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As intensas chuvas que atingiram a Região Metropolitana de São Paulo na madrugada e na manhã desta segunda-feira, 10, são exemplo de um fenômeno que tem se tornado cada vez mais comum na região, causado em parte pelas mudanças climáticas e o processo de urbanização desorganizada da cidade.

Uma revisão dos registros de chuvas ao longo das últimas sete décadas aponta que houve um aumento significativo no volume total de precipitação nas temporadas de chuva ao longo do período. Enquanto na década de 1950 praticamente não havia dias com chuvas fortes - expressão usada para designar precipitações com mais de 50 mm -, hoje elas têm ocorrido de duas a cinco vezes por ano nos últimos dez anos.

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É o que mostra um trabalho recém-publicado por vários pesquisadores brasileiros liderados pelo climatologista José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). "Os eventos extremos estão cada vez mais frequentes, ao mesmo tempo em que a vulnerabilidade da população também. Por isso desastres como enchentes, enxurradas e deslizamentos de terra afetam cada vez mais pessoas", disse Marengo ao Estado.

Nesta segunda, ao falar sobre como o governo está lidando com o problema, tanto o governador João Doria (PSDB) quanto o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, argumentaram que as chuvas têm aumentado por causa das mudanças climáticas. Doria chegou a afirmar que "evitar por completo" os estragos com investimentos em infraestrutura não será possível em razão disso.

"Evitar por completo não será, evidentemente, algo possível, já que a incidência de chuvas ao longo dos anos, a mudança climática, está impondo um volume de chuvas maior", disse Doria, logo após um evento de inauguração de um escritório da agência de investimentos estadual, a Investe SP, em Dubai.

"Mudança climática não é discurso de ambientalista. Está chovendo nessa década o que não choveu no século passado", disse Penido. Segundo a pasta, apenas nesta madrugada, choveu 66% do total esperado para todo o mês de fevereiro. De acordo com Penido, os mais de 78 pontos de alagamento registrado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências Climática (CGE) aconteceram porque o volume de chuva ultrapassou o que estava previsto na série histórica de 100 anos, usada para calcular o sistema de drenagem das chuvas. "Tudo foi implantado com essa lógica."

De fato, análises feitas sobre as séries históricas de registro de chuva feitas pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Mirante de Santana, apontam que entre os meses do verão, houve um aumento neste século da incidência de dias com fortes chuvas e na frequência de eventos extremos de chuva na Região Metropolitana de São Paulo.

"O número de dias secos consecutivos também aumentou gradualmente, sugerindo que os eventos de chuva intensa concentram-se em menos dias, com longos períodos mais secos entre eles. Com menos noites frias e mais dias quentes, aumentam as chances de ocorrência de chuvas convectivas, trazendo aumento da frequência e intensidade de chuvas extremas, que podem causar desastres naturais, inundações e deslizamentos de terra, afetando pessoas vulneráveis em regiões expostas", escrevem os autores em artigo nos Anais da Academia de Ciências de Nova York.

Marengo afirma que as mudanças climáticas podem ter relação com esse aumento de frequência, mas também o processo de urbanização. "É uma tendência que se observa em todo mundo de que os extremos de chuva estão aumentando. A chuva está caindo de forma mais violenta. Isso pode estar ligado ao clima, mas também pode ser atribuído à cidade. Em São Paulo, onde antes era a Mata Atlântica, hoje é uma cidade. O ambiente mudou. Isso cria um microclima que de certa forma ajuda a chuva a ficar mais violenta", explica.

E pondera também que atribuir o problema às mudanças climáticas é esquecer que a forma como as cidades estão construídas, com córregos subdimensionados, vias impermeabilizadas e ocupações irregulares, trazem um ingrediente fundamental para o desastre. "O que ocorre não é só a chuva forte, mas uma combinação com populações morando em área de risco. As pessoas não morrem pela chuva, mas pela enxurrada, pelo deslizamento de terra, que são amplificados por essas condições", diz.

"Não é segredo que as chuvas estão aumentando, mas as cidades continuam não preparadas. Não é a primeira vez que acontece isso e não será a última. Pelo contrário, esse tipo de evento como o de hoje tende a ficar cada vez mais frequente."

Os autores ressaltam que as mudanças climáticas vão ampliar os riscos sociais e ambientais existentes e criar novos riscos para as cidades. "Compreender e antecipar essas mudanças ajudará as cidades a se prepararem para um futuro mais sustentável. Isso significa tornar as cidades mais resistentes a desastres relacionados ao clima e gerenciar riscos climáticos de longo prazo de maneira a proteger as pessoas e incentivar a prosperidade", escrevem.

Um grupo de investigadores da Universidade de Cardiff, no País de Gales, encontrou um novo tipo da "Célula T" - responsável pela defesa do organismo contra ameaças desconhecidas, como vírus e bactérias - que poderá atacar e destruir a grande maioria dos tipos de câncer.

A descoberta foi publicada na revista científica Nature Immunology e ainda não foi testada em doentes. Contudo, os investigadores acreditam que, embora o trabalho ainda esteja em estágio inicial, a descoberta tem “enorme potencial”, diz a BBC.

