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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou a retirada de tramitação do projeto (PL 6125/19) que prevê o excludente de ilicitude para os policiais e membros das Forças Armadas em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A solicitação de retirada foi publicada no Diário Oficial da União.

O projeto estabelece que não há crime nas mortes ou lesões ocorridas em confrontos policiais no caso de reação a injusta agressão. O policial só poderá ser responsabilizado se houver excesso de força intencional e, mesmo nesses casos, o juiz poderá atenuar a pena.

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Enviado pelo governo Bolsonaro, o projeto não chegou a ser analisado. Agora, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, decidirá sobre o pedido do governo. Se aceitar, a proposta será arquivada.

Lula também pediu a interrupção de tramitação de outros três projetos da gestão anterior. São eles:

- PL 3227/21: limita a exclusão de conteúdos e de perfis pelas plataformas de redes sociais;

- PL 1583/22: autoriza a União a vender os seus direitos nos contratos de exploração da camada pré-sal sob o regime de partilha; e

- PL 1/23: institui a Política Nacional de Longo Prazo, que vai definir os objetivos estratégicos nacionais para o horizonte de 36 anos.

Em março, o governo já havia solicitado ao Congresso a retirada de tramitação do projeto que viabiliza a exploração mineral em terras indígenas demarcadas (PL 191/20).

Da Agência Câmara de Notícias

A Prefeitura de Blumenau, em Santa Catarina, anunciou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6) que vai solicitar ao governo estadual a contratação de policiais aposentados da reserva para realizarem a segurança armada nas escolas do município. Na véspera, um homem de 25 anos matou quatro crianças e deixou outras quatro feridas em um ataque à creche Cantinho Bom Pastor.

A medida faz parte de uma série de ações apresentadas pela Prefeitura de Blumenau, previstas para começar na próxima segunda-feira (10). Em nota, a administração municipal afirmou que também já estuda contratar "vigilância particular armada" para as escolas.

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Outras medidas anunciadas são a revisão de muros, cercamento, controle e acesso de pessoas às escolas e centros educacionais do município; elaboração de um plano de contingência pela Secretaria de Defesa Civil e Secretaria de Educação; e a ampliação de equipes multidisciplinares, com psicólogos e assistentes sociais.

"É bom deixar claro que essa não é uma solução que vamos implantar do dia pra noite. É um conjunto de esforços que será colocado em prática o mais breve possível", afirmou o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt. "Estamos criando também, junto ao Governo do Estado, algumas estratégias com a participação das forças de segurança para atuar nas unidades educacionais. Assim que esse plano estiver finalizado, vamos divulgar todos os detalhes."

O plano de contingência foi apresentado durante uma reunião fechada nesta tarde com gestores de escolas municipais e estaduais das redes pública e privada. Também participaram representantes da Polícia Militar, Polícia Científica, Polícia Civil, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina.

"Estamos trabalhando juntos com diversos órgãos. De forma coletiva estamos buscando soluções para continuar e superar esse momento de crise, para que possamos voltar às aulas com tranquilidade na segunda-feira", destacou Alexandre Matias, secretário municipal de Educação.

Policiais militares do 11º Batalhão encontraram um esconderijo de drogas nessa terça-feira (4), no bairro do Passarinho, na Zona Norte do Recife. Uma metralhadora caseira, munições e carregadores também foram apreendidos na ocorrência. 

Cerca de 62 kg de maconha foram localizados em uma mata na Rua Estrela do Sul. Ninguém foi preso, mas dois cadernos com anotações da movimentação do tráfico foram apreendidos e podem ajudar a identificar possíveis suspeitos, apontou a PM. 

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Uma metralhadora caseira também foi recolhida junto com um carregador de metralhadora calibre .40, um carregador alongado calibre .380, dois carregadores calibre 9mm, dez munições calibre 12, 28 munições de calibre .40, 14 munições calibre 9mm, 32 munições calibre .38, duas balaclavas, quatro placas de carro e cinco balanças de precisão. O material foi levado à Central de Plantões da Capital. 

Na manhã desta terça-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Fortis”, com o objetivo de cumprir três mandados de busca e apreensão contra um policial militar lotado no 27º Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (BPMERJ).

Segundo as investigações, desdobramentos da Operação Dinastia deflagrada pela PF em 25 de agosto de 2022, o policial militar prestaria apoio logístico – como guarda de material, armas, entre outros ilícitos - para o grupo paramilitar que domina territórios na região de Guaratiba e Santa Cruz, bairros localizados na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

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Os policiais federais cumpriram os mandados judiciais, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJRJ, no bairro de Santa Cruz (27º BPMERJ) e, em outros dois endereços, em Campo Grande e Sepetiba.

O trabalho, desenvolvido pela Polícia Federal, contou com a colaboração da Corregedoria da PMERJ.

Os bens apreendidos e demais documentos de interesse para a investigação serão encaminhados à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro para os procedimentos de praxe.

No decorrer da ação conjunta, foram localizados materiais - em um armário sem identificação no interior do alojamento - que não fazem parte do acervo patrimonial do Batalhão, dentre os quais se destacam: munições calibre 762, capas de colete, carregador de Ak47, carregador de pistola e rádios de comunicação.

Os materiais foram apreendidos pela Polícia Judiciária Militar e serão objeto de investigação para identificar o(s) responsável(is) pelo material.

Um total de quatro armas e 639 munições que eram transportadas sem a devida documentação legal foram apreendidas, no sábado (1), pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O armamento era transportado por um homem dentro de um carro abordado na BR 101, em Igarassu, no Grande Recife. 

