Tópicos | Exoneração

O prefeito de Igarassu, Mario Ricardo (PTB), decidiu exonerar 17 secretários para enxugar as contas públicas. Apesar de ainda não ter se pronunciado sobre o caso, o petebista pretende ficar em dias com a Lei de Responsabilidade Fiscal e começar o ano de 2015 com as contas do município estabilizadas. 

De acordo com a assessoria de Imprensa do município, em breve o prefeito encaminhará nota com os detalhes da ação. Porém, a assessoria adiantou que um grupo de trabalho irá estudar uma reforma administrativa em Igarassu. 

##RECOMENDA##

Quase 50% da receita municipal é repassada ao pagamento dos servidores. “Vamos ter que fazer uma redução de quadros. Montamos um grupo de trabalho para analisar cada secretaria. Não podemos fazer investimentos na cidade e em obras se não nos adequarmos”, pontuou Mario Ricardo, em entrevista a um jornal local. 

A exoneração de Marta Suplicy do comando do Ministério da Cuiltura foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (13). O decreto é assinado pelo presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB). A ex-ministra a partir de agora retoma a vaga dela no Senado, onde representa o Estado de São Paulo na bancada petista.

Para substituir Suplicy, interinamente, foi nomeada a secretária executiva da pasta, Ana Cristina da Cunha Wanzeler. Ela acumulará as duas funções até a reforma ministerial da presidente Dilma Rousseff (PT). 

##RECOMENDA##

Marta Suplicy pediu demissão do cargo que ocupava no Executivo Nacional na última terça-feira (11). Ela foi a primeira de uma série de ministros que devem colocar a vaga à disposição da presidente antes do fim do mandato. A demissão em massa, segundo eles, é para deixar Dilma à vontade na composição do novo governo.

Na carta de demissão, Suplicy cobra para o novo mandato de Dilma Rousseff uma equipe econômica "independente", que "resgate a confiança e credibilidade" do governo. As críticas da ex-ministra foram recebidas com surpresa no Palácio do Planalto. A presidente foi informada do teor do texto quando seguia de Brasília para o Catar.

O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, confirmou na manhã desta sexta-feira, 7, a exoneração do coronel José Luis Castro e o nome do novo comandante da Polícia Militar: coronel Alberto Pinheiro Neto, que já chefiou o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e estava na reserva, responsável pela segurança da TV Globo. O novo comandante, entretanto, assumirá somente em 2 de janeiro; até lá, o cargo será ocupado interinamente pelo coronel Ibis Silva Pereira, que ocupava o cargo de diretor de ensino da corporação.

Curiosamente, o comandante interino (formado em direito e filosofia) é um crítico do que define como "Bopelatria", a idolatria iniciada após o filme "Tropa de Elite" (2007) de jovens pelo mesmo Bope que já foi comandado por Pinheiro Neto. O novo comandante, segundo Beltrame, ainda tem questões pessoais (inclusive de saúde, terá uma cirurgia pela frente) a resolver, por isso só assumirá em 2015. Já fora da ativa e trabalhando para a Globo, ele havia entrado com pedido de aposentadoria, ainda não analisado.

##RECOMENDA##

Apesar de justificar a saída de José Luis Castro pelo "momento de renovação" com a formação de um "novo" governo a partir da reeleição de Luiz Fernando Pezão (PMDB), o secretário de segurança reconheceu que as recentes crises na PM contribuíram para a queda do coronel. "Esses episódios que aconteceram mexem, sim, estremecem o comando. Mas a troca se deu porque temos esse momento de virada e acho que precisamos avançar", disse Beltrame. A ideia de "virada" não vale, entretanto, para a chefia de Polícia Civil, que continuará ocupada pelo delegado Fernando Veloso.

Foram quatro os "episódios" recentes que abalaram o comando da Polícia Militar: além dos dois grandes esquemas de corrupção dentro da corporação descobertos pela subsecretaria de Inteligência e o Ministério Público do Rio (um deles levou à prisão do então chefe do Comando de Operações Especiais, Alexandre Fontenelle, indicado ao cargo por José Luis Castro), o caso do roubo de 29 armas dentro do prédio do Batalhão de Choque e também as denúncias de corrupção na compra de materiais e roupa no hospital da PM em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Embora reconheça a influência dos casos na exoneração de José Luis Castro, Beltrame reafirmou que não há provas até o momento que liguem o agora ex-comandante a qualquer um dos esquemas de corrupção. O gaúcho disse que a subsecretaria de Inteligência segue investigando possíveis casos de corrupção da PM e "quem mais tiver de sair, vai sair".

O secretário estadual de Segurança também afirmou que não há previsão de implantação de novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) a "curto prazo" (ao menos até o fim do ano, mas nenhuma será inaugurada) e que o projeto está passando por uma análise profunda. Apesar dos crescentes casos de tiroteios e mortes de PMs, moradores e suspeitos em comunidades "pacificadas", Beltrame negou que as UPPs estejam em crise. "Crise existia antes, no tempo em que você não podia ir lá (no Alemão)", disse. "Claro que temos problemas, mas são essas coisas que nos levam a fazer esse diagnóstico".

Na manhã desta quinta-feira (2), o ex-secretário-executivo de Ressocialização, Romero Ribeiro, convocou uma coletiva de imprensa na sede da Secretaria Estadual de Ressocialização (Seres) para falar sobre a sua exoneração do cargo de secretário-executivo. O desligamento ocorre após denúncia, noticiada pelo Jornal do Commercio, de que detenta de prisão domiciliar teria participado da campanha de sua esposa para a Câmara Municipal de Olinda em 2012, além de sair com frequência dos perímetros permitidos pela pena. A vereadora e esposa de Romero, Mônica Ribeiro, também participou da coletiva, na qual eles leram suas cartas de esclarecimento, mas não abriram espaço para perguntas.

A primeira a discursar foi a vereadora Mônica Ribeira. Bastante enérgica, ela disse que não conhecia a acusada e ex-presidente do Sindicato dos Taxistas de Olinda, Elide Silva, que cumpre pena desde 2012. Segundo Mônica, ela tira fotos com todo mundo, se referindo as imagens em que aparece acompanhada do marido e de Elide e que foram usadas na denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

##RECOMENDA##

Mônica disse ainda que devido ao marido estar com carreira política crescente ao lado dela, estaria causando inveja e perseguição, e que esta situação seria uma cilada orquestrada. “Os bons incomodam, principalmente quando não são submissos”, disse ela. “E quando são independentes, são exonerados. E quando bem na política, são perseguidos ou mortos”, completou.

Romero Ribeiro deixou claro no pronunciamento que seu trabalho recebia o apoio do ex-governador Eduardo Campos – chegando até a mostrar para os presentes uma foto tirada ao lado do político no início de agosto. “Continuarei tirando fotos, sem descriminar ninguém, principalmente com reeducandos e ex-reeducandos, como prevê nossa Constituição, e que se teve uma pessoa, um homem público que me ensinou este ensinamento, foi o grande gestor e político Eduardo Campos”, escreveu.

O ex-secretário lembrou sua carreira política e disse que o motivo de sua saída já havia sido apurado e resolvido desde o início de 2013. “É importante ressaltar que até o momento a Seres não recebeu nenhum tipo de notificação sobre o fato em questão, caracterizando desta forma, que a decisão foi tomada sem observar os princípios constitucionais de ampla defesa e princípio do contraditório, obrigatórios no Estado democrático de direito”, disse. Ribeiro, que é pedagogo, disse que continuará na luta da ressocialização na área acadêmica.

Após os pronunciamentos, o casal concluiu a coletiva sem responder a perguntas. “Eu não posso nem devo mais dar entrevista. Não é momento de falar mais. Como cidadão eu tenho esse direito”, justificou o ex-secretário.

A exoneração do ex-secretário foi anunciada na noite da quinta-feira (2) pelo governo do Estado. O cargo será acumulado pelo secretário de Defesa Social e Direitos Humanos, Bernardo d’Almeida, até que seja encontrado um substituto. 

A partir desta segunda-feira a diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) passa a ser comandada por Tarcísio Gomes Freitas, diretor executivo da autarquia. Freitas assume o posto deixado pelo general Jorge Fraxe. Fraxe havia pedido demissão do cargo em meados de julho, informação que foi confirmada pelo próprio Ministério dos Transportes, ao qual o DNIT é vinculado.

Fraxe chegou ao comando da autarquia em 2 de setembro de 2011. Seu nome foi pinçado pela presidente Dilma Rousseff logo após a explosão do que ficou conhecido como "a faxina dos Transportes". O general, que comandava o batalhão de engenharia do Exército, substituiu Luiz Antonio Pagot, demitido do cargo na ocasião.

##RECOMENDA##

Nos três anos que ficou no cargo, Fraxe enfrentou muitas dificuldades ligadas à execução das obras. Um grande volume de contratos para mais de 30 mil km de manutenção de rodovias empacou em contratações que não foram para frente. Conhecido por ter "pulso firme", Fraxe levou o regime militar para dentro da autarquia. Em termos práticos, porém, teve grandes dificuldades para mudar o ritmo dos trabalhos.

Uma semana atrás, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", voltou a dizer que sua "missão" estava cumprida, depois de três anos de trabalho. O general havia passado por uma cirurgia recentemente. Tarcísio Gomes Freitas, um braço direito de Fraxe, deve permanecer no cargo até o fim do mandato.

A presidente Dilma Rousseff exonerou, a pedido, Jorge Ernesto Pinto Fraxe do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O decreto de exoneração está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

Em julho, o Ministério dos Transportes já havia informado, em nota, que o general Jorge Fraxe se afastaria do cargo a pedido e "por razões estritamente pessoais". Fraxe estava no comando do órgão desde 2011. Ainda na edição de hoje do DOU o governo nomeou Adailton Cardoso Dias para diretor de Planejamento e Pesquisa do mesmo órgão.

##RECOMENDA##

Indicados por PT e PMDB, os quatro integrantes da cúpula do Postalis, fundo de pensão dos Correios, tiveram sua exoneração solicitada por dois conselheiros em 28 julho deste ano. As razões do pedido, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, são a forma como os recursos do Postalis são geridos e também o descumprimento de decisões do conselho deliberativo.

Os motivos são semelhantes aos que levaram associações de funcionários dos Correios a pedir, na terça-feira, 19, a pedir a intervenção do Ministério da Previdência no Postalis. As associações avaliam que a interferência dos partidos políticos no fundo levou a "operações suspeitas" e ao rombo de R$ 2,2 bilhões acumulado de 2013 a junho de 2014. Na reunião de julho, conselheiros ligados ao PT derrubaram a proposta, alegando que a medida prejudicaria a imagem do Postalis.

##RECOMENDA##

Em diversas reuniões realizadas em 2013, os conselheiros pediram que a diretoria executiva indicasse os motivos e as responsabilidades sobre o déficit. A ata da 12ª reunião ordinária de 2013, realizada nos dias 12 e 13 de dezembro, mostra que os conselheiros registraram que "o descumprimento e/ou adiamento das determinações solicitadas à diretoria executiva é evidente e extremamente prejudicial ao instituto".

Fontes consultadas pela reportagem relataram ainda que a demora da diretoria para promover a troca de gestores de investimentos do Postalis também motivou o pedido de destituição dos diretores. Uma das preocupações principais é com o banco americano BNY Mellon, pivô de um dos principais escândalos recentes que envolvem o Postalis. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada em maio, a CVM investiga possíveis fraudes no negócio do Postalis com o banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fábio Vaz de Lima, marido de Marina Silva, pediu exoneração do cargo de secretário adjunto que ocupava no governo do Acre, comandado pelo petista Tião Viana. O decreto foi publicado na edição desta terça-feira do Diário Oficial do Estado.

No ano passado, mesmo após Marina se filiar ao PSB para ser vice de Eduardo Campos, Lima decidiu permanecer no governo do PT. Marina deverá ser anunciada candidata à Presidência pelo PSB.

##RECOMENDA##

A Justiça condenou ontem, por improbidade administrativa, o ex-secretário municipal do Verde e Meio Ambiente Ricardo Teixeira (PV), atual titular da Secretaria das Subprefeituras do governo Fernando Haddad (PT). A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, também condenou a administração Haddad a exonerar Teixeira do cargo de secretário, "sob pena de multa diária de R$ 10 mil".

A juíza acolheu ação civil pública contra o Município de São Paulo e Ricardo Teixeira. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social sustentou que Teixeira, vereador eleito pelo Partido Verde, que compõe a base aliada do governo municipal, "foi nomeado pelo atual prefeito, em janeiro de 2013, para o cargo de secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, fato que lhe proporcionou a indicação de 300 cargos em comissão".

##RECOMENDA##

A ação contra Teixeira e a Prefeitura é subscrita pelo promotor de Justiça Valter Santin, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social. Segundo ele, "tal nomeação não poderia ter ocorrido", pois Ricardo Teixeira foi condenado por improbidade administrativa, com sentença confirmada em segunda instância, em razão de ter participado da contratação pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) de um escritório de advocacia sem licitação.

O Ministério Público destacou que naquela demanda Teixeira foi condenado à perda da função pública, multa de dez vezes o valor da remuneração na época dos fatos, proibição de contratação com o Poder Público ou de recebimento de benefício ou incentivo fiscal por 3 anos, além de custas e despesas processuais. Com base em tal condenação, o Ministério Público pediu a exoneração de Teixeira do cargo comissionado de secretário municipal, sob os argumentos de ofensa aos princípios da moralidade, impessoalidade e eficiência, "vez que na época da nomeação a sanção já produzia efeitos".

Em sua sentença, a juíza Simone Casoretti decidiu que "no mérito, a ação procede". "Não importa se o ato de improbidade por ele praticado foi culposo ou doloso, mas o que interessa é verificar se Ricardo Teixeira, condenado por improbidade administrativa, tem idoneidade para exercer função pública, em cargo de confiança."

A juíza argumenta que há"nítido desrespeito à moralidade administrativa". "É inconcebível que o condenado por ato de improbidade administrativa venha a exercer cargo público."

Defesa. Nos autos da ação civil por improbidade, o secretário Ricardo Teixeira alegou, em sua defesa, que foi condenado por ato de improbidade administrativa, por sentença parcialmente reformada em segunda instância (afastada a condenação no tocante à suspensão de seus direitos políticos), que não transitou em julgado, estando assim em pleno gozo de seus direitos políticos.

A Prefeitura, por sua vez, alegou a improcedência da ação, uma vez que a condenação sofrida por Teixeira não se enquadraria em nenhuma hipótese legal de impedimento. Segundo a gestão Fernando Haddad, não há e não havia ao tempo da nomeação de Teixeira ao cargo de secretário, "qualquer restrição ao pleno exercício dos direitos políticos do mesmo, tampouco impedimento ao exercício de cargo ou função pública". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do Solidariedade na Câmara dos Deputados, Fernando Francischini (PR), assinou nesta sexta-feira a exoneração de Luiz Argôlo (BA) do cargo de vice-líder do partido na Câmara. Francischini, que faz parte da executiva da sigla, vai pedir também que o parlamentar seja expulso do partido.

Em investigação da Polícia Federal, Argôlo aparece em conversas com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato e suspeito de chefiar uma quadrilha que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Segundo a PF, o deputado teria tido despesas pagas pelo doleiro.

##RECOMENDA##

Ontem, o Conselho de Ética da Câmara já havia instalado um processo de cassação de mandato contra o deputado por quebra de decoro parlamentar. Além desse procedimento, solicitado pela mesa diretora da Casa, também há uma representação contra ele aberta pelo PSOL.

Apontado como recebedor de R$ 20 mil de uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef - alvo maior da Operação Lava Jato -, o jornalista José Wilde de Oliveira Cabral, assessor especial do ministro da Previdência Social, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira. Logo cedo ele entregou uma carta ao ministro, Garibaldi Alves, na qual afirma que "não tem, nem nunca teve qualquer relação profissional com a M.O Consultoria".

"Pelo valor divulgado do pagamento feito a mim, é razoável supor que se trata de remuneração por serviço de assessoria de imprensa que prestei em 2010, com pagamento efetuado no primeiro semestre de 2011", assinala José Wilde, em nota. "Não tenho, nem nunca tive qualquer relação profissional com essa empresa M.O. Consultoria." O ex-assessor especial do ministro afirma que a empresa para a qual prestou assessoria, "obviamente com cláusula de confidencialidade, como comum nas questões de tratamento de imagem pública", desempenhava atividades legais no mercado.

##RECOMENDA##

"A propósito, esse trabalho esporádico que então desempenhei não me permitiu tomar conhecimento de eventuais relações entre a empresa, suas coligadas e outras companhias", argumenta. "Causa-me justa indignação qualquer insinuação da mais remota ligação minha com pessoas ou empresas envolvidas em negócios escusos, especialmente neste caso, em que prestei serviços lícitos, não sendo de meu dever pesquisar a origem de recursos que, também licitamente, me foram destinados", pondera o ex-assessor especial do ministro da Previdência.

José Wilde anota que, para que possa defender sua honra longe de deveres funcionais, assinou, em caráter irrevogável, pedido de exoneração do cargo de assessor especial do ministro. "Reitero a minha admiração, respeito e afeto pelo ministro Garibaldi Alves Filho, homem público que honra e dignifica o Rio Grande do Norte e o Brasil", diz José Wilde, no texto que divulgou. "Agradeço a ele pela oportunidade de integrar, nos últimos anos, a equipe que o auxilia na busca do fortalecimento da Previdência Social brasileira."

O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, não quis comentar hoje a crise no IBGE, ao ser questionado durante evento em Brasília. Ele participou do "Curto-Circuito da Juventude", onde defendeu o governo Dilma Rousseff. Durante discurso, afirmou que o governo não tem consciência pesada e que faz política para servir.

"Enfrentamos a possibilidade de construir um governo popular e estamos fazendo uma porção de coisas boas para esse país. A gente não tem consciência pesada. A gente faz política para servir. Não para subir na vida. A gente não tem complexo de culpa", disse em discurso na abertura do evento. "Vocês (jovens) também nos dão desespero pelas coisas que vocês fazem. A gente organiza uma Copa do Mundo achando que vai ser uma festa e vocês vêm e dão porrada", acrescentou.

##RECOMENDA##

O economista Sérgio Besserman Vianna, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), descartou a possibilidade de haver interferência política sobre o órgão, mas lamentou o fato de haver uma alteração no cronograma de divulgação de pesquisas. Nesta quinta-feira (10), o IBGE anunciou a suspensão da divulgação da Pnad Contínua.

"Não considero a hipótese de interferência política sobre o IBGE, mas lamento a alteração no cronograma", disse Besserman. Segundo o economista, a divulgação de um cronograma prévio, preferencialmente no ano anterior, e seu cumprimento à risca, é fundamental para garantir a independência dos institutos oficiais de estatística, em todos os países. Em ano eleitoral, isso é ainda mais importante, completou Besserman.

##RECOMENDA##

"Sem entrar no mérito dessa decisão recente, (alterar o cronograma) é um custo. O IBGE tem de cumprir a lei, mas cumprir o cronograma é uma regra muito importante", disse Besserman.

O economista afirma não duvidar da independência do IBGE, porque conhece e já trabalhou com muitos profissionais do corpo técnico, capazes de colocar a estatística e suas pesquisas "acima de tudo". A decisão de alguns de colocar seus cargos à disposição, nesse caso, na visão de Besserman, poderia ter a ver com a avaliação individual de cada um sobre custos e benefícios de fazer uma alteração no cronograma.

Suspeitas - "Tradicionalmente, o IBGE sempre foi independente. Mas, quando tem de suspender uma divulgação em momento político de campanha eleitoral, levanta suspeitas. À mulher de César, não basta ser virtuosa, é preciso parecer virtuosa", avalia o sociólogo Simon Schwartzman, presidente do IBGE de 1994 a 1998.

Ainda assim, o ex-presidente do IBGE chamou atenção para o fato de a suspensão da pesquisa ter gerado discordância entre diretores e a presidente do órgão, Wasmália Bivar. A discordância poderia sugerir ingerência política.

A situação causa preocupação maior, na avaliação de Schwartzman, por conta da reputação da diretora de Pesquisas, Marcia Quintslr, que pediu exoneração do cargo por discordar da suspensão da Pnad Contínua. O sociólogo classificou a pesquisadora como dedicada, competente e respeitada no meio. "A vida dela é o IBGE. É mais uma razão para ficar preocupado. É uma pessoa comprometida com a autonomia do instituto", disse Schwartzman.

O deputado federal e presidente do PSDB do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira, cobrou, há pouco, uma solução urgente para a crise. "Se o IBGE não apresentar solução coerente e racional nas próximas horas, vamos convocar a ministra do Planejamento, Miriam Belchior", disse o deputado - o instituto é vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. "E espero que, antes, a ministra venha a público esclarecer o caso e retomar a pesquisa."

O conselho diretor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística reúne-se na tarde desta sexta-feira (11) com o corpo técnico da instituição num esforço de tentar evitar que haja um pedido de exoneração coletivo. Em carta ao conselho, 18 coordenadores e gerentes estratégicos de pesquisas importantes da instituição ameaçavam entregar seus cargos caso a direção não voltasse atrás na decisão de suspender as divulgações da Pnad Contínua até janeiro do ano que vem.

A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, disse em entrevista que ainda não pode afirmar se conseguirá evitar a saída coletiva dos coordenadores, mas que vai explicar as motivações para a decisão. A medida já motivou o pedido de exoneração da diretora de Pesquisas do IBGE, Marcia Quintslr, e da coordenadora-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence), Denise Britz do Nascimento Silva. Ambas integravam o conselho diretor do IBGE, ao lado de Wasmália e de outros cinco membros.

##RECOMENDA##

"No momento, não posso afirmar (que não haverá debandada), mas tenho certeza que após uma conversa e após explicarmos um pouco melhor as nossas motivações, acredito que eles vão reverter, em função dos seus próprios compromissos com o IBGE", afirmou Wasmália.

A presidente do instituto disse que cabe aos gestores tomarem as decisões difíceis, que não podem ser tomadas pela área técnica. "A última decisão, que foi o adiamento da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), não foi uma decisão técnica, foi uma decisão institucional. Quem toma as decisões institucionais é o corpo gestor da casa. Nunca a área técnica. E a área técnica faz muito bem de estar sempre defendendo a manutenção de tudo. Esse tipo de manifestação não me surpreende. Mas tem que se considerar que não é uma decisão técnica, é uma decisão institucional", ressaltou.

Entre os coordenadores que ameaçaram entregar seus cargos numa carta enviada ao conselho diretor estão Eulina Nunes dos Santos, responsável pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e Cimar Azeredo, responsável pelas taxas de desemprego apuradas pela própria Pnad Contínua e pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

"O nosso corpo técnico tem um enorme compromisso com a casa, com seus projetos e com as suas informações. Tenho certeza de que vai prevalecer, na verdade, é a responsabilidade com isso", considerou Wasmália.

Segundo ela, a carta é uma reação legítima à saída da diretora de Pesquisas, funcionária de carreira do IBGE. "Além disso, o conselho diretor fez algo que foi um pouco diferente do que usualmente fazemos. Usualmente, informamos à casa nossas decisões e depois informamos o público externo. No entanto, diante da gravidade do problema, desta vez, nós invertemos", lembrou.

O anúncio sobre a suspensão da Pnad Contínua foi feito por Wasmália à imprensa, logo após a divulgação dos dados referentes ao terceiro e quarto trimestres de 2013. A imprensa foi alertada antes dos servidores do instituto. "Temíamos que essa notícia surgisse antes de o próprio IBGE anunciá-la. Era muito importante que o IBGE fizesse esse anúncio. Agora, em relação às equipes técnicas, elas não foram devidamente informadas. Não tivemos oportunidade de nos reunir com elas e discutir nossas motivações. Isso vai ser feito agora", reconheceu.

[@#galeria#@]

O superintedente da Sudene, Luiz Gonzaga Paes Landim (PSB), teve a exoneração oficializada pela presidente Dilma Rousseff (PT). O desembarque acontece pouco mais de seis meses após o PSB romper com o PT no Governo Federal. Paes Landim foi indicado pelo governador do Piauí, Wilson Martins (PSB), para ocupar o cargo de primeiro escalão. O ato foi divulgado no Diário Oficial da União da última sexta-feira (21).

##RECOMENDA##

Paes Landim foi nomeado superintendente da Sudene em maio de 2012. A decisão do PSB de entregar os cargos no governo do PT aconteceu em setembro e teve o objetivo de deixar o partido livre para construir a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Além dele, desembarcaram do Governo Federal por consequência da ruptura do PT com o PSB os até então ministros dos Portos, Leônidas Cristino, e da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB).

[@#galeria#@]

O prefeito Geraldo Julio (PSB) recebeu nesta sexta-feira (07), o pedido de exoneração do secretário Eduardo Granja (PT). O petista comandava a pasta de Habitação desde o início da atual gestão e alegou "questões internas do partido" como motivo de sua saída da Prefeitura do Recife. Atual secretário de Saneamento, Victor Vieira assume a pasta interinamente. O pedido de exoneração será publicado no Diário Oficial deste sábado (08).   

##RECOMENDA##

O secretário procurou o prefeito para agradecer o apoio recebido durante os 14 meses que esteve à frente da pasta e prestar contas do trabalho realizado. "Deixamos três habitacionais para serem inaugurados nos próximos 120 dias e outros nove conjuntos terão suas obras iniciadas ainda este ano. Isso representa a entrega de três mil unidades habitacionais e um investimento de quase 200 milhões de reais", contabilizou o petista.

Após o encontro, Geraldo lamentou a saída do ex-auxiliar e destacou que o secretário deixa a gestão tendo conseguido destravar várias obras importantes para a cidade. "Granja é um homem sério e que mostrou-se muito capaz. Ele exigiu um novo padrão de qualidade para os nossos residenciais, que agora serão entregues com piso em cerâmica, forro no teto e azulejos nos banheiros, por exemplo. Foi ele também quem criou o programa Minha Casa Sem Limites, que promove pequenas adaptações nas residências de pessoas com deficiência e de baixa renda", disse o gestor.

O prefeito de Sorocaba, Antonio Carlos Pannunzio, do PSDB, exonerou na quinta-feira, 27, o secretário de Habitação do município, Hélio Godoy, presidente do diretório municipal do PSD. Vereador mais votado nas últimas eleições, Godoy acredita que foi alvo de retaliação porque o ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, decidiu lançar-se candidato a governador, ao invés de apoiar a reeleição do tucano Geraldo Alckmin. Segundo ele, o prefeito comunicou-o da exoneração logo depois de se encontrar com o governador, durante visita à cidade. "A visita do governador foi sintomática", afirmou.

Nas eleições municipais, o PSD de Kassab aliou-se ao candidato do PSDB, José Serra, derrotado pelo petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo. Em Sorocaba, Godoy desistiu de se candidatar a prefeito pelo PSD e o partido apoiou Pannunzio, que venceu as eleições por pequena margem. Em razão do apoio, mesmo eleito vereador, Godoy foi chamado para o primeiro escalão do governo municipal.

##RECOMENDA##

O coordenador regional do PSD, Herculano Passos Júnior, disse que a exoneração do secretário em Sorocaba ainda é um caso isolado. "Se a pré-candidatura do Kassab ao governo paulista vai gerar outras reações é o que ainda vamos ver." Na esfera federal o partido decidiu apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff e, segundo ele, a decisão está incomodando os tucanos. A prefeitura não comentou a exoneração do secretário. A presidente do PSDB municipal, deputada Maria Lúcia Amary, informou que o partido não interfere nas decisões administrativas do governo local.

O pré-candidato da Frente Popular ao governo do estado, Paulo Câmara (PSB), só deixará o cargo de secretário da Fazenda depois do Carnaval. Câmara decidiu que seria melhor esperar fechar o bimestre e após a folia de momo vai decidir a data que pedirá a desincompatibilização. Inicialmente a exoneração estava prevista para a última terça-feira (25), um dia após o anúncio da chapa que encabeçará, ao lado do deputado federal Raul Henry (PMDB), que será candidato a vice-governador, e o ex ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB), na disputa pelo Senado. 

Enquanto não deixa o comando da pasta, que cuida desde 2011, Câmara vai conciliando a agenda administrativa e a política. Após a saída, o pré-candidato, juntamente com Henry e FBC vão organizar uma intensa agenda de campanha, para percorrer todo o estado. Dos eventos que pretendem realizar, cinco destes devem ter a presença do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB). 

##RECOMENDA##

A Frente Popular deve definir o time que coordenará a campanha deste ano, no próximo dia 8. Primeiro sábado após o Carnaval. É possível que nomes atuantes no Governo e na Prefeitura do Recife, deixem seus cargos para se ocuparem com o processo em busca da eleição de Câmara. 

Depois da pressão da Executiva Estadual e do ultimato da Executiva Nacional, o presidente do PT em Recife, Oscar Barreto, entregou oficialmente o cargo que possuía no Governo Estadual.  O petista era secretário Executivo de Acompanhamento e Gestão da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária.

O líder petista disse que vai apresentar uma nota política sobre sua saída da administração estadual de Eduardo Campos (PSB). Ele também reafirmou que irá lançar um Programa e uma candidatura do PT para o Governo do Estado. “Em momento oportuno, apresentarei Nota Política sobre minha saída do Governo. Reafirmo o que venho discutindo desde o Processo de Eleições Diretas (PED): O futuro do PT em Pernambuco depende, necessariamente, de honrarmos nosso legado junto ao povo e assumirmos um papel de protagonista nas eleições de 2014”, disse o petista.

##RECOMENDA##

Vale lembrar que Oscar Barreto já tinha solicitado ao governador sua saída do cargo. No entanto, o presidente do PSB tinha pedido para o líder petista repensar sobre sua decisão.

A presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, relatou, nesta segunda-feira (17), que 20 petistas que estão vinculadas ao Governo do Estado devem deixar seus cargos nos próximos dias. Segundo a parlamentar, alguns partidários já anteciparam a exoneração.

“Pode ser que tenha mais (pessoas vinculadas ao Governo do Estado), mas não quero dar um tratamento de detetive (...) Se não saírem abriremos um processo. Enviamos uma carta a todos os 20 membros. Na carta solicitamos que ele (o petista vinculado ao Governo) proceda a entrega do cargo quanto antes e no final nos colocamos a disposição para esclarecimento do que está sendo feito (...) Por enquanto não queremos revelar os nomes”, afirmou a deputada.

##RECOMENDA##

A entrevista com Teresa Leitão aconteceu depois do cancelamento da reunião da Executiva Estadual, na sede do partido. O encontro não aconteceu devido à falta de quórum e foi remarcado para a próxima quarta-feira (19). Nesta data, os 20 petistas que receberam a carta de exoneração deverão entregar oficialmente os cargos do Governo Estadual.

“Não vai ter problema de quórum na quarta-feira. É uma questão de fuso-horário. O fuso-horário do PT é confuso”, disse. “São 20 membros da Executiva Estadual. Para ter quórum é preciso ter 11. Tivemos 12 membros, mas, por conta da demora da reunião acontecer, dois membros tiveram que sair. Não deliberamos nada”, confessou a petista.

Calendário

A deputada relatou que no dia 15 de março será realizado o Encontro Estadual de Tática Eleitoral. O evento deve acontecer no Recife. No final de abril o partido realizará uma reunião geral com o lançamento das candidaturas no Estado.

“No dia 15 de março o Encontro de Tática Eleitoral com a presença de 300 delegados que foram eleitos no Estado pelo PED (Processo de Eleições Diretas). Amanhã (terça-feira -18) começa o ciclo das plenárias. Começamos com a Região Metropolitana do Recife, no sábado (21) no Agreste, Domingo (22) na Zona da Mata, e ainda vamos marcar a data no Sertão que será em Salgueiro”, explicou.

Oscar

Segundo Teresa Leitão, o presidente municipal do PT no Recife, Oscar Barreto, já está em processo de exoneração do Governo do Estado – atualmente o petista é secretário-executivo estadual de Agricultura.

“Oscar entregou (o cargo). Entregou politicamente também, mas o governador pediu para ele ficar, mas ele precisa dizer ao governador que vai ter que entregar. Mas as questões serão resolvidas pelos diretórios municipais que terão até o dia 11 de março para resolver esses questionamentos”, frisou a deputada.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando