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A maioria da Câmara do Recife votou, nesta segunda-feira (26), em favor do requerimento enviado pelo vereador Fred Ferreira (PSC), que pede que a Casa de José Mariano repudie a Marcha da Maconha, evento realizado anualmente para debater os usos da maconha na sociedade, incluindo os usos recreativo, têxtil e farmacêutico. A mais recente edição da marcha aconteceu no último dia 20 de maio. 

O requerimento do parlamentar alega que o movimento “ignora os sérios problemas de saúde pública e sociais associados ao consumo dessa substância”. O documento não discute, vota, aprova ou reprova qualquer medida relacionada à proibição ou legalização da maconha; o pedido de Fred Ferreira cita unicamente o repúdio ao movimento social que ocupa as ruas do Recife anualmente. 

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Foram 17 votos favoráveis ao requerimento de repúdio, contra seis votos contrários à medida. Confira, abaixo, a votação e a justificativa de alguns dos parlamentares. 

Aderaldo Pinto (PSB) - Votou SIM 

Alcides Cardoso (PSDB) - Votou SIM 

Alcides Teixeira Neto (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Aline Mariano (PP) - Abstenção de voto 

Almir Fernando (PCdoB) - Votou SIM 

Ana Lúcia (Republicanos) - Não votou/Presidiu a votação 

Chico Kiko (PP) - Não votou ou não estava presente 

Cida Pedrosa (PCdoB) - Votou NÃO 

Davi Muniz (PSB) - Votou SIM 

Doduel Varela (PP) - Votou SIM 

Ebinho Florêncio (Podemos) - Não votou ou não estava presente 

Eduardo Marques (PSB) - Votou SIM 

Eriberto Rafael (PP) - Não votou ou não estava presente 

Felipe Alecrim (PSC) - Votou SIM 

Felipe Francismar (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Fred Ferreira (PSC, autor) - Votou SIM 

Gilberto Alves (Republicanos) - Votou SIM 

Hélio Guabiraba (PSB) - Votou NÃO 

Ivan Moraes (Psol) - Votou NÃO 

Jairo Britto (PT) - Votou NÃO 

Joselito Ferreira (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Júnior Bocão (Cidadania) - Não votou ou não estava presente 

Liana Cirne (PT) - Não votou ou não estava presente 

Luiz Eustáquio (PSB) - Votou SIM 

Marco Aurélio Filho (PRTB) - Votou NÃO 

Marcos di Bria Jr (PSB) - Votou SIM 

Michelle Collins (PP) - Não votou ou não estava presente 

Osmar Ricardo (PT) - Não votou ou não estava presente 

Paulo Muniz (Solidariedade) - Votou SIM 

Pretas Juntas (Psol) - Votou NÃO 

Professor Mirinho (Solidariedade) - Votou SIM 

Rinaldo Jr (PSB) - Votou NÃO 

Ronaldo Lopes (PSC) - Votou SIM 

Samuel Salazar (MDB) - Votou SIM 

Tadeu Calheiros (Podemos) - Votou SIM 

Victor André Gomes (União Brasil) - Votou SIM 

Wilton Brito (PSB) - Não votou ou não estava presente 

Zé Neto (Pros) - Não votou ou não estava presente 

Debate 

Requerimento, com a palavra de Fred Ferreira: “Como cristãos, acreditamos que a vida é um presente sagrado dado por Deus e temos a responsabilidade de cuidar do nosso corpo e da nossa mente, logo, devemos buscar uma vida de sobriedade, clareza mental e autocontrole. Dessa forma, a legalização da maconha contribui para a normalização do uso de drogas e para a propagação de comportamentos autodestrutivos na sociedade”. 

Aline Mariano, que se absteve de votar: “O que está acontecendo nesta Casa e é preciso ser dito para a cidade do Recife, é que o vereador [Fred Ferreira] está pobre de pautas. O vereador está discutindo o que não há motivo para discutir. Ele trouxe um projeto inócuo [que não causa dano] para esta Casa, coisa que só o Congresso Nacional tem a prerrogativa de votar, com o objetivo de confundir a população e para dizer a população que temos a prerrogativa de legislar sobre essa matéria e não temos. O que está sendo discutido não é ser contra ou a favor do uso de drogas, mas votar algo dessa natureza é confundir a população. O direito à liberdade de expressão todos têm. Se na Marcha, alguém está fazendo algo ilegal, que a polícia vá lá e impeça, mas a Casa está perdendo tempo enquanto temos tantos assuntos importantes para falar”. 

