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A ativista sueca Greta Thunberg afirmou nesta terça-feira (24) que, provavelmente, foi infectada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Em uma mensagem no Facebook, a ambientalista de 17 anos contou que, há cerca de 10 dias, começou a "ter alguns sintomas". "Sentia-me cansada, tive calafrios, dor de garganta e tosse. Meu pai teve os mesmos sintomas, porém muito mais intensos e com febre", disse.

Segundo Thunberg, ela está isolada em casa há duas semanas, desde que encerrou um tour pela Europa Central - na Suécia, os exames são feitos apenas em casos mais graves. "Eu não fui testada para a Covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus], mas é extremamente provável que eu tenha tido", afirmou.

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A ativista, no entanto, acrescentou que está "praticamente recuperada". A Suécia tem 2,3 mil casos do novo coronavírus e 40 mortes. Por conta da pandemia, Thunberg, que lidera um movimento global de estudantes contra o clima, tem promovido manifestações online às sextas-feiras. 

Da Ansa

Dois célebres comediantes russos enganaram o príncipe Harry, que, acreditando falar com a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, afirmou por telefone que o mundo é liderado por "gente doente" e que Donald Trump tem "sangue nas mãos" por estimular a produção de carbono.

"Fomos nós", disse Vladimir Kuznetsov à AFP em resposta a uma informação publicada nesta quarta-feira (11) na primeira página do jornal britânico "The Sun".

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Kuznetsov e seu companheiro Alexei Stolyarov, conhecidos como "Vovan e Lexus", costumam enganar políticos, estrelas e outras personalidades com este tipo de ligação.

Entre suas vítimas, estão o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, o francês Emmanuel Macron, o ícone do pop Elton John e o premiê britânico, Boris Johnson, quando ainda era ministro das Relações Exteriores.

Em duas conversas com Harry, de 35, em dezembro e janeiro, fizeram o príncipe acreditar que falava com Greta e com seu pai, Svante.

Segundo "The Sun", o príncipe deu seu apoio à adolescente sueca e atacou o presidente dos Estados Unidos por sua postura sobre a mudança climática.

"Infelizmente, o mundo está sendo liderado por algumas pessoas muito doentes e (...) é a geração mais jovem que vai fazer a diferença", teria dito Harry, conforme o tabloide.

"Acredito que o simples fato de Donald Trump estar promovendo a indústria do carvão seja tão grave nos Estados Unidos que [Trump] tem sangue nas mãos", completou.

Sobre o premiê britânico, disse acreditar que "é um bom homem" e que Greta é "uma das poucas pessoas" que podem chegar à "alma" de Boris Johnson.

O príncipe também justificou seu uso de aviões privados, distanciou-se de seu tio, príncipe Andrew, acusado por uma americana de tê-la forçado a ter relações sexuais quando era menor, e falou de sua mudança para o Canadá com Meghan e com seu filho Archie, de 10 meses.

"Às vezes a decisão correta não é a mais fácil, mas é a decisão correta para nossa família, a decisão correta para proteger meu filho", acrescentou Harry, ainda conforme o "Sun".

A Comissão Europeia publicou nesta quarta-feira (4) seu projeto de "lei climática", a fim de estabelecer o objetivo da neutralidade do carbono em 2050. Mas o que ela anuncia como o primeiro passo de um continente já é descrito como "capitulação" pela jovem ativista Greta Thunberg.

A ativista sueca participou da reunião do Executivo europeu esta manhã, num sinal de consideração incomum por parte da Comissão.

"A lei climática é a tradução jurídica de nosso compromisso político, e nos coloca irreversivelmente no caminho para um futuro mais sustentável", disse a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, citada em comunicado.

Em uma reação bastante crítica, Greta disse que a UE "tenta criar leis e políticas (...) fingindo que pode ser um líder climático, mas ainda continua construindo e subsidiando novas infraestruturas de combustíveis fósseis".

Pensado como referência para toda as futuras legislações da União Europeia, o texto transcreve em lei a ambição de um nível líquido de emissões de gases de efeito estufa igual a zero até o final do século - isto é, um equilíbrio entre as emissões (reduzidas o máximo possível) e a absorção de carbono (por técnicas de sequestro).

O entusiasmo do Executivo europeu contrastou com a recepção da jovem que se tornou símbolo da luta contra as mudanças climáticas.

Em uma carta aberta publicada no site Carbon Brief, Greta Thunberg e outros trinta jovens ativistas climáticos denunciam a "capitulação" e a "arrogância" dos legisladores que "afirmam que (seu) projeto, desprezando o consenso científico, resolverá de alguma forma a maior crise que a humanidade já enfrentou".

A lei climática está no centro do "Pacto Verde" da Comissão para uma estratégia de crescimento sustentável.

A ambição de atingir o equilíbrio de carbono não é mais debatido na UE. Apenas a Polônia, onde 80% de sua eletricidade vem do carvão, assinalou que seria impossível, neste momento, se comprometer com este objetivo.