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Os cientistas encontraram uma célula no sangue das pessoas que pode avaliar se existe uma ameaça a ser eliminada. Essa nova célula imune suporta um receptor que age como um gancho, que se agarra à maioria dos cânceres ao mesmo tempo que ignora as células saudáveis.

Andrew Sewell, responsável pelo estudo, afirma que é “altamente incomum” encontrar uma célula com potencialidades terapêuticas assim tão vastas no combate ao câncer e que a descoberta aumenta a perspectiva de criar uma “terapia universal”.

“A nossa descoberta aumenta a perspectiva para os tratamentos contra o câncer. Esse tipo de célula pode ser capaz de destruir muitos tipos diferentes da doença. Antes, ninguém achava que isso fosse possível. Essa foi uma descoberta acidental, ninguém sabia que essa célula existia”, contou Sewell ao The Telegraph.

A equipe de investigadores descobriu que o novo tipo de célula T pode encontrar e matar grande diversidade de células cancerígenas, incluindo as presentes no câncer de pulmão, pele, sangue, mama, osso, próstata, ovário, rim e colo do útero.

Embora o processo como a célula ataca outras células ainda não seja compreendido, os cientistas acreditam que o receptor das células T interage com uma molécula, chamada MR1, que existe na superfície de todas as células do corpo humano.

“Somos os primeiros a descrever uma célula T que se encontra com a MR1 nas células cancerígenas. Isso nunca foi feito antes”, afirmou Gary Dolton, que participa da investigação, em entrevista à BBC.

Um tubarão 'beijou' a testa do cientista Kevin Schmidt que comandava uma expedição na costa da Cidade do Cabo, localizada no litoral ocidental da África do Sul. O fotógrafo Steve Woods registrou o carinho, denominado como “pequeno beijo azul”.

Segundo as informações publicadas no portal Extra, o cientista classificou o episódio como "um presente para toda vida". Em entrevista à Fox News, ele defendeu o temido animal.

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"Ficamos uma hora com quatro tubarões azuis e três makos. Tubarões, geralmente, são retratados de uma forma negativa que não reflete o verdadeiro comportamento deles. O sensacionalismo retrata violência e força, que ofuscam a graça e a beleza que essas criaturas possuem. Não há agressão aqui".

Confira o momento do 'beijo'

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Uma cientista teve partes do corpo devoradas após ser atacada por um crocodilo. O acidente ocorreu na última sexta-feira (11), enquanto ela tentava alimentar o animal com pedaços de carne, em um centro de pesquisas de Sulawesi do Norte, uma das províncias da Indonésia.

Deasy Tuwo, de 44 anos, alimentava Merry, um crocodilo de cinco metros, por cima de uma parede de concreto quando o réptil se lançou contra a vítima e puxou-a para dentro do cercado. Em entrevista ao Sun, colegas da cientista informaram que notaram que a silhueta de Merry estava diferente. Ao examiná-lo, perceberam que o crocodilo tinha partes do corpo de Deasy na boca.

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Os bombeiros foram chamados ao local para recuperar o corpo mutilado. Provavelmente, Merry não comeu todo o corpo da cientista porque já estava com o estômago cheio, pois antes havia devorado um crocodilo menor.

Após o ocorrido, o animal foi capturado nesta segunda-feira (14). Ele realizará testes laboratoriais, antes de ser levado a uma reserva animal.

Um dos pioneiros da internet, o cientista norte-americano Lawrence Roberts, conhecido como Larry Roberts, morreu aos 81 anos. Segundo a imprensa norte-americana, que divulgou a morte nesta segunda (31), a causa foi um ataque cardíaco ocorrido no último dia 26 de dezembro.

Embora o nome de Larry Roberts não pareça familiar para muitos, o homem é um dos pioneiros e arquitetos das primeiras formas da internet, às quais estamos tão amplamente acostumados e acostumados.

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Nos anos 60, o cientista ajudou a desenhar e construir o que no futuro viria a ser a internet. Especificamente, Roberts foi responsável por ser o gerente de programa da ARPAnet, uma rede de comutação de pacotes que tinha como função interligar laboratórios de pesquisa dos EUA.

Os primeiros quatro computadores foram conectados à ARPAnet em 1969, mas o número cresceu rapidamente, à medida que universidades e outras instituições de pesquisa se juntaram a ela. Larry Roberts também queria que a ARPAnet fosse colocada em prática e encorajou os primeiros usuários a adotarem o e-mail para melhorar a comunicação e a colaboração.

O legado de Roberts, desde então, viveu através de várias empresas e esforços. Depois da ARPAnet, Larry Roberts comercializou a tecnologia de comutação de pacotes através de sua própria empresa, a Telenet. Ele também tinha outras duas companhias, a Caspian Networks (que agora está extinta) e a Anagran. Ambas foram envolvidas no aprimoramento e melhoria da qualidade de serviço para recursos e tecnologias mais atuais, como o streaming de vídeo.