Ivan Moraes: “A Marcha da Maconha é uma atividade, um evento, organização, que há 16 anos no Recife reúne-se para debater a política de drogas. Em 16 anos já houve várias tentativas de proibi-la na Justiça e todas foram rechaçadas pela Justiça Brasileira, que diz que não há nade de ilegal na marcha. Já pensou se a gente começa a proibir manifestações de pessoas que são contra uma lei, seja lá qual for? Apesar de eu discordar da vereadora Aline sobre a legalização, eu concordo que nesta Casa a gente não pode mais viver de factoide”. 

Confira a votação na íntegra

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O debate sobre o projeto de lei nº 206/2020, do vereador Fred Ferreira (PSC), que dispõe sobre a vedação do uso de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa no âmbito do Recife, aprovado nesta terça-feira (23), na Câmara Municipal do Recife, gerou muita polêmica não só pelo tema, mas também por sua validade. As vereadoras Aline Mariano (PP), Liana Cirne (PT) e Cida Pedrosa (PCdoB) destacaram que o projeto de lei seria inconstitucional.

De acordo com Aline Mariano– que declarou voto pela abstenção – a matéria seria inconstitucional, já que a prerrogativa de legislar sobre regras gramaticais é do Congresso Nacional. O uso de novas variedades de flexão de gênero e número no português são geralmente defendidas por apoiadores de uso da chamada linguagem neutra, que buscam introduzir no vocabulário palavras como “todes” como variação possível de “todos” e “todas”, para demarcar a neutralidade de gênero no português.

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O projeto de lei nº 206/2020 busca proibir a novidade em escolas públicas municipais e em escolas privadas do Recife, prevendo punições que vão da advertência à suspensão do alvará de funcionamento. Editais de concursos da administração municipal e os demais estabelecimentos públicos municipais provedores de ensino, informação e cultura também são alvos da proposta de proibição.

Em seu pronunciamento, Aline Mariano frisou a necessidade de as unidades de ensino seguirem a norma do Acordo Ortográfico de 1990, mas refletiu que isso não afeta a liberdade de expressão popular. “Só pode se ensinar nas escolas o que foi determinado. São o que chamamos de regras gramaticais. O popular e polêmico ‘todes’ pode ser considerado um neologismo linguístico”, disse.

“Todos nós sabemos que o verbo ‘sofrer’ sofreu variações que estão fora das regras gramaticais. A nossa saudosa Marília Mendonça adotou a ‘sofrência’. Oficialmente, ‘sofrência’ não existe na língua portuguesa, mas se admite na comunicação entre pessoas, porque se tornou uma expressão popular, que todos nós temos o direito de proferir. É a liberdade de expressão pura”.

Para a vereadora, não cabe à Câmara do Recife se debruçar sobre a questão. “Querer proibir o uso de ‘todes’ é querer cercear a liberdade de quem quer falar. Mas querer incluir ‘todes’ nas regras gramaticais é uma discussão que cabe ao MEC [Ministério da Educação], aos linguistas, aos professores de português, à comunidade LGBTQIA+ e, especialmente, ao Congresso Nacional. Entendemos que não temos competência para legislar sobre essa matéria”. Segundo Aline Mariano, a aprovação do projeto não significa que ela terá efeitos práticos.

“Vai sair amanhã nos jornais quem votou contra e a favor de algo que não existe, porque esse projeto já nasce morto. Ele já era para ter sido barrado na Comissão de Legislação e Justiça e não foi. É regimental. Passou o prazo”, disse. “Hoje, votamos uma matéria que nada adiantaria. Se votarmos pela proibição e o MEC, junto com o Congresso Nacional, decidirem pela mudança da língua, não adianta a gente barrar aqui. Isso não vai para a frente e a Câmara do Recife pode ser ridicularizada por algo que estamos votando e que não existe na prática”.