- "Muito tarde" -

A "lei climática" será agora objeto de um diálogo legislativo entre o Parlamento e os Estados membros.

Os ativistas do clima lamentam uma estratégia que se baseia demais em tecnologias que ainda não foram completamente desenvolvidas de captura de carbono e não o suficiente em uma redução drástica das emissões.

O prazo de "2050 é tarde demais", assegura o Greenpeace, que projetou na noite de terça-feira na fachada da Comissão a imagem de um planeta em chamas.

E a batalha promete ser ainda mais amarga sobre o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2030, pendente no projeto de lei e que exigirá uma emenda.

Para muitos observadores, a meta atual de -40% em relação ao nível de 1990 é obsoleta. Ursula von der Leyen já se comprometeu a aumentar para -50%, ou mesmo -55%.

No momento, porém, a reflexão está suspensa, no aguardo de um estudo de impacto para o verão.

Doze Estados membros - incluindo a França, os países escandinavos, Holanda e o Luxemburgo - pediram um calendário mais curto, com uma proposta quantificada "antes de junho de 2020".

A UE poderia decidir nas próximas semanas e apresentar uma nova meta revisada para cima na COP26 sobre o clima em Glasgow.

"A lei climática europeia também é uma mensagem para nossos parceiros internacionais, informando que este ano é uma oportunidade de reunir ambições globais, na busca de nossos objetivos comuns no acordo de Paris", afirmou Frans Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão.

Além disso, propõe, após 2030, a cada cinco anos até 2050, revisar os objetivos para ajustar a trajetória de neutralidade, com base em critérios científicos. Uma iniciativa que pode irritar os Estados membros.

A TV pública britânica BBC anunciou nesta segunda-feira que produzirá uma série de documentários com a participação da ativista ambiental sueca Greta Thunberg, que falará sobre sua vida e explorará as descobertas dos cientistas sobre as mudanças climáticas.

“A série seguirá a cruzada internacional de Greta, que a leva à linha de frente na luta contra as mudanças climáticas em alguns dos lugares mais extraordinários da Terra, enquanto explora as ações que podem ser tomadas para limitar a mudança climática e os danos causados”, anunciou a BBC Studios em comunicado.

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A série participará de encontros da ativista de 17 anos com cientistas, políticos e líderes empresariais a quem ela pede para agir contra a emergência climática, acrescentou.

“Os episódios também traçarão sua própria jornada para a vida adulta”.

Também incluirá momentos de tranquilidade, nos quais a jovem, que sofre de uma forma leve de autismo social, escreve seus discursos.

A luta climática de Thunberg começou silenciosamente em agosto de 2018, quando faltou a escola por três semanas e depois passou toda sexta-feira em frente ao Parlamento sueco com uma placa que dizia “Greve escolar pelo clima”.

Desde então, seu ativismo atraiu a atenção de milhões de jovens em todo o mundo.

“A mudança climática é provavelmente a questão mais importante de nossas vidas, por isso parece apropriado fazer uma série autorizada que explore os fatos e a ciência por trás dessa questão complexa”, afirmou Rob Liddell, produtor executivo da BBC Studios.

“Poder fazer isso com Greta é um privilégio extraordinário, que nos dá uma visão interna do que é ser um ícone global e uma das faces mais famosas do planeta”.

Do duelo entre Donald Trump e Greta Thunberg aos acordos comerciais “express”, passando pela promessa de plantar bilhões de árvores para salvar o planeta, seguem abaixo os cinco momentos do fórum de Davos, que terminou nesta sexta-feira na Suíça:

- Apocalipse iminente -

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O confronto entre a ativista sueca Greta Thunberg e o presidente dos EUA, Donald Trump, marcou os quatro dias do Fórum Econômico Mundial (WEF), que reúne todos os anos a elite da política e das finanças na Suíça.

“Temos que rejeitar os eternos catastrofistas e suas previsões de apocalipse”, afirmou Trump na terça-feira em um discurso, acusando aqueles que alertam sobre a seriedade da situação de serem “herdeiros das cartomantes tolas do passado”. Thunberg, de 17 anos, estava na sala e o ouviu impassível.

A ativista repetiu que “nossa casa está queimando” e não se intimidou apesar da ofensiva americana, mesmo quando um conselheiro de Trump a aconselhou a “estudar antes de falar”.

Nesta sexta-feira, no entanto, fez uma avaliação pessimista do fórum e disse que todas as suas alegações “foram totalmente ignoradas”.

- Um bilhão de árvores -

O Fórum Econômico Mundial, às vezes acusado de hipocrisia climática pela chegada incansável de helicópteros e limusines, decidiu este ano mostrar seu lado mais verde.

Além de proibir utensílios de uso único e oferecer alimentos com “proteínas alternativas” (ou seja, sem carne), o WEF lançou uma ambiciosa campanha para plantar ou salvar “um bilhão de árvores”, o que permitiria capturar CO2, mas que não tem nenhum efeito nas emissões.

Uma iniciativa para unificar projetos similares em todo o planeta que teve inclusive a aprovação de Donald Trump.

- Acordos rápidos -

Após a trégua comercial entre a China e os Estados Unidos, a febre para fechar pactos comercias parecia dominar Davos.

Trump disse que poderia fechar este ano um acordo comercial com a União Europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi ainda mais longe e falou de “algumas semanas”.

Mas o prazo surpreendeu inclusive em Bruxelas, levando em conta a enorme complexidade desse tipo de negociação.

“Honestamente, não entendo nada”, reconheceu o eurodeputado alemão Bernd Lange, presidente da comissão de Comércio Internacional da Eurocâmara.

- Fogo, eletrecidade e inteligência artificial -

O presidente da Alphabet (Google), Sundar Pichai, assegurou que a inteligência artificial será para a humanidade uma mudança “mais profunda que o fogo e a eletricidade”.

Ren Zhengfei, fundador da Huawei, gigante chinesa da tecnologia, comparou-a às armas nucleares.

“Nasci quando a bomba atômica explodiu no Japão. Quando eu tinha seis anos, era o que as pessoas mais temiam. Mas se olharmos para o passado, veremos os grandes benefícios da energia atômica. E a inteligência artificial não causou tanto dano como a bomba atômica”.

- "Criminosos" do clima -

Este ano, numerosas ONGs foram vistas novamente em Davos, apesar da contradição que às vezes envolve criticar as elites e participar de sua reunião anual por excelência.

É o caso do anticapitalista Micah White, um dos promotores do movimento Occupy Wall Street, que admitiu que vir a Davos pode parecer contraditório, embora tenha prometido, é claro, evitar “champanhe e caviar”.

Outros têm uma atitude muito mais ofensiva, como Jennifer Morgan, diretora executiva do Greenpeace.

“Em todas as conversas que tenho aqui, tento escancarar a verdade [sobre o clima] diante dos poderosos... mas é estranho: é como uma zona de guerra ambiental ou uma cena de crime em que todos os criminosos estão à sua frente”, disse à AFP.

A ativista sueca Greta Thunberg disse nesta sexta-feira (24), último dia do Fórum Econômico Mundial de Davos, que suas reivindicações sobre o clima foram "totalmente ignoradas" pela elite política e econômica reunida nesta cidade da Suíça.

"Tínhamos várias reivindicações (ao chegar). Evidentemente, foram totalmente ignoradas, mas já esperávamos por isso", afirmou a adolescente, que pedia, entre outras medidas, o fim imediato do financiamento das energias fósseis.

Ao ser questionada sobre as declarações, ontem, do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, Greta disse não se sentir afetada.

"Não têm qualquer efeito. Eles nos criticam desta maneira constantemente. Se nos incomodássemos, não poderíamos fazer o que estamos fazendo. Nós mesmos nos colocamos no centro das atenções", avaliou.

Na quinta-feira, Mnuchin aconselhou Greta "que primeiro estude economia e vá para a universidade, e depois poderá voltar a nos visitar". "Quem ela é? Uma economista-chefe?", ironizou.

Pelo Twitter, a adolescente sueca respondeu que seu ano sabático, durante o qual não teve aulas, terminou em agosto. De qualquer modo, frisou ela, "não precisa de diploma universitário" para constatar que os esforços para limitar as emissões de CO2 são insuficientes.

O presidente americano Donald Trump declarou em Davos nesta quarta-feira que adoraria conhecer a jovem ativista climática Greta Thunberg, a quem criticou implicitamente na véspera.

"Eu adoraria vê-la, conversar com ela", disse Trump em uma entrevista coletiva à margem do Fórum Econômico Mundial. Ele ainda considera o aquecimento global um "engodo"?

"Não, de maneira alguma, mas certos aspectos são", respondeu ele, sem dar detalhes, considerando as demandas dos ativistas ambientais "irrealistas".

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg discursou nesta terça-feira (21) no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, e voltou a afirmar que o mundo "não fez nada" para conter o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Esse foi o primeiro pronunciamento da jovem de 17 anos em um evento de líderes mundiais desde setembro passado, quando ela participou de uma reunião climática da ONU em Nova York.

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"Ninguém esperava, mas há uma maior consciência e a mudança climática virou um tema 'quente'. Mas, sob outro ponto de vista, nada foi feito, as emissões de CO2 não diminuíram, e esse é nosso objetivo", disse Thunberg durante um painel sobre mudanças climáticas em Davos.

Acompanhada de outros jovens ativistas, a sueca cobrou que a ciência seja colocada no "centro dos debates" e também lançou críticas contra a imprensa. As pessoas morrem por causa das mudanças climáticas, e uma mínima fração de grau centígrado de aquecimento já é importante. Mas não acho que tenha visto um único veículo de imprensa falar sobre isso", afirmou.

Segundo Thunberg, os países devem alcançar a neutralidade nas emissões de poluentes "o quanto antes". "Os países ricos devem chegar ao objetivo de zero emissão muito mais rapidamente e ajudar os países pobres", cobrou.

A sueca ganhou notoriedade por liderar greves estudantis às sextas-feiras para protestar em frente ao Parlamento de seu país em defesa do meio ambiente. Seu movimento, o "Fridays for Future" ("Sextas-feiras pelo futuro", em tradução livre), se espalhou pelo mundo e fez a ativista virar alvo de governantes céticos sobre as provas científicas do aquecimento global, como Donald Trump e Jair Bolsonaro. 

Da Ansa

O presidente americano, Donald Trump, e a ativista climática Greta Thunberg irão protagonizar a partir de terça-feira (21) o Fórum de Davos 2020, encontro anual da elite política e econômica mundial, que realizará este ano sua 50ª edição.

O Fórum Econômico Mundial (WEF) reúne desde 1971 empresários e líderes políticos na pequena estação de esqui suíça, com o objetivo de se tornar um "centro de reflexão" sobre os problemas do mundo. Mas a reunião também é um ponto de encontro das elites mundiais e reflexo das divisões econômicas e geopolíticas do momento, como mostra este ano a presença simultânea de Greta e Trump.

A ativista sueca, 17, participará de Davos pelo segundo ano consecutivo, com um discurso aguardado na terça-feira para convencer a comunidade internacional e o mundo dos negócios a agirem com urgência frente às mudanças climáticas.

Já Donald Trump, um crítico de Greta conhecido por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas, falará no dia seguinte, quando, em Washington, os senadores colocarão em andamento seu processo de destituição.

A agenda de Trump no fórum será marcada pela tensão com o Irã, após a morte, por um drone americano, do general iraniano Qasem Soleimani, à qual se seguiram medidas de represália de Teerã, e a derrubada de um avião comercial ucraniano por um míssil do Irã. O chanceler iraniano, Mohamad Zarif, cancelou sua presença em Davos, mas estará presente o presidente do Iraque, Barham Saleh.

O fórum, que será realizado até sexta-feira, também abordará a tensão comercial entre Estados Unidos e China, que fecharam na última semana um acordo preliminar após dois anos de guerra tarifária. A delegação chinesa em Davos será liderada pelo vice-premier Han Zheng.

- 'Guerra Fria' tecnológica -

A lista de magnatas em Davos, muitos deles de grandes empresas de tecnologia, inclui Ren Zhengfei, fundador da gigante chinesa Huawei, vetado nos Estados Unidos, no que alguns classificam de nova "Guerra Fria tecnológica".

A Europa será representada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente espanhol, Pedro Sánchez, que formou um governo de coalizão com o partido de esquerda radical Unidas Podemos.

Entre os líderes latinos, destacam-se os presidentes de Colômbia e Equador. Jair Bolsonaro cancelou sua participação e será respresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

As outras duas grandes economias latinas - México e Argentina - mantêm um perfil baixo em Davos. No primeiro caso, com a presença da secretária de Economia, enquanto o governo do peronista Alberto Fernández decidiu não enviar um representante oficial.

Em relatório recente, o WEF aponta como "desafios-chave para a humanidade" o descontentamento popular causado pela instabilidade econômica, as mudanças climáticas, o desaparecimento acelerado da biodiversidade e o acesso desigual à internet e aos sistemas de saúde: "O mundo não pode esperar que desapareça a névoa de incertezas geopolíticas e geoeconômicas."

Apesar disso, não se espera que Trump modere em Davos sua posição protecionista em matéria de comércio ou sua política para as mudanças climáticas, assinala o ex-diplomata americano e atual vice-presidente da consultoria IHS Markit, Carlos Pascual. "Provavelmente, ele mandará uma mensagem para os americanos, não para a comunidade internacional", indicou. Com o foco em sua reeleição nas eleições de novembro, o objetivo de Trump será "insistir em que sua prioridade em política internacional continua sendo 'America First'".

O nome da jovem ativista sueca Greta Thunberg não deixa de ser citado pelo governo de Jair Bolsonaro. Na manhã desta sexta-feira (3), o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse em sua conta no Twitter que Greta deveria mesmo era estar frequentando a escola ao invés de servir como "massa de manobra” por militantes de questões ambientais.

Apesar de não citar nominalmente a ativista, a fala do ministro cobrou posicionamento da sueca sobre os incêndios na Austrália, já que ela se posicionou sobre as queimadas na Amazônia, em 2019.

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Segundo o chefe da Casa Civil, Greta e outras crianças são usadas por quem tem interesses ocultos. “Chega de crianças sendo usadas como massa de manobra. O que é pior, usadas por quem tem interesses escusos! Deus abençoe as crianças. Deus abençoe a Austrália”, completou Lorenzoni.

