, a corrupção reforça a exclusão. Logo, o combate à corrupção é indispensável para a diminuição das desigualdades sociais e para a construção de um país melhor pra todos. Mas isso deve sempre ser feito dentro dos limites constitucionais e legais”, disse.

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O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (5) para comentar dados sobre o elevado índice de assassinatos no Brasil.

De acordo com Molon, o número é preocupante. “65,6 mil pessoas assassinadas em 2017 no Brasil, mostra o Atlas da Violência. Quanta dor!”, lamentou o parlamentar, que aproveitou para alfinetar medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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“Especialistas afirmam que poderia ser ainda pior sem o Estatuto do Desarmamento, que Bolsonaro ataca em seus decretos. Seguimos com nossa ação no STF para barrar estes absurdos do presidente”, garantiu Molon.

O parlamentar acrescentou que o número de mortes por arma de fogo é alto. “A taxa de mortes por arma de fogo em 2017 foi a maior em 10 anos, mostra o Atlas. Os jovens foram os principais alvos, com mais de 35 mil vidas perdidas; 51,8% das mortes na faixa de 15 a 19 anos foram homicídios. Não vamos desistir da nossa juventude!”, finalizou.

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (8) para opinar sobre o decreto sobre porte de armas dado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Estudos comprovam: quanto mais armas, mais mortes”, iniciou o parlamentar, que é um forte incentivador de campanhas de desarmamento e tem confrontado rotineiramente o Governo Federal quanto a essa questão.

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“O decreto de Bolsonaro que estende o porte de arma para diversas categorias, como políticos, advogados e caminhoneiros, sem precisarem comprovar necessidade, é uma temeridade que vai aumentar o número de assassinatos. Barbárie”, declarou Molon.

O decreto do presidente facilita o porte de arma para uma série de profissões. O direito ao porte é a autorização para transportar a arma fora de casa. O texto foi assinado por Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto nessa terça-feira (7).

Os partidos de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) defenderam, nesta terça-feira (7), durante uma reunião com o presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PR-AM), que haja mais debates sobre o assunto. Os líderes propuseram 15 audiências públicas em Brasília e, no mínimo, mais 10 nos Estados.

A comissão especial retoma hoje os trabalhos com a votação de requerimentos de encontros para tratar do tema. A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a oposição quer focar o debate na economia, mas sem deixar de discutir questões temáticas como os benefícios, as mulheres e o modelo de previdência que se quer adotar.

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“Precisamos também que os dados cheguem à Câmara, porque o governo ainda não os encaminhou”, disse a líder em referência aos números que embasam a proposta do governo.

Apesar da maioria já se declarar contra as mudanças, o líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que foi feito um acordo de não obstruir os debates na comissão, que devem acontecer durante maio e junho. Depois disso, deve começar a discussão sobre o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

“Queremos o debate para mostrar que há alternativas melhores do que essa apresentada pelo governo. O ideal é que a comissão comece os trabalhos ouvindo o secretário de Previdência, Rogério Marinho, e termine com uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes”, disse Molon.

A proposta

A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende alterar o sistema de Previdência Social para os trabalhadores do setor privado e para os servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios). A idade mínima para aposentar será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Há regras de transição para os atuais contribuintes.

O texto retira da Constituição vários dispositivos que hoje regem a Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, segundo o governo, é conter a diferença entre o que é arrecadado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios. Em 2018, o déficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 266 bilhões.

*Com informações da Agência Câmara

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), criticou o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) através do seu perfil oficial no Twitter nesta segunda-feira (6).

“A política de segurança de Witzel, em que helicópteros atiram contra a população em favelas, é inconstitucional e aterroriza inocentes”, disparou Alessandro Molon, fazendo referência ao trabalho voltado para segurança desempenhado pela gestão de Witzel.

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Molon continuou lembrando as ações feitas pelo comando de Witzel. “No sábado foi em Angra. Hoje, na Maré, com crianças saindo da escola. É preciso agir com inteligência e eficácia. Mas o governador opta pela barbárie”, alfinetou o oposicionista.