Quem também fez críticas ao projeto foi Liana Cirne. “Nós não temos competência legislativa para discutir diretrizes e bases da educação. Todo mundo aqui sabe disso. Essa competência é privativa da União. Então por que esse projeto foi proposto? Para debater ideologia de gênero. Eu respeito, vereador Fred, que o senhor queira debater ideologia de gênero, defender os seus ideais e dar voz ao pensamento dos seus eleitores. Porém, esse projeto de lei não faz isso. Esse projeto de lei quer se imiscuir em uma discussão sobre gramática da língua portuguesa e, para isso, existe o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009”.

Já Cida Pedrosa, destacou que além de inconstitucional, a matéria também seria um projeto de poder autoritário. “O que está em jogo aqui não é a defesa da língua portuguesa, mas sim um projeto de poder autoritário, que não respeita a inclusão e a diversidade. Um projeto que não quer aceitar que as pessoas sejam diferentes e falem como quiserem”, disse, na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (23).

Cida Pedrosa disse que, além de vereadora e advogada, também é poeta. “E quem vai falar aqui é a poeta. Tenho um livro cujo título é Solo para Vialejo, e que ganhou o Prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano e o de Melhor Livro de Poesia. Nele, eu crio várias palavras. A língua é um elemento vivo e se modifica a partir das construções sociais. O projeto de lei em discussão é inconstitucional. Cada um se expressa como quiser”, afirmou.

A vereadora frisou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou contra uma lei como o mesmo teor da que estava sendo debatida, no estado de Rondônia. “O entendimento do Supremo é que só quem pode legislar sobre essa matéria é a União. Nós aqui não podemos discutir esse assunto”. Para a vereadora, a língua sempre foi utilizada como objeto de poder e de subjulgamento. “A língua não está apartada do poder da maioria. Ela sempre foi usada pelos mais fortes contra os que são enfraquecidos”.

Cida Pedrosa deu como exemplo a palavra mulata, que foi criada no século 17. “A mulher negra foi compara a uma mula”. Da mesma forma, ela disse que a palavra denegrir foi uma palavra “que queria dizer que aquilo que é ruim tem relação com o negro”. Nesse ponto, ela afirmou que o nome dessa tentativa de proibição da linguagem neutra “é um projeto de poder de subjulgamento. Quando queremos proibir o direito de as pessoas se tratarem como quiser é exercício de poder e de subjulgamento das pessoas”.

*Da Câmara do Recife 

Em resposta à indicação de voto de repúdio recebido na Câmara do Recife nesta segunda-feira (25), pelo vereador Fred Ferreira (PSC), o vereador Ivan Moraes (PSOL) ressaltou defender a legalização da maconha. O pedido de Fred, rejeitado na Casa de José Mariano, foi por conta do outdoor instalado na capital em que Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais. 

“Este é um parlamentar que defende a legalização de uma planta para que milhares de pessoas tenham remédio, trabalho e renda. Para que as pessoas deixem de ir presas. Sou eu que defendo a maconha, sou eu que defendo as famílias que precisam de remédio, sou eu que defendo as famílias que estão com filhos e filhas ameaçados e muitos deles encarceirados”, salientou. 

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Ivan afirmou que “entre cuidar, matar ou prender, eu vou sempre preferir defender que nós cuidemos das pessoas”. Ele também ressaltou: “Não vou dar cartaz a detratores, mas sempre que esse assunto vier à pauta, eu terei todo o prazer de debater. Todas as vezes que eu tiver oportunidade, seja nesse microfone ou nas ruas do Recife, eu vou dizer: legaliza! Trabalho, renda e remédio para todo mundo que precisa”, avisou. 

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A Câmara Municipal do Recife analisa, nesta segunda-feira (25), um requerimento do vereador Fred Ferreira (PSC) solicitando um voto de repúdio ao também parlamentar Ivan Moares (PSOL). O pedido foi motivado pelo outdoor instalado na capital pernambucana onde Ivan defende a legalização da maconha para fins medicinais.

Na avaliação de Fred, a ação de Ivan foi uma "incitação à legalização da maconha por meio de outdoors espalhados na cidade". 