No interior do veículo, foram encontrados uma espingarda calibre 12, um revólver calibre .38 e duas pistolas 9mm, sendo uma delas de propriedade do motorista. O homem também transportava 569 munições calibre 9mm, 50 munições calibre .380 e 20 munições calibre 12.  Com exceção da arma do motorista, as outras possuíam nota fiscal, mas eram transportadas sem a guia de tráfego. Do total de munições, 119 não possuíam documento fiscal. 

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O motorista disse que trabalha em uma loja de armas na Paraíba e estaria levando o armamento para uma loja no Recife. Três das armas estavam registradas em nome de terceiros.

O homem foi encaminhado junto com o armamento à Delegacia de Polícia Civil de Paulista. Ele poderá responder por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.

*Da assessoria

 

O governo de Lula decretou na terça-feira (28) a prorrogação para o recadastramento de armas de fogo para o dia 3 de maio. O prazo que venceria na próxima segunda-feira (3) foi adiado após solicitação de parlamentares ligados ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

Segundo decreto que foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 29, as armas serão "cadastradas no Sistema Nacional de Armas - Sinarm até 3 de maio de 2023, ainda que cadastradas em outros sistemas".

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"O diretor-geral da Polícia Federal poderá estabelecer procedimento especial para a apresentação de armamentos, motivado por questões de logística e segurança. O procedimento especial referido poderá prever a apresentação de armamentos às equipes da Polícia Federal em local distinto das respectivas delegacias", estabelece o documento.

O recadastro parte de uma política de maior controle na circulação de armas no País. Em reportagem do Estadão de fevereiro deste ano, dados obtidos pelos institutos Sou da Paz e Igarapé por meio da Lei de Acesso à Informação revelaram que a quantidade de armas em acervos particulares no Brasil (aqueles que não pertencem aos órgãos públicos) mais que dobrou nos últimos cinco anos - em 2018, o total era de 1,3 milhão de armas em coleções privadas e atualmente está próximo de 3 milhões.

No último dia 20 de março, o ministério havia informado que das 762.365 armas registradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), mantido pelo Exército, 613.834 já haviam sido recadastradas. Cerca de 81% do total. Na ocasião, Dino havia afirmado que não adiaria o prazo de recadastramento, no entanto, cedeu aos parlamentares.

O crescimento do número de armas no País se deu na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitou as regras de acesso de civis a esse tipo de equipamento.

Os acervos particulares incluem armas de caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (CACs), de cidadãos com registro para defesa pessoal, caçadores de subsistência; servidores civis (como policiais e guardas civis) com prerrogativa de porte e que compraram armas para uso pessoal; membros de instituições militares (policiais militares, bombeiros militares) que compraram armas para uso pessoal.

Número de armas recadastradas supera o de registros anteriores

Durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) realizada na terça na Câmara dos Deputados, o ministro Flávio Dino foi convidado a responder dúvidas sobre a política de controle de armas. Em sua fala, Dino destacou que o número de armas recadastradas superou as armas que estavam cadastradas no país, mas não citou números.

"O recadastramento é para separar o joio e o trigo. Temos mais armas recadastradas do que cadastradas. Aqueles que diziam que queríamos fazer o cadastramento para confiscar armas, estamos contribuindo para que quem estava na ilegalidade venha para luz da lei", disse o ministro, ao participar de audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

Em relação à política de controle de armas, respondendo aos argumentos do uso de armamento, Dino disse que a redução dos indicadores de criminalidade não tem ligação com armamento da população, e afirmou ser resultado da ação das polícias.

"Existem armamentistas sérios no Brasil? Sim, claro. Creio que são a imensa maioria. Mas Jesus Cristo recrutou 12 e um se vendeu, Judas. Então, essas alturas nenhum dos propagadores do armamentismo vai dizer que todos aqueles que têm registro de CAC, por exemplo, têm asas e são anjos. Um ou outro escapa, infelizmente. O que essas figuras do mal têm feito? Em vez de ir lá, e dar um tiro que a pessoa gosta, e pode dar, está vendendo arma para o PCC e o Comando Vermelho. Isso existe. Vamos fechar as portas para o cometimento de crimes", disse.

Como funciona o recadastramento?

O registro de armas é feito em dois sistemas, o Sigma, que registra os armamentos em nome dos CACs, mantido pelo Exército, e o Sinarm (Sistema Nacional de Armas), mantido pela PF, que faz o registro de armas de civis, dentre elas: armas de empresas de segurança privada, policiais civis, guardas municipais e pessoas físicas com autorização de posse ou porte.

O recadastramento atual, teve início em fevereiro, está sendo feito pela PF e pretende condensar todas as informações sobre armamento civil no Sinarm, incluindo aquelas que ficam no banco de dados do Exército. A determinação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspende os registros para aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por CACs.

Segundo o governo federal, as pessoas com armas que não fizerem o recadastramento podem sofrer sanções, como a apreensão das peças. Além disso, pessoas que decidirem por não ter mais as armas podem entregá-las em um dos postos de coleta da campanha do desarmamento que deve ser consultado.

Após finalização do processo, uma proposta de novo decreto com regras sobre aquisição de armas, obtenção de posse ou porte e funcionamento de clubes de tiro deve ser apresentada ao presidente da República para maior regulação do armamento à população.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (20) que a pasta atingiu a meta de recadastrar mais de 80% das armas particulares no país. De um total de 762.365 armas registradas no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), mantido pelo Exército, foram recadastradas até o momento 613.834. O número representa 81% do total. O prazo final termina no dia 3 de abril e, segundo Dino, não será prorrogado. 