Com o objetivo de aproximar o eleitor das discussões acadêmicas e conjunturais que envolvem a eleição, nesta terça-feira (24), o LeiaJá estreia o programa “Descomplicando a eleição”. Apresentado pelo cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Adriano Oliveira, o programa online será realizado todas as terças, a partir das 19h, até antes do pleito eleitoral de 2018 considerando ou não a existência de um segundo turno.

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O programa, com 30 minutos de duração, vai trazer toda semana um convidado especial. Na primeira edição, o tema abordado será “Qual a influência da Operação Lava Jato nas eleições?” com a participação do procurador, jurista e professor da Universidade Federal do Paraná Walber Agra. 

Adriano Oliveira explica que a ideia é fazer o que se chama de ciência popular. “Abordando alguns temas que são debatidos na academia, mas que estão distantes do grande público na intenção de popularizar”, ressaltou. 

O programa terá como diferencial a dinâmica com a interação direta do internauta. “Eu não vou ser o entrevistador e nem vou ser um ator passivo, eu vou estar emitindo sempre a minha opinião tanto na abertura do programa quanto em sua condução. Em seguida, o convidado poderá falar sobre o tema e também os internautas terão a oportunidade de opinarem sobre o assunto”, detalhou o cientista. 

 

 

 

Uma mensagem do astrofísico britânico Stephen Hawking será transmitida para o buraco negro mais próximo da Terra durante o enterro de suas cinzas, nesta sexta-feira, na Abadia de Westminster, em Londres, junto ao túmulo de Isaac Newton.

A mensagem - com sua conhecida voz sintetizada e especialmente escrita para a ocasião - será transmitida pela Agência Espacial Europeia.

"É um gesto bonito e simbólico que cria um vínculo entre a presença do nosso pai neste planeta, seu desejo de ir ao espaço e a exploração do universo em sua mente", disse sua filha Lucy Hawking.

O professor, que dedicou sua vida a desvendar os mistérios do universo, será enterrado ao lado de outros dois grandes cientistas: Isaac Newton e Charles Darwin.

A mensagem de Hawking será enviada "ao buraco negro mais próximo, o 1A 0620-00, em um sistema binário com uma estrela anã laranja bastante ordinária", revelou a filha de Hawking.

O sistema está a 3.500 anos-luz da Terra, o tempo que tardará para chegar a mensagem.

"É uma mensagem de paz e esperança, sobre a unidade e a necessidade de vivermos juntos e em harmonia neste planeta".

Hawking, que capturou a imaginação de milhões de pessoas no mundo, faleceu em 14 de março, aos 76 anos.

O astrofísico desafiou as previsões dos médicos que, em 1964, afirmaram que ele teria poucos anos de vida após o diagnóstico de uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença que ataca os neurônios motores responsáveis por controlar os movimentos voluntários e que o condenou durante décadas a uma cadeira de rodas.

Motor, pneu no asfalto, freio, buzina, passos, correria, vozerio, grito, música, telefone, máquinas. É praticamente impossível se desvencilhar do ruído no dia a dia. A data 7 de maio, que é conhecida como o Dia do Silêncio, é celebrada justamente para despertar nas pessoas o cuidado com a poluição sonora, capaz de trazer uma série de males.

Já se sabe que a poluição sonora causa danos como problemas auditivos, dor de cabeça, insônia, agitação, depressão. Em ambientes com som muito alto, as pessoas podem sofrer mau humor, tensão, stress e angústia. Uma cartilha distribuída pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em 2012 destacava: “A poluição sonora nos coloca sob prolongado estresse. Isto desencadeia sérios danos à saúde, como arteriosclerose, problemas de coração e neurológicos, doenças infecciosas, aumento do colesterol, problemas psicológicos e psiquiátricos, insônia, envelhecimento precoce, entre outros. O estresse crônico provoca a liberação excessiva de substâncias altamente nocivas à saúde, como por exemplo, a do hormônio cortisol. A perda ou diminuição da audição é apenas um dos males, como se percebe”

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Então sabe-se o que o ruído causa e o que o silêncio, consequentemente, não. Mas a ciência tem notado que a ausência de barulho tem muito mais protagonismo do que se imagina.

Segundo um artigo da revista científica Nautilus, o silêncio começou a aparecer em pesquisas como um controle ou linha de base quando os cientistas pretendiam comparar os efeitos dos ruídos ou de música. O estudo do silêncio acabava ocorrendo por ‘acidente’. Um desses casos é o do físico Luciano Bernardi, que em 2006 publicou, com outros cientistas, o estudo “Mudanças cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórias induzidas por tipos diferentes de músicas em músicos e não-músicos: a importância do silêncio”.

A pesquisa de Bernardi constatou que os impactos da música podiam ser sentidos diretamente na corrente sanguínea, através de mudanças na pressão sanguínea, presença de dióxido de carbono e circulação no cérebro. Durante quase todo tipo de música havia mudança psicológica compatível com uma condição de excitação.

