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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) expressou pelo Twitter que o número de bloqueios totais de rodovias pelo Brasil caiu de 18 para 9. Segundo a PRF, contudo, subiu de 9 para 20 as interdições parciais em estradas, enquanto que aumentou de 1173 para 1180 as manifestações desfeitas por apoiadores do atual presidente da República.

Segundo a PRF, os bloqueios ocorrem nos seguintes municípios: União da Vitória (PR), Sorriso (MT), Itaituba (PA), Novo Progresso (PA), Campo Novo do Parecis (MT), Sapezal (MT) e Sinop (MT).

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O Ministério Público Federal (MPF) pede que, no próximo domingo (13), primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022, atos antidemocráticos não devem obstruir vias públicas, principalmente, durante o período de aplicação das provas, que se encerram às 19h.

De acordo com o MPF, "o objetivo é resguardar o direito à educação dos estudante". Além disso, o órgão salienta que "são vedadas manifestações antidemocráticas, que atentem contra o Estado Democrático de Direito e todos os princípios constitucionais". Desde a confirmação da derrota de Jair Bolsonaro (PL), após o resultado do segundo turno, realizado em 2 de outubro, manifestantes protestam contra o resultado das urnas e pedem, por exemplo, interferência militar.

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Enem 2022

Nesta edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) contabilizou 3.396.632 inscritos nas versões impressa e digital, segundo menor número de participantes desde 2005. No primeiro dia do certame, os candidatos responderão questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias e Redação.

Já no segundo domingo, os participantes realizarão provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Ao todo, o Enem é composto por 180 quesitos de múltipla escolha.

O Tribunal Superior Eleitoral recebeu nesta quinta-feira, 8, mais uma ação de investigação eleitoral sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro durante a comemoração do bicentenário da Independência, no 7 de Setembro. A senadora Soraya Thronicke, candidata à Presidência pelo União Brasil, sustenta que houve 'descarado e incontestável uso da máquina pública' para a campanha do chefe do Executivo à reeleição, com 'desvio de finalidade explícito'.

Ela vê 'inequívoca violação' à Lei das Eleições, 'com gravidade para macular o pleito', configurando suposto abuso do poder político e do poder econômico.

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Segundo a senadora, houve 'uso dos bens (materiais e imateriais) direcionados para o principal evento público oficial do Governo Federal, em todas as esferas da federação, na campanha do Presidente que concorre à reeleição'. Thronicke sustenta que ocorreu 'desvio do evento oficial, cívico militar do Dia da Independência que acabou transformado em comício eleitoral'.

"Do quanto narrado fica claro que o Presidente da República utilizou não apenas de seu poder político como dos recursos públicos à sua disposição para impulsionar seus atos de campanha, em desvio de finalidade capaz de configurar abuso pode poder político e abuso do poder econômico", registra trecho da ação protocolada na Corte eleitoral perto da meia noite desta quinta-feira, 8.

A candidata à Presidência pede que o TSE defira liminar (decisão provisória, dada em casos urgentes), determinando que Bolsonaro e seu candidato a vice, Braga Netto, se abstenham de 'veicular propaganda em que usam as estruturas do públicas às expensas do erário, transformando a comemoração do Bicentenário da Independência em verdadeiro comício'.

O pedido se dá em razão da 'possibilidade de reiteração da conduta ilícita, desta vez, com a exibição dos eventos realizados às expensas do erário em quaisquer de seus programas eleitorais', diz a senadora.

"Não se questiona a possibilidade de utilização das imagens públicas [como fotografias oficiais] em propaganda eleitoral, como já decidiu esta c. Corte. Mas não é disso que se trata. Trata-se de realização de grandioso evento com recursos públicos, na data comemorativa mais importante do país, transformado em comício com recursos públicos", sustenta.

Alternativamente, a senadora chega a pedir que o candidato à reeleição 'perca tempo proporcional de propaganda eleitoral correspondente ao trecho em que veicular a propaganda com o conteúdo fruto da conduta vedada'.

Além disso, a ação requer que a chapa de Bolsonaro e Braga Netto apresentem provas sobre a 'origem dos recursos que financiaram a realização do evento para afastar a conclusão de que até mesmo as estruturas utilizadas nos discursos, em si, foram financiadas com recursos públicos'.

No mérito, o pedido é para que seja declarada a inelegibilidade do atual presidente e seu candidato a vice - assim como a ação impetrada pelo PDT na Corte eleitoral.

Thronicke entende que é 'é incontestável o uso de bem público na campanha do presidente' com os atos do 7 de Setembro, considerando que 'todo o aparato destinado à comemoração do Bicentenário da Independência acabou, de forma desviada, inserido em seu ato de campanha'.

"É incontestável o desvirtuamento do evento de 7 de setembro que se transformou em comício; a utilização da máquina pública eis que tudo foi organizado para que fosse uma comemoração cívico militar com grande aparato do governo federal e do Rio de Janeiro, além da presença de - segundo os próprios requeridos - milhões de pessoas", registra o trecho.

De acordo com Thronicke, os bens e agentes públicos envolvidos no 7 de Setembro 'não foram utilizados em benefício de seus fins, ou seja, o interesse da coletividade, mas sim teve parte de seu uso e benefício direcionado para a campanha com o fim claro de beneficiar os representados em sua propaganda eleitoral'.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o coro de "imbrochável" puxado por ele durante discurso nas comemorações pelo bicentenário da Independência do Brasil, nesta quarta-feira (7), em Brasília.

