Tópicos | Glenn Greenwald

Walter Delgatti Neto, o hacker preso nesta terça-feira (23) sob suspeita de invadir os celulares de membros do governo, prestou depoimento nesta sexta-feira (26) e contou à Polícia Federal como teve acesso à conta do Telegram do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Além de Moro, Delgatti contou como chegou a celulares de outras autoridades. A reportagem da TV Globo teve acesso ao depoimento, onde o hacker conta como chegou aos arquivos do procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.

##RECOMENDA##

Delgatti também contou que a então deputada federal Manuela D’ávila (PCdoB) foi a intermediária entre ele e o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, responsável pelos vazamentos dos últimos dias.

O hacker também enfatizou que não recebeu dinheiro algum em troca dos diálogos que obteve e que sempre se comunicou com Greenwald de maneira virtual. De acordo com Delgatti, ele nunca revelou sua identidade para o jornalista.

O deputado Filipe Barros (PSL) formalizou uma denúncia nesta sexta-feira (26) na Procuradoria Geral da República (PGR) com um pedido de prisão para o jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald.

De acordo com o parlamentar, sua denúncia se baseia em quatro pontos. A primeira é que Glenn teria dito que se preocupava com a integridade do harcker. “Ou seja, agiam deliberadamente em conjunto”, disse.

##RECOMENDA##

Depois, segundo Filipe, o hacker teria assumido que mantinha diálogos com Glenn e que passou os diálogos a ele sem cobrar nada. “Porém, o advogado de um dos hackers disse que seu cliente iria vender o suposto material para o PT”, complementou.

“Pergunto: Se o hacker queria obter vantagem financeira vendendo o material, porque passaria gratuitamente ao ‘Greenfraude’?”, questionou o deputado. Em seguida, o parlamentar alegou que o COAF identificou R$ 630 mil em transações suspeitas dos presos.

O seu quarto ponto de argumentação é que a Polícia Federal teria encontrado R$ 100 mil, em notas vivas, na casa de outro preso. “A proximidade de ‘Greenfraude’ com os hackers está evidente, me levando a crer que agiram em conjunto, como coautores dos crimes previstos na Lei 12.737/2012”, argumentou.. 

“Ao contrário do que o jornalista tem alegado, que teria apenas recebido o material sem saber sua origem. Faz-se necessário, portanto, a devida apuração da relação entre ‘Greenfraude’ e os hackers. Parafraseando Cazuza: as ideias do jornalista não correspondem aos fatos”, finalizou o parlamentar.

O jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil, afirmou, nesta sexta-feira (26), que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pratica terrorismo ao publicar uma portaria que facilita a deportação sumária de estrangeiros. O documento foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta. 

“Hoje Sergio Moro decidiu publicar aleatoriamente uma lei sobre como os estrangeiros podem ser sumariamente deportados ou expulsos do Brasil ‘que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.’ Isso é terrorismo”, considerou o jornalista.

##RECOMENDA##

Coincidência ou não, Glenn Greenwald é americano e mora no Brasil. Desde junho ele tem sido o principal interlocutor de conversas trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato, que o The Intercept disse ter recebido de uma fonte confiável. As conversas sugerem interferência do ministro nos casos investigados pela Lava Jato.  

As conversas, segundo Moro, foram cooptadas a partir de práticas criminosas. Na última terça (23), a Polícia Federal prendeu quatro pessoas suspeitas de hackear os celulares de Moro e de outras autoridades brasileiras. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, editou uma portaria, nesta sexta-feira (26), que facilita deportação sumária e prisão de estrangeiros. De acordo com o texto, isso será possível em casos de “pessoa perigosa ou que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”. 

Entre os itens listados como os que ferem os “princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal”, estão a prática de terrorismo, participação em grupo criminoso organizado e tráfico de drogas, pessoas ou armas de fogo. 

##RECOMENDA##

De acordo com a portaria, as hipóteses listadas poderão ser avaliadas, entre outras, pelas autoridades migratórias por meio de investigação criminal em curso, sentença penal condenatória e difusão ou informação oficial em ação de cooperação internacional. 