Os cientistas, entretanto, se surpreenderam com o resultado do silêncio entre músicas nos estudados - sendo que tal momento era considerado irrelevante para a proposta inicial, segundo reportagem da Nautilus. Pausas silenciosas de dois minutos se mostraram mais relaxantes que músicas que são consideradas relaxantes ou pausas longas realizadas antes do início do experimento. “Em conclusão, o presente estudo indica que a seleção apropriada de música, alternando ritmos e pausas mais rápidos e mais lentos, pode ser usada para induzir o relaxamento e reduzir a atividade simpática e, portanto, pode ser potencialmente útil no tratamento de doenças cardiovasculares”, aponta trecho do estudo. A pesquisa de Bernardi foi a que recebeu o maior número de downloads em 2006 na revista Heart.

Michael Wehr, da Universidade de Oregon, realizou um experimento em 2010 para conhecer o processamento sensorial no cérebro de ratos durante breves explosões de som. O começo de um som desperta uma rede de neurônios no córtex auditivo. Wehr constatou que há uma rede separada no córtex auditivo que também dispara quando o silêncio começa. "Quando um som para repentinamente, isto é um evento tão certo quanto quando um som para", ele explicou à Nautilus. Para o cérebro, então, a falta de ruído não é apenas um vazio.

O que ocorre quando o silêncio permanece foi objeto de estudo da bióloga Imke Kirst. Ela expôs grupos de ratos a música, sons de ratos filhotes, ruídos e silêncio. A pesquisadora imaginava que os bebês ratos fossem desenvolver novas células do cérebro e que o silêncio não produziria tal efeito.

Ela acabou constatando que duas horas de silêncio por dia desenvolviam células no hipocampo, região do cérebro relacionada com a formação de memória e aprendizado. Kirst acredita que a total ausência de som possa ser tão alarmante que desperte um alto nível de sensitividade nos ratos.

O crescimento de novas células não significa automaticamente algo benéfico, mas, no caso estudado, as novas células pareciam estar funcionando como neurônios, integrados dentro do sistema. O experimento é de 2013 e ainda é considerado preliminar, porém, condições como demência e depressão estão associadas a queda dos níveis de neurogênese do hipocampo. Kirst acredita na possibilidade futura de neurologistas encontrarem um uso terapêutico para o silêncio.

Meditação - A Universidade da Califórnia também identificou os benefícios da meditação. O processo de meditação ao longo dos anos é capaz de fortalecer as conexões entre as células do cérebro. A professora assistente Eileen Luders, do laboratório de neurologia, descobriu que meditadores de longa data conseguem processar informações de modo mais rápido. Ao todo, 100 pessoas foram avaliadas, sendo metade delas praticantes de diversos tipos de meditação (Samatha, Vipassana, Zen e outros). O grupo com os melhores resultados praticava meditação há cerca de 20 anos.

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Um estudo da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, identificou que crianças estão desenhando cientistas mulheres como nunca antes. Pesquisadores avaliaram cinco décadas do teste Draw-A-Scientist (Desenhe um/uma cientista), começando no ano de 1966.

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Para os cientistas, o resultado sugere que os estereótipos das crianças ligando ciência com homens têm enfraquecido ao longo do tempo. Isso também estaria relacionado com o fato de mais mulheres estarem se tornando cientistas, além da mídia para crianças estar exibindo mais mulheres cientistas em programas televisivos, revistas e outras mídias.

"Com esta mudança em estereótipos, garotas devem desenvolver interesses em ciência com mais liberdade do que antes", diz em nota o autor líder do estudo, David Miller. "Estudos anteriores sugerem que esses estereótipos ciência-gênero podem moldar os interesses de garotas em atividades e carreiras relacionadas com ciência", complementa.

Nos testes conduzidos entre 1966 e 1977, menos de 1% de aproximadamente cinco mil crianças desenharam uma imagem se assemelhando a uma mulher quando solicitadas para desenhar um cientista. Em estudos posteriores, entre 1985 e 2016, 28% das crianças desenharam uma mulher cientista. As garotas desenham mulheres cientistas com mais frequência que os garotos.

Para a coautora do estudo, a professora de psicologia Alice Eagly, os resultados apontam que os estereótipos estão mudando conforme os papeis de homens e mulheres mudam na sociedade. "Crianças ainda desenham mais homem do que mulheres cientistas nos estudos recentes, mas isso é esperado porque mulheres permanecem como minoria em diversos campos científicos", avalia.

Os pesquisadores também analisaram como os estereótipos aparecem conforme o desenvolvimento das crianças. Os resultados sugerem os pequenos não associam ciência com homens até a escola primária. Em torno dos cinco anos de idade, eles desenham porcentagens praticamente iguais de homens e mulheres cientistas.

Conforme a idade avança, avança também a tendência de desenhar homens como cientistas. "Para construir mudanças culturais, professores e pais deveriam apresentar a crianças com múltiplos exemplos de mulheres e homens cientistas através de vários contextos como cursos científicos, programas televisivos e conversas informais", completa o coautor do estudo David Uttal.

Se uma grande parte dos eleitores brasileiros estão esperançosos com uma possível renovação política na disputa eleitoral de 2018 diante dos escândalos ocorridos no país nos últimos tempos, uma notícia pode desanimar muita gente: a taxa de reeleição de mandato dos políticos atuais pode girar em torno de 60%, no mínimo. 

A avaliação foi feita pela cientista política Priscila Lapa. Apesar de 2018 ser considerada uma prova de fogo diante das novas regras eleitorais com a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que vai custear as campanhas partidárias nas eleições gerais, podendo chegar ao valor de R$ 1,71 bilhão, há uma questão muito maior que muitos desconhecem: são os partidos que definem, internamente, como vão distribuir os valores entres seus candidatos. 

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De acordo com Lapa, a distribuição dessa verba fica mais concentrada no presidente do partido, que tende a investir em quem já possui mandato para manter a bancada. “Não há uma regra que diga que tem que distribuir proporcional ao tamanho do colégio eleitoral ou proporcional a quantidade de votos que teve a bancada. A questão é: como vai dividir esses quase dois bilhões dentro dos partidos? Porque, dentro dessa divisão, você tem 2% desse dinheiro para todos os partidos, 35% para os deputados que já tem mandato, que é proporcional a quantidade de parlamentares que o partido tem já eleitos, dessa forma, quem tem um mandato, de certa forma está privilegiado e mais assegurado antemão com esses recursos para a sua campanha”, explicou. 

Mais exatamente, a divisão dos recursos do fundo eleitoral de acordo com o texto aprovado, será: 2% igualitariamente entre todos os partidos; 35% divididos na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados, desde que o partido tenha pelo menos 1 deputado federal; 48% divididos na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados no dia 10 de agosto de 2017; 15% divididos na proporção do número de representantes no Senado no dia 10 de agosto de 2017.

Lapa frisou que este ano será o grande teste com a aprovação desse fundo. “Não tem uma regra muito clara para isso. Então, acaba prevalecendo o entendimento do diretório do partido e aí algumas campanhas ficam privilegiadas, aqueles que têm uma ligação mais forte com o núcleo central do partido e outros ficam mais distante, ficam mais prejudicadas. Se já existia uma grande tendência de reeleição no Brasil, já que o país trabalha com uma taxa de cerca de 50% de reeleição ou pouco mais, esses deputados de mandato já tendo um acesso privilegiado a esses recursos, a tendência é que a gente tenha uma taxa de reeleição em torno de, no mínimo, 60%”, explicou. 

Quem pretende disputar pela primeira vez, o cenário não será muito favorável por dois principais motivos: não poderá captar dinheiro de empresa, se restringindo a contribuição de pessoas físicas, regra que já valia em 2016, bem como por não ter uma parte do fundo bilionário assegurado para a campanha. “Então, esses partidos menores, esses estreantes na política, vão ter que achar estratégias que não tenham custos muito altos para conseguir assegurar sua visibilidade”, disse a cientista. 

Em uma noite de autógrafos bastante prestigiada, nesta quinta-feira (23), o cientista político Adriano Oliveira e o estatístico Carlos Gadelha lançaram o livro "O Eleitor é um Enigma?", na Livraria Jaqueira. A obra convida os leitores a refletirem sobre temas como o que desejam os jovens eleitores, para que servem as pesquisas eleitorais e quais as ações que possibilitam os gestores públicos a alcançarem popularidade.

Adriano declarou que a expectativa é que o material possa dar uma contribuição, principalmente, por 2018 ser um ano eleitoral. “Esta é mais uma obra feita em parceria com Carlos Gadelha. Podemos considerar mais uma contribuição no que condiz a decifrar o eleitor e a expectativa com o ano de 2018. Surge uma nova obra com esse intuito de decifrar e esclarecer quem é o eleitor pernambucano, mas acima de tudo quem é o eleitor brasileiro”, explicou. 

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Gadelha enfatizou que a publicação é toda fundamentada em trabalhos de pesquisas desenvolvidos não apenas pelos dois, como também pela equipe. “É um material que tanto serve para quem tem bastante contato com a área política como os estrategistas, bem como para os próprios eleitores. A gente aproveita esse material, esses dados e tenta interpretar o eleitor, tenta desvendar o eleitor a partir desses dados”. 

Entre os presentes, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), enfatizou que o livro é de extrema importância para os que atuam na política. "Além disso, Adriano Oliveira e Gadelha são estudiosos dedicados a essa questão de entender o eleitor, de entender a eleição, e os fenômenos da sociedade em relação às campanhas eleitorais. Eu acho que é importante mais esta obra de pessoas que vão se consolidando nessa área e já que possuem artigos publicados a nível nacional. Então, eu venho aqui para prestigiar e parabenizar por mais esta obra", ressaltou.  

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O secretário municipal de Governo, Sileno Guedes, também prestigiou o lançamento e disse acreditar que a obra é de extrema importância no processo político eleitoral. "Eu como participante da política pernambucana, acho que quando os dois se dispõem a reunir em uma obra o que eles pensam, como eles trabalham, isso por si só já desperta a curiosidade e o interesse de compreender o cenário político do Brasil neste momento tão difícil que a gente vem atravessando. Tenho certeza que será uma grande leitura".

O servidor público Mário Filho também acredita que o livro contribui no atual momento político. "Vivemos hoje uma situação política muito conturbada no país e quanto mais a sociedade estiver se preparando para escolher os seus políticos, melhor. Eu acho válido mais esta contribuição para que a gente possa compreender melhor as intenções de cada político de forma a fazer boas escolhas. Sem dúvida, as pessoas que tiverem a oportunidade de ter acesso ao material com certeza terão uma mudança no seu ponto de vista e nas suas escolhas no próximo ano", acredita Mário.

 

“Para mim é uma grande satisfação, um grande orgulho estar aqui no livro de dois amigos. Não é o primeiro da dupla de muito sucesso e também não será a última. É uma oportunidade de a gente saber o que os cientistas políticos que trabalham com eleições no estado estão produzindo. Tenho certeza que será um sucesso e que esta obra ganhará asas e se tornará uma referência”, declarou o vereador André Regis (PSDB). 

Em pleno período de campanha das eleições municipais, os candidatos estão preferindo ficar fora dos holofotes e de embates. A campanha tem sido marcada até o momento por debates sem grandes polêmicas, cautela ao criticar os adversários, agendas reduzidas e pesquisas que apontam a falta de credibilidade na política agravada pelos escândalos de corrupção. Esse é o cenário perceptível aos olhos dos cidadãos na atual disputa eleitoral que já evidencia que as eleições de 2016 serão atípicas: ruas com poucas lembranças de que faltam apenas 39 dias para a escolha de prefeitos e vice-prefeitos, que irão governar as cidades brasileiras pelos próximos quatro anos também pode ser observado.  

Todo esse panorama é definido como “um novo marco” pelo cientista político da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ernani Carvalho. Diante de todo esse quadro, ele disse que agora é a hora de ver como os “autores” irão se comportar. “A ciência política está preocupada com esse novo olhar. A reforma eleitoral é a grande novidade, pois, muda toda uma cultura, uma trajetória de financiamento de campanha que era permitia e não mais é. Doação agora somente é permitida por pessoa física como nos Estados Unidos. Nesse contexto, o trabalho da justiça eleitoral brasileira será gigantesca. As coisas se tornam mais individuais e já nota-se um comportamento diferente nas ruas nesta campanha”. 

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Para Ernani, outro importante peso é a corrupção alastrada no país. “Quando existe corrupção e a economia vai bem, isso não impacta tanto, porém, no caso do Brasil, a corrupção passa a ser a maior preocupação dos brasileiros. Antes, era segurança, saúde, a corrupção passou a ser o centro. Está no sentimento dos brasileiros”, afirmou. 

Estratégia montada 

Para Ernani Carvalho, outro ponto no qual acredita que a campanha ainda está morna é porque os candidatos, primeiro, estudam seus adversários para, depois, atacar. “É como uma luta de box. Primeiro, se analisa, depois esquenta. Os candidatos esperam ver quem ataca primeiro, além disso, existe outro fator: eles observam as possibilidade de irem para um segundo turno, possíveis alianças e calculam ações a serem seguidas. Não se pode sair atacando sem uma estratégia montada. São cálculos prematuros ”, explicou.

Sentimento negativo

O cientista ainda declarou que a política é mal vista entre a população. “As pessoas não querem que seus filhos sejam políticos. Querem que sejam advogados, juízes. Me parece que é uma situação tipicamente brasileira. Majora esse sentimento negativo em relação aos políticos, mas, acredito que o momento atual irá passar. Não podemos prescindir desse sistema de democracia. Se tiramos o sistema, o que sobra é a violência e a violência não resolve nada e não se pode generalizar o comportamento dos políticos”, acrescentou.

Carvalho ainda disse nestas eleições pode haver mais novidades. “Existe um grau de incerteza muito alto sobre as eleições gerais. Será uma disputa muito acirrada”, finalizou o cientista.

O cientista nuclear iraniano Shahram Amiri foi executado por divulgar informações secretas para os Estados Unidos, informou um porta-voz do judiciário do país.

"Shahram Amiri teve acesso à segredos militares confidenciais e estava conectado com o inimigo número um, chamado de o Grande Satã", disse o porta-voz, utilizando um nome pejorativo dado pelos iranianos aos Estados Unidos. "Ao estabelecer contato com os Estados Unidos, Amiri deu informações vitais de seu país para o inimigo".

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Segundo informações da mídia local, o corpo do cientista retornou para sua família com marcas de corda, o que sugere que ele foi enforcado. A informação, no entanto, não foi confirmada.

O cientista havia desaparecido em 2009, após fazer uma peregrinação para a Arábia Saudita. Ele reapareceu em 2010 nos Estados unidos em vídeos sobre sua captura. Em um destes vídeos, Amiri dizia que foi capturado pela CIA e pela inteligência saudita e levado para os Estados Unidos.

Segundo autoridades norte-americanas, ele recebeu US$ 5 milhões e a permissão de ficar nos Estados Unidos em troca de cooperação. Caso voltasse ao Irã, seria executado. O governo iraniano, no entanto, alegou que o cientista era mantido contra sua vontade. A então secretária de estado, Hillary Clinton, disse que ele era livre para ir embora. Naquele ano, Amiri voltou para o Irã, mas pessoas dizem que a volta ocorreu pois sua família era ameaçada pelo governo iraniano.

Em 2015, o Irã fechou um acordo com as seis maiores potências mundiais, incluindo os Estados Unidos, para limitar suas atividades nucleares e permitir um monitoramento estrangeiro. Em troca, as sanções internacionais seriam retiradas. Autoridades iranianas dizem que o programa nuclear é pacífico e para geração de energia, e que nunca houve intenção de produzir armas. Fonte: Dow Jones Newswires

Para o caso de os olhos traírem as emoções, um cientista japonês desenvolveu óculos com telas capazes de superar esta fraqueza humana, com olhos falsos que dizem o contrário do que o cérebro pensa. Nos anais das invenções bizarras, que os japoneses conhecem os segredos, Hirotaka Osawa, sem dúvida, deixará seu nome com o "AgencyGlass".

Este protótipo de óculos possui dois displays orgânicos (OLED) de frente para o interlocutor. De acordo com os movimentos da cabeça e do interlocutor, aparecem olhos esbugalhados que refletem várias emoções, como atenção, alegria, alívio ou tédio.

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Osawa, da prestigiada Universidade de Tsukuba, considera altamente relevante a ideia de fazer os olhos mentirem, por exemplo, para pessoas que precisam manter a compostura, mesmo quando são confrontadas com indivíduos irritantes, como os professores frente a alunos problemáticos ou aeromoças diante de passageiros irritados.

A invenção é de fato sintomática do estresse que causa a obrigação constante dos japoneses de nunca se deixar dominar pelo mau humor ou qualquer outra emoção forte em suas relações sociais.

Os óculos refletem a dicotomia entre o que devemos deixar transparecer e aquilo que realmente pensamos. E, mais prosaicamente, com os óculos, você pode dormir em frente a seu computador tendo aparentemente olhos abertos.

O texto divulgado na página oficial do Facebook do PT intitulado “A balada de Eduardo Campos”, gerou um desconforto entre petistas e socialistas. Se desde o desembarque do PSB da base aliada do governo de Dilma Rousseff (PT) o relacionamento entre eles já não estava bom, agora então se pode dizer que é o início da “guerra eleitoral” de 2014. Campos presidenciável e Dilma tentando a reeleição as farpas entre o PT e o PSB este ano estão apenas começando

Para o cientista político, Túlio Velho Barreto, o artigo do PT inseriu um novo ingrediente na disputa eleitoral. “Fica evidente a disposição (do PT) de travar com o governador (Eduardo Campos) um debate mais forte que até então não vinha ocorrendo. A nota coloca um novo ingrediente nesta disputa, parece partir mais abertamente até em tom de guerra mesmo, fazendo cobranças com relação à postura dele (de Eduardo Campos) por todo o relacionamento que teve durante tanto tempo com o PT”, analisou o especialista.

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Outro ponto a ser evidenciado, segundo Barreto, é a autoria do texto. A direção nacional do PT até agora não se posicionou quanto a ela. “É estranho. Se houvesse um certo cuidado da direção partidária ou uma discordância com a nota, ela já teria sido retirada”, assegurou.

De acordo com o estudioso, o artigo também pode ser uma resposta dos petistas a aproximação de Campos com o PSDB, liderado pelo senador e presidenciável Aécio Neves. “Isso parece uma resposta, ainda que não oficial da direção partidária, a aproximação e aliança de Eduardo com o PSDB, materializada a partir da entrada do PSDB na base de apoio do governador de Pernambuco”, pontuou Barreto.

“Esta aproximação é diferente, o PSDB já é aliado do PSB em muitos lugares do Brasil, mas a questão é que aqui foi conduzido diretamente pelo governador, então é um claro indicio de que o governador já está fazendo a opção de aproximação com Aécio Neves, na perspectiva de um segundo turno”, acrescentou. 

 

Alexander Soldatenkov, célebre criador de naves espaciais russas, incluindo o foguete Soyuz-2, morreu, aos 86 anos, anunciou o Centro Espacial de Produção e Pesquisa Progress (TSKB).

Nascido em 1927, Soldatenkov começou a trabalhar na indústria espacial em 1951 e comandou os preparativos do voo de Yuri Gagarin, primeiro homem enviado ao espaço em 1961, na então União Soviética.

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Soldatenkov foi depois o coordenador de criação do lendário R-7, primeiro foguete que colocou um satélite mn órbita ao redor da Terra, e do Soyuz-2.

O foguete Soyuz, lançador russo cuja concepção remonta aos anos 1960, é o mais ativo do mundo, com quase 1.700 lançamentos no total.

Soldatenkov, autor de mais de 50 obras de pesquisa e invenções, recebeu muitos prêmios, incluindo a medalha de Herói do Trabalho (1987), que recompensava os melhores trabalhadores na época da URSS, e a Ordem Lenin no mesmo ano.

A brasileira Marcia Barbosa foi anunciada como uma das cinco escolhidas na 15.ª edição dos Prêmios L’Oréal-Unesco para Mulheres na Ciência, que distribui US$ 100 mil para cada pesquisadora em reconhecimento por seus estudos.

Marcia, que esteve na segunda-feira (22) no Rio de Janeiro para a reunião anual da União Internacional de Física Pura e Aplicada (Iupap, na sigla em inglês), da qual é vice-presidente, vê a premiação como oportunidade de mostrar que "cientistas são normais".

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"É uma grande chance de mostrar que mulheres podem se dedicar à ciência e ter uma vida normal, com família, e ter charme. É uma carreira muito divertida. Nós não somos louquinhas. O preconceito ainda é muito forte", afirmou a cientista, diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ela investirá parte do prêmio no laboratório de Fluidos Complexos e em viagens a trabalho para as quais é convidada.

Para concorrer ao prêmio é preciso ser indicada por colegas. O nome de Marcia foi apontado pelos americanos Anneke Senger e Michael Fisher e pelo brasileiro Constantino Tsallis pela descoberta de uma anomalia na água que pode explicar desde como ocorrem terremotos ao surgimento de uma doença autoimune.

"Anomalia é tudo o que não é comum. Como a água é abundante, a gente não presta atenção de que isso é incomum. A gente não vê ferro líquido, nitrogênio líquido, não tem como comparar. Mas a água tem mais de 60 anomalias. A gente é feito de água, tudo é feito de água. As anomalias na água impactam a nossa vida fortemente", diz Marcia.

Ela se dedicou à anomalia da difusão. A cientista faz a comparação com o trânsito: quando aumenta o número de carros nas ruas, o tráfego fica lento. Na água ocorre o oposto. "Quando a temperatura está razoavelmente alta e começa a comprimir a água, ou seja, o número de partículas aumenta, essas partículas andam mais depressa. Isso é pouco usual. A gente descobriu que a água se move mais rápido e conseguiu ver o mecanismo na simulação em computador."

Esse mecanismo ocorre quando a água interage. Se essa interação ocorre com uma proteína, por exemplo, pode afetá-la e desencadear uma doença autoimune. "Antes os pesquisadores só olhavam a proteína. Mas o comportamento anômalo da água explica os sistemas biológicos."

História

Marcia, de 52 anos, namora e não tem filhos. Filha de um militar eletricista, passou a infância consertando objetos com o pai. No ensino médio, em uma escola pública em Canoas (RS), tornou-se responsável pelo laboratório da escola. Descobriu a vocação para a ciência e contrariou os planos da família, que sonhava com uma médica ou engenheira.

Quando perguntada por que nunca aceitou os convites para atuar fora do País, responde: "Estudei em escola pública. Esse povo pagou toda a minha educação. Não seria correto da minha parte, agora que estou podendo produzir, ir embora". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Irã vai punir os responsáveis pela morte de um de seus principais cientistas nucleares, disse Masoud Jazayeri, vice-chefe das Forças Armadas do país, de acordo com vários órgãos de imprensa. Em uma rara carta enviada pelo Ministério das Relações Exteriores iraniano à diplomacia dos EUA, o país disse haver "evidência e informação confiável" de que a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) forneceu "orientação, apoio e planejamento" para os assassinos "diretamente envolvidos". Os EUA negaram qualquer vínculo com a morte. O Irã enviou a carta à embaixada da Suíça em Teerã, que cuida dos interesses norte-americanos no país. O Irã e os EUA não mantêm relações diplomáticas desde a Revolução Islâmica de 1979.

O Irã também enviou uma carta à Grã-Bretanha, acusando Londres de ter um "papel óbvio" no assassinato. Segundo a agência Inra, vários homicídios ocorreram após o chefe da inteligência britânica, John Sawers, ter dito em 2010 que seriam realizadas operações contra o Irã.

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"Consideramos ser uma ameaça à nação o ato de terrorismo que matou o cientista... Vamos procurar punir aqueles que estão por trás do assassinato de Mostafa Ahmadi Roshan", afirmou Jazayeri. A resposta do Irã será "atormentadora" para os responsáveis, disse. "Os inimigos da nação iraniana, como os Estados Unidos, a Grã Bretanha e o regime sionista (Israel) devem ser responsabilizados por suas ações."

Ahmadi Roshan, de 32 anos, era vice-diretor da principal usina de enriquecimento de urânio do Irã e foi morto quando motoqueiros fixaram uma bomba magnética em seu carro. Ele foi o terceiro cientista nuclear a ser assassinado em circunstâncias similares em Teerã nos últimos dois anos.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse na quinta-feira que o assassinato foi cometido com "o planejamento e o suporte dos serviços de inteligência da CIA (EUA) e do Mossad (Israel)".

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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