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Dois meses após ser derrotado nas prévias do PSDB para a escolha do pré-candidato do partido à Presidência da República, o governador gaúcho Eduardo Leite agora cogita disputar a reeleição no Rio Grande do Sul e até mesmo deixar a legenda para tentar virar presidenciável pelo PSD.

A mudança de discurso foi tornada pública no sábado (12), quando o gaúcho acenou à possibilidade de concorrer ao cargo novamente no Estado para, segundo ele, não deixar a gestão gaúcha "à deriva" de candidaturas que classificou como "populistas". Em evento com militantes do partido, o tucano afirmou que vai participar das eleições como uma "liderança ativa", sem descartar enfaticamente uma eventual disputa pela renovação de seu mandato.

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"Não vou me omitir nesse processo eleitoral. Não sei se será como candidato, mas vou participar como liderança ativa", disse o governador. Durante sua gestão no Palácio Piratini, Leite assumiu o compromisso de não tentar uma recondução ao cargo. No ninho tucano, ele tem recebido apelos para mudar de ideia, dado que uma eventual candidatura ao Planalto pelo partido ficou mais distante após sua derrota nas prévias.

Nesta segunda-feira (14), o gaúcho afirmou que mantém seu posicionamento, mas disse ficar "envaidecido" pelo apelo interno de seu partido para que ele reconsidere a possibilidade. Novamente, o governador não descartou ser candidato. "Me sensibilizam os apelos que têm sido feitos. Se tivermos a condição de passar o bastão, é como eu prefiro (...), mas também tenho a convicção de que não podemos perder a continuidade desse trabalho". As declarações foram feitas à Rádio Bandeirantes.

Ainda sobre o jogo eleitoral deste ano, Leite confirmou que mantém diálogo com o PSD, legenda pela qual é cortejado para disputar a Presidência. Derrotado por João Doria nas prévias do PSDB, migrar para a sigla de Gilberto Kassab seria uma alternativa para reter o plano original de disputar o Executivo federal.

Em entrevista ao Estadão em novembro, Leite sublinhou que não se via deixando o PSDB após a derrota nas prévias. Hoje, o gaúcho disse ter "boas conversas" com Kassab, embora ainda incipientes, e afirmou que tem novos encontros marcados para discutir uma candidatura com o dirigente. "Tem que ser tarefa de todos nós ajudar a construir uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro".

O governador também fez críticas à pré-candidatura de Doria para a Presidência e classificou como "preocupante" o fato de o tucano não estar crescendo nas pesquisas. Leite negou que haja uma conspiração contra o paulista na legenda, mas disse considerar válido questionar a viabilidade eleitoral do escolhido para a disputa. Questionado se a derrota nas prévias é o que motiva sua possível candidatura à reeleição, dado que afastou sua chance de tentar o Planalto, o gaúcho reiterou que ainda não se comprometeu a tentar renovar o mandato, mas, outra vez, não negou a possibilidade.

Diante da pressão para que João Doria desista de ser o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, coordenador da pré-campanha presidencial do paulista, tenta convencer o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, a concorrer à reeleição. Leite perdeu as prévias, mas tucanos que o apoiaram buscam saídas para que Doria não seja o candidato da legenda.

"As prévias tornaram Eduardo um player nacional e um segundo mandato com novas entregas no RS vai tornar ele um presidenciável com excelentes expectativas", disse Araújo, que participou de evento ao lado do governador no diretório gaúcho. Para que o movimento se concretize, Leite teria de ser convencido a ir contra uma bandeira pessoal, a de não disputar o mesmo cargo mais de uma vez, e a ficar no PSDB. Ele passou a ser cortejado abertamente pelo PSD.

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O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), pode ser candidato ao Palácio do Planalto pelo partido, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), decida não entrar na disputa. O gaúcho, que perdeu as prévias tucanas para o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi convidado para se filiar ao PSD.

"Pode ser Eduardo Leite, sim. Ele tem condições, tem pré-requisitos para ser candidato, é jovem, é respeitado, já mostrou que tem vontade de ser presidente da República, tem uma aliança com o PSD em seu Estado, o Rio Grande do Sul", afirmou Kassab nesta quarta-feira, 9, durante evento de filiação do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, ao PSD.

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Segundo o ex-prefeito de São Paulo, há uma expectativa de que o candidato do partido à Presidência tenha "independência" em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "Nós não iremos caminhar com esse governo. Então, o Eduardo, assim como o Rodrigo, tem essa posição", afirmou.

O PSD aposta na candidatura de Pacheco ao Palácio do Planalto, mas, como mostrou o Broadcast Político, o senador avalia desistir da corrida presidencial e focar na eleição para o comando do Senado em fevereiro de 2023.

Durante o evento de filiação de Ramos, Kassab disse que Pacheco tem "cara de presidente da República", mas o senador reiterou que nunca falou em pré-candidatura à Presidência.

"O partido tem a legítima pretensão de eu ser candidato a presidente e fico muito lisonjeado e muito honrado do partido sempre lembrar do meu nome, mas não há uma pré-candidatura formalizada", disse Pacheco no evento de filiação.

De acordo com Kassab, o prazo para que o presidente do Senado tome uma decisão é o fim da janela partidária, no começo de abril. "Eu, pessoalmente, torço muito para que ele aceite esse convite para ser candidato, porque, realmente, ele está à altura da disputa, irá qualificar a disputa e pode vencer as eleições."

Enquanto isso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta atrair o apoio do PSD para sua candidatura à Presidência no primeiro turno. No evento de filiação de Ramos, Kassab disse que se reuniu com o petista na segunda-feira, 7, e evitou descartar uma aliança com o PT já na primeira etapa da eleição.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou que testou negativo para Covid-19 e, por isso, encerrou neste sábado (15) o período de isolamento devido à contaminação pelo vírus. O político já tomou duas doses da vacina e havia testado positivo para a doença na última terça-feira (11).

A quarentena de Leite durou cinco dias. Na última segunda (10), o Ministério da Saúde reduziu o período de isolamento para pessoas assintomáticas ou com sintomas leves. Após testagem RT-PCR ou antígeno com resultado negativo no 5º dia, os pacientes estão liberados para sair do isolamento, como o caso do governador.

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Essa foi a segunda vez que Leite se infectou pelo coronavírus. A primeira havia sido em julho de 2020. Ele utilizou as redes sociais para anunciar que está curado.

"Com teste negativo e cumprido o período sem febre ou sintomas graves, encerro hoje o meu isolamento em função da COVID-19. Obrigado a todos pelas mensagens!", escreveu em sua conta do Twitter.

Em 2022, seis governadores já foram infectados pelo vírus. Além de Eduardo Leite, Flávio Dino (PSB), do Maranhão, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, Ratinho Junior (PSD), do Paraná, Helder Barbalho (MDB), do Pará, e Carlos Moisés (sem partido), de Santa Catarina, testaram positivo para a doença nos primeiros dias do ano.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou em suas redes sociais que testou positivo e contraiu Covid-19 pela segunda vez. Leite fora contaminado no ano passado e se recuperou.

"Já estou isolado e assim permanecerei nos próximos dias, seguindo todas as recomendações médicas", relatou. Ele informou não ter sintomas e que seguirá trabalhando virtualmente.

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"Em virtude de ter testado positivo, a terceira dose da vacina, que eu tomaria essa semana, fica postergada em 4 semanas, conforme a orientação técnica", completou.

Eduardo Leite já estava isolado, após seu namorado, Thalis Bolzan, com quem esteve até ontem, ter testado positivo para a Covid-19.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pré-candidato à presidência da República em 2022, disse que terá um encontro com o ex-juiz Sérgio Moro, que também é presidenciável pelo Podemos. A reunião deverá acontecer após a conclusão da agenda do tucano no exterior, na semana que vem. Também deve agregar à ocasião a presidente nacional do Podemos, Kátia Abreu. Para Doria, o momento é de “diálogo e união”, e serão arranjados encontros com outras lideranças políticas. 

O paulista venceu as prévias e foi escolhido, neste sábado (27), como candidato do PSDB. João Doria angariou 53,99% de aproximadamente 30 mil votos, superando Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, com 44,66% e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus, com 1,35%. 

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Em entrevistas recentes, o governador passou a tratar uma aliança com Moro como “possível”, mas não deu mais detalhes sobre o teor da futura conversa. Doria também negou ter convidado Leite, que foi seu adversário nas prévias, para coordenar a sua campanha. 

O pré-candidato ainda cutucou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), dizendo que não terá um "posto Ipiranga" para liderar a área econômica, se referindo à forma pela qual Jair Bolsonaro (sem partido) chama o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em anúncio recente, disse que terá seis pessoas em sua equipe econômica. "Esse grupo será anunciado até semana que vem", afirmou Doria, confirmando apenas um nome: o do secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles (PSD), que deverá disputar uma cadeira no Senado por Goiás na próxima eleição. Deverão ser três homens e três mulheres, “todos protagonistas”. 

Participaram do evento com a imprensa o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que deve disputar a sucessão de Doria, o presidente estadual do partido, Marco Vinholi, secretário do governador, além de outras lideranças tucanas no estado. Garcia assume o governo paulista a partir de abril do ano que vem para que Doria possa disputar a eleição presidencial. 

Eduardo Leite 

O pré-candidato negou ter feito um convite para que Leite coordenasse sua campanha a presidente. Segundo Doria, o gaúcho não seria uma opção porque seu desejo é ter alguém que esteja em São Paulo. "Fisicamente, ele está no Rio Grande do Sul. Queremos um coordenador que fique próximo do candidato. Não que seja paulista, mas que esteja em São Paulo." Apesar de não contar com Leite para a coordenação, Doria quer o gaúcho na campanha. Segundo o governador, Leite terá "papel de protagonismo na campanha do PSDB". 

 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), descartou neste domingo (21) qualquer rompimento com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Os dois disputam hoje nas prévias do partido uma vaga de pré-candidato ao Palácio do Planalto. "Eu tenho convicção que vamos trabalhar juntos", disse o gaúcho ao Estadão.

Para falar sobre a situação com Doria, Leite usou o exemplo da eleição para o governo gaúcho em 2018, quando ele derrotou o então governador José Ivo Sartori (MDB) no segundo turno. "Dez dias depois estávamos juntos, sentados na sede do MDB convidando para entrar no governo, o MDB entrou no governo e participa desde o primeiro dia nos ajudando a governar", afirmou.

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"Se nós conseguimos sentar com o adversário de outro partido para fazer composição, não vai ser dentro do partido que vai deixar de haver composição para poder ter um partido unido para ganhar as eleições", completou.

Apesar do discurso do governador, o processo de escolha do pré-candidato do PSDB expôs a divisão no partido. Doria e Leite trocaram acusações durante a campanha e houve denúncias de que o aplicativo de votação a ser usado no domingo permite fraudes.

O gaúcho tem o apoio de nomes experientes da legenda, como o senador Tasso Jereissati (CE) e o deputado Aécio Neves (MG). Doria, por sua vez, recebeu o aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador licenciado José Serra (SP).

Os governadores polarizam a disputa interna. O ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio também concorre, mas sem chances de vencer. Ele, inclusive, declarou hoje que sua candidatura foi só para marcar posição e ter palanque para falar de pautas que julga importantes. "Cabe ao escolhido de hoje demonstrar maturidade, liderança, no sentido de ter capacidade para construir e lamber as feridas internas, unir o partido e o campo do centro", afirmou o presidente do PSDB, Bruno Araújo.

Os dois principais candidatos nas prévias do PSDB para escolher o candidato da sigla à presidência da República, os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, chegaram há pouco no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, onde neste domingo acontece a votação presencial da disputa interna.

Doria e Leite têm torcidas organizadas e uniformizadas no evento, que, com bandeiras e adesivos, entoam "gritos de guerra".

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Primeiro a comparecer, o gaúcho reafirmou sua confiança na vitória para "retirar o País da polarização" entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. "Vamos unir o PSDB e depois vamos unir o Brasil", disse a jornalistas.

Acompanhado pelo vice-governador Rodrigo Garcia, pela deputada federal Joice Hasselmann e pelo senador Izalci Lucas, Doria garantiu que a legenda está unida "e permanecerá". Ele também voltou a pedir votos aos filiados. "Não desista, seu voto vale muito".

Joice afirmou que Doria é o melhor candidato para "tirar Bolso-Lula" do poder.

Em uma nova pesquisa da Genial Investimentos em parceria com a Quaest Consultoria (Genial/Quaest), divulgada nesta quarta-feira (10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparecem à frente na corrida presidencial de 2022, no primeiro e segundo lugar, respectivamente, com uma diferença de 27% pontos percentuais entre ambos. Lula surge em primeiro lugar, com 48% das intenções de voto, e Bolsonaro em seguida, com 21%.

Eles são seguidos pelo ex-ministro Sergio Moro (sem partido), com 8%; pelo ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 6%; pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), com 2%; e pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com 1%. Felipe d’Avila (Novo) não pontuou. Os votos brancos e nulos somaram 10%, e 4% dos eleitores se declararam indecisos.

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No segundo cenário os resultados são próximos. Sai João Doria e entra o governador gaúcho Eduardo Leite, outra opção tucana para o ano que vem. Novamente, Lula lidera as intenções de voto do primeiro turno com 47%, seguido por 21% de Bolsonaro. Em seguida, aparecem Sergio Moro (8%); Ciro Gomes (7%); Rodrigo Pacheco (1%) e Eduardo Leite (1%). Felipe d’Avila não pontuou. Os votos brancos e nulos somaram 10%, e 4% dos eleitores se declararam indecisos.

A pesquisa também mostra que o petista lidera as intenções de voto em todas as regiões do país, mas a distância de Lula para Bolsonaro é maior na região Nordeste (47 pontos percentuais) e mais apertada no Centro-Oeste (8 pontos percentuais).

Avaliação negativa do governo sobe em todas as regiões

Ainda de acordo com a pesquisa, o presidente Jair Bolsonaro segue enfrentando más avaliações em todas as regiões do país. No gráfico, a Genial/Quaest mapeou avaliações de julho a novembro deste ano, e dentro desses quatro meses, as respostas do item “negativo” subiram. No Centro-Oeste, a avaliação negativa do presidente, em julho, era de 43 pontos, mas em novembro subiu para 54. No Nordeste, região onde predomina o lulopetismo, a avaliação negativa era de 54 pontos há quatro meses, mas agora é de 60.

No Norte, as avaliações negativas de julho marcaram 44 pontos e em novembro, 69. No Sudeste, a avaliação negativa era de 42 pontos e subiu para 54. Por último, na região Sul, onde o presidente Jair Bolsonaro é popular e ganhou majoritariamente nas eleições de 2018, a rejeição subiu de 34, em julho, para 54 em novembro, sendo o maior crescimento da rejeição em todas as regiões.

O PSDB Pernambuco iniciou nesta quinta-feira,21, uma campanha nas redes sociais do partido com orientações sobre as prévias que vão definir, no dia 21 de novembro, o candidato tucano à presidência do Brasil. Os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, João Dória, de São Paulo, e o ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio disputam as primárias.

“As prévias representam um processo transparente e uma grande demonstração de democracia interna. Os nossos filiados têm voz e votos garantidos nas nossas decisões”, reforça a presidente do PSDB Pernambuco, Raquel Lyra.

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Os filiados eleitores têm até 14 de novembro para realizar o cadastro no app Prévias PSDB, disponível no Google Play e na App Store. É necessário informar o número do título de eleitor e enviar a foto de um documento de identificação.

*Da assessoria

 

Em campanha pelas prévias do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, citou neste domingo (17) em Santo André (SP), o slogan adotado por João Doria em 2018 para afirmar que se negar a participar de debate e lançar dúvidas sobre a forma de votação, digital, "é coisa de bolsonarismo".

"Negar a participação em debate e lançar suspeitas sobre a forma de votação é coisa do bolsonarismo. Espero que não volte o 'BolsoDoria'. Espero que a gente tenha uma atitude de PSDB, que preza pelos debates, pelo diálogo, pela construção de convergência", disse o governador gaúcho.

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O slogan foi adotado por Doria nas campanhas de 2018 como forma de atrair o eleitorado do então candidato à presidência da República. O elo, no entanto, se desfez no ano seguinte ao pleito.

Leite esteve em um encontro com apoiadores em Santo André na manhã deste domingo e fez o comentário após ser questionado sobre as dúvidas do adversário a respeito do método de votação das prévias, que é digital, e por, antes, se negar a participar de um debate entre os pré-candidatos que ocorrerá na próxima terça-feira, 19. Doria recuou e aceitou o convite no sábado (16). O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, o terceiro concorrente na disputa, também participará da conversa. Como mostrou o Estadão, Doria tem tentado se aproximar de Virgílio.

Os dois governadores são os principais candidatos do partido à corrida presidencial em 2022 e vêm elevando o tom da disputa pelos votos nas prévias. O principal campo de disputa, agora, é o Estado de São Paulo, que concentra a maior parte dos votos tucanos.

O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, reprovou a fala no Twitter. "Leite vem a SP e ataca Doria mais uma vez. Diálogo na teoria, agressão na prática. É momento de termos um candidato para unir o partido e o país, não para dividir", escreveu ele na tarde deste domingo. Doria, por sua vez, não comentou as falas.

Leite concentrou as suas atividades deste final de semana em Santo André e, à tarde, em São Paulo. Já Doria esteve em São José do Rio Preto no sábado e em Santos no domingo. O governador paulista foi acompanhado do vice, Rodrigo Garcia.

Na cidade do interior, divulgou um manifesto que recebeu da Associação Paulista de Municípios que contabiliza o apoio de 350 prefeitos e vice-prefeitos à sua pré-candidatura.

O vencedor das prévias será escolhido da seguinte forma: quatro grupos vão votar no dia 21 de novembro - filiados; prefeitos e vice-prefeitos; vereadores, deputados estaduais e distritais; governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional, deputados federais e senadores. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.

Depois de receber o apoio do senador Tasso Jereissati (CE), que desistiu das prévias do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tenta montar uma "frente" contra seu principal adversário na disputa interna, o governador de São Paulo, João Doria. Nas últimas semanas, Leite buscou o apoio de prefeitos paulistas para reduzir o favoritismo de Doria no Estado, principal colégio eleitoral tucano e também do País, na corrida para 2022.

O prefeito de Santo André, Paulo Serra, assumiu a coordenação da pré-campanha de Leite em São Paulo. Na semana passada, Serra organizou um ato com Leite em São José dos Campos, onde o prefeito, Felício Ramuth, é apontado como aliado estratégico do governador gaúcho. Participaram do encontro as principais lideranças do PSDB no Vale do Paraíba.

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"O apoio ao Eduardo Leite tem crescido no Estado (de São Paulo) e muitos diretórios se abriram para conhecer as propostas dele. O Eduardo é mais competitivo e tem mais viabilidade de diálogo com outros partidos", disse Serra ao Estadão. O prefeito de Santo André afirmou que está organizando visitas de Leite às 11 regiões administrativas de São Paulo nos próximos 50 dias.

O Estado de São Paulo é governado pelos tucanos há quase 30 anos, e a sigla contabiliza 241 prefeitos e 99 vices do partido - são, portanto, 340 votos na eleição interna que vai definir o candidato à Presidência da República. No Rio Grande do Sul, o PSDB tem 31 prefeitos e 31 vices.

Esses números dão, em tese, vantagem a Doria. Pelo formato estabelecido pela executiva, o vencedor das prévias será escolhido da seguinte forma: quatro grupos vão votar no dia 21 de novembro - (1) filiados; (2) prefeitos e vice-prefeitos; (3) vereadores, deputados estaduais e distritais; (4) governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional, deputados federais e senadores. Cada um desses grupos tem peso de 25% no total dos votos.

Leite já fez três viagens oficiais a São Paulo para encontrar a militância do partido. Doria ainda não foi ao Rio Grande do Sul na campanha das prévias.

Em uma dessas visitas, Leite se reuniu na Câmara Municipal de São Paulo com o líder do PSDB na Casa, vereador Reginaldo Tripoli, que declarou apoio a ele, o que causou desconforto com os demais sete vereadores do partido que estão fechados com Doria. "Leite é um cara plural e não está a fim de bater em ninguém. Ele tem uma disposição para o diálogo que não vejo no Doria", disse o vereador ao Estadão.

O prefeito de São José dos Campos disse que ainda não decidiu se vai apoiar Leite ou Doria - há ainda um terceiro candidato nas prévias tucanas, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio. "Tenho um pé no muro com o Doria, outro com Leite e ainda vou tomar a decisão de ficar ou sair do PSDB. Nosso diretório é orgânico e vai tomar as decisões certas na hora certa", afirmou Ramuth.

Após organizar o ato com o governador gaúcho em sua cidade, Ramuth almoçou com Doria no Palácio dos Bandeirantes, na quarta-feira passada. De acordo com ele, a decisão será tomada em conjunto com o deputado federal Eduardo Cury e o vice-prefeito da cidade.

Em outra frente, dois ex-presidentes do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias e Antonio Carlos Pannunzio, também anunciaram apoio ao governador do Rio Grande do Sul nas prévias. Ambos são ligados ao ex-governador Geraldo Alckmin, que está de saída do partido.

‘Caso isolado’

 

O presidente do PSDB paulista e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, minimizou o apoio recebido pelo gaúcho em São Paulo. "Eles (Leite e Arthur Virgílio) são bem-vindos, mas, juntos, não somam nem 100 votos em um universo de 300 mil", afirmou. Para o presidente do diretório municipal do PSDB de São Paulo, Fernando Alfredo, o apoio de Tripoli a Leite é um "caso isolado". "Não representa a opinião da quase totalidade do diretório municipal do PSDB paulistano."

No Rio Grande do Sul, a principal aliada de Doria é a ex-governadora Yeda Crusius, que preside o PSDB Mulher e organizou um evento com centenas de tucanas em apoio ao governador paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto disse que Eduardo Leite (PSDB-RS) é mais agregador que João Doria (PSDB-SP). A fala aconteceu em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta sexta-feira (1º), no contexto de avaliação do melhor nome para a chamada “terceira via”, na qual os governadores disputam o direito de representar o partido tucano nas eleições de 2022.

Embora tenha enfatizado que as primárias tucanas são soberanas, Neto destacou que precisava “externar sua simpatia” por Leite, a quem avalia como “um nome mais agregador, que permite uma construção política mais ampla''. Já sobre Doria, o ex-prefeito de Salvador declarou que o paulista dá “sinais de que quer ser candidato a presidente de qualquer jeito”.

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"Caso se pretenda viabilizar um projeto maior, é preciso ter uma visão coletiva e não individual. Precisa ser um projeto de uma construção mais ampla, como é o de Leite", opinou ACM Neto. A declaração acontece em meio às intensas articulações da direita em busca de um nome para disputar o cargo de chefe do Executivo no ano que vem.

Além disso, ao que tudo indica, a fusão do DEM com o PSL, partido que elegeu o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve acontecer até o final deste ano. Nomes como o do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (sem partido), Luís Henrique Mandetta (DEM), ex-titular da Saúde, da senadora Simone Tebet (MDB) e do apresentador José Luis Datena (PSL) também são cotados para a disputa.

A pesquisa Poder Data divulgada nesta última quarta-feira (30), mostra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) perderia no 2º turno para o ex-presidente Lula (PT), o governador de São Paulo João Dória (PSDB), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB). 

No primeiro turno, o ex-presidente Lula segue na liderança pela corrida ao Palácio do Planalto em 2022. Lula oscilou três pontos percentuais para cima em um mês e agora marca 40% das intenções de voto. Com alta de dois pontos percentuais em relação ao último levantamento do Poder Data, Bolsonaro aparece em segundo lugar, com 30%.

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Empatados dentro da margem de erro, em terceiro lugar aparecem Ciro Gomes (5%), o apresentador José Luiz Datena (4%), o ex-ministro Henrique Mandetta (4%) e Dória (3%).

O levantamento confirma que Lula se sai melhor entre as mulheres, com 42% das intenções de voto no grupo, entre as pessoas de 45 a 59 anos (47%) e moradores das regiões Nordeste (51%) e Sudeste (43%).

Já Bolsonaro tem mais vantagens entre os homens (41%), e com as pessoas a partir dos 60 anos (34%) - além dos moradores da região Sul (47%). 

A pesquisa foi realizada do dia 27 a 29 de setembro deste ano. Foram ouvidas 2.500 pessoas, de 451 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ex-presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) formalizou nesta terça-feira (28) seu apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, nas prévias presidenciais do partido. Tasso retirou sua candidatura da disputa tucana e, agora, tenta atrair o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o governador gaúcho. FHC já anunciou publicamente seu apoio ao governador de São Paulo, João Doria, mas Tasso e Leite vão visitar o ex-presidente nesta quarta, 29, para tentar reverter o voto.

"Desde o começo desse partido, FHC vota comigo e eu voto com ele. Agora, não vai ser diferente", afirmou Tasso. "Faremos uma visita amanhã (hoje) ao presidente FHC em São Paulo. Sei que, no mínimo, ele está torcendo pela nossa caminhada", declarou o senador.

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A aliança entre Leite e Tasso já estava sendo desenhada nas últimas semanas. Tasso vinha indicando que preferia apoiar alguma candidatura com quem se sentisse afinado a enfrentar diretamente a busca interna por votos. "Eu vi no Eduardo um dinamismo, uma juventude e uma força de vontade que depois dos 70 anos a gente procura ter, mas não tem mais", disse.

Para Tasso, o momento político do País exige que o partido se posicione politicamente de maneira muito clara. "O Brasil está numa rota de naufrágio em todos os sentidos. Todos os nossos valores se deterioraram", criticou o senador.

Na cerimônia que sacramentou a aliança com Tasso, Leite reafirmou sua disposição de trabalhar para a criação de uma agenda de transformação do Brasil em vez de manter o clima de divisão e polarização. "A minha candidatura não é um terceiro polo de radicalização", disse o governador gaúcho.

Leite avaliou que, embora as pesquisas indiquem uma polarização da disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, há muito terreno para que uma terceira via possa crescer. "Muito se fala na polarização de votos, mas pouco se fala na polarização de rejeição de Lula e Bolsonaro. Ambos são amplamente rejeitados pela população. E isso abre um caminho imenso para uma nova candidatura." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deu entrevista ao podcast “No Flow” e revelou como lidou com a descoberta da sua homossexualidade e as críticas que não só ele recebe, como seu namorado, Thalis Bolzan, além de como trabalha as questões LGBTQIA+ no seu governo. “Agenda da igualdade”, afirma em trecho.

Após entrevista recente a Pedro Bial em seu programa, Eduardo Leite disse ter recebido diversas críticas por ter falado publicamente sobre sua homossexualidade, mas também ter se sentido acolhido por muitos. "Falar publicamente sobre isso toca a vida das pessoas, me senti acolhido e pude oferecer acolhimento também. Recebi mensagens de gente que ficou mais à vontade para falar sobre o assunto com sua própria família”, revelou.

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O governador aproveitou também para falar sobre as críticas que recebe por não levantar a bandeira LGBTQIA+ constantemente durante seu governo. “Acredito que nem todo gay precisa ser ativista. Não devo ignorar os temas, claro. Evidente que devem combater o preconceito, evidente que devem fazer enfrentamento desses temas. Mas não necessariamente será a causa da vida da pessoa. É bom e importante que existam os ativistas. Disseram que eu não teria agenda LGBT no governo. Não é absolutamente verdade. A agenda está e estará presente, mas não é uma agenda do LGBT, é uma agenda da igualdade”, declarou.

Eduardo Leite revelou ter namorado por quatro anos uma mulher antes de se descobrir homossexual aos 25 anos de idade. “Estava apaixonado, tinha prazer com ela, foi uma grande paixão. Aquele sentimento que tive me pareceu ter sido uma fase. Mas fiquei com um cara quando eu tinha 25 anos. Eu já era vereador quando aceitei isso na minha cabeça, de que era gay", explicou.

Perguntado se hoje ficaria com uma mulher, Eduardo Leite foi taxativo na sua orientação sexual. "Não sou bi, sou gay. Não ficaria com uma mulher porque estou comprometido e apaixonado. Aliás, estamos comemorando um ano de namoro", concluiu.

Presidência

Perguntado se tinha vontade de ser presidente, o governador do Rio Grande do Sul respondeu que é uma aspiração natural para o futuro, mas fez ressalvas. “Política não pode ser feita só pelo desejo pessoal, ainda mais Presidente da República e ainda mais nesse momento que o Brasil vem vivendo. Aspiração, desejo é importante, mas não estou na política pelo que a política pode fazer para mim, estou pelo que ela pode fazer pelos outros”, informou.

 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, lançou nesta terça-feira, 21, em Brasília, sua campanha para as prévias presidenciais do PSDB pregando a construção de um modelo de pacificação política do País. Apesar disso, o governador gaúcho manteve suas críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lideram as pesquisas.

"Não sou candidato a mito ou a salvador da pátria. Sou candidato a liderar a enorme potencialidade deste País, com sua gente e suas inúmeras riquezas, para que ele volte a ser aquilo que todos nós, em nossos corações, sabemos que ele pode ser", afirmou Leite na "Carta Aberta" durante evento em Brasília.

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Para Leite, a má condução política feita pelo PT, "especialmente pelo ex-presidente Lula", teria permitido espaço para que Bolsonaro ascendesse politicamente. "A verdade é que, na minha análise, Bolsonaro é também resultado de uma política feita pelo PT", disse.

"Especialmente pelo ex-presidente Lula, que sempre discursou sobre ‘nunca antes na história desse País’", que só eles eram donos da moralidade e nós vimos depois os lamentáveis casos de corrupção que aconteceram sob aquele governo, e que o Brasil tinha começado com o governo do PT. E com isso ofendeu boa parte dos brasileiros, machucou boa parte dos brasileiros, gerando um terreno fértil para que surgisse Bolsonaro. Bolsonaro é o resultado de uma política feita com divisão pelo próprio Partido dos Trabalhadores", criticou.

Na véspera, o governador de São Paulo, João Doria - que também concorre nas prévias - afirmou que seu tom de campanha será "predominantemente antipetista". Mesmo com as críticas feitas a Lula e Bolsonaro, Leite disse defender um modelo propositivo para o Brasil. "É hora de superar a política do ‘uns contra os outros’ e partir para o todos contra os problemas do Brasil", afirmou. "O Brasil precisa de alternativas novas. Está na hora de olhar para o futuro com olhos de futuro. Não é sobre o País que está aí e nem sobre o País que já foi, e sim sobre o Brasil que podemos ser. Um País que os jovens se orgulhem e não queiram ir embora. E onde os mais velhos tenham confiança que irão ver o Brasil dar certo", acrescentou o governador.

O político tucano falou que não quer ser presidente "para brigar com Lula ou Bolsonaro". "Para fazer este País, um presidente tem de ser presidente de todos: dos que pensam e dos que não pensam como você. Estamos precisando de paz, de união, de distensionamento e de coragem. Não desejo ser presidente para brigar com Lula ou Bolsonaro, mas sim para brigar pelos brasileiros contra os enormes problemas que nosso país tem. Eles, os problemas, é que são meus inimigos", disse.

Por conta disso, Leite defendeu que seja feita cada vez mais política para solucionar os problemas do País. "Se eu tivesse que reduzir tudo em três grandes lutas, elas seriam: combater as desigualdades, crescimento com foco no aumento de produtividade e sustentabilidade e diversidade, com respeito a todas as diferenças. É na soma, e não na divisão, que iremos mudar o Brasil. O Brasil precisa de mais política e não menos. Política com ‘P’ maiúsculo, que dialoga para erguer pontes e construir consensos estratégicos. Não se faz reformas e avanços sem política", reforçou.

Mesmo com as pesquisas indicando uma polarização entre Lula e Bolsonaro, Leite entende que esse quadro é possível de ser alterado por uma outra candidatura.

"Muito se fala da polarização da intenção de votos e pouco se fala da mesma polarização na rejeição. A população rejeita fortemente os dois caminhos que são mais conhecidos. Nesse momento, a população não está preocupada com a eleição porque está a um ano da eleição. A preocupação da população é se a vacina vai chegar nos seus filhos, se vai conseguir manter o emprego que tem, se vai conseguir o emprego que está procurando por conta do desemprego não ceder. Se a inflação vai permitir que essa pessoa compre comida ou não. Carne para colocar na mesa. Essas são as preocupações imediatas da população e não a eleição. Eu fui candidato a prefeito e a quatro meses da eleição eu tinha 8, 9% e terminei o primeiro turno em primeiro lugar com 40% dos votos. Para governador foi a mesma coisa. Tenho absoluta certeza que o segundo turno do ano que vem não será entre Lula e Bolsonaro", previu.

Na disputa interna pela vaga do PSDB na corrida presidencial, Leite tem como principal adversário o governador João Doria. Outros dois candidatos inscritos nas prévias, o senador Tasso Jereissati, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio então participando mais com o objetivo de fomentar o debate interno do PSDB.

Para fortalecer o lançamento de sua candidatura, o governador gaúcho se apresentou acompanhado por representantes de alguns diretórios estaduais que o apoiam, como Minas Gerais, Bahia e Amapá, por exemplo. Estavam presentes, entre outros, o líder do PSDB na Câmara, Rodrigo de Castro (MG), e os deputados federais Adolfo Viana (BA), Luiz Carlos Gomes (AP), Lucas Redecker (RS) e Daniel Trzeciak (RS), além dos prefeitos Hildon Chaves (Porto Velho) e Paulo Serra (Santo André).

As prévias tucanas começam amanhã com o governador de São Paulo João Doria à frente de seu principal adversário interno, o colega gaúcho Eduardo Leite. A vantagem se dá pelos apoios já anunciados ao paulista em viagens feitas pelo País nos últimos meses. Até aqui, Doria soma, em tese, um terço do eleitorado do PSDB. Outros 10% fecharam com Leite - o restante segue em aberto, assim como a disputa interna, que promete ser acirrada.

Pelo calendário definido pela executiva nacional, os postulantes a presidenciável em 2022 terão pela frente dois meses de campanha - o primeiro turno está marcado para 20 de novembro. Além de Doria e Leite, a expectativa é de que o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio também se inscrevam, mesmo sem disposição real para seguirem até o fim.

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Após conquistar os diretórios de São Paulo, Paraná, Acre e Pará, Doria espera anunciar o apoio dos tucanos do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo. Juntos, esses seis Estados somam 467 mil filiados, ou 35% do total. Já Leite fechou com Minas Gerais, que, sozinho, detém um décimo dos votos.

O resultado final, porém, não será uma soma simples. Por decisão da executiva nacional, os votos dos filiados com mandatos, como prefeitos e deputados, terão mais peso na decisão, o que força os candidatos a negociarem com as bancadas federais, estaduais e municipais.

O PSDB tem hoje três governadores, sete senadores, 33 deputados federais, 720 estaduais e distritais, 520 prefeitos e 4.377 vereadores. Os ex-presidentes nacionais também votam, assim como Fernando Henrique Cardoso, atual presidente de honra, que fechou com Doria.

Estilos. De perfil mais discreto e menos crítico a Jair Bolsonaro, Leite tem, ao menos por enquanto, mais aliados no Congresso. Dos sete senadores, dois são considerados bolsonaristas - Roberto Rocha (MA) e Rodrigo Cunha (AL) - e, por isso, mais avessos a Doria.

Entre os demais, apenas Izalci Lucas (DF) declarou apoio ao paulista. Ele receberá Doria em almoço após o ato de inscrição, amanhã, em Brasília. Se Tasso desistir, a tendência é que apoie Leite e leve com ele os votos de Plínio Valério (AM) e Mara Gabrilli (SP). José Aníbal, suplente em exercício de José Serra (SP) no Senado, estaria neutro.

Para conquistar tucanos com mais peso nas prévias, Doria e Leite têm rodado o País. O paulista já esteve em dez Estados, enquanto o gaúcho visitou 12. Tasso e Virgílio, contudo, não lançaram mão dessa estratégia.

Ainda que atrás de Doria no momento, Leite tem menos rejeição dentro e fora do partido, o que o coloca, segundo aliados, com chances reais de crescimento. Prefeitos tucanos de Santa Catarina, por exemplo, foram até o gaúcho para incentivá-lo. O Estado é considerado o mais bolsonarista do País.

Dois ex-presidentes do PSDB-SP oficializaram apoio a Leite - Antonio Carlos Pannunzio e Pedro Tobias, este ligado ao ex-governador Geraldo Alckmin, que cogita migrar para o PSD após Doria avisá-lo que não teria legenda para disputar mais uma vez o Bandeirantes.

Após obter o aval do PSDB mineiro, comandado pelo deputado Aécio Neves, desafeto público de Doria, Leite avança para ter o apoio de Tasso, que desistiria da disputa e ajudaria a convencer o diretório cearense a seguir sua decisão. Já Virgílio, se abrir mão, tende a ir com Doria.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador do Rio Grande do Sul e pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Eduardo Leite, reforçou o coro de críticas ao presidente Jair Bolsonaro neste 7 de setembro. Para o presidenciável, foi um erro colocar Bolsonaro no poder, e "está cada vez mais claro que é um erro mantê-lo lá".

Na publicação em suas redes, o governador gaúcho destacou que entre as preocupações de Bolsonaro deveria estar a resolução de questões como o desemprego, a inflação, o desmatamento da Amazônia, além da pandemia da covid-19 no País. "Esses deveriam ser os inimigos do PR do Brasil, e não outros brasileiros", pontuou.

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O governador finalizou sua publicação afirmando que as cores da bandeira do País, o verde e o amarelo, amplamente usadas pelos apoiadores do presidente nas manifestações pró governo "não têm dono". "Iremos defender os brasileiros e a democracia que ele ataca", finaliza.

Em 2018, Leite chegou a declarar voto a Bolsonaro, mas, após decidir entrar na disputa para a cadeira presidencial, o governador declarou que a posição foi um "erro" que deve ser analisado para não se repetir no futuro.

Neste feriado acontecem, em todo o País, manifestações pró-governo convocadas pelo próprio presidente Bolsonaro. Em suas falas, o chefe do Executivo tem mirado principalmente representantes do poder Judiciário, aos quais acusa de não estarem jogando "nas quatro linhas da Constituição".

Atrás de apoio do PSDB para superar João Doria e ser escolhido como o candidato do partido à Presidência, após anunciar a homossexualidade, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que o Brasil está preparado para ter o primeiro presidente assumidamente gay.

Na tentativa de despontar como o representante da 'terceira via', Leite disse ao Exame que um eventual segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022 seria "uma tragédia, que deve ser evitada".

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Apesar ter votado em Bolsonaro em 2018, ele sugere que não apoiou o atual presidente e se mostrou frustrado com a atuação do Planalto. "Eu me arrependo porque eu tinha uma expectativa de que pelo menos pudesse ser algo de diferente na presidência da República", lamentou.

O gestor se prende ao alto índice de rejeição dos concorrentes para progredir com as articulações que podem lhe render a faixa presidencial. "Os sentimentos que se expressam nas pesquisas me deixam muito convicto de que não vai ter segundo turno entre Lula e Bolsonaro'", projetou.

Brasil preparado para combater o preconceito

Após assumir namoro com o pediatra Thalis Bolzan, há cerca de dois meses, o governador gaúcho comentou sobre a importância de combater o preconceito de gênero. "Me perguntam se o Brasil está preparado para ter um presidente gay, e eu acho que sim. Eu fui prefeito sem falar sobre assunto, mas sem negar. Fui eleito governador sem falar, mas também sem negar", apontou.

"Acho que o Brasil deve aprender que isso não importa. Mas no momento em que há agressões, em que há ataques, e tendo conquistado a posição que conquistei, se tornou relevante falar a respeito. Eu já tinha tomado a decisão de falar, tinha conversado com o meu namorado, que antes do final do mandato para que ele se preparasse", analisou.

Compra de votos no PSDB

Antes de pensar na disputa pelo Executivo nacional, Leite ainda precisa vencer o governador de São Paulo, João Doria, dentro do partido. "Eu tenho muita confiança de que vamos ganhar as prévias do PSDB, se elas forem feitas de uma forma limpa. Há denúncias de uma tentativa de interferências econômicas para votos dentro do partido, e que precisa ser apurado", reclamou.

Caso seja derrotado no pleito interno, Eduardo Leite garantiu que não vai se eleger para uma vaga no Congresso como deputado ou senador. "Se não for candidato a presidente da República, pretendo concluir meu mandato como governador. Nem deverei concorrer a outro cargo porque exigiria a renúncia do mandato lá no início de abril e não faz sentido para mim no ano, que virá a ser o melhor do governo. Vou tomar o meu caminho em qualquer outro rumo, com tranquilidade”, alertou.

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