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), repercutiu neste sábado (4) o fato do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ter cancelado sua ida aos Estados Unidos, onde receberia um prêmio em Nova York.

Bolsonaro viajaria neste mês de maio e lá receberia o título de “Personalidade do Ano”, concedido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Porém, após grandes manifestações norte-americanas contra a entrega do prêmio a ele, Bolsonaro decidiu cancelar a ida.

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Através de seu perfil oficial no Twitter, Alessandro Molon disse que a população no exterior já tem uma visão crítica sobre Bolsonaro. “A comunidade internacional já percebeu que Bolsonaro não une, divide; não agrega, subtrai; não pacífica, mas aposta no conflito”, disse.

O parlamentar complementou dizendo que, aqui no Brasil, a realidade também é parecida. “No Brasil, as pesquisas também mostram que as pessoas estão se dando conta de quem é Bolsonaro. Nada como um dia após o outro”, finalizou.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), opinou nesta terça-feira (30), através de seu perfil oficial no Twitter, sobre o corte de verbas para as universidades, anunciado pelo Governo Federal.

“O ataque às universidades - UNB, UFBA e UFF estão entre as melhores do país - mascara a intenção do governo Bolsonaro de aniquilar a liberdade de pensamento, ferindo a autonomia universitária garantida no art. 207 da Constituição. A oposição lutará no STF”, garantiu o parlamentar.

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Molon ainda alfinetou o modo de gestão que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem escolhido para trabalhar. “Esta é mais uma iniciativa do governo Bolsonaro para asfixiar os espaços que abrigam o pensamento crítico e livre, de forma a tentar moldar toda uma geração”, criticou.

Por fim, Molon aproveitou para lembrar do educador pernambucano Paulo Freire. “Para problemas complexos, continuarão oferecendo soluções simplistas e falsas, como a troca do patrono da Educação, Paulo Freire”, disse.

Assim como fez outras figuras do cenário político, o líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), opinou sobre a afirmação do presidente Jair Bolsonaro sobre diminuir investimentos em cursos superiores da área das Ciências Sociais.

“Bolsonaro e seu ministro da (des)Educação querem matar por inanição os cursos de Filosofia e Sociologia”, afirmou Molon, aproveitando para alfinetar não só o presidente, mas também o recém empossado ministro da Educação Abraham Weintraub.

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Molon ainda pontuou que “o presidente quer um país que não reflita, que não dialogue e que não possa se opor aos seus desmandos”.

Para finalizar, o deputado foi enfático em sua crítica às atitudes do presidente. “Bolsonaro quer emburrecer os brasileiros. Já passou de qualquer limite”, mostrou irritação.

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon, utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta quarta-feira (17) para comemorar o adiamento da votação da Reforma da Previdência.

 “Vitória! A votação da Reforma da Previdência de Bolsonaro, aqui na CCJ, foi adiada. Isso expõe o quanto este texto é cruel com o povo brasileiro. Seguiremos firmes na luta contra as injustiças! Quem está junto?”, convidou o parlamentar.

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 Molon ainda aproveitou para afirmar que o projeto não está finalizado. “O pedido de adiamento na CCJ, feito pelo próprio relator da Reforma da Previdência, mostra que o texto não está pronto pra ser votado”, analisou

Por fim, o deputado disse que “o foco da Oposição é, sobretudo, retirar da proposta a capitalização e as mudanças no BPC e na aposentadoria rural, que afrontam a Constituição”.

O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB), utilizou sua conta no Twitter para comentar a prisão do ex-presidente Michel Temer na manhã desta quinta-feira (21).

“Finalmente a justiça começa a ser feita. Por duas vezes, tentamos que Michel Temer respondesse por seus delitos durante o exercício da Presidência da República, mas ele usou seu cargo para impedir que as denúncias avançassem”, disse o parlamentar.

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Molon ainda complementou que “agora não há mais como escapar”. Michel Temer foi preso em São Paulo, através de um mandado expedido no Rio de Janeiro. Ainda não foi divulgado o motivo da prisão.

Além dele, o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, também foi preso minutos depois de Temer. As motivações devem ser divulgadas em uma coletiva da Operação Lava Jato.

Os deputados federais Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR) anunciaram desfiliação da Rede Sustentabilidade, partido liderado pela ex-ministra Marina Silva. Os dois comunicaram oficialmente a decisão e a ida para o PSB. Com a saída dos dois, o partido fica sem o número mínimo de cinco representantes no Congresso exigido para garantir a participação nos debates eleitorais no rádio e na TV neste ano.

Os dois parlamentares comunicaram a decisão usando suas redes sociais. "Em um novo partido, me sentirei mais à vontade para continuar a lutar com firmeza e determinação por tudo o que sempre defendi", afirmou Molon, em texto publicano no Facebook e no Twitter.

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Ao falar de sua escolha pelo PSB, Molon disse que o partido faz um movimento de "reencontro" com a história da legenda. "Mudo de partido para permanecer fiel às bandeiras que sempre defendi - e continuarei a defender - na minha caminhada", escreveu.

Aliel Machado afirmou que o convite foi feito pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. "Agradeço o convite e a confiança do presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, que por conhecer a nossa história e trajetória de vida, nos convidou a participar desse momento histórico para o Brasil. Tenho certeza de que teremos muito a contribuir", disse, também em nota nas redes sociais.

Com a saída de Molon e Machado, antecipada pelo Broadcast Político ontem, a Rede fica com apenas três parlamentares no Congresso: os deputados Miro Teixeira (RJ) e João Derly (RS) e o senador Randolfe Rodrigues (AP). O número torna optativo o convite de emissoras para Marina Silva, pré-candidatura à Presidência da República, participar dos debates eleitorais.

O líder da Rede na Câmara, Alessandro Molon (RJ), afirmou em discurso no plenário que a eventual rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara representaria uma forma de obstrução de Justiça por parte do Parlamento.

Segundo Molon, a Câmara corre risco de colaborar com a impunidade e permitir troca de votos. "Será que o Parlamento será cúmplice (de Temer)? Será conivente com crimes?", questionou. "Os brasileiros estão cansados de ver o Parlamento passar a mão na cabeça de quem comete crimes e temos hoje a oportunidade de virar essa página."

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Para Molon, a denúncia contra Temer deve ter continuidade porque o peemedebista admitiu que recebeu clandestinamente o empresário Joesley Batista, dono da JBS, que posteriormente chamou de "criminoso". Molon considera que Temer recebeu Joesley em "um encontro clandestino, no porão, para tratar de temas espúrios".

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou a suposta compra de votos por parte do governo para favorecer Temer durante a votação. O presidente precisa de 172 votos para barrar a denúncia e de 342 deputados presentes no plenário para que o caso seja apreciado rapidamente.

"Falaram que era preciso fazer ajuste fiscal, teto de gastos, reforma trabalhista e da Previdência, mas dinheiro para comprar deputado eles têm. É isso que o povo precisa saber. Governo Temer é maior retrocesso da história do Brasil", declarou Valente.

O deputado paulista disse ainda que os parlamentares que votarem a favor de Temer serão "coniventes com a corrupção".

Após a fase de discursos e votação de requerimentos, o processo de votação da denúncia contra Temer já começou. Valente e Molon falaram como representantes dos parlamentares que são favoráveis à denúncia. Cada um discursou por cinco minutos.

A saída do deputado federal fluminense Alessandro Molon do PT, um dos vice-líderes do partido na Câmara, e a mudança para a Rede Sustentabilidade, partido criado pela ex-ministra Marina Silva, deixou petistas no Rio atônitos. Deputado mais votado do partido no Rio em 2014, ele saiu com críticas à condução nacional, sobretudo à aliança com o PMDB.

"Depois do 5º congresso do PT em Salvador, onde as propostas que defendemos para que o partido se reencontrasse com a sua história foram todas rejeitadas, conclui que não há no horizonte uma perspectiva de mudança dos rumos do PT. Além disso, a situação no Rio é gravíssima porque a o partido está totalmente rendido e entregue ao PMDB do Rio, aceitou se tornar uma sublegenda. Tenho um compromisso com o povo do Rio e não posso concordar com isso."

