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m grupo de estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) bloqueia na manhã desta quinta-feira, 9, todos os portões de acesso à Cidade Universitária, na zona oeste da capital. A universidade conseguiu na Justiça uma liminar para proibir o "trancaço" em seus campi. A decisão judicial estabeleceu multa diária de R$ 10 mil para o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e o o Diretório Central dos Estudantes Livres (DCE-USP).

Contrariando a decisão judicial, o grupo manteve o "trancaço" que havia sido deliberado em assembleia. Na manhã desta quinta, um grupo carregava uma faixa com a frase "Nossos empregos e salários, nossa saúde e educação: defenderemos com luta" em frente ao portão 3, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques. Os portões 1 e 2, nas avenidas Afrânio Peixoto e Escola Politécnica, respectivamente, também estão bloqueados. O ato teve início às 5h.

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Estudantes e funcionários exigem que o reitor da Universidade, Marco Antonio Zago, negocie a adoção de cotas raciais e sociais na instituição e o fim do corte de pontos de funcionários em greve, que atinge hoje 80% dos cursos.

Até as 7h, o ato seguia pacífico. A PM acompanha a manifestação, mas ainda não calcula o número de pessoas no local.

Universidades e institutos federais terão 90 dias para apresentar proposta de uma política de inclusão de negros, indígenas e pessoas com deficiência nos programas de pós-graduação. A medida está prevista em portaria assinada nesta quarta-feira (11) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O texto deve ser publicado quinta (12) no Diário Oficial da União.

Como a Agência Brasil adiantou na noite de ontem, a portaria não estabelece uma porcentagem de reserva de vagas; cada instituição e curso terá autonomia para fazê-lo. Para subsidiar as instituições, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai disponibilizar dados do ingresso desses estudantes na pós-graduação e desenvolverá indicadores para medir a inclusão, dentro de um mês.

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"É certo que, em muitas áreas, a presença de negros, indígenas e pessoas com deficiência é muito menor que a média da sua presença na graduação e menor ainda que a sua presença na população", disse o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Paulo Nacif. "Não é possível pensar no desenvolvimento do país sem que essas pessoas integrem todas as dimensões da sociedade brasileira. A gente não vai alcançar o desenvolvimento necessário sem considerar esse percentual altamente relevante", acrescentou.

A portaria vale para cursos de mestrado, mestrado profissional e doutorado. Apesar de estipular prazo para a definição, a portaria não estabelece uma data para que as cotas sejam implementadas. As cotas nos programas de pós-graduação são debatidas em grupo de trabalho do MEC e na Capes desde 2014.

No ano passado, a Agência Brasil publicou um especial sobre a presença de negros na pós-graduação. Na época, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) informou que finalizaria um projeto de cotas até junho. Em outubro, a pasta deixou de existir.

O número de estudantes negros (soma de pardos e pretos, conforme terminologia usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mestrado e no doutorado mais que duplicou de 2001 a 2013, passando de 48,5 mil para 112 mil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Considerando apenas os estudantes pretos, o número passou de 6 mil para 18,8 mil, um aumento de mais de três vezes.

No entanto, embora sejam a maior parte da população (52,9%), os estudantes negros representam apenas 28,9% do total de pós-graduandos. O número de estudantes brancos nessa etapa de ensino também aumentou nos últimos 12 anos, passando de 218,8 mil para 270,6 mil.

A poucos dias da prova de seleção de novos diplomatas, o concurso do Itamaraty foi alvo de uma polêmica levantada pela organização não governamental Educafro. Em carta aberta ao Ministério das Relações Exteriores, a entidade reclama da falta de critérios para confirmação de que candidatos a cotas na seleção são realmente negros. No centro da discussão, um nome já conhecido: Mathias Abramovic, médico carioca, branco de olhos verdes, que se inscreve mais uma vez como cotista.

Em 2013, Abramovic chegou a passar na primeira e na segunda fases do concurso, com uma média que só o levou adiante porque estava nas vagas reservadas para candidatos negros, mas foi reprovado depois. Na época, o Itamaraty explicou que esperaria a conclusão do concurso para tomar uma decisão, caso necessário. Neste ano, o médico de 38 anos - que já declarou se considerar afrodescendente porque tem uma bisavó paterna negra e avós maternos pardos - foi novamente aceito no concurso como cotista. A primeira prova ocorre no dia 2 de agosto. O jornal Estado de S.Paulo tentou contato com o candidato, sem sucesso.