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Para justificar o pedido, o vereador evangélico disse que "o consumo da maconha causa dependência e efeitos colaterais como perda de memória, esquizofrenia, infarto e, em caso de gravidez, problemas no desenvolvimento do bebê. Apesar das qualidades medicinais, o uso recreativo da maconha não é curativo ou isento de riscos, como a publicidade associada à campanha de legalização procura convencer a população e, em particular, os jovens".

Fred Ferreira não foi o único a reagir mal ao outdoor protagonizado por Ivan, o vereador Pastor Júnior Tércio (PP) afirmou, na última semana, que ingressaria com uma representação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra o vereador do PSOL por ter feito "apologia à maconha".

Reação

Ivan Moraes falou no Twitter sobre o pedido de voto de repúdio vindo de Fred Ferreira e chamou o parlamentar de "fundamentalista" e ironizou o fato do vereador ter demorado para tomar uma atitude diante das defesas apresentadas pelo outdoor, uma vez que a propaganda está exposta desde 19 de abril.

"Na ordem do dia de hoje na @CamaraRecife tem a votação de um voto de repúdio a... mim. Mais um vereador fundamentalista que chegou atrasado na discussão querendo tirar casquinha da minha luta pela legalização de uma planta pra faturar em cima do seu eleitorado. Simbora feito pão", escreveu o psolista.

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As escolas públicas e privadas do Recife podem ser obrigadas a instalar detectores de metais nos prédios em que funcionam. A medida passará a ser exigida caso um projeto de lei do vereador Fred Ferreira (PSC) seja aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito. A matéria, segundo o parlamentar, é inspirada no recente ataque à Escola Raul Brasil, em Suzano (SP), que deixou 10 mortos e na repercussão do caso em outros cidades, com a apreensão de jovens planejando ações no mesmo teor.

Nessa terça-feira (9), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), emitiu uma portaria recomendando a instalação nas unidades educacionais do Estado. 

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De acordo com o texto, a instalação visa “a prevenção de qualquer tipo de situação de violência, proibindo a entrada de qualquer tipo de arma, com equipamentos seguros e identificação biométrica para escolas, que possuam mais de 500 alunos por turno”.

Os índices de violência na capital pernambucana também basearam a proposta, segundo Fred Ferreira.  “Esse projeto de lei pretende evitar, no Recife, o que já ocorreu em outras grandes cidades do país. O ingresso de toda e qualquer pessoa nas escolas, sem exceção, estará condicionado à passagem por um detector de metais e, quando identificada alguma irregularidade, à inspeção visual dos seus pertences. O projeto já está tramitando nas comissões da câmara, e espero que logo seja aprovado”,  afirmou.

A matéria tramitará nas comissões  de Legislação e Justiça, Finanças e Orçamento, Segurança Cidadã e Educação, Cultura, Turismo e Esportes. Se aprovada segue para a sanção do Executivo.  

“Essas ações ilícitas estão sendo incrementadas por ações de violência armada praticadas não só contra os alunos regularmente matriculados, como também contra a equipe de educadores e de apoio operacional, ocorrendo com maior incidência nas grandes escolas, principalmente aquelas localizadas nas cidades de médio e grande porte, visto que as particularidades urbanas associadas à violência estão mais presentes nesses centros”, acrescentou Fred Ferreira.

Já imaginou sair do hospital ou da maternidade com orientações e treinamento em primeiros socorros para recém-nascidos? Pois é o que propõe o vereador Fred Ferreira (PSC) no projeto de lei que obriga as unidades de saúde públicas e privadas, no Recife, a oferecerem aos pais ou responsáveis legais dos bebês uma capacitação. 

De acordo com o texto, as orientações serão ministradas antes da alta e contemplarão instruções para assistência em casos de engasgamento, aspiração de corpo estranho e prevenção de morte súbita de bebês. Os hospitais e maternidades deverão informar aos pais ou responsáveis legais, que decidem se querem participar ou não, sobre a existência e a disponibilidade do treinamento, ainda durante o acompanhamento pré-natal.

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“Para as mães e pais sem experiência, surge sempre a pergunta: O que fazer quando o bebê se engasgar, já que manobras arriscadas podem levar a criança a óbito? A morte de recém-nascidos pode ser evitada, através de medidas preventivas simples, as quais, infelizmente, não são de conhecimento de todos”, destaca o parlamentar.

Fred Ferreira lembra ainda que, segundo especialistas em pediatria, é comum a ocorrência de engasgamento com líquido, leite materno ou mesmo saliva em bebês com menos de um ano de idade. “Essa proposta é para que os responsáveis conheçam técnicas simples e cuidados básicos de prevenção”.

O projeto de lei será encaminhado para a análise das comissões competentes, após o início das atividades parlamentares.

*Do site da Câmara Municipal do Recife

Como já era esperado, a eleição da Mesa Diretora da Câmara do Recife, nesta quinta-feira (1º), para o biênio 2019-2020 trouxe poucas novidades e mudanças pontuais entre os vereadores. O presidente da Casa José Mariano, Eduardo Marques (PSB), foi reconduzido ao cargo e a 1ª vice-presidência continuou com Carlos Gueiros (PSB).

Com a disputa feita por uma chapa única articulada anteriormente pelos parlamentares, houve também uma troca de cadeiras. A 2ª vice-presidência passou a ser ocupada por Chico Kiko (PP), que antes era da 3ª vice, e Fred Ferreira (PSC), que antes era segundo, ficou com a vaga.

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As novidades foram na 1ª secretaria, para qual foi eleito o vereador Romerinho Jatobá (PROS). O posto antes ocupada por Marco Aurélio (PRTB), eleito deputado estadual nas eleições deste ano. Já para a 2ª secretaria, de Marco Di Bria (PSDC), foi eleito Helio Guabiraba (PRTB). E a oposição escolheu indicar Rinaldo Junior (PRB) para a 3ª secretaria no lugar de Jairo Brito (PT). Os suplentes são Marco Di Bria e Amaro Cipriano Maguari (PSB).

O que chamou a atenção na votação foi a postura da vereadora Nathalia de Menudo (PSB) que, um dia antes, havia reivindicado ao partido a indicação para assumir a primeira vice-presidência no lugar de Carlos Gueiros, mas foi negado. Na hora de escolher, Nathalia votou nela própria para o posto e o vereador Romero Albuquerque (PP) a apoiou também votando nela. Foram os únicos votos contrário à chapa, o que deixou claro o desconforto da vereadora com a legenda pessebista.

Três vereadores não participaram da sessão: André Régis (PSDB), Jayme Asfora (PROS) e Augusto Carreras.

Planos 

Com mais dois anos à frente da Casa, Marques disse que o principal desafio será instalar o parlamento recifense em um prédio mais amplo e acessível. “O desafio maior é de darmos um norte para que possamos fazer uma Casa maior, termos melhores condições de trabalho. É um sonho de todos os vereadores, que a Câmara possa ter um prédio maior e com mais mobilidade”, salientou.

Em maio deste ano, Marco Aurélio chegou a articular a compra de um prédio de R$ 12 milhões.  O antigo Hotel São Domingos, localizado no bairro da Boa Vista, mas a Câmara precisou recuar da aquisição por causa de um imbróglio na propriedade do prédio. Questionado se já estavam procurando outro local, Eduardo disse que não. “Há muitas ideias que podemos colocar em prática, como um terreno em um lugar estratégico que facilite a chegada dos cidadãos. Se conseguirmos algo bom, correto podemos comprar um prédio, mas a prioridade é um terreno”, destacou.  

“Não querendo manipular ninguém, que nós possamos mostrar o que é melhor para o nosso Estado”. Assim pontuou um dos cerca de 200 pastores de igrejas evangélicas da Região Metropolitana do Recife (RMR) no início de um encontro entre a chapa Pernambuco Vai Mudar, que tem a liderança do candidato a governador Armando Monteiro (PTB), e os líderes religiosos na manhã desta quinta-feira (6), em um hotel da orla de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. 

O evento reforçou o desejo de Armando de conquistar o eleitorado evangélico, uma vez que não é novidade que o segmento tem rendido aos políticos pernambucanos expressivas votações, e o encontro foi organizado pelo grupo político da família Ferreira com o argumento de que os evangélicos terão representatividade no governo, caso Armando seja eleito, uma vez que a vice na chapa do petebista é ocupada pelo vereador do Recife, Fred Ferreira (PSC). 