O chefe disse que a alcunha é uma alusão ao fato de resistir a supostos ataques diários contra seu governo. "Eu sou 'imbrochável' porque eu resisto, porque eu não vou dar para trás. Porque nós reagimos como estamos fazendo. Vou reagir a tudo isso", afirmou durante transmissão nas redes sociais nesta noite.

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A autodeclaração sobre a virilidade se tornou um dos pontos mais comentados do dia, sendo alvo de piadas nas redes sociais. O presidente também foi criticado por uma atitude machista depois de comparar a primeira-dama Michelle Bolsonaro com Janja, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao falar sobre o episódio, Bolsonaro negou ter sido misógino.

Na live, Bolsonaro negou ter atacado o Judiciário brasileiro durante discursos no 7 de Setembro. "O que é que eu ameacei, meu Deus do céu? Qual foi a ameaça? Eu falei o nome de algum ministro do Supremo? Eu falei em Tribunal Superior Eleitoral?", questionou durante transmissão nas redes sociais nesta noite, ao citar matéria de um jornal.

Bolsonaro rebateu críticas de que teria capturado a data cívica para fazer campanha eleitoral, com uso de recursos públicos. "Não gastei um centavo, paguei todas as despesas. Houve uma separação clara entre o ato cívico-militar e o ato lá de fora", defendeu.

"Eu convidei todas as autoridades de Brasília. Por exemplo, o Supremo Tribunal Federal eu convidei todos os 11 ministros. Convidamos chefes de outros Poderes. Não estava proibido ninguém de ir nesse evento", disse também, para demonstrar que não teria usado o ato de forma eleitoreira.

Partidos de oposição acusam o presidente de ter cometido crime eleitoral ao usar a máquina para transformar as festividades do Sete de Setembro em comício. Como mostrou o Broadcast Político, o PT deve acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Bolsonaro por abuso de poder político e econômico. Já o PDT pediu hoje a inelegibilidade do candidato à reeleição pelo mesmo crime.

As áreas jurídicas das campanhas dos presidenciáveis já começaram a acionar a Justiça Eleitoral apontando suposto uso político, pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), dos atos em comemoração ao bicentenário da Independência. Especialistas ouvidos pelo Estadão consideram que Bolsonaro pode responder por abuso de poder econômico e político, por utilizar recursos públicos para promover um ato de campanha durante celebrações cívicas.

A senadora Soraya Thronicke, candidata do União Brasil à Presidência, afirmou no Twitter que pedirá que o tempo de TV e rádio de Bolsonaro no horário eleitoral seja redistribuído para os demais concorrentes. "Um dos pedidos da nossa ação judicial quanto ao que Bolsonaro fez no 7 de Setembro vai ser o corte de seu tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral. Ainda vou pedir que este tempo seja redistribuído entre os demais candidatos à Presidência, para que a equidade seja respeitada."

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Integrante da coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai acionar o TSE para investigar se o presidente abusou da máquina pública. Nas redes sociais, o parlamentar disse ver "atos explícitos de campanha".

O PDT, partido de Ciro Gomes, entrou com representação pedindo que o TSE investigue se a campanha de Bolsonaro usou recursos para patrocinar a ida de apoiadores aos atos, mas o pedido foi negado ontem mesmo pelo ministro Raul Araújo. O partido entrará com uma nova representação na corte questionando o uso político do 7 de Setembro.

Na véspera do feriado, o Ministério Público Federal já havia aberto um inquérito civil para que o governo adote "medidas de prevenção" para que o desfile cívico "não se confunda com ato de natureza político partidária". A solicitação foi remetida, por ofício, ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Procurado, o governo federal não se posicionou até a conclusão desta edição.

Contexto

O advogado Volgane Carvalho, secretário-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), avalia que o desfile cívico-militar foi usado para promover um ato eleitoral do presidente. "Se você olha a manifestação deslocada do contexto, foi um discurso realizado depois do evento oficial, em um trio elétrico particular. Isso não configuraria, em tese, nenhum problema", afirmou.

"Mas, quando a gente olha em um contexto maior, o fato é que houve um evento oficial, que atraiu muita gente, com dispêndio de recursos públicos para criar uma superestrutura. Quase no mesmo espaço, você teve um evento de campanha particular, cuja repercussão e o alcance se devem em grande parte ao evento que veio antes", completou.

Na avaliação do advogado, os pedidos de voto feitos por Bolsonaro deixam claro que o discurso teve natureza político-eleitoral. "Falou em vitória, em votar certo, em impedir que alguém volte ao poder e outras expressões. Naquele contexto, ficou muito nítido que o que estava acontecendo ali era um ato de campanha, com pedido de voto, inclusive um pedido de mobilização dos eleitores para convencer outras pessoas a aderirem aquela campanha", afirmou.

O advogado Cristiano Vilela, especialista em direito público e integrante da Abradep, também viu uso eleitoral. "O discurso não é o problema, mas ele começou a extrapolar, com falas de conteúdo político-eleitoral. Aí sim ele extrapolou os limites e começou a fazer campanha eleitoral dentro de uma estrutura indevida. Ali eu vejo que, de fato, ele ultrapassou os limites estabelecidos na legislação."

A advogada Juliana dos Santos, doutora em teoria do Estado pela USP, disse que o presidente aproveitou a celebração cívica para "movimentar a máquina pública em favor da sua campanha", o que cria uma situação de desequilíbrio eleitoral, de acordo com ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desfile militar alusivo ao bicentenário da Independência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, evidenciou o isolamento político do presidente Jair Bolsonaro. Os chefes dos outros dois Poderes: o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, e Luiz Fux, do Superior Tribunal Federal (STF), não participaram do ato cívico.

Durante parte do evento, Bolsonaro se colocou ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Um pouco mais distante, mas no mesmo palanque, estiveram mais dois chefes de Estado: José Maria Neves, de Cabo Verde, e Umaro Sissoco Embal, de Guiné-Bissau. Os governos de Angola e Moçambique, que sempre mantiveram uma relação próxima com o Brasil, enviaram apenas representantes oficiais.

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No ano passado, quando o México comemorou o seu bicentenário de independência, mesmo com as restrições impostas pela pandemia, mais de 50 delegações estrangeiras estiveram ao lado do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Também não prestigiaram o desfile dessa quarta-feira (7), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes - alvo de protestos de apoiadores de Bolsonaro. Os ausentes preferiram usar as redes sociais para divulgar mensagem sobre o 7 de Setembro.

Aliado de Bolsonaro, Lira justificou que estava em um evento de campanha em Alagoas ontem. "Há 200 anos começava a nascer o Brasil de hoje, com um futuro de desafios, decisões difíceis, mas necessárias e grandes conquistas a alcançar", escreveu. "O Brasil independente é sempre o que olha para frente."

Alvo de críticas em faixas e cartazes exibidos por manifestantes nas ruas das principais capitais, ontem, Moraes também preferiu emitir uma declaração protocolar no Twitter. "O bicentenário de nossa independência merece ser comemorado com muito orgulho e honra por todos os brasileiros e brasileiras, pois há 200 anos demos início a construção de um Brasil livre e a histórica marcha pela concretização de nosso Estado democrático de direito", escreveu.

Desconforto

As ausências mais marcantes, no entanto, foram dos chefes dos outros dois Poderes. Fux passou o feriado em Brasília, mas preferiu não ir ao desfile. Pacheco, que na semana passada avaliou a possibilidade de comparecer, desistiu na véspera - e usou as redes sociais para se manifestar. "As comemorações deste 7 de Setembro, que marca os 200 anos da independência do Brasil, precisam ser pacíficas, respeitosas e celebrar o amor à pátria, à democracia e o estado de direito."

Uma das poucas autoridades estrangeiras a prestigiar Bolsonaro, o presidente português passou por um desconforto no desfile, quando o empresário Luciano Hang, com seu indefectível traje verde e amarelo, saiu do fundo da tribuna e se colocou na primeira fila, reservada aos chefes de Estado. Rebelo de Sousa, que estava com a expressão simpática, fechou a cara, contrariado.

Após discursar para seus apoiadores em Copacabana, na zona sul do Rio, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, tomou um banho de mar na Praia de Fora, na Urca, também na zona sul, nessa quarta-feira (7).

O local é de acesso controlado pelo Exército. O mergulho de Bolsonaro foi revelado por um dos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL), que postou um vídeo em suas redes sociais.

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A imagem foi captada de longe, e no vídeo de 13 segundos é possível apenas ver o presidente se encaminhando para o mar. Na legenda, Flávio afirmou que Bolsonaro estava "recarregando as energias". O presidente logo depois foi assistir à partida entre Flamengo x Vélez Sarsfield, pela Libertadores no Maracanã.

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Antes de sair do Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (7), para acompanhar o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou 1964, quando um golpe deu início a uma ditadura que durou 21 anos, e 2016, ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, para dizer que o "bem sempre vence o mal". O candidato à reeleição estava acompanhado da primeira-dama Michelle e de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por ter defendido um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição.

"A história pode se repetir. O bem sempre venceu o mal. Estamos aqui porque acreditamos no nosso povo e o nosso povo acredita em Deus. Tendo certeza que, com perseverança e fazendo aquilo que nós pudermos fazer aqui na Terra, ele fará por nós o que for possível", declarou o chefe do Executivo.

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No Palácio da Alvorada, antes de fazer o breve discurso, Bolsonaro ouviu uma oração. Mais cedo, ele havia reunido ministros no local para um café da manhã.

Candidato à reeleição, o chefe do Executivo quis mostrar unidade do governo no momento em que tenta fazer do 7 de setembro um ato político que impulsione seus planos eleitorais. O encontro não constou da agenda oficial de Bolsonaro, mas entrou na do ministro da Economia, Paulo Guedes.

À tarde, Bolsonaro viajará ao Rio de Janeiro para participar de um ato político na Avenida Atlântica, em Copacabana, com apresentações das Forças Armadas. Na orla carioca, é esperado um pronunciamento ainda mais inflamado do que em Brasília.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar a população para ir às ruas nesta quarta-feira, 7 de Setembro. Durante entrevista à TV Brasil no Palácio do Alvorada, ele afirmou que "o que está em jogo é a nossa liberdade, é o nosso futuro, e a população sabe que ela é aquela que nos dá o norte para as nossas decisões".

A Constituição Federal garante desde 1988 a liberdade em seu 5º artigo, que menciona: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, á segurança e à propriedade".

