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Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam no menor nível em oito meses nesta quinta-feira (9), abaixo de US$ 92 por barril. Essa foi a sétima perda consecutiva em oito sessões e os investidores ainda repercutem os dados dos estoques que foram divulgados nesta quarta-feira (8).

O contrato de petróleo para fevereiro fechou em baixa de US$ 0,67 (0,73%), a US$ 91,66 por barril na Nymex, menor nível desde 1º de maio. Já o petróleo do tipo brent para janeiro encerrou com queda de US$ 0,76 (0,7%), a US$ 106,39 por barril na ICE, menor patamar em quase dois meses.

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A sessão foi volátil e o petróleo chegou a subir, mas pesaram as preocupações com o alto nível de produção, enquanto os estoques também continuam em níveis altos. Segundo traders, também pesou a preocupação com novas reduções de estímulos do Federal Reserve.

Segundo a ata da última reunião de política monetária do Fed, realizada em dezembro, a maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) concordou que estava na hora de reverter a política atual, que deu forte impulso às commodities nos últimos anos.

As taxas futuras de juros voltaram a subir, nesta quinta-feira (9), mais uma vez influenciadas pelo avanço do dólar em relação ao real. A moeda norte-americana sofreu influência de expectativas com os rumos dos estímulos monetários nos EUA, de mais um dado sobre o mercado de trabalho no país e de comentários da futura presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. Além disso, indicadores ruins da China prejudicaram as moedas emergentes como um todo.

Em meio a isso, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (149.515 contratos) estava em 10,32%, de 10,28% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2015 (229.680 contratos) marcava 10,58%, de 10,56% do ajuste de ontem. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (165.165 contratos) apontava 12,34%, de 12,32% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (31.590 contratos) indicava taxa de 13,17%, ante 13,15% no ajuste anterior.

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O dólar à vista no balcão terminou cotado a R$ 2,3970, uma alta de 0,29%. Hoje, a consultoria Challenger, Gray & Christmas informou que as demissões anunciadas nos EUA em dezembro recuaram 32% ante o mês anterior, para 30.623 vagas. Esse é o mais recente dado a mostrar uma melhora no mercado de trabalho, que é um dos principais determinantes da política de estímulos do Fed, e aumenta as expectativas com o payroll amanhã.

Paralelamente, em sua primeira entrevista após a confirmação, pelo Senado, de sua nomeação para comandar o Fed, Janet Yellen disse para a revista Time que acredita em um crescimento mais forte da economia norte-americana este ano. "A maioria dos meus colegas no comitê de decisão política do Fed e eu estamos esperançosos de que o primeiro dígito (do crescimento do PIB este ano) pode ser 3, em vez de 2", afirmou.

Vale destacar que a responsável por Brasil na agência de classificação de risco Satandard & Poor's, Lisa Schineller, voltou a afirmar que a decisão sobre o rating do País pode ser tomada antes ou depois das eleições de outubro. "Vemos uma deterioração na economia brasileira e a dúvida é se essa tendência vai continuar ou pode ser interrompida", comentou após participar do seminário da Trade Association for the Emerging Markets, em Nova York.

Por fim, o Tesouro Nacional vendeu hoje R$ 5,35 bilhões em cinco papéis prefixados, no primeiro leilão de títulos do ano. O destaque do leilão, a nova NTN-F para 2025, foi vendida integralmente, com taxa de corte de 35,45% nas propostas. Segundo um operador ouvido pelo Broadcast a demanda foi boa, apesar de ser preciso levar em conta que esse é um lote relativamente pequeno. Os 2 milhões de contratos foram vendidos com taxa de 13,3899% e PU de 820,014946.

Ao mesmo tempo em que divulgam tabelas com reajustes de até 4,5% por causa da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), recomposição de custos e inclusão de airbag e freio ABS, as montadoras anunciam promoções para desovar os quase 290 mil carros que estão nos estoques das concessionárias, todos à venda sem o repasse do IPI e muitos com descontos extras.

Para atrair o consumidor que normalmente começa o ano com várias dívidas - como IPVA, IPTU e matrícula escolar -, a estratégia de algumas marcas é adiar o prazo das primeiras parcelas ou reduzir as prestações iniciais.

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A primeira prestação de um automóvel financiado nas concessionárias da Renault pode ser paga daqui a três meses. Para os modelos Gol, Fox e Voyage 1.0 vendidos pela rede Volkswagen na capital paulista, as seis primeiras parcelas de um financiamento em 36 meses terão valores fixos de R$ 99.

Nos dois casos, a entrada é de 50% do bem e carros usados podem entrar como parte do pagamento. Compradores de modelos como Fox 1.0 ganham o licenciamento e aparelho de GPS (equivalentes a cerca de R$ 1,2 mil), informa Marcos Leite, da concessionária Amazon.

A General Motors inicia nesta quinta-feira (9) o que chama de "operação breca varejo". As lojas da marca, que permaneceram fechadas na quarta-feira (8) reabrem com promoções para toda a linha, que será vendida a preços de dezembro (sem a alta do IPI), com descontos e condições especiais de financiamento. O Cruze, por exemplo, tem bônus de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil.

Novas tabelas

A tabela sugerida pela GM para a linha 2014, que começa a ser faturada neste mês, traz aumentos acima do repasse do IPI, que seria de 1,1% a 2,2%. O Celta, por exemplo, teve reajuste de quase 3%, enquanto Classic e Onix ficaram 2,5% mais caros.

A Renault alterou suas tabelas em até 4,5%, caso do Fluence Dynamique, cuja versão 2014 passa a custar R$ 63,9 mil, R$ 2,76 mil a mais que a anterior. A Honda decidiu repassar aumentos de 1% a 2% apenas para modelos com cores metálicas e perolizadas. Versões de cores sólidas não terão reajuste.

A Volkswagen não divulgou tabela, mas concessionários informam que a média de reajuste será de 1,3% a 1,5%, embora modelos como o Golf terão preços reajustados em 3,5%.

A Fiat deve divulgar sua tabela hoje e terá surpresas como o reposicionamento do Palio Fire e do Uno, que ficarão mais baratos para cobrir a lacuna deixada pelo fim da produção do Mille, o carro mais barato da marca.

A versão de entrada do Palio vai custar R$ 23.990, apesar de ter recebido mudanças como novos painel e grade externa. O Uno mais barato sairá por R$ 24.990, ante R$ 26.960 na tabela do ano passado.

O Mille deixou de ser fabricado em dezembro, mas ainda estará à venda até o fim dos estoques. Ele pode ser encontrado por cerca de R$ 21,5 mil. O Gol G4, da Volkswagen, que também saiu de linha por não comportar airbag e freio ABS é vendido por cerca de R$ 25,2 mil. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta para este ano crescimento de 1,1% nas vendas internas.

Em 2013, foram vendidos 3,767 milhões de veículos, 0,9% a menos que no ano anterior. "O mercado este ano vai ser amarrado", prevê o concessionário Rubens Carvalho, dono de revendas Fiat, Volkswagen e Nissan. "Só vai melhorar se houver mais facilidade de crédito." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bovespa fechou a sessão em alta nesta quarta-feira (8), conduzida por um movimento de ajuste após a forte queda registrada nesta terça-feira (7), com o alerta da agência de classificação de risco Standard & Poor's sobre o rating do País. Indicadores econômicos divulgados nesta quarta, entre eles a produção industrial do Brasil e a criação de empregos dos setor privado dos EUA, ajudaram a dar suporte para o movimento positivo das ações. O avanço foi contido, no entanto, pela cautela dos investidores antes da divulgação da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) de dezembro, marcada para as 17 horas, perto do fechamento da negociação da bolsa.

No fim da sessão, o Ibovespa subiu 0,29%, para 50.576,64 pontos. Na máxima do dia, o índice alcançou 50.793 pontos (+0,72%) e na mínima atingiu 50.424 pontos (-0,01%). O Ibovespa acumula queda de 1,81% no mês e no ano. O volume de negócios somou R$ 5,936 bilhões.

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A ata do Fed, o banco central dos EUA, divulgada no call de fechamento do Ibovespa, mostrou que a maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) apoiou a redução de estímulos em dezembro, mas alguns membros questionaram a decisão em meio à inflação baixa e mercado de trabalho ainda fraco. Muitos membros acreditam que as próximas reduções de estímulos devem ser mais comedidas.

Apesar de a produção industrial brasileira ter recuado 0,2% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, o resultado veio melhor que as expectativas dos analistas de queda entre 0,60% e 1,50%, com mediana negativa de 1,00%. Os dados, somados a um relatório sobre a criação de empregos nos EUA, levaram a Bovespa a abrir em alta e a bater máximas pela manhã, descolando-se das quedas registradas pelos mercados internacionais. Segundo a Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA), foram criados 238 mil empregos em dezembro no setor privado dos EUA, acima da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam geração de 200 mil novas vagas.

A recuperação das ações da Petrobras e da Vale após as perdas acentuadas desta terça, depois de a S&P alertar que o rating do Brasil pode ser rebaixado ainda neste ano, ajudaram a dar fôlego para bolsa brasileira. O papel ON fechou com ganho de 0,07% e o PN subiu 0,19%, um dia depois da empresa realizar uma emissão externa de R$ 12 bilhões e dados sobre refino de petróleo. Já as ações da mineradora se beneficiaram da recomendação de compra divulgada hoje por traders do Credit Suisse, segundo operadores. Vale PNA (+0,58%), enquanto Vale ON (+0,69%).

Entre outros destaques positivos da sessão estavam as ações do Santander (+2,55%), que foram favorecidas pelo anúncio de restituição de recursos de R$ 6 bilhões (equivalente R$ 1,59 por unit). Ainda no setor financeiro, Itaú Unibanco (+1,57%).

Os papéis da ALL também foram destaque de alta e fecharam com ganho de 2,97%. A empresa se recuperou das quedas do dia anterior provocadas pelas incertezas em relação ao futuro da companhia.

Entre os destaques quedas do pregão, BRF ON recuou 3,37%, pressionada por estimativas de um quarto trimestre aquém do esperado, segundo operadores. O BTG Pactual, por exemplo, divulgou hoje estimativa de que os números do último trimestre podem desapontar o mercado. Também recuaram os papéis da Eletropaulo (-5,41%) e os da LLX (-3,67%).

O otimismo foi substituído por cautela pela maioria das empresas para 2014. Uma parte do empresariado brasileiro não está positiva em relação ao novo ano. Se em 2013 o crescimento econômico ficou abaixo do esperado, a expectativa para 2014 também não é das melhores.

A justificativa para tal perspectiva é simples: a combinação inflação, Copa do Mundo e eleições fez, boa parte das indústrias, adiar os aportes em ampliação e modernização dos negócios. A primeira pesquisa Focus de 2014 mostra analistas do mercado financeiro mais pessimistas com relação à economia neste ano e continuam a prever uma inflação muito próxima de 6%.

Claro que essa situação não se estende a todo o empresariado do país. No comércio, por exemplo, a previsão é que o segmento crie 351,5 mil novos postos de trabalho formais ao longo do ano. Outro setor em que se espera um crescimento é a educação, principalmente quando falamos do ensino superior. A expectativa é que, com o fortalecimento de programas do governo como o ProUni, Fies e Pronatec, os investimentos continuem aumentando e a tendência é a ampliação do número de estudantes neste segmento.

As dificuldades evidenciadas pela economia brasileira em 2013, de crescimento abaixo da expectativa, devem continuar em 2014. Um quadro montado diante da atual conjuntura do País aponta juros altos, nível elevado de endividamento do consumidor e diminuição do crédito como principais dificuldades. E este será o principal desafio da presidenta Dilma Rousseff em busca da reeleição: fazer a economia nacional andar.

Em 2014, o Brasil deve crescer menos do que a média mundial, atingindo apenas 2 a 2,5%. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional, o PIB mundial será reforçado pelo crescimento da economia americana e pela saída da União Europeia da recessão, elevando o avanço para 3,6%. Esse crescimento mundial, mesmo que lento, é favorável ao País.

Algumas decisões tomadas pelo Governo têm reconquistado a confiança do empresariado, trazendo a perspectiva de novos investimentos vindos tanto internamente quanto do exterior. Um bom exemplo são os leilões no setor de infraestrutura, que proporcionam rodovias melhores e diminuem o tempo do transporte de mercadorias, aumentando a produtividade e reduzindo o custo do frete - mudanças imprescindíveis para que os produtos cheguem ao consumidor a preços competitivos.

De fato, além de ter Copa do Mundo, 2014 será ano eleitoral, o que normalmente traz dividendos para a economia. No entanto, é inegável que, com a realização de um evento de porte mundial, alguns setores terão o que comemorar – como o comércio e o turismo. O que não se pode é esquecer os outros setores, que também são importantes para o País. É preciso continuar investindo e trabalhando. O Brasil não pode parar para a Copa do Mundo.

Com a chegada da estação mais quente do ano, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) faz um alerta aos consumidores sobre o uso da energia elétrica. De acordo com a concessionária, esse período registra um aumento no consumo de 10% em relação ao inverno. Para evitar surpresas nas faturas no fim do mês, especialistas dão dicas de como economizar energia no verão.

Segundo o Gestor de Eficiência Energética da Celpe Daniel Sarmento, a cada grau centígrado a mais na temperatura ambiental, existe um aumento de aproximadamente 3% no consumo da energia elétrica. “Todos os anos verificamos essa alta no consumo. O clima quente leva a maioria das pessoas a atenuar o desconforto acionando o condicionador de ar por mais tempo e abrindo mais vezes a geladeira, por exemplo.”

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O especialista afirma que os aparelhos elétricos consomem mais quando o ambiente externo está mais quente, sem necessariamente haver mudança de hábito e que para evitar um maior gasto, o consumidor deve adotar hábitos que evitem desperdícios. “Climatizadores e condicionadores de ar não devem permanecer ligados por longos períodos. A orientação é ajustar o condicionador de ar para temperatura confortável , cerca de 23° C. A utilização do timer (temporizador) para evitar o funcionamento desnecessário do condicionador de ar ajuda na economia. Após a refrigeração do cômodo, o usuário pode recorrer a ventiladores para manter o clima agradável.”

“Outra dica muito importante é promover com regularidade a manutenção e a limpeza desses equipamentos. Além de higiênica, a medida contribui para um desempenho mais econômico já que a sujeira acumulada dificulta a passagem do ar exigindo mais potência e, consequentemente, maior consumo de energia.”, explicou Daniel Sarmento.

Entre os principais “vilões” do consumo de energia estão os secadores, chapinhas, ferros de passar, geladeiras e o chuveiro elétrico.  “Para evitar desperdício de energia, freezers e geladeiras devem ser instalados em locais ventilados, longe de qualquer fonte de calor e com espaço mínimo de 15 centímetros de paredes e armários. Outra orientação é observar periodicamente a borracha de vedação que, uma vez ressecada, é causa de um dos maiores desperdícios de energia”, pontua.

No caso do chuveiro elétrico, o especialista recomenda colocá-lo na posição verão. “Quanto mais baixa a temperatura da água, menor o consumo de energia. Os fornos e os ferros elétricos somente devem ser usados quando necessário. É importante otimizar seus funcionamentos para aproveitar o calor, evitando desligar e reaquecer o equipamento com frequência”.

Confira outras dicas para economizar energia: 

•Desligue o condicionador ou climatizador de ar tão logo o ambiente esteja resfriado

•Substitua os equipamentos de refrigeração de ambiente por ventiladores para manter o clima agradável

•Mantenha os aparelhos limpos para evitar que a sujeira acumulada exija mais esforço do equipamento e maior gasto de mais energia

•Freezers e geladeiras devem ser instalados longe do fogão e com espaço mínimo de 15 centímetros de paredes e armários

•Observar a vedação da borracha da porta da geladeira.

•Coloque o chuveiro na posição verão

•Substituir churrasqueiras e grelhas elétricas por modelos a carvão ou gás

•Trocar as lâmpadas incandescentes por fluorescentes

•Desligar as luzes de ambientes que não estão sendo utilizados

• Na hora de adquirir novos equipamentos, procurar os que apresentam selo Procel

Os contratos futuros de petróleo se recuperaram da queda na sessão desta terça-feira (7), e fecharam em alta. Os investidores ainda repercutem uma possível recuperação na produção de petróleo na Líbia, que ainda sofre com os conflitos e dificuldades de exportação da commodity.

O contrato de petróleo para fevereiro fechou em alta de US$ 0,24 (0,2%), a US$ 93,67 por barril na Nymex. Em Londres, o Brent encerrou com alta de US$ 0,62 (0,6%), a US$ 107,35 por barril. "A Líbia deverá aumentar as exportações em um futuro muito próximo o que, obviamente, contribui para a oferta global", disse Tyler Richey, analista da Seven Report. Entretanto, no fim da tarde desta terça-feira, relatório de notícias disseram que navios da Marinha da Líbia foram barrados em portos controlados pela milícia.

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Nesta terça, a Administração de Informação de Energia (EIA) previu para este anos um aumento de um milhão de barris por dia na produção de petróleo bruto nos Estados Unidos. Isso representa um crescimento de 13,9%, para 8,54 milhões de barris por dia. Para 2015, a previsão é de mais 750 mil barris por dia, em um nível de 9,29 milhões de barris diário, o maior nível de 1972.

Ainda hoje, o American Petroleum Institute (API) divulga os estoques de petróleo bruto até a semana do dia 3 de janeiro. Analistas preveem uma queda de 3,3 milhões de barris nos estoques. Na semana anterior, os estoques registraram a terceira queda consecutiva e caíram 5,7 milhões de barris. Os resultados de hoje devem repercutir nos preços da sessão desta quarta-feira, 8.

A Petrobras confirmou, nesta terça-feira (7), a emissão externa de 3,05 bilhões de euros, com vencimentos em quatro, sete e 11 anos, e 600 milhões em libras esterlinas, com vencimento em 20 anos, emitidos através da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF) e com garantia incondicional e irretratável da Petrobras. A empresa também confirmou a oferta em três tranches em euros e uma em libra esterlina, registradas na SEC (U.S. Securities and Exchange Comission). A conclusão da operação está prevista para ocorrer em 14 de janeiro de 2014.

Os recursos captados serão utilizados para financiar os investimentos previstos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, informou a Petrobras em comunicado, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com já havia sido antecipado pelo Broadcast, por fontes, na emissão em euros, com vencimento em 2018, o volume foi de 1,500 bilhão de euros, com retorno (yield) de 2,829%, e cupom de 2,75%. Os pagamentos de juros serão realizados em 15 de janeiro de cada ano, iniciando em 15 de janeiro de 2015.

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Na tranche de sete anos, com vencimento em 2021, que somou 750 milhões de euros, o yield foi de 3,849% e o cupom de 3,75%, com pagamentos em 14 de janeiro de cada ano, com início em 14 de janeiro de 2015. O retorno da tranche de 11 anos, vencimento em 2025, com volume de 800 milhões de euros, ficou em 4,845% enquanto que o cupom foi de 4,75%, e pagamentos em 14 de janeiro de cada ano a partir de 2015. A Petrobras captou ainda 600 milhões em libra esterlina com prazo de 20 anos. Nesta tranche, o yield foi de 6,732% e o cupom ficou em 6,625%, com pagamento em 16 de janeiro de cada ano a partir de 2015.

A operação foi conduzida pelo BB Securities Limited, BNP Paribas, Banco Bradesco BBI S.A., Crédit Agricole Corporate and Investment Bank, HSBC Bank plc, J.P. Morgan Securities, plc e Mizuho Internacional plc como coordenadores líderes e contou com a participação do Bank of China (Hong Kong) Limited e Standard Chartered Bank como co-managers.

A Bovespa fechou em queda nesta terça-feira (7), à medida que o mau humor dos investidores ganhou força com a sinalização da agência de classificação de risco Standard & Poor's de que o rating do Brasil pode ser rebaixado ainda neste ano. As perdas foram conduzidas principalmente pelos papéis de Petrobras, Vale e bancos, que terminaram nos menores patamares da sessão.

No fim do dia, o Ibovespa recuou 1,07%, aos 50.430,02 pontos. Na máxima da sessão, o índice atingiu 51.478 pontos (+0,99%) e na mínima alcançou 50.429 pontos (-1,07%). O Ibovespa acumula perda de 2,09% em janeiro e no ano. O volume de negócios somou R$ 6,122 bilhões, segundo dados preliminares.

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Na primeira parte da sessão, a Bovespa conseguiu reverter a queda vista na abertura, ajudada pelo sinal positivo das bolsas internacionais e pela alta das ações da Petrobras e dos bancos. Mas a bolsa brasileira não conseguiu sustentar os ganhos à tarde, à medida que os investidores digeriram o resultado de uma captação externa da Petrobras e as declarações da Standard & Poor's.

Fontes afirmaram que a Petrobras fechou nesta terça a primeira captação externa do ano, com demanda de cerca de 11 bilhões de euros. A operação contou com quatro tranches, sendo três em euro com montante total de 3,05 bilhões de euros. Na quarta tranche, foram levantados 600 milhões em libras esterlinas.

Segundo analistas do mercado, a emissão não é boa notícia, pois ela sinaliza aumento do endividamento da companhia, ao passo que o preço dos combustíveis continua defasado e o governo não deseja repassar uma alta em ano de eleições. Eles destacaram também que a empresa, ao emitir em euro, ficou mais vulnerável à volatilidade do câmbio.

A recepção negativa à operação se somou à afirmação do diretor responsável por ratings soberanos da agência da Standard & Poor's, Joydeep Mukherji, de que a agência pode rebaixar o rating soberano do Brasil em um nível este ano, mesmo antes das eleições de outubro. Ele afirmou também que não há um número mágico na relação entre dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) capaz de desencadear um rebaixamento. "Isso depende de um conjunto de avaliações. Não faz sentido ter um número mágico."

As notícias levaram os papéis da Petrobras a apagaram os ganhos vistos pela manhã, e fecharem nas mínimas. Petrobras PN (-2,77%) e Petrobras ON (-3,12%).

O mau humor dos investidores também pesou nos papéis da Vale, que já vêm sendo penalizados nos últimos dias pela divulgação de indicadores econômicos fracos da China. Vale PNA caiu 2,15% e fechou na mínima, enquanto Vale ON perdeu 2,46%.

No setor financeiro, os destaques negativos foram: Itaú Unibanco ON (-0,76%), Banco do Brasil (-1,72%) e Bradesco PN (-2,18%). Santander contrariou a tendência e subiu 0,66%.

Os juros futuros encerraram o pregão em queda nesta terça-feira, 7, em linha com o dólar, com a baixa dos yields dos Treasuries e também influenciados pelos dados sobre a produção de veículos em dezembro, que indicam uma atividade econômica fraca no fim de 2013. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (70.790 contratos) estava na mínima de 10,26%, de 10,28% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2015 (215.190 contratos) marcava 10,53%, de 10,56% do ajuste desta segunda-feira, 6. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (280.810 contratos) apontava mínima de 12,23%, de 12,33% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (12.355 contratos) indicava taxa de 13,03%, ante 13,08% no ajuste anterior.

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Os juros futuros começaram o dia em baixa influenciados pelo dólar e pelos dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que anunciou que a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 3,74 milhões em 2013, o que representa uma alta de 9,9% em relação a 2012 e um novo recorde para o setor. Em dezembro, no entanto, a produção somou 235.858 unidades, o equivalente a uma queda de 18,6% na comparação com novembro e um recuo de 12,7% ante dezembro de 2012. Já as vendas acumularam um total de 3,77 milhões de unidades em 2013, um recuo de 0,9% na comparação com 2012, na primeira queda em dez anos.

De acordo com um operador de juros, os números da Anfavea são fracos e indicam uma produção industrial mais baixa em dezembro. "Já há preocupação com o carregamento disso para 2014", afirmou, atribuindo a queda dos DIs não só à depreciação da moeda dos Estados Unidos, mas também às perspectivas ruins para a atividade econômica.

O dólar à vista terminou a sessão cotado a R$ 2,3750, com queda de 0,08%, influenciado por uma captação externa da Petrobras. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Petrobras captou € 3,05 bilhões e £ 600 milhões na emissão do primeiro bônus externo de uma companhia brasileira este ano, que foi dividido em quatro tranches.

Pela manhã, as taxas também repercutiam comentários feitos nesta segunda-feira pela agência de classificação de risco Moody's sobre a manutenção do rating (nota) brasileiro. A Moody's disse que o rating Baa2 do Brasil e a perspectiva "estável" levam em conta um crescimento fraco em 2014, perto de 2%. Assim, se as projeções da agência se concretizarem, o País não deve ter a nota soberana cortada. No meio da tarde, porém, os receios com um rebaixamento voltaram com força, após o diretor responsável por ratings soberanos na Standard & Poor's, Joydeep Mukherji, afirmar que o Brasil pode ter a nota cortada antes das eleições deste ano. Os juros chegaram a reduzir o movimento de queda e a voltar para perto dos ajustes, mas tal comportamento foi apenas pontual.

As bolsas da Europa tiveram nesta terça-feira, 7, um dia de forte entusiasmo entre os investidores e fecharam a sessão com altas expressivas. Esse cenário foi impulsionado pelos dados positivos sobre emprego na Alemanha e ganhou ainda mais força depois dos sinais de desaceleração da inflação na zona do euro, o que aumenta as perspectivas para que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie novas medidas de estímulos à economia na próxima reunião. O índice Stoxx Euro 600 fechou com ganhos de 0,7%, a 329,40 pontos.

A inflação da zona do euro, que era uma preocupação do BCE no curto prazo, deve continuar a ser um motivo de discussão nos próximos encontros dos formuladores de política da região. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do bloco subiu 0,8% em dezembro, em comparação ao mesmo mês de 2012. O resultado ficou abaixo da alta de 0,9% da leitura final de novembro. A meta do BCE é um patamar próximo a 2%.

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Nas últimas reuniões, o BCE reduziu e depois manteve a taxa básica de juros para a mínima histórica de 0,25% por causa do movimento de desinflação na região. Na quinta-feira, 9, data da próxima reunião do banco, as chances de mudanças são pequenas, mas há uma expectativa para o longo prazo.

Da Alemanha, o otimismo dos investidores veio do mercado de trabalho. O número de desempregados na maior economia da zona do euro recuou 15 mil em dezembro. Em termos ajustados, passou de 2,98 milhões em novembro para 2,965 milhões em dezembro. Mesmo com o recuo, a taxa de desemprego ajustada no país se manteve em 6,9%.

Além dos indicadores, a Irlanda emitiu nesta terça-feira € 3,75 bilhões em bônus de dez anos, na primeira operação desde que o país saiu do programa de ajuda financeira, no fim de 2013. A emissão atraiu uma demanda de € 14 bilhões e terminou com yields de 3,543%. A notícia impulsionou as ações de bancos por toda a Europa, o que também ajudou a sustentar os bons resultados nos principais mercados de ações.

A maior alta do dia foi registrada na Bolsa de Madri, que fechou com ganhos de 2,93%, aos 10.178,70 pontos. O mercado ainda repercutiu os bons números do índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviço, divulgado nesta segunda-feira, 6, que atingiu o maior nível desde julho de 2007. Subiu de 51,5 em novembro para 54,2 em dezembro. Os bancos foram destaque no mercado corporativo, com o Caixabank ganhando 7% nas ações, Bankinter avançando 4,8%, BBVA 5,7% e Santander com alta de 4%.

Na Itália, o índice FTSE Mib subiu 1,2%, aos 19.468,75 pontos, com suporte das ações das instituições financeiras. Intesa Sanpaolo e Unicredit ganharam mais de 3%. A Telecom Itália também foi destaque, com alta de 4,2%, ainda impulsionada pelos rumores de uma possível venda dos negócios no Brasil, a Tim Brasil.

O índice CAC40, da Bolsa de Paris, avançou 0,83%, aos 4.262,68 pontos. Os bancos também influenciaram o mercado da França, assim como os bons resultados do mercado de trabalho alemão. Credit Agricole teve ganhos de 6,1% nos papéis, acompanhado pelas altas de 4% do Société Generale e de 2,9% do BNP Paribas. As ações da Air Liquide e Solvay foram pressionadas por comentários negativos e fecharam com quedas de 1,6% e 3,3%, respectivamente.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 0,8%, aos 9.506,20 pontos. As instituições financeiras também se firmaram como destaques, com os papéis do Commerzbank subindo 6% e o Deutsche Bank 3%. Na Bolsa de Londres, a petroleira BP PLIC ganhou 1% nas suas ações e ajudou o índice FTSE avançar 0,4%, aos 6,755,45 pontos. Já os papéis da companhia de água, Severn Trent, caíram 2,2%, depois que o banco JP Morgan rebaixou a classificou da empresa de neutra para negativa. A Bolsa de Lisboa fechou na máxima da sessão, com alta de 2,46%, aos 6.957,74 pontos.

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil no Estado de São Paulo atingiu R$ 1.099,57 por metro quadrado em dezembro, alta de 0,06% na comparação com novembro. No acumulado do ano, a alta foi de 7,30%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (7), pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), que realiza a pesquisa em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos do setor para a utilização nos reajustes dos contratos de obras.

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Em dezembro, os custos com mão de obra subiram 0,09% em relação ao mês anterior, os salários dos engenheiros permaneceram estáveis, enquanto os custos das construtoras com materiais de construção subiram 0,02%.

Já o "CUB desonerado", que considera as obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, chegou a R$ 1.024,03 por metro quadrado em dezembro, alta de 0,06% no mês. Neste caso, os custos com mão de obra subiram 0,10% em dezembro, os salários dos engenheiros se mantiveram inalterados e os custos das construtoras com materiais de construção aumentaram 0,02%.

Em dezembro, quatro dos 41 insumos da construção pesquisados variaram acima do IGP-M do mês, que ficou em 0,60%. Entre os que tiveram os maiores reajustes, estão: óleo diesel, com alta de 1,34%, alimentação tipo marmitex, com 0,73%, e cimento CPE-32 saco 50 quilos, 0,64%.

Dois indicadores

A partir de dezembro, os sindicatos da construção de todo o País passaram a divulgar dois valores para o CUB. O primeiro CUB refletirá os custos das obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos e que continuam no recolhimento da contribuição mensal patronal de 20% para o INSS. Entre estas, figuram as das incorporadoras imobiliárias e das construtoras de obras de infraestrutura.

O segundo CUB mostrará os custos das obras que, dependendo da data de abertura da CEI (matrícula da obra no INSS), sujeitam as empresas a recolher uma contribuição previdenciária de 2% sobre a receita bruta mensal, no lugar da contribuição de 20% sobre a folha.

A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 3.740.418 unidades em 2013, o que representa uma alta de 9,9% em relação a 2012, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta terça-feira (7). No último mês do ano passado, a produção somou 235.858 unidades, o equivalente a uma queda de 18,6% na comparação com novembro e a um recuo de 12,7% ante dezembro de 2012.

Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção em 2013 atingiu 3.510.003 unidades, o que representa uma alta de 8,6% sobre 2012. Em dezembro, a produção desses veículos alcançou 226.108 unidades, queda de 16,8% ante o mês anterior e recuo de 11,9% sobre o último mês de 2012.

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A produção de caminhões atingiu 190.304 unidades em 2013, o que representa um avanço de 43,1% ante 2012 - e somou 8.105 veículos em dezembro, diminuição de 43,9% ante novembro e queda de 9,0% sobre dezembro de 2012. No caso dos ônibus, foram produzidas 40.111 unidades no ano passado, aumento de 9,5% sobre 2012, e ainda 1.645 unidades em dezembro, queda de 50,4% ante novembro e diminuição de 37,4% sobre dezembro de 2012.

Já as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus acumularam um total de 3.767.370 unidades em 2013, o que equivale a um recuo de 0,9% em relação ao total comercializado em 2012. Em dezembro, as vendas superaram em 16,8% às do mês anterior, com 353.843 unidades, e recuaram 1,5% na comparação com dezembro de 2012, quando foram vendidas 302.939 unidades.

O setor automotivo encerrou dezembro com 153.474 empregados, o que representa uma baixa de 1% em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2012, houve avanço de 2,7% no contingente de empregados, considerando autoveículos e máquinas agrícolas.

O segmento de autoveículos registrou, em dezembro, uma queda de 1,1% ante novembro no contingente de empregados, totalizando 131.632. Em relação a igual mês de 2012, o avanço foi de 1,3%.

Já o segmento de máquinas agrícolas finalizou dezembro com a diminuição de 0,5% no número de empregados na comparação com novembro e registrou 21.842 funcionários. Na comparação com dezembro do ano anterior, houve uma alta de 11,7%.

As exportações do setor automotivo brasileiro, em valores, somaram US$ 16,567 bilhões em 2013, alta de 13,5% sobre o total de US$ 14,599 bilhões de 2012. Os valores consideram as exportações de autoveículos e máquinas agrícolas.

Em dezembro, as exportações movimentaram US$ 1,202 bilhão, queda de 9,2% em relação ao mês de novembro e um avanço de 14,5% na comparação com dezembro de 2012. Em 2013, 563.268 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foram exportados, um avanço de 26,5% ante 2012. Dezembro encerrou com 40.267 unidades exportadas, uma queda de 2,2% sobre o mesmo período de 2012.

A fatia de automóveis e veículos comerciais leves bicombustíveis (flex) sobre o total comercializado atingiu 88,4% em dezembro de 2013, acima da participação registrada em novembro (88,0%). Ao todo, os veículos flex somaram 297.333 unidades no mês passado. Em dezembro de 2012, a participação das vendas de veículos flex foi de 88,4%.

Na média de 2013, a fatia comercializada de veículos flex ficou em 88,5%, com 3.169.111 unidades, ante 87,0% na média do ano anterior, ou 3.162.874 unidades.

O empresário Evandro Caetano de Oliveira, dono da Pousada Califórnia, na pequena Capitólio, em Minas Gerais, não tem do se queixar. A onda de calor que lota praias e piscinas em todo o País é ótima para seus negócios. O calor que começou na virada do ano persistia até ontem. O fim de semana foi de pico. Na tarde de sábado (4), os termômetros de sua caminhonete marcavam 37 graus quando ele chegava na pousada, de onde avistava uma enorme movimentação de banhistas no lago da barragem de Furnas, chamada de "Mar de Minas".

"Não chove desde a virada e está um calor danado, mas é melhor assim do que com chuva", disse Oliveira. "É claro que, por causa disso, o lago está mais baixo do que é comum para essa época ano, mas nada que impeça uma volta de lancha."

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O que para o turismo parece uma dádiva é pura preocupação para o setor elétrico. Tudo que os especialistas em energia desejam é que São Pedro seja generoso sobre Furnas e o Rio Grande, onde a barragem foi construída, e também nos cursos dos rios Paranaíba e São Francisco.

Esse grupo é o mais importante dentro do que se costuma chamar "caixa d’água do Brasil" - conjunto de rios, barragens e hidrelétricas que respondem por cerca de 70% da geração de energia elétrica do País. Na lista, além da usina de Furnas, estão Emborcação, no Sudeste, Três Marias e Sobradinho, na região Nordeste.

Nos últimos dias, o nível de água contido nos reservatórios, capazes de se transformar em energia, ficou em 43% no Sudeste e em quase 35% no Nordeste. É um volume bem melhor do que registrado na virada de 2012 para 2013, quando o nível do Sudeste, por exemplo, bateu nos pífios 29% - volume próximo ao registrado em 2000, ano anterior ao do racionamento.

No entanto, está longe das médias entre 50% e 60% que são registradas nas regiões quando as chuvas são adequadas para o início do verão.

"Em dezembro, choveu na região, e os reservatórios iniciaram 2014 um pouco mais cheios que no ano passado", diz João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos Energia. "Mas os níveis ainda são baixos e as previsões de chuvas na região não são das melhores para os próximos meses - tudo indica que teremos um 2014 tão estressante na área de energia quanto foi o de 2013."

Preço em alta

O maior estresse, segundo Mello, será financeiro. Como há mais de um ano os reservatórios seguem abaixo das séries históricas, parte do abastecimento tem sido permanentemente sustentada por térmicas. O pagamento do combustível dessas térmicas tem um custo alto, que recai sobre o preço final da energia.

"Houve uma melhora no Nordeste, no Norte e no Sul, mas as chuvas foram frustrantes entre Minas e em São Paulo, justamente onde é mais importante que elas caiam", diz Marcelo Parode, presidente da comercializadora de energia Compass.

Enquanto os turistas aproveitam o sol na região de Furnas, a falta de chuva se traduz em custos adicionais sobre a conta de luz. No mercado à vista, onde os valores são atualizados semanalmente, o preço da energia foi de R$ 249,92 para R$ 284, 27 pelo megawatt-hora, uma alta de 14% entre a primeira e a segunda semana do ano, revertendo a tendência de baixa criada pelas chuvas de dezembro.

"As chuvas de versão são fundamentais para encher os reservatórios para o resto do ano", diz José Rosenblatt, consultor da PSR. "Teremos de esperar até o fim de março para saber se choverá ou não o suficiente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A alta dos preços dos imóveis prontos registrou uma desaceleração em 2013, mas mesmo assim continuou na casa dos dois dígitos nas principais cidades do País. O índice Fipe Zap, que mede o preço médio anunciado para venda do metro quadrado em sete cidades brasileiras, subiu 12,7% no ano passado, um ponto a menos do que em 2012. Já o índice ampliado, que mede 16 municípios, subiu 13,7%.

Apesar da desaceleração registrada nos números anuais, os dados mensais mostram que no segundo semestre uma nova aceleração já começou a ser sentida. De acordo com o economista da Fipe, Eduardo Zylberstajn, a curva ascendente está fortemente ligada aos dados de emprego e renda do País, que mostraram melhora na vida dos brasileiros com crescimento reais de renda.

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Foi assim que o Rio de Janeiro, que já tem o metro quadrado mais caro do País, segundo o índice Fipe Zap, viu os preços subirem nominalmente 15,2%. Esse resultado é creditado ao crescimento da renda da população, que subiu 6% acima da inflação nos 12 meses encerrados em novembro. Em Porto Alegre, em termos reais, a renda cresceu mais do que o preço dos imóveis, reflexo do mercado de trabalho bastante aquecido e taxa de desemprego de 2,6%.

Mas foi em Curitiba que os preços explodiram. Subiram mais de 37% entre 2013 e 2012. De acordo com Zylberstajn, o resultado foi em boa parte uma correção, já que no ano anterior os preços haviam caído na cidade, enquanto subiram no restante do País.

Por outro lado, Brasília viu os preços caírem, em termos reais, no ano passado. A alta de 4,7% fica abaixo da inflação e indica que pode estar havendo uma sobre oferta de imóveis na região. "Em 2010 e 2011, houve uma grande quantidade de lançamentos e as pessoas compraram para revender, mas o desempenho agora está ruim", diz Zylberstajn.

São Paulo

Em São Paulo, os preços subiram 13,9%, um recuo sobre os 15,8% do ano anterior. Mas ainda é uma alta significativa. Os preços na capital vinham crescendo acima de 20% ao ano de 2009 a 2011. Além do fator renda, que subiu 3% acima da inflação, o crescimento demográfico também tem ditado os preços. Na avaliação dos especialistas, este crescimento demográfico ainda persiste por mais cinco ou seis anos na capital paulista.

Outro fator que afeta os preços são os lançamentos de imóveis, que subiram fortemente na comparação com 2012. Segundo dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o aumento em termos reais foi de 10% até outubro. A alta deve ser de dois dígitos ao fim do ano, contra avanço de 3% em 2012.

O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, diz que os preços dos lançamentos subiram porque o preço dos terrenos teve reajuste. Além disso, a capital paulista vive, em 2013, um fenômeno de lançamento de residenciais de um quarto, que têm o metro quadrado mais caro do que o de apartamentos maiores. "Não significa que houve um aumento generalizado de preços", diz Bernardes. "O ano 2013 foi atípico em função do grande número de lançamentos de compactos."

Mas este não é um nicho que tem espaço para crescer muito mais, na avaliação de Bernardes - o que significa que em 2014 os preços podem ficar mais estáveis. De qualquer forma, apartamentos menores devem continuar atraindo compradores para fazer caber no bolso do cliente o preço do metro quadrado, que dobrou desde 2009 em São Paulo e no Rio de Janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, nesta segunda-feira (6), repercutindo a possibilidade de uma retomada mais intensa na produção da commodity na Líbia. O contrato de petróleo para fevereiro fechou em queda de US$ 0,53 (0,6%), a US$ 93,43 por barril na Nymex. É o menor nível nas últimas cinco semanas. Já o petróleo tipo brent para fevereiro encerrou em queda de US$ 0,16 (0,1%), a US$ 106,73 por barril.

O que pressionou o mercado na sessão desta segunda-feira foi o possível aumento da produção de petróleo da Líbia, que convive com conflitos diários de tribos nos últimos meses, o que prejudica as exportações no país. Neste domingo, 5, a região de Sharara retomou a produção de 60 mil barris. A expectativa é outros dois campos de petróleo na região Leste da Líbia normalizem as operações.

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O Brent, no entanto, apoiou-se nos indicadores macroeconômicos da zona do euro. "A atividade econômica da Europa está em recuperação, com o PMI composto chegando a 52,1 em dezembro, o que dá uma perspectiva positiva para a demanda europeia por petróleo", disse a analista Matt Parry, da Agência Internacional de Energia, sediada em Paris.

A queda da tarifa de energia elétrica, de 17,10% no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), foi a principal contribuição negativa que levou o índice a um resultado baixo em 2014, de 3,88%. A variação foi bem inferior à prevista inicialmente pela própria Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), de alta de 5,4%. De acordo com a instituição, esse item deu uma contribuição de -0,70 ponto porcentual no índice cheio.

O economista Rafael Costa Lima, coordenador do IPC-Fipe, ainda cita a influência baixista dos itens que compõem a cesta básica, graças à desoneração feita pelo governo. "Acreditamos que as variações chegaram próximas de um repasse completo para o consumidor. Ficaram perto de 8%, quando a desoneração para a maioria dos produtos foi de 9,25%", explicou.

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Segundo Costa Lima, também pesou para uma inflação menor o fato de não ter se concretizado em 2013 a volta da alíquota cheia do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e para a linha branca, assim como a decisão de não reajustar as tarifas de transporte urbano em São Paulo. "Sem contar o baixo crescimento da economia ao longo de 2013. Praticamente não houve pressão de demanda em 2013", afirma Costa Lima.

De acordo com a Fipe, o grupo Habitação subiu 1,96% em 2013, porcentual considerado baixo, causado principalmente pela queda da tarifa de energia elétrica. Já o grupo Alimentação fechou o ano com alta de 5,42%; o grupo Transportes avançou 2,33%; Despesas Pessoais subiu 5,58%; Saúde acelerou 7,08%; Vestuário aumentou 3,02%; e Educação teve alta de 7,33% em 2013.

O dólar no mercado à vista confirmou as expectativas iniciais de alguns operadores e abriu em alta, nesta segunda-feira (6), cotado a R$ 2,380 (+0,13%) no balcão. Em seguida, a moeda testou uma máxima, em R$ 2,3840 (+0,29%). Esses ajustes iniciais acompanham a valorização da divisa dos Estados Unidos em relação às principais moedas ligadas a commodities, em razão da queda de índices de atividade no setor de Serviços na China, zona do euro, Alemanha e Reino Unido.

Às 9h23, no mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em 1º de fevereiro desacelerava a alta para 0,15%, a R$ 2,3984, após testar uma máxima, a R$ 2,4020 (+0,31%). Esse vencimento da moeda norte-americana abriu com ligeira queda, cotado a R$ 2,390 (-0,19%), mas rapidamente virou para o lado positivo.

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No dia 1º de janeiro de 1914, um voo de 23 minutos que levava a bordo apenas um passageiro marcaria o início de uma revolução no mundo: a criação da avião comercial. Cem anos depois, o setor se transformou em um dos pilares da globalização, com mais de 8 milhões de passageiros por dia. Para o futuro, as empresas aéreas não escondem sua meta ambiciosa: atrair a nova classe média de mercados emergentes para continuar a expandir o setor.

Nos próximos anos, 1 bilhão de novos passageiros deve se somar ao número de viajantes. Quase todos eles virão de países em desenvolvimento, principalmente da China. O primeiro piloto e o primeiro passageiro de um voo comercial dificilmente poderiam imaginar o que eles estariam inaugurando.

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Hoje, o setor emprega 57 milhões de pessoas, de forma direta e indireta, e movimenta US$ 2,2 trilhões na economia mundial. As 280 maiores empresas do segmento são responsáveis ainda por US$ 540 bilhões. Se o setor fosse um país, teria o 19º maior PIB do mundo.

Em 1º de janeiro de 2014, o avião que deixou a cidade de St. Petersburg, na Flórida, em direção a Tampa, não sabia ao certo o destino daquela aventura. No comando da aeronave de madeira estava um jovem de 25 anos, Tony Jannus, que poucos anos mais tarde morreria treinando outros pilotos durante a Primeira Guerra Mundial.

Ao seu lado estava o único passageiro - Abram Phell, que até um dia antes era o prefeito de St. Petersburg. Ele pagou US$ 400 pelo voo, o equivalente hoje a quase US$ 10 mil. Isso tudo para ganhar tempo - o mesmo percurso de trem duraria 11 horas. Antes de decolar, o dono da companhia área St. Petersburg-Tampa Airboat Line, Percival Fansler, discursou diante de quase 3 mil pessoas. "O que parecia impossível ontem é uma realidade hoje", disse.

A travessia não ocorreu sem sustos. A correia do motor acabou caindo e o avião teve de pousar por alguns instantes na água. O piloto e o passageiro tiveram de arrumar o motor e ambos chegariam ao destino final com as mãos sujas de graxa. Nos quatro meses seguintes, a empresa aérea levaria 1,2 mil pessoas pelo trajeto proposto. Mas bastou as autoridades retirarem os subsídios da empresa e a aventura entrou em falência.

Apesar disso, a visão de um empresário abriu caminho para outros empreendedores, que investiram em linhas locais. Nos meses seguintes, um serviço entre a ilha de Catalina e Los Angeles foi inaugurado. Em 1919, a primeira rota ligando Nova York a Atlantic City, em New Jersey, seria aberta com aviões da Primeira Guerra Mundial. No mesmo ano, uma nova rota entre a Flórida e o Caribe também foi inaugurada.

Recorde

Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) revelam a dimensão da primeira aventura. Em 2013, 3,1 bilhões de passageiros foram transportados e, pela primeira vez na história, a marca dos 3 bilhões foi superada. Nos próximos anos, o crescimento virá de mercados emergentes. "Vamos em busca desses novos passageiros", disse Tony Tyler, CEO da Iata. "Há enorme potencial nessas regiões." Para 2017, a previsão é de que o número global de passageiros suba 31%, superando 3,9 bilhões.

O Brasil será o terceiro maior mercado aéreo do mundo, atrás dos EUA e China, com uma expansão de 35,5% no número de passageiros domésticos. O mercado nacional somará 122,4 milhões de passageiros em 2017, 32 milhões a mais que em 2012. No centro da expansão mundial estará a China, que somará 487 milhões de clientes. Rotas internacionais entre cidades chinesas serão responsáveis por 30% da expansão. A Ásia vai conquistar 300 milhões de novos passageiros até 2017.

Apesar da explosão na China, o mercado americano ainda continuará a ser o maior do mundo em 2017, com 677 milhões de passageiros domésticos. "Não é surpresa que regiões como Ásia ou Oriente Médio estejam gerando as maiores taxas de expansão", disse Tyler.

Entre as empresas, não serão poucas as que passaram a ampliar seus voos e linhas para a Ásia, inclusive com novos centros e hubs, uma realidade que se limitava por décadas apenas a Londres, Frankfurt e Nova York. "Os emergentes se transformarão em mercados consolidados e Abu Dabi será um dos hubs globais", afirmou James Hogan, CEO da Etihad Airways.

Não é apenas o transporte de passageiros que interessa às empresas em sua busca pelos mercados emergentes. A China já se transformou no maior exportador mundial e o mercado de cargas também transfere seu foco do Atlântico para o Pacífico. Por ano, 50 milhões de toneladas de carga é levada em aviões, com um valor de até US$ 6,4 trilhões. Hoje, um a cada três dólares no comércio exterior viaja em aviões, não em barcos.

Tecnologia

Além do interesse pela Ásia, outro foco do setor é a tecnologia. São pelo menos três os objetivos: reduzir o impacto ambiental dos aviões, garantir a segurança e promover viagens mais rápidas.

Por enquanto, o maior avião comercial da era moderna é o Airbus A380, com capacidade para 800 passageiros. Os mais ambiciosos acreditam que, nos próximos 50 anos, a aviação vai mudar de forma radical. "Não tenho dúvida de que, no espaço de uma geração, poderemos voar de Londres para Sydney em duas horas", disse Richard Branson, o polêmico presidente da Virgin Atlantic Airways.

Já Ben Baldanza, CEO da Spirit Airlines, aponta que, em 100 anos, será a própria aviação que será obsoleta. "Tecnologias como uma espécie de ‘Google, me coloque ali’ serão implementadas nos mapas, tornando as viagens aéreas como nós as conhecemos como um produto do passado remoto." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O início de ano costuma ser uma época de muitos gastos, principalmente para os pais que possuem filhos em idade escolar. Em janeiro, além das férias, a compra do material escolar é outra preocupação. Como gastar menos e encontrar produtos de qualidade?

“A maioria dos brasileiros tem grande dificuldade em realizar boas negociações, em função da timidez e da ideia de que o preço do produto não pode ser alterado, mas se fizer as compras com planejamento e com tempo é possível economizar bastante”, explica Reinaldo Domingos, autor do best seller Terapia Financeira. Segundo Domingos, os preços podem e devem ser questionados, como parte do ato da negociação.

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Para auxiliar e orientar os pais na hora da compra do material escolar, ele sugere algumas dicas. “Fazer as compras junto com outros pais da mesma sala do seu filho, dois ou três, vai dar maior chance de negociação na hora do pagamento”, sugere. Outra forma de economizar é reaproveitar os itens utilizados no ano anterior que estejam em bom estado e possam ser utilizados novamente, como as trocas de livros didáticos entre alunos de séries diferentes. No caso do material não poder ser trocado, fazer a doação dos itens a crianças de escolas públicas e que necessitem dos itens.

“Temos que lembrar que o marketing publicitário exerce uma grande influência sobre os desejos dos filhos, e que geralmente são mais caros, pois estão em evidência. Em vez de comprar todo o conjunto de determinado personagem, você pode negociar somente a compra da mochila ou carrinho”, lembra. Uma lista com os itens de real necessidade e uma conversa com os filhos pode ajudar.

Na hora da compra, é importante se informar sobre a melhor forma de pagamento, comparar preços e avaliar se vale a pena comprar à vista. “Sempre faça a pergunta: quanto custa este produto à vista? Isto ajudará muito”, explica Domingos. Em alguns casos, a compra virtual pode valer mais a pena, sendo o prazo de entrega a ser considerado na hora de escolher esta opção.

Gastos como merenda e transporte também devem ser negociados. “Compre os produtos do recreio em atacados e faça economia na merenda escolar, mas não se esqueça de atentar para a qualidade do alimento que seu filho vai ingerir e a quantidade, evitando o desperdício”, disse o autor. Sobre o transporte, uma opção é perceber se não existem outras crianças que estudem na mesma instituição que seus filhos no local onde você mora, para negociar um revezamento. “Caso não haja essa possibilidade, pesquise os valores das vans e negocie. Esse meio de transporte deve estar habilitado e regularizado”, acrescenta.

Por fim, a sugestão do autor é investir na educação financeira dos filhos logo cedo. “Oriento que os pais façam uma previdência privada ou poupança programada, mostrando este beneficio a eles e a importância de já estar pensando na sua independência”, finaliza.

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