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Armando tomou café com os pastores e depois os reuniu para um ato político. Questionado se tinha alguma plataforma de governo específica para o setor, Armando disse que não, mas ponderou a necessidade de dialogar sempre com os evangélicos. 

“Eu reconheço que a comunidade evangélica tem hoje uma presença muito expressiva em Pernambuco. Segundo as pesquisas censitárias, o público evangélico hoje ocupa 30% da população. É preciso dialogar com eles e há temas que são muito sensíveis a todos, como a questão da segurança pública. Portanto viemos aqui debater, ouvir eventualmente algumas propostas e pretendemos sempre dialogar com este setor”, salientou o candidato.

Já quanto à influência direta do voto evangélico com a presença de um vice do segmento, o petebista considerou pesar bastante. “Acredito que sim. Ele tem vinculações com essa comunidade, uma grande integração com a comunidade evangélica e e isso será sempre um canal natural neste diálogo”, reforçou. 

Fred Ferreira é cunhado do prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PR). Anfitrião do evento, Anderson enalteceu o fato de Armando ter “sensibilidade para enxergar e ter a representatividade de alguém que comunga princípios cristãos”. 

Fazendo as honras da casa e apresentando todos os candidatos da chapa aos pastores, desde Armando até os postulantes ao Senado Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), Anderson fez questão de salientar ainda que Fred “tem que andar na cartilha dos Ferreira” na vida e na política.

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Força política dos Ferreira

O crescimento dos votos para a família vem sendo notado nas últimas eleições. Além dos seis mandatos do patriarca Manoel Ferreira (PSC) na Alepe, de 2004 para cá André Ferreira (PSC), que é deputado estadual e concorre para federal, passou de 7.232 votos, na primeira eleição para vereador do Recife, para a vaga de mais votado nos pleitos de 2008 e 2012 - com 15.117 e 15.774 votos respectivamente - e em 2014 foi eleito deputado com 74.448. 

Já Anderson, na sua primeira eleição, em 2010, recebeu 48.435 votos para deputado federal e em 2014 foi reeleito com 150.565 votos. Em 2016, ele disputou a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, e conquistou 171.057 votos segundo turno. No mesmo ano, Fred Ferreira foi eleito com 14.277 votos, terceiro mais votado da Câmara Municipal do Recife.

O PSC foi o sexto partido a deixar a formação da Frente Popular de Pernambuco que elegeu o governador Paulo Câmara (PSB) em 2014. Com o desembarque, o palanque do pessebista, que pretende buscar à reeleição, perde uma parcela dos votos evangélicos do estado, considerado um eleitorado forte. Naquele ano, por exemplo, os deputados estadual e federal mais votados tinham o segmento como base eleitoral. 

A legenda social-cristã, que agora integra o grupo ‘Pernambuco Vai Mudar’, é o reduto do clã dos Ferreira que atualmente comanda a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, com Anderson Ferreira (PR); tem uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com o deputado estadual André Ferreira (PSC); e um mandato na Câmara do Recife, com Fred Ferreira (PSC). 

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Já Anderson, na sua primeira eleição, em 2010, recebeu 48.435 votos para deputado federal e em 2014 foi reeleito com 150.565 votos. Em 2016, ele disputou a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco, e conquistou 171.057 votos segundo turno. No mesmo ano, o clã recuperou a vaga que André tinha deixado na Câmara do Recife com a eleição de Fred Ferreira, com 14.277 votos. terceiro mais votado da Casa.

Nas eleições deste ano, o grupo pretende emplacar uma vaga na disputa pelo Senado ou na Câmara Federal com André Ferreira e tentar manter a presença na Alepe com o retorno do patriarca da família, Manoel Ferreira (PSC). 

A reconfiguração da Frente Popular 

As outras cinco legendas que já deixaram a base de Paulo Câmara são PV, Podemos (antes PTN), PSDB, DEM e PPS - todas agora endossam a pré-candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Palácio do Campo das Princesas. Além delas, a Rede Sustentabilidade que recebeu o registro da Justiça Eleitoral depois daquele pleito, mas já apoiava o palanque pessebista, hoje também está no campo de oposição. 

Apesar das perdas, o governador ainda ostenta um grupo com 15 legendas (PCdoB, PSB, PTC, PRP, PR, PSD,SD, PPL, PHS, PSDC, PROS, PP, PEN, PSL e PDT) e se mantém com a maior frente, até agora, para a corrida eleitoral. Entre esses, entretanto, o Solidariedade tem expressado insatisfações e, nos bastidores, vem sendo cortejado por Armando para ingressar na oposição. Um desafio para Paulo Câmara que tem até agosto, quando registrará a candidatura, para manter ou conquistar novos partidos para a Frente Popular. 

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A frente de oposição 'Pernambuco Vai Mudar', que tem como pré-candidato a governador o senador Armando Monteiro (PTB), reúne-se, nesta terça-feira (26), para anunciar oficialmente o ingresso do PSC no bloco. Com a adesão da legenda, o clã político dos Ferreiras também passa a fazer parte do grupo de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). O evento, que está marcado para as 9h, será no The Garden Open Mall, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

O fato da cidade ter sido escolhida para o ato é significativo, uma vez que ela é administrada pelo prefeito Anderson Ferreira que, ao contrário do pai, Manoel Ferreira, e do irmão, deputado estadual André Ferreira, integra o PR, legenda que faz parte da base governista. Além dos três, o vereador Fred Ferreira também integra o grupo político familiar. 

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O anúncio do desembarque da família Ferreira da base de Paulo Câmara aconteceu na última quinta-feira (21) e a vontade de André Ferreira de concorrer ao Senado é apontada como um dos principais motivos para o rompimento da aliança. Ele já chegou a dizer que a pré-candidatura era condicional para uma aliança eleitoral, mas na nota que anunciou o desembarque não fez menção a isso. 

“Há alguns meses o nosso grupo vem dialogando com vários segmentos da sociedade sobre a necessidade do Estado de Pernambuco iniciar um novo ciclo de mudança. A este Governo falta diálogo, capacidade administrativa e, principalmente, liderança. Hoje a sociedade cobra coragem nas oposições políticas. Nós temos essa coragem e fazemos política por convicção. Não concordamos com a prática do poder pelo poder e nem aceitamos um governo de que seja refém da barganha”, disse parte do texto.

Apesar de já ter anunciado Armando como candidato a governador e o deputado federal Mendonça Filho (DEM) na disputa para uma das vagas de senador, o bloco ‘Pernambuco Vai Mudar’ ainda tem dois espaços para serem preenchidos e a expectativa é de que André busque o espaço para a Casa Alta. 

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O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, vai receber o título de cidadão recifense. O projeto que concede a honraria foi aprovado por 26 votos a 2, na sessão dessa segunda-feira (2), na Câmara dos Vereadores do Recife. Apenas Ivan Moraes (PSOL) e Rinaldo Júnior (PRB) se posicionaram contrários à proposta. O título foi proposto pelo vereador Fred Ferreira (PSC) e desde o início de setembro foi colocado e retirado da pauta de votações diversas vezes. 

Na proposição, ao se justificar, Fred diz que a igreja que Silas é presidente tem duas unidades na capital pernambucana “que atuam ativamente na área social, levando o evangelho às comunidades mais pobres da cidade”. Fred ainda cita que o líder religioso “tem como principal objetivo defender a fé cristã, os princípios e os valores éticos, morais e espirituais da igreja de Jesus Cristo e pregar de forma clara e objetiva, a mensagem do evangelho” e diz que ele já recebeu outras honrarias pelo país “por sua efetiva contribuição à sociedade”.

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Em entrevista recente ao LeiaJá, Fred Ferreira classificou como positiva a concessão da honraria Malafaia. “Ele tem um trabalho social muito relevante nas comunidades, tirando as pessoas das drogas, fazendo algo onde o poder público não chega. Pessoas como ele, do porte desta grandeza, com a relevância que ele tem na sociedade, acho que foi benéfico e muito positivo em trazer essa pauta aqui para a Casa e dar esse título recifense para o pastor Silas”, acredita. 

De acordo com o segundo parágrafo do artigo 414 do Regimento Interno da Câmara, que rege a concessão de Títulos Honoríficos, a honraria deve ser entregue “em virtude de relevantes serviços, comprovadamente prestados ao Recife ou à sua gente, por via de projeto de decreto legislativo”. 

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