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Bolsonaro começou as comemorações em café da manhã com ministros no Alvorada. Nas imagens transmitidas pela TV Brasil, era possível ver o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; o ministro da Queiroga, Marcelo Queiroga; e o ex-ministro Walter Braga Netto (PL), candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição. O café da manhã entrou também na agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"A todos do Brasil, compareçam às ruas, dá tempo ainda, de verde e amarelo, as cores da nossa bandeira", convocou Bolsonaro, que pretende capitalizar politicamente o desfile cívico-militar e os atos governistas programados em todo o País. "O Brasil é nosso, sabemos o que queremos, sabemos que aqui realmente é uma terra prometida, um paraíso, lute pela nossa Pátria e pela sua liberdade. Com liberdade, você fica sem limites", disse.

Para Bolsonaro, a festa é mais do que o Bicentenário da Independência. "É a democracia, a liberdade de um povo. É só ver o que está acontecendo na América do Sul e também em outros países. Mas, obviamente, é uma data marcante para nós", afirmou, em crítica a governos de esquerda da região.

Em seguida, o presidente afirmou que sua chegada ao poder em 2019 fez o patriotismo ressurgir no País. "Essa participação cada vez maior da nossa população nesses momentos nos dá força, nos oxigena para ganhar mais coragem ainda para defender o futuro da nossa Pátria", declarou,. "Cada vez mais estamos vendo a economia do Brasil dando exemplo para o mundo. Temos hoje uma das gasolinas mais baratas do mundo", seguiu. Em seguida, destacou a criação do Auxílio Brasil de R$ 600.

O valor do auxílio, porém, terá validade apenas até o fim do ano e não está garantido a partir de janeiro do próximo ano. Recentemente, Bolsonaro mencionou que poderia criar uma taxação de lucros e dividendos como forma de preservar o benefício. Vale lembrar que a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, que prevê valor médio mensal de R$ 405 para o benefício.

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai reforçar a segurança no 7 de Setembro por temer ataques isolados de 'lobos solitários'. Integrantes da área de segurança da Corte elaboraram um protocolo de ação para prevenir que apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentem furar o bloqueio montado pelos órgãos de segurança na Esplanada dos Ministérios no dia da Independência. Para garantir a proteção do prédio, a maior parte do contingente de agentes estará de prontidão para conter os desgarrados com o que chamam de uso "seletivo e proporcional da força".

O tribunal não revela o tamanho do efetivo que estará destacado, mas informa que o número será 70% maior do que o escalado no ano passado. Os agentes estarão munidos de diferentes tipos de armamentos, que vão desde de tasers (que disparam choques elétricos) a armas longas, como submetralhadoras.

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Para lidar com um possível cenário de conflito, o STF, além dos agentes da polícia judiciária, deve contar com ao menos 47 vigilantes armados e outros 98 desarmados que integram a equipe de segurança terceirizada. A Corte escalou 100% do efetivo privado para trabalhar no plantão do próximo dia 7 de Setembro.

ALTO RISCO

A segurança do tribunal classifica as manifestações bolsonaristas deste ano como de alto risco ao prédio. O presidente convocou seus apoiadores por meio de discursos inflamados, nos quais cobrou que saiam às ruas "pela última vez" no 7 de Setembro.

O esquema de proteção do STF ainda contará com o apoio de outros quatro tribunais do Distrito Federal, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que concordaram em ceder agentes das respectivas Polícias Judiciais para reforçar a estrutura da Suprema Corte. Uma barreira antidrone também foi montada para evitar ataques aéreos.

Parte importante do protocolo é assegurar a segurança dos ministros. O STF optou por não informar o paradeiro de cada magistrado, mas fontes no tribunal garantem que cada um terá a sua disposição um grupo preparado para protegê-los em diversos cenários.

A Corte firmou um acordo com a PM para impedir que caminhões entrem na Esplanada, como ocorreu no ano passado. Manifestantes bolsonaristas e caminhoneiros ficaram acampados por dois dias em frente ao Congresso. Esse movimento colocou a segurança do STF em alerta vermelho.

TSE

A três quilômetros da Esplanada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também montou um esquema de reforço à segurança. A Corte se tornou o alvo preferencial de Bolsonaro na queda de braço em torno das urnas eletrônicas. A Justiça Eleitoral, porém, não deve ter o mesmo efetivo de guerra deslocado pelo STF.

O TSE é classificado pela equipe da Secretaria de Segurança Pública como parte de um "perímetro secundário", que não terá prioridade nos protocolos de proteção. A Corte Eleitoral estará fechada no dia 7 de Setembro e contará com barreiras de acesso e gradis para limitar o deslocamento na área. Servidores da área de segurança institucional do tribunal dizem que eventuais ataques de radicais não estão no radar, sobretudo pela distância do local em que serão realizadas as manifestações.

A alta adesão de apoiadores de Bolsonaro em Brasília já é perceptível. A taxa de ocupação dos hotéis para 6 a 7 de setembro varia de 70% a 100%, e com tendência de crescimento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Integrantes da sociedade civil e setores empresariais ligados à articulação do movimento em defesa da democracia e do sistema eleitoral no último 11 de agosto esperam que a iniciativa do mês passado contenha arroubos autoritários no próximo 7 de setembro. A preparação para a data é acompanhada nos bastidores, em interlocução com representantes dos militares, polícias e diplomatas.

"Estamos em vigília. Mas não se trata de uma vigília passiva. Neste momento, temos mantido diálogo com os diversos setores do Estado brasileiro, inclusive segurança e Forças Armadas", afirma o professor de Direito da Fundação Getulio Vargas Oscar Vilhena. Ele foi um dos articuladores do manifesto que reuniu entidades empresariais, como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e outros movimentos em torno da defesa do processo eleitoral.

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Não há, no entanto, um plano de reação previamente traçado para caso o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ou integrantes do Estado, como policiais ou militares, ultrapassem linhas democráticas no feriado desta semana. "Acredito que neste ano vamos ter um movimento de rua muito estridente, mas não acredito em risco de uma ação desestabilizadora por parte das Forças Armadas. Sob esse ponto de vista, estou mais otimista agora do que estava no 7 de setembro do ano passado", afirma Vilhena.

A avaliação do professor, compartilhada por outros articuladores dos atos de 11 de agosto, é que três movimentos, em sequência, fizeram a tensão arrefecer. São eles: a nota por meio da qual o governo dos Estados Unidos defendeu o modelo de eleições no Brasil; a dimensão do evento na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que teve apoio de empresários, juristas e intelectuais; e a posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com uma demonstração ampla de respaldo da classe jurídica e política ao ministro.

"As condições não estão presentes, não há espaço para qualquer aventura golpista. A repercussão que temos tido é que grupos radicalizados - em polícias, entre os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e nas Forças Armadas -, estão mapeados e que não encontram lugar junto aos quadros superiores", afirma Vilhena.

Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP, diz que estará atento às manifestações do dia 7 de Setembro e, se houver excessos, é possível que se manifeste de alguma maneira. O mesmo é avaliado entre o grupo que escreveu a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros deste ano, composto por juristas, embora não haja nada programado.

O professor organiza o lançamento no site da faculdade de uma série de podcasts que trate de decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo TSE que tenham gerado críticas por setores da sociedade. "Faremos algo didático, com professores, para que expliquem algumas das decisões mais controversas dos dois tribunais e entendam os votos (dos ministros)", diz Campilongo. Na lista das decisões a ser abordada está, por exemplo, a instauração do inquérito das fake news, conduzido por Moraes no STF.

ATOS DE RUA

Movimentos antibolsonaristas não sairão às ruas no dia 7 de Setembro. Uma mobilização em resposta a atos de espírito golpista está sendo agendada para o dia 10 deste mês, para não haver confronto de grupos na rua. "A manifestação do 7 de Setembro do ano passado foi construída de forma muito violenta pelo bolsonarismo. De fato, neste ano, nosso objetivo não é estimular a violência política no País. Sabemos que eles vêm com discurso golpista e também postura muito violenta e nossa ideia não é essa", afirma Josué Rocha, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Os atos de rua do próximo dia 10 não contam com nenhum envolvimento dos organizadores do movimento pela democracia do mês passado. A mobilização em diferentes cidades do País é feita por movimentos sociais. "Queremos fazer no dia 10 uma grande manifestação em defesa da democracia, com a demonstração de que o Brasil é maior do que o bolsonarismo", diz Rocha.

De cunho partidário, os atos de rua também serão de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A própria campanha do petista desaconselhou que movimentos sociais fossem às ruas se opor ao bolsonarismo no dia 7 de setembro. Aliados do candidato se preocupam com o risco de violência política.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu nesta quinta-feira, 1º, que os atos de seus apoiadores no dia 7 de setembro, quando se celebram os 200 anos da Independência do Brasil, servirão para "marcar posição", mas não serão antidemocráticos. Há semanas o candidato à reeleição convoca militantes para saírem às ruas na ocasião, quando faltará menos de um mês para o primeiro turno das eleições.

"Esse é um evento para marcar posição realmente (...). Isso não é ato antidemocrático. se alguém quiser acusar de ato antidemocrático, eu quero pagar para fazer parte do processo depois por ato antidemocrático. Ficam fazendo covardia com pessoas inocentes por aí", reclamou o presidente durante transmissão nas redes sociais nesta noite.

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Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro foi a manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não obedeceria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração gerou uma crise institucional no País, apaziguada com uma carta pública de recuo divulgada por Bolsonaro e escrita pelo ex-presidente Michel Temer.

O núcleo duro do Partido dos Trabalhadores (PT) aposta que os atos pela democracia desta quinta-feira possam incentivar o voto útil em Luiz Inácio Lula da Silva, candidato petista ao Palácio do Planalto, logo no primeiro turno. Ao trazer à tona a ofensiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o sistema eleitoral brasileiro, a legenda espera atrair votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), também postulantes ao Palácio do Planalto, e oferecer ampla derrota ao candidato à reeleição.

Sem a presença de Lula, o salão nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, é palco nesta quinta-feira da leitura de dois manifestos em defesa do Estado Democrático de Direito. Um deles foi articulado pela própria faculdade; outro, pela Fiesp, que contou com a adesão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

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Para Jilmar Tattto, secretário nacional de comunicação do PT, a coleta de assinaturas para as cartas em defesa da democracia podem ajudar na conquista do voto útil do PT. "A polarização entre Lula e Bolsonaro está consolidada", afirmou, ao Broadcast Político, o candidato a deputado federal.

Nas redes sociais, Lula fez questão de se pronunciar logo cedo com a #EstadoDeDireitoSempre. "Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo. Bom dia", publicou o candidato.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, coordenadora-geral da campanha de Lula, escreveu no Twitter que a defesa da democracia é luta de todos. "Defender a democracia é defender as condições para o povo lutar e pautar seus direitos: comida na mesa, criança na escola, estudante na universidade, gente com emprego, renda e moradia. Essa luta é de todos nós. BOLSONARO SAI DEMOCRACIA FICA", escreveu, em caixa alta.

Movimentos sociais e sindicais realizam atos em defesa da democracia e de eleições livres nesta quinta-feira (11), em todo o País. Ao todo, mais de 65 manifestações são esperadas nas capitais e em algumas cidades do interior. Essas mobilizações têm como objetivo se somar à leitura pública da "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito", que será realizada no Largo São Francisco, em São Paulo, a partir das 10h.

O documento já havia recebido mais de 900 mil adesões até o início desta quinta e conta com a assinatura de juristas, intelectuais, artistas, centrais sindicais e empresários em defesa da democracia.

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No Largo São Francisco, a leitura pública da carta marca o aniversário de 195 anos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD-USP). Haverá dois atos: o primeiro às 10h, no Salão Nobre, com a leitura de manifesto subscrito por 107 entidades, e o segundo às 11h30 com a leitura da missiva. O documento foi originalmente assinado por 3 mil pessoas e divulgado no final de julho. Além da USP, outras 39 universidades farão a leitura ao longo do dia.

A carta pela democracia é uma reação aos ataques ao processo eleitoral feitos pelo presidente Jair Bolsonaro, que, sem provas, tem colocado em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas. Todos os principais candidatos à Presidência, com exceção de Bolsonaro, são signatários. O atual chefe do Executivo chamou de "cara de pau" e "sem caráter" quem aderiu ao movimento.

O ato é inspirado na Carta aos Brasileiros de 1977 - um texto de repúdio ao regime militar, redigido pelo jurista Goffredo Silva Telles, e lido também no Largo de São Francisco. Naquele ano, a faculdade celebraria os 150 anos e o então diretor da escola, Ruy Barbosa Nogueira, indicou o professor Alfredo Buzaid, ex-ministro da Justiça do governo Médici, para conduzir a comissão das atividades de festejos.

Um grupo de alunos das Arcadas, inconformados que o instituto fosse homenageado por um dos defensores do AI-5, organizou o evento alternativo, um marco que rompeu o silêncio imposto pela ditadura militar. Agentes secretos do governo tentaram desqualificar a carta de 1977, dizendo que poucos professores aderiram ao movimento.

Dos 20 signatários vivos, apenas Modesto Carvalhosa não assinou o novo manifesto da Faculdade de Direito da USP. "O movimento é muito legítimo, mas faz elogios ao Supremo Tribunal Federal. Eu não concordo com os elogios, portanto não posso assinar uma carta que, embora defenda os princípios democráticos, faz elogios ao Supremo", afirmou Carvalhosa.

A faculdade do Largo São Francisco foi criada no dia 11 de agosto de 1827, por um decreto do imperador D. Pedro I.

A leitura da carta será restrita a convidados e terá policiamento intensificado na região central de São Paulo. Equipamentos de som foram instalados na parte de fora, no Largo São Francisco, para os demais presentes. Haverá, na capital, ao menos seis passeatas e atos.

Até agora, a Polícia Militar foi informada da realização de dois atos na mesma data da leitura da carta. Diversos grupos se reunirão em pontos da cidade e seguem em passeata até o local de leitura da carta. Uma delas, organizada pela Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) e com participação prevista de cerca de mil advogados, partirá da sede da OAB às 9h, na Rua Maria Paula, também na área central, e segue até a Faculdade de Direito.

Entre os quase 900 mil signatários estão ex-ministros dos presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, banqueiros, membros do Ministério Público Federal, subprocuradores-gerais da República.

A carta ainda teve apoio da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e inspirou uma manifestação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em defesa da democracia, que pede a estabilidade democrática, o respeito ao estado de direito e o desenvolvimento como o "sentido maior" do 7 de Setembro deste ano. Mais de 100 entidades assinaram o documento da Fiesp.

Dos presidenciáveis, Lula (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D'Ávila também aderiram ao manifesto. O candidato a vice na chapa do PT, Geraldo Alckmin (PSB), também assinou.

No Rio de Janeiro, a carta será lida simultaneamente à da USP. O ato está marcado para os pilotis da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O espaço abrigou grandes manifestações estudantis contra a ditadura militar em 1977.

A cantora Daniela Mercury decidiu abrir mão do cachê que receberia pelo show do 1º de Maio das centrais sindicais realizado na Praça Charles Miller, em São Paulo. Em ofício enviado à Secretaria Municipal de Cultura nesta quinta-feira, 5, a empresa que representa a artista pediu o cancelamento do contrato e o consequente pagamento. Ao Estadão, a mulher da Daniela, Malu Verçosa, afirmou que a cantora não recebeu nem receberá nenhum recurso da Prefeitura de São Paulo.

A apresentação virou alvo de uma investigação da Controladoria-Geral do Município depois que a cantora declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que havia discursado minutos antes. Como o evento foi em parte custeado com emendas parlamentares, a Prefeitura abriu processo para apurar desvio de finalidade e suspendeu o pagamento de R$ 100 mil que faria à produtora responsável pela contratação da artista.

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Durante o ato, que teve um caráter de apoio ao petista, Daniela Mercury puxou um coro de "Lula" e segurou uma bandeira com o rosto do petista estampado. "O Brasil precisa de Lula", disse ao final do show. Além dela, outros três artistas se apresentaram na festa organizada em frente ao Estádio do Pacaembu.

Com a repercussão da postura de Daniela - showmícios seguem vetados pela legislação eleitoral, assim como campanha político-partidária antecipada -, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de São Paulo também decidiu abrir uma apuração sobre o ato. Segundo promotores de Justiça ouvidos pela reportagem, a apuração deve se debruçar sobre uma violação de princípios da administração pública, como moralidade e impessoalidade.

Ao todo, três vereadores encaminharam verba, via emenda parlamentar, para custear o evento: Alfredinho e Eduardo Suplicy, ambos do PT, destinaram juntos R$ 525 mil para pagar a produção e organização do evento e Sidney Cruz (Solidariedade) liberou R$ 187 mil para pagar o cachê dos artistas que se apresentariam na festa - foram cinco no total, contando Daniela Mercury.

"Estou sendo massacrado por ter destinado emenda para um evento tradicionalíssimo que faz parte do calendário da cidade e sempre conta com a participação de autoridades dos mais diversos partidos. É legítimo fomentar eventos como esse, que leva cultura às pessoas e gera emprego. Não à toa outros vereadores destinam emendas para festas variadas, como a Marcha para Jesus", afirmou Cruz. "Agora, a fala de um artista foge do meu controle", completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostrou positivamente surpreso com a adesão às manifestações governistas ocorridas neste domingo, dia 1º, ainda que a participação de simpatizantes tenha sido sensivelmente menor em relação a atos anteriores. "Vocês viram quanta gente lá?", perguntou o presidente a apoiadores que estavam em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (2).

Bolsonaro ainda chamou o ex-presidente Lula (PT), seu principal rival nas eleições deste ano, de "cara de pau" por responsabilizá-lo pela inflação no País. "Cara de pau dele me culpar pela inflação. Inflação vem do 'fique em casa', disse o mandatário aos simpatizantes.

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As manifestações de esquerda para marcar o Dia do Trabalhador neste domingo também foram consideradas mais esvaziadas do que o habitual.

Protagonista dos atos organizados por bolsonaristas neste domingo, 1º, Dia do Trabalho, o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) acaba de pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da ação em que ele foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por ataques antidemocráticos.

A defesa diz que o processo perdeu o objeto com o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para perdoar a pena do parlamentar.

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"Diante do perdão presidencial amplo e irrestrito, não há sequer em falar de recursos a serem opostos ou interpostos, por quaisquer das partes, MP e defesa, pois deixou de existir o objeto da malfadada persecução penal, inexistindo também a motivação recursal", diz um trecho do pedido.

Além do arquivamento do caso, o advogado pede que os perfis do deputado nas redes sociais sejam reativados imediatamente. Outra demanda é a devolução da fiança de R$ 100 mil paga no ano passado por violações na tornozeleira.

O documento também provoca o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, ao sugerir que o magistrado se comprometa a "apagar o nome Daniel Lúcio da Silveira de vossa mente".

À vontade

O deputado esteve na manhã deste domingo, 1º, Dia do Trabalho, no ato montado em Niterói, na região metropolitana do Rio, onde disse que "a liberdade vale mais que a própria vida". Após a aparição, Daniel Silveira seguiu para a praia de Copacabana, na capital fluminense, onde fez discursos em três carros de som. Ele é esperado para o ato em São Paulo. Na capital paulista, bolsonaristas pedem o impeachment de ministros do STF. As manifestações foram organizadas para prestar apoio ao governo e ao parlamentar.

Ao comparecer nos atos organizados por bolsonaristas neste domingo, Silveira ignora a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o proibiu de participar de eventos públicos.

A proibição foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no final de março, na mesma decisão que mandou o deputado voltar a usar tornozeleira eletrônica, e posteriormente confirmada pelo plenário do STF. A medida foi sugerida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após Daniel Silveira reiterar ataques aos ministros do Supremo.

Em despacho na última terça-feira, 26, ao pedir esclarecimentos do deputado sobre o desligamento da tornozeleira, Moraes reiterou que as medidas cautelares continuam valendo mesmo após a condenação a oito anos e nove meses de prisão por ataques antidemocráticos e o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para perdoar a pena. O ministro afirmou que o STF ainda precisa analisar os efeitos do perdão - ações da oposição foram distribuídas ao gabinete da ministra Rosa Weber, que já comunicou que não pretende decidir monocraticamente e vai pautar o tema direto do plenário.

"Enquanto não houver essa análise [do decreto presidencial] e a decretação da extinção de punibilidade pelo Poder Judiciário, a presente ação penal prosseguirá normalmente, inclusive no tocante à observância das medidas cautelares impostas ao réu Daniel Silveira e devidamente referendadas pelo Plenário dessa Suprema Corte", escreveu Moraes.

A defesa do deputado chegou a responder ao ministro argumentando que as medidas cautelares foram anuladas pelo decreto presencial "que concedeu a 'graça' ao perseguido político Daniel Lúcio da Silveira".

Crianças e adolescentes tiveram seus direitos à saúde e educação violados pelo governo federal durante a pandemia de Covid-19. O descaso com o público infantojuvenil aparece no fato de que apenas uma pequena parcela de normas de enfrentamento à crise sanitária do governo federal traçava planos e políticas públicas voltadas a esse público. É o que mostra dossiê do Instituto Alana e do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (CEPEDISA) antecipado pela Bori, lançado nesta quarta (30).

A pesquisa chegou a essa conclusão ao analisar 142 atos normativos editados pelo Executivo federal, que mencionam termos ligados à infância e à juventude, tais como “criança”, “adolescente”, “jovem” e “infantil” no período de março de 2020 a setembro de 2021, com atualização de dados sobre vacinação em fevereiro de 2022.

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Os resultados serão apresentados no VIII Seminário Internacional do Marco Legal da Primeira Infância, promovido pela Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância, na Câmara dos Deputados.

No contexto da pandemia, caberia à União a destinação orçamentária e a formulação de normas gerais entre todos os entes da federação. A ineficiência de ações está revertida em números: dados da Fiocruz indicam que, até o dia 4 de dezembro de 2021, 1.422 crianças e adolescentes morreram em razão da Covid-19 – sendo 418 óbitos de crianças com até 1 ano; 208 de 1 a 5 anos e 796 de 6 a 19 anos -, tornando o Brasil o segundo país com mais mortes nesta faixa etária. Além disso, quase 20 mil crianças e adolescentes abaixo de 19 anos foram hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), confirmados por Covid-19.

Crianças em situação de vulnerabilidade, cujas famílias se encontram em situação de pobreza, especialmente crianças e adolescentes negros, quilombolas e indígenas residentes em áreas periféricas são particularmente afetados pela Covid-19 de forma mais grave.

“O governo federal deixou ações de enfrentamento à pandemia voltadas para as crianças por último. Elas tiveram seu direito à saúde negado, quando deveriam ser a prioridade. Ainda, elas possuem o direito de ser protegidas contra uma doença que pode levar à morte e deixar sequelas. A saúde individual e coletiva é uma condição para que elas tenham acesso a outros direitos, como à educação e à convivência em sociedade”, destaca Ana Claudia Cifali, coordenadora jurídica do Instituto Alana.

Direitos à vacinação e educação violados

Segundo o dossiê, os direitos à saúde e à educação do público infantojuvenil foram, particularmente, afetados pela ineficiência de ações do governo federal. O direito à vacinação infantil, previsto em lei pela Constituição Federal e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), foi violado pelo governo federal que impediu a celeridade da campanha de vacinação e iniciou a imunização de crianças menores de 12 anos quase um mês após o aval da Anvisa.

Em relação aos direitos à educação, o fechamento de escolas por tempo prolongado deve comprometer o aprendizado de milhares de crianças. Estudo do Unicef (Fundo das Nações Unidas para Infância) revela que o Brasil corre o risco de regredir duas décadas no acesso de meninos e meninas à educação, já que pelo menos 5 milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos estavam sem acesso à educação em novembro de 2020. Destes, 40% tinham de 6 a 10 anos, faixa etária em que a educação estava praticamente universalizada antes da pandemia.

O dossiê também destaca a orfandade como impacto na vida de crianças e adolescentes. Levantamento do Imperial College mostra que, no Brasil, de março de 2020 a outubro de 2021, ao menos 168,5 mil pessoas de 0 a 17 anos perderam o pai, a mãe ou ambos por causa da Covid-19.

No Senado, o relatório final da CPI da pandemia recomendou a criação de uma política de auxílio financeiro a crianças e adolescentes em situação de orfandade causada pelo coronavírus. Porém, o dossiê destaca que é necessário que uma legislação específica seja aprovada.

“Agora é a hora de um pacto nacional que coloque as crianças em primeiro lugar para apoiarmos as que evadiram as escolas, as em situação de orfandade, as que sofreram inúmeras violências domésticas e que ainda sentem na saúde física e mental os efeitos da covid-19. As eleições de 2022 e seus candidatos e candidatas devem considerar esse dossiê e cumprir o dever do artigo 227 da Constituição, dando prioridade absoluta para as crianças em todos os planos de governo”, diz Pedro Hartung, diretor de Direitos e Políticas da Infância do Instituto Alana.

Fonte: Agência Bori

O PL retirou a ação contra o festival de música Lollapalooza no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A desistência já foi protocolada na Corte e atende a um pedido direto do presidente Jair Bolsonaro.

"O Partido Liberal - 22, já qualificado nos autos vem, respeitosamente, requerer a desistência da ação com consequente arquivamento do feito", diz a peça protocolada nesta segunda-feira (28) no TSE.

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Aliados dizem que Bolsonaro não foi consultado sobre a medida jurídica e, contrariado com a reação negativa nas redes sociais e até dentro do TSE, pediu ao partido que voltasse atrás.

O PL foi ao TSE após a cantora Pabllo Vittar exibir uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua apresentação no festival de música no último sábado. De acordo com o partido, o ato configura campanha eleitoral antecipada e, por isso, foi ilegal. No domingo, o ministro Raul Araújo, da Corte Eleitoral, acolheu o pedido do partido e proibiu o que chamou de propaganda política antecipada.

A liminar repercutiu mal dentro do TSE, como mostrou a reportagem, e também no meio político. Autoridades viram restrição descabida à liberdade de expressão e criticaram Araújo pela decisão monocrática.

A organizadora do Lollapalooza pediu reconsideração do despacho, que ainda precisaria ser referendado em plenário. O PT também acionou o TSE contra a medida.

Em publicação no Twitter, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) escreveu, nesta segunda-feira (28), sobre a decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acolheu, no sábado (26), pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e expediu decisão liminar - ou seja, provisória - proibindo manifestações políticas no festival Lollapalooza, realizado no fim de semana em São Paulo.

"Tiro no pé! Decisão antidemocrática e autoritária contra expressão política de artistas em ano eleitoral e em um dos maiores festivais do mundo só reforçou o coro: #ForaBolsonaro! O povo não aguenta mais!", escreveu a deputada.

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Mesmo após a decisão do ministro do TSE, vários artistas se manifestaram contra Bolsonaro no festival que ocorreu no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital - entre eles, Marcelo D2, do Planet Hemp.

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