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Geraldo Freire está de casa nova. O radialista assinou contrato com a CBN Recife 105.7 FM. A informação foi publicada por ele mesmo, em seu perfil no Instagram. “Semana que vem estaremos conhecendo a rádio e, na semana seguinte, eu e Wagner Gomes estaremos aqui no horário da manhã”, disse.

“Mil agradecimentos ao pessoal da Rádio Jornal, mas agora é cada um do seu lado, trabalhando e levando as informações que todo mundo quer saber”, completou

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Conhecido como 'o comunicador da maioria', Geraldo surpreendeu a todos, em fevereiro, ao deixar a Rádio Jornal. Ele trabalhou por 30 anos na emissora, apresentando o programa Super Manhã.

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O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, responsabilizou o governo Lula pelos ataques e depredações dos prédios públicos dos Três Poderes, em Brasília, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 8 de janeiro.

"A culpa de tudo isso é do governo atual. São eles quem mandam no Exército, nas polícias e isso aconteceu. Não tinha policial suficiente para defender os prédios federais", disse o dirigente, em entrevista à rádio CBN na manhã desta sexta-feira (20).

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Questionado sobre o papel de Bolsonaro no episódio, Costa Neto negou o envolvimento do ex-presidente. "Zero (responsabilidade). A responsabilidade é do ministro da Justiça (Flávio Dino) que fez uma portaria que dizia que a Força Nacional iria defender os blocos federais e não tinha um cidadão da Guarda Nacional lá. Ninguém incentivou nada", disse.

Como mostrou o Estadão, as invasões às sedes dos Três Poderes estava sendo preparada por extremistas leais a Bolsonaro desde o dia 3 de janeiro, quando radicais começaram a divulgar com grande intensidade mensagens em aplicativos como o Telegram e o WhatsApp para trazer manifestantes de todo o País para Brasília, com as despesas pagas.

Retorno do ex-presidente

Durante a entrevista, Costa Neto afirmou que o próprio Jair Bolsonaro teria lhe informado que pretende retornar ao Brasil no final do mês de janeiro. O ex-presidente está nos Estados Unidos desde o final de 2022, quando, a três dias do fim de seu mandato, se recolheu em um condomínio na região de Orlando, na Flórida.

A intenção da sigla é manter Bolsonaro no partido como uma liderança destacada. "Quero de qualquer forma o Bolsonaro aqui no Brasil, trabalhando e prestigiando o partido, indo nos nossos eventos, visitando as cidades. E principalmente a esposa dele, a dona Michelle (Bolsonaro). Michelle se revelou com um carisma impressionante. Com isso, nós queremos eles para que fortaleçam o nosso partido", disse Costa Neto.

O novo cargo de Bolsonaro no PL - e um eventual para Michelle - vai gerar gastos para a sigla. O primeiro pagamento ainda não foi agendado, visto que a legenda está com os recursos bloqueados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois de receber uma multa de quase R$ 23 milhões por tentar anular o segundo turno com acusações infundadas sobre fraudes nas urnas eletrônicas.

'Minuta do Golpe'

Costa Neto afirmou que documentos semelhantes àquele apreendido na casa do ex-ministro Anderson Torres pela Polícia Federal foram vistos por ele. Segundo o dirigente, muitas pessoas enviaram relatórios com ideias ilegais para impedir que o presidente Lula tomasse posse.

"Olha, fiquei surpreso (quanto ao documento encontrado na casa de Torres), lógico! Mas acontece que daquele documentos, vários outros circularam. Teve gente que me mandava proposta de qual lei ou artigo eu tinha que usar para não deixar o Lula assumir. As propostas vinham de todo lugar. Aquilo que acharam na casa do ex-ministro da Justiça pode ter sido uma dessas", disse.

Quanto às propostas semelhantes que foram enviadas em seu nome, Costa Neto afirmou que descartava e não as mantinha em casa. "Eu tinha o cuidado de colocar no moedor quando recebia alguma proposta dessa", disse.

O conteúdo da minuta de decreto presidencial apreendida defende a necessidade de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir o "pronto restabelecimento da lisura e correção do processo eleitoral presidencial" de 2022. O texto afirma que elas foram "descumpridas" em "grave ameaça à ordem pública e à paz social". O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro aparece no final do texto.

Nesta quinta-feira (19), Bolsonaro defendeu que a minuta é um documento "apócrifo" que não indica "quaisquer atos concretos" da participação do ex-chefe do Executivo em sua redação. Segundo a defesa do ex-presidente, o papel "nunca deixou a residência privada de terceiros; não foi publicado ou publicizado, a não ser pelos órgãos de investigação e; não se tem notícia de qualquer providência de transposição do mundo do rascunho de papel para o da realidade fenomênica, ou seja, nunca extravasou o plano da cogitação".

