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Por meio de sua conta no Twitter, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB) afirmou que se o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) saísse com ele em São Paulo, as pessoas iriam achar que ele era um "motorista bonitinho". 

"O mais incrível de tudo é o Eduardo Leite realmente achar que será presidente do Brasil. Se sair comigo aqui em São Paulo, o máximo que vamos ouvir é: 'nossa, Frota, quem é esse seu motorista bonitinho?", publicou o deputado.

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O governador, que se coloca como pré-candidato a presidente da República, respondeu dizendo que não pretende sair com Frota. "Pode ficar com suas companhias. Mesmo assim, obrigado pelo elogio! E mande meu abraço de solidariedade ao seu motorista, já que parece achar que ele é pouca coisa", disse.

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Nesta sexta (13), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), esteve no Recife para uma visita. Na capital pernambucana, o pré-candidato do partido tucano à presidência da república visitou o Porto Digital, no Cais do Apolo, acompanhado pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), presidente estadual da legenda. 

Eduardo Leite chegou à capital de Pernambuco na manhã desta sexta (13) e foi recebido, ainda no Aeroporto Internacional dos Guararapes, pela prefeita caruaruense Raquel Lyra. Na sede do Porto Digital, o governador foi recebido pelo presidente da instituição, Pierre Lucena, que lhe mostrou as instalações e falou sobre sua história e projetos. 

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Ao término da visita, Eduardo Leite falou à imprensa. O governador falou sobre as disputas internas da legenda e se mostrou positivo quanto à sua participação. “O PSDB tem espaço pra discussão, para criar novas lideranças e eu acredito nesse caminho. Estamos discutindo dentro do partido qual é a cara que o PSDB quer ter na próxima eleição. Essa é a discussão que vai ser feita internamente”. 

Ele também garantiu que apoiará a decisão do partido, desde que o processo de escolha seja feito de forma transparente. “O partido está buscando um modelo de votação que ali esteja a vontade do partido, desde que aconteça dessa forma, eu vou respeitar evidentemente. Acredito que será feito dessa forma e me curvarei às suas decisões”.

Leite também deu sua opinião quanto ao atual cenário de polarização instaurado para a próxima corrida eleitoral e teceu críticas ao presidente Bolsonaro. “A gente precisa encerrar um capítulo de disputa, de guerra e focar na discussão do futuro. Não desperdiçar energia em confrontos que são inúteis. A gente vê o Brasil dividido, a gente não consegue ficar 48 horas sem um clima de guerra no país por conta de temas que não vão tocar na vida das pessoas: voto impresso, mudança no processo eleitoral pra retroceder, ataque às instituições, e os problemas que deveriam ser enfrentados não são". 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi mencionado. “(...) um ex-presidente que concorreu em 89, 94, 98, 2002, 2006, foi protagonista em 2010, 2012, voltou em 2018, não deixa surgir nada de novo nem no seu próprio partido, o que de novo ele pode oferecer ao Brasil?”. 

Por fim, o governador do Rio Grande Sul demonstrou confiança e disse que sua visita a Pernambuco era importante para costurar alianças e “buscar exemplos” do que deve “ser pensado para 2022”. “Tô muito confiante, vou me apresentar para o Brasil para que possamos abrir uma nova história de respeito, de construção e não de destruição”. 

Após a passagem pela capital, o governador seguiu para Caruaru. Lá, ele deve  visitar a Casa-Museu Mestre Vitalino, o artesão Luiz Antonio e participar de um ato político, além de falar à imprensa.



 

Pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, visita Pernambuco nesta sexta-feira (13). Leite cumprirá agendas no Recife e em Caruaru, acompanhado da presidente estadual da legenda tucana e prefeita da capital do Agreste, Raquel Lyra.

No Recife, o governador do Rio Grande do Sul conhece o Porto Digital às 12h. Em seguida já segue para Caruaru, onde visita a Casa-Museu Mestre Vitalino, o artesão Luiz Antonio, participa de um ato político e concede coletiva de imprensa.

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Colocando-se no páreo para a disputa eleitoral de 2022, Eduardo Leite deve visitar diversos estados do país para convencer aos tucanos de que ele é a melhor opção do partido para a corrida, uma vez que vai encerar prévias internas contra o governador de São Paulo, João Doria.

Os principais pré-candidatos do PSDB à Presidência usaram as redes sociais em defesa da chamada “terceira via”. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o governador de São Paulo, João Doria, rebateram declarações do ex-presidente Lula (PT) e do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido).

Em sua conta no Twitter, nessa terça-feira (20), Leite afirmou que “ninguém chuta cachorro morto” e que, “se não existe terceira via, não sei por que Lula e Bolsonaro estão se preocupando”. “Depois do tanto que já nos foi roubado, querem agora roubar a nossa esperança”, finalizou.

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Doria, que deve disputar as prévias do partido tucano com o governador do Rio Grande do Sul, chegou a dizer que “o sonho do Lula é disputar eleição apenas com o Bolsonaro” e “o sonho do Bolsonaro é disputar eleição com o Lula”.

“O sonhos dos brasileiros é que os dois percam a eleição. Não adianta serem contra, a melhor via devolverá a esperança aos brasileiros”, complementou, fazendo uso da hashtag #NemLulaNemBolsonaro.

Muitos internautas, no entanto, rebateram a postagem de João Doria, relembrando o alinhamento político do mandatário paulistano com Jair Bolsonaro durante a última corrida presidencial.

“Esse governador anda alienado. Pensa que talvez ele e só ele devolverá esperança ao Brasil. Não esqueçamos quem apoiou firmemente Bolsonaro. E não se descontaminou ainda… Ganhará as eleições quem dará trabalho ao povo, poder comer, morar e incluir os excluídos. Alguém já fez isso”, respondeu o filósofo petista Leonardo Boff.

“Meu sonho, como brasileiro, é acabar com esse ritmo de ódio, é voltar a fazer planos pro futuro, é poder oferecer um churrasco pra minha família (hoje não dá), voltar a ter orgulho de ser brasileiro lá fora. Lula tem defeitos, mas na época dele eu tinha tudo isso”, disse outro internauta.

Também na terça (20), em entrevista à rádio Jovem Pan de Aracaju, o ex-presidente petista disse que “a terceira via é uma invenção dos partidos que não têm candidato”. Para Lula, “não adianta as pessoas inventarem que tem uma disputa entre dois opostos. Não tem essa radicalização, não tem essa polarização. O que está acontecendo é que de um lado tem a democracia e de outro lado o fascismo”.

No mesmo dia, durante conversa veiculada na Rádio Itatiaia, Bolsonaro declarou que “não existe terceira via” e que o povo “não engole isso aí”. Segundo o presidente, o único cenário possível é entre ele e Lula, e nenhum outro candidato vai “agradar” a população.

Acompanhe:

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que subestimou a capacidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "fazer o mal" quando declarou voto a ele em 2018. Em entrevista ao Valor Econômico, Leite disse que na ocasião o retorno do PT ao comando do país aparentava ser um "mal maior".

"Era um caminho muito difícil. A volta do PT ao poder parecia um mal maior naquele momento. Eu menosprezei de fato a capacidade de fazer o mal do Bolsonaro. Eu não considerava... Especialmente não sabíamos que haveria uma pandemia em que esta crueldade do presidente se apresentasse fatal, como se apresenta, com perdas de vidas", declarou o agora pré-candidato à Presidência da República.

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Eduardo Leite ponderou também que ter declarado o voto não é apoiar candidatura, como fez o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) - também pré-candidato ao comando do país, que deve disputar prévias internas contra Leite no PSDB.

"Fiz uma declaração de voto, e não fiz campanha casada, não fiz material, não pedi votos. Apoiar é pedir votos. Foi bem diferente [do Doria], bem diferente; e do que meu principal adversário no Rio Grande do Sul, o então governador [José Ivo] Sartori [do MDB] fez", frisou durante a entrevista.

Tendo em vista o quadro eleitoral que apontam as pesquisas atuais, Leite ainda foi questionado sobre um eventual segundo turno, em 2022, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que pretende trabalhar para que o cenário não se concretize.

“Vou lutar tudo o que eu posso para evitar essa situação. Se ela acontecer, vamos discutir lá na frente que tipo de posicionamento acontecerá. Lula não vai cicatrizar as feridas deixadas abertas por Bolsonaro porque está na raiz da divisão”, cravou.

Nova pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (9), mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nas intenções de voto para a eleição presidencial de 2022. Lula aparece em primeiro lugar na totalidade dos cenários envolvidos, com destaque ao segundo turno, onde venceria o atual chefe do Executivo com 58% contra 31%. O estudo foi realizado entre a quarta (7) e quinta-feira (8). Nele, 2.074 eleitores foram ouvidos presencialmente pelo Brasil. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em maio, o Datafolha havia feito outra pesquisa com o mesmo teor, mas houve oscilação nos índices. Na anterior, o petista tinha 55% e o atual presidente, 32%. Lula também lidera nos dois cenários apresentados para o eleitor e em todas as simulações de disputa de segundo turno contra outros candidatos.

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No levantamento anterior do Datafolha, feito em 11 e 12 de maio, Lula tinha 21% na espontânea, Bolsonaro marcava 17% e Ciro Gomes (PDT), 1%. Agora, o petista pula para 26%, o presidente oscila para 19% e o pedetista, para 2%. Outros candidatos marcam 2%, como em maio, e votam em nulo ou branco 7% (8% antes). O índice dos que dizem não saber passou de 49% para 42%.

Nos dois cenários de primeiro turno testados pelo Datafolha, os principais rivais estão na mesma. Lula fica à frente com 46%, ante 25% do presidente. Ciro marca 8% numa e 9%, na segunda. Numa hipótese e noutra, 10% dizem que não votam em ninguém. Nesse cenário, em votos válidos Lula chega a 52%, o que dentro da margem de erro lhe garantiria a vitória em primeiro turno na eleição. Os índices da pesquisa estimulada ficam assim:

Cenário A:

Lula (PT) – 46%

Bolsonaro (sem partido) – 25%

Ciro Gomes (PDT) – 8%

João Doria (PSDB) – 5%

Luiz Henrique Mandetta (DEM) – 4%

Em branco/nulo/nenhum – 10%

Não sabem – 2%

Cenário B:

Lula (PT) – 46%

Bolsonaro (sem partido) – 25%

Ciro Gomes (PDT) – 9%

Luiz Henrique Mandetta (DEM) – 5%

Eduardo Leite (PSDB) – 3%

Em branco/nulo/nenhum – 10%

Não sabem – 2%

O tucanos mais cotados – o governador paulista, João Doria, e o governador gaúcho, Eduardo Leite – também foram citados, já que deverão disputar as prévias do PSDB em novembro.

Com o paulista no primeiro cenário, os tucanos chegam a 5%, enquanto o DEM com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta chega a 4%. Há empate técnico para eles, entre si, e com Ciro. Já na segunda fotografia, com o gaúcho, o tucano faz 3%, e o ex-ministro, 5% —empatando com o pedetista no limite da margem de erro.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), negou, neste domingo (4), qualquer cálculo político-eleitoral em sua decisão de declarar publicamente ser gay e afirmou que precisava se apresentar "na integralidade, e não pela metade" a seu partido, pelo qual tenta concorrer à Presidência da República em 2022. Ele afirmou ainda que o voto em Jair Bolsonaro em 2018 é um "erro" que deve ser analisado para não se repetir no futuro.

"Não tem nada de errado, nem é algo que mereça ficar escondido. Outros políticos têm, sim, a esconder e escondem... Rachadinha, mensalão, petrolão, superfaturamento em compra de vacinas", disse Leite, que participou de uma série de reuniões do partido em Brasília.

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"Entendi que era o momento de falar. Não tem qualquer cálculo do ponto de vista político-eleitoral. Aliás, nem sei quais serão os efeitos que isso terá do ponto de vista eleitoral. Talvez não sejam os efeitos positivos que muita gente possa esperar, mas tenha efeito positivo ou negativo, é o que sou, do jeito que sou, apresentado como sou. Se a população entender que eu posso apresentar um caminho, tem que ser na minha integralidade, sem esconder qualquer coisa", afirmou.

O tucano também voltou a dizer que a eleição do presidente Jair Bolsonaro em 2018 foi um "erro", mas negou que tenha apoiado a candidatura do atual chefe do Planalto porque não pediu votos em favor do atual presidente, nem fez "campanha casada" ou "misturou nome ao do candidato" - em alusão ao BolsoDoria empreendido pelo atual governador de São Paulo durante a campanha de 2018.

Em 2018, Leite declarou voto em Bolsonaro. Hoje, ele foi questionado sobre essa decisão, sobretudo pelo histórico de declarações homofóbicas do presidente.

"As declarações de intolerância do presidente no passado me pareciam naquele momento que teriam, embora preocupantes, menos espaço para se apresentarem de forma prejudicial ao País à medida que temos instituições fortes que garantiriam que a posição homofóbica dele não significasse política pública contrária a gays, lésbicas, bissexuais, ou qualquer público homossexual", disse Leite. "A gente tem que analisar esse erro, aprender com ele para não cometer mais esse erro no futuro", afirmou.

Segundo ele, essa análise inclui trabalhar em uma "terceira via" para evitar um segundo turno entre Bolsonaro e o PT, que deve ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato.

Reeleição

Leite disse ainda que qualquer candidato da "terceira via" à Presidência da República deveria, se eleito, se abster de buscar a reeleição em 2026. Segundo ele, o momento de extrema polarização requer "volta para o bom-senso e para o equilíbrio". "Isso envolve desapego, desprendimento", disse.

"Se o próximo presidente da República, viabilizado por uma terceira via, como a gente espera, for candidato à reeleição, passa no primeiro dia a ser atacado pelas duas correntes políticas que querem voltar ao governo, seja o bolsonarismo, seja o lulopetismo. É importante que a gente tenha a visão sobre serenar os ânimos", afirmou Leite.

O tucano participou de uma reunião com o diretório do PSDB no Distrito Federal e pretende ele mesmo concorrer nas prévias do partido para decidir o candidato à Presidência da República em 2022. Após explicitar suas pretensões eleitorais, Leite deve intensificar a agenda em outros Estados nos finais de semana para se tornar mais conhecido fora de seu reduto atual, ouvir propostas e angariar apoio dentro da legenda. Ele também iniciou conversas com representantes de PSB, PSD, Cidadania, MDB, PL, PP e DEM, já de olho em possíveis alianças.

Além de Leite, também devem concorrer nas prévias o governador de São Paulo, João Doria, o senador Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgilio.

O governador do Rio Grande do Sul adiantou que, se for o candidato do PSDB ao Planalto e for eleito, não concorrerá à reeleição. A postura é semelhante à adotada por ele na prefeitura de Pelotas e no governo do Estado - para o qual ele reafirmou que não buscará novo mandato, mesmo que seja derrotado nas prévias do PSDB.

"Eu sou crítico da reeleição. No nosso sistema político, acabou se transformando num problema pelas negociações que se impõem dentro dos governos pela sucessão", disse Leite. "Não concorrerei à reeleição como governador, como já anunciei, e se um dia tiver o privilégio e a honra de ocupar a Presidência da República, digo também desde já que não concorrerei à reeleição", acrescentou.

Aos 36 anos e disposto a concorrer à Presidência da República ano que vem, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi parabenizado por aliados políticos e opositores nas redes sociais após se declarar gay em entrevista ao programa Conversa com o Bial, da TV Globo. 

Durante o programa, Leite disse que "nesse Brasil com pouca integridade a gente precisa debater o que se é". O gaúcho afirmou ainda nunca ter falado abertamente sobre o assunto porque sempre considerou que o tema tinha a ver apenas com a sua vida privada, mas que, atualmente, é preciso debatê-lo.

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Leite também contou que namora um médico do Espírito Santo, a quem ama e admira por seu trabalho durante a pandemia de Covid-19 em hospitais de campanha. E disse que o companheiro, sim, tem coragem para atuar na linha de frente. "Coragem tem mesmo quem vai pra um hospital de campanha. Gente que tá fazendo tanto pra superar esse quadro de pandemia. Tem tantos outros exemplos de coragem que a minha fica pequenininha."

As declarações foram conhecidas antes mesmo de o programa ir ao ar, na madrugada desta sexta (2), por meio de trechos divulgados pelo canal, o que já rendeu repercussões e agradecimentos por parte de Leite.

Outros possíveis adversários de Leite na corrida presidencial também se posicionaram após sua fala, como os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), que estiveram com o tucano no debate promovido nessa quinta (1º), pela parceria CLP/Estadão.

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Nem todos

Mas nem todos no mundo político aplaudiram. O ex-deputado federal Jean Wyllys, recém-filiado ao PT, acusou o tucano de não ter criticado as posturas preconceituosas do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018 - na ocasião, então candidato a governador, Leite declarou voto em Bolsonaro.

Ainda durante a entrevista a Bial, o governador comentou uma declaração recente do presidente que teria duplo sentido. Bolsonaro questionou onde Leite teria "enfiado a grana (repasses federais)". E comentou: "Eu não vou responder pra ele, né? Mas eu acho que é feio onde ele botou essa grana toda aí. Não botou na saúde."

Após a fala, Leite interpelou Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) para se explicar e cogita apresentar uma queixa-crime contra o presidente. Sem citá-lo nominalmente, o tucano disse que, no momento em que sua participação no debate nacional começa a despertar maiores ataques por conta de adversários, "alguns vem com piadas como se tivesse algo a esconder". "Pois bem, não tenho nada a esconder. Tenho orgulho dessa integridade de poder dizer sobre minha orientação sexual, embora devêssemos viver num País em que isso não fosse uma questão."

Bolsonaro, por sua vez, ironizou o governador do Rio Grande do Sul após a revelação. "O cara está se achando o máximo. Bateu no peito. 'Assumi!'. É o cartão de visita para a candidatura dele", disse o presidente a apoiadores nesta sexta-feira na saída do Palácio da Alvorada.

O presidente Jair Bolsonaro ironizou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) por este ter revelado ser homossexual, na madrugada desta sexta-feira (2), em entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo. "O cara está se achando o máximo. Bateu no peito. 'Assumi!'. É o cartão de visita para a candidatura dele", disse o presidente a apoiadores nesta sexta na saída do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro afirmou não ter "nada contra a vida pessoal" de Leite, mas reprovou o que chamou de tentativa de "impor o seu comportamento para os outros". O tucano foi cumprimentado por figuras de diferentes matizes político-ideológicas, como o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a vice da chapa de Fernando Haddad à Presidência da República em 2018, Manuela d' Ávila.

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Em outro momento da conversa com apoiadores, o presidente rechaçou a possibilidade de demarcar terras indígenas em seu governo e alegou que a medida "isola áreas produtivas". "Nossos irmãos índios já tem 14% de terras demarcadas. É mais que Rio e São Paulo juntos", disse.

“Sou um governador gay e não um gay governador”, foi o que disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), ao se assumir gay durante uma entrevista com Pedro Bial na madrugada desta sexta-feira (2). A declaração sobre a própria sexualidade chamou atenção de muitos espectadores, inclusive do ex-deputado federal Jean Wyllys (PT), auto-exilado em Barcelona após ameaças de morte.

Para o ex-parlamentar, o discurso se tratou de uma “peça de propaganda política” feita pela “imprensa comercial de direita” e que o histórico conservador de Leite o coloca em uma posição amarga diante das lutas da comunidade LGBTQIA+ no Brasil. Wyllys compartilhou um longo fio no Twitter, expressando o que vê como “problema” na negação da identidade por trás dos discursos da direita.

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“Enquanto o gay recém-saído do armário não expressar por ATOS e novas palavras que se arrepende de ter apoiado alegre e explicitamente um homofóbico racista que se revelou genocida, sua saída do armário não será, para mim, fonte de alegria acrítica. Não adianta", tuitou o doutorando em ciência política.

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E continua: “Vejam como a imprensa comercial de direita gosta de destacar frases de efeito que, embora aparentemente afirmativas, no fundo são negativas e  reforçam o estigma e a negação da identidade. Como não ver com crítica  essa saída do armário? E essa comparação com Obama?”. Ao fazer a revelação, Eduardo Leite se comparou ao ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que foi o primeiro homem negro presidente da nação norteamericana. “Obama não foi um negro presidente, foi um presidente negro”, disse.

O petista ressaltou o fato de que Bial, em nenhum momento, indagou Leite sobre o apoio a Jair Bolsonaro, “um racista homofóbico”, nas eleições de 2018.

“Não se questiona esse sujeito em nenhum momento por que ele apoiou explícita e alegremente um racista homofóbico que atua contra a comunidade. Apenas se elogia o sujeito”, continuou.

O ex-psolista mencionou ainda que outras figuras políticas da comunidade, atuantes pelas causas LGBTQIA+, não receberiam o mesmo destaque da imprensa, apesar da “coerência” entre a identidade e as necessidades dessas minorias.

“Que destaque foi dado por essa mesma imprensa ao fato de Fátima Bezerra (PT-RN), governadora do RN e aliada desde sempre da comunidade LGBTQ, ser lésbica? Nenhum. Mas decidem fazer uma festa com o outing tardio do governador, feito sob medida num programa da TV Globo”, criticou.

Confira a sequência de Jean Wyllys:

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assumiu pela primeira vez em público sua orientação sexual, durante entrevista ao programa Entrevista com Bial, da TV Globo. O programa divulgou um vídeo em suas redes sociais com o trecho da entrevista, na qual Leite justifica que é necessário debater identidade no atual momento político do País.

"Nesse Brasil, com pouca integridade nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que fique claro e não se tenha nada a esconder", diz Leite no vídeo. "Eu sou gay, e sou um governador gay. Não sou um 'gay governador', tanto quanto Obama nos Estados Unidos não foi um 'negro presidente'. Foi um presidente negro. E tenho orgulho disso."

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Leite foi eleito no Rio Grande do Sul em 2018 com 53,6% dos votos. Ele tem 36 anos, o que o torna o governador mais jovem em exercício hoje no País. Antes, foi prefeito de Pelotas entre 2013 e 2016 e, antes disso, foi secretário municipal, vereador e presidente da Câmara Municipal na mesma cidade.

Ele participou nesta quinta-feira, 1º, de um debate do Estadão e do Centro de Liderança Política (CLP) com os ex-ministros e presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM), em São Paulo, para debater os desafios do País na saída da pandemia do coronavírus e na retomada econômica.

Em resposta à crise militar instaurada pelo Governo Bolsonaro, seis presidenciáveis assinaram um manifesto pela Democracia nessa quarta-feira (31). A data celebrada pelo presidente Jair Bolsonaro marca o aniversário de 57 anos do golpe que trouxe um regime de exceção ao Brasil.

O documento lembra do movimento "Diretas Já" e adverte para a ameaça à Democracia após o período de redemocratização. O texto foi assinado pelos concorrentes do presidente Jair Bolsonaro em 2018, Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo); pelo governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB); pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e pelo apresentador Luciano Huck.

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Entre o Centrão e a direita, mas com certo diálogo com a esquerda, a coalização dá pistas sobre uma eventual frente para vencer Bolsonaro nas urnas. "Fora da Democracia o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, a intimidação, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao Estado", descreve parte da carta articulada por Mandetta, que se mostrou preocupado com a troca de seis ministros e a saída dos comandantes das Forças Armadas praticamente no mesmo dia.

"O autoristarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos", alertam em outro trecho da carta. Apesar do posicionamento contrário ao Palácio do Planalto, exceto Ciro Gomes, todos os demais integrantes do manifesto indicaram apoio à candidatura do atual presidente na eleição de 2018.

Confira o documento:

Reprodução/Twitter

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), apresentou ao Ministério Público (MP) uma representação contra Roberto Jefferson, ex-parlamentar e presidente do PTB, na última sexta-feira (19), por injúria e homofobia. Jefferson teria chamado o governador de “viado” e “calcinha cor de rosa” em entrevista.

Na semana passada, dia 12 de março, Roberto Jefferson, que é investigado pelo inquérito dos atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu os adjetivos preconceituosos a Eduardo Leite enquanto criticava as restrições decretadas pelo governador para conter o avanço da pandemia no estado. Eduardo declarou que a atitude de Jefferson era “uma agressão” que não é exclusivamente a ele “mas a toda sociedade”.

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Eduardo Leite disse em vídeo que as falas de Jefferson são “manifestações que geram confrontos”, "discórdia", enfatizou que essas atitudes “são indignas e não podem ser toleradas”.

Em seu perfil nas redes sociais, a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul publicou uma nota de repúdio contra as falas de Roberto Jefferson. O órgão afirmou que as falas do ex-parlamentar desinformam a população quanto à gravidade da pandemia e ofendem o governador do estado e grupos minoritários.

"Ademais, cabe ressaltar que alimentar discursos negacionistas leva a desinformação, fragiliza o combate à pandemia e deixa desarmônica as relações institucionais, o que por sua vez pouco - ou nada - contribuem para o fortalecimento da democracia e de seu pleno funcionamento… Por estas razões, a Defensoria Pública expressa sua solidariedade com toda comunidade LGBT, com o senhor governador Eduardo Leite e com todos os gaúchos que clamam pela restauração da racionalidade no debate público”, declarou a Defensoria.

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Alçado a pré-candidato à Presidência por uma ala do PSDB que se rebelou contra o governador João Doria (SP), o governador gaúcho, Eduardo Leite, afirmou nesta quinta-feira (11) que "o Brasil não se resume a São Paulo". A declaração foi dada em um encontro realizado no Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, com presença de 13 deputados federais e um senador - nenhum paulista.

"O governador Doria exerce uma liderança que respeitamos, assim como o PSDB de São Paulo, que também respeitamos. Mas o Brasil não se resume a São Paulo", afirmou Leite.

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A articulação desse grupo é uma resposta à ofensiva de Doria para que a bancada do PSDB adote uma postura mais incisiva de oposição ao presidente Jair Bolsonaro e à movimentação de aliados para que o governador paulista assuma a presidência do partido em maio. "Com todas as diferenças que temos com o governo Bolsonaro, não podemos boicotar o País para ter uma facilidade eleitoral", disse Leite.

Esse grupo de parlamentares quer que o governador gaúcho assuma protagonismo no cenário nacional. "O Eduardo Leite é aquele que mais agrada à bancada federal", disse o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). "Não faz sentido o PSDB ter a relatoria da Reforma da Previdência e suas lideranças criticarem sistematicamente o governo federal", afirmou Abi-Ackel, que vê Leite como pré-candidato do partido em 2022. "O brasileiro está farto desse radicalismo, deste perfil de político mais áspero. O governador tem um estilo firme e habilidoso para resolver os problemas. Ele (Eduardo Leite) pode se apresentar e se colocar como um pré-candidato à Presidência", completou.

O deputado Cunha Lima (PB), filho do senador Cássio Cunha Lima, adotou um discurso conciliador. "Tudo que o Brasil menos precisa é de mais briga, e muito menos o PSDB precisa de mais briga."

Questionado se era pré-candidato ao Planalto em 2022, Leite e os demais parlamentares evitarem responder. "Todos nós que estamos na política temos a intenção de ocupar espaços. Evidentemente a presidência da República é uma aspiração política. Mas ela é muito mais destino do que resultado de uma aspiração pessoal", disse. Na quarta, em entrevista à Coluna do Estadão, o governador gaúcho havia dito que é "precipitado definir candidatura, seja de quem for" para 2022.

O senador Rodrigo Cunha (AL) ressaltou as qualidades do governador e traçou paralelos com outros políticos. "O governador Eduardo Leite não tem o perfil de querer ser herói, nem salvador da pátria, nem mito".

Uma comitiva de deputados do PSDB desembarca nesta quinta-feira (11) em Porto Alegre para um lançamento informal do nome do governador gaúcho, Eduardo Leite, à Presidência em 2022. O movimento é liderado pelo deputado Lucas Redecker (RS) e tem o apoio de parlamentares que se rebelaram contra o governador João Doria (SP).

A expectativa é que pelo menos 12 deputados dos 29 que compõem a bancada federal tucana participem da iniciativa.

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O gatilho da articulação foi a ofensiva do governador paulista para que a bancada do PSDB adote uma postura mais incisiva de oposição ao presidente Jair Bolsonaro e a movimentação de aliados para que o chefe do Executivo paulista assuma a presidência do partido em maio. Diante da repercussão negativa, os aliados de Doria recuaram da estratégia de tentar interferir na sucessão tucana.

À Coluna do Estadão, Leite afirmou que é "precipitado definir candidatura, seja de quem for", mas prometeu ajudar o partido a buscar o melhor caminho para 2022. "O partido deve primeiro se reunir em torno de ideias, de um propósito. E é papel de quem exerce funções relevantes, como nós governadores, de ajudar na condução dos debates para uma futura tomada de decisão. Mas jamais impor um caminho em função de pretensões pessoais", disse, sem citar Doria.

"Ainda tenho muito por fazer aqui e cuidar do Rio Grande Sul continua sendo meu foco. Não obstante, naturalmente (e até pela história e tradição do meu Estado) vou buscar ajudar meu partido a construir o melhor caminho para ajudar o Brasil em 2022."

Ao contrário de Leite, a ala tucana que rejeita o nome de Doria adotou tom bem mais agressivo contra o governador paulista. "Não vamos permitir que transformem a agremiação partidária em uma empresa individual", disse o deputado Celso Sabino (PA).

'Atestado governista'

"Foi só o PSDB se movimentar como partido de oposição, que o deputado Celso Sabino reagiu, passando atestado de governista. Desconhece que o PSDB fica longe das benesses do poder e é movido pelo pulsar das ruas", respondeu o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi.

A crise interna tucana foi tema de um encontro realizado na noite de anteontem, no apartamento do deputado Adolfo Viana (BA), reunindo 12 parlamentares, além do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, que optou por não ir a Porto Alegre hoje.

No encontro, o grupo descontente com a ofensiva do governador paulista defendeu a permanência de Araújo no comando da legenda por mais um ano, como prevê o estatuto do partido. A avaliação majoritária foi que Doria errou ao tentar submeter a bancada federal à sua estratégia eleitoral.

Parte dos deputados do PSDB resiste a assumir agora um discurso de confronto aberto contra o Palácio do Planalto, a exemplo do que defendeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em entrevista ao Estadão. Na mesma entrevista, entretanto, o próprio FHC, que também é presidente de honra do PSDB, citou Eduardo Leite como possível presidenciável ao lado de Doria.

Ao Estadão, Doria ressaltou que o PSDB precisa estar unido e fazer o seu papel. "Estarmos divididos só ajuda Bolsonaro e seu projeto político de extremismo e autoritarismo", afirmou o governador.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou nesta sexta-feira (24) que testou positivo para a Covid-19. Pelo Twitter, Leite disse que não apresenta sintomas da doença e que ficará isolado, conforme orientações médicas.

"Após um teste RT-PCR e mesmo estando assintomático, fui surpreendido agora há pouco com o resultado positivo para Covid-19. Cancelei as minhas agendas e iniciei isolamento, seguindo as instruções médicas", escreveu.

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Para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), seu partido ainda não tem um nome definido para a disputa da Presidência da República em 2022, ainda que o governador paulista João Doria (PSDB) encabece a corrida contra os planos de reeleição de Jair Bolsonaro - ele mesmo aparece como nome do partido em potencial.

Ao jornal O Estado de S.Paulo, Leite não descarta prévias e diz que o partido deve primeiro construir um projeto para só depois se preocupar em quem vai representá-lo, e até um nome de fora do partido é visto como uma possibilidade. "É natural que Doria seja um possível candidato, mas as circunstâncias de 2022 é que vão dizer o que o País está buscando. Talvez o melhor candidato esteja até fora do PSDB neste momento, talvez o PSDB possa apoiar alguém de fora. Por que não?", afirma.

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A seguir os principais trechos da entrevista:

O sr. já falou que não acredita em reeleição. Como ficará a disputa pelo governo estadual em 2022 no Rio Grande do Sul?

Fui prefeito (de Pelotas) entre 2012 e 2016 e já era crítico da reeleição. Prefiro ajudar que o projeto tenha continuidade, mas com outra pessoa. Em Pelotas, ajudei a eleger minha vice-prefeita pela continuidade, mas com a troca do comandante. É positivo que isso possa acontecer também no Estado. Minha disposição é de não concorrer à reeleição.

O sr. pensa em ser candidato à Presidência da República?

Não, de forma alguma. Meu foco está em administrar o Estado, para o que fui eleito. Minha responsabilidade no cargo é enorme. Governar com olhos na próxima eleição é uma irresponsabilidade. Toda minha energia está aqui.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou que o sr., o governador João Doria e o apresentador Luciano Huck expressam o "reformismo do centro progressista". Que acha disso?

É uma grande gentileza, mas isso não significa a minha candidatura. Ninguém é candidato de si mesmo, principalmente à Presidência. É uma situação em que o candidato atende a um chamado de um grupo de pessoas, de um projeto. Eu não procurava ser candidato ao governo do Estado quando deixei Pelotas. Mas houve um chamamento, um grupo de pessoas, do meu partido, que entendiam que eu poderia liderar esse projeto e eu atendi. Não acredito que esse chamado já esteja acontecendo em relação a 2022, nem acho que seja a hora.

Então PSDB não tem pré-candidato definido? Para muitos, essa pessoa é João Doria...

Não acho que tenha candidato definido. Doria, como é para qualquer governador de São Paulo, é um nome que desponta. É o maior Estado da nação em economia e população. É natural que Doria seja um possível candidato, mas as circunstâncias de 2022 é que vão dizer o que o País está buscando, qual o projeto. Primeiro, temos que discutir o projeto, depois as pessoas.

Em prévias dentro do partido?

Em algumas eleições, o PSDB fez prévias. Acho é o seguinte: vamos focar em governar. A partir do momento adequado, talvez no próximo ano, vamos discutir do ponto de vista programático o que se pretende para a economia e para a gestão pública. E aí chegar no processo eleitoral buscando identificar o melhor candidato para representar esse projeto. Talvez o melhor candidato esteja até fora do PSDB neste momento, talvez o PSDB possa apoiar alguém de fora. Por que não?

No ano passado, vários governadores se uniram em consórcios regionais. O sr. está no Cosud (Integração Sul e Sudeste). Como tem sido a experiência?

Muito positiva. O Cosud é uma oportunidade de integração. Tem sido bastante produtivo para debater os temas que estão na pauta nacional para nos posicionarmos e ajudarmos a orientar inclusive em âmbito de Congresso a deliberação de itens que fluem nas questões federativas. Temos afinidades econômicas, culturais, de setores produtivos. Respondemos por 70% da economia nacional e 60% da população, isso é relevante em termos de posicionamento.

Como as decisões do consórcio chegam a Brasília?

Fazemos uma carta aberta que é encaminhada às autoridades. Já enviamos ao presidente, aos presidentes das Casas legislativas, e individualmente fazemos nossa gestão junto a esses agentes. A partir do que discutimos em (encontro do Cosud em) Foz do Iguaçu (em fevereiro deste ano), por exemplo, falei com (Rodrigo) Maia (presidente da Câmara) para falar do Fundeb.

Por que se tornou necessária essa união de governadores em consórcios?

Pela afinidade de temas, podemos ajudar a orientar a política de investimentos do governo federal. Os Estados podem se juntar para fazer investimentos, parcerias. Trocas de experiências são muito válidas.

E politicamente?

É uma forma de articulação entre esses Estados para se posicionar politicamente nos temas de impacto da federação em defesa dos interesses das regiões.

O sr. tem visto abertura do governo federal a isso? Como tem sido a relação com o presidente?

Tem sido importante porque levamos o posicionamento comum dos governadores, que é é especialmente levado ao Congresso. Com a Presidência, não tem havido um tratamento mais direto. Com governo federal, de boa relação. Aqui no (encontro do Cosud no) Sul, participaram também o secretário Salim Mattar e o então presidente do BNDES Joaquim Levy. Agora em Foz, o ministro (da Justiça, Sérgio) Moro. Temos sempre a participação de figuras do governo federal, o que ajuda a promover integração e aproximação.

Os 27 governadores têm um grupo do Fórum de Governadores no WhatsApp. Como é isso?

É um instrumento de trabalho. Uma tecnologia que permite essa aproximação para debater temas comuns. Mas, não é fácil. Às vezes, a conversa fica truncada. Neste momento, tenho 30 mensagens não lidas. Se ali tiver um debate, eu posso já ter perdido o fio. É uma forma interessante de estarmos rapidamente prontos para tomar um posicionamento sobre alguma coisa.

Como são as coisas por lá?

Tem mensagens de aniversário, o pessoal manda, mas é um instrumento de trabalho. Não tem mensagem de bom dia, essas coisas. Isso eu reservo para o grupo das minhas tias. No grupo dos governadores, temos várias visões ideológicas de Estados com realidades distantes. É difícil construir consenso, mesmo assim tiramos decisões em comum. Há um respeito grande entre os governadores. Antes das diferenças políticas, quando você ocupa o cargo de governador, a solidariedade entre os que ocupam a mesma função fala mais alto. Camilo (Santana, governador do Ceará) recentemente recebeu mensagens de solidariedade e de prontidão dos colegas governadores em relação às dificuldades que passava por lá (motim de policiais militares).

Potenciais adversários do presidente Jair Bolsonaro em 2022, os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC), terminaram 2019 descolados da bandeira bolsonarista que os levou à vitória na eleição e dispostos a trilhar estratégias que os tornem competitivos nacionalmente. Mas ambos enfrentam arranhões, justamente na área que os aproxima do presidente: a segurança pública. Ex-juiz, Witzel viu seu governo bater o recorde de mortes provocadas pela polícia e Doria fechou o ano obrigado a afastar policiais após o registro de nove mortes em um baile funk.

Ancorados na onda conservadora que marcou a disputa de 2018, ambos fizeram campanha endurecendo o discurso contra a criminalidade, mas, neste ano, apesar de reafirmarem suas políticas na área, tentaram moderar suas posturas na tentativa de se contrapor ao governo federal.

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Se têm estratégias em comum, os comandantes dos principais governos estaduais diferem nas prioridades de gestão e nas posições que ocupam dentro de seus partidos. Em seu segundo cargo executivo, Doria, que foi prefeito da capital paulista, governa com mais folga financeira e, por isso, pode projetar obras e ações de fôlego. Além disso, exerce influência dentro do PSDB, sigla que tem maior alcance nacionalmente, se comparada ao PSC. Nesse contexto, a situação melhoraria para Witzel se o projeto que ele tem encampado, de fusão entre PSL e PSC, saísse do papel, já que o antigo partido de Bolsonaro tem a maior fatia do fundo partidário e de tempo de TV.

"Doria tem não só São Paulo, mas bases em outros Estados. Ele está à frente nessa luta", aponta o cientista político Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Outro fator favorece o tucano, segundo o também analista Rodrigo Prando, do Mackenzie. "Ele montou um secretariado ministerial."

Entre os projetos que o tucano planeja desenvolver neste ano estão obras prometidas por seu partido há anos, como a Linha 6-Laranja do Metrô e o trecho Norte do Rodoanel. Ambas estão paralisadas. Doria também deve iniciar um processo de privatização da Sabesp, a companhia de água e saneamento do Estado, e de revisão de contratos de concessão de rodovias estaduais, que devem render bilhões extras ao governo.

Situação diferente vive o Rio, que tenta sair de uma séria crise fiscal. Em 2020, com déficit orçamentário de R$ 10,7 bilhões, Witzel buscará a prorrogação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que termina em setembro. O plano é prorrogá-lo por mais três anos. Já na área da segurança, a meta é, sem abandonar a política de enfrentamento, apostar em ações sociais nas favelas, com a retomada do projeto de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Antagonismo

No discurso político, além de tentar se contrapor a ideais que regem o governo Bolsonaro, Witzel alicerça seu antagonismo no método de governar. Chamou o presidente de "despreparado" e tem declarado que o Planalto não sabe dialogar com os governadores. "A pauta dele é muito mais ideológica do que concreta", disse em um café com a imprensa.

"Witzel tem uma estratégia dupla. Ele mantém o discurso que lhe deu a vitória para determinados grupos, uma base que o elegeu e que ele disputa com o Bolsonaro: a da segurança", diz Baía.

Enquanto Bolsonaro não tem um modelo de articulação definido com o Congresso, tanto o governador fluminense como o paulista souberam jogar com a política tradicional nas respectivas Assembleias, e alcançaram maioria. O balanço do ano, no entanto, dá a Witzel uma marca indigesta até mesmo para quem disse, na campanha, que a polícia tinha que "mirar na cabecinha": em sua gestão, as mortes por intervenção policial bateram recorde no Estado. Foram 1.686 até 30 de novembro, último número disponível no Instituto de Segurança Pública (ISP). Àquela altura, o número já havia sido o maior desde 1998, o início da série histórica.

Já Doria, que comemora queda nos índices de homicídio e latrocínio (mas não de estupro) em 2019, teve de lidar, no último mês do ano, com uma crise que o projetou nacionalmente, mas de forma negativa. Durante ação policial em Paraisópolis, a segunda maior favela da capital, nove jovens que participavam de um baile funk morreram asfixiados em vielas fugindo da polícia. A divulgação de imagens mostrando violência por parte dos agentes complicou mais a situação do tucano, que se viu obrigado a recuar de uma postura inicial de aprovação à conduta policial para ordenar o afastamento de 38 Pms.

Mas, no geral, segundo Prando, Doria teve mais pontos positivos que negativos. Entre eles, o analista destaca as movimentações no campo da economia e das relações internacionais. "É mais um recado que ele manda a Bolsonaro e ao governo federal."

Leite e Dino correm por fora

Dois governadores que atuam fora do eixo Rio-São Paulo, e em campos políticos opostos, também vêm surgindo como possíveis atores nas próximas eleições presidenciais. No fim do ano passado, o gaúcho Eduardo Leite (PSDB) se juntou à lista de governadores com pretensões de disputar o Planalto em 2022. Já o maranhense Flávio Dino (PCdoB) tem chamado a atenção de seu partido e, na semana passada, ainda recebeu uma sinalização de que pode compor a chapa presidencial petista, como eventual candidato a vice.

Principal nome da juventude tucana, Leite, de 34 anos, tem se dedicado a pautas reformistas para recuperar o caixa do Estado, e conseguiu aprovar a reforma da previdência estadual, o que, nos cálculos do governo, pode ajudar a alçar o governador a um posto de maior destaque na política. Leite, no entanto, tem um desafio extra para chegar ao posto de candidato à Presidência: terá de desbancar João Doria, hoje mais bem posicionado para ter o aval do PSDB para a disputa.

Principal nome da esquerda entre os governadores, Flávio Dino pode estrear na corrida presidencial como candidato ou vice. Na semana passada, o vice-presidente do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que ele será vice na chapa petista - Dino não respondeu.

No PT, no entanto, o nome de Rui Costa, governador da Bahia, não é descartado. Em discursos após deixar a prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já citou mais de uma vez o nome de Costa como opção petista para a disputa de 2022. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de afastar rumores de uma concorrência interna pela candidatura do PSDB à Presidência da República em 2022, os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e de São Paulo, João Doria, trocaram afagos durante a convenção nacional do partido em Brasília neste sábado, 7.

O aceno inicial partiu de Leite, que foi o primeiro dos governadores chamado ao palco e subiu sob gritos de "Eduardo 2022" por parte da plateia. De microfone sem fio em punho, o gaúcho optou por descer do palco e falar do mesmo lugar da plateia.

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Ao comentar as eleições de 2022, Leite cumprimentou Doria, que se levantou. Os dois apertaram as mãos e trocaram um abraço. O governador gaúcho disse que o colega paulista é um "grande parceiro". "A gente está junto pelo Brasil", afirmou. "Não tem disputa nenhuma."

Em seguida, chegou a vez de Doria discursar. Ele subiu ao palco sob gritos de "Brasil pra frente com Doria presidente". Apoiadores também estenderam uma faixa com a mesma frase.

O governador paulista retribuiu o afago de Leite e chamou o gaúcho de "meu amigo, jovem, competente". Defendeu ainda que os dois conjuguem "ideias e princípios" em nome de um projeto para o País.

Doria iniciou o discurso em cima do palco, mas ao longo da fala também desceu ao nível da plateia e percorreu o salão onde a plenária era realizada. Ele cumprimentou quadros históricos do PSDB, embora ausentes, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. FHC recentemente elogiou Leite como exemplo de "renovação política".

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Leite tem sido alçado a "concorrente interno" de Doria para a cabeça da chapa que concorrerá à Presidência da República em 2022. Além de FHC, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, também dirigiu afagos públicos a Leite.

"2022 está muito longe, minha gente. Temos o dever de cuidar as coisas na hora certa. Agora não é hora de cuidar de eleição geral, mas de gestão geral", disse Doria neste sábado no congresso do partido.

O governador paulista também reafirmou que defende a realização de prévias municipais, estaduais e no plano federal para que o PSDB decida seus candidatos.

Mais cedo, Leite deixou a porta aberta para as eleições. Ele, que já prometeu não concorrer à reeleição para governador do Rio Grande do Sul, disse que está à disposição do partido.

Na plenária final, Doria encerrou o discurso em clima de festa: com "Tema da Vitória" de trilha sonora e chuva de papel picado prateado. Ele ainda foi sucedido pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo, que acabou falando para um auditório já mais esvaziado.

Apontado como exemplo de "renovação política" dentro do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse neste sábado, 7 que estará em 2022 onde o partido desejar. "Nos bastidores ou no palanque, eu vou dar minha contribuição. Mas no momento, meu foco integral é no governo do Rio Grande do Sul", afirmou no congresso nacional que a legenda realiza hoje em Brasília.

Leite tem sido alçado a "concorrente interno" do governador de São Paulo, João Doria, para a cabeça da chapa que concorrerá à Presidência da República em 2022. O governador gaúcho já foi elogiado como exemplo de "renovação política" pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O presidente do PSDB, Bruno Araújo, também dirigiu afagos públicos a Leite e, em entrevista ao jornal Valor Econômico, disse que Doria não era a única alternativa do partido para as próximas eleições presidenciais.

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"É natural que a gente comece a olhar para o processo eleitoral futuro, 2022. O que eu mais quero colaborar é em construir uma agenda em que eu me veja pessoalmente representado e que eu acho que o PSDB representa: a moderação, a possibilidade de construir políticas sociais com uma política econômica moderna. Acho que isso é possível e eu vou dar minha colaboração, seja nos bastidores, seja de forma mais viva na vitrine onde me posicionarem", disse Leite.

Questionado sobre qual seria essa vitrine, o governador gaúcho disse que pode trabalhar em alguma coordenação ou até "participar ativamente com candidatura". Ao se eleger para o governo do Rio Grande do Sul, Leite prometeu na campanha que não buscaria a reeleição. Ele já foi prefeito da cidade gaúcha de Pelotas, posto para o qual não tentou o segundo mandato.

Leite defendeu a realização de prévias eleitorais para decidir qual será o candidato do partido, sem citar nomes. "É legítimo e importante que se façam prévias (eleitorais). O partido tem que estar aberto à participação de seus filiados", afirmou.

'Agenda conciliadora'

Durante congresso do PSDB, Eduardo Leite defendeu a construção de uma agenda conciliadora. O tucano disse não concordar que o congresso da legenda signifique um aceno à direita. "É possível unir perfil liberal na economia e ser progressista nos costumes", afirmou. "Não há que se escolher entre o Estado ser forte e atuar na vida das pessoas para promoção social ou dar espaço à iniciativa privada. Você pode conjugar (as duas coisas), e é isso que o PSDB representa."

Para ele, um partido político precisa ter disposição para mudanças e para "rever alguns conceitos".

"Não pode agora, que o perfil do eleitorado possa ter ido mais à direta, querer estar mais à direita do que ele está. O PSDB tem que estar onde sempre esteve, moderado, aberto ao diálogo, construindo alternativas. Não é estar no muro, isso não significa ausência de posição. Significa estar com convicção numa posição de moderação" disse.

"Entendo que o Brasil precisa encontrar, para o futuro, a possibilidade de um ambiente político mais sóbrio, mais sereno, que esse acirramento de ânimos em que se procura culpados dentro da nossa própria nação pelos nossos problemas seja compreendido como algo que não leva a lugar nenhum", acrescentou.

O governador gaúcho disse ainda que a atuação do Estado é necessária sobretudo para a inclusão social. "Num país com o abismo social como o Brasil tem, não tem como dizer que o mercado vai se encarregar de tudo, não vai", afirmou.

Leite disse ainda que quer ajudar o governo Jair Bolsonaro a construir uma solução econômica para o País, mesmo que não tenha total convergência com a pauta bolsonarista.

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