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A comissão especial do impeachment vota, na manhã desta sexta-feira (6), o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que recomenda a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião foi iniciada por volta das 10h20 para que cada líder partidário e dos blocos fizessem, em 5 minutos, o encaminhamento dos votos. No entanto, uma confusão entre os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e Lindemberg Farias (PT), por conta de publicações e ameaças nas redes sociais, fez com que o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), suspendesse a sessão. 

Assim que retomada, a previsão é de que o encaminhamento dos votos continue e, logo depois, os parlamentares votem, abertamente, através do painel eletrônico. Para ser aprovado é preciso que o relatório tenha, no mínimo, de 11 votos. A decisão do colegiado seguirá para apreciação do Plenário, na próxima quarta (11), que decidirá definitivamente sobre a continuidade do processo e o afastamento temporário da presidente.

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A votação conclui o período de 11 dias de trabalho durante os quais a comissão analisou o impeachment. Caso o Plenário decida pelo andamento do processo, o colegiado voltará a se reunir para iniciar a análise do mérito das acusações.

Veja as principais justificativas da acusação e defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff:

Relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) emitiu um parecer é favorável ao afastamento da petista. No documento, lido na tarde desta quarta-feira (4), o parlamentar fez um balanço dos discursos realizados na comissão especial até hoje e fez questão de “refutar” as, chamadas por ele, “insistentes e irresponsáveis alegações” de que o impeachment é “golpe”. 

“Em primeiro lugar, nunca se viu golpe com direito a ampla defesa, contraditório, com reuniões às claras, transmitidas ao vivo, com direito à fala por membros de todos os matizes políticos, e com procedimento ditado pela Constituição e pelo STF [Supremo Tribunal Federal]”, argumentou. 

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Citando os artigos 85 e 167 da Constituição Federal, as denúncias feitas pelos juristas Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo são plausíveis. “Consideramos que os fatos criminosos estão devidamente descritos, com indícios suficientes de autoria e materialidade, há plausibilidade na denúncia e atendimento aos pressupostos formais, restando, portanto, atendidos os requisitos exigidos pela lei para que a denunciada responda ao processo de impeachment”, cravou. 

Sob a ótica de Anastasia, o impeachment não é estranho ao presidencialismo. “Querer defender o presidencialismo sem impeachment é querer, mais uma vez, o melhor [para o governo] de dois mundos: o Executivo forte do presidencialismo, mas sem a possibilidade de retirada do poder em caso de abuso”, disse. “Presidencialismo sem possibilidade de impeachment é monarquia absoluta, é ditadura, por isso que o mecanismo foi previsto em todas as nossas Constituições, e inclusive já utilizado sem traumas institucionais”, acrescentou.

Veja o parecer na íntegra:

O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) apresenta nesta quarta-feira (4) o parecer sobre a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião da comissão especial do Senado que analisa o pedido iniciou há pouco, com quase 1 hora de atraso. Discussões e tumultos por constantes questões de ordem apresentadas pela base governista marcaram o início da reunião. 

Após a leitura do parecer, que deve durar cerca de duas horas, será aberta a discussão do texto. Nesta quinta (5), o advogado-geral da União, José Eduardo Cardoso, fará novamente a defesa da presidente rebatendo os argumentos do parecer, caso ele seja favorável ao impeachment. 

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Os membros da comissão votam o parecer na sexta-feira (6). Depois disso, aprovado ou não, em 48 horas úteis depois o parecer vai à discussão no Plenário. O documento precisa do apoio da maioria simples dos senadores, ou seja, metade mais um dos que estiverem presentes a sessão. 

Caso seja admitido, a presidente será imediatamente afastada do cargo por até 180 dias. Nesse período, o vice-presidente Michel Temer assumirá a presidência da República. 

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) acusou, nesta quinta-feira (28), o senador Antônio Anastasia (PSDB) de cometer pedaladas fiscais e assinar mais de 100 decretos de suplementação orçamentária sem o aval do Legislativo entre 2011 e 2014, período em que o tucano foi governador de Minas Gerais. De acordo com o petista, documentos que comprovam as irregularidades do ex-governador mineiro foram entregues a ele na manhã de hoje. 

Para o Humberto Costa, as ações desqualificam a atuação de Anastasia como relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) já que, segundo ele, o tucano cometeu as mesmas práticas de que acusa a presidente. 

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"Ela [Dilma Rousseff], aliás, só responde por ter editado 6 decretos orçamentários. Anastasia assinou mais de 100”, crava Humberto. “O então governador Anastasia pedalou em 2012, 2013 e 2014. O trabalho dos auditores mostra que ele fez suplementação orçamentária sem aval do Legislativo, além de desrespeitar a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ele não cumpriu a meta fiscal em todos esses anos", acrescenta. 

De acordo com o pernambucano, Antônio Anastasia também descumpriu as metas definidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal para os investimentos em saúde e educação. “O descumprimento das normas causou um prejuízo de R$ 8 bilhões em cada uma das áreas, em valores da época. Os técnicos do Tribunal de Contas identificaram tudo isso e fizeram diversas recomendações para corrigir as más práticas”, registrou o líder do governo.

Humberto Costa apontou ainda que os governos do PSDB em Minas Gerais na última década foram alvo do Tribunal de Contas do Estado. Segundo ele, as gestões listaram até vacina de cavalo como gastos de saúde. “Vejam bem a visão tucana: vacina para cavalo como gasto de saúde. Eles criaram as cavalgadas fiscais”, afirmou Humberto. 

O senador também disse que o então governador Anastasia lançou mão de fundos que estavam no Banco do Brasil, entre eles de servidores, para pagamento de outras despesas, o que se contrapõe, segundo Humberto, à chamada pedalada do Plano Safra, parte da denúncia contra Dilma. “A pedalada em Minas causou um prejuízo de R$ 7 bilhões. O Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais, hoje, é deficitário. Entre outros problemas, Minas Gerais ficou, durante vários anos, sem o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP)”, afirmou. 

Líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT) criticou a escolha do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para relatar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa. Suplente do colegiado, o petista afirmou que a participação direta do tucano tira a “total legitimidade” da tramitação do pedido e gera mais um “grave vício”. 

“O PSDB acusa e ele mesmo fará juízo de valor sobre a acusada. Isso é um erro que rasga todos os princípios básicos do Direito. Não houve qualquer pudor ou o mínimo de zelo pela isenção e pela imparcialidade nesse caso”, disparou o líder. Para o pernambucano, o pedido de impeachment é “uma aberração jurídica que foi recepcionado pelo desavergonhado presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”. 

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Apesar da discordância, o petista ressaltou que não há qualquer veto pessoal ao nome de Anastasia, “cujo saber jurídico é amplamente reconhecido”. Para o líder do Governo, o que há é a imoralidade de o ex-vice-governador de Aécio Neves em Minas Gerais, derrotado nas eleições presidenciais de 2014, conduzir um relatório do qual seu ex-chefe e o seu partido são partes diretamente interessadas.

 “O voto do senador Anastasia na comissão do impeachment será o mesmo que ele deu nas eleições de 2014: contra Dilma e em favor de Aécio”, observou. Na votação dessa terça-feira (26), Humberto chegou a sugerir outros nomes, segundo ele com mais consenso, para relatar o processo na comissão do impeachment, mas não obteve sucesso. 

Mesmo com a primeira derrota no colegiado, o senador disse acreditar que a base governista vai conseguir reverter alguns votos para “enterrar esse golpe" contra a presidente. “Não daremos trégua aos atropelos e aos desrespeitos para beneficiar aqueles que querem calcinar a lei para a satisfação de seus caprichos. Estaremos vigilantes para garantir a ordem constitucional e assegurar que, no final desse processo torpe, vença a democracia”, disse.

A eleição do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado agradou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. Para ele, a escolha da maioria dos membros da comissão especial é a “garantia de que nós teremos um relatório absolutamente qualificado”.

Em entrevista à imprensa, Aécio ironizou as justificativas dos aliados ao governo para que o nome do tucano fosse rejeitado. "Fico muito feliz de ver que o único defeito que encontram nele é o fato de ele ser meu amigo. Se esse é o problema, acho que ele tem um grande aval para assumir esse posto", disse. "Quem sabe posso brigar com ele até o final desse processo para que esse seu defeito seja sanado pelo menos de forma temporária", acrescentou ironizando.

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Após uma discussão intensa Anastasia foi eleito por 16 votos a cinco. O tucano era a única indicação para o cargo, mas parlamentares governistas pediram o impedimento do nome mineiro por ele ser do mesmo partido de Aécio, rival da presidente Dilma na última eleição. As questões de ordem foram rejeitadas pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB) e pela maioria dos integrantes da comissão. 

Após uma discussão intensa contra e a favor da indicação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado, ele foi eleito por 16 votos a cinco. O tucano era a única indicação para o cargo, mas parlamentares governistas pediram o impedimento do nome mineiro por ele ser do mesmo partido do senador Aécio Neves, rival da presidente Dilma na última eleição. 

A votação foi antecedida por questões de ordem das senadoras Gleise Hoffman (PT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Rejeitadas pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB) e pela maioria dos integrantes da comissão. 

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Com esta primeira sessão de trabalho, começa a contar o prazo de 10 dias para que a comissão conclua e vote, por maioria simples, um parecer indicando ou não a continuidade do processo. 

Ao tomar posse, o tucano disse que presente desempenhar o seu papel com “serenidade e seriedade”. E prometeu que apresentaria o parecer no dia 4 de maio, dando, segundo ele, tempo para que a defesa se posicione novamente no dia 5 e a votação do relatório aconteça no dia 6.

As senadoras Gleise Hoffman (PT) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentaram questões de ordem quanto à indicação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. Colegiado já elegeu, na manhã desta terça-feira (26), o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) como presidente.

Ao se pronunciar Grazziontin pediu para que seja incluído o nome do advogado Flávio Henrique Costa Pereira, coordenador jurídico nacional do PSDB, como um dos subscritores do pedido que culminou na abertura do processo, ao lado do jurista Hélio Bicudo e dos advogados Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

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Já Hoffman justificou o questionamento alegando que a postura do PSDB, como apoiador do impeachment, pode prevalecer diante da construção de um eventual relatório feito pelo tucano. “Nossa responsabilidade é muito grande. O que estamos fazendo aqui não tem nada haver com as qualidades morais e de senador com Anastasia. O que colocamos aqui é uma suspensão com relação ao partido político do senador. Apelo a esta comissão, não queremos fazer disso um cavalo de batalha. Queremos ter aqui um senador que possa fazer um relatório sem se ater ao posicionamento do partido”, disse.   

Líder do governo na Casa, o senador Humberto Costa (PT) também se posicionou contrário a indicação. Para ele “é preciso isenção” na tramitação do processo. “Reitero que temos outros nomes para relatoria, como os senadores Fernando Bezerra (PSB-PE) e Roberto Rocha (PSB-MA)”, indicou.

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi eleito na manhã desta terça-feira (26) como presidente da comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. O parlamentar foi conduzido ao cargo por aclamação. Uma questão de ordem, no entanto, levou a votação nominal e discussão sobre a candidatura do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do colegiado. 

Após a eleição, Lira agradeceu o acolhimento do seu nome e se comprometeu em dar o melhor para a condução dos trabalhos. “Tenho compromisso em primeiro lugar com a legalidade e a regimentalidade... É preciso que todos saibam que esta comissão não pode falhar em assegurar ampla defesa e o direito ao contraditório”, pontuou. 

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Com a instalação do colegiado, começasse a contar o prazo de dez dias para que o relator do caso apresente um parecer e este seja votado pelos membros da comissão. Aprovado ou não, o texto vai à análise do Plenário, o que pode acontecer entre os dias 12 e 15 de maio. 

A comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado se reúne, na manhã desta terça-feira (26), para eleger o presidente e o relator do colegiado. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) deverá ser confirmado para conduzir os trabalhos já que o PMDB, partido com maior bancada na Casa o indicou para o posto. O nome do senador da Paraíba já foi aceito por consenso.

Para a vaga de relator, no entanto, não há acordo entre governo e oposição. Por isso, o escolhido precisará passar por eleição. Pela proporcionalidade de bancadas, critério que definiu a composição da comissão, a relatoria caberia ao Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB-DEM-PV). O nome indicado foi o do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG).

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Os senadores governistas, entretanto, discordaram da indicação. Duas questões de ordem foram apresentadas em Plenário alegando a suspeição de Anastasia para exercício da função. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) argumentou que “todos sabem o resultado do processo”, pois Anastasia já teria proferido em ocasião anterior a “clara antecipação de juízo de valor sobre a culpa” da presidente Dilma. Essas questões serão debatidas durante a reunião de hoje. O PT prometeu lançar candidato caso Anastasia vá mesmo à disputa. 

A eleição dos membros da comissão aconteceu nessa segunda (25). Após a escolha, a presidente Dilma Rousseff foi notificada sobre a existência do colegiado. Este, por sua vez, pediu para que a petista apresente sua defesa, caso se interesse.

 

O presidente do PSDB e senador, Aécio Neves, afirmou, nesta sexta-feira (30), que a decisão do Supremo Tribunal federal (STF) de arquivar o processo contra o também senador e correligionário, Antônio Anastasia (MG), “faz justiça a um dos mais corretos e honrados homens públicos”. 

“Desde o início ficou claro que as acusações não se sustentavam, tratando-se de uma clara tentativa de confundir a opinião pública face a tantas denúncias que vêm atingindo o PT e o atual governo. A decisão do ministro Teori resgata a verdade e fortalece ainda mais a atuação política do senador por Minas Gerais", frisou Aécio Neves, em nota.

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O senador tucano era acusado de ter recebido propinas de contratos da Petrobras, em 2010. O policial federal afastado Jayme Alves Oliveira Filho, conhecido como Careca, teria dado R$ 1 milhão a Anastasia a mando do doleiro Alberto Youssef. 

Um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) considerando não haver "elementos mínimos" para dar continuidade às investigações sobre o envolvimento do senador foi acatado pelo relator do processo da Lava Jato, o ministro Teori Zavascki.

O senador por Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), se pronunciou na tarde deste sábado (7), por meio de nota, sobre a citação de seu nome na lista do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigação de supostos envolvidos com a Operação Lava Jato. Elencando dez justificativas, o tucano nega relação com Alberto Youssef, alega contradições nas informações declaradas e demonstra ansiedade com o término da apuração.

Anastasia é o único representante do PSDB na lista divulgada pela justiça. No total, 47 políticos serão investigados pelo STF e dentre esses, o PP lidera a relação com 32 membros da legenda.

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Confira a nota na íntegra abaixo:

1) Não conheço, jamais estive ou falei com o Sr. Jayme. Da mesma forma, não conheço, jamais estive ou falei com o Sr. Youssef.

2) Ou seja, é absolutamente falsa a afirmativa do Sr. Jayme que teria me entregue valores em dinheiro, em 2010, a mando do Sr. Youssef. O próprio Sr. Youssef, em depoimento oficial, negou que tivesse me encaminhado qualquer valor (vide anexo 1, cópia do documento oficial da Procuradoria Geral da República, páginas 22 e 23, Termo de Declarações Complementar n. 28)

3) Deste modo, o pedido de inquérito aberto em relação a mim baseia-se, exclusivamente, no depoimento do Sr. Jayme (que, ao contrário do Sr. Youssef, não tem o mesmo valor nem está sujeito às mesmas obrigações de um acordo de delação premiada), que foi vazado em janeiro deste ano. Ainda que assim não fosse, a alusão precária e inespecífica a uma casa em Belo Horizonte, sem fornecer o endereço, ou a data e a hora de tal encontro, aliada ao reconhecimento precário de uma fotografia dizendo ser pessoa “parecida” comigo, não resistiria a menor verificação. (vide anexo 1, cópia do documento oficial da Procuradoria Geral da República, página 22, declaração)

4) As datas de entregas de valores pelo Sr. Jayme, a mando do Sr. Youssef, conforme se verifica nos documentos arrolados nas peças, não condizem com a do depoimento do Sr. Jayme.

5) Soma-se a isto o fato de eu ser, à época, governador de partido de oposição ao Governo Federal, sem qualquer vinculação com a Petrobras. 

6) A abertura do inquérito servirá para demonstrar a verdade, pondo fim à infâmia inventada contra mim, sabe-se lá por qual motivo.

7) Desejo, tão somente, que a apuração seja rápida, de forma a comprovar o mais breve possível minha total inocência, por respeito aos milhões de mineiros que votaram em mim para o Governo e para o Senado e por toda a trajetória de minha vida pública, reconhecidamente correta e proba.

8) Os que me conhecem estão indignados com estes fatos, mas tenho a consciência tranquila da prevalência da justiça e da verdade, inclusive com a descoberta da origem desta armação contra mim.

9) Agradeço a incontáveis manifestações de apoio e solidariedade que venho recebendo, desde o surgimento, em janeiro, desta história falsa e covarde.

10) Coloco-me, uma vez mais, à inteira disposição do Ministério Público e da Justiça para todos os atos necessários a comprovar a improcedência do depoimento do Sr. Jayme.

O depoimento no qual o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) é citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, como beneficiário de dinheiro desviado da Petrobras,  será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte será responsável pela análise das declarações do agente policial, preso na Operação Lava Jato. A informação consta em despacho proferido nesta segunda-feira (2) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações na primeira instância.

A remessa do depoimento ao STF conta com parecer favorável do Ministério Público Federal (MPF), órgão que lidera a força-tarefa nas investigações. De acordo com a petição do MPF, as declarações do policial fazem "menção a pessoas com prerrogativa de foro em decorrência da função que exercem, sendo necessário prévio exame do caso pelo Supremo".

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De acordo com reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 8 de janeiro, o policial Jayme Alves, conhecido como Careca, afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que foi enviado a Belo Horizonte para entregar R$ 1 milhão a Anastasia, a pedido de Youssef.

Segundo o agente, o dinheiro foi entregue em 2010, em uma casa da capital mineira, a uma pessoa que não se identificou. Conforme o policial, o doleiro disse que o dinheiro era para o então governador Antônio Anastasia.

Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Anastasia disse que nunca se encontrou com o policial e que não conhece Alberto Youssef.

"Em primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão. Nunca estive ou falei com ele. Da mesma forma, não conheço, nunca estive ou falei com o doleiro Alberto Youssef. Em 2010, como governador de Minas Gerais, não tinha qualquer relação com a Petrobras, que não tinha obras no estado, ademais do fato de eu ser governador de oposição ao governo federal", disse o senador.

Em petição encaminhada no último dia 13 à Justiça Federal, em Curitiba, o próprio doleiro Alberto Youssef negou que tivesse ordenado o envio de dinheiro para Anastasia.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, Jayme Alves foi afastado das funções de policial federal em novembro passado. De acordo com as investigações, Jayme prestava serviços ao doleiro na entrega de remessas de dinheiro. Ele é réu em uma das ações penais da operação e não fez acordo de delação premiada.

Em petição encaminhada à Justiça Federal do Paraná nesta quinta-feira, 29, o Ministério Público Federal (MPF) se posicionou contra o acesso dos advogados do senador eleito Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao depoimento prestado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, preso na Operação Lava Jato.

No entendimento dos procuradores que assinam o documento, em razão de Jayme também citar outros parlamentares que detém foro privilegiado, é necessário que inicialmente o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicione sobre o pedido. O documento é assinado pelos procuradores Roberson Henrique Possobon e Deltan Martinazzo Dallagnol.

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Anastasia e o deputado Eduardo Cunha (PMD-RJ) tiveram o nome citado pelo policial federal em depoimento prestado no último mês de novembro à Polícia Federal. Na ocasião, Jayme relata que parcela de R$ 1 milhão teria sido repassada - a pedido do doleiro Alberto Youssef, preso na Lava Jato - ao tucano em 2010. Na época, o agora senador disputava a reeleição ao governo de Minas Gerais. O mineiro nega e afirmou que estava disposto a fazer uma acareação com o policial. Os advogados de Youssef também afirmam que seu cliente nunca fez nenhum pedido de entrega de dinheiro para o tucano.

Na mesma petição encaminhada à Justiça Federal na tarde de hoje, os procuradores informam que foi instaurado um inquérito policial para investigar o vazamento do depoimento prestado por Jayme perante à Polícia Federal.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB), considerou nesta terça-feira que a citação do ex-governador de Minas Gerais e senador tucano eleito Antônio Anastasia no processo da Lava Jato é uma "manobra" para enfraquecer as investigações realizadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

Anastasia teve o nome citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", em depoimento prestado no último mês de novembro à PF. Na ocasião, Careca relata que parcela de R$ 1 milhão teria sido repassado ao tucano em 2010, quando o político disputava a reeleição ao governo estadual.

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O agente disse só soube que se tratava de Anastasia após o término da disputa eleitoral. O mineiro nega e afirmou que estava disposto a fazer uma acareação com o policial. Tabela apreendida pela PF em um escritório do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, indica que Jayme Careca fez ao menos 31 entregas de dinheiro vivo entre 2011 e 2012, em um total de R$ 16,9 milhões.

A defesa do doleiro Alberto Youssef contestou a informação prestada pelo agente e deve apresentar uma petição na Justiça Federal do Paraná neste sentido nesta quarta-feira, 14.

"O PSDB vem a público denunciar as manobras em curso para confundir, enfraquecer e tirar a credibilidade das investigações que estão sendo conduzidas na Operação Lava Jato. A comprovação feita pelo doleiro Alberto Youssef, divulgada hoje pelo seu advogado, de que o policial Jayme Alves Filho mentiu quando envolveu o senador Antonio Anastasia como um dos beneficiários da organização criminosa investigada, revela a gravidade e o alcance dessas articulações", afirma Aécio Neves em nota. "Misturar falsas acusações com fatos reais já comprovados é estratégia de quem tenta minar a credibilidade das investigações", acrescentou o tucano.

Anastasia é considerado como braço direito de Aécio Neves, que disputou e perdeu as últimas eleições presidenciais. "Mesmo tendo sido desmascarada a farsa que atingiu o ex-governador e senador eleito, o PSDB considera fundamental que sejam identificados responsáveis pela mesma e as suas motivações", conclui Aécio.

Em uma outra linha de ação, os advogados de Anastasia apresentaram nesta terça-feira pedido à Justiça Federal do Paraná para ter acesso ao depoimento do policial federal. "Não obstante o requerente negue peremptoriamente tal irresponsável insinuação, despiciendo discorrer sobre magnitude da repercussão negativa de um depoimento tal como posto, mormente quando requerente esteja tolhido, por absoluto desconhecimento dos termos das circunstâncias como depoimento foi prestado, da possibilidade de esclarecer os fatos de forma cabal imediata, minimizando os danos sua imagem", diz trecho da petição assinada pelos advogados Maurício de Oliveira Campos Júnior e Juliano de Oliveira Brasileiro. No documento, os defensores de Anastasia também pedem a cópia física ou digital das declarações do policial federal.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nesta quinta-feira, 8, em sua página oficial no Facebook, nota de repúdio à menção do nome do ex-governador de Minas Gerais e senador eleito Antonio Anastasia por um dos investigados na Operação Lava Jato. Aécio, que foi derrotado nas eleições de outubro pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), reitera na nota que o governo de sua adversária "vem sendo financiado por uma organização criminosa, formada por pessoas e diretores ligados à gestão do PT na Petrobras".

Aécio refutou 'com veemência' a 'suposta afirmação do policial' Jayme Alves de Oliveira Filho de que teria entregado dinheiro a Anastasia a pedido do doleiro Alberto Youssef. O ex-candidato presidencial afirmou que "a falsa e covarde acusação não se sustenta em pé, seja pelo caráter e honestidade pessoal do senador, reconhecidos até mesmo por seus adversários políticos, seja pela falta de nexo na história apresentada".

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Aécio questionou a plausibilidade da acusação a seu afilhado político: "Alguém acredita que um governador de Estado se reuniria pessoalmente numa garagem com um emissário desconhecido para receber dinheiro?". Mais cedo, o próprio Anastasia havia dito ser "muito estranho o alegado encontro de um Governador de Estado em uma casa que não é sua, com um desconhecido, para receber dinheiro".

Aécio disse ainda que Anastasia já constituiu advogado para solicitar o aprofundamento das investigações. "Com certeza, elas mostrarão o absurdo dessas supostas afirmações. Não permitiremos que biografias honradas, como a do senador eleito de Minas Gerais, se confundam com as daqueles que vêm assaltando os cofres públicos no País."

O presidente do PSDB afirmou também que "se o objetivo dessa farsa é intimidar e constranger a oposição, informamos que o efeito será justamente o contrário: o PSDB redobrará os esforços no sentido de continuar exigindo uma profunda e isenta investigação, que tenha como compromisso único revelar à população a verdade e os responsáveis pelo maior escândalo de corrupção na história do país, ocorrido ao longo dos últimos doze anos durante a administração do PT na Petrobras".

O senador e pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB), anunciou, nesta quinta-feira (15), o ex-secretário de Estado e ex-deputado federal Fabio Feldmann como coordenador da área de Meio Ambiente e Sustentabilidade no seu programa de governo. O documento será coordenado pelo ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB) e apresentado durante a campanha eleitoral deste ano.

Aécio Neves está em segundo lugar nas pesquisas para Presidência da República. Nas recentes pesquisas o tucano aparece com 21% das intenções de voto contra 37% da presidente Dilma Rousseff (PT).

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O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), deixará o cargo no dia 4 de abril, atendendo à legislação para disputar as próximas eleições. A saída do tucano foi anunciada nessa terça-feira (18), no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, ao lado do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP).

A descompatibilização do governador ao Poder Executivo se dá em virtude de sua possível candidatura ao Senado Federal, e também, porque trabalhará, a princípio, na campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB). 

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No discurso de anúncio o tucano fez questão de analtecer sua própria gestão e pontuar sua forma de atuação. “Eu fico muito feliz de ter completado o meu período de governo com muita satisfação, com a cabeça erguida. Um governo ético, probo, eficiente, com bons resultados e eu queria fazer esse agradecimento especial a todos os mineiros”, relatou o gestor ao site oficial do PSDB. 

Ele também disse sair com o sentimento do dever cumprido e agradeceu a todos os mineiros pela confiança nos anos em que permaneceu como governador de Minas Gerais. “Tive a colaboração de toda a população do estado, um trabalho muito profícuo, um trabalho extremamente positivo, recebido sempre com muito carinho e cordialidade por todo o estado. Os resultados foram excepcionais ao longo desse período”, ressaltou

O governo mineiro anunciou nesta quarta-feira uma série de medidas para cortar gastos que inclui fusão de secretarias, extinção de autarquias e cargos de alto escalão e redução de 20% no número de cargos comissionados no Executivo. O objetivo é reduzir em R$ 120 milhões os gastos com custeio este ano e chegar e economizar R$ 1,1 bilhão até o fim de 2014. Segundo o governador Antonio Anastasia (PSDB), as medidas são necessárias por causa do "momento de dificuldades financeiras" pelo qual passa o Estado, "à semelhança do Brasil e do mundo".

As principais medidas, que ainda precisam ser aprovadas pela Assembleia Legislativa e, nesse caso, passam a valer a partir de 2014, são a redução do número atual de 23 secretarias de Estado para 17. Isso será possível com a fusão das pastas do Trabalho com a de Desenvolvimento Social; de Esportes com a de Turismo e a Extraordinária da Copa do Mundo; da Agricultura com a Extraordinária de Regularização Fundiária; de Desenvolvimento Regional e Política Urbana com a Extraordinária de Gestão Metropolitana; e a transformação da Secretaria Extraordinária de Coordenação de Investimentos Estratégicos em assessoria especial do governador.

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Além disso, o projeto que Anastasia pretende enviar na próxima semana ao Legislativo vai prever também a extinção do Departamento Estadual de Telecomunicações (Detel) e da Administração dos Estádios de Minas Gerais (Ademg) e a absorção das funções do Instituto de Terras (Iter) pela Fundação Rural Mineira (Ruralminas) e da Fundação Centro Tecnológico de Minas (Cetec-MG) pelo Instituto de Geociências Aplicadas (IGA). Com essas medidas, segundo o governador, serão extintos 52 cargos de alto escalão, como secretários e diretores.

Outras medidas passam a valer a partir desta quinta-feira, 1º, por meio de decreto que será baixado pelo governo. Entre as ações estão a redução de aproximadamente 2 mil cargos comissionados em relação aos 18 mil que existem atualmente. A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, afirmou que não serão extintos cargos nas áreas de Educação, Saúde e de recuperação de infratores, que somam cerca de 8 mil postos de confiança. "É um momento de restrição, de crise", ressaltou a secretária.

Os cortes de gastos também incluem a proibição de viagens nacionais e internacionais com exceção das "ações de fiscalização, poder de polícia e viagens de representação feitas por autoridades", o fim da contratação de consultorias, restrição na utilização de veículos oficiais - que serão de "uso exclusivo dos dirigentes máximos" - com a redução de 127 carros na frota oficial, o fim da cessão de funcionários para outros órgãos e até a redução pela metade no limite de uso de celulares corporativos, entre outros.

"Temos uma crise econômica que não permite ao Estado crescer na velocidade que gostaríamos. Não há uma queda nominal da receita. Mas há uma não realização do aumento da receita que esperávamos", justificou Anastasia. De acordo com o governador, as principais perdas são relativas ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica, à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e ao Fundo de Participação dos Estados (FPE). Mas o tucano garantiu que os investimentos não serão afetados. "Precisamos fazer um esforço para reduzir as atividades meio em prol das atividades finalísticas", salientou.

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A maior parte da estrutura administrativa que sofrerá alteração no Executivo mineiro foi criada pelo próprio Antonio Anastasia e por seu antecessor, o hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG), nome mais cotado da oposição para a disputa presidencial do ano que vem. Mas Anastasia não acredita que as mudanças possam prejudicar composições em torno de seu padrinho político, bem como para a sucessão em Minas, onde o PSDB encabeçou aliança com 12 partidos.

"Temos aqui uma base política muito expressiva, harmônica, e tenho certeza que essa base já vem sendo contemplada. Vem trabalhando de maneira muito integrada e vai continuar sendo do mesmo modo", declarou o governador, referindo-se às prováveis demissões de aliados com a extinção de cargos. "Cada vez mais acho que temos que fazer as grandes composições e alianças com base nas propostas, nos programas, nas parcerias. Acho que esse é um equilíbrio que temos em Minas muito bom e as lideranças políticas percebem que são adequadas", avaliou.

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