"Defender interesses geopolíticos da esquerda" é a principal crítica que a jovem vem recebendo desde que se tornou um símbolo do ativismo pelas causas ambientais,  quando liderou uma greve global de estudantes pelo meio ambiente.

Em setembro do ano passado, ela discursou na Cúpula do Clima da ONU, onde denunciou problemas sociais e ambientais em vários países, inclusive, no Brasil, tendo declarado que indígenas estavam morrendo em defesa da Amazônia.

Depois de "pirralha", "pequenina"

Em sua primeira live do ano transmitida via Facebook nessa quinta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cobrou posicionamentos do presidente da França, Emmanuel Macron, e também de Greta Thunberg, a quem, dessa vez, ele se referiu como "pequenina" sobre a situação na Austrália. Em dezembro, o chefe de Estado a insultou de "pirralha"

 "Está pegando fogo na Austrália e o Macron disse alguma coisa, falou em colocar em dúvida a soberania da Austrália? Aquela menina, pequeninha falou alguma coisa?", provocou Bolsonaro com relação as queimadas na Austrália, que já contabiliza 15 mortos

O pai da ativista Greta Thunberg, Svante Thunberg, afirmou, em entrevista à rádio "BBC", que sua filha lutou contra a depressão durante três ou quatro anos após ser diagnosticada com síndrome de Asperger.

Svante, que reconheceu que ela deixou de comer e definiu a fase como um "pesadelo", explicou que Greta conseguiu se recuperar muito em decorrência de seu fascínio pelo meio ambiente. Na ocasião, ele começou a passar mais tempo com a filha e a irmã mais nova, Beata.

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Além disso, a mãe de Greta, a cantora de ópera Malena Ernman, chegou a cancelar alguns shows para que a família pudesse estar mais tempo junta. Segundo ele, por causa do ativismo, a adolescente sueca conseguiu "acordar o mundo" para as mudanças climáticas e hoje é "mais feliz".

No entanto, revelou também que, como pai, não deixa de estar preocupado com o ódio que a batalha dela tem gerado. Svante ainda ressaltou que se preocupa com "as notícias falsas, todas as coisas que as pessoas tentam fabricar - o ódio que isso gera", embora tenha garantido que Greta tem lidado com as críticas "incrivelmente bem". 

Greta Thunberg, de 16 anos, foi escolhida pela revista norte-americana "Time" como "Personalidade do Ano" de 2019. Ela é a líder do movimento global de estudantes contra as mudanças climáticas e já fez pronunciamentos em diversos eventos internacionais.

Da Ansa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta quinta-feira (12) a nomeação de Greta Thunberg pela revista Time como personalidade do ano de 2019, dizendo que a ativista climática deve "relaxar" e ir ao cinema.

"Tão ridículo. Greta deve trabalhar em seu problema de controle da raiva, depois ir a um bom e velho cinema com um amigo! Relaxa, Greta, relaxa", tuitou.

A afirmação veio depois de a revista ter anunciado na quarta-feira Greta Thunberg, de 16 anos, como a personalidade do ano. A adolescente iniciou no ano passado um protesto solitário "Greve escolar pelo clima", ou "Sexta-feira pelo futuro", contra o aquecimento global. Desde então se transformou em um ícone mundial.

Ela ficou conhecida por seus discursos inflamados aos líderes mundiais e esteve na quarta-feira em Madri, onde acusou os países ricos de enganarem as pessoas, como se estivessem tomando medidas significativas contra as mudanças climáticas.

Em uma de suas aparições mais emblemáticas, a jovem se dirigiu a líderes mundiais, em outra cúpula climática, na ONU em setembro, e questionou "como vocês se atrevem" a fracassar no combate ao aquecimento global.

Greta é frequentemente criticada por sua retórica, por sua pouca idade e pelo diagnóstico de síndrome de Asperger, uma manifestação mais branda de autismo.

O presidente Jair Bolsonaro a chamou, na última terça-feira, de "pirralha" e em setembro, após o discurso da adolescente, Trump, em tom de ironia, disse que ela é uma "menina muito feliz, ansiosa por um futuro brilhante e maravilhoso".

De Greta Thunberg ao Greenpeace, os apelos para que o lema da COP25, “Hora de Agir”, não fique apenas no papel se multiplicaram nesta quarta-feira (11) em Madri, onde a comunidade internacional prossegue discutindo a crise climática.

Até sexta-feira (13), cerca de 200 países estão convocados a impulsionar o Acordo de Paris, concluindo aspectos técnicos importantes, como o funcionamento dos mercados de carbono, além de mostrar sua disposição de fazer mais para limitar o aquecimento a menos de +2 °C e, se possível, + 1,5 °C.

Mas a falta de progresso da comunidade internacional diante da emergência climática decretada pelos cientistas e a mobilização dos cidadãos provocaram discursos raivosos em Madri.

Thunberg, nomeada nesta quarta-feira “Personalidade do ano” pela revista Time, lamentou que “nada esteja sendo feito” e, o que é pior, acusou os países ricos de enganar com metas ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A maioria dos estados trabalha com objetivos de redução de emissões de médio prazo e uma das questões centrais das negociações é a necessidade de aumentar a ambição de cada um.

“Um punhado de países ricos prometeu reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em X por cento nesta ou naquela data, ou alcançar a neutralidade do carbono em X anos”, afirmou a jovem militante sueca.

“Pode parecer impressionante à primeira vista (...), mas isso não é liderança, é engodo, porque a maioria dessas promessas não inclui a aviação, transporte ou importação e exportação de mercadorias. Em vez disso, incluem a possibilidade de que os países compensem suas ambições fora de suas fronteiras”, denunciou, lembrando as disposições do Acordo de Paris.

Thunberg pediu aos países ricos que assumam sua responsabilidade e atinjam a meta de “zero emissões de uma maneira muito mais rápida e depois ajudem os mais pobres a fazer o mesmo”.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima parece ter se tornado “uma oportunidade para os países negociarem brechas legais e evitarem maiores ambições”. Uma manifestação de ONGs e ativistas foi convocada nesta quarta-feira na COP25 para reivindicar “soluções reais” aos países ricos.

- Onde estão os adultos? -

Os mais velhos compartilham da mesma preocupação. “Participei da COP durante 25 anos: nunca vi uma lacuna tão grande entre o que acontece dentro e fora destas paredes”, afirmou Jennifer Morgan, diretora do Greepeace International.

“As soluções são acessíveis e estão diante de nossos narizes”, acrescentou. "Mas onde estão os líderes, os adultos?”, questiona. “O coração de Paris (o acordo) continua batendo, não abandonem”, implorou.

Dados científicos sugerem que qualquer atraso agravará o aquecimento, com consequências catastróficas para o planeta. As emissões de CO2 aumentaram 0,6% em 2019 em todo o mundo, de acordo com o balanço anual do Global Carbon Project (GCP).

- Questão de necessidade -

Os dados contrastam com o que, segundo a ONU, teria que ser feito a partir de 2020 para atingir o objetivo de +1,5 °C: reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 7,6% ao ano até 2030.

No ritmo atual, a temperatura mundial poderá subir para 4 ou 5°C no final do século em comparação com a era pré-industrial.

Na tentativa de impulsionar as negociações, a ministra espanhola da Transição Ecológica, Teresa Ribera, nomeada “facilitadora” na reta final da COP25, afirmou que “não é mais uma questão de ambição". "É uma questão de necessidade. Uma necessidade comum de agir”, destacou.

“Se alcançarmos um resultado ruim no final da semana (...), enviaremos um sinal terrível ao mundo”, disse Alden Meyer, da União de Cientistas Preocupados, com sede nos Estados Unidos.

A ex-senadora Marina Silva (Rede) aproveitou a participação em um dos painéis da 25ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-25), que acontece em Madri, para pedir desculpas à ativista sueca Greta Thunberg “em nome do Brasil”. Greta foi chamada de “pirralha” pelo presidente Jair Bolsonaro por duas vezes nessa terça-feira (10). 

Marina, que estava em uma palestra sobre o papel dos jovens no combate às mudanças climáticas, disse que Bolsonaro agiu com agressividade e desrespeito.

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“E eu queria iniciar fazendo um pedido de desculpas à Greta em nome de meu país, o Brasil. Pela forma como o presidente Bolsonaro desrespeitosamente e agressivamente se dirigiu a ela, chamando-a de pirralha, porque ela se solidarizou com os índios que foram assassinados no Brasil”, declarou a ex-candidata à Presidência em 2018 pela Rede Sustentabilidade.

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Jair Bolsonaro chamou Greta de “pirralha” depois que foi instado a comentar sobre a postura da ativista diante da morte de indígenas no Maranhão. “Como é, índio? Qual o nome daquela menina lá? Aquela Tábata, não. Como é? Greta. A Greta já falou que os índios morreram porque estão defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí. Uma pirralha”, disparou. 

Logo depois, Greta atualizou a descrição do seu perfil no Twitter e escreveu “pirralha” como sua definição. Ainda na terça, o presidente voltou a insultar a jovem.  

A revista norte-americana "Time" elegeu a ativista sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes da luta contra as mudanças climáticas, como "Personalidade do Ano" de 2019. A informação foi revelada nesta quarta-feira (11).

A adolescente de 16 anos ganhou a capa da publicação que, desde 1927, todo mês de dezembro presta uma homenagem à pessoa que marcou os 12 meses anteriores. Thunberg é líder de um movimento global de estudantes contra as mudanças climáticas e causou incômodo em líderes políticos ao cobrá-los na ONU pela falta de ações para combater o aquecimento global.

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Ela ganhou destaque internacional depois de iniciar protestos semanais do lado de fora do Parlamento da Suécia e inspirar milhões de jovens a lutarem pelo clima às sextas-feiras na campanha "Fridays For Future". Sua iniciativa rendeu uma campanha pelo Prêmio Nobel da Paz em 2019, mas também foi alvo de críticas por líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a chamou de "histérica", e o líder brasileiro, Jair Bolsonaro, que batizou Greta de "pirralha".

"Vocês roubaram os meus sonhos e infância. Estamos no início de uma extinção em massa, e a única coisa que vocês falam é sobre dinheiro e o conto de fadas de crescimento econômico eterno. Como se atrevem?", afirmou Greta em um de seus discursos mais duros na ONU, em setembro. A sueca já fez pronunciamentos em diversos eventos internacionais como o Fórum Econômico Mundial e a Conferência pelo Clima da ONU.

Da Ansa

Questionado sobre o assassinato de dois indígenas no Maranhão, o presidente Jair Bolsonaro respondeu que a ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, é uma "pirralha". "Qual o nome daquela menina lá, lá de fora? Tabata, como é? Greta. Já falou que índios estão morrendo porque estão defendendo a Amazônia. Impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, uma pirralha", disse Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada, onde costuma parar para tirar selfies com apoiadores e responder perguntas da imprensa.

Um dos principais nomes na articulação contra os efeitos das mudanças climáticas, a ativista sueca afirmou no domingo, dia 8, que os povos indígenas do Brasil estão sendo assassinados por proteger as florestas. "Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso", escreveu Greta, que compartilhou nas redes sociais uma notícia da Al Jazeera sobre as mortes no Brasil.

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Bolsonaro afirmou que "qualquer morte" preocupa o governo. E que é contra crimes ambientais. "Preocupa. Qualquer morte preocupa. Temos de cumprir a lei. Somos contra desmatamento ilegal, somos contra queimada ilegal. Tudo o que for contra a lei, somos contra", afirmou Bolsonaro.

Força Nacional

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou na segunda-feira, 9, o uso da Força Nacional de Segurança Pública para atuar na Terra Indígena Cana Brava Guajajara, no Maranhão, onde dois índios foram assassinados no último fim de semana após ataques a tiros - outros dois ficaram feridos. O Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira traz a Portaria do Ministério da Justiça que autoriza o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio à Funai na Terra Indígena.

A ativista sueca Greta Thunberg chegou em Lisboa nesta terça-feira (3), após uma travessia de três semanas no Oceano Atlântico, e agora busca um transporte para levá-la até Madri, que sedia a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25.

Thunberg, 16 anos, viajou no veleiro de uma família australiana após um tour por Canadá e Estados Unidos. Seu objetivo era seguir até o Chile, que receberia a COP25, mas a jovem teve de mudar os planos por conta da transferência da sede do evento.

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O barco, chamado "La Vagabonde", viajou sem auxílio de motores, já que Thunberg busca usar apenas meios de transporte com baixo impacto ambiental. O veleiro conta com painéis solares e geradores movidos a água para obter eletricidade.

A jovem deve se reunir com autoridades portuguesas e outros ativistas, mas seus representantes ainda não confirmam como nem quando ela irá a Madri, a 600 quilômetros de Lisboa.

"Ela tem sido uma líder capaz de mover e abrir corações de muitos jovens ao redor do mundo. Precisamos dessa força tremenda para aumentar a ação pelo clima", disse a ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt, que preside a COP25.

A chegada de Thunberg a Lisboa coincide com a divulgação de um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência ligada à ONU, que aponta que 2019 deve ser o segundo ou terceiro ano mais quente desde que as medições começaram - o recorde é de 2016.

As estatísticas indicam que as temperaturas do planeta se mantiveram em média 1,1ºC acima dos níveis pré-industriais entre janeiro e outubro. Se esse índice permanecer inalterado, 2019 será o segundo ano mais quente de todos.

Da Ansa

A jovem ativista ambiental sueca Greta Thunberg será responsável por um programa matinal da Rádio BBC 4 durante as férias de Natal, anunciou a BBC neste sábado (23).

A adolescente de 16 anos de idade, que luta contra as mudanças climáticas, será uma das cinco personalidades que dirigirão esse programa de rádio, muito popular no Reino Unido, entre Natal e Ano.

Greta Thunberg entrevistará várias personalidades que combatem o aquecimento global e com líderes indígenas.

A adolescente será acompanhada por personalidades como Mark Carney, diretor do Banco da Inglaterra e Brenda Hale, presidente da Suprema Corte Britânica, que considerou a decisão do primeiro-ministro conservador Boris Johnson de suspender o parlamento como "ilegal".

Os outros apresentadores simbólicos deste programa durante a temporada de festas serão o artista Grayson Perry, o rapper "George The Poet" e o ex-editor-chefe do Daily Telegraph, Charles Moore.

