Nesta sexta-feira (14), inicia-se a 38° edição do Campeonato Brasileiro da Série B, a Segunda Divisão do futebol nacional. Serão 20 equipes com o sonho de chegar à Série A do Brasileirão e se estabelecerem na elite do esporte nacional. Somente quatro chegarão lá.
Todas as regiões do Brasil estarão envolvidas no campeonato; 14 Estados serão representados na Segundona. Goiás e Santa Catarina são os Estados com mais representantes, enquanto Pará, Mato Grosso, Maranhão e Pernambuco terão somente um. Brasil de Pelotas (RS), Tupi (MG), Vila Nova (GO) e Londrina (PR) são os “caçulas” no torneio, os recém-promovidos da Série C. Enquanto Paysandu, Paraná e Goiás são os maiores campeões da Série B presentes na competição nesta temporada, com títulos dois títulos cada. Confira abaixo o desempenho das equipes presentes na Segunda Divisão este ano e as expectativas para as respectivas campanhas delas:
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Atlético Goianiense – 18 jogos, 10 vitórias, três empates e cinco derrotas - 61% de aproveitamento.
O Dragão tentará melhorar a posição que ficou em relação a Série B de 2015, o 16° lugar. Ocupou a parte de baixo da tabela durante boa parte da competição. Perdeu importantes peças nessa temporada, como o atacante Arthur, artilheiro do time no ano passado, mas conta com os remanescentes Júnior Vicosa e Márcio para sonhar com um possível acesso à Série A. O Atlético Goianiense não teve bom início de ano. Soma eliminações na semifinal do Campeonato Goiano e eliminação, em casa, na primeira fase da Copa do Brasil para o Ypiranga-RS.
Avaí – 25 jogos, sete vitórias, quatro empates e 14 derrotas – 33% de aproveitamento.
Rebaixado por um ponto da Série A do ano passado, o Avaí não conseguiu se reencontrar em 2016. Reformulou praticamente toda a equipe, mas começou a desandar a partir do final do primeiro turno do catarinense. Após o segundo lugar na primeira etapa da competição, o Leão da Ilha venceu só uma partida no segundo turno e terminou em último lugar no grupo. Terminou em antepenúltimo na classificação geral do campeonato. Os catarinenses também não tiveram sucesso na Copa do Brasil, eliminados na segunda fase, e na Primeira Liga, em que não avançaram ao mata-mata.
Bahia – 25 jogos, 18 vitórias, quatro empates e três derrotas – 77% de aproveitamento.
Um dos favoritos ao acesso, o Bahia investiu pesado em contratações nesta temporada. Trouxe jogadores renomados como Thiago Ribeiro, Renato Cajá, Hernane e Luisinho. Embora tenha perdido nomes importantes do frustrante 9° lugar na Série B do ano passado, como Kieza, Maxi Biancucci e Eduardo, o Esquadrão de aço promete ter uma equipe mais competitiva para retornar à Série A após duas temporadas. Neste ano, o Bahia foi vice-campeão do Estadual ao perder a final para o Vitória. E parou nas semifinais da Copa do Nordeste, eliminado pelo campeão Santa Cruz.
Bragantino – 24 jogos, 13 vitórias, oito empates e três derrotas – 65% de aproveitamento.
O Braga teve uma das campanhas mais surpreendentes da Série B do ano passado, quando finalizou a competição no 6° lugar. Daquela equipe, Jobinho e Lincom permaneceram e são as principais esperanças da equipe paulista nesta edição. No entanto, jogadores importantes saíram, como Douglas Friedrich, Alan Mineiro e Jocilei. Apesar do razoável desempenho na temporada, o Bragantino não conseguiu subir à Primeira Divisão do Campeonato Paulista, em que foi rebaixado no ano passado. Mas segue na Copa do Brasil.
Brasil de Pelotas – 16 jogos, três vitórias, oito empates e cinco derrotas – 35% de aproveitamento.
Recém-promovido, o Brasil de Pelotas buscará dar continuidade ao conto de fadas que vive nos últimos anos. São três acessos em três temporadas (Série A do Gauchão em 2013, Série C nacional em 2014 e agora Série B nacional). Desde 2000 fora da segundona, os Xavantes depositam grande parte das expectativas em Eduardo Martini e Leandro Camilo, remanescentes da Série C de 2015. Instável, nesta temporada, terminou em oitavo lugar na primeira parte do Gauchão, mas não passou das quartas de final, superado pelo Grêmio. Na Copa do Brasil, saiu logo na primeira fase, ao ser superado pelo Atlético Paranaense.
CRB - 29 jogos, 16 vitórias, três empates e 10 derrotas – 58% de aproveitamento.
Os alagoanos terminaram a Série B do ano passado na 11° colocação. Depois de início ruim na competição, o Galo da Praia reagiu no campeonato a partir da chegada do treinador Mazola Júnior. Para esta edição, contará com o artilheiro da Série B ano passado, o atacante Zé Carlos, que marcou 19 gols, além da presença de Júnior Baiano, Lúcio Maranhão, Olívio e Somália. O elenco do ano passado não sofreu grandes mudanças. Até então, é o time da Série B que mais jogou em 2016. Campeão alagoano nesta temporada, o CRB avançou até às quartas de final da Copa do Nordeste e à segunda fase da Copa do Brasil, em que terá a difícil de missão de eliminar o invicto Vasco.