“O povo vai ter que escolher entre a democracia e fascismo” foi o que disse o ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, nesta sexta-feira (13), à rádio CBN de Santa Catarina. O petista afirmou que a população não deve ter medo da polarização nas presidenciais de 2022, já que o pleito representa uma disputa entre dois extremos que são comuns em países democráticos. Lula, que decidirá no fim deste ano ou no início do ano que vem se disputará a Presidência, também disse que, caso seja candidato, será o representante da democracia, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro, será o representante da “antidemocracia”, do “negacionismo” e do “fascismo”.

"As pessoas não têm que ter medo de polarização porque a polarização que existe no Brasil hoje é um representante da democracia, que se eu for candidato vai valer, e outra candidatura que representa o fascismo, a antidemocracia, um negacionista, que nega tudo, ele só acredita nas suas mentiras. Então, eu acho que essa é uma polarização boa: o povo vai ter que escolher entre a democracia e o fascismo", disse o aspirante à presidência.

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Ainda conforme o ex-presidente, Bolsonaro "governa baseado na mentira" e espalha a “discórdia”. "Ele (Bolsonaro) não tem nenhuma preocupação com a verdade. Você veja que ele não fala sobre nenhum assunto sério, o que ele fala é todo dia é tentando criar uma discórdia na sociedade”, continuou.

Apesar de não ter confirmado sua participação no pleito eleitoral de 2022, Lula é o possível futuro candidato mais aguardado para a corrida, além de estar liderando pesquisas feitas em todo o Brasil. Levantamento do Datafolha divulgado em julho mostrou que Lula ampliou vantagem sobre Bolsonaro e marcou de 58% a 31% no segundo turno.

"Tenho conversado com muita gente, de outros partidos políticos, e quando chegar mais ou menos no final desse ano, no começo do ano que vem, as coisas vão ficar mais ou menos sendo amarradas", disse ele quando questionado sobre alianças políticas.

Questionado sobre os pedidos de impeachment, Lula disse que cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautar a questão e que o PT tem cobrado para que isso aconteça.

O ex-prefeito de São Paulo e possível nome do PT para disputar as próximas eleições Fernando Haddad evitou, na manhã desta sexta-feira (12), confirmar que concorrerá à Presidência pelo partido em 2022 e disse que não seria ele a cassar os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nome preferido do partido caso seja autorizado pela Justiça a disputar as eleições.

"Não serei eu que vou cassar os limites políticos do presidente Lula. Vamos deixar claro aqui que estamos em pleno julgamento da parcialidade do (ex-juiz e ex-ministro da Justiça) Sergio Moro", disse o petista em entrevista à rádio CBN.

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Na última semana, conforme mostrou o jornal O Globo, o ex-presidente Lula orientou Haddad a percorrer o Brasil, se apresentando como pré-candidato do PT à Presidência da República para 2022. A avaliação do partido é de que não será possível esperar o julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, que poderia restaurar os direitos políticos a Lula.

Outro objetivo do partido com a andança pelo País é conter a mobilização que o atual presidente Jair Bolsonaro tem realizado, principalmente durante a inauguração de obras nas regiões Norte e Nordeste. "Não podemos esperar que um presidente que não assume o cargo e está em permanente campanha fique sozinho no espaço público falando as atrocidades que ele fala, inclusive propondo coisas que vão contra a saúde pública", afirmou Haddad.

O ex-prefeito de São Paulo afirmou também que o PT não deve deixar de apresentar um candidato à disputa presidencial, ainda que partidos de centro e esquerda defendam a tese de uma candidatura ampla. "Tenho o maior respeito pelo campo progressista, acho que temos de ter muita capacidade de diálogo, mas sempre fui da tese de que esta construção, em um País pluripartidário que tem a cláusula de barreira, é muito difícil os partidos não lutarem pela sua sobrevivência. Para isso (frente ampla), que tem o segundo turno", afirmou. "Se há divergências programáticas, a gente tem o dever de apresentá-las no primeiro turno".

Alianças

Sobre alianças, Haddad defendeu a necessidade de "ter clareza em relação à direita que se diz democrática e antibolsonarista" a fim de conter o ímpeto bolsonarista. Nas recentes eleições parlamentares para a presidência de ambas as Casas Legislativas do Congresso, o partido se aliou a nomes da centro-direita e apoiou no Senado o candidato apontado pelo Palácio do Planalto, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e, na Câmara, defendeu a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), desafeto do partido pela posição favorável ao impeachment de Dilma Rousseff.

"Essa direita que se diz civilizada, que diz que o Bolsonaro é um escândalo, na verdade é tudo a mesma coisa. Falo isso com muita tristeza. Eu tinha a esperança de que esse pessoal, diante do descalabro que está acontecendo - essa agressão à imprensa e aos jornalistas, o Bolsonaro agrediu toda a imprensa brasileira - (fizesse algo). Ninguém fala nada. Ninguém diz nada", afirmou Haddad. "Nós resolvemos reagir. Vamos defender a democracia. Vamos defender a liberdade de imprensa. Apesar de não termos nenhuma simpatia pela imprensa, vamos defender vocês", afirmou Haddad durante na entrevista à CBN.

O prefeito eleito em Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) disse que planeja se reunir já nesta segunda-feira (30) com o atual prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) a fim de tratar do avanço da Covid-19 no município. Em entrevista à rádio CBN, Melo afirmou ter muita clareza que a pandemia "é séria" porém ressaltou que "a economia e a saúde precisam caminhar juntas".

"No nosso radar (está) não fechar a cidade", afirmou o prefeito eleito.

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Segundo Melo, a previsão é que a partir da terça-feira haja um comitê de transição para tratar deste assunto.

O discurso de atenção concomitante à saúde e emprego tem sido usado pelo presidente Jair Bolsonaro para sustentar medidas mais lenientes contra a Covid-19 sob o argumento de que o isolamento social causaria outras doenças como depressão e desnutrição.

Apesar da menção a Bolsonaro, Melo afirmou que o presidencialismo é um "grande mal" e defendeu uma reforma política.

O prefeito eleito de Porto Alegre também fez um aceno ao prefeito de São Paulo - reeleito no domingo (29) -, Bruno Covas (PSDB): mandou um abraço e disse que gostaria de visitá-lo para conversar sobre transporte coletivo.

Aldo Vilela, apresentador do programa de rádio CBN Total, deu um depoimento emocionante ao encerrar a edição desta terça-feira (4). O comunicador revelou que seu pai foi vítima do novo coronavírus. Chorando, ele dedicou o programa ao pai, Adão Costa Vilela.

"Muita gente insiste em não entender, subestima a doença. Muita gente subestima o mal e eu acabei perdendo o meu pai para a Covid. É devastador. Quem perdeu um ente querido sabe o que eu tô dizendo", afirmou. 

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"Ao meu pai, Adão Costa Vilela, a minha dedicação de todos esses anos. Hoje eu dedico esse programa para você. As pessoas não estão dando o valor, não estão levando a sério essa praga que se abateu em todo o planeta”, queixou-se.

Confira o áudio

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a criticar o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é contra as medidas de distanciamento social para contenção do coronavírus. Em entrevista à rádio CBN, o tucano afirmou que só há possibilidade de retomar um diálogo com a Presidência da República caso o presidente mude sua posição.

"A divergência dele não é apenas com governadores, com prefeitos, com o Congresso. A objeção do presidente Bolsonaro infelizmente é com a ciência, a saúde, a orientação médica. Se ele mudar de posição e começar a seguir o que defendiam seus ministros da saúde, pode haver diálogo", afirmou Doria.

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O tucano também criticou a Medida Provisória (MP) editada pelo governo federal na última quinta-feira (14), que isenta os agentes públicos de responsabilidades no combate à pandemia de coronavírus. "É um absurdo completo, aliás feita sob medida para o próprio Bolsonaro e para sua família, com um mandato de isenção tendo um comportamento ruim. O Congresso não vai aprovar isso, tenho certeza", afirmou.

Doria ainda chamou de "absurdo" o atraso do auxílio a Estados e municípios. "São recursos para financiar a saúde. Diante de uma pandemia que já matou tantos brasileiros, era de se esperar que o governo federal acelerasse a liberação dos recursos, mas Bolsonaro atrasa isso para fazer uma negociação política. É incompreensível essa visão dele", finalizou o governador tucano.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse que o governo está trabalhando com o avanço das reformas administrativa e tributária, além da aceleração do processo de privatização, e fixou: "serão apreciadas em 2020".

Em entrevista à rádio CBN, Waldery afirmou que o governo estuda uma contenção da renúncia tributária em incentivos - que soma R$ 326 bilhões em 90 itens. "Temos uma obrigação legal de estudar uma redução", afirmou. Segundo Waldery, a determinação é para que se reduza os gastos com subsídios de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2%.

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O secretário ainda insistiu que "o governo não trabalha com aumento da carga tributária". Sobre a isenção de energia para templos religiosos, uma ideia do presidente Jair Bolsonaro, disse: "toda renúncia tributária tem custo à população". E completou: "teremos que compensar em outro segmento".

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, voltou a rebater, nesta quinta-feira (21), o que chamou de "informação falsa" em relação ao convite para integrar o governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, o primeiro contato ocorreu na semana antecedente ao segundo turno das eleições presidenciais de 2018, não antes disso.

"Emiti nota ontem (quarta-feira, 20). Na semana antecedente ao segundo turno, recebi visita de Paulo Guedes, atual ministro da Economia, sondando qual seria a reação se recebesse convite do presidente. Depois de eleito, foi feito o convite", respondeu Moro, em entrevista nesta à Rádio CBN. A informação de que teria sido sondado com antecedência para o cargo em 2018 fora dada por Gustavo Bebianno, ex-secretário-geral da Presidência da República, em entrevista no final de semana.

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"Não tem nada que já não tivesse falado anteriormente. O primeiro contato foi antecedente ao segundo turno. Qualquer outra informação é falsa", disse o ministro.

Ainda de acordo com Moro, depois de eleito, o presidente Bolsonaro fez o convite. "Em primeiro de novembro, quando a convite dele conversamos sobre convite ao ministério". "Nós conversamos, convergimos na pauta", continuou, acrescentando que incluía que o Ministério da Justiça teria que ser de combate à corrupção, crime organizado e crime violento. "Aceitei para avançar mais nessas áreas".

Ao ser questionado sobre sua possível suspeição, respondeu que "o passado às vezes teima em não se reconhecer como o passado".

Durante a entrevista, o ministro afirmou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz parte do seu passado. "É fácil dizer perseguição política, difícil é explicar os fatos", disse, emendando que tal discurso "não refuta as provas". "A Petrobras foi saqueada e utilizada para investimentos".

Relator da PEC Emergencial, o senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR) admitiu em entrevista à Rádio CBN que a votação da proposta no Senado deve ficar para 2020. "Ela (a PEC Emergencial) vai exigir audiências públicas, debates na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), debate em Plenário", afirmou o parlamentar. "Com muita sorte, conseguiríamos relatar ela este ano. Ela deve ficar então para o ano que vem."

Na entrevista, Oriovisto adiantou ainda duas emendas que deve fazer ao texto que foi enviado pela equipe econômica. O senador vai propor que o corte de salários em situações de emergência fiscal afete também os vencimentos de deputados, senadores, governadores e do presidente da República, e que não fique apenas restrito aos servidores.

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O parlamentar quer ainda que, quando haja superávit primário, o funcionalismo ganhe um bônus salarial equivalente a 5% dessa economia extra.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, negou, em entrevista à Rádio CBN, que haja sigilo dos estudos que embasam a reforma da Previdência e disse que é do interesse do governo a "transparência absoluta" dos documentos na comissão de mérito.

"Não decretamos sigilo. São documentos preparatórios que embasaram a entrega do projeto ao Congresso Nacional. Colocamos acesso restrito aos funcionários que estão trabalhando com o tema, mas, a partir da discussão do mérito da reforma na comissão especial, os documentos se tornam públicos", afirmou.

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Segundo Marinho, ao contrário do que ocorreu com projetos anteriores, o governo tem todo interesse de mostrar os dados de maneira desagregada para que a sociedade saiba qual é o impacto caso haja concessões na proposta. "O nosso interesse é de que tenha absoluta transparência na comissão de mérito, ao contrário do que ocorreu antes."

O secretário ainda disse que o movimento da oposição de entrar na Justiça para suspender a tramitação da reforma até que o sigilo seja levantado é "claramente um movimento postergatório". "Estamos absolutamente tranquilos sobre possível judicialização da reforma." Marinho repetiu que o governo quer uma discussão "transparente" e que os dados serão apresentados sem que seja necessária decisão da Justiça.

Bancadas

O governo está preparado para eventuais alterações na proposta da reforma da Previdência quando o tema chegar à Comissão Especial, o que deve ocorrer após aprovação da admissibilidade da pauta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, disse Rogério Marinho.

"O governo sabe que um projeto desta complexidade passa por alterações. Estamos indo às bancadas explicar cada uma das propostas na Previdência", disse. "Se o Congresso entender que deve retirar algo da proposta, é do processo democrático."

O secretário reconhece que alguns pontos poderão ser alterados ou retirados para viabilizar a aprovação da proposta, como o pagamento de multa do FGTS a aposentados, a aposentadoria rural e as novas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Sobre o BPC, a estimativa do governo, explicou o secretário, é de que um milhão de pessoas seriam beneficiadas pela proposta, com antecipação do pagamento do benefício a partir dos 60 anos.

Já em relação ao fim do pagamento de 40% de multa sobre o valor do FGTS para aposentados demitidos, ele ressaltou que a proposta não tem impacto fiscal, mas visa a aumentar a empregabilidade dos aposentados ao desonerar custos trabalhistas.

"Em linhas gerais, propomos retirar da Constituição Federal aspectos previdenciários que atrapalham o País, permitindo ao Congresso legislar sem que precise alterar a Constituição", disse Marinho.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer "fazer o Brasil grande", em entrevista ao canal de TV norte-americano CBN, ecoando o slogan de campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, com quem Bolsonaro se encontrou na terça-feira, 19, em Washington.

À CBN, Bolsonaro também disse que apoia as políticas do presidente norte-americano e que tem o apoio dos evangélicos no Brasil. Na terça, durante entrevista coletiva na Casa Branca, Bolsonaro já tinha dito que acreditava piamente na reeleição de Trump em 2020.

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O repórter americano George Thomas, que entrevistou Bolsonaro, afirmou ainda que o presidente comentou que a situação da Venezuela está no topo da agenda da visita aos Estados Unidos, principalmente porque o Brasil possui fronteira com o país e o fluxo de refugiados é preocupante. Segundo ele, Bolsonaro é da opinião de que o presidente venezuelano Nicolás Maduro tem que dar "um passo atrás".

Thomas também falou sobre o encontro de Bolsonaro com "líderes da comunidade cristã norte-americana" após a reunião com Trump, e afirmou que o presidente disse estar em "território familiar".

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, prometeu nesta quarta-feira, 24, ao participar de sabatina na rádio CBN, dobrar o contingente da Polícia Federal. "A PF é uma das coisas mais baratas do País frente ao resultado que dá. É uma polícia que dá lucro para o País", disse, citando a atuação da corporação nas fronteiras - mas sem fazer nenhuma referência à operação Lava Jato.

Para Haddad, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, não entende de segurança, embora seja identificado com o tema. O petista criticou a proposta de redução da maioridade penal do adversário e afirmou que ela pode aumentar o problema, pois fará com que o crime organizado passe a recrutar integrantes cada vez mais jovens. "Ele (Bolsonaro) nunca aprovou um projeto de segurança em 28 anos de mandato", disse Haddad.

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Na sabatina, o ex-prefeito de São Paulo afirmou que o PT fez ajustes em seu programa no segundo turno para contemplar pontos levantados pelos partidos que passaram a apoiar sua candidatura, como o PSOL. Também alterou temas que, segundo ele, estavam sendo explorados por Bolsonaro nas redes sociais. "Adversário pinça frase do programa, distorce, põe na internet e não vem para o debate para me deixar responder", acusou.

Ao responder as perguntas dos ouvintes, Haddad prometeu, entre outras coisas, cortar o auxílio moradia dos juízes.

Gás mais barato

O candidato do PT prometeu controlar o preço do gás de cozinha, como já havia feito em outras ocasiões, mas garantiu que não interferirá nos preços dos outros derivados da Petrobras. Segundo ele, é possível fixar o preço do botijão, que é item da cesta básica, em R$ 49, valor cerca de 35% menor que os atuais R$ 75.

Para o candidato do PT, o governo de Michel Temer já interferiu na política de preços da Petrobras ao criar o subsídio para o diesel, após a greve dos caminhoneiros. Atuar no segmento de gás é uma medida de cunho social, já que o botijão é item da cesta básica.

"Os caminhoneiros têm poder de fogo muito grande. Pararam o País e quase derrubaram o governo Temer. A dona de casa não tem. Vou cuidar da dona de casa. Vou controlar o preço do gás. No que não é item da cesta básica, não (vou interferir)", afirmou Haddad.

O presidenciável do PT, Fernando Haddad, criticou na manhã de hoje, em entrevista à CBN e ao G1, a política de preços de combustíveis adotada pelo governo da correligionária Dilma Rousseff (PT) e pelo atual governo de Michel Temer (MDB).

"Temer se equivocou ao vincular os preços do combustível à especulação do mercado externo e na gestão Dilma, não deveríamos usar o preço do combustível na política inflacionária", disse Haddad, destacando que a melhor política de preços para a Petrobras é não usar a empresa para manipular os preços. "Mas não se pode desconsiderar o seu monopólio e não se pode usar a política de preços para balizar a inflação."

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Ao falar da política de preços da Petrobras e das consequentes altas nos combustíveis - o querosene de aviação, por exemplo, superou os R$ 3,30 e já está cotado no maior valor desde 2002 -, Haddad citou o governo de seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que na sua gestão o País teve uma política de preços que levava em conta a rentabilidade da Petrobras e também os seus custos.

Apesar da crítica à gestão Dilma, o candidato do PT disse que o pior dos erros nesse setor foi cometido por Temer. "Ele trouxe enorme prejuízo ao País, ao atrelar o preço doméstico à cotação especulativa dos preços internacionais. Essa política foi implantada em julho de 2017 por Pedro Parente, determinando que os preços de derivados de petróleo comercializados pela empresa poderiam acompanhar diariamente as oscilações internacionais da cotação do óleo cru", disse.

Já na gestão Dilma, houve uma política de represamento e um controle de preços para subsidiar os combustíveis e ajudar a conter os índices inflacionários. A política do governo Dilma conseguiu segurar os preços dos combustíveis, mas também resultou em contas bilionárias para a Petrobras, o que obrigou a estatal a arcar com a falta de paridade internacional. "Se tem repique inflacionário, tem outra forma de corrigir do que por administração de preço público", reiterou Haddad na entrevista.

Bancos

Haddad voltou a dizer que, se eleito, pretende taxar as instituições financeiras. "Quanto mais juros os bancos cobrarem, mais impostos pagarão. Quanto menos juros cobrarem, menos impostos irão pagar. O banqueiro terá de pagar do bolso dele quando aumentar os juros e não tirar do bolso do trabalhador", disse o petista.

Haddad afirmou que não pretende aumentar a carga média tributária, mas sim taxar bancos e quem ganha mais. "Vamos isentar do Imposto de Renda de quem ganha até cinco salários mínimos", emendou.

Ao falar em taxar os bancos, Haddad disse que isso não foi feito nas gestões do PT porque "é muito difícil mexer em vespeiro". "E por falar nisso, quero mexer também no vespeiro da concentração dos meios de comunicação", destacou.

O petista disse que, em sua eventual gestão no comando do País, não vai permitir a cartelização dos meios de comunicação. "Que mal fazem as agências internacionais atuarem aqui no País? As agencias internacionais de notícias têm todo o direito de veicularem notícias em língua portuguesa no Brasil", frisou o ex-prefeito de São Paulo.

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira, 18, que não vai dar indulto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, caso seja eleito. "Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro do Judiciário". Pressionado, Haddad, pela primeira vez, negou: "Não. Não ao indulto", disse, em entrevista à Rádio CBN e ao portal G1.

Na entrevista, Haddad citou novamente que nas visitas que faz ao líder petista o próprio Lula rechaça a ideia de deixar a prisão por meio de um decreto presidencial, pois confia que as cortes brasileiras de Justiça e os fóruns internacionais irão atestar a sua inocência no processo do tríplex do Guarujá (SP), no qual foi condenado a 12 anos e um mês de prisão.

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O ex-presidente está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba desde o dia 7 de abril. "Lula é o primeiro a dizer que não quer favor, quer reconhecimento do erro judiciário", repetiu Haddad.

Questionado se colocaria Lula em um ministério, Haddad desconversou. "Acho essa pergunta muito pequena para um cara da estatura do Lula. Ele só aceitou ser ministro da Casa Civil (em 2016) porque estávamos prevendo que um golpe de Estado aconteceria como aconteceu", disse, em relação ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Nas críticas que fez à gestão Dilma, Haddad reiterou que não manteria em um eventual governo seu a política de desonerações. A despeito das críticas, o petista disse que Minas Gerais irá reparar o erro do impeachment da então presidente da República, elegendo-a senadora, "enquanto seu algoz Aécio Neves não será eleito".

Haddad lembrou que o tucano não está concorrendo à reeleição ao Senado. O tucano disputa uma cadeira na Câmara dos Deputados.

O candidato disse ainda que apoiaria Ciro Gomes (PDT) em um segundo turno, assim como receberia apoio do adversário. "O Brasil está correndo risco de entrar numa nova aventura. Eu gosto do Ciro, sou amigo dele, pretendo estar junto com ele nessa caminhada. Não deu no primeiro turno. Nós pertencemos ao mesmo campo político contra esse obscurantismo que hoje está vigente no País", afirmou.

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, negou uma mudança de tom com o PT após recuo nas pesquisas eleitorais. "Eu estou no mesmo tom", disse, durante sabatina à CBN, nesta quinta-feira, 13.

Marina tem recuado nas últimas pesquisas de intenção de voto e perdeu espaço para concorrentes do mesmo espectro político, como Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). A estratégia inevitável, segundo especialistas, seria tentar abocanhar parte desse eleitorado de esquerda e buscar o voto dos "petistas desiludidos" com os escândalos de corrupção.

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A ex-ministra voltou a associar Haddad à ex-presidente Dilma Rousseff. "Dilma foi indicada pelo presidente Lula. Chancelada pelo presidente Lula e agora está sendo apagada, como se não houvesse governo Dilma/Temer", disse, reforçando que, por causa da impopularidade de Temer, o partido quer apagá-la.

O recuo nos resultados das últimas pesquisas de intenção de voto foi amenizado por Marina, que reconheceu dificuldades diante da falta de recursos e pouco tempo de TV. Mas contrapôs: "Fiquei estável em segundo lugar durante muito tempo. E as pessoas não me consideravam. Diziam que eu não era viável".

A candidata voltou a negar a pecha de que não se posiciona sobre temas polêmicos. "Quem não está debaixo do guarda-chuva vermelho ou azul, não existe. Eu não me posiciono como o PT se posiciona, como o PSDB se posiciona. A sociedade está percebendo que existe algo além desses guarda-chuvas", disse.

Sobre a cláusula de barreiras e o possível dois pesos e duas medidas da candidata ao defender a redução de partidos, mas, ao mesmo tempo, demandar mais tempo de TV para a Rede, uma sigla pequena e recém criada, Marina esclareceu: "defendo cláusula de barreira, mas não pena de morte para os partidos". A candidata afirmou que o sistema é desenhado para favorecer grandes siglas e que o objetivo é "só pode ganhar um partido que vai ser contra a Lava Jato".

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse na manhã desta segunda-feira (28) que o governo Temer atendeu todas as reivindicações dos caminhoneiros em greve. "Portanto, temos absoluta certeza que a greve não tem mais razão para existir", disse ele, em, entrevista à rádio CBN.

Na entrevista, o ministro chamou os caminhoneiros à responsabilidade, reiterando que eles devem retornar ao trabalho porque a pauta de reivindicação foi atendida.

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Indagado sobre os protestos que ainda estão ocorrendo no País, mesmo após o anúncio das medidas, na noite de domingo, pelo presidente Michel Temer, Marun destacou: "Vamos ver o que sobra deste movimento".

Na sua avaliação, mesmo com todo o custo das medidas - acima dos R$ 10 bilhões - o governo aprovou essa pauta porque considerou justas as manifestações da categoria.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta quarta-feira, 11, em entrevista à rádio CBN, considerar que o ex-governador de São Paulo e presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, é um nome competitivo, mas que a eleição deste ano deve se mostrar difícil porque tem várias candidaturas, sem que nenhuma desponte.

Para o cacique tucano, Alckmin tem chances não só porque venceu várias eleições no Estado de São Paulo, mas também porque deve dispor de uma aliança política maior que a de outros candidatos este ano.

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"Temos que lembrar que a eleição é casada. As alianças eleitorais pesam, o tempo de televisão pesa", disse FHC na entrevista. O tucano teceu os comentários após comentar sobre a situação do deputado Jair Bolsonaro (PSL), que, em sua opinião, sobe nas pesquisas porque a população está insegura e quer ordem. "Agora, vamos ver na campanha o que ele vai dizer, como as forças sociais vão se colocar", disse.

Sobre quais candidaturas se mostram competitivas no momento, o tucano disse que só os embates públicos entre os candidatos devem mostrar isso. Para o ex-presidente, será competitivo aquele que tiver mensagem e capacidade de repassá-la ao eleitorado, mas que também é preciso ter capacidade de governar e de dialogar com o Congresso. "Para governar, não basta mensagem", disse.

O ex-presidente evitou comentar sobre a candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que se filiou na semana passada ao PSB, mas notou que o jurista deixou uma lembrança positiva por sua atuação no mensalão. Ele também voltou a dizer que não estimulou a candidatura do apresentador de TV Luciano Huck. "Não estimulei Luciano, estimulei tudo que é novo. Acho importante abrir espaço para lideranças novas", comentou.

Lula

O ex-presidente afirmou também que não ficou contente com a prisão do ex-presidente Lula, mas que a "justiça se cumpriu". "Não acho que seja bom para ninguém (a prisão de Lula). É um momento delicado da vida política brasileira, especialmente porque as acusações não são políticas, são de conduta", opinou.

Na entrevista, o tucano afirmou ainda que não considera o petista um preso político, uma vez que a Justiça brasileira é livre e que todos os trâmites necessários foram cumpridos.

Para FHC, a prisão de Lula é triste porque tanto o PSDB e o PT, que polarizaram a política brasileira nas últimas duas décadas, nasceram com ideais próximos, mas acabaram deixando de se unir na luta contra "os verdadeiros males" do País, como o patrimonialismo e o corporativismo.

Por outro lado, o ex-presidente rebateu as acusações de que a Lava Jato estaria sendo parcial, focando especialmente em políticos do PT. "Acho que o que está no foco da Lava Jato é o poder central, e o PSDB não estava no poder", afirmou.

Questionado sobre qual seria sua opinião sobre a prisão em segunda instância, que pode ser revista novamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), FHC disse que a execução provisória de pena foi pensada para se impedir a prescrição de processos à custa de meios protelatórios. Ele indicou que poderia apoiar a ideia de permitir a prisão após apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ideia defendida pelos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, caso ela previsse um prazo para o julgamento dessas ações.

Temer

FHC disse que relutou em apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff como fez na época de Collor, uma vez que isso significa uma grande perda de capacidade de governar o País. Por outro lado, o ex-presidente disse considerar que o atual mandatário, Michel Temer, conseguiu fazer muito mais mudanças do que imaginava. O tucano entende que a popularidade do emedebista deve ter dificuldades para subir mesmo diante dos avanços vistos em seu governo. "O povo esquece que votou no vice. Pensa que votou no outro".

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer que sua declaração de que "ser vice-presidente é interessante" foi em tom de brincadeira. Apesar disso, ele não negou completamente a possibilidade de participar da eleição em 2018. "Questão da vice-presidência não existe. Foi só uma reação de bom humor a uma brincadeira feita pelo presidente do encontro", disse em entrevista à Rádio CBN na manhã desta quarta-feira (1º) ao referir-se ao empresário Luiz Fernando Furlan, presidente do Lide.

Segundo ele, depois da reposta bem-humorada, ele disse claramente que não era candidato. "Já considerei duas vezes essa possibilidade, mas decidi não aceitar e não seria agora que isso faria sentido."

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Sem negar completamente, contudo, essa possibilidade, Meirelles disse que há uma discussão natural sobre 2018. "O que é em 2018 fica em 2018. No futuro, tomamos decisão certa para todos", afirmou, acrescentando que, atualmente, está cumprindo sua tarefa de recuperar a economia.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reiterou na manhã desta segunda-feira, 7, que é contra a possibilidade de mudança da meta fiscal do governo. Em entrevista à rádio CBN, o democrata disse entender alguns fatores conjunturais, como a queda da arrecadação e o aprofundamento da crise política após a divulgação da delação da JBS, em meio à retração na atividade econômica. Contudo, chamou atenção para as questões de longo prazo que ainda não foram resolvidas, como os gastos governamentais.

"Precisamos ter a coragem de juntos, em qualquer discussão de meta (fiscal), de colocar na mesa a discussão dos gastos obrigatórios do governo, que ninguém consegue mexer nisso, incluindo a Previdência."

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Na entrevista, Maia defendeu que na discussão sobre eventuais aumentos de gastos é preciso mostrar as soluções de longo prazo para resolver o problema. "Não se pode continuar endividando o Estado brasileiro e a sociedade pagando essa conta sem construir algo de longo prazo."

O deputado lembrou os anos de 2006 e 2007, quando, segundo ele, "começou essa farra de gastos" e o Brasil tinha um superávit de 2,5% a 3% do PIB. "Estamos aí com um déficit primário perto de 2% do PIB, significa que, para voltarmos à realidade de dez anos atrás, vamos precisar zerar os R$ 140 bilhões e colocar mais R$ 150 bilhões ou R$ 200 bilhões, ou seja, temos um problema de cerca de R$ 300 bilhões, que é o tamanho do nosso problema e não é um tamanho pequeno para que a gente não construa boas soluções permanentes. Por isso sempre questiono qualquer mudança de meta para ampliar gastos, porque ampliar gastos vai sempre sinalizar que a dívida pública brasileira pode sair do controle e afastar os investidores do nosso País."

À rádio CBN, Maia falou que a Câmara dos Deputados precisa votar a reforma da Previdência até o mês que vem. Segundo ele, a questão fiscal do País e o déficit da Previdência chegaram num ponto que se houver bom senso, maturidade e responsabilidade (dos parlamentares), no mínimo deve se votar o texto que foi aprovado na comissão. "Não adianta fazer uma reforma da Previdência menor do que isso porque não vai resolver a vida dos brasileiros e o déficit continuará crescendo", disse.

O presidente da Câmara reafirmou que nos próximos dias vai reunir economistas que não são do governo para, em duas semanas, fazer um evento com deputados da base para que eles possam mostrar em números o impacto da reforma na vida das pessoas e o impacto desse déficit. "Trabalharei para aprovar a reforma, que não está tirando direito de ninguém", disse.

E frisou: "pela minha agenda, a Câmara precisa estar votando essa matéria em setembro." Para isso, o parlamentar diz querer estar com a base governista organizada até o final deste mês. Na sua avaliação, outras reformas, como a política, devem ficar para depois da previdenciária, "que é a prioritária".

Na entrevista, o presidente da Câmara disse que no tema Refis o mais importante é o texto acordado, entre relator, líderes, ministério da Fazenda e governo. "Se não conseguir cumprir a palavra acordada vai ficar difícil a relação entre executivo e legislativo. Considero o melhor texto o do governo e espero que possamos cumprir o acordo já firmado porque o mais importante num acordo é a palavra." E continuou: "Vamos convencer os deputados que há um acordo, que é a MP e isso precisa ser honrado." Segundo ele, essa sinalização é muito importante para a sociedade.

No calendário previsto para a Câmara, Maia citou a MP da reoneração da folha de pagamento e a MP da Taxa de Longo Prazo (TLP). "Quero organizar a pauta para que a gente consiga na terça ou no máximo na quarta organizar o texto do Refis para votar, no máximo, na terça da outra semana. A TLP, esperamos que a comissão vote entre amanhã e quarta e na próxima terça-feira, 15, a votação (no plenário)."

Sobre a reforma política, Maia espera ter até quinta os textos aprovados nas comissões para votar o texto na semana que vem, a partir de quarta-feira. "Assim como a da Previdência, a reforma política precisa ter prioridade no parlamento porque são decisivas para o futuro do Brasil", disse.

A respeito do fundo partidário contido na reforma política, o deputado reconheceu que há essa discussão e que o debate é polêmico, mas disse que não se trata apenas disso. No seu entender, é preciso alterar o atual sistema político. Maia disse que o distritão não lhe agrada e que ele prefere o distrital misto.

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