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Sem muito repertório ofensivo, o Santa Cruz até criou oportunidades, mas não teve calma para segurar a Jacuipense. O Leão do Sisal foi frio e matou o jogo nas duas chances que teve. Diante dos 20 mil torcedores, a derrota no Estádio do Arruda quebrou a invencibilidade de três vitórias consecutivas em casa.

1º tempo ansioso da equipe Coral

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Ansioso quando chegava perto da área adversária, o Santa Cruz apostou nas descidas de Hugo Cabral pela esquerda, mas só levou perigo quando Wescley movimentou pela outra ponta. Aos 17, um cruzamento do meia achou Hugo Cabral, que pegou de primeira, mas acertou a rede da Jacuipense pelo lado de fora.

O Leão do Sisal respondeu rápido e aproveitou a velocidade de Thiaguinho para abrir o placar. Aos 20, um lançamento nas costas de Alemão acabou com um toque por baixo de Jefferson.

O Santa continuou com os cruzamentos e desperdiçou mais uma chance na cabeçada para fora de Raphael Macena. Aos 26, Wescley chutou cruzado no chão e Hugo Cabral também não conseguiu converter a sobra. Na pressão, Macena driblou dois e saiu de cara com Mota, mas se atrapalhou quando foi finalizar e acabou desarmado pela defesa. Ele ainda perdeu a última oportunidade da primeira etapa em um cabeceio sozinho.

Jacuipense amplia o placar

Um minuto após a Jacuípense quase fazer um gol contra, aos 6, o Leão do Sisal voltou a balançar as redes do Tricolor. Newton deu um drible da vaca em Ratinho e tocou para Robinho marcar o segundo.

O calor das arquibancadas acordou a equipe coral, que construiu três chances de diminuir o placar. Alemão subiu mais alto que a marcação e cabeceou na trave de Mota. Macena desperdiçou mais uma cabeçada sozinho e, aos 17, Lucas Silva chutou da intermediária, quando parou em boa defesa de Mota.

Martelote fez substituições e lançou a equipe para frente. Hugo Cabral até conseguiu marcar gol, mas o assistente assinalou o impedimento. Daí em diante, a Jacuipense controlou o segundo tempo e anulou as tentativas do Santa até o apito final.

FICHA DE JOGO

Competição: Série D 2022

Local: Estádio do Arruda (Recife)

Santa Cruz: Jefferson, Edson Ratinho, Luan Bueno, Alemão, Dudu Mandai; Daniel Pereira (Elyezer), Gilberto (Anderson Ceará), Wescley (Tarcísio), Hugo Cabral; Fabrício (Lucas Silva), Raphael Macena. Téc. Marcelo Martelote

Jacuipense: Mota, Cabral, Renato, Kaefer e Railan; Joilson (Nego Jeff), Evandro e Fábio Matos (Flávio); Newton (Ruan), Robinho (Jean) e Thiaguinho. Téc. Rodrigo Chagas

Gols: Thiaguinho, Robinho (JAC)

Arbitragem: Davi de Oliveira Lacerda (ES), Francisco Chaves Bezerra Junior (PE), Fernando Antônio da Silva Junior (PE)

Cartões amarelos: Kaefer, Cabral (JAC); Dudu Mandai (STA)

O presidente Jair Bolsonaro evitou responder nesta quinta-feira, 26, se aceitará uma eventual derrota nas urnas eletrônicas nas eleições deste ano. Questionado por jornalistas em frente a uma Igreja em Brasília se aceitaria perder a disputa e, assim, passar o poder para outra pessoa democraticamente eleita, o chefe do Executivo foi evasivo: "Democraticamente, espero eleições limpas", limitou-se a dizer.

Bolsonaro também reiterou ataques aos ministros Alexandre de Moraes, que vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições, e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e às urnas eletrônicas. "Barroso vai aos Estados Unidos e dá uma palestra sobre como tirar um presidente da República", disse.

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De acordo com Bolsonaro, "não há dúvidas" de que Moraes é parcial e comete abuso de autoridade. "O que quer o senhor Alexandre de Moraes? O confronto, uma ruptura? Por que ataca tanto a democracia? Por que não pode apresentar sugestões para o TSE a convite do próprio sobre as urnas?", questionou Bolsonaro, que chegou a apresentar ação no STF contra Moraes por abuso de autoridade. O processo, no entanto, teve prosseguimento negado pelo ministro Dias Toffoli.

Bolsonaro ainda disse que "tem o direito" de desconfiar das urnas eletrônicas. "Por que não se quer conversar sobre isso? É uma temeridade você ter eleições sob o manto da suspeição", afirmou. "Está difícil conversar com TSE, estou pronto com o diálogo, mas eles não aceitam conversar", acrescentou, voltando a pedir uma apuração paralela do voto controlada pelas Forças Armadas. "Estamos fazendo o máximo possível para sensibilizar o TSE, queremos transparência, eleições limpas que sejam auditadas."

Os ataques de Bolsonaro à lisura do sistema eleitoral brasileiro, sempre sem apresentar provas, são apontados por críticos e pela oposição como uma preparação de discurso caso seja derrotado nas eleições deste ano.

O presidente ainda deu novos sinais nesta quinta-feira de que seu vice nas eleições será o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. "Ele se desligou da Defesa porque deve disputar em alguma coisa", disse Bolsonaro, reiterando que seu companheiro de chapa deverá ser um mineiro, como o militar.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) considerou hoje a possibilidade de ser derrotado nas eleições deste ano. "Se alguém ganhar de mim, é porque é melhor do que eu", declarou o chefe do Executivo em cerimônia no Palácio do Planalto - apesar de ter reiterado críticas indiretas durante o pronunciamento ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário e líder nas pesquisas de intenção de voto.

Bolsonaro ainda voltou a dizer que as eleições deste ano serão transparentes e apostou em um Congresso Nacional melhor a partir de 2023. "Esse navio chamado Brasil não vai submergir, não é um Titanic", declarou, em tom otimista.

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O presidente também voltou a utilizar o argumento da dependência dos fertilizantes para defender sua viagem à Rússia quando o país estava na iminência de dar início à guerra contra a Ucrânia. "Ficamos sem gasolina, sem televisão, sem zap, mas não sem comida", declarou. Em seguida, mostrou confiança na aprovação do PL que autoriza a exploração mineral em terras indígenas.