Ceará – 25 jogos, 14 vitórias, seis empates, cinco derrotas – 64% de aproveitamento.
O Vovô sofreu na Série B de 2015. Ficou na zona de rebaixamento durante mais da metade da competição e, no final, com a chegada do treinador Lisca, o Ceará conseguiu uma reação incrível e se safou da Terceira Divisão Nacional na última rodada, quando venceu e rebaixou o concorrente direto Macaé. Nesta temporada, com o intuito de voltar à Série A depois quatro anos, os cearenses apostam na dupla de ataque Bill e Rafael Costa para brigar pelas primeiras colocações. No ano, o Ceará não avançou à segunda fase do Campeonato Cearense. Na Copa do Nordeste perdeu para o Santa Cruz nas quartas de final e caminha à terceira fase da Copa do Brasil depois te ter vencido o Joinville fora de casa.
Criciúma – 23 jogos, 10 vitórias, quatro empates e nove derrotas – 49% de aproveitamento.
O Tigre era, a princípio, um dos candidatos ao acesso na Série B do ano passado, mas decepcionou e terminou o campeonato na modesta 12° colocação. Para esta edição, apostará num elenco jovem e pouco experiente. Com 22,74 anos, é o com menor média de idade da competição. Por outro lado, terá a presença do goleiro Luiz, um dos poucos a se destacarem na Segundona do ano passado. Em 2016, o Criciúma terminou em segundo lugar geral no Estadual, embora não tenha chegado a decisão, vencida pela Chapecoense. Não teve vida longa na Copa do Brasil e Primeira Liga, em que foi eliminado na primeira fase em ambos.
Goiás – 20 jogos, 12 vitórias, cinco empates e três derrotas – 68% de aproveitamento.
Os esmeraldinos voltam à segunda divisão após quatro anos, mas chegam otimistas para a segundona. Apesar de terem sido forçados a fazer um novo elenco, bons nomes estão a serviço da equipe goiana, como o goleiro Ivan, o veterano Léo Lima e o atacante Cléo. Na temporada, o Goiás sagrou-se campeão do Campeonato Goiano, mas saiu derrotado logo na primeira fase da Copa do Brasil para o River-PI.
Joinville – 23 jogos, nove vitórias, nove empates e cinco derrotas – 52% de aproveitamento.
Não demorou muito tempo a passagem do JEC pela primeira divisão do Campeonato Brasileiro após o título em 2014. Novamente na segundona, os catarinenses terão ao dispor um número considerável de jogadores que estiveram no elenco rebaixado do ano passado, mas que tiveram razoável desempenho, como o goleiro Agenor, o zagueiro Bruno Aguiar e o atacante Fernando Viana. Além do treinador PC Gusmão. O Joinville ficou com o vice-campeonato do Campeonato Estadual e terá que reverter a vantagem do Ceará para avançar à terceira fase da Copa do Brasil.
Londrina – 16 jogos, oito vitórias, quatro empates e quatro derrotas – 58% de aproveitamento.
É o outro “caçula” da competição. De volta à Série B depois de 12 anos fora, o Tubarão apostarão tudo na Segundona desta temporada. Do elenco, os nomes mais conhecidos são o do atacante Keirrison, o volante Germano e o meia Rafael Bastos. O Londrina também não passa por uma temporada tão boa. Campeão estadual em 2015, parou nas quartas de final desta edição e também não foi muito longe na Copa do Brasil, em que terminou eliminado pelo Cruzeiro.
Luverdense – 21 jogos, 10 vitórias, sete empates e quatro derrotas – 58% de aproveitamento.
O Luverdense também obteve louvável desempenho na Série B do ano passado, principalmente no segundo turno. Chegou até a sonhar com o acesso, mas ficou satisfeito com o honroso 10° na classificação. Mas perdeu boa parte dos destaques daquela competição, como o goleiro Edson, o meia Diego Rosa, os atacantes Tozin e Alípio etc. Apostará num elenco jovem e na competência do treinador Júnior Rocha, um dos mais longevos do Brasil. Campeão do Campeonato Mato-grossense nesta temporada, o Verdão só não teve caminhada bem sucedida na Copa Verde. Eliminado ainda na primeira fase. Não participou da Copa do Brasil.
Naútico – 16 jogos, nove vitórias, quatro empates e três derrotas – 64% de aproveitamento.
O Timbu terminou a Série B do ano passado no louvável 5° lugar. Só não conseguiu o acesso devido a reação tardia que teve no campeonato. Quer mais regularidade nesta temporada para alcançar à primeira divisão depois de quatro anos. Júlio Cesar, Ronaldo Alves Daniel Morais e Bergson foram jogadores importantes na campanha de 2015 e tem a companha de Rony e Valdívia para chegar à elite do futebol brasileiro. Neste ano, terminou em terceiro lugar no Campeonato Pernambucano e, na Copa do Brasil, sofreu surpreendente desclassificação na primeira fase diante do Vitória da Conquista.