Críticas a jovem ativista Greta Thunberg de 16 anos fizeram com que o técnico Tommaso Casalini, da equipe juvenil do Grosseto, da quarta divisão italiana, fosse demitido pelo clube italiano.

Casalini fez uma publicação em seu Facebook criticando Greta: “Essa aí tem 16 anos, já dá para bater. Idade para apanhar ela já tem", afirmou.

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O clube repudiou a atitude do treinador por meio de uma nota: "Após tomar conhecimento de sua postagem na rede social, o Grosseto comunicou que ao treinador do Juvenil, Tommaso Casalini, que ele estava liberado de sua função. Nossa equipe não compactua com esse tipo de comportamento, e prezamos sempre pelos valores morais juntamente aos valores técnicos".

Arrependido, o treinador voltou a fazer uma publicação, mas desta vez se redimiu: "Quero pedir desculpas publicamente a Greta Thunberg pelo post que escrevi no Facebook na semana passada. Foi um desabafo escrito em momento de raiva contra a jovem ativista sueca, utilizando linguagem totalmente equivocada e com um conteúdo do qual me arrependo".

A sueca Greta Thunberg voltou a pedir nesta sexta-feira (27), em Montreal, ao primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e a outros líderes mundiais que façam mais pelo meio ambiente, antes de liderar um novo protesto do movimento "greve mundial pelo clima".

Em meio a uma atmosfera festiva, a enorme passeata começou no início da tarde, no centro da capital de Quebec. O primeiro-ministro também acompanhou o evento misturado na multidão.

"Somos pelo menos 500 mil", disse a ativista de 16 anos para os participantes. "Vocês podem se orgulhar de vocês!"

Thunberg estimou que "milhões" de pessoas se reuniram em todo o mundo nesta sexta-feira para exigir ações efetivas para conter o aquecimento global. "Continuaremos a fazê-lo até que eles nos escutem", alertou sob os aplausos.

"Por que estudar em um mundo sem futuro?", indicava um cartaz levado por um dos manifestantes citando a greve escolar iniciada por Thunberg.

A polícia não forneceu um número oficial de participantes.

A jovem que lidera a luta global contra a inação frente ao aquecimento do planeta considerou que, como a maioria dos dirigentes políticos, o primeiro-ministro canadense "não fez o suficiente" pelo meio ambiente, ao ser consultada a respeito durante uma breve coletiva de imprensa antes da manifestação.

No entanto, diante da pergunta, enfatizou que preferia não "apontar indivíduos, mas se concentrar em uma visão coletiva".

"Minha mensagem para os políticos de todo o mundo é a mesma: escutem e ajam em função do que diz a Ciência", exortou a ativista de 16 anos.

Recém-chegada de Nova York, onde discursou na cúpula do clima na ONU, Thunberg se reuniu com Trudeau nas primeiras horas da manhã.

- Trudeau criticado -

Poucos dias depois de disparar um contundente "Como se atrevem?" a dezenas de chefes de Estado e governo nas Nações Unidas, Thunberg vai liderar nesta sexta uma manifestação que deve ser uma das mais importantes da história do Canadá.

Em plena campanha para sua reeleição nas legislativas, Trudeau pretende se somar ao protesto.

A líder canadense dos verdes, Elizabeth May, muito criticada pela gestão governamental do meio ambiente, também participará do ato, enquanto o principal adversário de Trudeau, o conservador Andrew Scheer, recusou o convite e indicou um deputado local para comparecer em seu nome.

Trudeau corre o risco de ser interpelado pelos manifestantes com relação a suas políticas ambientais, em especial sua decisão de nacionalizar o oleoduto Trans Mountain, que leva petróleo de Alberta até a costa da Colúmbia Britânica, provocou o repúdio de grupos ambientalistas e algumas comunidades aborígenes.

Em parte graças ao "efeito Greta", os organizadores esperam mais de 400.000 pessoas nas ruas de Montreal. Outras manifestações estão previstas também nas principais cidades do Canadá.

Espera-se que Thunberg discurse no meio da tarde em frente à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI, na sigla em inglês), uma entidade da ONU com sede em pleno centro da cidade.

Por mera coincidência, os dirigentes da entidade, frequentemente criticados pelo ativismo ambiental por sua contribuição às emissões mundiais de carbono, estão reunidos em Montreal desde a terça-feira e até a próxima sexta por ocasião de sua reunião trienal.

Reduzir a pegada de carbono do setor aéreo é um dos temas centrais desta reunião.

Na sexta-feira passada, mais de quatro milhões de pessoas, sobretudo jovens, se manifestaram em todo o mundo para celebrar um novo "Friday for Future", a ação de protesto iniciada há um ano pela jovem sueca.

Uma semana depois, a mobilização global começou em frente ao Parlamento da Nova Zelândia com mais de 40.000 participantes, e se seguiu com uma demonstração contundente na Itália, onde, segundo os organizadores, um milhão de pessoas marchou em diferentes cidades do país.

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