Além disso, pondera que “a pessoa sobre quem recai a medida de deportação de que trata esta portaria será pessoalmente notificada para que apresente defesa ou deixe o país voluntariamente, no prazo de até quarenta e oito horas, contado da notificação”.

Na última terça-feira (23), Moro anunciou o cancelamento do status de refugiado concedido aos paraguaios Juan Arrom, Victor Colmán e Anúncio Martí. Ao falar da medida, em publicação no Twitter, o ministro disse que o país não é “terra sem lei”. Sergio Moro, desde que assumiu a pasta da Justiça e Segurança Pública, tem sido duro com estrangeiros que cometeram crimes, mas se refugiam no Brasil. Entre eles, está o caso de Cesare Battisti, preso na Itália.

A portaria desta sexta, inclusive, vem sendo encarada como um recado para o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil, que vem revelando supostas mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Também na terça passada, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas suspeitas de hackear os celulares de Moro e de outras autoridades brasileiras.

O jornalista, editor e fundador do site The Intercept, Glenn Greenwald, utilizou seu perfil oficial no Twitter para comentar uma afirmação que um dos hackers preso fez à Polícia Federal sobre repassar informações ao seu site.

Walter Delgatti Neto, preso nesta terça-feira (23), sob suspeita de atuar como hacker e invadir celulares de membros do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), informou que encaminhou as mensagens ao The Intercept de forma anônima, voluntária e sem cobrança.

##RECOMENDA##

Greenwald chegou a reforçar o que foi dito por Walter, mas garantiu que seu endosso não quer dizer que Walter Delgatti, de fato, é fonte das informações vazadas pelo Intercept desde junho.

“Para ser claro, não estou afirmando que a pessoa acusada pela PF é de fato nossa fonte. Nós não comentamos sobre nossas fontes. Eu estou apenas destacando o que a pessoa que PF e Folha de S. Paulo disseram ser a nossa suposta fonte”, comentou.

Desde o começo de junho o The Intercept vem vazando troca de mensagens entre o alto escalão do governo, que comprometem a credibilidade da Operação Lava Jato na época do julgamento do ex-presidente Lula (PT).

 Um dos presos na Operação Spoofing, que investiga o ataque hacker ao celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, Walter Delgatti Neto afirmou ter dado as informações obtidas na conta do ex-juiz no aplicativo Telegram para o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil. A informação é do jornal Estadão.  

De acordo com a reportagem, o jornal confirmou o fato com duas fontes ligadas às investigações. E elas afirmaram que Walter Delgatti Neto disse conhecer Greenwald. Contudo, não houve confirmação se o repasse das informações teria sido pessoalmente ou por algum contato virtual. 

##RECOMENDA##

A defesa do jornalista disse, em nota, que “não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas”. Segundo o site, a Operação Spoonfing, deflagrada pela Polícia Federal, "não muda o fato de que a Constituição Federal garante o direito do Intercept de publicar suas reportagens e manter o sigilo da fonte, mesmo direito garantido para toda a imprensa brasileira".

O The Intercept Brasil começou a divulgar no dia 9 de junho mensagens trocadas entre Sergio Moro e procuradores da Lava Jato, como Deltan Dallagnol, no período em que ele ainda era juiz e respondia pelo caso na primeira instância em Curitiba. Conversas sugerem interferência de Moro em acordo de delação premiada do escândalo de corrupção.  

A afirmativa de que Walter Delgatti Neto teria dado as informações para Glenn Greenwald, segundo o periódico, está sendo observada com cautela pelos investigadores porque o suspeito é apontado como estelionatário.  

Para obter mais detalhes sobre isso, o juiz Vallisney Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, permitiu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Neto e dos outros três presos: Gustavo Henrique Elias Santos, Suellen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, desconhecer "qualquer investigação em andamento a respeito" do jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, e salientou que a Polícia Federal já tinha informado à Corte sobre "a inexistência de inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar condutas de Glenn Greenwald". A afirmação consta de ofício enviado nesta quarta-feira, 24, ao Supremo, como uma resposta ao pedido de esclarecimento feito pelo presidente da corte.

Reportagens originadas de material obtido pelo site The Intercept têm colocado em xeque a conduta de Moro enquanto ainda era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba e, como tal, julgava os processos da Operação Lava Jato na primeira instância. O hoje ministro afirma não reconhecer a autenticidade das mensagens e insiste que, mesmo se fossem verdadeiras, não trariam crimes ou condutas irregulares.

##RECOMENDA##

A notícia de que Glenn Greenwald passara a ser alvo da PF, que teria solicitado relatório de inteligência financeira ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), foi publicada pelo site o Antagonista no dia 2 de julho.

Moro disse, ainda, que não tem controle de investigações específicas. "Este Ministério não controla ou dirige investigações específicas da Polícia Federal, sem prejuízo da supervisão e controle administrativo sobre a referida instituição.

No ofício, o ministro procura deixar claro que o único pedido de investigação que fez é sobre a invasão de seu próprio celular. "Tomo ainda a liberdade de informar que, como é notório, fui vítima de hackeamento ou de tentativa de hackeamento de meu aparelho celular e que, diante do fato, requisitei, em 04/06/2019, pelo Ofício 1159/2019/GM, a apuração do fato à Polícia Federal. Como se verifica nos termos do ofício, a requisição limita-se à apuração da invasão criminosa de meu aparelho celular", afirmou.

Ao presidente do Supremo, o ministro da Justiça e Segurança Pública também cita a operação Spoofing, que ontem levou a prisão supostos responsáveis pela invasão criminosa dos celulares. "Os fatos ainda estão sendo apurados", disse Moro.

Apesar de ter conquistado um dos prêmios mais importantes do jornalismo mundial, o Pulitzer, o jornalista Glenn Greenwald foi alvo de um comentário negativo do deputado federal Carlos Jordy (PSL) quanto ao seu desempenho profissional.

O parlamentar fez uma série de trocadilhos para sugerir que o jornalista estaria, agora, tendo que fugir de autoridades policiais para não prestar esclarecimentos sobre episódios envolvendo hackers. 

##RECOMENDA##

“Dos mesmos criadores de ‘Se hackear, não tuíte’, um filme estrelado por Glenn ‘Verdevaldo’: ‘prenda-me se for capaz’. A história de um jornaleiro mequetrefe que pagou pra ver desafiando a justiça e, agora que a conta chegou, foge desesperadamente. Hoje, na Sessão Pavão”, escreveu Jordy.

Greenwald é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL) e editor e fundador do The Intercept Brasil, site responsável pelos polêmicos vazamentos envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e outros membros do governo.

Jornalista responsável pelo The Intercept Brasil,  Glenn Greenwald usou o Twitter para comentar a prisão dos quatro suspeitos de integrarem uma organização criminosa que teria invadido o celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. As prisões foram efetuadas pela Polícia Federal nessa terça-feira (23). 

Greenwald questionou a agilidade para encontrar os supostos hackeres diante da falta de respostas sobre a localização de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), investigado por movimentações atípicas nas contas bancárias pessoais e apontado como uma espécie de laranja da família do senador quando ele ainda era deputado estadual do Rio de Janeiro. 

##RECOMENDA##

“Não é interessante que a PF tenha supostamente encontrado um grupo do que Moro alegou serem hackers altamente sofisticados tão rapidamente, mas ninguém consegue encontrar Queiroz?”, indagou Glenn Greenwald na rede social. 

O The Intercept Brasil foi o veículo que iniciou, no dia 9 de junho, as divulgações de mensagens trocadas pelo ministro Sérgio Moro e membros da força-tarefa da Lava Jato, como o procurador Deltan Dallagnol, que indicam interferências do ex-juiz no andamento das investigações do escândalo de corrupção. 

Moro alega que as mensagens foram obtidas através de ataques hacker. A PF, contudo, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não há inquérito policial instaurado para apurar a conduta do jornalista Glenn Greenwald.

