Tópicos | cultura afro-brasileira

Para divulgar as diferentes expressões da cultura afro-brasileira, a ação "Noite da Resistência Negra de Jaboatão" terá sua 12ª edição realizada no dia 19 de novembro, a partir das 15 horas, no Terminal de ônibus de Cajueiro Seco. O projeto tem por objetivo envolver crianças, jovens e adultos da comunidade de Cajueiro Seco em atividades culturais dentro da proposta de inclusão social e fortalecimento do legado afro-brasileiro. A programação conta com a apresentação de bandas musicais, grupos artísticos e outras manifestações culturais. 

A iniciativa é da ONG Centro Espírita São Jerônimo "Ilê Axé de Xangô", de Cajueiro Seco, bairro jaboatonense. Além do grande evento, o movimento realizará durante a semana que precede a Noite da Resistência Negra uma série de oficinas, exibições de filmes e palestras com os estudantes das escolas públicas do bairro e da comunidade. A organização ainda garante exposições sobre a memória do líder quilombola Zumbi dos Palmares. Mais informações sobre o evento estão disponíveis na página e no blog da ação. 

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A cultura afro-brasileira ganha mais uma oportunidade de expressão. O Prêmio de Culturas Afro-brasileiras quer reconhecer e apoiar iniciativas culturais de grupos que disseminam a cultura negra.

As inscrições podem ser realizadas até 06 de novembro via correios ou internet. O valor total do edital é de R$2,5 milhões, vindos da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural/Ministério da Cultura (SCDC/MinC), premiando 60 projetos.

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O concurso torna viável expressões culturais, além de garantir direitos de acesso e promoção às fontes da cultura. Literatura, música, artes plásticas e artes cênicas estão inclusas no edital.

Pessoas físicas e jurídicas que participem de atividades culturais voltadas para bens culturais afro-brasileiros, como comunidades quilombolas, podem participar do edital.

Saiba mais sobre o Prêmio no link. Acesse o edital abaixo:

 

Nesta quarta-feira (10), às 14h30, o Museu da Abolição apresenta a primeira etapa de uma pesquisa focada nos brinquedos e brincadeiras da cultura afro-brasileira, que irá integrar o projeto Ludoteca no Museu da Abolição. O ambiente será instalado no museu para oferecer à população um ambiente de práticas lúdicas e educativas, onde serão tratadas várias questões e temáticas ligadas à cultura afro-brasileira. A entrada é gratuita.

Na próxima etapa do projeto, profissionais da área de recreação e lazer irão selecionar e criar brincadeiras baseadas na pesquisa. O Museu da Abolição será o primeiro do Estado a ter uma Ludoteca. Este projeto também é uma forma de aproveitar de uma maneira mais dinâmica espaços que estavam em desuso dentro do museu.

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Serviço

Apresentação da primeira etapa do projeto Ludoteca

Quarta (10) | 14h30

Museu da Abolição (Rua Benfica, 1150 - Madalena)

Gratuito

 

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O Brasil, e principalmente Pernambuco, é conhecido pela sua diversidade cultural. Um dos representantes da cultura popular é o Balé de Cultura Negra do Recife- Bacnaré, fundado em 1985, pelo Filho de Santo, professor, pesquisador e coreógrafo Ubiracy Ferreira. A bisavó dele foi escrava. Na senzala, ela entrou em contato com a Capoeira e participava dos Maracatus. As influências das danças afro-brasileiras e também da religião Candomblé passaram de geração em geração até chegar aos olhos de Ubiracy, cuja luta era pela preservação e reconhecimento de sua cultura. Em outubro do ano passado, o fundador do Balé Bacnaré faleceu, aos 75 anos, devido a um câncer na próstata. 

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No entanto, o legado cultural de Ubiracy continua vivo na sua família. Atualmente, o Bacnaré está sob responsabilidade do filho Thiago e da viúva Antônia Ferreira, presidente e vice respectivamente. A atual sede fica na própria residência de dona Antônia, uma casa simples, no Bairro da Bomba do Hemetério, local onde são realizadas oficinas de máscaras, ensaios de dança e de percussão do Maracatu Sol Nascente, que nasceu dentro do Balé. Além destes, o balé também trabalha a capoeira, o caboclinho, samba de roda e o pastoril, que integra o ciclo de festas natalinas do Nordeste. 

O primeiro espetáculo realizado pelo Bacnaré foi Memórias, em meados dos anos 1980, com coreografia e história próprias, retratando a vinda dos escravos para o Brasil. Nos anos 2000, ele ganhou uma nova apresentação, no Teatro Santa Isabel, em homenagem ao fundador Ubiracy que, inclusive, foi o primeiro negro a se apresentar no local, palco de vários espetáculos e ensaios do Bacnaré. De acordo com Antônia, a renda adquirida com as apresentações realizadas no Santa Isabel é totalmente revertida para o balé. 

O contato do Bacnaré com as raízes africanas também veio através dos festivais internacionais. Nas viagens, os integrantes realizam um intercâmbio cultural com alguns representantes de tribos africanas como os Zulus, Camarões e os Massais. “Enquanto eles ficam admirados com a nossa capoeira, nós ficamos maravilhados com a cultura de raiz”, comenta Antônia. 

O LeiaJá visitou a casa de Antônia e conferiu o espaço no qual os ensaios são realizados. O local é pequeno para comportar cerca de 40 pessoas, mas, segundo dona Antônia, quando não é possível ensaiar no terraço, eles vão para a rua. Os recursos do Bacnaré vêm de iniciativas próprias dos membros, com confecções de bonecas de orixás, chaveiros e camisas. O balé também participa do edital Ponto de Cultura, que é promovido pelo Ministério da Cultura, porém o valor só cobre os custos das realizações de oficinas. 

Muito além de um espaço cultural, o Bacnaré também tem um cunho social. Com integrantes de sete a 49 anos, o balé resgata muitas crianças, que estão sem rumo na vida, e as trazem para um mundo de possibilidades. “Só o esporte e a cultura podem tirar os meninos das ruas”, completa dona Antônia. A entrada no balé é voluntária, com uma pequena ajuda de custo aos integrantes em dias de espetáculos. “É importante que a pessoa tenha um compromisso sério e real com nosso balé”, lembra dona Antônia.

O Bacnaré tem o apoio de algumas empresas, mas quer distância de atos de politicagens. Dona Antônia conta que alguns políticos já se ofereceram para ajudar na realização de eventos do balé, mas ela rejeita. “Não aceitamos propostas de políticos que buscam ganhar através do auxílio ao balé. É como se tirassem nossa liberdade. Iríamos trabalhar para outra pessoa”, declara. Entre apresentações nacionais e internacionais, o Balé Bacnaré já conquistou 165 prêmios.

Em busca de recursos

Através da integração do balé ao projeto Bombando Cidadania, que proporciona visita de turistas a alguns pontos culturais do bairro da Bomba do Hemetério, o Bacnaré ganhou ainda mais visibilidade, principalmente na mídia. A riqueza cultural do balé é tão grande, que chamou atenção de várias pessoas interessadas em ajudar a companhia. A partir disso, surgiu a iniciativa de colaboração na plataforma Impulso, a fim de arrecadar fundos para a reforma da sede provisória. 

A reforma consiste na implantação de um letreiro com o nome do balé; na pintura; e na mudança de piso do local. Além disso, também está prevista a criação de um salão, na parte de trás da atual sede, para os integrantes realizarem seus ensaios. Ao LeiaJá, dona Antônia conta que tem planos maiores para o balé. “Eu queria que o Bacnaré tivesse uma sede própria, em outro lugar, com mais espaço para os ensaios e para guardar os materiais”, comenta. A professora aposentada vai mais além: “Queria que o Bacnaré se transformasse num espaço cultural para atender também as escolas, pois nossa cultura precisa ser ensinada e preservada. Temos muitos arquivos que dariam para fundar uma biblioteca e videoteca”.

A proposta é divida em duas etapas. A primeira tem o objetivo de arrecadar R$ 3 mil. Com o alcance desse valor, começa a segunda fase, na qual será preciso arrecadar R$ 30 mil. Restam apenas 35 dias para encerrar a primeira etapa e, até o momento, foram doados R$ 665, vindos de sete pessoas. Para ajudar na preservação desse tesouro da cultura afro-brasileira, basta acessar o site do Impulso e seguir o passo a passo. “A gente está suplicando, pedindo por doações”, ressalta dona Antônia. 

Carnaval

Muitos membros do Maracatu Sol Nascente são integrantes do Balé Bacnaré. Desde muito tempo, eles participavam da tradicional abertura de Carnaval comandada por Naná Vasconcelos. Mas em 2011, eles deixaram de se apresentar junto aos batuqueiros. Isso porque o Sol Nascente tem uma política de não participar de competições. Segundo dona Antônia, “a cultura não é para competir, mas sim para fazer bonito”.

Na época da exclusão, Ubiracy havia ficado profundamente triste. Emocionada, dona Antônia relembra a fala do falecido marido no Carnaval do ano passado. “Enquanto arrumava o estandarte, ele chorava e dizia que este seria seu último carnaval. E acabou sendo mesmo”, comenta.

A organização do Maracatu reivindicou com a atual secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, e no Carnaval deste ano eles voltam a se apresentar juntamente com Naná Vasconcelos. Na abertura do próximo dia 28, o Sol Brilhante subirá ao palco do Marco Zero e todos os mestres utilizarão uma camisa com a foto de Ubiracy estampada. “Será uma grande homenagem a um grande mestre”, declara dona Antônia. 

O Maracatu Sol Nascente existe há muitos anos, inclusive a avó de Ubiracy era uma das integrantes. Durante décadas, o maracatu foi desativado, retornando graças ao mestre Ubiracy na comemoração dos seus 50 anos e do aniversário da cidade do Recife. Além da abertura do Carnaval, o Maracatu Sol Nascente também se apresenta na tradicional Noite dos Tambores, realizada no Pátio do Terço.

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Por meio da uma portaria normativa, o Ministério da Educação (MEC) instituiu, nesta sexta-feira (30), que programas e ações da pasta devem incluir a educação para as relações étnico-raciais, o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Além disso, a portaria estabeleceu o prazo de 90 dias para que as instituições federais vinculadas, autarquias e secretarias proponham as ações necessárias à incorporação dos requisitos agora definidos.

A educação no contexto das relações étnico-raciais deve fazer parte da formulação e produção de materiais didáticos e paradidáticos, bem como nas linhas e eixos que abrangem o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. De acordo com o MEC, o intuito da iniciativa é promover a igualdade racial e combater atitudes racistas.

Ficou definida também a instituição da coleta do quesito raça-cor nos instrumentos de avaliação do Ministério da Educação e no censo escolar. Segundo Ministério, a portaria orienta que o preenchimento do campo raça-cor deverá respeitar o critério de autodeclaração, conforme os padrões utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e que já constam nos formulários do sistema de saúde – branca, preta, amarela, parda ou indígena.



Inicia nesta segunda-feira (30) mais um oficina de Fotografia com foco na cultura afro-brasileira, para 25 jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã (SDHSC), a ação faz parte do Projeto Juventude de Terreiros, que é financiado pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI) do Ministério da Justiça. 

O curso segue até o dia 29 de agosto, com duração de 42 horas/aula, e tem como principal objetivo trabalhar o imaginário dos adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social, utilizando a arte da fotografia como uma forma de entrar em contato com a criatividade e suas visões de mundo. Durante a atividade, além da oportunidade de se expressar e fortalecer a sensibilidade e a autoestima, os participantes poderão aprender um ofício para a geração de renda.

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Ao final da Oficina, será organizada uma exposição com alguns dos trabalhos produzidos pelos jovens.

Depois de se apresentar na última quinta-feira (26), no Espaço Coletivo, no Recife Antigo, o grupo cearense Oficarte realiza a segunda noite do espetáculo Cuia, nesta sexta-feira (27). A peça é um ritual sensorial que promove o encontro com as raízes ancestrais do homem por meio da narração, sob a ótica da cultura afro-brasileira, da origem do mundo, a criação e saga do homem.

Fruto de uma pesquisa etnocenológica do Núcleo de Pesquisa Estudo e Experimentação Cênica (NUPEC) da Oficarte, patrocinado pela Secretaria de Cultura do Ceará através do VI Edital de Incentivo às Artes, Cuia explora os sete sentidos dos atores-espectadores: olfato, paladar, visão, audição, tato, intuição e clarividência. Dessa forma, o Oficarte expressa a relação do homem-ancestral com os deuses orixás, que tem a cuia como elo de ligação. O espetáculo busca confirmar a seguinte teoria: "O que o homem faz e Deus não fez? A Cuia. Deus só fez a cabeça".

Serviço
Cuia - Grupo Oficarte/CE
Sexta (27), 19h
Espaço Coletivo (Rua Tomazina, 199 - 1º andar - Bairro do Recife)
Gratuito

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