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O vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL), deve ter o nome oficializado para concorrer a deputado estadual na convenção do PSOL/Rede, que será realizada nesta quarta-feira (3). Nas eleições de 2022, o atual vereador do Recife pretende expandir para todo o estado a experiência na Câmara Municipal e transpor para a Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco a maneira progressista, participativa e horizontal que dá o tom dos seus dois mandatos no legislativo municipal. 

O evento reúne filiados e filiadas a partir das 18h, no Salão da Paróquia da Soledade, local icônico para os movimentos de esquerda, e marcará também o lançamento da candidatura majoritária da federação, encabeçada por João Arnaldo (PSOL), candidato a governador de Pernambuco; Alice Gabino (Rede), a vice-governadora, e Eugênia Lima (PSOL), a senadora. 

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Nacionalmente, a federação apoia Lula para presidente e se soma na luta contra o bolsonarismo. “O mais importante da nossa candidatura a deputado estadual é o nosso compromisso inegociável com a democracia e com as pautas da esquerda mais progressista, como direito à moradia, diminuição das desigualdades, democratização da comunicação e a luta por uma nova política sobre drogas” afirma Ivan. “Somamos a isso a uma proposta de mandato horizontal e com participação do povo que tem dado certo e que precisa ser interiorizado”, completa o candidato. 

Ivan é jornalista, comunicador popular e, muito antes de entrar na política institucional, em 2016 – quando foi eleito pela primeira vez vereador pelo Recife – já acumulava uma bagagem dentro da militância tanto no campo da comunicação quanto no do direito à cidade. 

Conhecido por conciliar a personalidade simpática com uma assertividade na defesa do que acredita, Ivan é uma figura assídua na Câmara e empenhado em tornar a política e as ações do seu mandato públicos e acessíveis, como na prestação contas que faz todas as sextas-feiras em transportes públicos da cidade. 

Neste ano, a federação inédita que reúne PSOL/Rede lança, além de Ivan, outras 49 candidaturas para de deputados estaduais e 26 candidaturas a deputadas federais. Entre nomes já conhecidos nas urnas e apostas novas vindas dos movimentos sociais, a disputa proporcional contará com representantes de todas as regiões do Estado e das mais diversas áreas de atuação e pautas. “A gente precisa sair forte das urnas em 2022, para junto com os movimentos sociais nas ruas, tomar de volta um estado aparelhado pelo PSB e reconstruir um país esfacelado pelo bolsonarismo”, afirma o pré-candidato.

*Da assessoria

A Câmara de Vereadores do Recife rejeitou a concessão da maior honraria da Casa Legislativa, a medalha de Mérito Olegária Mariano, à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na sessão ordinária desta terça-feira (5). Esta foi a primeira vez na história que os parlamentares recifenses rejeitaram uma honraria a alguém. 

A homenagem foi proposta pela vereadora Michele Collins (PP), e foi derrotada por 16 votos contrários e nove favoráveis. Confira como votaram as vereadoras e vereadores do Recife no plenário nesta terça-feira (5): 

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Aderaldo Pinto (PSB) - Não votou

Alcides Teixeira Neto (PSB) - Votou NÃO

Aline Mariano (PP) - Não votou

Almir Fernando (PCdoB) - Não votou

Chico Kiko (PP) - Não votou

Cida Pedrosa (PCdoB) - Votou NÃO

Dani Portela (PSOL) - Votou NÃO

Dilson Batista (Avante) - Votou SIM

Doduel Varela (PP) - Votou SIM

Eduardo Marques (PSB) - Votou NÃO

Felipe Alecrim (PSC) - Votou SIM

Felipe Francismar (PSB) - Votou NÃO

Ivan Moraes (PSOL) - Votou NÃO

Jairo Britto (PT) - Votou NÃO

Joselito Ferreira (PSB) - Votou NÃO

Junior Bocão (Cidadania) - Não votou

Liana Cirne (PT) - Votou NÃO

Luiz Eustáquio (PSB) - Votou NÃO

Marco Aurélio Filho (PRTB) - Votou NÃO

Michele Collins (PP e autora do projeto) - Votou SIM

Natália de Menudo (PSB) - Votou NÃO

Osmar Ricardo (PT) - Votou NÃO

Junior Tércio (PP) - Votou SIM

Paulo Muniz (SDD) - Votou SIM

Professor Mirinho (SDD) - Votou SIM

Renato Antunes (PL) - Votou SIM

Rinaldo Júnior (PSB) - Votou NÃO

Romerinho Jatobá (PSB) - Votou NÃO

Ronaldo Lopes (PSC) - Votou SIM

Wilton Brito (PSB) - Votou NÃO

Zé Neto (Pros) - Votou NÃO

Ainda na segunda-feira (4), uma proposta do vereador Dilson Batista (Avante), que tinha como objetivo conceder a medalha de Mérito José Mariano ao presidente Jair Bolsonaro (PL), foi retirada de pauta pelo autor após repercussão negativa.

Nesta terça-feira (5), dezenas de manifestantes de esquerda e bolsonaristas ocuparam as galerias e a área externa da Câmara Municipal do Recife para se posicionar sobre a homenagem protocolada pela vereadora Michelle Collins (PP) para a primeira-dama Michelle Bolsonaro. A sessão precisou ser interrompida após a tentativa de invasão de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro ao plenário da Casa. 

Logo depois, enquanto os vereadores retomavam o debate para votar a proposta pela entrega da medalha Olegária Mariano à primeira-dama, parte dos manifestantes permaneceram na entrada da Câmara com cartazes e palavras de ordem contra e a favor do requerimento. 

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Militantes de esquerda e bolsonaristas protagonizaram um verdadeiro embate generalizado diante da discussão sobre a proposta, gritando palavras de ordem uns contra os outros. 

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A discussão começou na semana passada, após a repercussão negativa do pedido do vereador Dilson Batista (Avante) para conceder a medalha José Mariano ao presidente. Em meio à polêmica, o parlamentar retirou o requerimento da pauta.

Acompanhe a votação da proposta:

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*Com as informações de Jameson Ramos

O vereador do Recife Dilson Batista (Avante) quer conceder a Medalha de Mérito José Mariano ao presidente Jair Bolsonaro (PL). O Projeto de Decreto Legislativo tramita em regime de urgência e deve levado ao plenário na próxima terça-feira (5).