O diretor-geral de Polícia Federal, Maurício Valeixo, afirmou nesta terça-feira, 23, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não há inquérito policial instaurado para apurar a conduta do jornalista Glenn Greenwald. A manifestação foi feita na ação em que a Rede pede que a Suprema Corte declare inconstitucional a abertura de investigações contra o profissional, que é fundador do site The Intercept.

A Rede entrou com ação no STF em 10 de julho, após o vazamento de supostas mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, e membros da Operação Lava Jato, publicadas pelo site. À Corte, a sigla afirmou que "possivelmente" teria havido um pedido, junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de quebra de sigilo de movimentações financeiras de Greenwald.

##RECOMENDA##

Recentemente, após um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), o Coaf alegou sigilo e não esclareceu se está realizando algum tipo de análise sobre movimentações do jornalista. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também enviou ao tribunal um ofício no qual se disse "intrigado" com o pedido do tribunal e explicou que apenas o Coaf, por ser um órgão autônomo, poderia dar informações.

Os documentos foram enviados após o ministro do TCU Bruno Dantas, relator da representação feita pelo Ministério Público de Contas, solicitar esclarecimento sobre uma notícia publicada no site O Antagonista segundo a qual a Polícia Federal pediu ao Coaf análise de movimentações financeiras do jornalista. Valeixo, por sua vez, afirmou ao STF que foram consultadas as áreas técnicas da PF, "restando evidenciado que não há inquérito policial instaurado com o objetivo de apurar a conduta" do jornalista.

O jornal norte-americano The New York Times publicou uma matéria neste sábado (20) falando sobre a atuação do deputado federal David Miranda (PSOL) e de seu marido, o jornalista Glenn Greenwald, na política brasileira.

Greenwald, que é americano, é editor do site The Intercept - responsável pelos vazamentos de troca de mensagens entre o então juiz federal Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato na época das investigações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

##RECOMENDA##

A divulgação feita pelo Intercept colocou em xeque a imparcialidade de Moro - que atualmente é ministro da Justiça e Segurança Pública do presidente Jair Bolsonaro (PSL) - enquanto juiz federal.

“Matéria de hoje do New York Times sobre a luta minha e do meu marido Glenn Greenwald contra o autoritarismo e os ataques de Bolsonaro contra a democracia. E que manchete maravilhosa: O casal gay que incomoda a extrema direita”, escreveu David em seu perfil no Twitter.

Em sua publicação, o periódico descreveu o que acontece no Brasil e a atuação do casal diante de um governo de extrema direita que impera no país. “Eu agora acredito absolutamente nisso: que as exposições e as análises do caso Moro e Lava-Jato serão maiores que a do caso Snowden, e alcançarão todas as democracias liberais”, opinou David.

Na entrevista ao Jornal, Greenwald fez elogios ao seu companheiro. “Meu marido David Miranda é uma das pessoas mais corajosas que eu conheço, com uma das histórias de vida mais inspiradoras. Sou grato pela repressão do Reino Unido a ele, o politizou e agora pode lutar contra uma repressão muito pior. Lideranças LGBT são vitais”, afirmou o editor do The Intercept. Confira a capa da matéria do New York Times:

 

O jornalista e editor do The Intercept, Glenn Greenwald, responsável pelos recentes vazamentos de troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato comentou o comportamento dos envolvidos nas recentes polêmicas.

Nesta quinta-feira (18) o site divulgou novas informações que apontam que Moro teria interferido em negociações das delações de dois executivos da Camargo Corrêa. Em resposta, Moro disse não reconhecer a autenticidade das mensagens.

##RECOMENDA##

“Nenhuma das desculpas de Moro e Deltan fez sentido desde o início: 1) as mensagens são adulterados, mas 2) não refletem nenhum delito. Por que alguém adulteraria mensagens para mostrar atos perfeitamente éticos, legais e apropriados? Pessoas culpadas se tornam irracionais”, escreveu Glenn em seu perfil oficial no Twitter.

Greenwald também voltou a dizer que Moro está fingindo ter amnésia. “Mais uma vez, Sergio Moro finge ter extrema e trágica amnésia aos 44 anos de idade. E parece estar implicando que o maior jornal do país, Folha de S. Paulo,, é culpado de crimes - ‘violação criminosa de privacidade’ - por reportar a má conduta dele: verdadeiro autoritário”, disparou.

Após tentar fazer piada da participação do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, na Feira Literária de Paraty (Flip), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) recebeu uma resposta inesperada pelo norte-americano.

Hasselmann postou em seu perfil no Twitter neste final de semana uma mensagem sugerindo que o jornalista havia sido mal recebido no evento. “Recepção para Glenn Greenwald em Paraty. Não foi um atentado, não foi um ‘ataque primitivo’. Este é o Brasil que apoia a Lava Jato, o brasileiro que não aceita mais ser roubado ou  manipulado. Verdevaldo simplesmente não é bem vindo”, escreveu a parlamentar em anexo a um vídeo.

##RECOMENDA##

O jornalista, entretanto, replicou a mensagem de Hasselmann com uma resposta. “Ninguém pode sequer saber se a deputada Joice escreveu as próprias mensagens dela ou copiou-as”, disse Glenn, compartilhando notícia de que o Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Paraná comprovou plágio praticado pela então jornalista Joice Hasselmann.

Em complemento, o jornalista também divulgou um vídeo que mostra que ele foi aplaudido ao chegar para palestra, que tratou sobre os desafios do jornalismo em tempos da Operação Lava Jato.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) debateu na terça-feira (9) a liberação da maconha para fins medicinais. Mães de crianças tratadas com a planta e representantes de instituições defensoras da liberação estiveram na audiência para explicar os benefícios da substância e como a dificuldade de acesso dificulta os tratamentos.

A criminalização do caixa dois foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ na quarta-feira (10). A proposta (PL 1.865/2019) prevê reclusão de 2 a 5 anos para quem arrecadar, receber, movimentar ou usar recursos em dinheiro por outro meio que não seja conta oficial da campanha.

##RECOMENDA##

Também na quarta-feira os senadores apresentaram uma proposta de Emenda à Constituição que altera o sistema tributário do Brasil. A proposta (PEC 110/2019) prevê a extinção de vários impostos e a substituição de outros. Veja aqui a repercussão dos senadores sobre o assunto no plenário.

E na quinta-feira (11), o jornalista Glenn Greenwald da agência The Intercept Brasil veio à CCJ para falar sobre os vazamentos de supostas conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol.

[@#video#@]

*Da Agência Senado 

 

Glenn Greenwald, jornalista e responsável pelos vazamentos envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta quinta-feira (11) no Senado que “ninguém acredita” quando Moro diz não se lembrar do conteúdo das conversas.

O site The Intercept vazou uma série de conversas entre moro, enquanto ainda era juiz federal, e procuradores da Operação Lava Jato. Essa foi a segunda vez que Glenn compareceu ao Congresso para participar de audiência com parlamentares.

##RECOMENDA##

"Moro está fingindo que ele tem quase amnésia. Ele nunca tentou defender o conteúdo das conversas. Em vez disso, ele está tentando fazer um jogo muito cínico colocando uma dúvida sobre o nosso material que é autêntico. Ele está tentando usar insinuações de que talvez poderia ser adulterado”, afirmou Glenn.

No último dia 25 de junho o jornalista esteve na Câmara e reafirmou que as mensagens publicadas são autênticas. As reportagens vazadas indicam que Moro teria agido de forma parcial avaliando os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula (PT).

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu nesta quarta-feira, 10, ofício em que solicita a suspensão, caso esteja em curso, de qualquer investigação por parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nas movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. O despacho de quatro páginas, o qual a reportagem teve acesso, é assinado pelo Subprocurador-geral do MP, Lucas Rocha Furtado.

"Solicito que seja determinada a suspensão da elaboração, pelo COAF, de relatório das atividades financeiras do jornalista, se estiverem em curso, ou a abstenção dessa iniciativa, até que o TCU delibere quanto ao mérito da representação", diz trecho do documento.

##RECOMENDA##

No final da última semana, o TCU havia dado 24 horas para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira, detalhassem se Glenn foi ou é investigado pelo Conselho, o que, na visão do TCU, fugiria do papel do órgão.

Para o TCU, qualquer investigação contra o jornalista, por parte do Coaf, pode ser caracterizada como desvio de finalidade, além de uma afronta à garantia constitucional de liberdade de imprensa.

Em ofício encaminhado ao TCU, o ministro da Economia informou não ter conhecimento sobre investigação contra o jornalista. Justificou ainda que o Coaf tem autonomia técnica para abrir investigações sem seu conhecimento e negou ter emitido qualquer ordem nesse sentido. Já o presidente substituto do Coaf, Jorge Luiz Alves Caetano, disse que o órgão não se pronuncia sobre "casos concretos" e não respondeu se a Polícia Federal chegou a pedir investigação nem se o Coaf começou a monitorar as movimentações financeiras de Greenwald.

Na avaliação do Ministério Público junto ao TCU, o ministro da Economia e o presidente substituto do Coaf foram evasivos em suas explicações. "Nem a resposta do ministro da Economia nem a do presidente substituto do Coaf foram claras e objetivas em responder o cerne da questão", diz Lucas Rocha, em outro trecho do documento.

O MP considerou que a resposta do Coaf e do ministro dão a entender, inclusive, que o Estado estaria disposto a investigar o jornalista do The Intercept Brasil e de haver "a real possibilidade de se produzir um Relatório de Inteligência Financeira" contra ele.

O MP acredita que o uso de recursos públicos para a elaboração de relatório de atividades financeiras do jornalista seria um clássico caso de "retaliação à imprensa perpetrado pela máquina do Estado".

Segundo Rocha, as respostas de Guedes endereçadas ao TCU não contribuem com o controle externo na busca dos esclarecimentos para a grave situação retratada neste procedimento fiscalizatório. Em outro trecho, Rocha diz que é preciso afastar, mediante atuação do TCU, qualquer dúvida acerca de eventuais atos autoritários do Coaf. Diz ainda que o Brasil não pode, e nem quer, se tornar uma "republiqueta de bananas".

"Somente em uma republiqueta de bananas - o que o Brasil não quer ser - seria correto usar o aparelho estatal para perseguir qualquer pessoa que contrariasse, com sua atividade profissional, o interesse dos ocupantes momentâneos do poder estatal", reforça.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou ter ordenado qualquer investigação por parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil. O ministro respondeu a requerimento do Tribunal de Contas da União (TCU), que pediu esclarecimentos à pasta sobre possíveis investigações da situação financeira do jornalista.

Em ofício encaminhado ao TCU, Guedes informou não ter conhecimento sobre “os fatos noticiados nos autos”, referindo-se à investigação do jornalista. O ministro informou que o Coaf tem autonomia técnica para abrir investigações sem seu conhecimento, mas negou ter emitido qualquer ordem nesse sentido.

##RECOMENDA##

“[O signatário] não tomou parte de nenhuma questão relacionada aos fatos e situações ali descritos [possível investigação de Greenwald], não havendo, por conseguinte, orientado ou determinado nenhuma providência por parte do Conselho de Controle de Atividades Financeiras em eventuais investigações levadas a efeito, atinentes à representação citada”, destacou Guedes no ofício.

Em ofício separado assinado eletronicamente, o presidente substituto do Coaf, Jorge Luiz Alves Caetano, informou que o órgão não se pronuncia sobre “casos concretos”, sob a alegação de manutenção de sigilo fiscal. Ele não respondeu se a Polícia Federal chegou a pedir investigação nem se o Coaf começou a monitorar as movimentações financeiras de Greenwald.

“Na hipótese ora figurada, é importante reiterar que tanto intercâmbio porventura iniciado pela Polícia Federal quanto eventual RIF [Relatório de Inteligência Financeira] disseminado seguiriam cobertos pelo sigilo imposto pela Constituição Federal e pelas leis do País, ressalvadas as estritas hipóteses de quebra de sigilo. Por essa razão ao longo de vinte anos de existência, o Coaf não se pronuncia sobre caso concreto, tampouco acerca de matérias e especulações jornalísticas ou de qualquer natureza”, escreveu Caetano.

Entenda o caso

Na noite de sexta-feira (5), o ministro do TCU Bruno Dantas deu prazo de 24 horas para que o ministro da Economia prestasse esclarecimentos ao órgão, porém só hoje chegaram as notificações. Segundo o ministério, o primeiro pedido foi enviado diretamente ao Coaf e foi entregue ontem (8) às 15h, enquanto o segundo pedido, endereçado ao ministro Paulo Guedes, foi recebido também ontem (8) às 15h25. A pasta tinha se comprometido a responder aos dois requerimentos em 24 horas.

O Intercept Brasil tem divulgado trocas de mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, então juiz que comandava as ações da operação em Curitiba.

O despacho de Dantas foi baseado na representação do subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, para apurar supostas irregularidades no Coaf, que estaria verificando, a pedido da Polícia Federal, movimentações atípicas que poderiam estar relacionadas à invasão dos celulares de agentes públicos envolvidos com trabalhos da Lava Jato. “A motivação dessa investigação teria sido, mediante perseguição e abuso de poder, intimidar o jornalista”, diz o documento.

Conforme a argumentação do Ministério Público de Contas e do ministro do TCU, se confirmada, a investigação do Coaf poderia caracterizar "grave desvio de finalidade" no dispêndio de recursos públicos. “Por óbvio, isso nada tem a ver com a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, diz Bruno Dantas. No despacho, o ministro também tinha pedido esclarecimentos ao presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira.

 

O Ministério da Economia enviará até esta terça-feira (9) à tarde as explicações pedidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possíveis investigações feitas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a respeito de movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do site Intercept Brasil. A pasta informou ter recebido dois requerimentos do TCU na tarde desta segunda-feira (8).

Na noite de sexta-feira (5), o ministro do TCU Bruno Dantas deu prazo de 24 horas para que o ministro da Economia prestasse esclarecimentos ao órgão, porém só hoje chegaram as notificações. Segundo o ministério, o primeiro pedido foi enviado diretamente ao Coaf e foi entregue às 15h, enquanto o segundo pedido, endereçado ao ministro Paulo Guedes, foi recebido às 15h25. A pasta comprometeu-se a responder aos dois requerimentos em 24 horas.

##RECOMENDA##

O Intercept tem divulgado trocas de mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, então juiz que comandava as ações da operação em Curitiba.

O despacho de Dantas foi baseado na representação do subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Rocha Furtado, para apurar supostas irregularidades no Coaf, que estaria verificando, a pedido da Polícia Federal, movimentações atípicas que poderiam estar relacionadas à invasão dos celulares de agentes públicos envolvidos com trabalhos da Lava Jato. “A motivação dessa investigação teria sido, mediante perseguição e abuso de poder, intimidar o jornalista”, diz o documento.

Conforme a argumentação do Ministério Público de Contas e do ministro do TCU, se confirmada, a investigação do Coaf poderia caracterizar "grave desvio de finalidade" no dispêndio de recursos públicos. “Por óbvio, isso nada tem a ver com a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, diz Bruno Dantas.

No despacho, o ministro também dá 24 horas para que o presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira Lima, se manifeste.

 

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado vai receber na próxima quinta-feira (11) o jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil.  Greenwald será sabatinado pelos senadores sobre os vazamentos de supostas conversas entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O convite ao jornalista partiu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sob alegação de que o conteúdo revelado "traz enorme preocupação no que diz respeito a uma possível interferência em processos, na contramão do princípio da imparcialidade, que deve balizar a conduta de membro do Ministério Público e do Poder Judiciário".

##RECOMENDA##

Segundo Randolfe, o jornalista vem sofrendo publicamente ataques de setores do governo, inclusive do ministro Sérgio Moro, que vem questionando a veracidade dos diálogos.

"Logo, a presença do autor dessas impactantes reportagens  a esta comissão é fundamental para o esclarecimento de um assunto que vem trazendo enorme repercussão no país. É a oportunidade para que ele traga as explicações que considera necessárias à sociedade brasileira", alegou Randolfe em seu requerimento.

Glenn Greenwald já esteve na Câmara dos Deputados, onde defendeu a liberdade de imprensa e a transparência e reafirmou a autenticidade das conversas vazadas. 

 As mensagens estão sendo divulgadas pelo site The Intercept desde o dia 9 de junho. O periódico diz ter tido acesso à trocas de mensagens privadas com gravações em áudio, vídeos, fotos e documentos judiciais a partir de uma fonte confiável. 

As últimas revelações aconteceram nesse domingo (7) com conversas que apontam que os procuradores da Lava Jato e Moro tentaram intervir na gestão da Venezuela. As mensagens apontam que intenção deles era de vazar informações de uma delação da Odebrecht, que estava sob segredo de justiça na época, para a oposição do governo de Nicolás Maduro. As conversas, segundo a reportagem, ocorreram em agosto de 2017. 

Já na última sexta (5), através da revista Veja, foram expostas articulações que sugerem que Moro teria orientado procuradores e retardado a inclusão de provas em casos investigados pela Lava Jato.  O conteúdo também apontou que o ministro foi contra o fechamento de um acordo de delação premiada entre o MPF e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB).

*Com informações da Agência Senado

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), deu um prazo de 24 horas para que o ministro da Economia, Paulo Guedes, esclareça se o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado à pasta de Economia, está ou não investigando possíveis movimentações financeiras atípicas do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, responsável pela divulgação de supostas trocas de mensagens por celular entre Sergio Moro, então juiz da Lava Jato, e procuradores da operação.

O prazo foi determinado em despacho publicado ontem, em reação a representação proposta pelo subprocurador-Geral do Ministério Público de Contas (MP/TCU), Lucas Rocha Furtado. O entendimento da representação é de que a suposta investigação teria como motivação intimidar o jornalista, mediante perseguição e abuso de poder, resultando em mau uso do recursos públicos. O despacho do ministro Bruno Dantas também dá 24 horas para que o presidente do Coaf, Roberto Leonel de Oliveira Lima, se manifeste.

##RECOMENDA##

As reportagens de Greenwald, que estão sendo publicadas em série, algumas em parceria com outros veículos de comunicação, mostram supostas conversas virtuais nas quais Moro, durante seu período como juiz da Lava Jato, teria orientado o trabalho dos procuradores, indicando um conluio entre juiz e acusação. Moro, que deixou o cargo de magistrado no fim do ano passado para aceitar convite do presidente Jair Bolsonaro para ser ministro da Justiça, nega o conluio e afirma não ter como confirmar a autenticidade das mensagens, por não lembrar de conversas ocorridas há anos e porque, mesmo que sejam verdadeiras, já teriam sido apagadas.

A investigação do Coaf teria sido solicitada pela Polícia Federal, vinculada ao Ministério da Justiça, hoje comandado por Moro. A busca por movimentações financeiras atípicas do jornalista, na argumentação da representação, poderia caracterizar dispêndio de recursos com grave desvio de finalidade, situação que demandaria a atuação do TCU.

A representação argumenta que a suposta investigação do Coaf a respeito das contas do jornalista do The Intercept Brasil seria "a utilização de recursos humanos e materiais com grave desvio de finalidade e abuso de poder para a realização de atividades ilegítimas voltadas a tolher a liberdade de imprensa, garantida constitucionalmente em nosso País".

Ao propor que o TCU investigue os fatos à luz de suas atribuições constitucionais, a representação recomenda a suspensão, de maneira cautelar, da suposta investigação.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando