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Brasil, Argentina e Venezuela são os países que estão puxando para baixo os índices de crescimento da América Latina, afirma relatório do Banco Mundial sobre a região divulgado nesta terça-feira (7) em Washington. A previsão da entidade é de que o Brasil tenha expansão de 0,5% neste ano, abaixo da mediana de 2,7% de 31 nações latino-americanas.

Para reverter a tendência de baixa expansão, o País precisa construir políticas que estimulem o investimento e acabem com os gargalos que restringem a atividade econômica, afirmou o economista-chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Augusto de la Torre.

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"Muito da história de crescimento do Brasil esteve ligado ao consumo. Isso não foi ruim, porque o consumo foi parte da história do crescimento da classe média e da redução da pobreza. Mas, no longo prazo, a economia não cresce com base no consumo, mas com base no investimento e na produtividade", declarou Torre. Segundo ele, o País foi um dos que mais conseguiram reduzir a desigualdade na última década. O desafio agora é criar as condições para que esse processo se mantenha no futuro.

Dos 31 países analisados, 16 devem ter em 2014 crescimento acima da mediana de 2,7%. Nesse grupo estão Panamá, Bolívia, Colômbia, Paraguai, República Dominicana, Nicarágua, Guiana, Equador e Suriname, que terão expansão superior a 4%, de acordo com o Banco Mundial. O Brasil aparece em seguida, entre os países de pior performance na região. Depois vêm Venezuela, Argentina e Barbados, que devem registrar contração do PIB.

Na avaliação de Torres, o baixo ritmo da expansão latino-americana coloca em risco a manutenção das conquistas sociais da última década, quando o crescimento foi estimulado pelo alto preço das commodities e pelas baixas taxas de juros em todo o mundo. De 2002 a 2012, a região conseguiu reduzir a pobreza extrema pela metade e duplicar o tamanho de sua classe média.

Quando for retomado, o ritmo de crescimento dos latino-americanos deve ser inferior ao registrado no passado recente, a menos que haja reformas "vigorosas" para aumento da produtividade, afirmou Torre. O grande desafio para todos os países será manter o processo de redução da desigualdade em um cenário de expansão menos acelerada.

Segundo o economista, a geração de emprego - mais que o crescimento dos salários - foi o principal fator que gerou a queda da desigualdade. Para que isso se mantenha no longo prazo, é necessária uma expansão do PIB.

"O Brasil está em meio a um debate fundamental sobre como reconstruir o crescimento", ponderou Torre. Além de políticas que "entusiasmem os investidores", ele defendeu a modernização da infraestrutura, o fortalecimento da educação e da inovação e reformas microeconômicas que aumentem a produtividade. "É uma agenda supercomplicada."

De 19 e 21 de novembro, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove a Pré-Alas Recife 2014. O evento abordará o seguinte tema: "Os Desafios e questionamentos do pós-desenvolvimento na América Latina". A iniciativa é do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE (PPGS), Núcleo sobre Epistemologias do Sul Global (Nesg) e Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

O encontro tem como proposta reunir grupos de pesquisa que atuam na América Latina e divulgar o 30º Congresso da Alas,que ocorrerá na Costa Rica em 2015. Além disso, o debate visa intensificar a cooperação internacional entre instituições brasileiras e dos demais países latino-americanos e aprofundar estudos comparativos sobre o tema da interiorização e internacionalização das atividades universitárias.

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Durante a programação, os participantes assistirão as conferências com Nora Garita da Universidade de Costa Rica e Vice-Presidente da Alas e Elimar Nascimento, da Universidade de Brasília. Na ocasião, serão realizadas mesas-redondas, lançamentos e debates de livros e revistas, além de debates e intercâmbios entre os pesquisadores latino-americanos.

As inscrições devem ser feitas até a data do evento, através do site do evento. Para obter informações sobre a quantidade de vagas, taxas e formulário, os interessados podem enviar mensagem para o endereço eletrônico virtual prealas.recife@gmail.com. O Campus Recife da UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste da cidade. Confira abaixo a programação do encontro:

Quarta-feira (19)

Local: Gravatá (Hotel Canarius)

12h às 13h - Leituras decoloniais: impressões dos pesquisadores da Alas e instituições redes do Pibid

15h às 17h - Mesa-redonda - A relação da interiorização e da internacionalização na perspectiva do pós-desenvolvimento e da interculturalidade

17h às 18h – A produção acadêmico-científica: contribuições para a atualização do conhecimento

Local: Auditório Manoel Correia de Andrade - CFCH e Auditório e Sala 12 do CE

19h às 22h - Lançamento e debate de Livros e Revistas

Quinta-feira (20)

Local: CPqAM (Aggeu Magalhães) - Campus da UFPE

9h – Cerimônia de abertura

10h – AS cooperações latino-americanas e a UFPE

11h – Conferência de abertura

Local: CCSA-UFPE

Mesas-redondas: 14h às 15h30

MR 1: As mobilidades sociais e as novas identidades culturais

MR 2: Estudos Pós-Coloniais e impactos sobre a produção acadêmica

MR 3: Questões étnico-raciais na agenda das políticas públicas

Rodas de Diálogo: 15h30 às 17h30

RD 1: As mobilidades sociais e as novas identidades culturais

RD 2: Estudos Pós-Coloniais e impactos sobre a produção acadêmica

RD 3: Questões étnico-raciais na agenda das políticas públicas

Local: CPqAM (Aggeu Magalhães) Campus da UFPE

17h30 – Coffee-break

19h – Lançamento de livros e revistas

20h – Lançamento e debate do Guia do Pós-Desenvolvimentismo e Novos Horizontes Utópicos

Sexta-feira (21) 

Local: CCSA-UFPE

Mesas-redondas: 8h30 às 10h

MR 4: Corpo, gênero e cuidado

MR 5: Poderes glocais e democracia: É possível haver desenvolvimento?

MR 6: Violência, Juventude e Cidadania

Rodas de Diálogo: 10h às 12h

RD 4: Corpo, gênero e cuidado

RD 5: Poderes glocais e democracia: É possível haver desenvolvimento?

RD 6: Violência, Juventude e Cidadania

Local: CCSA-UFPE

Mesas-redondas: 14h as 15h30

MR 7: Pensamento latino-americano nas fronteiras do conhecimento

MR 8: Refundação do Estado e desafios das políticas públicas

MR 9: O ensino da sociologia no ensino médio: A formação do professor de ciências sociais

Rodas de Diálogo: 15h30 às 17h30

RD 7: Pensamento latino-americano nas fronteiras do conhecimento

RD 8: Refundação do Estado e desafios das políticas públicas

RD 9: O ensino da sociologia no ensino médio: A formação do professor de ciências sociais

Local: CPqAM (Aggeu Magalhães) Campus da UFPE

20h - Conferência de encerramento

Pré-Alas Recife 2014

 

prealas.recife@gmail.com

Os jornais da América Latina deram destaque nesta segunda-feira, 6, ao resultado do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil. A votação surpreendeu, afirmam, pelo bom desempenho do candidato do PSDB, Aécio Neves, que conquistou 33,6% dos votos válidos, ante 41,6% da presidente Dilma Rousseff (PT).

As publicações enfatizam as diferenças entre a petista e o tucano e preveem que a segunda etapa da disputa será acirrada. O jornal argentino La Nación estampa os números da eleição no topo de sua página inicial na internet, logo acima da reportagem intitulada "Dilma ganhou e houve surpresa: enfrentará Neves".

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A publicação descreve a disputa presidencial de 2014 como uma das "eleições mais emocionantes desde o retorno da democracia", ao ressaltar que o candidato tucano saiu do terceiro lugar nas pesquisas de opinião e garantiu uma vaga na rodada final da votação.

O La Nación destaca também a trajetória de Marina Silva (PSB), que em "algumas semanas de campanha havia recebido apoio surpreendente", mas encerrou a votação com uma "ampla margem" de diferença atrás de Aécio. Com relação à possibilidade de Marina apoiar o tucano ou a petista no segundo turno, o jornal lembra que essa incerteza já havia ocorrido em 2010, quando a ex-senadora preferiu não declarar apoio aos então candidatos à presidência Dilma e José Serra (PSDB).

Outro jornal argentino, o Clarín, enfatiza que o resultado do primeiro turno sinaliza uma disputa acirrada na segunda rodada. Com 34,9 milhões de votos, o tucano Aécio Neves ficou apenas 8 pontos porcentuais atrás de Dilma. Marina, que se apresentou como alternativa à polarização entre os dois partidos, acabou em terceiro lugar, com 21,3% dos votos.

O El Mercurio, do Chile, afirma que a disputa entre Dilma e Aécio é de difícil prognóstico, mas prevê que o candidato do PSDB deverá conquistar os votos de Marina na segunda etapa das eleições.

O colombiano El Tiempo, por sua vez, faz uma análise dos motivos que levaram Aécio a superar Marina na disputa do primeiro turno. Para a publicação, a campanha midiática negativa e o comportamento imprevisível de Marina acabaram assustando os eleitores. O jornal citou, por exemplo, a mudança de postura da candidata derrotada do PSB em assuntos cruciais, como o sistema tributário e o casamento entre homossexuais.

Além disso, o El Tiempo cita que Aécio tem profundas raízes políticas e prometeu uma política econômica austera para levar a inflação do País à meta oficial de 4,5%, defendeu uma reforma tributária e a autonomia do Banco Central.

Para o El Universal, do México, Dilma e Aécio têm projetos bem diferentes: enquanto a presidente e o PT pretendem dar continuidade aos programas sociais que marcaram os quase 12 anos do governo petista, Aécio e o PSDB propõem a abertura dos mercados e uma maior participação da iniciativa privada na economia.

Tiririca e Romário

Além da questão presidencial, chamou a atenção do La Nación as vitórias do palhaço Tiririca (PR), que o jornal chamou de "antissistema", e do ex-jogador de futebol Romário (PSB). O jornal diz que o Congresso brasileiro tem "figuras" de todas as ideologias e origens e destacou também a presença do "acusado de homofobia e racismo" Marco Feliciano (PSC) no Legislativo.