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A Educafro acusa o Instituto Rio Branco, órgão de formação dos diplomatas, de não criar mecanismos de averiguação da identidade racial dos candidatos. "Por que o Instituto Rio Branco, que já foi alvo de fraude em concursos anteriores, não criou mecanismos para coibir que essas mesmas fraudes se repitam no primeiro concurso depois da implementação da lei de cotas?", pergunta na carta Frei David Santos, diretor da ONG, afirmando ainda que o IRB "se apega ao texto da lei" de cotas, que praticamente reproduziu no edital, e questiona se ao fazer isso não estaria dificultando propositalmente a entrada de negros no serviço diplomático.

Autodeclaratória

O Itamaraty explica que não existe na lei de 2014 nenhuma permissão para que o órgão faça algum tipo de verificação visual nos candidatos que se declarem negros. Ao contrário, a lei é clara quando diz que a identificação racial é autodeclaratória. Questionado sobre o que acontecerá com um candidato como Abramovic, claramente branco, caso seja aprovado, a explicação é que será preciso verificar quais são os procedimentos.

O Itamaraty ressalta que, antes mesmo das leis das cotas, já fazia ações afirmativas. O primeiro programa criado, existente até hoje, é o de uma bolsa preparatória para o concurso concedida a candidatos negros. Os dados mostram que 6% dos estudantes beneficiados foram aprovados nos concursos desde o início do programa. No público em geral, o índice é de 1% dos candidatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) deve apresentar até o fim de junho uma proposta de cotas para estudantes negros na pós-graduação. A intenção é que as instituições federais em todo o país aumentem o acesso desses alunos, garantindo não apenas o ingresso, mas a diversidade de temas pesquisados.

"É algo imprescindível para o país, tendo em vista que as políticas de ação afirmativa tendem a agregar valor. Quanto maior a diversidade, maior qualidade. Não só na esfera da correção da desigualdade, mas em função de melhorar a qualidade da pós-graduação", diz o secretário de Políticas de Ações Afirmativas da Seppir, Ronaldo Barros.

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Atualmente as cotas raciais para pós-graduação são aplicadas em alguns processos seletivos e em alguns departamentos de instituições de ensino. A maior abrangência é no Rio de Janeiro onde uma lei estadual (Lei 6.914/14) estabelece que 12% das vagas de pós-graduação das universidades públicas do estado do Rio de Janeiro sejam destinadas a negros e indígenas.

A proposta vai se basear na Lei de Cotas (Lei 12.711/12) da graduação, que estabelece que até 2016, 50% das vagas das universidades federais e das instituições federais de ensino técnico de nível médio devem ser reservadas a estudantes de escolas públicas. A lei também garante reserva de vagas para estudantes negros.

A Seppir irá propor também o fortalecimento de linhas de pesquisa voltadas para questões raciais, assim como dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros presentes em universidades federais e estaduais. "Na graduação temos um sistema unificado, coisa que não temos na pós-graduação", explica Barros, referindo-se ao processo de seleção que varia de instituição para instituição. "Queremos encontrar formas de promover esse ingresso sem ferir a autonomia das instituições." A proposta, que está sendo discutida em um grupo de trabalho na Seppir, ainda será apresentada ao Ministério da Educação e outras áreas do governo para ser discutida antes de ser colocada em prática.

Para Barros, a presença de estudantes negros na pós-graduação é baixa. "Se considerarmos que a população negra representa 53% da população e isso não se reflete nem na graduação nem na pós significa que tem uma grande riqueza que não está sendo valorizada", diz. "Há uma necessidade não só de abrir vagas como abrir linhas de pesquisa para as relações étnico- raciais. O Brasil precisa conhecer melhor a sua realidade, já que esse grupo compõe a maioria absoluta da população."

