Tópicos | Aceitação

A Justiça do Rio de Janeiro incluiu os irmãos Ramiro e Augusto Soares Madureira, fundadores da 123 Milhas, agência online de passagens aéreas e pacotes de turismo, como réus em uma ação de danos morais contra a empresa.

Com a decisão, os sócios podem ser condenados a indenizar, em nome da empresa, o advogado Gabriel de Britto Silva, que comprou uma passagem do Rio para Porto Alegre, mas teve o bilhete cancelado sem direito a reembolso.

##RECOMENDA##

A decisão da juíza Sônia Maria Monteiro, 27.º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital, pode abrir caminho para outros consumidores lesados buscarem reparação solidária dos empresários em ações movidas contra a 123 Milhas. A alternativa pode acelerar processos que foram suspensos durante a recuperação judicial da agência.

Os irmãos Madureira vão responder ao processo porque o advogado Gabriel de Britto Silva pediu a chamada desconsideração da personalidade jurídica da 123 Milhas, o que na prática abre caminho para tentar chegar ao patrimônio pessoal dos empresários.

O CÓdigo de Defesa do Consumidor prevê que a personalidade jurídica de uma empresa pode ser considerada 'sempre que for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores'.

"O estado recuperacional, em si mesmo, é hábil para demonstrar a inidoneidade financeira", explica Silva. "Os consumidores, em suas respectivas ações judiciais, poderão pleitear a desconsideração da personalidade jurídica para terem a garantia de receber os valores devidos a eles via atingimento do patrimônio pessoal dos sócios das recuperandas".

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou na quinta-feira, 13, o pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis, dono das marcas de cerveja Itaipava, Crystal e Petra. A empresa soma dívidas estimadas em R$ 4,2 bilhões em março, e havia feito o pedido de recuperação à Justiça em 27 de março. Com a decisão da juíza Elisabete Franco Longobardi, da 5.ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, ficam suspensas todas as ações ou execuções contra a companhia.

Com 24 mil empregos diretos e 100 mil indiretos estimados, o grupo alegou atravessar uma crise de liquidez que já perdurava um ano e meio.

##RECOMENDA##

A empresa afirmou ter registrado uma "drástica redução de receita" no período, "em razão da grande queda no volume das vendas", de acordo com a defesa realizada pelo escritório Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo e Cotta Advogados.

Também disse ter sido impactada pelo "aumento incessante da taxa Selic, utilizada sucessivamente pelo Banco Central como principal ferramenta de política monetária para combate a inflação".

"Diante do atual nível de endividamento do Grupo Petrópolis e mantidos os spreads das operações atuais, o aumento da Selic/CDI gera um impacto de aproximadamente R$ 395 milhões por ano no fluxo de caixa", afirmou a empresa.

No fim de março, a Justiça havia concedido ao grupo uma tutela cautelar de urgência que determinava a liberação dos recursos da empresa pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. A decisão também nomeava como administradores judiciais o escritório de advocacia Zveiter e a empresa Preserva-Ação, do advogado Bruno Rezende.

O Grupo Petrópolis detém participação de 13% no mercado de cervejas do País. Segundo a petição em que pediu recuperação judicial, a empresa vendeu no ano passado 24,1 milhões de hectolitros de bebidas, representando uma queda de 23% na comparação com 2020. Essa redução significou um recuo de 17% na receita bruta do período.

A companhia também acusou os concorrentes da adotarem um "planejamento tributário abusivo", condenado pela Receita Federal, para conseguir não repassar o aumento de custos dos últimos dois anos ao consumidor final. O Grupo Petrópolis, de acordo com sua defesa, não adotou a mesma prática e precisou reduzir as margens para continuar competitiva, o que também a teria prejudicado.

Por isso, a empresa afirmava que as medidas solicitadas no pedido de recuperação judicial eram urgentes para evitar "iminente estrangulamento do fluxo de caixa" diante do vencimento de dívidas financeiras.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) acatou recurso do Ministério Público e determinou nesta terça-feira (7) que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) responda por injúria racial contra a deputada Duda Salabert (PDT-MG). Se condenado na ação, Ferreira pode ter de cumprir até três anos de prisão, pena máxima estabelecida pelo crime de injúria racial.

Duda Salabert, que é uma mulher transexual, apresentou queixa-crime contra Ferreira após o parlamentar ter afirmado, em entrevista ocorrida em dezembro de 2020, que iria se referir a ela como "ele".

##RECOMENDA##

"Ele é homem. É isso o que está na certidão dele, independentemente do que ele acha que é", afirmou Ferreira à época, quando ambos eram vereadores em Belo Horizonte.

Inicialmente, a Justiça definiu a competência da 1ª Unidade Jurisdicional Criminal da Comarca de Belo Horizonte para julgar o caso, uma vez que os fatos narrados na queixa-crime por Salabert não se enquadravam no crime de injúria qualificada. No entanto, o MP demonstrou que a decisão não observou que o crime era uma espécie de racismo, conforme definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro de 2021. Foi exatamente isso que o Ministério Público alegou, que o STF deu equivalência da homofobia e transfobia ao racismo em decisão anterior.

Indenização por gordofobia

Também nesta terça-feira (7), a influenciadora Thais Carla anunciou que vai pedir à Justiça indenização de R$ 52 mil por uso indevido da sua imagem por Ferreira. Thais publicou nas redes sociais, no sábado (4), uma foto em que estava com o corpo pintado, caracterizada como 'Globeleza'. A imagem foi compartilhada pelo político com críticas.

O deputado mineiro fez compartilhamento da imagem alegando que tinham "tirado a beleza". Depois das críticas pelo ataque, Ferreira postou um vídeo comentando a repercussão do caso.

"Eu deveria ter tratado a obesidade como romance, como empoderamento, e não como doença. Onde já se viu, (no) século 21 ter opinião própria, né?", afirmou o deputado na gravação. Na sequência, o parlamentar postou uma foto montada em que simulou o próprio rosto em um corpo gordo e escreveu: "pronto, agora tenho lugar de fala".

O Estadão ligou diversas vezes na manhã desta quarta-feira (8), antes da publicação da reportagem, para os gabinetes de Ferreira e Salabert, para que ambos se posicionassem sobre a ação, mas as ligações não foram atendidas. Este espaço permanece aberto a manifestações.

A Alemanha aprovou o envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, segundo a revista alemã Der Spiegel e a emissora NTV. A decisão foi tomada após um período de relutância do chanceler alemão, Olaf Scholz, e de uma pressão dos países aliados da Otan. A confirmação deve sair hoje, conforme publicou o jornal Bild.

De acordo com fontes do governo Scholz, o plano é enviar 14 tanques em conjunto com outros parceiros, o que significa que Berlim teria autorizado a exportação de tanques que haviam sido vendidos para os Exércitos de Finlândia, Suécia e Polônia.

##RECOMENDA##

Andri Yermak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, comemorou a decisão dos alemães. "Isso será um verdadeiro golpe da democracia contra a autocracia", escreveu Yermak no Telegram.

Há muito tempo a Ucrânia pede o envio de tanques de guerra para conter o avanço das tropas russas. Até então, o Ocidente relutava em enviá-los, restringindo-se a remessas de outros equipamentos, como armas, munição, lançadores de mísseis e sistemas de defesa aérea.

Inverno

A pressão ucraniana cresceu após as derrotas sofridas pela Rússia nos meses que antecederam o inverno do Hemisfério Norte. Kiev teme que os russo aproveitem a trégua de inverno para reagrupar suas forças, se reequipar e lançar uma nova ofensiva assim que a primavera chegar.

A decisão de Scholz foi tomada após os EUA concordarem em enviar tanques M-1 Abrams, já que a relutância alemã esteve, em parte, na busca de uma ação coordenada com países aliados. Segundo a CNN, citando três assessores do presidente americano, Joe Biden, o envio dos blindados seria anunciado ainda nesta semana.

Pressão

O governo americano não esconde que a intenção de anunciar o envio de tanques era destravar as negociações com a Alemanha para o envio dos Leopards. O Pentágono, no entanto, afirma que a decisão tomada em Washington não terá nenhum impacto nos próximos meses, já que os tanques americanos de 70 toneladas exigem um treinamento rigoroso para serem operados pelos ucranianos.

"Os tanques não estarão na Ucrânia na semana que vem, no próximo mês ou nos próximos meses", disse uma fonte do governo americano, segundo a CNN. "O anúncio dos EUA serve para deixar a Alemanha mais confortável em fornecer os próprios tanques."

Os tanques alemães são apontados por estrategistas militares como a melhor opção para apoiar as ações terrestres da Ucrânia pelo fato de estarem disponíveis em maior número em solo europeu e por serem movidos a diesel, enquanto os americanos Abrams utilizam combustível de aviação, o que exigiria uma linha logística mais complexa para mantê-los em operação. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A juíza Raquel Vasconcelos Alves de Lima, substituta da 2.ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, acolheu a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra executivos e funcionários da Vale e da Tüv Süd acusados pelas mortes causadas após o rompimento da barragem de Brumadinho. A decisão coloca no banco dos réus 16 pessoas e duas empresas que foram inicialmente denunciadas pelo MP estadual.

Após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o caso foi remetido para a Justiça Federal em Minas Gerais. Anteontem, a Procuradoria da República no Estado ratificou a acusação, que descreve não só crimes de homicídio qualificado, por 270 vezes, mas também crimes contra a fauna e a flora, assim como crime de poluição. O MPF ainda pode aditar a denúncia para "acrescentar ou substituir denunciados ou fatos delituosos".

##RECOMENDA##

Defesa

Já a Vale reafirma "o respeito pelas famílias impactadas direta e indiretamente pelo rompimento da Barragem 1, em Brumadinho, e segue comprometida com a reparação e compensação dos danos". A companhia reforça ainda que sempre pautou as atividades por premissas de segurança. A partir do recebimento da denúncia, compete ao advogado David Rechulski a defesa jurídica da empresa.

"Considerando a premissa de que o primeiro foco era o recebimento formal da denúncia com o fim de evitar-se a prescrição dos crimes ambientais, não causa surpresa que uma denúncia de 477 folhas, mais de 80 volumes, num total de mais de 24 mil páginas, tenha sido recebida em menos de 24 horas. Nada mais havendo, portanto, para comentar-se a respeito", diz a Vale. Já a Tüv Süd não vai comentar a decisão.

O agente penal federal Jorge Guaranho se tornou réu, nesta quarta-feira (20), pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal da cidade, aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual, no Paraná (MP-PR), feita nesta terça (19), de homicídio duplamente qualificado e citou que o crime foi cometido em razão de "preferências político-partidárias antagônicas". Guaranho é bolsonarista.

Em uma das qualificadoras do assassinato, a Promotoria considerou motivo fútil e não torpe como constava no inquérito policial, concluído no dia 15 deste mês, cinco dias após a morte de Arruda. O petista foi morto durante seu aniversário, que ocorria em um clube da cidade, e tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. A segunda qualificadora foi a de colocar em risco mais pessoas que estavam na celebração. A troca da qualificadora não altera a pena do agente penal que pode variar de 12 a 30 anos de cadeia.

##RECOMENDA##

"O crime de Guaranho foi um homicídio gravíssimo, duplamente qualificado, notoriamente praticado por divergências político-partidárias, o que o torna motivo fútil e que colocou em risco a vida de outras pessoas", disse o promotor Tiago Lisboa, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No mesmo dia em que Guaranho se tornou réu, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com um dos irmãos de Arruda.

No inquérito apresentado pela Polícia Civil, os momentos em que o agente penal chega ao à festa de aniversário, é repelido, depois volta e atira no petista são divididos. Segundo o inquérito policial, depois de ir até o local com seu carro em que estavam a mulher e o filho de três meses para provocar as pessoas com uma música que fazia alusão a Bolsonaro, ele foi atingido por terra atirada por Arruda. O atirador só retornou, disse a polícia, por ter se sentido "humilhado".

Na denúncia, o MP-PR entende que há uma só dinâmica e que o crime foi cometido em razão de "motivação política externada pelo agressor (Guaranho)". Segundo a Promotoria, o depoimento de uma testemunha, que fazia a vigilância do local e disse ter escutado o agente penal gritar "aqui é Bolsonaro" antes de efetuar o primeiro disparo contra Arruda, foi fundamental para a conclusão da denúncia. O advogado da família de Arruda concordou com o teor da denúncia do MP.

"Entendemos que foi fundamental pelo Ministério Público de que a motivação política nesse caso do primeiro momento e segundo, quando Guaranho retorna ao final da festa e efetua os disparos é a mesma", avaliou o advogado Ian Vargas, que pretende atuar como assistente de acusação durante o julgamento do agente penal, que pode ir a júri popular.

A defesa de Guaranho não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Qualificadora

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o motivo torpe que consta no inquérito da Polícia Civil está relacionado à desqualificação vil e cruel da vítima, que desmerece o sujeito. Já a fútil implica uma desproporcionalidade da reação. "Acredito que a mudança ocorreu porque na visão da acusação, matar por preferências político-partidárias antagônicas (ou ódio político), é algo desproporcional, insignificante, mesquinho", disse o advogado criminal mestre e doutor em direito penal pela USP, Cristiano Maronna.

Professor da FGV-RJ e conselheiro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Thiago Bottino corrobora a tese. Para ele, o MP muda o entendimento por entender que seria mais fácil enquadrar a motivação política como uma futilidade. "Dentro da estratégia, ele (MP) acha que é mais fácil acusar por motivo fútil", disse.

Novas diligências

Na segunda-feira, a Promotoria pediu para que a Justiça autorizasse a devolução do inquérito à Polícia Civil. Promotores querem que os investigadores ouçam de novo uma testemunha, que tem acesso às câmeras do clube onde havia a festa e mostrou as imagens do evento, pelo celular, ao agente penal.

O presidente Jair Bolsonaro evitou responder nesta quinta-feira, 26, se aceitará uma eventual derrota nas urnas eletrônicas nas eleições deste ano. Questionado por jornalistas em frente a uma Igreja em Brasília se aceitaria perder a disputa e, assim, passar o poder para outra pessoa democraticamente eleita, o chefe do Executivo foi evasivo: "Democraticamente, espero eleições limpas", limitou-se a dizer.

Bolsonaro também reiterou ataques aos ministros Alexandre de Moraes, que vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições, e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e às urnas eletrônicas. "Barroso vai aos Estados Unidos e dá uma palestra sobre como tirar um presidente da República", disse.

##RECOMENDA##

De acordo com Bolsonaro, "não há dúvidas" de que Moraes é parcial e comete abuso de autoridade. "O que quer o senhor Alexandre de Moraes? O confronto, uma ruptura? Por que ataca tanto a democracia? Por que não pode apresentar sugestões para o TSE a convite do próprio sobre as urnas?", questionou Bolsonaro, que chegou a apresentar ação no STF contra Moraes por abuso de autoridade. O processo, no entanto, teve prosseguimento negado pelo ministro Dias Toffoli.

Bolsonaro ainda disse que "tem o direito" de desconfiar das urnas eletrônicas. "Por que não se quer conversar sobre isso? É uma temeridade você ter eleições sob o manto da suspeição", afirmou. "Está difícil conversar com TSE, estou pronto com o diálogo, mas eles não aceitam conversar", acrescentou, voltando a pedir uma apuração paralela do voto controlada pelas Forças Armadas. "Estamos fazendo o máximo possível para sensibilizar o TSE, queremos transparência, eleições limpas que sejam auditadas."

Os ataques de Bolsonaro à lisura do sistema eleitoral brasileiro, sempre sem apresentar provas, são apontados por críticos e pela oposição como uma preparação de discurso caso seja derrotado nas eleições deste ano.

O presidente ainda deu novos sinais nesta quinta-feira de que seu vice nas eleições será o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. "Ele se desligou da Defesa porque deve disputar em alguma coisa", disse Bolsonaro, reiterando que seu companheiro de chapa deverá ser um mineiro, como o militar.

O governo americano solicitou ao Brasil autorização para ampliar a frequência de voos de deportação ao País. Os EUA pediram que o governo brasileiro concorde com três voos semanais de deportados - atualmente, há autorização para um por semana. O Itamaraty concordou com dois voos semanais. A nova periodicidade está prevista para entrar em vigor em outubro. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

No fim de maio, os EUA enviaram ao Brasil o primeiro voo fretado para deportar imigrantes brasileiros desde o início do governo de Joe Biden. A prática tornou-se frequente durante o mandato de Donald Trump, que adotou política e retórica anti-imigração - que passou a ser usada também por Biden, quando um número recorde de imigrantes começou a chegar na fronteira dos EUA com o México.

##RECOMENDA##

Questionado sobre o tema, o Itamaraty afirmou que recebeu, em agosto, um pedido para ampliar a frequência de voos semanais, o que ocorrerá em outubro. A chancelaria acrescentou que o governo "consentiu, em caráter temporário e condicional", com o aumento da frequência para dois voos por semana e que o objetivo do MRE é reduzir o tempo de permanência dos brasileiros em centros de detenção americanos, especialmente durante a pandemia de Covid-19.

O governo brasileiro confirmou também a informação de que pediu aos EUA que os deportados não sejam algemados no voo - o que foi relatado por algumas pessoas enviadas de volta pelo governo americano nessa situação.

O total de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente começou a crescer em 2015, mas se mantinha em patamares baixos. O grande pico nas apreensões pela patrulha fronteiriça aconteceu em 2019, quando passou de 1,6 mil casos no ano anterior para 18 mil, segundo os registros dos EUA. No ano passado, as travessias caíram em razão dos bloqueios de viagem durante a pandemia e à política estabelecida por Trump. Neste ano, o número explodiu. Só em agosto, mais de 9 mil brasileiros tentaram atravessar a fronteira americana sem visto. De outubro do ano passado até agosto deste ano, a estimativa é a de que mais de 46 mil brasileiros tenham feito esse caminho.

A autorização para ampliar os voos de deportação ao Brasil acontece no momento em que o governo americano pede para que o País receba haitianos que entraram de maneira irregular nos EUA. Na semana passada, a situação foi tratada em conversa entre o secretário de Estado, Antony Blinken, e o chanceler brasileiro, Carlos França. Os dois se reuniram em Nova York, após a abertura da Assembleia-Geral da ONU.

No encontro, segundo fontes, Blinken pediu que o Brasil acolha haitianos que estão sendo deportados. O governo brasileiro indicou que seria preciso avaliar a situação específica de cada imigrante. Crianças haitianas que nasceram no Brasil, portanto, cidadãos brasileiros, e estrangeiros com permissão de residência podem entrar no País. Já os que têm visto humanitário e deixaram o Brasil não podem pedir novamente o status temporário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instagram tem servido como ferramenta de valorização e afirmação de corpos femininos, ultimamente. Na tentativa de quebrar padrões e desconstruir certos estigmas impostos pela sociedade, mulheres - famosas e anônimas - têm usado a plataforma para questionar e desmontar alguns estereótipos que aprisionam, das garotas às mais maduras, dentro e fora das redes sociais. Nesta terça (3), a atriz Jéssica Ellen colocou o seu perfil e o próprio corpo para ‘jogo’, propondo uma reflexão e o incentivo à suas iguais. 

Com uma foto em que aparece despida, a atriz começou falando sobre sua relação com a própria imagem e o corpo. “Penso que Meu corpo é morada de Orixá e por isso um templo. É Nossa primeira casa antes do endereço mundano, com números e nome de rua. Penso (e vejo) e quanto as pessoas estão perdidas dentro de suas fantasias e pensamentos. Bato vários papos sérios comigo mesmo. Amo minha companhia e amo me amar. Me acolho, me cobro, me honro, me respeito”. 

##RECOMENDA##

A intérprete de Camila, na novela Amor de Mãe, também falou sobre a inconstância de sentimentos e sobre aceitar seus limites e momentos. “Somos complexos e tudo que é raso não me contempla. Haja paciência. Paciência é sem dúvidas uma das coisas que preciso desenvolver. Meu tempo é outro. Sempre foi”. Por fim, a atriz brincou: Acordei reflexiva e biscoiteira. Conselho - não se levem tão a sério”.

 

Como forma de demonstrar a aceitação da condição sexual do jovem transexual Richard Alcantara, amigos e familiares se reuniram e, de forma simbólica, colocaram fitas adesivas nos seios - assim como o rapaz usa -, já que ainda não passou pela mastectomia, que é a excisão ou remoção total da mama.

A 'homenagem' foi compartilhada pela companheira do Richard, Yuri Almeida. Além do vídeo, a mulher relatou um pouco o sofrimento passado pelo jovem trans. "Um ano atrás ele sofria com a fase de aceitação e temia a rejeição da família. Já tentou contra a própria vida por consequência de depressão (sic)", revela Yuri. 

##RECOMENDA##

Almeida aponta ainda que essa ação dos familiares foi uma demonstração de um amor incondicional. "Mesmo com tanta adversidade sempre colocou amor e união acima de tudo. Onde a conquista e realização do sonho de um integrante da família é compartilhada e vivida por todos. É a família da qual sou grata em fazer parte", salienta a companheira do Richard.

Confira o momento

[@#video#@]

 Neste domingo (12) foi comemorado o Dia das Mães e, para celebrar a data, Gabriel o Pensador lançou ‘Evolua’, junto com a cantora Jade Baraldo. A música é uma releitura de ‘Lôraburra’, sucesso em 1993, e faz parte da campanha publicitária de O Boticário.

Lançada há mais de duas décadas, a música ‘Lôrabúrra’ é dona de uma letra que foca no estereótipo da mulher fútil, não economizando nas críticas e estereótipos. À Rolling Stone, Gabriel falou sobre a composição original. "Era uma crítica comportamental. Mas depois de alguns anos eu mesmo já não me sentia à vontade nos shows para interpretar aquele personagem agressivo da letra, e aboli esta música do meu repertório, sem que ninguém tivesse me pedido para fazê-lo, por volta de 2003", conta.

##RECOMENDA##

Atualizando o discurso da letra, que reforça uma visão machista do comportamento feminino, a nova versão da canção abre espaço para versos atuais, que exaltam a beleza de todas as mulheres e prega a aceitação da individualidade de cada uma.

“Diversidade, viva a diversidade. As divas, as damas, as donas de todas as idades. As minas, as manas, as monas e uma enormidade de guerreiras que enfrentaram tantas as diversidades”, diz um trecho da música. Assista ao vídeo:

[@#video#@]

Os internautas que acompanham o dia a dia de Gretchen nas redes sociais sabem que a cantora não tem papas na língua. Nesta segunda-feira (6), a mãe de Thammy resolveu fazer um desabafo sobre aceitação feminina e os padrões de beleza que estão sempre em discussão pela sociedade.