Internacional

Sem citar qualquer país especificamente, Bolsonaro fez críticas veladas ao Chile e aos Estados Unidos. "Se 10% das propostas da Constituinte forem aprovadas, acabou, acabou, porra", disse o presidente sobre um país da América Latina que não faz fronteira com o Brasil e passou por um processo de reforma constitucional recentemente. "Alguns me falaram: 'se der errado vou para o Norte'. Está ficando complicado no Norte também", acrescentou Bolsonaro, que tem uma relação tensa com o presidente americano, Joe Biden.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está no México e, durante entrevista ao jornal local La Jornada, disse que a ‘antipolítica’ que levou o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao poder será derrotada nas urnas, em outubro.

“O Brasil está sendo destruído. As pessoas estão empobrecidas... Temos 116 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar, o Brasil voltou ao mapa da fome. Temos um governo que não governa de verdade, que foca na mentira e não respeita absolutamente nada. Não respeita indígenas, negros, mulheres... e trata governadores e prefeitos como inimigos”, declarou Lula.

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“Esse governo desastroso, que é resultado direto do sentimento antipolítico de que as elites, com a ajuda dos setores midiáticos, plantadas no Brasil, serão derrotadas este ano nas urnas”, emendou.

Na avaliação de Lula, a ‘antipolítica’ foi uma reação das elites aos governos que deram oportunidades aos mais pobres. “A ideia de que os filhos dos pobres pudessem ingressar nas universidades, graças a programas de ação afirmativa e apoio financeiro, nunca foi aceita pelas elites”, frisou.

Cotado como nome mais forte para ser o novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), nem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), nem a posição de líder do Governo no Senado impediu a derrota de lavada do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na disputa. Depois do resultado da votação, nesta quarta-feira (15), o pernambucano entregou o comando da base governista na Casa Alta.

Apenas 7 dos 78 senadores apoiaram Bezerra Coelho ao TCU. O escolhido foi o senador Antonio Anastasia (PSD-MG), com 52 votos.

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Responsável por articular interesses de Bolsonaro no Senado e um dos defensores do presidente na CPI da Covid, a contagem entre os corredores do Congresso contabilizavam, pelo menos, metade dos votos a Bezerra Coelho.

Aparentemente decepcionado com o resultado que lhe deixou na última posição, atrás da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que recebeu 19 votos, o senador emitiu na manhã de hoje o comunicado entregando a liderança do Governo Bolsonaro no Senado.

"O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) entregou nesta manhã o cargo de líder do governo no Senado. O pedido foi formalizado ao presidente Jair Bolsonaro a quem o senador agradece a confiança no exercício da função", informa a nota na íntegra.

Na reta final do Campeonato Brasileiro da série B, a temida zona de rebaixamento está cada vez mais próxima da realidade do Clube do Remo. Após perder por 2 a 1 para o Operário (PR) no estádio Germano Krüger, na noite de terça-feira (9), o Leão terminou a 35ª rodada na 15ª posição, com 41 pontos. Dos últimos sete jogos disputados no segundo turno, a equipe azulina só venceu um: 3 a 1 em cima do Cruzeiro, em Belo Horizonte.

A derrota custou a cabeça do treinador Felipe Conceição. A diretoria anunciou, nesta quarta-feira (10), que rescindiu o contrato com o técnico. O auxiliar Netão deve dirigir o time nos três últimos jogos, contra Goiás, Vasco e Confiança. Mesmo com o desempenho negativo, o Leão ainda depende apenas de si para permanecer na competição em 2022.

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Precisando vencer o Operário para garantir os três pontos e se afastar da zona de perigo, o Remo mais uma vez não conseguiu cravar o objetivo. Na primeira etapa, a partida foi de pouca criação pelas equipes. Somente aos 42 minutos o Fantasma finalizou por cima do travessão.

A segunda etapa começou mais movimentada. Aos 17 minutos, em cobrança de escanteio, Felipe Garcia subiu sozinho e abriu o placar para o Operário. Aos 35, Marcelo recebeu na entrada da área e bateu com perigo sobre a meta do goleiro Thiago Coelho.

Somente aos 19 minutos o Remo chegou com perigo na meta adversária. O atacante Victor Andrade recebeu de Mateus Oliveira e bateu forte para uma boa defesa do goleiro do Operário. Aos 32 minutos, o Leão teve outra chance de empatar. Após uma cobrança de falta de Mateus Oliveira, o zagueiro Romércio chegou na segunda trave mas chutou por cima.

Em seguida, num contra-ataque fulminante dos donos da casa, o atacante Schumacher recebeu um cruzamento da direita e ampliou o placar para o Operário. Por fim, no apagar das luzes, Renan Gorne diminuiu para o time azulino em uma cobrança de pênalti.

O próximo desafio do Remo pela série B será na segunda-feira (15), no Baenão, às 18 horas, contra o Goiás, pela 36ª rodada.

Por Alana Bazia.

 

 

Vereadores rejeitaram uma proposta que concedia ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o título de cidadão de Vitória de Santo Antão, na Mata Sul de Pernambuco. Por 13 votos contra e 3 a favor, a proposição foi arquivada em derrota acachapante. A votação aconteceu nessa quinta-feira (2). Bolsonaro cumpre agenda em Pernambuco nesta sexta (3) e sábado (4). 

O principal motivo que levou a rejeição do texto foi o fato do presidente não ter prestado nenhum serviço ao município. A proposta foi apresentada pelo vereador José Antonio da Rocha, conhecido como Marcos da Prestação (Republicanos).

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Após a reprovação da proposta, Marcos da Prestação lamentou e disse que não gostaria de ser lembrado como integrante da legislação que "negou um título de Cidadão ao presidente da República, mas respeito a opinião de todos, porque democracia é isso". 

Na última quarta-feira (2), a possibilidade de concessão da honraria ao presidente foi alvo de uma manifestação de movimentos sociais de Vitória

Aliado de Jair Bolsonaro no Congresso, o Centrão se dividiu para a disputa de 2022 e uma importante ala do bloco avalia que a chance de o presidente conquistar o segundo mandato está cada vez mais distante. Em conversas reservadas, o núcleo do Progressistas, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tem traçado esse cenário e aposta que a eleição para o Palácio do Planalto pode até mesmo ser decidida no primeiro turno, se o presidente não mudar radicalmente o comportamento e a população não sentir no bolso uma melhoria econômica.