Outra questão que é debatida pela Seppir é a contratação de professores negros. A pasta monitora os concursos públicos e diz que, muitas vezes, esses exames de ingresso "não estão indo ao encontro do espírito da Lei de Cotas". Os casos estão sendo encaminhados à ouvidoria da pasta para a elaboração de relatórios estatísticos. A Lei 12.990/14 reserva aos negros 20% das vagas de concursos públicos federais. Para a reserva ser aplicada, é preciso uma oferta mínima de três vagas.

"O formato histórico dos concursos no ensino superior tem sido especificar vaga a vaga e isso não está de acordo com o espírito da lei que se aplicaria às vagas daquela instituição. Então a definição de vagas isoladas tem gerado essa incompatibilidade. As instituições precisam se adequar sob pena de incorrer na violação dos princípios legais", diz o secretário.

Um ato conjunto do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) foi assinado nessa quarta-feira (22) pelo ministro Barros Levenhagen, presidente dos dois órgãos. O documento institui a reserva de 20% das vagas nos concursos públicos das duas casas para negros.

O ato regulamenta a aplicação da Lei 12.990, de 9 de junho de 2014, que institui a reserva de vagas para negros na administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. O documento leva em consideração também o Estatuto da Igualdade Racial - Lei 12.288/2010 –além de decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal a respeito do tema.

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A decisão prevê que a reserva será aplicada sempre que o número de vagas oferecidas for igual ou maior que três e constará expressamente nos editais. De acordo com o texto do ato, poderão concorrer às vagas reservadas “aqueles que se autodeclararem pretos ou pardos no ato de inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]”.

A norma está em vigor e será aplicada nos próximos concursos do TST e do CSJT.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) concluiu a liquidação de agosto das cotas de garantia física e potência referentes às hidrelétricas que tiveram as concessões renovadas por meio da Lei 12.783/2013. A operação liquidou o total de R$ 179.334.385,79, com 100% de adimplência.

Na liquidação, as distribuidoras de energia pagam para as geradoras uma receita de venda que foi definida pelo governo para as usinas. A operação engloba os empreendimentos que somam garantias físicas da ordem de 8,5 GW médios.

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Uma aluna do curso de Administração da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) teve sua matrícula cancelada após a instituição comprovar que ela forneceu informações socioeconômicas falsas para ingressar na graduação por meio do sistema de cotas. Cerca de outros dez alunos estão sendo investigados pela suspeita de que também tentaram fraudar o sistema.

Segundo a Uerj, 40% das vagas oferecidas pela universidade são distribuídas por meio de cotas. O candidato precisa declarar a cor da pele, e essa informação não pode ser questionada pela universidade. Mas também é preciso comprovar ter estudado em escolas públicas nos ensinos Fundamental e Médio, além de ter baixa renda. Essas informações são passíveis de investigação pela Uerj, que firmou um acordo com a Receita Federal.

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A universidade deve alterar as regras de autodeclaração para tentar coibir novas tentativas de fraude.

Balanço

Desde que a Lei de Cotas do Estado do Rio entrou em vigor, há 11 anos, cerca de 7.700 alunos ingressaram e se formaram nas universidades estaduais graças às cotas. O número foi divulgado nesta quarta-feira, 27, pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), durante audiência pública que avaliou os resultados do sistema de cotas na Universidade Estadual do Norte Fluminense, no Centro Universitário Estadual da Zona Oeste e na Uerj.

Os resultados foram considerados positivos em todos os aspectos. Em relação à evasão escolar, por exemplo, foi comprovado que os cotistas desistem menos dos cursos do que os estudantes da ampla concorrência. O índice de evasão dos cotistas na Uerj é de 23% e dos outros estudantes chega a 34%.

Durante a audiência, Davi Santos, diretor executivo da ONG Educafro, alertou a comissão para alguns dispositivos da lei que não estão sendo cumpridos, como a oferta de estágio no setor público. "Se essa exigência fosse cumprida, a evasão seria menor e a qualidade da formação, melhor", avaliou.

Depois da aprovação do sistema cotista para o ingresso de negros nas universidades, agora é a vez dos afrodescendentes serem beneficiados nos concursos públicos. Nessa terça-feira (20), em Brasília, o Senado Federal aprovou a reserva de vagas para negros ou pardos nos processos seletivos públicos federais, garantindo assim 20% das oportunidades dos certames. Segundo o Senado, a medida abrange as seleções realizadas por órgãos da administração pública federal, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

Por meio da uma votação simbólica, os senadores aprovaram o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 29/2014. Durante os votos, o Plenário e as galerias contaram com a participação de deputados e representantes de entidades de defesa da igualdade racial. As cotas nos concursos públicos entrarão em vigor assim que a presidenta Dilma Rousseff sancionar a lei.

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O próprio Poder Executivo elaborou o texto do projeto. Os candidatos dos concursos é que deverão se declarar negros ou pardos no momento das inscrições, de acordo com o quesito de cor ou raça utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Segundo o Senado, esses concorrentes concorrerão em duas listas, que são a de ampla concorrência e a reservada.

Ocorrendo classificação dentro da quantidade de vagas oferecidas no edital do concurso, o candidato negro será convocado pela relação de ampla concorrência. Assim, a vaga reservada será preenchida pelo próximo concorrente negro da lista de classificação. “Temos de esclarecer que a cota é aplicada no processo de classificação. Todas as pessoas vão disputar as vagas no concurso público em pé de igualdade. Não haverá nenhuma possibilidade de se fazer injustiça. Todas as pessoas farão o processo seletivo e, apenas na hora de preencher as vagas, é que será observada a cota de 20%”, destaca a senadora Ana Rita (PT-ES), conforme informações do Senado. Ana Rita relatou a proposta na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Outra determinação do projeto de lei é que os 20% de cotas serão aplicados toda vez que a quantidade de vagas disponibilizadas no concurso seja igual ou maior que três. Como exemplo, se o oferecimento em um determinado certame é de três vagas, uma já fica reservada para os candidatos negros. De acordo com o Senado, a cota em concursos terá validade de dez anos e não será aplicada a certames com editais publicados antes da vigência da lei.

Punição

Punições serão dadas quando constatada falsidade na declaração de cor ou raça dos candidatos. Segundo o Poder Executivo, as sanções vão da eliminação do concurso à anulação do processo de admissão ao serviço ou emprego público do candidato que fraudar os dados.

 

 

 

O Plenário do Senado terá, na terça-feira (20), uma extensa pauta de votações: além da Medida Provisória 630/2013, que estende o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) a todas as licitações públicas e continua trancando a pauta de votações, os parlamentares poderão analisar as cotas para negros em concursos públicos, o piso salarial de agentes de saúde e quatro propostas de emenda à Constituição (PECs) que tramitam em calendário especial e tratam da Defensoria Pública, dos agentes de trânsito, do trabalho escravo e dos servidores dos ex-territórios do Amapá e de Roraima.

A MP 630/2013 começou a ser discutida na última quarta-feira (14) e gerou intenso debate na Casa Legislativa, com críticas inclusive de senadores da base do governo. A votação acabou sendo adiada após quatro horas de discussão e deve ser retomada na próxima terça.

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O RDC foi criado em 2011 para tornar mais ágeis as licitações de obras ligadas à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. Com o tempo o uso do regime foi estendido por meio de medidas provisórias a outras áreas. A MP em votação, no texto original, apenas permitia o uso do regime em obras em presídios, como resposta ao agravamento da crise do sistema prisional em 2013.

A modificação que estendeu o RDC a todas as obras do governo foi uma sugestão da relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT), que não teve o apoio de todos os senadores da base. Para grande parte dos parlamentares, o regime favorece a corrupção. Devido à modificação, a PEC tramita agora como (PLV 1/2014).

Com informações da Agência Senado

A Universidade de Brasília (UnB) abriu inscrições para o vestibular do segundo semestre deste ano. Essa é a primeira edição, após a alteração nas cotas raciais da instituição, decidida no início do mês. As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de maio. As provas estão previstas para serem aplicadas nos dias 7 e 8 de junho.

A seleção oferece 4.212 vagas em 97 cursos, distribuídos nos quatro campi da instituição. Do total, 2.903 oportunidades são destinadas ao sistema universal, 237 ao sistema de cotas para negros e 1.072 para o sistema de cotas para escolas públicas.

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A UnB foi criada dois anos após a capital e em 2014 completou 52 anos. Tem no currículo o fato de ter sido idealizada por Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor, político e um dos grandes educadores brasileiros. A universidade foi pioneira na política de cotas raciais, instituída em 2003. Atualmente, dos 35.785 alunos da universidade, 3.401 ingressaram pela política de cotas raciais.

Recentemente, a reserva de 20% das vagas para estudantes negros foi reduzida a 5% e conciliada com as cotas para os estudantes de escolas públicas. A instituição decidiu que a porcentagem será aplicada neste vestibular e que, em nova reunião, será votada a duração dessa decisão.

Os interessados em concorrer a uma vaga de graduação podem acessar o site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) para mais informações. As inscrições devem ser feitas online. As taxas cobradas são R$ 120 para candidatos e R$ 90 para treineiros - estudantes que ainda não concluíram o ensino médio, mas querem testar os conhecimentos. O resultado dos treineiros não poderá ser usado para ingressar na universidade.

O vestibular será realizado presencialmente em Brasília, Brazlândia, na Ceilândia, no Gama, em Planaltina, Sobradinho e Taguatinga, todas no Distrito Federal; nas cidades goianas de Formosa, Goiânia e Valparaíso, além de Uberlândia, em Minas Gerais. As provas começarão às 13h e terão cinco horas de duração.

O vestibular é a única forma de ingresso na universidade no meio do ano. As vagas do início do ano são divididas entre o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e o Programa de Avaliação Seriada (PAS), cujas provas são feitas por estudantes do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio. O Enem ainda não tem data confirmada, mas pode ser realizado nos dias 8 e 9 de novembro. As cotas valem para todas as formas de ingresso.

O número de vagas reservadas nas universidades federais do País cresceu 155,6% nos dois anos em que a Lei de Cotas está em vigor. O total de cadeiras destinadas aos cotistas saltou de 30,2 mil, em 2012, para quase 77,4 mil nos processos seletivos deste ano, que ofertaram pouco mais de 191,7 mil vagas. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado recentemente pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A proporção total de cotas já é de 40,3%. Até 2016, a lei prevê que metade das vagas seja destinada a pretos, pardos e indígenas (PPIs) e alunos de escola pública com baixa renda, segundo a distribuição de PPIs em cada Estado definida pelo IBGE. Em 2012, 21,6% das vagas eram reservadas.

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O avanço no número de cotistas, porém, foi mais tímido no segundo ano do que no primeiro. Entre 2012 e o ano passado, o crescimento havia sido de 96%. Já entre 2013 e este ano, foi de 30,1%. O total de vagas para não cotistas, pela necessidade de ajustar a oferta à demanda, recuou 11,6% entre 2013 e 2014. Entre as regiões do País, a mais atrasada na implementação das cotas é a Norte - com 10,1% menos do que prevê a lei para 2016. Já as federais do Sul reservam 4,2% mais do que fixa a norma para daqui a dois anos.

A Coveste já está com a relação nominal dos feras aptos a concorrerem pelo sistema de cotas do Vestibular 2014 da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Veja AQUI os candidatos. A relação possui os 4.770 estudantes que comprovaram, de forma adequada, a situação de cotista.

De acordo com a UFPE, os estudantes que não apresentarem os documentos exigidos irão concorrer pelo sistema de livre concorrência. Ainda segundo a instituição de ensino, em torno de 15 mil feras se habilitaram a concorrer pelo sistema de cotas, e, dessa quantidade, 6,7 mil livraram o ponto de corte e foram convocados para comprovar a situação de cotista.

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Ao todo, por meio do sistema de cotas, a UFPE oferece 1.710 vagas. O resultado do Vestibular 2014 será divulgado na próxima quinta-feira (23).

Uma lei publicada nesta terça-feira, 24, no Diário Oficial da Cidade de São Paulo estabelece que 20% das vagas em cargos efetivos e comissionados do serviço público municipal sejam destinados a pessoas negras. O decreto é assinado pelo prefeito Fernando Haddad (PT). A lei prevê que "todos os órgãos da administração pública direta e indireta do município de São Paulo ficam obrigados a disponibilizar em seus quadros de cargos em comissão e efetivos o limite mínimo de 20% das vagas e/ou cargos públicos para negros, negras ou afrodescendentes".

Ainda de acordo com texto, que foi aprovado em novembro na Câmara Municipal, "consideram-se negros, negras ou afrodescendentes as pessoas que se enquadram como pretos, pardos ou denominação equivalente, conforme estabelecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou seja, será considerada a autodeclaração".

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De acordo com a publicação, as novas regras também se aplicam a vagas de estágio profissional no âmbito da Prefeitura. Também "será garantida a equidade de gênero para composição das ocupações a que se refere a presente lei". Caso não haja o preenchimento do porcentual mínimo para negros, "as vagas remanescentes serão distribuídas aos demais candidatos". O poder executivo tem 90 dias para regulamentar a lei, que partiu de um projeto apresentado pela bancada do PT na Câmara Municipal.

Outras esferas

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia anunciado, no início do mês, a reserva de 35% das vagas na administração direta e indireta (empresas públicas) para negros e indígenas. Em novembro, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional um projeto para destinar um quinto das vagas em concursos públicos federais para a população negra.

A Comissão dos Direitos Humanos e Minoria aprovou, nessa quarta (18), a proposta que reserva 20% das vagas para negros nos concursos públicos federais. A proposta ainda precisa ser avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir para o Plenário. 

Caso aprovado, o projeto terá vigência durante 10 anos. O caso não se aplica aos editais que foram publicados antes da proposta entrar em vigor. O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão, afirma que a proposta não elimina a pobreza, mas inclui mais pessoas na dinâmica social, além de corrigir a enorme disparidade social entre brancos e negros. 

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Com informações da Agência Câmara

Presidida pelo deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP), a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara aprovou ma tarde desta quarta-feira (18), o projeto de lei que cria cotas raciais no funcionalismo público e estendeu a política afirmativa para os cargos comissionados. O colegiado ainda incluiu na proposta uma emenda que destina 75% das vagas reservadas aos cotistas para negros que tenham cursado o ensino médio em escola pública.

De autoria do Executivo, a proposta de cotas no funcionalismo público prevê que 20% dos postos disputados em concursos públicos da administração federal, de autarquias, fundações públicas e de empresas sob o controle da União sejam reservadas para negros. A ação afirmativa terá vigência de 10 anos e terá direito à política de cotas o candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição do concurso público, conforme quesitos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

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Apoiador da redação na Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano foi acusado de racismo por declarações na rede social Twitter publicadas em 2011. Na ocasião, Feliciano escreveu: "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica". Em seguida, em outra mensagem, ele afirmou que "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome(sic)". O pastor nega as acusações de racismo.

"A proposta (de cotas no funcionalismo) é meritória, porque tenta trazer uma igualdade depois de 300 anos de escravidão", argumenta Feliciano, que preside hoje sua última sessão à frente da Comissão de Direitos Humanos. Ele incluiu em seu parecer, votado pela Comissão há pouco, a determinação de que as cotas de 20% para os negros também se apliquem para os cargos comissionados, que são de confiança e de livre nomeação. "Devido à relevância e ao grande número de cargos comissionados na administração pública federal, não faz sentido deixá-los de fora do alcance de uma política de ação afirmativa para o provimento de cargos do Poder Executivo", escreveu Feliciano em seu parecer.

Na sessão desta tarde, os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marcos Rogério (PDT-RO) criticaram o projeto. Bolsonaro argumentou que as cotas no funcionalismo público vão prejudicar "pessoas pobres que nasceram com pele clara". "Estão alimentando o ódio entre negros e brancos", criticou o parlamentar. "A prova do concurso público não discrimina ninguém, as oportunidades são iguais para todos. O critério para o concurso público é a meritocracia", emendou Marcos Rogério.

Cotas - No ano passado, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei de cotas nas universidades, que terão até 2016 para reservar 50% das vagas a estudantes que cursarem integralmente o ensino médio em escola pública.

Agora aprovado pela Comissão de Direitos Humanos, o projeto das cotas no funcionalismo público ainda deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Por tramitar com urgência constitucional, no entanto, ele pode ser apreciado diretamente pelo Plenário da Câmara. Depois, precisa ir ao Senado Federal.

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) apresentou na tarde desta terça-feira, 17, seu parecer do projeto de lei que estende a política de cotas raciais para o funcionalismo público e defendeu a expansão da política afirmativa para os cargos comissionados. A matéria chegou a ser pautada na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, mas não houve acordo e a votação no colegiado foi adiada para quarta-feira, 18. Havia um voto em separado pela rejeição da proposta, do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), razão pela qual parlamentares ligados ao governo chegaram a pedir que o projeto fosse retirado da pauta na tarde de hoje.

Para Feliciano, há um grande número de postos de confiança na administração federal e, por isso, eles não podem ser excluídos da proposta. "Devido à relevância e ao grande número de cargos comissionados na administração pública federal, não faz sentido deixá-los de fora do alcance de uma política de ação afirmativa para o provimento de cargos do Poder Executivo", escreveu Feliciano em seu voto.

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Apoiador da redação na Comissão de Direitos Humanos, o pastor Marco Feliciano é acusado de racismo por declarações na rede social Twitter publicadas em 2011. Na ocasião, Feliciano escreveu que os "africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica". Em seguida, em outra mensagem, ele afirmou que "sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome(sic)". O pastor nega as acusações de racismo. "A proposta (de cotas no funcionalismo) é meritória, porque tenta trazer uma igualdade depois de 300 anos de escravidão", argumentou o parlamentar.

De autoria do Executivo, a proposta de cotas no funcionalismo público foi enviada ao Congresso Nacional no início de novembro e prevê que 20% dos postos disputados em concursos públicos da administração federal, de autarquias, fundações públicas e de empresas sob o controle da União sejam reservadas para negros. Terá direito à política de cotas o candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição do concurso público, conforme quesitos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). O projeto também estabelece que essa política afirmativa terá prazo de vigência de 10 anos.

Depois de aprovado pela Comissão de Direitos Humanos, o projeto de lei 6.738 de 2013 ainda deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por tramitar com urgência constitucional, no entanto, ele pode ser apreciado diretamente pelo Plenário da Câmara. Depois, precisa ir ao Senado Federal.

A Câmara dos Deputados promoveu um videochat, nesta terça-feira (10), com a participação do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), relator da proposta (PL 6738/13) que reserva 20% das vagas para negros em concursos públicos. Ele afirmou que é favorável ao projeto e, que, em sua avaliação, corrige uma injustiça histórica, devido à escravidão. “Foram 300 anos de achincalhamento, tortura, opressão, de humilhação profunda dos negros. Precisamos de alguma forma reparar isso. O Brasil tem essa dívida”, ressaltou.

O parlamentar respondeu perguntas dos cidadãos durante uma hora. Ele disse que ainda está negociando o texto com os integrantes do colegiado para convencê-los a aprová-lo, e espera concluir seu relatório ainda nesta semana, possivelmente colocando a proposta em votação na semana que vem.

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Questionado por participantes do videochat se as cotas acabariam beneficiando uma minoria negra que já tem condições de concorrer em igualdade com os outros candidatos, Feliciano afirmou que, diante dessas opiniões, vai pensar na possibilidade de incluir no seu relatório um dispositivo que leve em consideração a condição financeira das pessoas, para diferenciar os negros ricos dos negros pobres. O deputado também sugeriu ao governo que seja um grande exemplo nessa questão, utilizando o sistema de cotas para distribuição dos cargos comissionados.

O projeto foi encaminhado pelo Executivo ao Congresso no início de novembro e já foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. Além da Comissão de Direitos Humanos, a proposta terá de ser examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pelo Plenário.

O texto tramita em regime de urgência constitucional, e, por causa do prazo apertado, Feliciano considera que fazer modificações na proposta ou estender a discussão sobre o tema seja difícil.

Com informações da Agência Câmara

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta quarta-feira (20), em sua conta no Twitter, que a efetiva igualdade racial somente será conquistada com políticas afirmativas de promoção de oportunidades para negros e negras. Ao comemorar o Dia da Consciência Negra, a majoritária disse que a data é o momento de o Brasil rever o seu passado e discutir o seu futuro.

“Hoje é comemorado o Dia da Consciência Negra, dia de o Brasil olhar para si, rever o seu passado e discutir o seu futuro. O passado de escravidão retorna, sempre, como racismo, como tentativa de manter a hierarquia e os valores de uma sociedade superada. Sociedade na qual negras e negros ocupam sempre a base da pirâmide social. É por isso que a exclusão racial e a exclusão social viraram uma coisa só. A efetiva igualdade racial apenas será conquistada com políticas afirmativas de promoção de oportunidades para negros e negras. Por isso, promulguei a Lei de Cotas nas universidades. Por isso assinei mensagem ao Congresso encaminhando projeto de lei que reserva 20% das vagas do serviço público federal para negros”, afirmou a líder petista.

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De acordo com a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, o cenário das dificuldades da população negra no acesso ao mercado de trabalho mais do que justifica o projeto de lei apresentado por Dilma, no último dia 5 de novembro, que reserva 20% das vagas em concursos públicos de órgãos do governo federal para negros. Para ela “nos últimos anos não houve uma redução significativa dos diferenciais de acesso de brancos e negros no ingresso do serviço público federal”.

 

Com informações da assessoria.

O projeto que destina um quinto das vagas oferecidas em concursos públicos no âmbito do governo federal para a população negra prevê a vigência da política afirmativa por 10 anos, prazo que passará a contar a partir da publicação da lei.

Pelo texto da proposta, que chegou nesta quinta-feira, 07, à Câmara dos Deputados, 20% dos postos disputados em concursos públicos da administração federal, de autarquias, fundações públicas e de empresas sob o controle da União deverão ser reservadas ao candidato que se autodeclarar preto ou pardo no ato da inscrição, conforme quesitos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). A reserva das vagas deverá constar nos editais dos concursos.

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O projeto de lei, de autoria do Executivo, chegou ao Congresso com urgência constitucional e terá 45 dias para ser votado pela Câmara, antes de trancar a pauta, o que só ocorrerá em fevereiro do ano que vem. Depois, a matéria ainda precisa passar pelo Senado. Pela redação, o candidato será eliminado se houver comprovação de declaração falsa. A matéria estabelece ainda que a admissão seja anulada no caso de uma falsa declaração ser contatada após a nomeação.

As pessoas que se autodeclararem pretas ou pardas concorrerão concomitantemente pelas vagas reservadas aos negros e pelo processo seletivo mais amplo. Dessa forma, o candidato negro aprovado pela seleção geral não será contabilizado para o preenchimento das cotas. O projeto também determina que, na falta de candidatos negros em número suficiente para ocupar os 20%, os postos sejam preenchidos pelos demais postulantes aprovados, na ordem de classificação. As regras não valem a concursos cujos editais tenham sido publicados antes da entrada em vigor da lei.

Cotas

Em 2012, Dilma sancionou a lei de cotas nas universidades, que terão até 2016 para reservar 50% das vagas a estudantes que cursarem integralmente o ensino médio em escola pública. As vagas deverão ser preenchidas por autodeclarados pretos, pardos e indígenas em proporção igual à do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A ministra da Igualdade Racional, Luiza Bairros, afirma na justificativa do projeto que os negros servidores públicos no Executivo Federal somam 30%, enquanto que a representação total na população, segundo o Censo de 2010, é de 50,74%. "Ainda que os concursos públicos constituam método de seleção isonômico, meritocrático e transparente, sua mera utilização não tem sido suficiente para garantir um tratamento isonômico entre as raças, falhando em fomentar o resgate de dívida histórica que o Brasil mantém com a população negra", conclui.

A presidente Dilma Rousseff pediu ontem, 6, em sua conta no Twitter, ajuda aos parlamentares na aprovação das cotas no serviço público federal. "Conto com o apoio do Congresso Nacional para avançar nesta questão", escreveu. Ela disse que é preciso "superar as consequências do nosso longo período escravocrata, que não acabou com a abolição, mas se manteve na hierarquização da sociedade".

Dilma também afirmou que a cor da pele tem sido motivo de exclusão e preconceito no País e que "sem ações afirmativas como esta, não tornaremos realidade a construção de um Brasil com igualdade de oportunidades para todos".

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