No Instagram, Gretchen explicou uma postagem que havia feito no domingo (5), e aproveitou o momento para rebater algumas críticas que recebeu. "No meu post eu fui bem clara que você tem que se aceitar do jeito que você quiser, eu me aceito assim... fazendo plástica, fazendo harmonização, treinando na academia, tomando minhas vitaminas. É assim que eu me aceito, se você se aceita do jeito que você é sem se cuidar também é lindo", declarou.

##RECOMENDA##

E completou: "As pessoas só levam as coisas para o lado do mal: 'Ah, você não se aceita, você já fez plásticas'". Os fãs saíram em defesa de Gretchen após ela ser bombardeada com as críticas. "A Gretchen de 1990 não é a mesma Gretchen de 2019. Portanto, qualquer um é livre pra mudar o pensamento e até mesmo a vida. Parem de jugar, seus chatos", comentou uma seguidora.

A premiada atriz Viola Davis é a capa da revista norte-americana Variety de setembro e em entrevista a publicação desabafou sobre como é usar o seu cabelo natural no novo filme “As Viúvas”, em meio a falta de aceitação em Hollywood.

A nova personagem interpretada pela atriz é uma viúva chamada Veronica Rawlins e que se transforma na líder de um grupo de ladras. Para viver a trama, Viola conseguiu o que poucas atrizes negras estadunidenses conseguem, que é usar os seus cabelos naturais.

##RECOMENDA##

“Você sempre é ensinado como uma pessoa de cor a não gostar do seu cabelo. O mais estranho é que quanto mais crespo, mais considerado feio é. Estamos em uma época onde as pessoas estão lutando por seu espaço para ser visto. As pessoas precisam saber que existem diferentes tipos de mulheres de cor. Nós não somos todos um padrão só. Nós não somos todas de pele clara ou marrom com um grande afro. Nós temos a garota na porta ao lado. Nós temos a mulher mais velha, de pele escura e cabelos naturais”, afirmou.

Viola também falou sobre o seu papel que inicialmente seria para uma atriz branca, mas que foi adaptado para que ela participasse do longa. “Esse tipo de papel geralmente não está disponível para uma mulher não-branca”, comentou.

“As pessoas tentam ser gentis demais com as personagens mulheres. Eles as mantêm bonitas. Eles as mantêm simpáticas. Eles atendem a fantasias masculinas. Eles atendem ao olhar masculino. Este filme não fez isso”, acrescentou.

A estrela ainda se posicionou sobre a diferença salarial em Hollywood, onde as mulheres negras recebem menos que as brancas. “Não há porcentagens para mostrar a diferença. É vasto. Mulheres hispânicas, mulheres asiáticas, mulheres negras, nós não somos pagas o que as mulheres caucasianas são pagas. Nós simplesmente não somos. Nós temos o talento. É a oportunidade que nos falta”, finalizou.

Nesta quarta-feira (5), a atriz Bruna Marquezine usou os stories do seu Instagram para criticar pessoas que fazem comentários maldosos sobre a aparência das outras pessoas, além de ter revelado que sofreu com distúrbios de imagem e depressão por causa de críticas à sua forma física.  Bruna começou falando que está saudável e com todos os exames em dia, mostrando em seguida prints de alguns comentários em suas fotos de pessoas, inclusive mulheres, afirmando que ela “está muito magra! ficou feia”, que ela  “já está ficando anorexa” e que “o mundo é das gostosonas, queiram ou não, já já Neymala dá um chute nela”. 

Ela respondeu afirmando estar feliz com o seu corpo, explicou que a disfunção de tireóide que teve já foi solucionada, disse que não está tentando emagrecer e que, quando emagreceu, o fez de forma responsável e saudável para interpretar a vilã Catarina na novela Deus Salve o Rei. 

##RECOMENDA##

Bruna criticou as pessoas que costumam fazer esse tipo de comentário nas redes sociais, alertando para os impactos que afirmações assim podem ter na autoestima de quem recebe as mensagens de críticas à própria aparência: “Se a sua crítica for ofender, machucar, fazer com que essa pessoa se sinta mal com o corpo dela, se for machucar essa pessoa, por mais que sem intenção, fica quieto. Não comenta, não tem porque. Em nenhuma das minhas legendas eu perguntei se vocês acham que eu estou bonita, eu não perguntei se eu estou magra demais”.

Marquezine também destacou o machismo contido nesse tipo de afirmação e a gravidade de ver mulheres atacarem umas às outras afirmando que homens preferem mulheres que têm mais carne. “O nosso corpo, mulheres, não foi feito para agradar os homens, pra agradar ninguém, a gente tem que estar saudável e feliz! É horrível ver mulheres com esse pensamento machista, falando ‘engorda, essa perna tá muito fina, homem não gosta’. Em que ano a gente tá vivendo?”, questionou. 

A atriz também revelou que, assim como muitas outras mulheres que sofrem com padrões de beleza, ela começou a ter distúrbios de imagem e odiar o próprio corpo depois de receber comentários falando que deveria emagrecer. Isso, somado a outros fatores, a levou à depressão e desencadeou tentativas desesperadas de emagrecer a qualquer custo.

“Tive inúmeros problemas de saúde, vocês podem imaginar, porque não me alimentava direito e tomava laxante todos os dias. Ou eu não comia, ou quando comia, comia besteira. Eu não sentia prazer em ter uma boa alimentação e cuidar de mim, eu não estava me amando”, disse ela, explicando em seguida que depois de cuidar da sua saúde física e mental, surgiu a oportunidade de atuar na novela e, para se adequar melhor à personagem, decidiu emagrecer do jeito certo.

No final do vídeo, ela deixou um recado para as pessoas que estavam assistindo, que já sofreram ou sofrem com esse tipo de problema: "Não permita que a opinião alheia forme a sua opinião sobre você mesma".

[@#galeria#@]

Repercussão

Depois da publicação dos vídeos, o nome de Bruna Marquezine apareceu entre os assuntos mais comentados do Twitter, onde vários usuários comentaram a atitude da atriz.

Na última foto que ela postou em Veneza, onde estão os comentários que motivaram os vídeos nos stories, várias pessoas também foram elogiar a atitude de quebrar o silêncio e falar sobre o tema. “Parabéns pelo seu desabafo nos stories, vc falou ABSOLUTAMENTE tudo! Muita gente chata, mal educada e sem noção”, afirmou uma internauta. 

LeiaJá também

--> Marquezine curte Veneza com pijama de quase R$ 3 mil

--> 'Minha criação não foi feminista', diz Bruna Marquezine

--> Marquezine revela como se imagina daqui a dez anos: mãe

As irmãs Pepê e Neném participaram, na última quarta-feira (8), do Superpop, da Rede TV!. Na ocasião, a dupla falou sobre sexualidade e aceitação. “Nunca pensei que era errado, mas ficava com medo do que minha família 'ia' achar, por isso a gente ficava na nossa”, relatou Neném, que é casada com Thaís Baptista.

Ao ouvir o relato da irmã sobre a infância, Pepê falou sobre a época. "Com 8 anos você já sabe que gosta daquilo. Tenho 43 anos e sou virgem até hoje, nunca tive um homem e não quero. Gosto de meninas”, desabafou a cantora.

##RECOMENDA##

Ela ainda relembrou os questionamentos de jornalistas e apresentadores sobre os namorados. "Em 1999, chegavam pra gente e perguntava dos namorados, a gente até gaguejava. Eu me sentia muito mal”, disse.

LeiaJá Também

--> Em festa de R$ 15 mil, Pepê celebra aniversário dos filhos

A postagem de uma jovem sobre a reação da família ao saber da sua transição de gênero que emocionou a web. A publicação foi feita no último dia 11 de abril e traz uma breve explicação de como ela passou por situações de preconceito durante a vida, mas conseguiu o respeito de seu padrasto, de 73 anos e de sua avó, pessoas mais velhas que entenderam e respeitaram a sua identidade de gênero. O relato da maquiadora Karen Maria Reis viralizou e já tem mais de nove mil compartilhamentos.

"Tá vendo esse senhor atrás de mim? É o tio Reinaldo, meu padrasto. Não tem um laço de sangue comigo, mas cuidou de mim durante 10 anos de minha vida. É um senhor fechado, bruto, o famoso velho ranzinza. Mas pergunta se ele AO MENOS gaguejou pra me chamar no feminino ou de Karen? NENHUMA VEZ. É um senhor de 73 anos, que não conhece nada de militância, de gênero e pitititi popopô, mas foi só minha irmã dizer que eu na verdade sou uma mulher pra ele dizer: "Ah mas eu já sabia, se não fosse gay, seria isso mesmo", e foi o bastante pra ele me respeitar", publicou. 

##RECOMENDA##

Karen fala sobre a estadia na cidade de Colatina, no Espírito Santo, e como em nenhum momento foi vista como "vergonha" pelos dois familiares. "(...) vergonha essa que meu próprio pai, que divide meu sangue, deixa claro que tem. Então gente, acreditem quando dizem que PAI É AQUELE QUE CRIA!".

A avó de Karen também foi alvo de muitos elogios, não só por aceitar a identidade de gênero da maquiadora, mas também por chamá-la devidamente pelo nome que gostaria de ser identificada. "Na hora eu não soube reagir, mas agora escrevendo meus olhos tão pingando. As vezes tomamos umas porradas da vida mas é apenas pra nos mostrar quem nos ama de verdade e quem nos ama com poréns. Por isso não acredito nesse papo de "É COISA DA IDADE", se uma pessoa te ama, ela te ama independente de qualquer coisa. Queria que muitos pais e avós aprendessem com meu padrasto e minha vó. Inclusive o meu pai. Mas tudo em seu tempo né".

[@#video#@]

A praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, recebeu, na manhã deste domingo (18), um grupo de mulheres para ato contra a gordofobia. Intitulada #VaiTerGorda em Pernambuco, a manifestação teve como objetivo debater o preconceito, a aceitação e o empoderamento. A concentração se deu em frente à Padaria Boa Viagem e contou com atividades como aulão de ritmos e coffee break.

Esta foi a segunda edição do ato realizado por Manu Neves com apoio do projeto Mundo Plus em Movimento."A nossa ideia é acabar com esse tabu da sociedade, imposto por padrão. A gente é bonita do jeito que a gente é", disse Manu. Ela relembrou o sucesso do evento anterior, que resultou em mulheres mais confiantes e empoderadas: "Muitas nem vinham à praia porque o preconceito é muito grande. A gente quer ter o direito de vir à praia, botar um biquini legal e nao atrair olhares críticos. A gente é gorda e a gente se ama".

##RECOMENDA##

A coordenadora do Mundo Plus em Movimento, Karla Resende, explicou que o ato não faz apologia à gordura, como muitos podem pensar: "A gente quer quebrar esse tabu de que todo gordo é doente e todo magro é saudável". Ela também falou sobre os resultados do trabalho desenvolvido em função de elevar a auto estima dessas mulheres: "Escutamos muitos depoimentos legais, de epssaos que estavam depressivas e que, depois de participarem, estão felizes e bem". A coordenadora reforçou que o movimento é um ato de resistência às imposições da sociedade em relação à estética feminina. 

Misses

Entre as participantes, desfilavam pela areia da praia algumas misses. Elas carregavam, além das faixas, o discurso de empoderamento e de amor próprio. Elaine Cristina, a Miss Olinda Plus Size 2017, contou que o título elevou sua autoestima e tem feito ela ajudar outras mulheres: "Nosso maior objetivo é estimular outras meninas", disse.Gisele Luz, a Miss Pernambuco Plus Size 2017, chegou ao concurso nacional e saiu de lá como segunda princesa, consagrada entre as três mulheres plus size mais bonitas do país.

"É um sonho. Não é porque a pessoa é gorda que não pode ser bonita. Estamos aqui apra provar isso." Babi Luz, prima de Gisele, foi a primeira MIss Pernambuco nesta categoria, em 2015. Ela reforça a questão da saúde física e garante que estar saudável independe do peso na balança: "Não é porque somos gordas que não nos alimentamos bem. Este movimento aqui é uma apologia à aceitação. A gente só quer se sentir livre para fazer o que quiser com o nosso corpo".

[@#galeria#@]

 

A cantora Gaby Amarantos resolveu engrossar o coro da aceitação feminina. Ela postou, em seu Instagram, uma foto de seu corpo, acompanhada por um texto com palavras de incentivo para que outras mulheres se aceitem e se amem como são. Ela é mais uma dentre várias famosas que têm dito não a retoques nas fotos e dietas malucas para enquadrar seus corpos em certos padrões.

Na postagem, Gaby aparece de maiô fio dental em uma lancha. Na legenda, a cantora escreveu que precisava "desabafar" e que quer ver "cada vez mais pessoas se amando, aceitando e se postando com são". "Eu fico aflita quando vejo pessoas achando que a felicidade está apenas em mudar externamente (e olhem que eu já passei por isso) mas é mentira, não caiam nessa manas, e tem um monte de adolescentes querendo fazer intervenções para serem aceitas ou para se aceitarem. É muito lindo e importante quando mulheres botam bikini e desfilam suas ‘imperfeições’ reafirmando auto-estima. Somos maravilhosas SIM, não acreditem em tudo que se vê no instagram.", escreveu a artista.

##RECOMENDA##

Os seguidores da paraense adoraram a iniciativa. Nos comentários, Gaby foi muito elogiada e suas palavras reforçadas. Lidiane Maia comentou: "Concordo com você. Muitas tentando agradar aos outros. Viva a aceitação"; Renata disse: "Mulher, que corpo é esse? Você está certíssima, temos que nos amar"; e Claudia Simonin postou: "Arrasou, mana. Tô dentro!".

[@#relacionadas#@]

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vai assumir a Casa Branca com pouca aprovação e a menor porcentagem em termos de popularidade para um presidente em décadas, revela pesquisa divulgada nesta terça-feira (17), evidenciando a profunda divisão existentes entre os americanos.

A pesquisa CNN/ORC mostra que Trump está a mais de 20 pontos das classificações de seus antecessores mais recentes e 44 pontos abaixo da pontuação obtida pelo presidente Barack Obama quando se preparava para retornar à Casa Branca em 2009, segundo a CNN.

##RECOMENDA##

Trump criticou de imediato os resultados da pesquisa, que tem uma margem de erro de 3 pontos para mais ou para menos. "As mesmas pessoas que fizeram as falsas pesquisas eleitorais, e que estavam tão equivocadas na época, agora estão fazendo pesquisas de classificação de aprovação, que estão erradas como as de antes", afirmou no Twitter.

Na pesquisa, 40% dos entrevistados disseram que aprovavam a forma com que Trump está conduzindo o período de transição rumo a sua posse.

Obama tinha 84% de aprovação antes de tomar posse, o democrata Bill Clinton obteve 67% no final de dezembro de 1992 e 61% aprovavam o republicano George W. Bush em janeiro de 2001.

É comum ouvir as expressões "gordinha", "cheinha" ou "fofinha" quando pessoas querem se referir a uma mulher que está acima do peso idealizado pela sociedade. Definidas socialmente como fora do padrão estético do corpo feminino, muitas mulheres têm passado por um processo de empoderamento, ao se questionarem sobre visibilidade e representatividade dos seus corpos, e preferem ser chamadas de gordas. Desmistificando a ideia de que ter um corpo gordo é sinônimo de tristeza, mulheres têm se tornado protagonistas em romper preconceitos e transformam a pressão social em incentivo para a autoaceitação.

Em uma pesquisa realizada pela revista Marie Claire, intitulada “Por que o mundo odeia as gordas”, estatísticas revelaram que 52% das leitoras acham que é pior engordar 15 quilos do que reduzir o salário em 30%; 37% ficam incomodadas vendo uma mulher gorda comer hambúrguer com batatas fritas e 66% admitiram já ter feito um comentário maldoso ao ver uma mulher gorda usando biquíni. Dados como esses incentivam ainda mais a luta constante das mulheres por mais aceitação e respeito. 

##RECOMENDA##

"Gorda e feliz", é assim que a estudante Daniela Martins, 21, se define. Ela relembra que durante sua adolescência um episódio foi marcante para que ela aceitasse que ser gordo não deve ser sinônimo de depressão. Aos 14 anos, os amigos do colégio decidiram ir à praia e, na época, ela cogitou não comparecer ao passeio por causa do seu corpo. "Era muito difícil usar um biquíni porque todo mundo era magro e eu me achava feia", disse. 

Sete anos depois, Daniela ainda lembra: uma amiga falou que ela ia voltar para o meu habitat natural, referindo-se ao mar. "Eu decidi ir à praia e até hoje uso biquíni porque eu me sinto bem dessa forma. Sempre gosto de rebater comentários preconceituosos e ficar bem porque se eu ficar triste, é muito pior". Seja através da imposição da mídia ou por meio de comentários incovenientes, muitas vezes o esforço para emagrecer é mais pesado que o próprio corpo.

Apesar de não conter nos dicionários tradicionais, o termo gordofobia é utilizado para categorizar a repulsa, o nojo e sentimento de raiva de uma pessoa gorda. No livro 'Erotismo e Mídia' (2002), os autores Francisco Camargo e Tania Hoff explicam que o corpo veiculado nos meios de comunicação não são os corpos de natureza, mas a representação de um ideal estético. Como consequência, algumas pessoas tendem a negar a liberdade das mulheres e homens serem felizes com um corpo gordo.

"As pessoas sempre repetem a mesma coisa. Me mandam fazer uma dieta poque dizem que tenho um rosto lindo, mas um corpo feio. Eu sempre questiono, feio pra quem? Porque eu me sinto bem assim, pra mim ele é lindo e isso basta", contou Daniela. Ela explica que não se sente pior porque está acima do peso e fora do padrão estético. É o que também pensa empresária e ativista Cintia Farias, 23, que diz se apoiar em pensamentos positivos e na autoestima para continuar se amando.

"Dificilmente eu tenho vergonha de usar algum tipo de roupa por causa de comentários alheios. Às vezes eu sofro com isso, mas consigo driblar. Me amo cada dia mais". Para ela, as mulheres cansaram de seguir um padrão imposto e agora buscam, em primeiro lugar, a felicidade. "Eu acho que o movimento feminista está nos salvando cada vez mais, porque nossa causa é falada e nossas referências são outras", afirmou. 

Na contramão do preconceito, mulheres gordas se unem por respeito

Na Internet e nas redes sociais, o panorâma não é diferente. As mulheres se unem no universo online e trocam mensagens, dicas e textos que ajudam no processo de aceitação e empoderamento feminino. No Facebook, a página "Coletivo Gordas Livres", com quase dez mil seguidores, tem o objetivo de debater a desconstrução de estereótipos e distorções sobre a mulher gorda, além de discutir e combater a gordofobia de forma horizontal.

A universitária Daniela Martins também possui uma postura combativa nas redes sociais e diz que não liga para comentários gordofóbicos. "Eu gosto de publicar minhas fotos de biquíni ou mostrar o meu corpo, porque gosto dele e as pessoas podem até opiniar sobre isso, mas eu não vou agir de acordo com a vontade de ninguém". Dona de uma autoestima revigorante, ela diz que o retorno positivos de outras meninas sobre as postagens é gratificante.

Em suas músicas, a funkeira niteroiense MC Carol gosta de falar sobre aceitação de seu corpo e respeito perante as imposições da sociedade. Recentemente, em uma publicação no Facebook, Carol questionou a associação de ser plus size a uma doença, enquanto pessoas magras também sofrem com problemas de saúde e isso é pouco falado.

"Então eu pergunto: será que a saúde está diretamente ligada ao formato do seu corpo? O meu ponto aqui é mostrar que a bandeira que eu levanto é da autoaceitação. Gordas ou magras podemos ter doenças e morrer, podemos trabalhar, podemos nos casar ou não, e ser felizes sem os padrões que a sociedade impõe pra gente. Quero apenas provar que ser gorda não é sinal de depressão, limitação ou qualquer outra coisa negativa", argumentou na postagem. 

Moda Plus Size

Na época da Renascença, por volta dos séculos XV e XVI, grande parte das pinturas retratavam o corpo feminino de forma farta, com seios grandes e pernas largas. Com a chegada da Idade Moderna e a maior valorização da razão e da ciência, o corpo passa a ser retratado de forma mais funcional, com traços magros. No Brasil, durante o início da década de 1970, o corpo excessivamente magro das modelos começou a ditar a moda feminina e ganhou espaço na mídia. 

Constratando com "a medida certa" dos manequins estampados nas lojas, o ramo das modelos plus size está numa crescente no Brasil. Em 2014, Pernambuco sediou o primeiro concurso estadual Miss Brasil Plus Size no Nordeste. Como em um concurso de moda tradicional, jurados avaliaram a performance das modelos nos quesitos charme, elegância, beleza de rosto e corpo, desenvoltura e simpatia.

A vencedora do concurso e 1º Miss Plus Size do Nordeste, a recifense Babi Luz, conta que sempre foi gorda e desde a adolescência desejou participar de eventos de beleza, mas a resposta era sempre a mesma: "emagreça". "Quando apareceu a oportunidade de participar do concurso, a minha cabeça mudou completamente. Eu comecei a me aceitar e ganhei a oportunidade de viver, porque antes eu só existia", explicou.

Para ela, uma das maiores felicidades atreladas à participação no prêmio foi a oportunidade de se sentir sensual com roupas antes não usadas, por vergonha do corpo. "Hoje eu uso vestidos curtos, blusas sem manga e me sinto muito feliz com meu corpo e isso não quer dizer que não estou saudável".  

Em outubro deste ano, a jornalista e blogueira Juliana Romano, 28, foi a primeira plus size a posar para a Playboy Brasil. Ela estampou a revista na seção 'Mulheres que Amamos'. A proposta eram fotos somente de lingerie e uma entrevista sobre o trabalho da blogueira. 

Em sua coluna para o site Brasil Post, Romano chegou a pensar que o convite era uma brincadeira. "Eu fiquei orgulhosa de ter sido a primeira mulher gorda a sair na Playboy do Brasil. Quando chegou um e-mail, eu dei risada porque eu não me vejo - e nunca me vi - como uma mulher sensual e sair assim era impensável para mim". 

Após ser a vencedora do concurso, Babi Luz conta sobre as mudanças na sua vida. Ela agora faz fotos, é agenciada e regularmente recebe convite para participar de eventos de moda. "Hoje eu não sofro, mas entendo que existem pessoas mais sensíveis e se eu puder levantar o astral delas falando sobre meu processo de aceitação, com certeza, eu farei. A gente precisa aprender a amar cada gordurinha que temos".

[@#video#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando