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O senador Humberto Costa (PT) alertou, nesta quinta-feira (19), para a possibilidade de os direitos dos trabalhadores brasileiros “serem usurpados” com a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB). De acordo com o petista, a base do governo no Congresso Nacional pode dar seguimento as 55 propostas que tramitam no Legislativo e que  “levam ao retrocesso em relação a uma série de direitos adquiridos pelos trabalhadores” nas administrações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente Dilma Rousseff (PT). 

“Não podíamos esperar nada diferente de um governo golpista e ilegítimo que tomou à força a presidência de uma mulher honesta e digna. Continuamos a lutar contra todo e qualquer retrocesso, mas sabemos que os trabalhadores correm grande risco de perderem seus direitos duramente conquistados ao longo de 13 anos”, alertou o petista.

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Dessas 55 pautas, de acordo com Humberto Costa, as mais graves são a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 18/11, que reduz de 16 para 14 anos a idade mínima para um jovem entrar no mercado de trabalho; o Projeto de Lei (PL) 3842/12 que reduz as hipóteses de definição do que é trabalho escravo no Brasil, retirando os termos “jornada exaustiva” e “condições degradantes de trabalho” da definição de crime; e o PL 4330/2004, sobre regulamentação da terceirização, permitindo a precarização das relações trabalhistas. 

A lista de projetos é intitulada pelo petista como “anti-trabalhadora”.  "Esses e tantos outros projetos e propostas que ferem constitucionalmente os direitos dos trabalhadores brasileiros devem entrar na pauta do Congresso Nacional com a aprovação política desse governo ilegítimo. Apesar de provisório, esse novo governo pode deixar marcas profundas e causar um grande retrocesso na vida dos trabalhadores brasileiros", afirmou o senador.

Em meio à polêmica criada nesta quarta-feira (16), quanto ao processo movido por representantes do meia Raniel para a quebra de vínculo com o Santa Cruz alegando o descumprimento de direitos trabalhistas, a ação movida na Justiça do Trabalho já teve a decisão proferida. O pedido de quebra de contrato foi negado pela juíza Renata Conceição Nóbrega Santos, da 18ª Vara do Trabalho do Recife.

Raniel aciona Santa Cruz na Justiça e pede rescisão

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Como as leis trabalhistas apontam que para que uma quebra de contrato seja realizada é preciso que se tenha no mínimo três meses de salários atrasados, e o Santa Cruz possui apenas dois meses de atraso (Julho e Agosto), o processo movido pelo atleta se baseou na falta de pagamento de FGTS, 13º Salário e direitos de imagem, inclusive anexando notícias de que outros clubes estariam interessados em contar com seu futebol para que o processo fosse agilizado.

A magistrada alega que os argumentos presentes no processo não são suficientes para que o vínculo entre clube e atleta seja desfeito. E para isso discorre que o atleta veio à justiça requisitando agilidade na quebra de contrato com o clube, mas apenas depois de mais de nove meses do ocorrido.

Outro pontos presentes na decisão da juíza se baseiam na falta de documentos oficiais de outros clubes interessados na contratação do meia, com apenas notícias da internet constando no processo. Além de pontuar que o clube deu abrigo a Raniel, cumprindo com suas obrigações, mesmo depois do mesmo ter sido acusado no exame antidoping e ficado suspenso por quatro meses.

O julgamento do caso segue marcado para o dia 21 de outubro, quando além dos advogados de acusação se pronunciarão a defesa do clube coral, a mãe e a avó do atleta. A diretoria do Santa Cruz marcou uma coletiva na tarde desta quinta-feira (17) para se posicionar oficialmente sobre a situação.

Raniel é uma das principais revelações do Santa Cruz nos últimos anos. Entretanto, o meio-campista, que recebeu o prêmio de Revelação do Campeonato Pernambucano 2015, não pretende permanecer no clube. O jogador, que tem contrato até 2017, acionou o Tricolor na Justiça e pediu a rescisão alegando descumprimento dos direitos trabalhistas . Agente do atleta, Eduardo Maluf declarou inclusive que vários clubes demonstraram interesse na contratação do meia.

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A audiência já tem data marcada para 21 de outubro. Raniel alega vário problemas trabalhistas. O jogador declara que não recebe o 13º salário desde que assinou contrato com o Santa Cruz, em 2013, além de não ter a carteira de trabalho assinada no primeiro ano e que o clube não vem depositando o FGTS (Fundo de Garantia e Tempo de Serviço) há quatro meses.

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A diretoria coral afirmou, através da assessoria de imprensa, que se posicionará sobre o caso em entrevista coletiva que será realizada na tarde desta quinta-feira (17). Raniel continuará trabalhando no Santa Cruz e à disposição do técnico Marcelo Martelotte até que o caso seja encerrado. O atleta cumpriu pena por doping e voltou a jogar nesta terça-feira, na vitória sobre o Boa Esporte.

CONFIRA NOTA OFICIAL DO ATLETA SOBRE DECISÃO

RANIEL REQUER RESCISÃO CONTRATUAL E DIREITOS ECONÔMICOS

Raniel Santana Vasconcelos, atleta profissional de futebol, atualmente vinculado a equipe do Santa Cruz Futebol Clube (PE), ajuizou Reclamação Trabalhista contra o Clube, uma vez que este não vem cumprindo com suas obrigações trabalhistas, enquanto o mesmo durante todo o período de seu vínculo trabalhista, vem cumprindo com suas obrigações e responsabilidades, como horários e condutas em treinamentos e demais atividades ordenadas pelo clube.

Seu descontentamento com a diretoria do clube supracitado não é de hoje, já que as obrigações trabalhistas, para com o atleta são constantemente violadas, tendo como exemplos diretos, o não recebimento das verbas referentes ao 13º salário, desde que foi admitido no Clube, no mês de Novembro do ano de 2013 e a não assinatura de sua CTPS, fato corrigido apenas um ano após sua chegada ao clube coral, ficando desta forma, durante um (1) ano, sem qualquer recolhimento previdenciário.

Além dos fatos acima citados, o clube não cumpre com realização do pagamento do FGTS do atleta, há quatro (4) meses, violando a Lei Pelé que autoriza a rescisão indireta.

O jogador recebe a maior parte de seus vencimentos sem registro, sendo que sobre essa parte, não se paga impostos nem FGTS, fraudando veementemente a Lei trabalhista de nosso país e deseja o esclarecimento de não contar mais com 40% de seus direitos econômicos, que estavam em sua titularidade.

Vários clubes do futebol brasileiro demonstram interesse na aquisição do atleta, mas aguardam sentença da reclamação, que, dada a importância e urgência do caso, já tem data para a realização de audiência, agendada para o dia 21 de outubro do ano corrente, onde o atleta deseja a rescisão indireta de seu vínculo de trabalho junto ao clube da capital pernambucana.

O jogador manifesta seu carinho gratidão e agradecimento pela torcida do Santa Cruz, afirma que continuará a cumprir todos os compromissos com o bom profissionalismo exige e lamenta ter que tomar tal atitude, mas no desejo que tudo seja resolvido da melhor forma para todas as partes.

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Merendeiras e trabalhadores da limpeza das escolas públicas estaduais ameaçam entrar em greve por conta dos salários e tíquetes alimentação atrasados. Os trabalhos já foram paralisados nesta quarta-feira (11) e, durante assembleia que será realizada no final do dia, a categoria vai decidir se cruzará os braços.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana do Estado de Pernambuco (Stealmoaic), a categoria realizou uma reunião na manhã desta quarta-feira (11) e, posteriormente, entrará em conversa com a empresa Adlim, responsável pela terceirização dos serviços.

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Um protesto de operadores de telemarketing fecha o trânsito da Rua Quarenta e Oito, nesta terça-feira (20), no Espinheiro, zona norte do Recife. Funcionários da empresa Teleinformações cobram direitos trabalhistas, entre eles o vale-alimentação. De acordo com a categoria, foi acordado há mais de um ano que a empresa passaria a oferecer o benefício a partir de janeiro.

"Eles estão se recusando a cumprir o acordo", alegou a funcionária Pérola Silva. A manifestação começou em frente à empresa, localizada na Cruz Cabugá, em Santo Amaro. De lá, os trabalhadores seguiram em passeata para o Ministério Público do Trabalho. Um grupo de representantes da categoria está em reunião com o procurador desde o fim da tarde. 

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Viaturas da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e da Polícia Militar estão no local para controlar a manifestação.  

Apesar da disposição de diálogo apresentada nesta segunda-feira (19) pelo governo federal no debate sobre as decisões que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, centrais sindicais já trabalham para tentar derrubar o novo modelo no Congresso e estudam entrar com ações judiciais.

Os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; da Previdência Social, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias se reuniram em São Paulo com dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores.

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No encontro, apesar de não haver avanço formal, os ministros se comprometeram a manter o diálogo. Os sindicalistas, apesar de visões distintas, decidiram trabalhar por adaptações nas medidas, e não pela total revogação dos textos. Uma nova reunião está pré-agendada para 3 de fevereiro.

Contra as medidas, as centrais sindicais vão organizar uma mobilização nacional do dia 28 de janeiro. O passo seguinte será o enfrentamento no Congresso. No retorno do recesso, os deputados vão analisar os textos das MPs 664 e 665, que definiram as mudanças do seguro desemprego, abono salarial, auxílio doença e pensão por morte.

O deputado Paulinho da Força (SD-SP), prepara uma série de emendas que serão apresentadas ao plenário. Na visão dele, qualquer negociação ou "meio-termo" significaria um retrocesso para o trabalhador. "Todas as emendas serão para revogar as medidas provisórias inteiras. Se fosse para negociar, o governo deveria ter nos consultado antes do anúncio", afirmou.

Na opinião do diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, é limitada a capacidade de mobilização da bancada sindical da Câmara, que terá 50 deputados a partir de fevereiro, contra 83 na atual legislatura. "Claro que será possível reduzir a perversidade das medidas com alterações no texto, mas não rejeitar os projetos por completo", avaliou.

Para Queiroz, o caminho com maior chance de resultado para os sindicalistas é o judicial. "A Constituição diz que matérias que foram objeto de emenda entre 1995 e 2001 não podem ser alteradas por medida provisória", disse. O argumento, segundo ele, se enquadraria nos casos de pensão por morte e auxílio doença, presentes em emenda constitucional de 1998, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Segundo ele, também cabe discussão judicial na mudança do abono salarial, que passará a ser pago proporcionalmente ao tempo trabalhado, e não de forma integral. "A Constituição é clara. O pagamento não pode ser proporcional", disse.

O texto, entretanto, é regulamentado por uma lei de 1990 que teve sua grafia alterada com o pacote no fim do ano passado. O texto original citava que "é assegurado o recebimento de abono salarial no valor de um salário mínimo". Com a mudança, passou a vigorar a redação de que "é assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de um salário mínimo".

A opção de ir aos tribunais está no horizonte dos sindicalistas. "Vamos analisar e atacar com todas as nossas possibilidades, inclusive as jurídicas", afirmou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

A ideia é compartilhada pelo presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Fernandes Neto. "Nossos advogados estão estudando a constitucionalidade das medidas. Estaremos juntos no que for possível para impedir o corte de direitos dos trabalhadores", disse.

JOÃO PESSOA (PB) - O Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) conquistou, nesta sexta-feira (22), uma liminar em ação civil pública contra a Legião da Boa Vontade (LBV), em João Pessoa, determinando o cumprimento da jornada de trabalho dos teleatendentes. A Liminar é assinada pelo juiz Normando Salomão Leitão, da 7ª Vara do Trabalho da capital paraibana.

A partir de agora, os funcionários terão que cumprir seis horas diárias e 36 horas semanais, sem alongamentos, conforme Norma Regulamentadora nº 17 do Ministério do Trabalho e Emprego. Cada funcionário poderá fazer, no máximo, duas horas extras, com uma hora de intervalo, desde que devidamente justificadas.

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O MPT requereu ainda multa no valor de R$ 10 mil para cada descumprimento e uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 200 mil, revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O Ministério solicitou ainda que sejam pagas as horas extras devidas.

A assessoria de imprensa da LBV em João Pessoa informou que já houve a comunicação, mas o assunto seria abordado apenas pelo departamento de comunicação da instituição em São Paulo. O LeiaJá procurou o departamento, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

Um ano depois de aprovada a Emenda à Constituição que ampliou os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, a falta de regulamentação torna ineficaz a PEC das Domésticas. A tramitação na Câmara dos Deputados, atrasada pela bancada feminina que aguardava o ano eleitoral para ter uma plataforma eficaz de busca de votos, será, agora, uma das prioridades desse mês de abril. Durante a votação, contudo, deve haver mudanças em pontos fundamentais, como a contribuição sindical, e o banco de horas. A regulamentação da Emenda das Domésticas foi aprovada no Senado em julho do ano passado. Como já foi analisado pela Comissão Mista de Regulamentação das Leis, e portanto, já avalizado por deputados e senadores, o texto deveria ter seguido direto para o plenário da Câmara. Usando manobras regimentais, a bancada feminina, encabeçada pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), conseguiu segurar a votação, mas agora vai pressionar pela aprovação rápida.

Benedita, que sempre se opôs a algumas ideias do autor da regulamentação, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai apresentar emendas no plenário. Vai propor que a contribuição sindical, facultativa no texto original, passe a ser obrigatória. Para ela, é preciso garantir que os trabalhadores domésticos tenham exatamente os mesmos direitos dos demais. Com base nesse mesmo argumento, outra mudança que Benedita tentará emplacar é em relação ao banco de horas. Após diversas reuniões com o governo, Jucá determinou que primeiras 40 horas extras mensais - a PEC instituiu um regime de oito horas de trabalho diárias - devem ser pagas em dinheiro. O restante permanece no banco de compensação de horas, que pode ser revertido em folgas no fim de um ano.

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Para a deputada, que já foi empregada doméstica e atua diretamente na causa, todo o excedente trabalhado deve ser pago mensalmente, não devendo restar brechas para conflitos entre patrões e empregados. Ela também quer mudar o porcentual de contribuição ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que Jucá estabeleceu no texto. O senador sugeriu que o empregador pague 11,2% por mês, sendo 8% para a contribuição e 3,2% para um fundo que constituirá a multa de 40% por demissão sem justa causa. Jucá alega ser necessário assegurar aos patrões condições de arcar com os custos trabalhistas gerados pela nova lei. Caso o empregado se afaste por conta própria ou seja demitido com justificativas previstas em lei, como maus tratos e abandono de emprego, o patrão poderá reaver o valor. Funcionaria como se fosse uma poupança forçada.

Benedita afirma que há necessidade de dar ao empregado doméstico o mesmo tratamento dado aos demais profissionais e, portanto, deseja que o empregador pague 8% mensais de FGTS e, nos casos de demissão sem justa causa, arque com os custos trabalhistas. Após a votação pelos deputados, a regulamentação dos direitos das domésticas será novamente votado pelo Senado e, em seguida, vai à sanção da presidente Dilma Rousseff. Ela pode vetar trechos, mas não possui prerrogativa de acrescentar artigos ou modificar a redação que receberá do Congresso. Crítico da demora da Câmara em votar o texto e insatisfeito com as mudanças que a bancada feminina da Câmara pretende implementar, Jucá avisou: "O Senado vai analisar as emendas que os deputados acrescentarem ao texto, mas se não concordarmos, voltamos ao texto original.

Cerca de 200 trabalhadores terceirizados da Adlim, que atuam nas escolas da rede estadual de ensino do estado nas áreas de asseio e conservação, realizaram protesto em frente à sede provisória do Governo, no Centro de Convenções. Eles alegaram atraso no pagamento de salários, e ainda não receberam o saldo de janeiro, e do ticket alimentação, que está atrasado há dois meses.

“A Adlim alega que não tem condições de pagar porque não está recebendo o repasse do Governo”, explicou Rinaldo Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação (Stealmoiac). Este contrato compreende cerca de 3.700 empregados da Adlim, que atuam nas escolas estaduais em todo Pernambuco.

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Na sede do governo, eles foram recebidos pelo chefe da Casa Civil, Pedro Pontual, que confirmou o atraso dos pagamentos por parte do governo e prometeu pagar à Adlim até a quarta-feira (10). “Vamos exigir que a empresa nos pague de imediato, independente do governo, porque nossa situação está complicada”, frisou Lima. A equipe procurou a Secretaria Estadual de Educação, que informou que iria apurar as queixas  e dados e dar uma resposta sobre o caso.

Após deflagrarem greve, os funcionários dos Correios seguem em campanha para adesão de mais trabalhadores na causa, ainda sem data para terminar. Na manhã desta quinta-feira (29), eles se reuniram em diversos centros de distribuição pela cidade e faziam piquetes, para chamar atenção daqueles que ainda estavam trabalhando. A decisão pela mobilização aconteceu na quarta-feira (29).

“Temos 95% de adesão nesta causa. Já conseguimos paralisar o turno da manhã, e vamos ficar até às 14h, quando sairemos para uma assembleia na Central dos Correios, na Avenida Guararapes”, explicou o carteiro Edson Siqueira. Segundo ele, a luta dos funcionários é pelo descumprimento de uma cláusula julgada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em outubro de 2013, durante a campanha pelo reajuste salarial, que define que qualquer alteração feita no plano de saúde dos trabalhadores só poderá ser feita com a anuência dos funcionários.

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"Eles desrespeitaram essa decisão,  alteraram o plano, que passou a ser gerido pela Postal Saúde, ficando os Correios somente como mantenedor dos recursos financeiros", afirmou Halisson Tenório, do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (SINTECT-PE). "Não concordamos com esta transferência, visto que o acordado era que este tipo de mudança só seria feito durante a campanha salarial", completou.

“O governo e a direção dos Correios estão descumprindo esta cláusula, ao privatizarem nosso plano e não garantirem que nossos dependentes sejam acobertados. Nós temos que pagar mensalmente uma taxa agora, usando ou não o plano. Isso é retrocesso”, completou Siqueira. Ao ser questionado sobre como ficariam os serviços realizados pela empresa, ele foi enfático. “Não vai existir enquanto nós estivermos em greve. Só estão trabalhando os terceirizados neste momento”, lembra Edson.

Ele acrescenta que o plano não dá cobertura total sobre os exames, e muitas vezes, os funcionários precisam pagar. "O plano era irrestrito, e a gente só pagava quando usava. Agora somente a família está garantida da cobertura, os agregados, como pais, e os aposnetados, terão que pagar por fora, vem descontado no nosso salário, que já é pouco", afirmou, referindo-se ao valor pago aos carteiros, pouco mais de 1000 por mês.

O carteiro José Arthur, que já trabalha nos Correios há dez anos, falou sobre a mobilização. “É um absurdo, a clausula prevê que os Correios não mexam no plano de saúde dos trabalhadores por 4 anos, e logo em seguida eles vem querendo que a gente pague o plano?”, questiona. “Quem não aderir à greve, está de acordo com eles, e está contra os nossos direitos, que é o que estamos exigindo aqui”, finaliza.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa dos Correios, que disse estar ciente do movimento e, vai emitir nota sobre posicionamento da empresa sobre a greve ainda nesta quinta-feira (30).

A Prefeitura do Recife ampliou as garantias trabalhistas dos funcionários terceirizados das administrações Direta e Indireta. O prefeito Geraldo Julio assinou o Decreto Municipal 27.225, que dispõe sobre a retenção dos encargos trabalhistas a serem pagos às empresas contratadas para a prestação de serviços. O principal objetivo da medida é salvaguardar tanto o Município quanto os próprios terceirizados e garantir que as verbas trabalhistas sejam pagas. A iniciativa trará um impacto positivo para a cidade no tocante às ações trabalhistas e comprova a preocupação do governo com a gestão dos cofres públicos.

O decreto regulamenta a forma de fiscalização pelo Poder Executivo Municipal do pagamento de salários, encargos e demais obrigações trabalhistas às empresas prestadoras de serviços. A partir de agora, todo o edital de licitação que tenha por objeto a contratação de empresas para prestar esse tipo de serviço deverá conter algumas regras para a garantia do cumprimento das obrigações trabalhistas. Já os atuais contratos de natureza contínua que tenham predominância de mão de obra, se prorrogados, terão no termo aditivo cláusulas que expressem as regras estabelecidas no novo decreto.

Antes da celebração do contrato de prestação de serviços, o órgão ou entidade contratante encaminhará ofício à instituição financeira solicitando a abertura de conta corrente vinculada, bloqueada para movimentação. Além disso, a empresa contratada assinará termo específico que permita ao órgão contratante o acesso aos saldos e extratos, vinculando a movimentação dos valores depositados à autorização da Prefeitura.