“Não haverá nenhum efeito de confisco de armas que forem recadastradas, porém, sim, daquelas que não forem recadastradas. No mês de abril, quando tivermos a conclusão, as armas que não forem recadastradas estarão sujeitas à apreensão administrativa e remessa à própria Polícia Federal [PF], para que instaure os inquéritos policiais competentes relativos a essas armas”, explicou o ministro, durante coletiva de imprensa, em Brasília. 

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O Sigma é o sistema que registra os armamentos em nome dos chamados CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores). O outro sistema nacional de registro de armas de civis, o Sinarm, mantido pela PF, registra armas de empresas de segurança privada, policiais civis, guardas municipais e pessoas físicas com autorização de posse ou porte. 

O recadastramento atual, que começou em fevereiro, está sendo feito pela PF e vai condensar todas as informações sobre armamento civil no Sinarm a partir de agora. Essa foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que suspendeu, por meio de decreto, os registros para aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por CACs.

Após o fim da etapa de recadastramento, segundo Dino, uma proposta de novo decreto com regras sobre aquisição de armas, obtenção de posse ou porte e funcionamento de clubes de tiro será apresentado ao presidente da República. O tema também deverá ser discutido por meio de audiências públicas no Congresso Nacional. 

Uso restrito Apesar de ter batido a meta geral de recadastramento das armas registradas por CACs, o ministro da Justiça informou que o percentual é menor em relação às armas de uso restrito. Neste caso, do total de 62.870 armas de uso restrito registradas no Brasil em nome de civis, apenas 33 mil foram recadastradas, um pouco mais da metade. 

“Nós temos percentual mais alto de cadastramento nas armas de uso permitido e um percentual menor nas armas de uso restrito. Esse é o alerta, restam 14 dias e este prazo não será prorrogado”, ressaltou. As armas de uso restrito são aquelas de uso exclusivo das Forças Armadas, forças de segurança pública e também por CACs. Normalmente, são aquelas armas com maior poder de destruição, como as pistolas automáticas, metralhadoras, fuzis, entre outras.

Rio Grande do Norte

Durante a coletiva, Dino também abordou os casos de violência no Rio Grande do Norte por ação de uma facção criminosa. Desde o dia 14, o estado enfrenta uma crise na segurança pública, com mais de 252 ataques contra a população, prédios públicos, comércios e veículos. Mais cedo, Dino anunciou a liberação de R$ 100 milhões em investimentos para reforçar a segurança no estado, incluindo recursos para ampliação do sistema carcerário e reaparelhamento das polícias. Até o momento, segundo Dino, há cerca de 700 agentes da Força Nacional de Segurança em apoio às ações de polícia ostensiva no estado. 

“Nós temos uma situação de controle progressivo da violência instalada. Tivemos noites, dias de haver mais de 100 ocorrências de ataques. Nesta madrugada, tivemos cerca de cinco. Então, temos uma situação de diminuição efetiva de indicadores, mostrando a crescente eficácia dessa atuação conjunta do governo federal com o governo do Rio Grande do Norte”, afirmou.

Segundo Dino, a crise de segurança não deve extrapolar as fronteiras do Rio Grande do Norte e, em breve, o ministro espera “controle total” da situação. O apoio da Força Nacional seguirá no estado por tempo indeterminado.

Um confronto entre presidiários, neste domingo (19), no Complexo do Curado terminou com cinco feridos, com dois ainda internados com ferimentos provocados por armas de fogo. Segundo os policiais penais, a confusão começou por volta de 13h no Pavilhão N do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, o PJALLB.

Feridos, três presos foram atendidos e liberados e outros dois seguem internados no hospital Otávio de Freitas, no Recife. Ainda de acordo com policiais penais, o reeducando Carlos Henrique, conhecido como Mala, foi internado em estado grave.

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Os policiais penais realizaram a contenção do confronto no pavilhão, realizaram revista e vários ilícitos foram apreendidos, como drogas e aparelhos celulares.

Ilícitos jogados por cima do muro

O Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco denunciou, na última semana, que materiais lícitos estavam sendo jogados por cima do muro do Presídio Marcelo Francisco Araújo (PAMFA), anexo ao Presídio Juiz Antonio Luiz Lins de Barros (PJALLB), onde ocorreu o confronto deste domingo (19).

Baixo efetivo

O PJALLB contava, neste domingo (19), com 14 policiais penais para 1.685 presos, mas com efetivo ampliado por ser um dia de visita de familiares. Em dia normais, de acordo com o Sindicato, são em média 10 policiais penais, cada um responsável por 120 reeducandos. O indicado, pela resolução 09/2009 do Conselho Nacional de Política Criminal Penitenciária (CNPCP), é a proporção de cinco presos para cada 1 policial penal.

"A situação está piorando, pois o Governo Raquel Lyra quando da exoneração dos cargos comissionados em todo o Estado,  no dia 02 de janeiro de 2023, não nomeou inúmeros cargos comissionados operacionais do Sistema Penitenciário até o presente momento , e são tais setores que fazem o devido controle e comando. A falta de tais cargos levam a grave crise no Sistema Penitenciário, pois setores cruciais estão sem o devido comando legal", diz João Batista de Carvalho Filho, Presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Pernambuco- SINPOLPEN PE.

Policiais militares do 12º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco (BPM) realizaram, no último sábado (11), a busca e prisão de quatro quatro suspeitos por posse ilegal de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, receptação e direção perigosa, no bairro da Mustardinha, zona sul do Recife.

Segundo nota da assessoria, o efetivo realizava rondas quando se deparou com um veículo suspeito, na avenida Gonçalves da Luz. Nele, segundo informações internas, estariam indivíduos fortemente armados, que iriam cometer um homicídio na localidade.

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Os agentes seguiram o carro e abordaram um suspeito, que informou a localização dos demais envolvidos. Três pessoas foram encontradas em posse de arma de fogo, e o veículo constava como roubado no sistema da polícia.

Além do veículo, com queixa de roubo, foram apreendidos os seguintes objetos: dois revólveres calibre 38, 14 munições de mesmo calibre; oito munições  de calibre .380; cinco munições  de calibre 9mm; onze aparelhos celulares; três carregadores de celular; 105 plásticos de zip lock com cocaína; seis pacotes contendo invólucros plásticos (zip lock); um invólucro de plástico  grande contendo pó branco; sete unidades de luvas; uma bala clava; uma maquineta de cartão; um copo de metal como cocaína; R$ 20 em espécie, além do veículo com queixa de roubo.

Os suspeitos foram encaminhados para a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife, para a adoção das medidas legais cabíveis.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou os países membros da Otan de participação no conflito na Ucrânia com o fornecimento de armas a este país e insistiu que o Ocidente deseja destruir a Rússia.

"Estão enviando dezenas de bilhões de dólares em armas à Ucrânia. Isto é realmente participação", afirmou Putin em uma entrevista ao canal Rossiya-1 exibida neste domingo.

"Isto significa que estão participando, embora de forma indireta, nos crimes executados pelo regime de Kiev", disse Putin.

O presidente russo considera que os países ocidentais "têm apenas um objetivo: separar a ex-União Soviética e sua parte principal, a Federação Russa".

"Só então eles talvez nos aceitem na chamada família de povos civilizados, mas apenas separados, cada parte de modo separado", acrescentou.

Putin concedeu a entrevista à margem de um evento patriótico organizado na quinta-feira em Moscou, na véspera do aniversário de um ano do início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia.

Na entrevista, o presidente russo reiterou seu apelo por um mundo multipolar e afirmou que não tem dúvida de que isto vai acontecer.

"Agora que as tentativas (dos Estados Unidos) de reconfigurar o mundo à sua própria semelhança - após a queda da União Soviética - levaram a esta situação, somos obrigados a reagir", concluiu.

O decreto antiarmas editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia da posse provocou um efeito cascata não apenas no Judiciário, mas também no Congresso. Desde 3 de janeiro, 17 projetos de lei ou de decreto legislativo já foram apresentados por 34 deputados e dois senadores com o objetivo de sustar as mudanças em vigor e retomar a política de facilitação de posse e porte de armas de fogo. O movimento se repete em Estados.

O texto assinado por Lula suspende os registros para a aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito a colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) e particulares. Restringe, ainda, o total de armas e munições permitido e suspende qualquer nova licença a clubes de tiro. Na comparação com janeiro de 2022, o número de armas cadastradas comuns caiu 71%.

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Promessa de campanha do petista, a medida se opõe a uma série de políticas adotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendidas por sua base política. Nos últimos quatro anos, um frequentador de clube de tiro, por exemplo, passou a ter direito a possuir 60 armas, sendo até 30 de uso restrito, como fuzis.

Violência

Na justificativa para tentar derrubar o decreto antiarmas, o deputado General Girão (PL-RN) relaciona o aumento substancial de brasileiros armados à queda de homicídios no País. Segundo ele, ainda que os números da violência no Brasil sejam equiparados aos de países em guerra, não há comprovação de que CACs, clubes de tiro e uso de calibres restritos contribuam para a violência.

"Ao contrário, observa-se que, mesmo com o aumento de 300% nos registros de arma de fogo pelos CACs, tal aumento não refletiu no aumento da violência", afirma.

Filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também propõe a derrubada do decreto. Com Julia Zanatta (PL-SC), ele diz que o texto é inconstitucional, pois extrapola os limites do cargo do presidente e ainda pode gerar desemprego. "Só a indústria nacional de armas e munições gera 70 mil empregos diretos e indiretos, fatura mais de R$ 6 bilhões por ano e exporta cerca de R$ 2,7 bilhões, gerando mais de R$ 1,9 bilhão em pagamento de impostos."

Deputado mais votado no País, o novato Nikolas Ferreira (PL-MG), por exemplo, propõe uma alteração na legislação de 2003 que trata do sistema nacional de armas. "A história já demonstrou que um povo desarmado é um povo subjugado pelo Estado", destaca, na justificativa. "Urge regulamentar, por meio de lei ordinária, os artigos revogados e os que se encontram ainda sob a forma de decreto, conferindo à sociedade o direito de defesa."

Tramitação

No Senado, os autores são Marcos do Val (Podemos-ES) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS). Ambos os projetos também defendem sustar os efeitos do revogaço de Lula. Como são recentes, nenhum deles avançou, nem na Câmara nem no Senado.

De acordo com o cientista político Eduardo Grin, da FGV-SP, após a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de afastar qualquer julgamento do decreto por inconstitucionalidade, a aprovação de matérias relacionadas fica mais difícil.

"O Poder Executivo tem a prerrogativa de regulamentar leis. Fernando Henrique Cardoso, Jair Bolsonaro e, agora, Lula assim o fizeram, cada um à sua maneira. Se, por ventura, um projeto de decreto legislativo for aprovado no Congresso, este deve ir parar no Supremo, que, por sua vez, deverá decidir a favor do presidente", afirmou Grin.

A tramitação das propostas, no entanto, vai depender da base de sustentação de Lula no Congresso, ainda a ser posta à prova. "É claro que há uma disputa política colocada, e, em tese, a oposição pode obter maioria simples para aprovar a matéria. Esse deve ser um dos primeiros movimentos para tentar desgastar o governo Lula, mas, neste caso, o tema deve ir parar na Justiça."

Para Gilmar, são evidentes a constitucionalidade e a legalidade do decreto. Ele também ressaltou que a medida está em harmonia com os últimos pronunciamentos do Supremo e que sua edição tem o objetivo de estabelecer uma espécie de "freio de arrumação na tendência de vertiginosa flexibilização das normas de acesso a armas no Brasil".

A quantidade de armas em acervos particulares no Brasil - aqueles que não pertencem a órgãos públicos - está próxima de 3 milhões, segundo dados obtidos pelos institutos Sou da Paz e Igarapé, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), e divulgados pelo Estadão. Esse total mais do que dobrou nos últimos cinco anos - em 2018, era de 1,3 milhão.

Ao comentar os efeitos da revogação antiarmas de Lula, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na semana passada que "acabou o libera geral de armas no Brasil" e que o "decreto não será derrubado".

Estados

Deputados estaduais também participam do movimento e até mesmo de forma antecipada. Em Mato Grosso, foi aprovada em julho do ano passado uma lei que "reconhece o risco da atividade e a efetiva necessidade do porte de armas de fogo ao atirador desportivo". O texto foi sancionado pelo governador Mauro Mendes (União Brasil).

Na Assembleia Legislativa de São Paulo, a bancada bolsonarista tem projeto idêntico. Encampado por Gil Diniz (PL), Tenente Nascimento (Republicanos), Letícia Aguiar (PP) e Agente Federal Danilo Balas (PL), o texto ainda não foi levado a plenário. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defende a "liberdade dos cidadãos em relação à posse e, em determinados casos, o porte de armas".

No entanto, segundo Roberto Dias, professor de Direito Constitucional da FGV-SP, a competência para tratar do tema é exclusiva da União.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos acreditam que a China avalia fornecer armas à Rússia para ajudá-la na guerra na Ucrânia. Segundo ele, a ação causaria problemas sérios para as relações já tensas com Washington, que se agravaram nos últimos dias com o episódio do balão espião.

Até agora, os EUA identificaram que Pequim só forneceu ajuda não militar aos russos. "Com base nas informações que temos, (acreditamos) que eles estão considerando fornecer apoio letal", disse Blinken à CBS News, em uma entrevista que foi ao ar ontem.

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Mas Blinken não deu detalhes sobre que tipo de auxílio de guerra poderia ser oferecido pela China. Isolada em razão de sanções impostas pelo Ocidente depois da invasão da Ucrânia, que está prestes a completar um ano, a Rússia tem recorrido cada vez mais a aliados - como China, Irã e Coreia do Norte - para obter suprimentos militares.

No sábado, Blinken se reuniu com seu homólogo chinês, Wang Yi, em uma conferência anual de segurança em Munique. Foi o primeiro encontro diplomático entre os dois lados desde que um balão espião chinês foi encontrado sobrevoando os Estados Unidos, o que causou uma nova crise nas relações bilaterais.

Relatório da reunião divulgado pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua não mencionou a Rússia ou a Ucrânia.

ALERTAS

Falando também à emissora ABC, Blinken enfatizou que o presidente Joe Biden havia alertado seu homólogo chinês, Xi Jinping, já em março passado a não enviar armas para a Rússia. De acordo com uma fonte do governo dos EUA a par do assunto, desde então, a China havia tomado cuidado "de não cruzar essa linha, atrasando até mesmo a venda de sistemas de armas letais para uso no campo de batalha".

Até então, pelo menos publicamente, os americanos não consideravam que a China estaria se preparando para ir além do apoio retórico, político e diplomático à Rússia na guerra na Ucrânia.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, durante o encontro em Munique, o secretário americano fez alertas claros ao chinês sobre as consequências para a China se for descoberto que o país estaria fornecendo apoio material bélico ou ajudando a Rússia a burlar as sanções ocidentais.

A guerra na Ucrânia foi tema dominante na conferência de Munique, com autoridades ocidentais reforçando que vão continuar a apoiar Kiev. A declaração de Blinken logo após o encontro com Wang Yi torna público mais um ponto de atrito na já deteriorada relação entre EUA e China.

Já a China transmitiu uma mensagem calibrada na conferência. Wang Yi disse que "guerras nucleares não devem ser travadas", um sinal para Moscou de que a China não tolerará o uso de armas nucleares na Ucrânia, como as autoridades russas já ameaçaram.

APOIO À UCRÂNIA

O diplomata Josep Borrell Fontelles, chefe de política externa da União Europeia (UE), criticou os atrasos no envio de armas e munição à Ucrânia e disse que os países ocidentais devem aumentar rapidamente seu apoio militar a Kiev em um cenário em que a guerra entra, segundo ele, em um "momento crítico". "Precisa haver menos aplausos e melhor suprimento de armas", disse Borrell. "Muito mais precisa ser feito e muito mais rápido."

Com a Rússia intensificando sua ofensiva no leste da Ucrânia, aliados de Kiev trabalham para encontrar maneiras de fornecer apoio militar adicional. Nações prometeram enviar tanques de guerra para a Ucrânia, uma decisão que Borrell disse ter levado muito tempo. "Todo mundo sabe que, para vencer uma guerra, você precisa de tanques", disse na conferência.

Biden deve chegar à Europa amanhã. Ele visitará a Polônia no aniversário da invasão da Rússia. Espera-se que o presidente Vladimir Putin, da Rússia, faça um discurso no mesmo dia. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse em coletiva realizada nesta quinta-feira, 16, que 68 mil armas de fogo de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) foram recadastradas desde o início do ano. O número representa pouco menos de 10% das cerca de 800 mil armas em posse da categoria.

O recadastramento em até 60 dias foi imposto em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro. O ministro avalia que o número deve crescer substancialmente nos próximos dias, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou a constitucionalidade do decreto e suspendeu todos os processos que questionam as medidas na Justiça.

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O ministro destacou que os proprietários de armas que não efetuarem o recadastramento até o final de março cometerão crime. "Quem não recadastrar, automaticamente as armas passarão a ser armas proibidas e sujeitas a apreensão", afirmou.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, nessa quarta-feira (15), o julgamento de todos os processos que envolvam o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de janeiro, que suspende a concessão de novos registros de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e restringe a compra de munições por 60 dias.

Na prática, a resolução anula a eficácia de qualquer decisão judicial contra o decreto de Lula, que revogou normas do governo Jair Bolsonaro que facilitavam acesso aos armamentos.

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A deliberação do Supremo também atinge todas as decisões judiciais que tenham afastado a aplicação do decreto, suspendendo-as até o julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) n. 85, âmbito da decisão de Gilmar.

"Sob um ponto de vista de competência formal, não vislumbro inconstitucionalidade no exercício do poder regulamentar que culminou na edição do Decreto n. 11.366/2023. De igual modo, também sob a perspectiva do conteúdo material da norma, também não vislumbro qualquer inconstitucionalidade", argumenta Gilmar Mendes na decisão.

A ação foi ajuizada pelo próprio governo federal, tendo em vista que pairam, em face do decreto, seis mandados de segurança e uma Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADI) perante o Supremo. No STJ, há ainda mais um mandado de segurança. A eventual procedência da ADC firmará a constitucionalidade do decreto e vincula a interpretação de todos os demais juízes.

Tendo em vista que o decreto de Lula também revoga normativas aprovadas ao longo da gestão de Jair Bolsonaro, Gilmar Mendes afirma na cautelar que "observou-se clara atuação inconstitucional no sentido da facilitação do acesso a armas e munições no País, beneficiando especialmente a categoria dos CACs (com interpretação cada vez mais leniente de quem nela se enquadraria), a despeito de outros bens jurídicos constitucionais relevantes, como o dever de proteção à vida.

O ministro classifica o decreto como "uma espécie de freio de arrumação nessa tendência de vertiginosa flexibilização das normas de acesso a armas de fogo e munições no Brasil" e afirma que ele vai de encontro com a jurisprudência da Corte Constitucional. A cautelar foi deferida "ad referendum" (sem o voto dos demais ministros), por ser compreendida por Gilmar Mendes como urgente, e deverá ser referendada pelos seus pares nos próximos dias.

O governo federal está confiante no reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da legalidade do decreto que limita o acesso a armas no país. Editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro primeiro dia de governo, o decreto visa a limitar o acesso de civis às armas de fogo. 

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a declaração de constitucionalidade do Decreto Presidencial nº 11.366 permitirá ao Executivo federal adotar outras providências legais para conter o aumento do número de armas em posse de civis – a exemplo da Portaria nº 299, que o ministério publicou no início do mês e que estabelece que todas as armas de uso permitido ou restrito sejam cadastradas na Polícia Federal (PF) em até 60 dias contados a partir de 1º de fevereiro.

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“Confiamos bastante em que o decreto e a portaria que editamos estão de acordo com a lei e que, portanto, há uma superação de situações anteriores que eram abusivas e ilegais. Quando dialogamos com a Advocacia-Geral da União [AGU] foi na expectativa da [obtenção da] confirmação [da legalidade] deste novo marco normativo que, a partir da decisão do Supremo, vai se confirmar em um novo decreto”, disse Dino a jornalistas, ao chegar para participar de um evento realizado nesta quarta-feira (15), em São Paulo, pelo banco de investimentos BTG Pactual. 

Com a publicação do Decreto nº 11.366 no primeiro dia de governo, Lula cumpriu uma de suas promessas de campanha: estabelecer uma política de controle de armas mais severa que a do antecessor, Jair Bolsonaro.

O decreto assinado por Lula e por Dino suspende os registros para compra e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares (CACs); restringe os quantitativos de aquisição de armas e munições de uso permitido e suspende a concessão de novos registros a colecionadores, atiradores e caçadores, bem como para novos clubes e escolas de tiro.

Ontem (14), a Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou no STF uma ação declaratória de constitucionalidade na qual pede que Corte ateste a constitucionalidade do Decreto n° 11.366. Na ação, a AGU ressalta que o decreto presidencial estabelece “providências regulamentares imediatas para conter o aumento desordenado da circulação de armas de fogo no país e do [consequente] risco à incolumidade [segurança] das pessoas”.

A AGU destaca que a edição do decreto motivou o ajuizamento de várias ações tentando invalidá-lo e pede ao STF uma decisão liminar, ou seja, temporária e emergencial, para suspender o efeito de qualquer outra decisão judicial de instâncias inferiores que questionem a validade do decreto até que a Corte dê a palavra final sobre a legalidade do texto publicado pelo governo federal.

“Sabemos que, além de ilegal, o armamentismo [estimulado pela gestão anterior] conduziu à sustentação de quadrilhas, de organizações criminosas”, referindo-se à suposta estratégia de facções como o PCC (Primeiro Comando da Capital) que, segundo reportagens publicadas em os veículos como O Estado de S.Paulo, recorreriam ao cadastro de CACs para adquirir um arsenal de forma legal.

CPI

Dino também voltou a dizer aos jornalistas que o governo federal é contra a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o ataque às sedes dos Três Poderes, ocorrido em 8 de janeiro, quando vândalos e golpistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o prédio do STF. 

“A CPI é uma prerrogativa do Parlamento. Respeitamos a autonomia do Parlamento. Apenas temos feito a ponderação de que as investigações que a Polícia Federal vem realizando, com a supervisão do Ministério Público, e atendendo a decisões do Poder Judiciário, já contemplam plenamente o objetivo de investigação e de esclarecimento da autoria dos crimes perpetrados. Seria uma CPI redundante que, talvez, resultasse na perda de foco em relação ao principal – sobretudo a reforma tributária que, a nosso ver, hoje, é estratégica para o momento que o país vive.”

A quantidade de armas em acervos particulares no país, ou seja, não institucionais de órgãos públicos, se aproxima de 3 milhões. Nessa conta, consideramos as armas pessoais ou particulares pertencentes a: Caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (CACs); Cidadãos comuns com registro para defesa pessoal;   Caçadores de subsistência; Servidores civis (como policiais e guardas civis) com prerrogativa de porte e que compraram armas para uso pessoal; Membros de instituições militares (policiais militares, bombeiros militares e etc) que compraram armas para uso pessoal.

Esse acervo mais do que dobrou quando comparado com o existente em 2018, que era de apenas 1,3 milhão de armas. Esse aumento rápido é preocupante pelas diversas pesquisas que relacionam a maior disponibilidade de armas com aumento da violência, em especial quando estão nas mãos de particulares e não são submetidas aos controles existentes, por exemplo, em Corregedorias e Ouvidorias.

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Além do aumento na quantidade, chama atenção a mudança de perfil desses registros. Em 2018, quase metade do acervo de armas pessoais então existente pertencia a membros de instituições militares (47%). O restante do acervo particular era praticamente dividido entre os registros na Polícia Federal (de armas pertencentes a servidores civis, cidadãos comuns com registro para defesa pessoal e caçadores de subsistência - com 26%) e registros pertencentes a CACs (27%).

Ao longo dos últimos quatro anos, essa proporção se inverteu com o crescimento da categoria de CACs, que passou a ter 42,5% do total de armas particulares no país, em 2022. Este é um efeito imediato do descontrole promovido pelos mais de 40 atos infralegais - decretos, portarias e instruções normativas - publicados entre 2019 e 2022, quase todos regredindo em controles até então vigentes. Os CACs foram a categoria mais beneficiada por essas mudanças, como a facilitação do porte municiado, o acesso a armas mais potentes e em grande quantidade.

"Esse aumento traz um impacto bastante significativo. Primeiro porque as armas na mão de militares, ainda que não seja de maneira institucional, estão com um grupo que tem treinamento para isso. Tem alguma vinculação de controle", diz Melina Risso, diretora de esquisa do Instituto Igarapé.

"O acesso às armas foi amplamente flexibilizado, mas não tivemos aumento na mesma intensidade do controle salvaguarda tínhamos antes. Por exemplo, os atiradores tinham classes dentro da categoria. O acesso a outros tipos de armamento dependidam da sua progressão no esporte. Nos últimos quatros anos acabamos com essa progressão até (que progressivamente atingam) as armas de grosso calibre. O acervo deles tornou-se mais potente".

Quando analisamos a quantidade de armas compradas por ano, vemos que a categoria dos CACs tinha um ritmo de compra muito mais lento no ano de 2018, com apenas 59 mil novas armas adquiridas. A partir de 2019, as compras dessa categoria se intensificam rapidamente.

No ano de 2022, vemos o ápice com mais de 430 mil novas armas compradas por esse grupo, volume maior do que o que fora adquirido entre 2018 e 2020, e mais de sete vezes maior do que a quantidade adquirida em 2018. Essa altíssima velocidade de compra se contrapõe à capacidade estatal de verificar essas solicitações apropriadamente e fiscalizar esse mercado que impacta diretamente na segurança pública.

'Podemos dizer que a quantidade aumentou demais. Temos mais armas e elas são mais potentes. As apreensões em São Paulo e no Rio já mostram um aumento de fuzis. E, portanto, há um alerta a ser feito: não estamos dizendo que um atirador CAC compra arma para desviar, mas o mercado das armas também funciona sob a ótica econômica de qualquer outro item. Há oferta e procura. Sabendo o aumento dessa oferta de armas, o crime se organiza para explorar essa movimentação. É um canal a mais para o crime explorar", diz Carolina Ricardo, diretora-executiva do Sou da Paz.

*Da assessoria 

Homens armados abriram fogo contra um grupo que celebrava um aniversário no fim de semana em uma cidade da África do Sul e mataram oito pessoas, informou a polícia nesta segunda-feira (30).

"O dono da casa estava comemorando sua festa de aniversário quando dois desconhecidos armados entraram no local no domingo à noite, na cidade portuária de Gqeberhade - antes Port Elizabeth -, e começaram a atirar contra os convidados", afirma a polícia em um comunicado.

A nota acrescenta que os homens "atiraram de maneira indiscriminada". Oito pessoas morreram e "três lutam por suas vidas no hospital. O dono da casa está entre as vítimas fatais".

A polícia iniciou uma investigação sobre o ataque e destacou que está perseguindo os autores do massacre.

Os tiroteios são frequentes na África do Sul, país com uma das maiores taxas de homicídios do mundo.

A Coreia do Norte negou neste domingo (29) que esteja fornecendo armas a Moscou, depois que os Estados Unidos afirmaram que o país asiático envia foguetes e mísseis a membros do grupo paramilitar russo Wagner.

Washington designou no começo do mês o grupo Wagner como uma "organização criminosa transnacional", citando seus acordos de armas com Pyongyang, que violam resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A Casa Branca divulgou fotos da inteligência americana de vagões chegando na Coreia do Norte, recolhendo uma carga de foguetes de infantaria e mísseis, e voltando à Rússia, segundo o porta-voz de segurança nacional, John Kirby.

Em comunicado divulgado pela estatal Agência de Notícias da Coreia, um alto funcionário norte-coreano refutou as acusações e advertiu que os Estados Unidos vão enfrentar um "resultado realmente indesejável" se persistirem em difundir o que chamou de "rumores inventados".

"Tentar manchar a imagem de (a Coreia do Norte), fabricando algo inexistente é uma provocação grave que nunca pode ser permitida e que não pode mais que provocar uma reação", disse Kwon Jong Gun, diretor-geral do Departamento de Assuntos sobre os Estados Unidos.

Ao lado da China, a Rússia é um dos poucos aliados internacionais da Coreia do Norte.

Além da Síria e da Rússia, a Coreia do Norte é o único país que reconheceu a independência das regiões separatistas de Lugansk e Donetsk, apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia.

A Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, é contrária à intensificação das sanções internacionais contra a Coreia do Norte e, inclusive, defende a redução das medidas por motivos humanitários.

Em uma reunião neste domingo em Seul com o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Park Jin, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, expressou preocupação com a postura de Pyongyang, tanto por seus "perigosos" testes nucleares como por seu "apoio ao esforço bélico da Rússia" na Ucrânia.

Em setembro, o líder norte-coreano Kim Jong Un declarou seu país como um Estado nuclear "irreversível". O regime de Pyongyang executou testes de armas que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU durante quase todos os meses do ano passado, incluindo o lançamento de seu míssil balístico intercontinental mais desenvolvido.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (25) uma operação para coibir fraudes na obtenção do certificado de registro de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC) para compra de armas e munições. Batizada de Ilídimo, a ação cumpre dois mandados judiciais de busca e apreensão, na cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso.

A investigação constatou a existência de diversos documentos falsos que estariam sendo utilizados em processos de requerimento de certificado de registro. Os dados foram obtidos após compartilhamento de informações com o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, localizado em Jataí, em Goiás.

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Fichas criminais

“Em regra, os documentos falsos eram utilizados para burlar a fiscalização, visando conceder o registro de CAC a pessoas que não possuíam requisitos para obtenção de armas de fogo, levando o Exército a erro. Pessoas com extensas fichas criminais (passagens por roubo, furto, associação criminosa, tentativa de homicídio, porte e posse ilegal de arma de fogo) tentaram adquirir armas de fogo utilizando-se desses documentos falsos”, disse a Polícia Federal.

Os policiais buscam computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentos relacionados aos fatos investigados. O objetivo é identificar outras pessoas que possam ter envolvimento com a investigação.

A concessão do certificado de CAC depende de apresentação de certidões de antecedentes criminais das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, bem como declaração de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal. Os investigados podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.

A 2ª Procuradoria de Justiça Militar do Ministério Público Militar (MPM) em Brasília vai investigar se houve registro de armas em nome do ex-deputado federal e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson no sistema Sigma do Comando do Exército.

A decisão da 2ª Procuradoria foi tomada após investigações do Ministério Público Federal (MPF), que indicam a realização dos registros em um período no qual Jefferson foi preso, o que não é permitido.

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Conforme o MPF, dez armas foram registradas naquele período.  Segundo o MPM, não há ainda resultado das investigações determinadas pela 2ª Procuradoria. Por enquanto, foi aberta uma notícia de fato para apurar se houve crime nos registros das armas e começaram as diligências. Neste procedimento, que está em fase inicial, de acordo com o MPM, foram solicitadas informações ao Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11ª Região Militar, mas as respostas ao ofício ainda não chegaram.

Ainda conforme o MPM, se forem identificados indícios de crime militar, será solicitada a instauração de um inquérito policial militar.  A defesa de Jefferson informou à Agência Brasil que “se manifestará somente nos autos do procedimento investigatório”.

Réu No dia 9 de dezembro de 2022, a Justiça Federal no Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-parlamentar, que se tornou réu por tentativa de homicídio contra policiais federais, resistência qualificada e outros crimes no dia 23 de outubro do ano passado.

Isso ocorreu quando Roberto Jefferson resistiu a uma ordem de prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O ex-deputado estava em sua casa, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no centro-sul fluminense, e reagiu à presença dos quatro agentes da Polícia Federal que foram ao local para cumprir o mandado de prisão.

Jefferson chegou a lançar granadas e a atirar 60 vezes com armas de grosso calibre contra os policiais. Dois policiais foram feridos pelos disparos. Jefferson só se entregou sete horas após a chegada dos policiais e de intensa negociação.

Prisão Depois de preso e de passar a noite na sede da Superintendência da Polícia Federal, na região portuária do Rio, Jefferson passou por audiência de custódia no dia seguinte e foi levado para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.

O presídio é o mesmo para onde, no dia 13 de agosto do ano passado, Jefferson foi levado em ação que investiga atos antidemocráticos, na qual também é réu.

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