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Molon agora é o mais cotado da Rede para disputar a Prefeitura do Rio em 2016. Ele ainda não anuncia a candidatura e diz que a Rede escolherá o candidato após discutir um programa. Mas integrantes da nova sigla no Rio estão confiantes na possibilidade. "No que depender de mim, ele será o nosso candidato", afirmou o vereador Jefferson Moura, da Executiva Nacional da Rede. Petistas contam que há chance de o ator Marcos Palmeira ser vice na chapa. A Rede informa que a discussão sobre a chapa e candidatos ainda não ocorreu. O ator não retornou aos contatos da reportagem.

No PT havia 18 anos, o parlamentar disputou a prefeitura carioca em 2008, mas recebeu pouco apoio do PT. Ele não conversou com os colegas de bancada do partido antes do anúncio e surpreendeu a todos. Aliados contam que a falta de apoio da Executiva Nacional no Estado e a aliança nacional e local com o PMDB fizeram com que o PT fluminense não desse espaço a seus quadros. Eles avaliam que Molon foi pouco valorizado ao longo dos últimos anos.

O contato de Molon com a Rede é antigo. Começou em 2013, quando a nova sigla não conseguiu o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Naquela época, aliados contam que ele avaliou que a opção era arriscada e decidiu permanecer no PT.

Nas redes sociais, a opção do deputado foi criticada por eleitores pelo fato de a Rede ter apoiado o senador Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial do ano passado. Molon diz ser preciso esquecer a disputa de 2014. "As eleições de 2014 já acabaram e o Brasil precisa virar essa página. Está na hora de quem perdeu e quem ganhou olhar para frente e não para trás", afirmou.

Com a adesão, a Rede passará a contar com dois deputados na Câmara. Na quarta-feira passada, o deputado Miro Teixeira, também do Rio, trocou o PROS pela Rede. No início da próxima semana, quem pode anunciar a filiação ao partido é o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AC). Procurado, ele não confirmou a mudança. A Rede foi o 34º partido registrado do País - no último dia 15, o TSE autorizou a criação do Partido Novo. O grupo de Marina Silva tentou obter o registro em 2013. A ideia era lançá-la à Presidência pela sigla.

O deputado federal Alessandro Molon (RJ) anunciou nesta quinta-feira, 24, que, depois de 18 anos, deixou o PT para se filiar ao recém-criado Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva.

De acordo com a assessoria do parlamentar, Molon se desfiliou nesta tarde. "Ele ingressou na Rede Sustentabilidade, onde dará continuidade às lutas que sempre o nortearam na política: defesa da democracia, justiça social e desenvolvimento sustentável", diz nota do deputado.

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Molon foi deputado estadual duas vezes e está na Câmara dos Deputados pela segunda vez. Ele foi candidato a prefeito do Rio em 2008 e pretende disputar novamente a prefeitura no ano que vem. Molon foi o deputado federal mais votado do PT no Rio de Janeiro nas últimas eleições, com 87 mil votos.

Na Câmara, é um dos parlamentares que mais faz críticas ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A Rede Sustentabilidade teve seu registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última terça-feira, 22. Nesta semana, o deputado federal Miro Teixeira também se filiou à Rede, deixando o Pros.

Adiado por diversas vezes no ano passado por falta de acordo, o projeto de lei do Marco Civil (PL 2126/2011) enfrenta impasse para chegar a uma nova proposta do documento antes de ir à votação no Plenário da Câmara dos Deputados. De um lado, empresas de telecomunicação querem garantir a venda de pacotes de dados personalizados para usuários. Do outro, ativistas contestam o acréscimo de um parágrafo sobre direitos autorais no artigo 15, que trata sobre a responsabilização civil dos provedores.

Durante debate no Congresso Internacional de Software Livre (Consegi) nesta terça-feira (13), o relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT/RJ), ouviu críticas da sociedade civil sobre mudanças no artigo 15.  O item estabelece que os provedores só serão responsabilizados civilmente se não retirarem um conteúdo do ar após receberem ordem judicial. Os ativistas discordam do parágrafo segundo, que prevê que a regra não é válida para infrações relativas a conteúdos protegidos por direitos de autores.

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Na avaliação do integrante do Coletivo de Comunicação Social Intervozes, Pedro Ekman, o Marco Civil não deveria especificar a ressalva. “Essa excessão torna a Lei de Direitos Autorais um direito superior até mesmo de outras como a que trata da pedofilia na internet”, exemplifica. Já o sociólogo e ciberativista Sérgio Amadeu completa que a discussão de direitos autorais não tinha sido levantada, até então, pelos ciberativistas. Para o especialista, já existe uma lei própria que protege os direitos autorais.

Em sua defesa, o deputado Alessandro Molon afirmou que inseriu o trecho para evitar entraves com a indústria autoral, deixando claro que o Marco Civil não afetaria a lei de direitos vigente. “Nós queriamos explicitar que não pretendíamos fazer qualquer alteração na disciplina de proteção de direitos autorais. Só com as brigas atuais, já está difícil votar o projeto, imagina se misturarmos os debates", afirmou.

Neutralidade da rede

Recentemente, a SindiTelebrasil (sindicato das operadoras de telefonia) defendeu que o Marco Civil possa permitir a oferta de pacotes personalizados aos usuários com diferentes velocidades e perfis de acesso. Contudo, ciberativistas, grupos da sociedade civil e o próprio relator se colocaram contra qualquer medida que possa afetar a neutralidade da rede. Esse conceito é utilizado internacionalmente para definir que todas as informações na rede devem ser tratadas  da mesma forma, na mesma velocidade.

De acordo com Pedro Ekman, “as empresas telefônicas são as principais a atacar a aprovação do marco civil por terem interesses comerciais nos dados usuários", aponta. Por sua vez, o deputado Alessandro Molon afirmou  que está "lutando para fechar todas as  brechas contra a quebra da neutralidade da rede". Para Molon, não há razões para adiar mais a votação no plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado, projeto ainda irá para discussão no Senado.

O Marco Civil da Internet é uma iniciativa legislativa para regular o uso da Internet no Brasil por meio de princípios, garantias, direitos e deveres dos usuários da rede, além de determinar a atuação do Estado no setor.

Brasília - O relator do projeto de lei que estabelece o Marco Civil da Internet, deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), disse hoje (13) que a Câmara terá que decidir entre os interesses dos usuários de internet e o interesse comercial das empresas provedoras de conexão. Isso porque, segundo ele, a principal polêmica em torno do seu parecer está na chamada neutralidade da rede.

O princípio da neutralidade da rede proíbe que as empresas que viabilizam a conexão à rede mundial de computadores privilegiem, por meio de acordos comerciais, sites que paguem para ter suas páginas acessadas com maior velocidade.

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“Sem a garantia da neutralidade da rede, a internet brasileira se desconfigurará e o usuário vai deixar de escolher o que ele quer acessar e alguém vai escolher por ele. Hoje, é o dia do Congresso tomar uma decisão: se fica ao lado do internauta ou dos interesses econômicos dos provedores de conexão”, frisou Molon.

O Artigo 9º do Projeto de Lei 2.126/2011 estabelece que o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo utilizado na comunicação.

Na prática, isso quer dizer que a empresa de conexão não poderá facilitar o acesso a determinados endereços em detrimento de outros. “Com esse projeto, estamos garantindo a liberdade de escolha do usuário e não [o poder de] o provedor de conexão, mediante acordo comerciais, escolher o que vai chegar rápido ou devagar ao usuário”, disse Molon.

“Queremos garantir que o usuário possa continuar escolhendo o que quer acessar e que esse acesso seja sempre na mesma velocidade, independentemente de qualquer conteúdo que ele queira acessar. Já os provedores de conexão, aqueles que a gente paga para ter acesso à internet, querem que só chegue rápido ao nosso computador sites de empresas que pagarem taxas especiais. Quem não pagar, vai chegar de forma mais lenta”, argumentou o petista.

Alessandro Molon disse que foi a pressão das empresas de conexão que inviabilizou a votação da proposta na semana passada. Hoje, ele cobrou empenho do governo para que a proposta seja aprovada.

“O projeto é do governo e ele precisa apoiar a proposta. A ideia da neutralidade é dele. Espero que governo jogue toda a força para aprovar a neutralidade, porque, se ela não for aprovada, será uma derrota grande para o Brasil e para o governo”, ponderou Molon.

De acordo com o relator, outra novidade contida no Marco Civil da Internet é a possibilidade de exclusão total de perfis das redes sociais. Segundo Molon, atualmente, se um usuário quer deixar uma rede social, os seus dados apenas deixam de ser públicos, mas a rede social permanece com a guarda dos dados. “Isso passará a ser proibido”, assegurou.

Molon acrescentou também que a privacidade dos internautas estará mais protegida com a aprovação do marco civil. “A proteção à privacidade do usuário aumenta muito com o marco civil. Uma série de regras garante que a navegação do usuário vai ser mantida sob sigilo. Aquilo que ele lê, busca e acessa. Uma proteção forte aos seus dados pessoais”, explicou. 

A votação da Comissão Especial que define a aplicação do Marco Civil da Internet foi adiada. O relator da Comissão, Alessandro Molon (PT-RJ) divulgou na semana passada o relatório final com o texto completo do projeto de lei para consulta pública. O texto seria analisado hoje (10) pelos membros da comissão, porém a votação foi adiada para esta quarta-feira (11).

O relator afirma que o adiamento foi causado pelo volume de contribuições que a proposta recebeu durante a semana. Não houve a confirmação oficial de que o governo, a Anatel e o Ministério das Comunicações teriam manifestado preocupação em relação a como o Marco define a neutralidade da rede.

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Segundo o texto, a neutralidade (obrigação dos provedores não discriminarem nenhum tipo de dado) deve ser total e irrestrita, com exceção dos casos de restrição técnicas e emergenciais - o Comitê Gestor de Internet no Brasil seria o responsável por regular os casos. Nesse ponto, o governo teria manifestado procupação. “O governo fez ponderações sobre as atribuições do CGI. Para o governo, a forma como o texto está pode levantar questionamentos sobre sua constitucionalidade. Estamos estudando uma nova versão”, diz Molon. 

Outro ponto que está sendo revisado é referente ao artigo 15, que trata da responsabilidade dos provedores. O Marco Civil isenta os provedores da responsabilização sobre o conteúdo postado pelos usuários. Molon afirma que a nova redação irá manter essa base, mas o texto passará por um refinamento. O ponto que afirma que as empresas podem fazer acordos entre si para evitar responsabilização também será revisto.

O texto do Marco Civil da Internet vem sendo discutido desde 2009. Feito inicialmente pelo Ministério da Justiça em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, foi discutido em consulta pública e desde o ano passado está em tramitação na Câmara dos Deputados. A Comissão criada pra discutir o projeto realizou audiências e discussões na web, com o resultado final sendo divulgado pela relator na quarta-feira passada (4).

Para o diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ronaldo Lemos, o relatório final chegou a boas soluções para questões controversas. Lemos afirma ainda que o Brasil se antecipa na garantia de direitos da internet, por ser "uma discussão que ainda deve tomar corpo no mundo".

O Marco Civil foi uma resposta contra leis que poderiam cercear a liberdade online, como o PL 84-99, a “Lei Azeredo”, que previa que provedores deveriam monitorar a navegação dos usuários.

DIFICULDADES - Segundo especialistas, se a proposta do Marco Civil não for votada em breve, corre o risco de sofrer um longo adiamento, por causa das eleições deste ano. Caso o projeto de lei seja debatido pela Comissão em tempo hábil, as expectativas mais otimistas indicam que ele deverá seguir a plenária antes das eleições, e então ser discutida no Senado em 2013. Se essa primeira votação não acontecer, é difícil definir quanto tempo levará para a lei sair do papel.

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