Com informações da assessoria da Prefeitura do Recife

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Entram em vigor nesta quarta-feira (3) as novas regras para os empregados domésticos previstas na Emenda Constitucional nº 72, publicada na edição desta quarta do Diário Oficial da União. O texto estende os direitos gozados por todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) aos empregados domésticos. Nessa terça (2), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2102, a PEC das Domésticas, foi promulgada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Até hoje, os trabalhadores domésticos tinham direito a salário mínimo, à irredutibilidade da remuneração, a décimo terceiro salário, repouso semanal remunerado, férias, à licença-maternidade e licença-paternidade, a aviso prévio, à aposentadoria e à Previdência Social.

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Com os novos direitos incluídos no Artigo 7º da Constituição, esses trabalhadores terão garantia de jornada semanal de 44 horas, hora extra, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de seguro-desemprego. Também deverão ser criadas normas específicas para a redução dos riscos de trabalho e reconhecimento de convenções e acordos coletivos.

Passam a ser proibidos, em relação aos empregados domésticos, a diferença de salários por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil; a discriminação salarial ou de critérios de admissão de pessoas com deficiência; o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer tipo de trabalho doméstico a menores de 16 anos, exceto em condição de aprendiz.

Algumas dessas normas passam a valer imediatamente, outras ainda dependem de normatização. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, uma comissão do governo federal para regulamentar os pontos pendentes será criada até o final da semana.

A validade da emenda para os contratos já firmados entre empregados e empregadores é questionável, informou à Agência Brasil o constitucionalista e presidente da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Valmir Pontes Filho. Ainda há incertezas sobre as mudanças tanto entre os trabalhadores quanto entre os patrões.

Nessa terça, foi cogitada a possibilidade de o Congresso discutir a criação de um Supersimples para domésticas. A ideia é criar um instrumento que possa facilitar a vida de empregadores e empregados, unificando os tributos da categoria.

Advogados trabalhistas orientam que ambos os lados tenham boa-fé e que elaborem documentos de suas relações profissionais, como contratos.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco convocou uma audiência pública para esclarecer a população sobre os direitos trabalhistas dos corretores de imóveis, contratados por empresas do ramo imobiliário. A reunião será realizada a próxima terça-feira (9), às 14h, na sede do MPT em Petrolina, Sertão de Pernambuco.

Na ocasião, serão discutidos temas como a assinatura da carteira de trabalho dos profissionais, que, atualmente, é feita de forma irregular. A sessão, presidida pelo procurador do Trabalho Ulisses Dias de Carvalho, conta ainda com a presença do chefe de Inspeção do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho em Petrolina, José Luciano Cortez de Lira.

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Serviço

MPT realiza audiência pública com empresas do ramo imobiliário

Quando: próxima terça-feira (9)

Horário: às 14h

Onde: sede do MPT em Petrolina - Avenida Gilberto Freire, nº 120, no bairro de Vila Mocó

Com informações da assessoria

A campanha nacional “Juiz do Trabalho: sempre ao seu lado”, chega em Pernambuco nesta próxima terça-feira (26). O evento será sediado em Caruaru e abordará o aumento dos acidentes de trabalho no Estado, além de orientar a população sobre os direitos trabalhistas e esclarecendo dúvidas. O atendimento será a partir das 9h30, na Câmara Municipal.

Idealizada pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Caruaru é a quinta cidade a receber a campanha que começou no Complexo do Alemão, no Rio do Janeiro, já passou por Salvador (BA), São Paulo (SP), Campinas (SP) e vai percorrer diversas cidades brasileiras até junho de 2013. 

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“A nossa decisão ao escolher Caruaru é por ser a cidade um importante polo econômico de Pernambuco, com uma trajetória de crescimento e, portanto, exigindo que nos coloquemos em alerta para as relações de trabalho”, explicou o presidente da Anamatra da 6º Região e juiz, André Machado.

Segundo a última estatística oficial do Ministério da Previdência, o Brasil registrou 701 mil acidentes de trabalho em 2010. Em Pernambuco, houve aumento, passando de 18.626 (2009) para 19.936 no ano seguinte, com elevação também no total de óbitos, saindo de 94 para 98. Outro ponto é o total de acidentes de trajeto, caminho que o trabalhador faz de sua residência até a empresa retornando no final do expediente para casa, no Estado foram 2,5 mil casos, cerca de 15% a mais do que no ano anterior. Já na cidade de Caruaru, foram contabilizados 721 acidentes em 2010, com acréscimo de 44% em relação a 2009.  Mais informações no site. 

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