Em seu pedido, Dilson destacou que a honraria reconhece os feitos de Bolsonaro pelo Recife e suas contribuições diretas e indiretas à sociedade recifense. 

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“Há uma imperiosa necessidade da concessão da maior Honraria da Casa de José Mariano a esse Regente, como forma de reconhecimento a essa Gestão que trouxe prosperidade para o Recife”, assegurou o integrante da Frente Popular.

O vereador cita a concessão do auxílio emergencial, a aquisição e distribuição de vacinas, o perdão de até 92% das dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) como medidas que demonstram o apreço do presidente pelos recifenses. 

Do ponto de vista direto, o parlamentar ressaltou o recente sobrevoo de helicóptero nas áreas de deslizamentos e a liberação de recursos para reconstrução dos locais mais atingidos pelas chuvas na capital pernambucana.

Na manhã desta quarta-feira (29), o LeiaJá entrou em contato com Dilson Batista para mais esclarecimentos. As ligações da equipe de reportagem não foram atendidas.

Duas propostas do Legislativo do Recife, voltadas à redução dos danos causados pela chuva à população, foram aprovadas e promulgadas, de acordo com a publicação no Diário Oficial do município, desta quinta-feira (9). As leis são referentes a auxílios para quem perdeu as casas, móveis e outros pertences nas chuvas recentes, que deixaram 129 mortos entre maio e junho. O valor é de R$ 1 mil em parcela única para ressarcir os moradores e, para quem perdeu as casas, o auxílio-moradia vai ser de R$ 300 mensais. 

A sugestão foi apresentada na última sexta-feira (3), aprovada pelo Executivo e retornou à Casa de José Mariano para promulgação. À ocasião, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou uma indenização de R$ 1,5 mil para as famílias atingidas, além de pensão vitalícia para quem perdeu parentes. Os projetos foram aprovados pelos deputados, mas seguem na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

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Os projetos 

Na Câmara, o primeiro projeto, que institui o Auxílio Municipal Emergencial (AME) de R$ 1 mil, foi aprovado com unanimidade. Ele é voltado às famílias que sofreram danos materiais de qualquer tipo, seja aos seus imóveis ou aos pertences pessoais e domiciliares. Têm direito ao AME aqueles que tiveram perdas em alagamentos nas áreas de vulnerabilidade social ou imóveis destruídos, "avariados permanentemente, ou interditados definitivamente, conforme laudo da Defesa Civil municipal". 

As famílias precisam fazer parte do Cadastro Único (CadÚnico). O valor será pago somente à pessoa que chefia a família, preferencialmente às mulheres, no caso de residências em que viva um casal. 

Com relação ao auxílio-moradia, a nova lei promove um aumento de R$ 200 para R$ 300 no valor já concedido a quem não tem casa no município. Só têm direito as pessoas que têm renda familiar de um salário-mínimo, que, atualmente, é de R$ 1.212. 

Os vereadores do Recife Ivan Moraes (PSOL) e Cida Pedrosa (PCdoB)  protocolaram, nesta terça-feira (7), na Câmara um projeto de lei que dispõe sobre as bases para a elaboração da Política Municipal de Uso e Distribuição de Remédios Derivados da Cannabis. A iniciativa tem coautoria de 26 mandatos. De acordo com os vereadores, nunca antes na história da Casa um projeto de lei foi assinado por tantos parlamentares.
“Tivemos assinaturas de todos os campos, da base e da oposição, da esquerda à direita. Nunca houve um projeto de lei com tantas coautorias na história da Câmara. Isso é um sinal eloquente de que a nossa sociedade compreende a urgência que é fazer com que remédios feitos a partir de uma planta possam chegar a milhares de pessoas que precisam”, explica o vereador Ivan Moraes.
O projeto trata sobre o uso da maconha para fins medicinais e sua justificativa se baseia na comprovação dos benefícios do uso da substância no tratamento de diversas doenças como Epilepsia, Autismo e Alzheimer, além da necessidade de regulamentação do uso, que já acontece em determinados casos no país.
Seguindo os trâmites da Câmara Municipal, agora, após o protocolo e numeração, o projeto de lei na próxima sessão da Casa, segunda (13), deve ser lido em plenário para em seguida começar sua tramitação, com prazo de 10 dias para emendas.  Depois é destinado às comissões da Câmara, que emitem os seus pareceres. Após 60 dias de tramitação, com ou sem pareceres, ele segue para votação.

*Da assessoria de imprensa

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Fórum LGBT de Pernambuco faz chamamento para votação do projeto de lei na Câmara do Recife, na próxima segunda-feira (23), que institui o Conselho LGBTI+ do Recife. A proposta é do prefeito João Campos (PSB) e, se aprovada em primeira e segunda discussão na Casa de José Mariano, já seguirá para publicação no Diário Oficial do município. 

O Fórum chamou a população para ocupar as galerias do plenário com “bandeiras, corpos e corpas para este momento”

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O vereador Ivan Moraes (PSOL) se mostrou surpreso com o veto do prefeito João Campos (PSB) ao projeto de lei 20/2020, que institui a obrigatoriedade da liberação da catraca dos transportes públicos do Recife para as crianças de até seis anos de idade incompletos, publicado no Diário Oficial do Recife desta quinta-feira (12). 

Ao LeiaJá, o parlamentar revelou que não contava com a atitude. "Visto que o projeto tem parecer de constitucionalidade da nossa Comissão. Nós compreendemos que a Câmara já legislou algumas vezes sobre transporte coletivo municipal, então não seria uma primeira vez. Curioso é que dentro da justificativa no documento, eles alegaram que a falta de cobrador dificulta a fiscalização por parte do motorista, o que é curioso, porque o partido do prefeito fez corpo mole na hora de vetar a dupla função que, inclusive, era uma iniciativa nossa". 