O diagnóstico marca uma mudança significativa na avaliação de políticos próximos do Planalto. Até então, o palpite era de que Bolsonaro voltaria a ser competitivo novamente no ano que vem com crescimento econômico e com um novo Bolsa Família, agora batizado de Auxílio Brasil.

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Apoiadores do presidente também argumentavam que, com todo mundo vacinado, ninguém mais se lembraria do desastre na gestão da pandemia de covid-19. O que mudou? Com inflação, juros e desemprego em alta, a população sente os efeitos da deterioração econômica e do aumento do preço dos alimentos, do gás de cozinha, da conta de luz e da gasolina. Não se trata de uma situação vista como passageira e, além de tudo, é agravada por uma nova onda da pandemia, crise hídrica e arroubos autoritários de Bolsonaro, que investe em ameaças à democracia e em conflitos institucionais.

Até mesmo nas bancadas de legendas com assento na Esplanada de Ministérios, como o Progressistas e o PL, há deputados que admitem muitos obstáculos na campanha de Bolsonaro para 2022.

Presidente do PL no Rio, o deputado Altineu Cortês, por exemplo, disse apoiar a reeleição do presidente, mas afirmou que o governo necessita com urgência fazer mudanças importantes na seara econômica. Bolsonarista de carteirinha, Cortês argumentou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, atrapalha o governo por não ter "sensibilidade social" e deve sair do cargo.

"Precisamos de um ministro que trate da responsabilidade fiscal, mas que tenha sensibilidade social. Essa sensibilidade social, hoje, infelizmente, o ministro Paulo Guedes tem na sola do pé", criticou.

O chefe da equipe econômica trava atualmente uma queda de braço com a articulação política do Planalto sobre o valor a ser pago pela nova versão do Bolsa Família.

"Jogo de Cintura". Cortês destacou não ter nada pessoal contra o ministro, mas disse considerar que ele inviabiliza politicamente o governo. O dirigente do PL avaliou que falta a Guedes "jogo de cintura" nos projetos de refinanciamento das dívidas de companhias e de auxílio financeiro a microempresas.

No Progressistas já há quem considere que não vale a pena ficar com Bolsonaro. É o caso do deputado Eduardo da Fonte (PE), ex-líder do partido, ligado ao ministro Ciro Nogueira e apoiador da pré-candidatura do ex-presidente Lula. Na Bahia, Estado comandado por Rui Costa (PT), o vice-governador João Leão (Progressistas) é outro nome que rechaça uma aliança com Bolsonaro.

O deputado Fausto Pinato (Progressistas-SP) afirmou que a única maneira de o chefe do Executivo ter viabilidade eleitoral em 2022 é contendo os arroubos autoritários. Para Pinato, Bolsonaro precisa ouvir o ministro da Casa Civil e os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, além de cessar os ataques às instituições.

"Se (Bolsonaro) ouvir Ciro Nogueira, Arthur Lira e Pacheco, tem chance (de ser reeleito). Caso contrário, todo mundo vai usar todo mundo e, na hora H, vai ser um salve-se quem puder", previu o deputado, ao alertar sobre possível debandada do governo.

O presidente tem feito constantes ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao questionar a credibilidade do sistema eleitoral, Bolsonaro acusa, sem provas, parte do Judiciário de ter um conluio para eleger Lula.

Em uma série de declarações contra o Supremo e o TSE, Bolsonaro tem afirmado que não haverá eleições em 2022 sem uma mudança na urna eletrônica que possibilite a impressão do voto. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso foi rejeitada por uma comissão especial da Câmara e pelo plenário da Câmara, mas o presidente continua defendendo o tema e tem convocado atos contra o Supremo para o feriado de 7 de setembro.

A PEC do voto impresso foi derrotada com ajuda de parte considerável de deputados do Centrão. O Progressistas liberou os deputados para que votassem como quisessem. Treze foram contra a medida defendida por Bolsonaro, 16 a favor e 11 se ausentaram. O PL foi além e orientou o voto contra a PEC, com a maioria dos deputados agindo para derrubar o texto.

Vice-líder do PL, o deputado Zé Vitor (MG), admitiu dificuldades no horizonte do presidente. "Não é um bom momento para ele", afirmou. Mesmo assim, o parlamentar evitou dizer como avalia as chances de reeleição. "Estamos distante da eleição. Tudo pode acontecer", desconversou. O deputado disse ser contra o apoio a Lula, mas não descartou avalizar um candidato alternativo ao petista e a Bolsonaro.

Flerte

O PL ocupa a Secretaria de Governo, comandada pela deputada licenciada Flávia Arruda (PL-DF). Uma ala do partido, porém, flerta com Lula. O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), por exemplo, se reuniu com o ex-presidente em abril. Embora ainda não tenha decidido em qual campanha embarcará no ano que vem, Ramos já descartou apoio a Bolsonaro.

"O problema é a inflação alta, a gasolina a R$ 7, a energia subindo, a comida subindo, o gás de cozinha a mais R$ 100, os juros em dois dígitos no longo prazo, a inflação descontrolada, desemprego e fome. A situação dele é muito difícil, não dá tempo de reverter isso", afirmou o vice-presidente da Câmara.

Um deputado, que já foi líder do PL e conversou com a reportagem sob a condição de anonimato, afirmou que hoje a maioria da bancada apoia o governo, mas não está descartado que o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, abandone Bolsonaro em 2022.

Pesquisa XP-Ipespe divulgada na semana passada mostra as dificuldades enfrentadas pelo presidente. Lula obteve 40% das intenções de voto em uma simulação de primeiro turno, Bolsonaro marcou 24% e Ciro Gomes (PDT), 10%.

Presidente do Progressistas, o deputado André Fufuca (MA), diz em público que Bolsonaro pode recuperar a popularidade. "Acredito que o atual cenário é mutável. A tendência é que sua popularidade volte a subir e ele chegue com condições reais de disputar a reeleição", afirmou. Nos bastidores, no entanto, Fufuca conversa com Lula.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, diz em público o que grande parte dos dirigentes de partidos reserva para o bastidor. "Tem uma chance grande de o presidente Bolsonaro não estar no segundo turno. A gestão está ruim e mal avaliada e uma série de fatores o atrapalham", afirmou Kassab, considerado até por adversários como hábil analista de cenários políticos.

Ao fazer o inventário de problemas, Kassab citou "a conduta do presidente na pandemia, as coisas que estão sendo apontadas na CPI da Covid, a inflação chegando no preço do feijão e a vacinação que demorou para começar".

O PSD tem em seus quadros o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que está de saída do partido por causa das divergências da sigla comandada por Kassab com o governo. Faria vai para o Progressistas e Kassab faz articulações para filiar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao PSD. A ideia é lançá-lo à cadeira de Bolsonaro.

Presidente do Solidariedade, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), também vê possibilidade de Bolsonaro perder já no primeiro turno. "Se o Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) souber trabalhar, ampliar, manter a unidade da esquerda - o que é difícil por causa do Ciro (Gomes, candidato do PDT) - e caminhar para o centro, tem muita chance de ganhar a eleição no primeiro turno", afirmou o deputado. Na eleição de 2018, o Solidariedade integrava o Centrão e apoiou a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), mas há tempos o partido se descolou do grupo.

Kassab diz que nem a melhoria no quadro econômico será suficiente para ajudar Bolsonaro. "Bolsa Família ele vai aumentar X e Lula vai falar que vai aumentar dois X. Vou acreditar no Lula", disse o presidente do PSD.

Marcelo Ramos também descartou que a economia possa auxiliar Bolsonaro. "O presidente apostou em uma recuperação econômica que não era motivada por nenhuma ação do governo. Era uma recuperação de quem sai da inércia", observou. "Quando a crise é muito grande, em um momento pós-crise você sempre tem um boom de crescimento. Mas ele cria tanta confusão que tudo indica que até esse boom de crescimento não vai se confirmar."

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, confirmou, nesta segunda-feira (16), que esteve com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso na semana passada, para conversar sobre "temas da atualidade". O encontro, que foi revelado pelo Estadão, ocorreu no dia 10, quando veículos blindados militares fizeram um desfile na Praça dos Três Poderes.

A conversa ocorreu na casa de Barroso. Foi ele quem teve a iniciativa de convidar o general para o encontro. Preocupado com o risco de ruptura institucional, o ministro queria saber se as Forças Armadas embarcariam em uma aventura golpista promovida pelo presidente Jair Bolsonaro. Após a divulgação do encontro, Bolsonaro declarou que pedirá ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o impeachment de Barroso e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

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"Conversamos sobre temas da atualidade. O ministro está criando uma comissão externa para a melhorar auditoria (das urnas eletrônicas), então acho que foi um passo importante", afirmou Mourão.

Após a derrota do voto impresso na Câmara dos Deputados, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Barroso, decidiu ampliar procedimentos de auditagem do sistema eleitoral, em uma tentativa de dar respostas à parcela da população e da classe política que acusam, sem apresentar provas, que há fraudes no atual sistema de votação.

Perguntado sobre a ameaça que Bolsonaro fez aos ministros do Supremo, por supostos crimes de responsabilidade, Mourão disse que vê com ceticismo a possibilidade de o Congresso Nacional dar andamento a pedidos de impeachment contra os membros da corte. "Acho difícil o Senado aceitar", afirmou o vice a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

"O presidente tem a visão dele. Ele considera que esses ministros estão passando dos limites em algumas decisões que têm sido tomadas, e uma das saídas dentro da nossa Constituição seria o impeachment", declarou Mourão, sem se posicionar, contudo, de maneira favorável ou contrária aos impedimentos.

O vice-presidente limitou-se a reiterar críticas à prisão do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, autorizada pelo Supremo na semana passada. "Não considero que Roberto Jefferson seja uma ameaça à democracia", disse. "Acho que Alexandre de Moraes poderia ter tomado outra decisão sem mandar prender por opinião".

Ainda na contramão do presidente Bolsonaro, Mourão disse novamente que confia nas urnas eletrônicas. "Até que me provem o contrário, vou confiando". Ele ponderou, contudo, que, "mesmo com todas as proteções, pode ocorrer algum ataque". O TSE e vários especialistas, no entanto, descartam a possibilidade de fraude nas urnas.

O Náutico enfrentou, neste sábado (14), a equipe do Avaí pela 18ª rodada da Série B do Brasileirão e acabou saindo derrotado por 2x0, fora de casa. Com a quarta derrota consecutiva, o Timbu saiu da zona de classificação para a Primeira Divisão.

O jogo

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A partida até começou movimentada, com o Náutico melhor nos primeiros dez minutos, e com Caio Dantas arriscando chute de fora da área, testando o goleiro Gledson. Depois, o Avaí conseguiu começar a ditar o ritmo da partida, que ficou mais focada em batalhas de marcação no meio campo.

Na metade do primeiro tempo, o volante alvirrubro Djavan acabou tendo o nariz acertado pelo braço de Bruno Silva em dividida e, sangrando, teve que sair para ser atendido, lance que gerou bronca de Hélio dos Anjos, que queria o cartão para o adversário.

Segundo tempo

Aos dois minutos, um milagre do goleiro Alex Alves salvou o Náutico em chute de Vinícius Leite, de fora da área. Cinco minutos depois, Bryan cometeu falta sem necessidade e acabou tomando o segundo amarelo e sendo expulso, lance que gerou muita reclamação por parte do Náutico, por interpretarem rigor excessivo da arbitragem.

Herói um pouco antes, vilão logo depois, Alex Alves falhou em saída de bola, no cruzamento de Renato. A redonda ficou solta na área, e após bate e rebate, gol contra do zagueiro Yago: 1x0 para o Avaí.

Após o gol, o Náutico se lançou para o ataque e coube ao Avaí tocar a bola e partir para o contra ataque, matando o jogo já nos acréscimos, com João Lucas, em chute de fora da área no ângulo.

Com o resultado, o Náutico ficou na sexta colocação, com 30 pontos. O Avaí, com também com 30, ocupa o quinto lugar.

Ficha de jogo

Competição: Campeonato Brasileiro – Série B

Local: Estádio da Ressacada – SC

Avaí: Glédson; Edilson (João Lucas), Rafael Pereira, Betão, Diego Renan; Bruno Silva (Wesley Soares), Marcos Serrato (Valdívia), Lourenço; Renato (Jean Cléber), Getúlio, Copete (Vinícius Leite); Tec. Claudinei Oliveira.

Náutico: Alex Alves; Hereda, Yago, Rafael Ribeiro, Bryan; Matheus Trindade (Luiz Henrique), Djavan, Jean Carlos (Tailson); Mateus Carvalho (Rafinha), Vinícius, Caio Dantas (Iago); Tec. Hélio dos Anjos.

Gols: Yago (contra) e João Lucas (AVA).

Arbitragem: Dyorgines José Padovani de Andrade (ES).

Cartão amarelo: Edílson (AVA); Bryan (NAU).

Cartão vermelho: Bryan (NAU). 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o Twitter, nesta sexta-feira (13), para afirmar que mesmo se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não for destituído do cargo por impeachment ou algum tipo de interdição, que também o impeça de participar das eleições de 2022, ele deverá ser derrotado pelo povo nas urnas. 

"O dado concreto é: se não tiver impeachment ou o Bolsonaro não for interditado, ele será derrotado pelo povo nas eleições", escreveu o ex-presidente.

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Pouco antes de expor tal argumento, Lula também falou sobre as pesquisas eleitorais e ponderou que vai com calma diante do pleito. 

"Tem muita especulação e bobagem que leio nos jornais. Eu não escolho candidato. Até porque o dado concreto que as pesquisas mostram é que eu venceria os demais candidatos e não só o Bolsonaro. Mas eu vou com muita calma porque estamos a um ano das eleições", pontuou no microblog.

Lula ainda tratou sobre os pedidos de impeachment contra Bolsonaro: "Já tem mais de 100 pedidos de impeachment contra o Bolsonaro. Cabe ao presidente da Câmara colocar em votação. E o PT e a oposição tem cobrado muito, mas isso não muda o fato que é o Lira quem tem que pautar. E o Bolsonaro colocou o Lira lá porque ele tem sido um parceiro dele nas votações. E eu não acredito que ele vá pautar o impeachment".

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Aliado de Jair Bolsonaro, o Centrão não aderiu por completo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso na Câmara dos Deputados e ajudou a impor, na terça (10), a maior derrota política do presidente desde o início do mandato, em 2019.

Seis partidos mais identificados como componentes do bloco deram 69 votos a favor do texto, mas deixaram de dar outros 73 apoios à matéria. A conta leva em consideração 46 votos contrários à PEC dados por deputados do Progressistas, PL, PTB, Republicanos, Avante e PROS e 27 ausências.

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Para que o texto fosse aprovado, o governo precisava do apoio de, no mínimo, 308 deputados, mas só obteve 229 votos favoráveis. O placar registrou, ainda, 218 votos contrários à proposta e uma abstenção.

O comportamento do Progressistas foi emblemático na votação. Controlado pelo novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, o partido ainda tem entre seus filiados o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), que chegou ao cargo com apoio do Palácio do Planalto, e o deputado Ricardo Barros (PR), líder do governo na Casa.

O líder do Progressistas na Câmara, Cacá Leão (BA), liberou a bancada para votar como quisesse. Ao todo, 16 deputados foram a favor da proposta, 13 contrários e outros 11 não votaram. Entre os ausentes estão conhecidos aliados de Bolsonaro, como Aguinaldo Ribeiro (PB) e André Fufuca (MA).

Fufuca, que assumiu o comando do Progressistas interinamente, depois que Nogueira foi nomeado para a Casa Civil, disse que o voto impresso não pode ser considerado uma pauta do governo. "A gente procurou escutar a bancada e a bancada estava dividida. Pode até ver que houve essa divisão, um equilíbrio muito grande entre o 'sim' e o 'não'. Por isso a gente resolveu liberar", afirmou.

No PL - que detém o comando da Secretaria de Governo, com a deputada licenciada Flávia Arruda -, 23 deputados foram contrários à PEC do voto impresso, 11 favoráveis e sete ausências. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara, afirmou que o PL, mesmo tendo orientado contra o texto defendido pelo governo, não vai punir nenhum parlamentar. "Bola para frente, vira a página, tem coisa mais importante para discutir do que essa besteira", afirmou Ramos.

No PTB, quatro deputados não acompanharam o governo, com dois contrários à proposta e dois ausentes. Outros seis foram favoráveis. No Republicanos, 26 votaram pela aprovação da PEC e três pela rejeição. O líder do partido na Câmara, Hugo Motta (PB), foi um dos três que não votaram anteontem.

No Avante, quatro disseram não ao voto impresso, dois não votaram e dois foram favoráveis. Na bancada do PROS, oito apoiaram a PEC. Somente Gastão Vieira (MA) votou contra, mas outros dois não registraram voto. No total, foram menos três apoios ao projeto defendido por Bolsonaro.

O PSDB fechou questão contra a PEC, mas houve 14 votos favoráveis à proposta de um total de 32 deputados da bancada. Doze tucanos foram contrários ao voto impresso. O deputado Aécio Neves (MG) se absteve. O partido afirmou que pretende punir os dissidentes (mais informações nesta página).

Lira trabalhou pessoalmente para que a proposta fosse sepultada. Ele dizia a pessoas próximas que era necessário tirar esse assunto de cena para que temas importantes pudessem ser apreciados. "A democracia do plenário desta Casa deu uma resposta a esse assunto e, na Câmara, espero que esse assunto esteja definitivamente enterrado", afirmou o presidente da Câmara, ao fim da votação.

'Desconfiança'

Um dia após sofrer a derrota na Câmara, Bolsonaro voltou a colocar em xeque a segurança das eleições de 2022. "Hoje em dia sinalizamos para uma eleição, não que está dividida, mas que não vai se confiar nos resultados da apuração", disse o presidente a apoiadores, ontem, na saída do Palácio da Alvorada.

"Metade do parlamento que votou sim ontem (anteontem) quer eleições limpas. A outra metade, não é que não queira, ficou preocupada em ser retaliada", afirmou Bolsonaro. Para o presidente, apesar da derrota, o placar na Câmara "deu um grande recado ao Brasil" em apoio à implementação do voto impresso no futuro, já que, segundo ele, "metade do Legislativo, não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE".

PSDB vai retaliar quem apoiou proposta

O PSDB encontrou uma solução para retaliar os 14 deputados da bancada que descumpriram a orientação partidária e votaram a favor da PEC do voto impresso, anteontem, sem puni-los internamente. O partido dará um "bônus" do fundo eleitoral aos 17 parlamentares que seguiram a decisão da Executiva.

A direção da legenda decidiu fechar questão contra a proposta da deputada Bia Kicis (PSL-DF), e defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso, os deputados que descumprissem a orientação poderiam ser até expulsos do partido por "justa causa" - e o PSDB continuaria sendo o "dono" do mandato.

"Se a Executiva não tomar providências, o partido vai ser desmoralizado. Esses deputados descumpriram uma cláusula estatutária. O PSDB deve expulsá-los imediatamente e pedir o mandato", disse o presidente do PSDB paulistano, Fernando Alfredo. 

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), em publicação no Twitter, comentou sobre a derrota de Jair Bolsonaro na questão do voto impresso. Apesar da pressão e das ameaças do presidente da República, o voto impresso sofreu sua primeira grande derrota no Congresso nessa quinta-feira (5).

O relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR) para a volta da contagem manual do resultado das eleições e da impressão do comprovante de votação foi derrotado por 23 votos contrários e 11 favoráveis em comissão da Câmara dos Deputados.

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"Derrotamos de forma acachapante o voto impresso na comissão e derrotaremos novamente se a proposta for levada ao Plenário. Mas vamos lutar para que isso não seja feito. O Congresso não pode servir de instrumento para a campanha golpista de Bolsonaro contra o sistema eleitoral", escreveu Freixo.

A derrota sofrida no domingo (20) pela extrema direita de Marine Le Pen e pela maioria presidencial centrista de Emmanuel Macron, no primeiro turno das eleições regionais francesas, parece lançar dúvidas sobre o anunciado duelo para a presidencial de 2022.

Nem um único candidato do jovem partido presidencial República em Marcha (LREM), nem seus aliados centristas lideraram a votação em nenhuma das 13 regiões da França metropolitana.

O fracasso da estratégia presidencial foi ainda mais severo na região Provença-Alpes-Costa Azul, para onde o chefe de Estado enviou nada menos que cinco de seus ministros para a batalha.

A derrota do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, também foi avassaladora, com um resultado bem inferior ao previsto pelas pesquisas.

O RN ficou em primeiro lugar em uma única região contra seis nas regionais de 2015.

"É claro que estamos nos questionando", disse o vice-presidente do RN, Jordan Bardella, à rádio RMC.

"Há um segundo turno e os eleitores terão outra oportunidade de se expressar", acrescentou, ao destacar que as eleições ainda não acabaram.

Em contrapartida, para surpresa de muitos, a direita tradicional prevaleceu em seis regiões, com o partido Os Republicanos (LR) sendo a força dominante em nível nacional, enquanto a esquerda tradicional, liderada pelos socialistas, ficou em primeiro em cinco regiões.

"Tal como nas eleições municipais (de 2020), o velho mundo mostra que ainda está de pé", avaliou o cientista político Bruno Cautrès.

Trampolim para a direita tradicional?

Embora a participação historicamente baixa complique qualquer interpretação dos resultados, a boa posição no primeiro turno da direita e da esquerda tradicionais soa como um desafio ao cenário pré-traçado de um duelo Macron-Le Pen no segundo turno da eleição presidencial de 2022.

Duas figuras da direita, Xavier Bertrand e Valérie Pécresse, atuais presidentes de suas respectivas regiões e potenciais adversários da dupla Macron-Le Pen, têm uma clara vantagem em seus redutos.

E os resultados podem servir de trampolim para o próximo ano.

"É um tapa na cara de Emmanuel Macron e do Executivo", analisa o cientista político Philippe Moreau-Chevrolet, para quem a estratégia de "destruir a direita tradicional para instalar um duelo Macron-Le Pen em 2022 é um fracasso".

Depois de sua "viagem pela França" para se encontrar novamente com os franceses após a pandemia, o presidente planeja apresentar até meados de julho uma reorientação do seu mandato de cinco anos, para um projeto que vai além de 2022, segundo seu círculo próximo.

A taxa de abstenção (mais de 60%) - a mais elevada desde pelo menos 1958 - surpreendeu os observadores e levou a especulações sobre as causas.

A falta de campanha pública devido às restrições da Covid-19 parece ter desempenhado um papel, assim como o clima quente de verão que afastou as pessoas das urnas após meses de confinamento.

"São eleições marcadas pela saída da pandemia e pela indiferença dos franceses em relação ao que está em jogo nessas eleições", comentou Brice Teinturier, diretor do departamento eleitoral da Ipsos, à rádio France Inter.

"Para os franceses, o evento importante será a eleição presidencial", disse ele, contrastando o humor do país com as últimas eleições regionais de 2015, quando o país estava no auge da tensão dos ataques terroristas.

No entanto, a tendência de aumento da abstenção é evidente há anos, mesmo nas últimas eleições parlamentares e presidenciais de 2017.

A proposta do governador João Doria de reforçar o peso do voto dos filiados nas prévias do PSDB foi derrotada por 28 votos a 11 na reunião Executiva Nacional do partido realizada nesta terça-feira (15). Os aliados do tucano paulista queriam eleições diretas, mas diante da derrota iminente fizeram uma tentativa de redução de danos: dividir o colégio eleitoral em dois blocos, sendo que 50% dos peso seriam dos filiados e outros 50% dos mandatários e dirigentes.

Pela resolução aprovada, o colégio eleitoral será formado por quatro grupos de votantes, com peso unitário de 25% do total de votos. A resolução segue a proposta apresentada pela Comissão das Prévias. "Agora é unidade. É preparar as prévias, fazer um processo transparente, com qualidade e inovação. Esse é um dos momentos mais intensos da história do PSDB, uma grande demonstração de democracia interna", afirmou o presidente nacional Bruno Araújo.

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Como São Paulo tem 22% dos 1,36 milhão de filiados do PSDB, o modelo que dava peso maior para a base favoreceria o governador. Quatro nomes já se apresentaram como presidenciáveis tucanos. Além de Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. As primárias estão marcadas para 21 de novembro.

De acordo com o novo calendário aprovado pela Executiva, os candidatos farão suas inscrições em 20 de setembro, com início dos debates em 18 de outubro. A comissão das prévias que elaborou o relatório inicial foi formada pela prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro; o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi; o senador Izalci Lucas (DF); os deputados federais Pedro Vilela e Lucas Redecker; e o ex-deputado Marcus Pestana, sob a coordenação do ex-presidente do PSDB, José Aníbal.

O técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, não ficou nada satisfeito nem com sua equipe e nem com a arbitragem, que chamou de ridícula, após a derrota deste domingo (2), por 3x0, para o Sport. Segundo ele, o time teve uma atuação fraca e a arbitragem interferiu diretamente no resultado com dois erros em lances cruciais.

Primeiramente, sobre o resultado, Hélio admitiu que o time sentiu a falta dos titulares que foram poupados por acúmulo de cartões, mas ainda assim cobrou que o time tivesse uma postura diferente.

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“Podemos até falar que sentiu, mas não é para sentir, um time de futebol não pode depender de quatro, ou cinco jogadores não. Temos um grupo bastante homogêneo em relação a qualidade, claro, sabíamos que esses jogadores são cruciais dentro da nossa estrutura, mas não é para sentir a falta não, tínhamos que ter um comportamento melhor”, cobrou.

Mas a equipe de arbitragem também virou alvo do treinador que acredita terem interferido no resultado e ele explica: “Você tem uma jogada de impedimento que o bandeira dá, sem meu jogador está impedido e com ele na cara do gol, aí daqui a pouco você tem um escanteio que só o árbitro viu, a bola não bateu e ele apitou como se a bola tivesse resvalado em Ronaldo. Foi decisivo, esses lances, na minha concepção, mas a reação da nossa equipe no primeiro tempo ainda foi boa, mas no segundo tempo nós deixamos o adversário jogar”, disse.

“Nossa atuação foi fraca, tivemos até controle do jogo no primeiro tempo, depois arbitragem ridícula em dois lances, o impedimento do Kieza e o escanteio que só o Rodrigo viu, nem os jogadores do Sport esperavam aquele escanteio e a partir disso aí acredito que nosso time jogou da forma que nós jogamos (...) erramos muito no segundo gol  e o segundo tempo não gostei”, completou.

Agora é página virada, a derrota e a boa primeira fase, e o foco é todo na conquista do estadual: ”Temos três jogos para chegar ao título e nós vamos em busca desse título, ninguém aqui está satisfeito com primeira colocação geral, tenho certeza que meu grupo vai reagir de acordo com suas condições”, encerrou o treinador.

Mais dois jogos deram sequência à sétima rodada da Copa do Nordeste, na tarde deste domingo (4). Jogando em casa, o Altos venceu o Santa Cruz por 2 a 0 e segue firme na briga por uma vaga na próxima fase. Enquanto no Cornélio de Barros, Salgueiro e CRB ficaram no 1 a 1. Confira os detalhes das partidas:

Querendo um lugar no G-4 do Grupo B, o Altos foi melhor durante o primeiro tempo da partida. Tiaguinho, aos 13, teve boa chance para abrir a contagem, mas mandou para fora. Na sequência, Gláucio também assustou para o time da casa. Até que, já aos 35 minutos, Juninho Arcanjo cobrou falta, a bola desviou na barreira e foi morrer no fundo da meta adversária: 1 a 0. Tentando uma resposta rápida, o Santa chegou com perigo em finalizações de Madson e Eduardo, mas não conseguiu levar o empate para o intervalo.

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Depois das conversas nos vestiários, o Jacaré voltou para o segundo tempo pressionando no ataque e, logo aos dois minutos, Juninho Arcanjo cobrou escanteio, Gláucio fez o desvio e Leandro Amorim apareceu para fazer o segundo no Albertão. Do lado tricolor, Léo Gaúcho, aos sete minutos, foi quem teve a chance do primeiro, mas parou no goleiro Mondragon. Já no minuto seguinte, o Altos chegou de novo, dessa vez com Lucas Campos, que viu Jordan evitar o gol.

Na marca dos 20 minutos, correndo atrás do prejuízo, o Santa Cruz montou uma blitz no ataque e quase balançou as redes em duas finalizações de Felipe Cabeleira. Enquanto, o time da casa respondeu novamente com Juninho Arcanjo, aos 26, e Gláucio, aos 28. A partir daí, o confronto perdeu intensidade e o Jacaré soube controlar o resultado até o apito final.

O triunfo mantém o Altos firme na briga pela classificação. A equipe piauiense aparece agora na vice-liderança do Grupo B, com dez pontos somados. Já o Santa Cruz é o lanterna do Grupo A, com três pontos e não tem mais chances de avançar na competição.

Publicado no site da CBF

Pressionado pelos recordes diários da Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) perderia para os principais concorrentes nas eleições de 2022. De acordo com a pesquisa Atlas divulgada nessa quarta-feira (10), Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Lula (PT) venceriam o conservador na disputa.

Na simulação de primeiro turno, o atual mandatário aparece com 32,6% das intenções de voto, seguido por Lula, com 27,4%. O ranking de presidenciáveis acrescenta Sergio Moro (9,7%), Ciro Gomes (7,5%), Luiz Henrique Mandetta (4,3%), João Dória (4,3%) e Luciano Huck (2,5%). Caso Lula não confirme a candidatura, Fernando Haddad representaria o PT e, ainda assim, alcançaria a segunda colocação com 15,4% das intenções.

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Já a projeção do segundo turno põe Lula como vitorioso, com 44,9% dos votos contra 36,9% de Bolsonaro. Contra Ciro, o atual presidente perderia com apenas 37,5% diante dos 44,7% dos possíveis votos ao pedetista. Mesmo com a breve e turbulenta passagem no Ministério da Saúde, Mandetta também derrotaria Bolsonaro com 46,6% contra 36,9%. Até o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), poderia melar os planos de reeleição ao empatar tecnicamente com o ex-aliado.

“Com tantos candidatos vencendo Bolsonaro no segundo turno, diria que nunca foi mais provável do que neste momento que o presidente perdesse em 2022. Mas a vida dá voltas. O Brasil pode sair da pandemia neste ano. Em 2022, o Governo pode fazer assistência social e Bolsonaro ainda pode se recuperar”, avalia o cientista político e CEO da consultoria Atlas, Andrei Roman, ao El País.

O levantamento ainda sugere que 60% dos brasileiros desaprovam o Governo Bolsonaro. Apenas 34,8% o apoiam, o que representa a queda da três pontos percentuais em comparação ao último estudo, em 21 de janeiro.

Com uma sútil redução, o índice de apoio ao presidente segue apoiado por 40% dos homens entrevistados, 53% dos evangélicos, e 41% e 42% das regiões Norte e Centro-Oeste, respectivamente.

O estudo foi realizado com 3.721 entrevistas feitas por questionários via internet, entre os dias 8 e 10 de março e captou apenas o início do pronunciamento de Lula. A Atlas indica que as respostas são calibradas por um algoritmo de acordo com as características da população brasileira. 

O Liverpool ficou mais longe da briga pelo título do Campeonato Inglês nesta quinta-feira. Em jogo marcado por um pênalti cometido pelo goleiro Alisson, o atual campeão nacional foi batido pelo Burnley por 1 a 0, no Anfield. O resultado encerrou uma invencibilidade histórica que já durava quase quatro anos.

O time comandado por Jürgen Klopp não perdia em casa pelo Inglês desde abril de 2017. Neste período, a equipe disputou 68 partidas sem sofrer uma derrota sequer. A quebra da invencibilidade vem com novo tropeço do Liverpool na temporada. O time venceu apenas um dos seus últimos jogos, por diferentes competições.

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Em 2021, a tradicional equipe inglesa ainda não conquistou vitória pelo Inglês. A última foi o 7 a 0 sobre o Crystal Palace, no dia 19 de dezembro. Como consequência, perdeu a liderança da tabela e vem caindo posições a cada rodada. Com 34 pontos, está em quarto lugar, mas pode perder novas colocações porque os rivais logo abaixo têm partidas a menos na classificação geral. Já o Burnley é o 16º, com 19.

Na partida desta quinta, Klopp pôde enfim contar com o retorno do zagueiro Joel Matip, recuperado de lesão. Ele formou dupla com o brasileiro Fabinho, que é volante de origem. No meio-campo, Thiago Alcântara foi titular. O time teve um ataque formado por Alex Oxlade-Chamberlain, Origi e Mané - Salah e Roberto Firmino entraram somente no segundo tempo

O jogo disputado no Anfield foi marcado pelo desequilíbrio do início ao fim. Pressionado pelos resultados anteriores, o Liverpool partiu para cima e dominou com facilidade. Impunha seu estilo de jogo, mas tinha muita dificuldade para superar a retranca do Burnley.

Parte das estatísticas do jogo mostram como o duelo foi apenas entre ataque e defesa. O Liverpool terminou a partida com quase 72% de posse de bola e 26 finalizações, contra apenas seis dos visitantes, mais eficientes no ataque.

Na tentativa bem-sucedida do Burnley, Ashley Barnes invadiu a área pela direita e se chocou com Alisson quando já havia finalizado para fora. O árbitro viu pênalti no lance em na cobrança, o mesmo Barnes converteu. O goleiro brasileiro até pulou no canto certo, mas não conseguiu evitar o único gol do confronto, aos 38 minutos do segundo tempo.

Nos instantes finais, o duelo se tornou ainda mais franco, em momentos com os 11 jogadores do Burnley dentro da área. O Liverpool não conseguiu superar o "paredão" dos visitantes e somou mais um tropeço na temporada.

Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o revés do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), candidato à reeleição batido pelo prefeito eleito Eduardo Paes (DEM), não significa uma derrota do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que foi seu principal apoiador.

"Não tem nada a ver com a eleição nacional. É uma vitória da política, e o Bolsonaro sempre fez política. Não tem nenhuma relação com a eleição nacional, é uma vitória daqueles que fazem política e administram com qualidade, e o Eduardo Paes representa isso pra gente. É a vitória do Rio de Janeiro. Tínhamos um prefeito que não cuidou da cidade, teremos um prefeito que sempre cuidou e vai continuar cuidando", afirmou Maia, que após a apuração dos votos acompanhou Paes em uma entrevista coletiva concedida em um hotel de São Conrado (zona sul).

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Para o parlamentar, a eleição presidencial "ainda está muito longe" e "tem pouca relação" com a eleição municipal: "Apenas uma vinculação de vereadores com a eleição de deputados. O resto é uma questão de construção política para cada um dos campos políticos do Brasil."

Maia disse que, a partir desta segunda-feira (30), espera que o governo federal encaminhe questões relativas ao orçamento para 2021. "Nós temos um problema grande, uma operação difícil de ser construída, que é manter o orçamento dentro do teto de gastos, (isso) depende muito do governo. Eu espero que o governo amanhã mostre à sociedade a sua coragem, a sua capacidade de enfrentar os problemas. A Câmara está pronta para isso, mas depende do Senado, que essa matéria será votada primeiro no Senado. A gente precisa cortar despesas para poder aprovar o orçamento. Isso no dia de amanhã parece desgastante, mas a partir de dois, três meses é o correto para o Brasil", afirmou o deputado.

"O governo precisa mostrar onde vai cortar. Se nós não cortarmos na indexação das aposentadorias, se não cortarmos em benefícios para servidores, se não mudarmos o abono salarial para outro programa, seguro defeso, todos programas difíceis de serem acabados, nós vamos ter dificuldade de aprovar o orçamento. O teto vai ser garantido com essas mudanças", seguiu Maia. Segundo ele, até o final do ano deve ser votado o projeto que concede autonomia ao Banco Central: "A Câmara está madura para isso, depende do diálogo", afirmou.

Questionado sobre a hipótese de sua reeleição ao cargo de presidente da Câmara, Maia foi enfático: "A Constituição hoje não permite".

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