Após seis anos no cargo, Mark Stanley deixou o cargo de gerente geral da PlayStation na América Latina. O executivo anúnciou sua saída através de uma mensagem no blog oficial PlayStation nesta quinta-feira (2). Em seu tempo na empresa, Stanley foi um dos responsáveis por trazer a fabricação do PlayStation 3 para o Brasil, além de ter participado dos lançamentos oficiais de ambos PS3 e PS4 no país.

"Em 2009, aceitei o desafio de trazer o mundo de PlayStation para a América Latina, e comecei a entregar aos nossos jogadores experiências inesquecíveis que não se acha em nenhum outro lugar", Stanley escreve. "Os últimos seis anos superaram todas as minhas expectativas, e tem sido um privilégio ver o PlayStation se expandir por 18 países da América Latina, incluindo lançamentos simultâneos do console mais bem-sucedido da história do PlayStation, o PlayStation 4."

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Stanley não divulgou onde irá trabalhar agora, e a Sony não anunciou quem irá substituí-lo no cargo de gerente geral. 

Os riscos de chegada do vírus Ebola à América Latina ainda são pequenos, mas é necessário reforçar a capacidade de reação dos países da região a essa eventualidade, afirmou à AFP Marcos Espinal, especialista da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS). Na quinta-feira (25), líderes de todo o mundo pediram a contenção da epidemia na África ocidental, que forçou Serra Leoa a colocar em quarentena um milhão de pessoas. Mas embora a América Latina esteja longe da origem do surto, isto não quer dizer que deva baixar a guarda.

"A região está bastante avançada nos preparativos; não temos casos importados ainda, o que é um bom sinal. O risco para as Américas ainda é baixo, mas devemos estar preparados porque a antecipar é o mais importante", disse Espinal, diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da OPS.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), caso não se reforcem as medidas de controle na África ocidental, a atual epidemia de Ebola poderia afetar mais de 20.000 pessoas já no mês de novembro.

Para Espinal, os países latino-americanos seguem as recomendações que constam no Regulamento Sanitário Internacional e que delineiam as medidas fundamentais de controle, cujo primeiro passo é, ao mesmo tempo, simples e eficiente: informação nos portos de entrada.

"Uma diretora me ligou há alguns dias para dizer que estava no aeroporto no Equador e a sua frente havia um cartaz enorme e bem explicado sobre o vírus. Uma medida tão simples como esta é formidável", disse.

O segundo passo que Espinal considerou fundamental é a disponibilidade de unidades de isolamento para o tratamento de casos suspeitos. O terceiro passo é a capacitação de equipes de saúde, capazes de investigar contatos ou casos suspeitos e o quarto é a informação pública.

Destes passos, segundo Espinal, o segundo é mais difícil, pois implica em maior uso de recursos. "Há países nas Américas que estão avançando, mas outros têm menos recursos e precisam de ajuda. O Brasil já tem unidades de isolamento, o Chile também, mas estamos nos concentrando nos países que precisam de atenção prioritária", afirmou.

"Para estes países", acrescentou, "a OMS tem armazéns no Panamá, onde estamos acumulando equipamentos de proteção e lojas especiais para atenção", como forma de contribuir para a capacitação do controle.

"O importante é que os países tenham suas unidades de isolamento preparadas, e ali é onde devemos acelerar um pouco mais", disse Espinal à AFP. A febre hemorrágica, altamente contagiosa, já matou 2.917 pessoas de 6.263 casos registrados na África ocidental, segundo o último balanço da OMS, de 21 de setembro.

A distância é a vantagem

Na opinião do especialista, uma das vantagens que a América Latina tem em seus preparativos para evitar a chegada do vírus do Ebola é a distância dos centros originários da epidemia.

"É muito difícil que um doente possa chegar porque os sintomas e os sinais são muito fortes e serão detectados já no aeroporto de saída. Será muito difícil que pegue um voo de 10 horas porque será detectado", disse.

O caso mais preocupante seria o de uma pessoa que está incubando o vírus e passe a ter os sintomas já em um país da América Latina. "Não se descarta que chegue um turista e comece a desenvolver sinais e sintomas no hotel ou na praia", disse.

No entanto, ele destacou que "não foi demonstrado que o Ebola é transmitido se a pessoa não apresenta sinais e sintomas. Isto é, só é transmitido quando os sinais já estão visíveis".

Com relação à dimensão da epidemia atual, Espinal não expressou dúvidas de que o número real de pessoas contaminadas seja superior ao de casos registrados. A chave para explicar a disparidade, acrescentou, está na "fragilidade dos sintomas de saúde dos países afetados e também na fragilidade dos sistemas de informação".

Por esta razão, acrescentou, é necessário capacitar os países "e garantir que a cooperação continue chegando aos países afetados". Neste sentido, Espinal saudou o envio de uma equipe de especialistas cubanos a Serra Leoa.

"Temos uma missão em Cuba, trabalhando com as autoridades cubanas para nos assegurarmos de que todo o pessoal que está em Serra Leoa está totalmente capacitado, com a melhor proteção possível", concluiu o especialista.

A América Latina tem 826 povos indígenas, com 45 milhões de pessoas que representam 8,3% da população total da região, segundo um relatório apresentado nesta segunda-feira (22) em Nova York pela CEPAL, que destaca melhorias em saúde, educação e participação política na última década.

O novo número de 45 milhões de indígenas até 2010 significa um aumento de 49,3% na primeira década do século XXI, já que em seu relatório anterior de 2007 a Comissão Econômica para a América Latina da ONU havia estimado um número de 30 milhões de pessoas e 624 povos autóctones em 2000.

A apresentação do documento ocorreu no âmbito da Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas que as Nações Unidas (ONU) realizam nesta segunda e terça-feira, e em cuja abertura participaram vários presidentes latino-americanos, como Evo Morales (Bolívia), Michelle Bachelet (Chile) e Enrique Peña Nieto (México).

"Trata-se de uma 'recuperação demográfica' de magnitude considerável", indica a CEPAL em seu documento, falando de uma taxa de crescimento médio anual de 4,1%, muito acima do 1,3% registrado para a América Latina (+13,1% para a década).

A recuperação não obedece apenas à dinâmica demográfica, mas também a um "aumento da autoidentificação", destaca o relatório. "Temos um número mais alto porque há uma autoidentificação maior por parte dos povos", afirmou neste sentido Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL, ao apresentar o estudo na sede da ONU.

Embora a Bolívia, com 6,2 milhões de indígenas que representam 62,2% de seus habitantes, seja o país da América Latina com a maior porcentagem de população autóctone, o México conta com 17 milhões de cidadãos desta origem (15,1%).

Outros países com grande população nativa são Peru (7 milhões, ou seja, 24%), Guatemala (5,9 milhões, 41%), Equador (um milhão, 7%), Colômbia (1,6 milhão, 3,4%), Chile (1,8 milhão, 11%) e Nicarágua (520.000, 8,9%).

Segundo a CEPAL, que menciona 826 povos indígenas, "estima-se que além disso outros 200 vivam em isolamento voluntário".

O Brasil é o país com a maior quantidade de povos indígenas, ao somar 305 (900.000 pessoas, 0,5% de sua população), seguido por Colômbia (102), Peru (85), México (78) e Bolívia (39).

Avanços em educação e saúde

Bárcena destacou a tarefa efetuada por Bolívia e Equador para melhorar a situação de suas comunidades indígenas, mas também mencionou as políticas colocadas em andamento no México.

O relatório mostra "avanços importantes no acesso aos serviços de saúde que se refletiram em melhorias nos indicadores, como o atendimento ao parto e a mortalidade infantil entre os povos indígenas" entre 2000 e 2010 nos nove países com dados disponíveis (Costa Rica, México, Brasil, Venezuela, Equador, Panamá, Guatemala, Peru e Bolívia).

Além disso, "17 países dispõem de alguma institucionalidade estatal com o mandato específico de gerir a saúde intercultural". Em educação, a CEPAL observa "aumentos nas taxas de assistência escolar em todos os níveis", com porcentagens de comparecimento "entre 82% e 99% para as crianças de 6 a 11 anos".

No entanto, o documento lembra as "brechas significativas na educação média e no acesso aos níveis superiores em relação aos indicadores da população não indígena". Em uma coletiva de imprensa em Nova York, Bárcena também se referiu à questão do reconhecimento dos direitos territoriais dos povos indígenas, destacando avanços, mas advertindo sobre desafios.

"Identificamos 200 conflitos sociais e ambientais em territórios indígenas vinculados à extração mineradora e de hidrocarbonetos entre 2010 e 2013", disse.

Neste contexto, a CEPAL inclui algumas recomendações para resolver estas questões, começando por uma "governância dos recursos naturais na qual os povos indígenas sejam consultados".

Por último, o documento faz referência a um aumento da participação política e a um contínuo fortalecimento de suas organizações, embora "siga existindo uma escassa representação destes povos em órgãos dos poderes do Estado".

O relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) tem previsão bastante otimista para o Brasil, de crescimento econômico da ordem de 1,3% em 2014. A estimativa é muito superior à média de projeções do mercado financeiro. Mesmo otimista, a previsão da entidade para o Brasil é a segunda pior entre as grandes economias emergentes e está à frente apenas da Rússia.

O relatório divulgado nesta tarde de quarta-feira, 10, projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá crescer 1,3% em 2014. Entre as grandes economias em desenvolvimento, essa é a segunda pior estimativa da entidade. O Brasil deve ficar apenas à frente da Rússia, cuja previsão de expansão é de 0,5%. O mercado financeiro, porém, já trabalha com expectativa de que o PIB brasileiro deve crescer apenas 0,48%, segundo a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira.

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No documento, a Unctad destaca que o fraco ritmo da economia do Brasil, Argentina e México deverão fazer com que a América Latina perca velocidade este ano. "A América Latina desacelera e reflete desempenho da Argentina, Brasil e México. A demanda doméstica perdeu o ápice e choques externos também afetaram", diz o documento. Para o conjunto latino-americano, prevê expansão do PIB de 1,9% este ano, menos que os 2,6% registrados em 2013. A outra grande economia da região, o México, deve crescer 2%.

Ainda sobre a região, o documento destaca a situação mais delicada da gestão da dívida argentina. Em meio à polêmica jurídica com parte dos credores da dívida - os chamados holdouts -, a Unctad reconhece que o problema afeta a economia do país vizinho. Apesar disso, o texto diz que os "fundamentos econômicos evitarão que a dívida argentina se transforme em crise regional".

Entre as demais regiões emergentes do planeta, a Ásia deve crescer 5,5% este ano, liderada pela China, que deve terminar com expansão de 7,5%. A economia chinesa, explica a Unctad, continua tentando aumentar o peso do consumo privado e público no crescimento do país que é grande exportador de bens de consumo. Na Índia, é esperada expansão de 5,5% liderada pelo consumo interno e exportações. O investimento, porém, não reagiu.

Por fim, o documento diz que os países do entorno da Rússia deverão ser prejudicados pela desaceleração da economia russa que sofre com a estagnação do consumo e do investimento. O quadro negativo é gerado pela instabilidade financeira e a saída de fluxos financeiros em meio à crise geopolítica, diz a Unctad.

Os preços mais baixos das commodities, a desaceleração da China e a demanda doméstica mais fraca prejudicam as perspectivas de curto prazo para a América Latina, segundo a agência de classificação de risco Fitch Ratings. A Fitch projeta que a região vai crescer 1,9% este ano, de 2,6% em 2013, com o desempenho mais fraco de Brasil e México, que devem também apresentar déficits orçamentários mais altos. Para 2015, a expectativa é de uma modesta recuperação.

Em relatório, a agência afirma que o Brasil deve crescer somente 1,5% em 2014, enquanto no México o crescimento não deve superar 3%. Para a Fitch, só deve haver aceleração da atividade na Colômbia e na República Dominicana. Já a Argentina e a Venezuela devem enfrentar uma recessão.

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"Restrições estruturais, incluindo baixas taxas de investimento e problemas de infraestrutura, prejudicam alguns países e destacam a necessidade de um amplo esforço de reforma para melhorar a trajetória de crescimento no médio prazo", avalia Shelly Shetty, analista da Fitch responsável pela América Latina.

Segundo o relatório, porém, a Fitch não prevê uma ampla ação de rebaixamento de ratings soberanos de países da região, uma vez que eles têm liquidez adequada e políticas confiáveis para enfrentar uma potencial volatilidade internacional mais forte. A agência aponta ainda que o acesso ao mercado permanece robusto na maioria dos países.

O relatório aponta que a inflação continua elevada no Brasil e no Uruguai, mas que as maiores altas nos preços ainda são vistas na Argentina e na Venezuela. "O Brasil interrompeu seu ciclo de aperto monetário, argumentando que o impacto das elevações da taxa de juros é cumulativo e sentido com atraso", diz a agência.

Eleições

A Fitch destaca o calendário recheado de eleições na América Latina em 2014 e afirma que, segundo pesquisas de opinião, as chances de um segundo turno cresceram no Brasil. "Independentemente do resultado eleitoral, o próximo governo vai enfrentar o desafio de fazer ajustes para reduzir os desequilíbrios macroeconômicos existentes e tomar medidas para aumentar a confiança e a competitividade da economia", diz.

A agência afirma ainda que as reformas estruturais para impulsionar a produtividade na região não tiveram sucesso significativo e aponta o México como a única exceção, uma vez que o governo tem progredido em questões importantes.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no início da noite desta terça-feira, 10, no encerramento do Fórum América Latina e Caribe Global, em São Paulo, que é preciso pensar a integração da América Latina com bancos de desenvolvimento fortes e muito dinheiro para investir nas necessidades de cada País.

Numa alusão à gestão do PT no comando do País, o ex-presidente disse que há dez ou 12 anos, "até bem pouco tempo", as nações da América Latina não tinham uma relação profissionalizada. "Não acreditávamos e nem conversávamos entre nós (países da América Latina), e isto (este cenário) nós mudamos."

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No discurso, Lula disse que valeu a pena acreditar que era possível os países da América Latina se tornarem mais amigos. Alegou, porém, que ainda estamos muito longe de conseguir um padrão da União Europeia (UE) porque falta crédito, garantias e existem algumas dificuldades. "Mas o avanço que demos foi extraordinário no comércio intrarregional na América Latina e Caribe", completou. Lula afirmou ainda que os números que mostram o crescimento do fluxo comercial revelam que as decisões tomadas foram corretas.

A partir desta quarta-feira (7) os gamers interessados em jogos indies produzidos na América Latina terão um espaço dedicado para realizar a compra destes títulos. É que nesta data será inaugurada a loja virtual Splitplay, que é focada em vender e divulgar os melhores jogos independentes produzidos na região, com foco no Brasil.

Desta forma, os gamers podem encontrar facilmente jogos que não possuem divulgação e os desenvolvedores são beneficiados através da visibilidade dada pela plataforma da loja.

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Os games poderão se adquiridos através de boleto bancário, depósito em conta e cartão de crédito nacional. Além disso, a plataforma também oferecerá acesso antecipado a alguns jogos, em que o jogador pode testar o game antes de ficar pronto e participar do desenvolvimento com suas opiniões.

A SplitPlay lista jogos como “Xilo”, “Cangaço” e “Chroma Squad” como alguns dos que estarão à venda na loja. Para acessar a página, basta clicar neste link. Quem quiser enviar seus jogos para serem publicados na loja devem acessar este link.

Representantes do Espaço Ciência participarão da 13ª Conferência Internacional sobre Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (PCST), entre os dias 5 e 8 de maio, em Salvador na Bahia. O objetivo é divulgar o Espaço Ciência, destacar toda a estrutura do parque e seu papel na popularização da ciência.

“Na sessão Outdoor Science Parks vou apresentar a experiência Espaço Ciência, que tem chamado a atenção internacional tanto pelo seu atraente paisagismo, baseado num projeto de Burle Marx que por si só já é uma grande atração, como pelo aproveitamento inteligente do ambiente natural para apresentar experimentos educativos”, destaca Carlos Antônio Pavão, segundo informações da assessoria.

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O evento é realizado pela primeira vez na América Latina, o Brasil foi escolhido como sede do evento por seu gradativo crescimento na divulgação da ciência e integração com a sociedade.

A consultoria Tendências anunciou, na segunda-feira, 28, a criação de uma aliança com empresas da América Latina para análise econômica. Além da brasileira, farão parte da Aliança Latino-Americana de Consultorias Econômicas (Laeco) as empresas Ecolatina (Argentina), Macroconsult (Peru), Gemines (Chile), Econcept (Colômbia) e Ecoanalítica (Venezuela).

Essa aliança, de acordo com as consultorias, deve facilitar a trocar de informação sobre as economias de cada país. "O acordo ampliará a capacidade de análise política e econômica. A aliança tem múltiplos objetivos, como servir melhor aos nossos clientes e aumentar o conhecimento específico sobre cada local", disse Mailson da Nóbrega, sócio da Tendências e ex-ministro da Fazenda.

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Os seis países representados pela Laeco respondem por 95% do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul - estimado em US$ 4,2 trilhões - e por 69% da economia latino-americana. "O que faz falta (para aumentar a representatividade na América Latina) é o México, mas em breve deveremos ver um mexicano compondo o quadro de consultorias na aliança", afirmou Juan Jensen, economista e também sócio da Tendências.

As conversas para a criação da aliança começaram há aproximadamentetrês anos. Nesse período, o processo de concretização do acordo envolveu a busca por consultorias renomadas de cada país, troca de informações e relatórios entre cada empresa para que se chegasse ao modelo atual e existisse uma visão similar sobre o modelo econômico.

"As seis consultorias têm uma visão de mundo muito comum. Elas acreditam no livre mercado e nas ideias liberais e não se envergonham de pertencer a uma corrente de pensamento dita ortodoxa", afirmou Maílson. "As empresas da aliança são independentes e, por isso, não se alinham a qualquer espécie de credo."

Na avaliação dele, a aliança se forma em um momento "importante" em que se intensifica um processo de internacionalização no continente. "Tudo indica que a integração da região - que é uma expectativa antiga - vai começar a se materializar de forma mais intensa pela força de participação das empresas privadas", afirmou.

Mercado

Os últimos anos têm sido marcado pela movimentação das consultorias econômicas em busca de uma fatia maior de mercado de análise econômica. Em abril do ano passado, a LCA Consultores acertou a compra da MCM. Na época, os valores do negócios não foram divulgados.

A Tendências e LCA Consultores disputam o mercado com MB Associados, do ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda José Roberto Mendonça de Barros, Rosenberg & Associados, além da AC Pastore & Associados, do ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, afirmou nesta sexta-feira (25), que o País quer estabelecer uma parceria de longo prazo e estável com países da América Latina, incluindo Brasil e Venezuela, para projetos de petróleo e gás natural.

Segundo o ministro, a importação chinesa de petróleo e gás da América Latina representa apenas 10% de tudo o que a China compra do mundo e, portanto, a colaboração com a região tem grande potencial. "A China importa uma grande quantidade de petróleo e gás natural e essa é uma demanda de longo prazo", ressaltou.

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Wang Yi disse ainda que o país se interessa por qualquer projeto de infraestrutura no Brasil. Segundo ele, as possibilidades de investimento nessa área são positivas dada a alta competitividade das empresas chinesas. Questionado sobre as áreas de interesse dos chineses, ele respondeu: "Todos os tipos de ferrovias, incluindo as de alta velocidade, projetos de geração de eletricidade, incluindo elétrica, térmica e nuclear, e todos os tipos de rodovia".

O ministro esteve em Brasília para copresidir, com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, a sessão inaugural do Diálogo Estratégico Global Brasil-China, que foi estabelecido em 2012 com o objetivo de ampliar as relações bilaterais entre os Países.

O Brasil deve ter "certa recuperação" nas taxas de crescimento em 2015, mas a perspectiva para o País e para a América Latina é de níveis de expansão menores do que em anos recentes, inferiores sobretudo ao período marcado pelo boom internacional do preço das commodities, entre 2002 e 2011. A afirmação foi feita pelo diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, em entrevista coletiva para apresentar estudo sobre a região em Lima, no Peru, transmitida pela internet.

"Para 2015, o Brasil vai crescer um pouco mais, porque temos visto queda da incerteza (com relação à política econômica), e isso eventualmente vai ter efeito sobre o investimento. Também porque o programa de infraestrutura tem ganhado velocidade e deve ajudar o crescimento", disse Werner.

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A América Latina tem crescido muito pouco, afirmou o diretor, basicamente por culpa de Brasil e México, as maiores economias da região e que vêm tendo desempenho fraco desde 2012. A previsão para 2014 é de expansão regional de 2,5%, abaixo dos 2,7% de 2013.

"O crescimento deste ano da América Latina deve ser o menor dos últimos 11 anos, excluindo 2009, que foi marcado pela crise financeira internacional", disse. Em 2015, a região deve ter uma recuperação e avançar 3%. Mas nas estimativas feitas para até 2019, a avaliação do FMI é que dificilmente os principais países da região terão os mesmos níveis de expansão vistos até 2011, período marcado por alta nos preços internacionais dos preços das commodities.

Nos cenários traçados pelo FMI, mesmo se o preço das commodities permanecer estável nos níveis atuais até 2019, o crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) dos exportadores de commodities da América Latina - Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai - seria 0,9 ponto porcentual menor que no período 2012/2013 e 1,3 ponto abaixo do período do boom dos preços, entre 2003 a 2011.

"Um cenário de preços estáveis das commodities afetaria o crescimento econômico da região e uma queda dos preços teria impacto importante (na atividade)", disse Werner na entrevista, destacando que as estimativas numéricas são feitas por exercícios econométricos e sujeitas a incertezas.

O diretor do FMI destacou que a região historicamente investe muito pouco e a perspectiva é de que os níveis de investimento continuem moderados. Por isso, ele reforçou a necessidade de reformas estruturais para destravar os gargalos na infraestrutura e melhorar a competitividade dos países.

Com a mudança da política monetária dos Estados Unidos em curso, os países da América Latina devem enfrentar volatilidade, disse o diretor. Para lidar com eventuais fugas de capital, Werner destacou que os países latinos precisam desenvolver bases mais amplas de investidores domésticos.

A economia da América Latina deve continuar em marcha lenta em 2014, em meio a problemas de infraestrutura, e riscos para as taxas de crescimento serem ainda piores persistem, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado nesta quinta-feira (24), em Lima, no Peru, chamado "Perspectiva Econômica Regional para o Hemisfério Ocidental".

Pelo lado positivo, as exportações de alguns países, como o México, devem crescer, estimuladas pela maior expansão dos Estados Unidos, que deve se acelerar de 1,9% no ano passado para 2,8% este ano. Por outro lado, há o risco de queda mais acentuada dos preços internacionais das commodities por causa de desaceleração da China, além de os mercados da região terem de enfrentar condições financeiras mais duras no mercado externo, por conta da mudança da política monetária dos Estados Unidos.

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Esta mudança pode provocar "crescente volatilidade" nos fluxos internacionais de capital, sobretudo em países com maior fragilidade nas contas externas, alta inflação e espaço limitado de manobra nas políticas econômicas, destaca o relatório.

O investimento privado deve seguir baixo na região, em meio aos problemas na infraestrutura. Por isso, o Fundo recomenda um conjunto de reformas estruturais. Outra recomendação é de ajustes nas contas fiscais e de atenção às vulnerabilidades do sistema financeiro e do crescente endividamento das empresas.

Os países da região devem ter velocidades bem diferentes de crescimento. A Venezuela deve encolher 0,5% este ano. Já a Argentina deve crescer 0,5%. O México, depois de crescer apenas 1,1% no ano passado, deve se recuperar e crescer 3% em 2014. A América Latina como um todo deve crescer 2,5% em 2014, abaixo dos 2,7% do ano passado. A região deve ficar abaixo da média dos países emergentes, de 4,9%, e dos desenvolvidos, de 3,6%.

O Itaú BBA quer ser um player local em todos os países que atua da América Latina, de acordo com Carlos Maggioli, codiretor de equity do banco e responsável pela expansão da corretora do BBA na região. "A nossa estratégia na América Latina será a mesma em todos os países e espelhará a operação que temos no Brasil", afirmou ele.

De acordo com o executivo, haverá uma integração entre as estratégias adotadas em cada país da América Latina. No México, conforme ele, o BBA deverá negociar exclusivamente ações em sua corretora. Maggioli participou nesta quarta-feira, 16, de evento do Itaú BBA, em São Paulo, sobre macroeconomia.

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México

O Itaú BBA aguarda obter até o fim deste ano as autorizações regulatórias necessárias para iniciar a operação da sua corretora no México já em 2015, segundo Carlos Maggioli. Faltam aprovações, conforme ele, não só do banco central brasileiro e também do mexicano, mas ainda do regulador do mercado de capitais local, a "CVM" do México.

"Vamos iniciar as contratações no segundo semestre deste ano. A operação no México será similar a do Chile", disse Maggiolo, em conversa com jornalistas.

Atualmente, o BBA conta com seis pessoas no México e deve somar 15 após as contratações previstas, de acordo com o executivo. Embora as corretoras no Chile e México tenham estrutura "similar", Maggioli explicou que a operação no México é menos complexa uma vez que não inclui um banco de varejo como no Chile. "No México teremos apenas uma corretora", frisou o executivo.

A América Latina deve continuar em marcha lenta, prevê o Fundo Monetário Internacional (FMI). As exportações devem crescer, estimuladas pela maior expansão dos Estados Unidos, mas a queda dos preços internacionais das commodities e condições financeiras mais duras no mercado externo devem pesar negativamente na atividade doméstica. O investimento privado deve seguir baixo, em meio aos problemas na infraestrutura, afirmou o diretor do Fundo para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (11).

Mais do que nunca, diz Werner, os países da região devem ter velocidades diferentes de crescimento. Ele menciona as previsões de baixo crescimento para Argentina e Venezuela. Já Colômbia e Peru devem ser destaques de expansão. O México, depois de crescer apenas 1,1% no ano passado, deve se recuperar e crescer 3% este ano.

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No Brasil, a baixa confiança do empresariado deve seguir contribuindo para o nível fraco de investimento privado e o crescimento econômico deve continuar sem brilho. O FMI voltou a rebaixar a previsão de expansão do Brasil e prevê alta de 1,8% do PIB este ano. O País deve avançar no ajuste fiscal e em conter a inflação.

Uma das decepções na região é o comportamento recente do investimento privado, não apenas no Brasil, mas em outros países. Werner cita que ocorreu uma desaceleração importante na América Latina. O crescimento real nos seis principais países da região baixou do nível de dois dígitos em 2010 para menos de 5% em 2013 e deve recuar para menos de 3% este ano.

A América Latina como um todo deve crescer 2,5% em 2014, abaixo dos 2,7% do ano passado. A região deve ficar abaixo da média dos países emergentes, de 4,9%, e dos desenvolvidos, de 3,6%.

Werner alerta para riscos que rondam as economias da América Latina, tanto externos como internos. A desaceleração no crescimento da China deve contribuir para manter em queda os preços das commodities pelos próximos dois anos, afirmou Werner aos jornalistas. Há o risco, disse ele, de um recuo ainda mais forte nos preços destes produtos, caso a China cresça menos que o previsto.

Riscos - Outro risco importante é a mudança da política monetária dos Estados Unidos, que pode provocar "crescente volatilidade" nos fluxos internacionais de capital, sobretudo em países com maior fragilidade nas contas externas, alta inflação e espaço limitado de manobra nas políticas econômicas, afirma ele, sem citar nomes.

Pelo lado doméstico, fracas posições nas contas fiscais são uma "importante vulnerabilidade". Em alguns países, é preciso ainda monitorar o aumento do endividamento das empresas. Werner não citou o Brasil, mas no relatório Estabilidade Financeira Global o FMI menciona preocupação com o passivo corporativo na economia brasileira.

A Eletrobras focará sua estratégia de internacionalização em projetos na América Latina, onde a geração hidrelétrica com países vizinhos do Brasil ainda é pouco explorada. Os principais projetos em desenvolvimento da companhia são as hidrelétricas Tumarin, na Nicarágua, e a de Inambari, no Peru, e o projeto eólico de Rouar, no Uruguai. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Recife é a última cidade da America Latina a receber a turnê de Joan Baez. A cantora folk norta-americana se apresenta no Teatro Eva Herz, no RioMar, nesta sexta-feira (28) às 21h. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site do Ingresso Rápido. 

Conhecida como a musa da contracultura, Joan ficou famosa no início dos anos 1960 pela sua militância política e artística e por ter apresentado ao mundo o cantor Bob Dylan, com quem se casou. 

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Essa não é a primeira vez que a cantora tenta se apresentar na América do Sul. Em 1981 Joan iria fazer uma série de shows no continente para apoiar os Direitos Humanos e acabou sendo proibida em vários países, inclusive no Brasil, por causa da ditadura militar.

Serviço
Turnê An Evening with Joan Baez
Sexta (28) | 21h
Teatro Eva Herz, no Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251 - Pina)
R$ 180 (balcão nobre) R$ 230 (plateia alta e plateia baixa)

O México, por meio da sua Secretaria de Relações Exteriores (SER), está oferecendo bolsas de estudo para cidadãos de países da América Latina. As oportunidades são direcionadas para quem pretende realizar estudos completos de graduação em política e administração pública, além de relações internacionais.

A convocatória está disponível na página eletrônica da oportunidade, até o dia 2 de maio. As candidaturas serão avaliadas e selecionadas por meio da realização de exames de admissão.  

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