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"É muito inesperado", repetiu. "Isso não traz ônus ao Poder Público, só traria dignidade às crianças de até 6 anos. Agora a gente tem que fortalecer o nosso argumento, dialogar com o Ministério Público, conselhos tutelares para, independente dessa lei existir ou não, a gente tentar atuar no sentido de acabar com essa forma, que é uma violência contra as crianças de até 6 anos. A gratuidade já existe, ela precisa ser regulamentada. Se não for por um passe livre, pela possibilidade de o motorista liberar a catraca, que seja por um cartão especial, um VEM colorido, VEM infantil, como havia em 2009", explicou Ivan. 

Em resposta à indicação de voto de repúdio recebido na Câmara do Recife nesta segunda-feira (25), pelo vereador Fred Ferreira (PSC), o vereador Ivan Moraes (PSOL) ressaltou defender a legalização da maconha. O pedido de Fred, rejeitado na Casa de José Mariano, foi por conta do outdoor instalado na capital em que Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

“Este é um parlamentar que defende a legalização de uma planta para que milhares de pessoas tenham remédio, trabalho e renda. Para que as pessoas deixem de ir presas. Sou eu que defendo a maconha, sou eu que defendo as famílias que precisam de remédio, sou eu que defendo as famílias que estão com filhos e filhas ameaçados e muitos deles encarceirados”, salientou. 

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Ivan afirmou que “entre cuidar, matar ou prender, eu vou sempre preferir defender que nós cuidemos das pessoas”. Ele também ressaltou: “Não vou dar cartaz a detratores, mas sempre que esse assunto vier à pauta, eu terei todo o prazer de debater. Todas as vezes que eu tiver oportunidade, seja nesse microfone ou nas ruas do Recife, eu vou dizer: legaliza! Trabalho, renda e remédio para todo mundo que precisa”, avisou. 

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A Câmara Municipal do Recife analisa, nesta segunda-feira (25), um requerimento do vereador Fred Ferreira (PSC) solicitando um voto de repúdio ao também parlamentar Ivan Moares (PSOL). O pedido foi motivado pelo outdoor instalado na capital pernambucana onde Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais.

Na avaliação de Fred, a ação de Ivan foi uma "incitação à legalização da maconha por meio de outdoors espalhados na cidade". 

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Para justificar o pedido, o vereador evangélico disse que "o consumo da maconha causa dependência e efeitos colaterais como perda de memória, esquizofrenia, infarto e, em caso de gravidez, problemas no desenvolvimento do bebê. Apesar das qualidades medicinais, o uso recreativo da maconha não é curativo ou isento de riscos, como a publicidade associada à campanha de legalização procura convencer a população e, em particular, os jovens".

Fred Ferreira não foi o único a reagir mal ao outdoor protagonizado por Ivan, o vereador Pastor Júnior Tércio (PP) afirmou, na última semana, que ingressaria com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra o vereador do PSOL por ter feito "apologia à maconha".

Reação

Ivan Moraes falou no Twitter sobre o pedido de voto de repúdio vindo de Fred Ferreira e chamou o parlamentar de "fundamentalista" e ironizou o fato do vereador ter demorado para tomar uma atitude diante das defesas apresentadas pelo outdoor, uma vez que a propaganda está exposta desde 19 de abril.

"Na ordem do dia de hoje na @CamaraRecife tem a votação de um voto de repúdio a... mim. Mais um vereador fundamentalista que chegou atrasado na discussão querendo tirar casquinha da minha luta pela legalização de uma planta pra faturar em cima do seu eleitorado. Simbora feito pão", escreveu o psolista.

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O vereador Ivan Moraes (PSOL) pediu, na Câmara Municipal do Recife, a suspensão do edital de chamamento público nº 001/2022 da Secretaria de Desenvolvimento Social, publicado no Diário Oficial do dia 26 de março de 2022. O requerimento teve pedido de vista e voltará à votação na próxima terça-feira (19).

A Prefeitura do Recife lançou um edital de chamamento para ofertar 150 vagas em comunidades terapêuticas acolhedoras, por iniciativa do Programa Acolhe Vida Recife. As 150 vagas serão divididas entre 100 para homens e 50 para mulheres, sendo 10 para mães nutrizes com seus lactantes. De acordo com a prefeitura, o investimento será de R$ 2 milhões para o cumprimento do edital. 

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Ao LeiaJá, o vereador Ivan Moraes explicou que as comunidades terapêuticas são, via de regra, instituições confessionais que pertencem a igreja e religiosidades. “A gente entende que na reforma psiquiátrica não cabe comunidade terapêutica porque não cabe nenhum estabelecimento de privação de liberdade, e isso não deveria estar fazendo parte de uma política de acolhimento e cuidade”.

Ele defende o fortalecimento da laicidade da política pública para a suspensão do edital. “Para os casos de pessoas com problema de saúde mental precisarem sair de casa, existem, no Recife, as unidades de acolhimento de adultos, que são três na capital, com capacidade máxima, juntas, de 45 pessoas. Não faz sentido gastar R$ 2 milhões para comprar vagas em estabelecimentos confessionais quando você tem uma política laica pública que precisa ser fortalecida”, afirmou. 

“Estamos sendo demandados pelo controle social da Raps (Rede de Atenção Psicossocial), pelo pessoal que trabalha saúde mental, pelos conselhos, pessoas que militam na luta antimanicomial para fortalecer esse requerimento e fazer com que a prefeitura possa voltar atrás”, destacou. 

O requerimento teve pedido de vista pela segunda vez, sendo a primeira pela vereadora Michele Collins (PP), e a segunda, na sessão desta terça-feira, pelo vereador Paulo Muniz (SD). Ele volta para a votação em plenário na próxima terça-feira. 

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Há uma semana, em seu discurso na Câmara Municipal do Recife, a vereadora Andreza Romero alegou sofrer retaliações no Partido Progressistas e citou estar sendo “perseguida” pelo presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte. Nesta segunda-feira (28), a vereadora usou a tribuna da Reunião Ordinária para dizer que estava arrependida de suas declarações e se desculpar por ter ofendido o deputado federal Eduardo da Fonte.

“Para nós, parlamentares, o uso da palavra é um direito que não pode ser negociado, mas admito, diante dos pares e diante de todos os recifenses, que ultrapassei os limites da crítica. Palavras são capazes de causar grandes ferimentos, e também remediá-los. Em nome da busca pelo restabelecimento do respeito, venho a esta tribuna para expressar o meu arrependimento. Subi aqui e chamei o deputado federal Eduardo da Fonte de machista e ditador, mas com certeza, eu errei. Minha pouca experiência política me fez precipitar o meu julgamento como democrata”, explicou a vereadora.

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Andreza Romero encerrou o seu discurso agradecendo ao PP pela compreensão e pedindo para encerrar este episódio pacificamente. “A hombridade que o deputado federal Eduardo da Fonte respondeu às críticas feitas por mim me fizeram recuar e reconhecer o meu excesso. Agradeço ao PP, ao presidente e vice-presidente estaduais do partido, Eduardo e Luis Eduardo da Fonte. Quero encerrar este episódio em paz com Eduardo da Fonte e com o Partido Progressistas".

O vereador Chico Kiko, líder do PP na Câmara dos Vereadores, parabenizou a humildade de Andreza ao reconhecer suas acusações sobre Eduardo da Fonte. “Gostaria de parabenizar a vereadora Andreza Romero que hoje teve a humildade e simplicidade de reconhecer que na semana passada, acredito que por motivos emocionais, declarou ser desrespeitada dentro do Partido Progressistas. A verdade foi esclarecida. Eduardo da Fonte sempre conduziu o nosso partido de uma forma transparente e acolhedora com todos os candidatos. Eu posso falar isso com toda certeza, pois estou no partido há 18 anos” declarou Chico Kiko em resposta à vereadora Andreza Romero, nesta segunda, na Câmara Municipal do Recife.

Uma Audiência Pública no plenarinho da Câmara de Vereadores do Recife discutirá na próxima quarta-feira (9), o papel da Empresa Municipal de Informática (Emprel), na Política de Tecnologia da Informação da Prefeitura do Recife. Atendendo solicitação do Sindicato dos Trabalhadores Em Processamento De Dados, Informática e Tecnologia da Informação do Estado de Pernambuco (SINDPD-PE), a iniciativa do debate é da vereadora Liana Cirne (PT). A Audiência acontece das 14h às 17h, no formato híbrido, podendo ser acompanhada no plenarinho da Casa, ou de maneira virtual no site da Câmara.

A Emprel é uma empresa pública, que executa e gerencia serviços de tecnologia da informação no Recife. Mesmo com seu papel estratégico, o governo municipal analisa, neste momento, a possibilidade de transformar a empresa em uma autarquia. A medida pode diminuir as condições de atuação direta, abrindo espaço para a iniciativa privada, o que seria um risco para a soberania digital da Prefeitura.

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Além disso, como outras empresas de TI públicas, a Emprel sofre com a desvalorização de seus/suas profissionais. Falta investimento na formação dos servidores/as; concurso público para renovação do corpo técnico e um plano de cargos e carreiras que valorize a classe e evite a evasão de profissionais para a iniciativa privada.

"A Emprel tem um papel estratégico no desenvolvimento de sistemas de TI para o atendimento às demandas da população. É preciso manter seu caráter público e valorizar seu corpo funcional, que em função do não reconhecimento do seu potencial, tem buscado alternativas mais rentáveis na iniciativa privada", alertou a presidenta do Sindpd-PE, Sheyla Lima. 

A Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes da Câmara do Recife, atendendo à solicitação dos vereadores Dani Portela (PSOL), e Ivan Moraes (PSOL), solicitou a realização de uma reunião pública para debater a implementação da prestação de serviços de psicologia e de serviço social na rede pública de educação no município na próxima quinta-feira (17), às 15h.

“Foram 20 anos de mobilização de entidades representativas do Serviço Social e da Psicologia, que aconteceram para mostrar a importância desses profissionais nas escolas. Com a pandemia, essa necessidade se tornou ainda mais evidente, pois estamos diante de um cenário de perdas, incertezas e tensões que também afetam as crianças, e a presença desses profissionais nas escolas não deve ser considerada uma opção”, pontuou a presidente do colegiado, vereadora Ana Lúcia (Republicanos).

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Em dezembro de 2019, a Câmara Federal aprovou a Lei 13.935, que determina a inclusão da prestação de serviços desses profissionais nas escolas das redes públicas de educação básica, após quase duas décadas de tramitação.

De acordo com a Lei, as equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar, atuando na mediação das relações sociais e institucionais. 

Debate

Na Câmara do Recife, o debate sobre a implementação da prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas escolas públicas vai acontecer de forma híbrida, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Câmara do Recife, na próxima quinta-feira (17), às 15h. 

Entre os convidados, estão o Conselho Regional de Serviço Social de Pernambuco, o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco, a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, a Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife, o Conselho Municipal de Educação, a Associação dos Auxiliares de Desenvolvimento Infantil do Recife, a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, e a Secretaria Municipal de Educação da cidade.

O projeto de lei de autoria da vereadora Liana Cirne (PT), de número 8/2022 que institui o Orixá Xangô como guardião do Recife estava para entrar na pauta da sessão plenária desta segunda-feira (14), mas foi retirado pela autora. No entanto, desde o domingo (13), alguns vereadores da oposição protestaram contra a proposição nas suas redes sociais exaltando a laicidade do estado e, em seguida, exaltando Deus e Jesus. 

A autora do projeto afirmou, na justificativa da matéria, que Recife tem como uma das marcar a diversidade do povo e multiplicidade de manifestações culturais que, em sua maioria, são “trazidas pelos diferentes povos ancestrais da diáspora negra, assim entendidas as pessoas autodeclaradas pretas e pardas, num total de 68% da população recifense”. 

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Cirne destacou o culto ao Orixá Xangô, trazido para o Recife por Ifatinuké africana proveniente da Nigéria, e também falou sobre a isonomia de tratamento inter-religioso na capital. “mesma maneira que a cidade tem uma padroeira católica que celebramos respeitosamente, assim também os adeptos e cultuadores do candomblé, espiritualidade africana em Recife, lutam para que a representação do Orixá Xangô seja reconhecida e se transforme oficialmente como Guardião da Cidade do Recife. Xangô Orixá da justiça, da alegria e da fartura, Rei de Oyó, guarda essa cidade e seu povo possibilitando que a justiça prevaleça, a alegria cultural recifense se preserve e a fartura venha pelas mãos do trabalho livre de cada um de seus habitantes”, atenuou.

Bancada evangélica contra o projeto 

O vereador Fred Ferreira (PSC) publicou um vídeo afirmando ter sido surpreendido com o projeto. “Nesta última sexta-feira fui surpreendido aqui na Câmara dos Vereadores com um projeto de lei de uma vereadora do PT, que quer instituir o Orixá Xangô como guardião da nossa cidade. Vamos ver o que a Constituição diz, ela assegura que o estado é laico e prevê liberdade de crenças religiosas para qualquer cidadão, mas isso não assegura alguém querer decretar que o Orixá seja guardião da nossa cidade. Você concorda?”, questionou. 



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Em seguida, o parlamentar lembrou que o ex-presidente Lula recebeu, anos atrás, o mesmo Orixá de um pai de santo. “Você já se perguntou por que ela escolheu esse Orixá? Não sei se você lembra, mas alguns anos atrás o ex-presidente Lula ganhou de um pai de santo a imagem do mesmo Orixá, e agora querem colocar o mesmo guardião da nossa cidade. É muita coincidência. Lutarei contra esse projeto, vamos trabalhar e orar para que ele não seja aprovado. A minha convicção é que Recife é de Jesus”, afirmou. 

Por sua vez, o vereador Renato Antunes (PSC) também repudiou a matéria nas suas redes sociais. “Como vereador e representante do segmento cristão evangélico, entendo que toda fé deve ser respeitada, e combatemos todo tipo de intolerância religiosa. Estranhamente esse projeto foi pautado pelo partido dos trabalhadores, o PT, mesmo partido que diz que o estado deve ser laico. Cadê a laicidade do estado? Qual é a finalidade jurídica, econômica, cultural e social para que Xangô seja guardião da cidade do Recife? Como relator da matéria, votarei não, mas quero debater aspectos jurídicos culturais e sociais, entendendo que fé não se discute, mas também que fé não se impõe. Que Deus nos abençoe”. 

Também do partido social cristão, o vereador Felipe Alecrim se colocou como representante da população cristã católica e criticou o projeto. “Todos sabemos através de pesquisas que 80% da população recifense se declara cristã. Isso é importante para mim e para o nosso mandato saber a sua opinião sobre essa proposição”. 

Já o vereador Júnior Tércio (Podemos), apareceu nas suas redes comemorando a retirada do projeto de pauta. “A vitória é do povo de Deus. O projeto foi retirado de pauta e a autora é do PT, o partido das trevas. E ainda tem cristão que vota no partido depois dessa?”, disparou.

A Câmara Municipal do Recife terá uma reunião pública para debater o reflexo do aumento das passagens de ônibus na vida da população recifense e da Região Metropolitana. Atualmente, circula uma proposta estadual de aumento no custo do transporte coletivo com impacto de quase 10% na vida dos usuários. A sessão, promovida pela vereadora Liana Cirne (PT), acontecerá nesta quinta-feira (10), de forma híbrida (remota e presencial). 

De acordo com a parlamentar, no atual contexto de pandemia e de alta do desemprego, o aumento no valor das passagens de ônibus é sinônimo de exclusão, sendo fundamental discutir as alternativas para se evitar o reajuste ou minimizar seu impacto no bolso das famílias.  

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O encontro, realizado a pedido da Coordenação de Transportes do Partido dos Trabalhadores (PT), contará com representantes da sociedade civil, do Consórcio Grande Recife de Transportes, Conselho Superior de Transporte Metropolitano, Sistema de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana do Recife, do Governo só Estado e da Prefeitura do Recife. 

Aumento de 9,69% 

O Governo de Pernambuco propôs um reajuste de 9,69%, valor de acordo com o IPCA acumulado entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, repassando ao usuário somente a inflação do período. 

A gestão estadual se responsabilizaria pela diferença percentual, oferecendo aporte em forma de subsídio nos contratos de concessão e adquirindo antecipadamente créditos eletrônicos para as empresas permissionárias. Caso seja aprovada, tal proposta de recomposição reajustará o anel A para R$ 4,1080 e o anel B para R$ 5,6159. 

O Grande Recife sugere ainda um desconto de R$ 1,00 para os usuários do Vem Comum que utilizam os anéis A e B entre 9h e 11h e 13h30 e 15h30. O objetivo da medida seria o de diminuir a lotação dos veículos dos horários de pico e estimular o uso da bilhetagem eletrônica. 

- - > LeiaJá também: Frente de Luta quer redução da tarifa de ônibus na RMR 

 

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O eixo artístico-cultural foi o primeiro a ser ouvido pela Comissão Especial da Câmara do Recife, que deve cuidar das diretrizes para a realização — ou não — do Carnaval e do São João na capital pernambucana em 2022. Além de, prioritariamente, cuidar da questão sanitária, os parlamentares criaram um momento de escuta para dar satisfações à categoria cultural sobre o que poderão esperar do ano que vem. O período de festividades corresponde à renda de muitos músicos, instrumentistas, artesãos, dançarinos e autônomos no geral, durante o primeiro semestre do ano. A reunião pública ocorreu no Plenarinho da Casa de José Mariano, a partir das 10h15 desta quinta-feira (2).

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À ocasião, foi unânime entre os convocados o apoio à realização do carnaval e do São João. O setor pede que o Poder Público garanta uma resposta o mais rápido possível, uma vez que os preparativos para o carnaval já foram ou já deveriam ter sido iniciados, em alguns casos, e restam agora menos de três meses para o período tradicional de celebração nas ruas.

Os produtores e artistas, por outro lado, criticaram a disparidade no protocolo atual, que já permite eventos fechados com até 7.500 pessoas, mas cogita proibir completamente as festas de rua, que podem ser dinâmicas e atrair milhões, como no caso do Galo da Madrugada, ou pequenos grupos, como no caso de blocos de bairro. Para a categoria, afastar o carnaval de rua da população é excluir possibilidades de lazer e vivência da cultura popular da população mais pobre.

“É preciso que nós tenhamos condições sanitárias para isso [fazer o carnaval]. As festas privadas vão descaracterizar nosso carnaval. Pensem bem, pois sabe o que vai acontecer? Se fechar e fizer 'festinha' pra rico, o pobre vai invadir. Vai cair no colo de quem isso? Vai ser uma revolta popular muito grande. Estou muito triste com o que está acontecendo. Fomos tirados pra Cristo, o setor não aguenta mais”, compartilhou a cantora e instrumentista Bia Villa-Chan.

“Nós, que fazemos a cultura, somos mais humildes do que ricos. Quando a gente tem amor à cultura, a gente sai da nossa pra pegar patrocínio. Quando não consegue, fica preocupado, tira do bolso, numa situação ruim. Somos nós que representamos a história de Pernambuco, não é o governo, não. Somos nós que lutamos para levar o carnaval à periferia, que precisa de uma festa. Eu boto do meu dinheiro. Era para o governo estar com a gente. O imposto que a gente paga é interessante, a renda que a gente gera é de milhões. Com ou sem patrocínio, eu vou dar um jeito de botar o meu bloco na rua. Peço que vocês [vereadores] olhem por essa gente aqui”, complementou Saulo de Prazeres, suplente do Conselho de Cultura de Jaboatão dos Guararapes e fundador do bloco ‘As Virgens de Prazeres’. 

Apesar de não fazer parte dos contemplados pelas políticas debatidas na sessão, compareceu em solidariedade à categoria. 

Passaporte sanitário

Outro ponto debatido com prioridade pela comissão e convidados foi a vacinação e o passaporte sanitário. Para a maioria, a não exigência de vacinação para entrar no Brasil é um impasse na promoção das festas populares, e uma solução alternativa seria aplicar a medida a nível municipal ou estadual, preferencialmente. A tese foi defendida pelos vereadores Ivan Moraes (Psol) e Tadeu Calheiros (Podemos). 

“Quando chegar alguém de fora, só deve entrar com a vacina ou com o PCR. Tem que ter o carnaval. Se não tiver, eu digo a vocês, enquanto representante de uma classe, nós sinceramente vamos fechar as portas. Não temos mais condições de viver de auxílio, esse mini auxílio; inclusive nós, produtores, nem tivemos acesso ao auxílio, foi só para os artistas. O carnaval deve acontecer com toda a segurança, e como o secretário de saúde disse, que é preciso ter mais de 90% dos vacinados, e acredito que até fevereiro dá para ter”, continuou ‘Terezinha,’ representante dos forrozeiros e do Acorde. 

Para o cantor Gui Menezes, o Poder Público carece de entendimento das vertentes artísticas e falta reconhecimento da capacidade de planejamento do setor. Artistas e produtores poderiam, na opinião do vocalista, integrar o debate de forma mais colaborativa. O convocado também mencionou que o investimento em eventos públicos é alto, mas quase sempre a qualidade é baixa e isso impacta no lazer da população, além de poder ser o maior impasse sanitário na realização dos próximos eventos. 

Além disso, Menezes criticou a “política do assistencialismo”, inferindo que a gestão investe mais em políticas paliativas do que definitivas. “A gente não pode ficar à mercê do assistencialismo. Trabalho com 25 músicos, e cerca de 22 precisaram vender instrumentos [para conseguir dinheiro]. Precisamos parar com o assistencialismo e ir para o papel, para o que deve ser feito. Precisamos também de um plano de mídia, para orientar a população. Tudo que o prefeito fala hoje é baseado na fala de outras prefeituras; quero um plano de mídia, para ajudar a repensar o carnaval do Recife”, alegou. 

O Recife abriu, em julho deste ano, as inscrições para o auxílio municipal emergencial (AME) do São João, voltado para artistas, grupos musicais, quadrilhas e profissionais técnicos envolvidos em eventos do período junino que foram afetados pelo cancelamento dos festejos devido à pandemia da Covid-19. O benefício tem valor mínimo de R$ 1,5 mil e máximo de R$ 10 mil, com possibilidade de haver um adicional de 20% do valor quando declarada a existência de equipe técnica. 

O governo do estado também abriu inscrições no auxílio emergencial para artistas e grupos culturais afetados pelo cancelamento do São João. O benefício teve valores entre R$ 3 mil e R$ 15 mil. O auxílio é voltado para as atrações que foram contratadas pelo governo do estado nos ciclos juninos de 2018 e 2019. O público-alvo inclui quadrilhas juninas, cirandas, grupos de coco, xaxado, bacamarteiros, bois, trios de forró pé-de-serra, bandas de forró e artistas solo. 

São João 2022 

Um dos únicos representantes da categoria junina entre os falantes, o diretor da Federação das Quadrilhas, Bruno Soares, explicou aos convocados e vereadores que os mesmos trabalhadores que se empenham no São João, também participam de outros ciclos, como o carnavalesco e o natalino. Além disso, os ensaios das quadrilhas começam no mês de setembro e os grupos têm se organizado de forma independente, mesmo sem a garantia de que terão a oportunidade de trabalhar em 2022.

“Dentro do ciclo junino é interessante reconhecer o principal brinquedo popular do estado: as quadrilhas juninas; que fazem suas atividades e ensaios em espaços democráticos e que possuem impacto social. Elas precisam ser reconhecidas e foram fortemente impactadas pela pandemia. As quadrilhas começam a ensaiar em setembro, não em junho. É preciso pensar nessas pessoas. Essas pessoas são uma cadeia de artistas que vivem dessa cultura; são serralheiros, maquiadores, costureiras. As quadrilhas estão começando os seus ensaios e tentando lançar estratégias para lançar o processo artístico, e pra isso precisamos de uma comissão permanente. Essas pessoas também fazem danças e fanfarras, fazem o ciclo natalino; são grupos irmãos”, completou. 

Na manhã desta quinta-feira (2), foi realizada, no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife, uma audiência pública que convocou o setor artístico-cultural da capital pernambucana para debater as próximas festividades de grande expressão na cidade: o Carnaval e o São João.

A reunião foi promovida pela Comissão Especial, composta por nove parlamentares e presidida pelo vereador Marco Aurélio (PRTB). Essa é a primeira etapa da discussão, que deve ser traduzida em um primeiro relatório, entregue no próximo dia 21.

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No geral, os vereadores buscam formas de promover o Carnaval e o São João de maneira segura, mas podendo, também, ser em proporções diferentes das já conhecidas pelos recifenses. Por esta razão, autoridades sanitárias irão integrar os próximos debates.

Carnaval e economia

A primeira discussão focou nas necessidades do setor cultural e, no caso de não haver realização do Carnaval promovida pela Prefeitura do Recife, quais seriam as formas de assegurar a categoria do ponto de vista econômico.

“Hoje estamos discutindo com o eixo artístico-cultural, os que estão mais calejados neste momento, mas teremos um dia específico para debater somente o eixo-sanitário. O vereador Tadeu (Calheiros), que faz parte da Comissão, está cuidado dessa parte, convidando os órgãos de controle e a Fiocruz está envolvida. A gente quer ouvir os especialistas. Sabemos que após o Carnaval tem gripe, resfriado, conjuntivite. Se a gente achar que dá para ter o Carnaval, se recebermos o ok de que as vacinas estão dando certo, por que não ter? É isso que queremos discutir: como é que vai ser? Depois da pandemia, as coisas não são como antes. Temos que buscar alternativas para que todos estejam seguros, preservando as vidas, mas também permitindo que possam trabalhar”, explicou o vereador Marco Aurélio ao LeiaJá

 O parlamentar reafirmou o tom que foi predominante na reunião. O desejo dos vereadores é de conseguir viabilizar a festividade e estão sendo buscados, agora, caminhos para possibilitar a realização.

“Não havendo - e não é o desejo da gente - o que faremos pelo setor? Esse setor (cultural) gerou, no último Carnaval, R$ 2,3 milhões em receita para o estado, então precisamos, sim, da proposta sanitária, mas também da econômica”, completou Aurélio.

Vacinação

A fala do presidente foi reforçada pela de Tadeu Calheiros (Podemos), que é médico e trabalha na linha de frente contra a Covid-19 desde o início da pandemia. O vereador centralizou o seu discurso na cobertura vacinal, e disse acreditar que a vacinação da população é o caminho mais eficaz para a retomada da normalidade. 

“É importante que façamos um discurso paralelo a isso aqui, para ampliar a cobertura vacinal. Quanto mais avançar a cobertura vacinal, maior será a facilidade para a volta de uma vida pré-pandêmica. Precisamos ampliar o debate, é importante debater à luz da ciência. Isso é uma questão dinâmica: muda a cada fato novo. Poucos dias atrás não tínhamos a variante Ômicron, que pode causar mudanças um pouco mais a frente. A gente precisa ouvir para chegar a um consenso onde podemos contemplar segurança e saúde”, afirmou Calheiros ao LeiaJá.

Na próxima semana, a Câmara ouvirá o setor econômico. Posteriormente, será reunido o eixo sanitário. A Casa também promoverá uma reunião com câmaras municipais de outras cidades que têm o carnaval como uma festividade expressiva, como Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belo Horizonte.

De acordo com os vereadores, de forma unânime, o ideal é que todos os beneficiados, impactados ou interessados nas duas festividades participem e contribuam com a pauta, pois é necessário conciliar tempo e consenso: faltam menos de três meses para o período carnavalesco que o Recife conhece. 

“É muito ruim quando as decisões são tomadas através de canetadas. O intuito dessa comissão é propiciar o debate trazendo as falas dos envolvidos. Essa luta é desde o início da pandemia, em todos os segmentos. A gente não pode deixar essa decisão ser canetada porque as pessoas que sobrevivem da cultura precisam saber qual será a alternativa, se sanitariamente for decidido que não haverá Carnaval”, acrescentou a vereadora Ana Lúcia (PDT), integrante da Comissão.

Carnaval elitista 

O vereador Ivan Moraes (Psol) acrescentou à discussão um ponto mencionado por todas os integrantes do setor cultural ouvidos na Casa. Atualmente, os protocolos sanitários já permitem a realização de eventos fechados de até 7.500 pessoas. Além disso, no Recife e na Região Metropolitana (RMR), já é possível acompanhar festas de rua com aglomerações há alguns meses. Para o parlamentar, decidir proibir o Carnaval sem considerar o histórico da população com a festa popular e as permissões já existentes agora, é mudar o sentido da celebração e promover um Carnaval elitista. 

“A gente não pode ser taxativo, dizendo que não pode ter Carnaval, como se a existência do Carnaval fosse única e exclusivamente de autoridade do estado. Nós conhecemos o Carnaval e ele é uma festa popular. Se você botou o pé para fora do Recife nos últimos meses, se foi em Olinda ou no Recife Antigo à noite, você já vê o Carnaval na rua. Já há possibilidades reais de haver festas pequenas em que algumas estratégias estão sendo tomadas. Pelo decreto sanitário de hoje, já é possível fazer festa para 7.500 pessoas. Se as autoridades sanitárias, que têm responsabilidade de tomar essas decisões, entendem que é possível colocar 7.500 pessoas num local fechado, por que não posso colocar 500, 1.000 num local aberto?”, indagou. 

E continuou, mencionando a existência de pequenos blocos de carnaval e festas de bairro: “Quando a gente pensa em Carnaval, sempre pensa em Galo da Madrugada, Carnaval de Olinda, Homem da Meia-Noite, mas o Carnaval é muito diverso. O Bloco da Ilha de Deus arrasta 300 pessoas, o da Reforma Urbana arrasta 200. Há possibilidade de agremiações menores, com medidas sanitárias, fazer algum tipo de festa. A questão não é vai ou não ter carnaval, mas como podemos fazer algum Carnaval com algum controle sanitário”. 

O parlamentar também reforçou a necessidade de barreiras sanitárias; se não possíveis de forma nacional, uma vez que o Governo Federal não exige passaporte sanitário para a entrada no Brasil, que seja de forma local, através das autoridades estaduais.  

E o adiamento?

“É uma das discussões, estamos querendo pautar isso aqui e ouvindo quem faz parte da cadeira produtiva. Quem sabe, não podendo fazer em fevereiro ou março, poderíamos colocar para julho. Iremos escolher a alternativa mais segura para todos”, afirmou o vereador Marco Aurélio sobre a possibilidade de adiar o Carnaval tradicional de fevereiro e março para uma data posterior, mais viável sanitariamente. 

No entanto, para o vereador Ivan Moraes, a medida é ineficaz e “duplicaria o problema, pois haveriam dois carnavais: um em julho e outro em fevereiro e março. As pessoas ainda sairiam de casa. Chegar numa ladeira onde tem frevo tocando e gente bebendo, já é carnaval. Nas ruas do Recife já está havendo Carnaval”.

O psolista Ivan Moraes Filho, vereador da ala de oposição na Câmara do Recife, compartilhou em suas redes sociais parte do que foi abordado sobre o Carnaval de 2022, na Casa Legislativa, em reunião desta terça-feira (23). Com uma fala que media interesses de favoráveis e opostos à comemoração, o parlamentar lembrou o histórico da saúde dos pernambucanos no pós-carnaval e que a pandemia não é o único desafio enfrentado ao organizar a festividade: “mesmo sem pandemia, o Carnaval é sanitariamente desafiador”. 

“Todo ano, o pós-folia é marcado por viroses, doenças respiratórias e outras mazelas. Em 2022 a responsabilidade do poder público é maior. Mas os governos não podem ignorar a realidade nem alimentar o racismo estrutural”, escreveu Moraes. 

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Em seus questionamentos, disse que é tão equivocado dizer que “vai ter carnaval de todo jeito” quanto que “não pode ter de jeito nenhum”, e ressaltou que os protocolos atuais já permitem uma realidade similar à do Carnaval, só que em menor escala. É o que acontece com casas de show, restaurantes e mesmo estádios de futebol no Estado. 

“Em 2022, as tarefas do governo precisarão ser revistas. Com os índices de infecção e vacinação, dá pra realizar os eventos tradicionais? Muito provavelmente não. É temerário acharmos 'aceitável' que quase todos os dias ainda morra gente de uma doença que tem vacina. Com as regras sanitárias de hoje, bares, restaurantes, igrejas, praias, tudo está aberto. Pode show pra 5 mil pessoas, futebol com metade da lotação. Num canto desses, se tocar frevo não é 'Carnaval'? Pode juntar 2 mil pessoas num lugar fechado, mas não pode 200 em lugar aberto?", prosseguiu o vereador. 

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Entenda o protocolo atual 

De acordo com o Plano de Convivência com o Coronavírus no Estado, em agosto todas as atividades sociais e econômicas foram autorizadas a funcionar até a meia-noite em Pernambuco. Além disso, os estabelecimentos já podem ser ocupados com até 70% da capacidade total. Nesta regra, são contemplados igrejas, salões de beleza e espaços de formaturas e outros eventos.  

Outra mudança é a redução para um metro da distância necessária em locais como escolas, igrejas, escritórios, academias de ginástica, salões de beleza e demais locais. O uso da máscara segue sendo obrigatório. É permitida a apresentação musical com até cinco integrantes, com quaisquer instrumentos musicais, incluindo o cantor ou DJ, mas sem dança e sem a permanência das pessoas em pé. Além disso, mesas com até dez pessoas. 

Em outubro, o governo de Pernambuco anunciou a ampliação de público nos estádios de futebol para até 15% da capacidade do local. Também aumentou para até 2h o horário de funcionamento de eventos culturais, sociais e corporativos, bares e restaurantes, clubes sociais, cinemas, teatros, circos, colações de grau, aulas da saudade e cultos ecumênicos. Dos estádios, os que mais comportam pessoas, apesar da capacidade reduzida, são Arruda (9 mil torcedores, capacidade total de 60 mil) e Ilha do Retiro (5,2 mil torcedores, capacidade total de 35 mil), ambos no Recife.

O vice-presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Hélio Guabiraba (PSB), entrega nesta quinta-feira (21), às 15h, no plenarinho da Casa de José Mariano, o Prêmio Liberato Costa Júnior a 27 ex-vereadores do Recife.

A honraria foi criada, em 2019, com o objetivo de homenagear e reconhecer o legado deixado pelos parlamentares que passaram por esta Casa. A entrega do prêmio acontece anualmente.

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De acordo com Hélio Guabiraba, que é autor da proposta para a entrega da homenagem, é preciso valorizar aqueles que muito fizeram pelo Recife e pelo seu povo. “São muitos os que por esta Casa passaram e que fizeram um trabalho sério e comprometido com o desenvolvimento da nossa cidade. Todos os anos irmos escolher alguns nomes que merecem esse destaque. Precisamos valorizar em vida quem se dedicou e se empenhou por um Recife melhor”, explicou.

Dos 27 homenageados, quatro serão In memoriam. São eles: Carlos Gueiros, Erivaldo Eri da Silva, Marcos de Bria e Vicente André Gomes.

O parlamentar contou por qual motivo o prêmio recebeu o nome de Liberato Costa Júnior. “O Liba, como era conhecido, fez história ao ter sido o vereador da capital com mais mandatos consecutivos: foram 10. Não só por isso: Liba fez um excelente trabalho e chegou até a assumir o cargo de prefeito, em 1963, quando o ex-governador Miguel Arraes assumiu o governo de Pernambuco”.

O evento irá cumprir todo o protocolo do Governo de Pernambuco de forma a continuar combatendo o coronavírus. Cada homenageado somente poderá levar um convidado.

Confira a lista dos homenageados:

ADMALDO MATOS

AERTO LUNA

ALINE MARIANO

ANDRÉ REGIS

ANTÔNIO LUIZ NETO

AUGUSTO CARRERAS

DR. ROGÉRIO DE LUCCA

DILSON PEIXOTO

EDUARDO CHERA

ESTEFANO MENUDO

EURICO FREIRE

FRANCISMAR PONTES

GILBERTO ALVES

HUMBERTO COSTA

IRMÃ AIMEE

JADEVAL DE LIMA 

JOÃO GLASNER

JOSEMI SIMÕES

JOSENILDO SINÉSIO

JURANDIR LIBERAL

MAGUARI

PAULO RUBEM SANTIAGO

PROF. PAULO ROBERTO

CARLOS GUEIROS (In memoriam)

ERIVALDO ERI DA SILVA  (In memoriam)

MARCOS DE BRIA  (In memoriam)

VICENTE ANDRÉ GOMES (In memoriam)

*Da assessoria de imprensa

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