Oeste – 15 jogos, três vitórias, quatro empates e oito derrotas – 28% de aproveitamento.
O Rubrão também escapou por muito pouco do rebaixamento na Série B do ano passado. Concluiu a competição em 16° lugar, uma posição acima da z-4.. Os nomes mais tarimbados do elenco são de Marcelinho Paraíba e Ricardo Bueno. Havia a possibilidade de haver uma fusão entre Oeste e Audax, vice-campeão do Campeonato Paulista para a disputa da Série B, mas a parceria melou. O Oeste está na segunda divisão do Campeonato Paulista e não conseguiu subir à divisão principal.
Paraná – 18 jogos, 10 vitórias, quatro empates e quatro derrotas – 62% de aproveitamento.
O tricolor da Vila ficou na zona intermediária da tabela durante toda a Série B de 2015. Finalizou a competição em 13° lugar. Para essa temporada, tem o meia Nadson e no atacante Lúcio Flávio como as principais trunfos para buscar, no mínimo, uma posição melhor na tabela. O Paraná foi eliminado nas semifinais do Estadual pelo campeão Atlético Paranaense e está na segunda fase da Copa do Brasil, com boas possibilidades de avançar.
Paysandu – 22 jogos, 14 vitórias, sete empates e uma derrota – 74% de aproveitamento.
O Papão foi uma das sensações da Série B de 2015. Recém-promovido, venceu todos os times que subiram à Série A e terminou a competição no digno 7° lugar, além de ter brigado pelo acesso até a penúltima rodada. Apesar de ter perdido o melhor jogador do time nos últimos anos, Yago Pikachu, os bicolores reforçaram bem o elenco e manteve Dado Cavalcanti no comando e se mostra como um dos favoritos a retornar à Série A, depois de 13 anos. O Paysandu é a única equipe da Série B a ter conquistar dois títulos na temporada: o Parazão (invicto) e a Copa Verde. O time estava sem perder na temporada até a última terça-feira, quando foi derrotado pelo Gama na final da Copa Verde, mas, como havia conseguido boa vantagem no primeiro confronto, levantou a taça. Está na segunda fase da Copa do Brasil
Sampaio Correa – 24 jogos, 14 vitórias, três empates e sete derrotas – 62% de aproveitamento.
O Bolívia Querida também sonhou com o acesso por boa parte da Série de 2015, mas ficou na 8° colocação do campeonato. E também promete brigar pela vaga na Série A. Pimentinha, Edgar e Arlindo Maracanã são os jogadores que estão há mais tempo no grupo e tentarão repetir os bons desempenhos que tiveram nos anos anteriores. Agora sob o comando técnico de Petkovic. No Estadual, está a uma empate do título, mas, na Copa do Brasil, encontra-se em uma situação mais complicada por ter perdido a primeira partida em casa para o Figueirense.
Tupi – 11 jogos, quatro vitórias, um empate e seis vitórias – 39% de aproveitamento.
Recém-promovidos, os mineiros são os que têm o pior aproveitamento dos clubes que disputarão a Segundona nesta temporada. A equipe perdeu grande parte dos atletas que conquistaram o acesso em 2015. O Tupi não disputava a Série B desde 1989 e quer, pelo menos neste primeiro ano, permanecer na segundona. O Galo do Carijó só disputou o Campeonato Mineiro nessa temporada e ficou no 9° lugar, a um ponto da zona de rebaixamento.
Vasco – 21 jogos, 16 vitórias e cinco empates – 84% de aproveitamento.
De volta a Série B após dois anos, os cruzmaltinos aparecem como candidatos não apenas ao acesso, como ao título. O elenco do ano passado não teve muitas alterações e, sob o comando de Jorginho, Nenê, Andrezinho e Martin Silva, o Vasco é tachado como o time a ser batido e desponta em relação aos demais pelo momento e história. Os cariocas são os únicos da Série B a não terem perdido nenhuma partida na temporada. Conquistaram o Campeonato Carioca invictos e estão muito próximos de irem à terceira fase da Copa do Brasil. Dos times da Segunda Divisão, é o que têm o melhor aproveitamento.
Vila Nova – 22 jogos, oito vitórias, 10 empates e quatro derrotas – 51% de aproveitamento.
Atual campeão da Série C, o Vila é o que mais se destaca dos “caçulas” na temporada, até então. O nome mais conhecido do elenco do Tigre da Vila Formosa é o do atacante Wendel Lira, que ganhou o prêmio de gol mais bonito do mundo neste ano. Mas o artilheiro e protagonista da equipe é o atacante argentino Frontini. O Vila seguiu até as semifinais do Estadual, quando foi eliminado pelo Campeão Goiás e, na Copa Verde, não passou das quartas de final. O vice-campeão Gama o eliminou da competição.
Por Mateus Miranda.