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A CPI do Carf do Senado rejeitou, na manhã desta quinta-feira (11) requerimentos de convocação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e da advogada e ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. Os pedidos, rejeitados por unanimidade, foram apresentados pelo presidente da comissão, o senador tucano Ataídes Oliveira (TO). O autor do pedido não participou da votação por impedimento regimental.

Para tentar convocar Mantega, Ataídes argumentou que todos os conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) são nomeados pelo ministro da Fazenda. "Eu vejo que, na estada que teve de longa data no Carf e no Ministério, (Mantega) pode contribuir muito com os nossos trabalhos", disse.

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No caso de Erenice, o senador tucano disse que é fundamental colher o depoimento dela, uma vez que é atribuída à ex-ministra a responsabilidade da indicação de conselheiros do Carf, além de ter atuado profissionalmente ao lado do conselheiro José Ricardo da Silva, um dos mencionados no curso das investigações realizadas pela Operação Zelotes.

Contudo, os senadores da base defenderam a rejeição dos pedidos. Sem a presença de qualquer senador da oposição, exceto o presidente da CPI, que não vota, os governistas consideraram, ao menos por ora, os requerimentos desprovidos de fundamento.

"O ministro Guido Mantega não tem qualquer envolvimento com a Zelotes até o momento. Evidentemente, por decisão formal e constitucional, cabe a ele assinar as nomeações", afirmou o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE). "Da mesma forma, a ex-ministra Erenice Guerra, ao que consta há um único processo de um escritório de advocacia de que ela era sócia depois que ela saiu da Casa Civil, nem sequer foi julgada pelo Carf", considerou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Em votação simbólica, quando não há registro nominal da votação, os senadores aprovaram cinco requerimentos de pedidos de informação do Carf ao próprio órgão e outras instituições, como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU).

Por solicitação de José Pimentel, a comissão decidiu retirar de pauta o pedido de convocação de Otacílio Cartaxo, ex-presidente do Carf e ex-secretário da Receita Federal. Ele argumentou que prefere avaliar a necessidade desse pedido após a apresentação do plano de trabalho das investigações da CPI, que está sendo apresentado pela relatora da comissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Coercitiva

Os senadores também aprovaram um pedido para que os três convocados para a reunião de hoje sejam conduzidos coercitivamente na próxima quinta-feira, 18, à comissão. O advogado Leonardo Manzan, o sócio de um escritório de contabilidade Nelson Mallmann e o conselheiro Paulo Roberto Cortez faltaram ao encontro.

Gravações das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras mostram que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fez indicações políticas para o comando da Petros, fundo de pensão dos funcionários da estatal. Os áudios dos encontros mostram que a iniciativa foi criticada por integrantes do colegiado, que apontavam inexperiência dos indicados e até a suspeita de que um deles teria lidado com propinas em ocasiões anteriores. Mantega foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

No encontro, de 13 de janeiro de 2015, a então presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que recebeu "uma determinação" de Mantega, com nomes e currículos, e que ele pediu que Graça "viabilizasse as mudanças" na Petros. Ao final, ela pediu que essa informação não constasse da ata. O pedido de Graça foi atendido.

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Menos de dois meses depois, houve mudanças na diretoria da Petros. Como os indicados por Mantega não são citados na gravação da reunião do conselho, não é possível saber se os nomes apoiados pelo então ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da estatal entraram na Petros.

Na reunião, o então representante dos funcionários da Petrobras, Sílvio Sinedino, afirmou que foi chamado para discutir a mudança na diretoria do fundo de pensão e soube de alguns nomes que haviam sido indicados para cargos que não tinham "a menor capacidade para assumir essas posições" - nunca haviam sequer administrado "nem uma carrocinha de pipoca".

Sinedino chegou a dizer que uma auditoria interna da Petrobras mostrava que uma das pessoas indicadas teria recebido parte dos R$ 500 mil de propinas supostamente pagas por uma administradora de fundos de investimento.

Graça pediu para que as informações tratadas na discussão não fossem transcritas na ata da reunião. "Quem me mandou e-mail, quem me passou os nomes, eu peço que não esteja em ata. Senão a gente não vai poder conversar aqui na reunião do conselho. Porque o ministro passou o nome, isso não deve estar em ata", afirmou.

O documento oficial, porém, registrou a preocupação de Sinedino sobre os "potenciais indicados, além de ser mais um caso de patente interferência do acionista controlador". A reportagem não conseguiu contato com Sinedino. Mantega foi questionado, mas não respondeu. Graça não foi localizada. Em nota, a assessoria da Petrobras afirmou que não comentaria "informações supostamente oriundas de vazamentos ilegais". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira (4) que a crise mundial está chegando ao fim e disse que praticamente não houve crise para a população brasileira de média e baixa renda. "Creio que estamos chegando perto do fim dessa crise mundial", disse, acrescentando que o processo será mais rápido quando países europeus "deixarem o imobilismo" e tomarem medidas eficazes para gerar empregos necessários. "Com o mundo melhorando nos próximos anos, o Brasil tem plena condição de engatar novo ciclo de crescimento", afirmou. O ministro fez uma defesa da política econômica nos últimos anos, enquanto esteve à frente da pasta.

"Meu grande orgulho é ter liderado a economia brasileira na mais grave crise brasileira em 80 anos", afirmou, acrescentando que entregará a economia mais sólida do que recebeu. "É um grande orgulho para nós dizer que para a população brasileira média e baixa renda praticamente não houve crise."

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"Quando a crise de 2008 começou, estávamos preparados para enfrentá-la", disse. O ministro argumentou que situação fiscal era sólida e o mercado interno era vigoroso. "Pela primeira vez em muitas décadas o Brasil não tombou diante de crise internacional", disse. "Enquanto países cortaram investimentos e geraram desemprego, fizemos corajosa política anticíclica."

O ministro comparou mais uma vez a situação do mercado de trabalho no Brasil e em outros países e elogiou a situação do emprego no Brasil. "Nesse longo período no governo, tenho certeza que fomos bem-sucedidos na missão de desenvolver nossa economia", disse.

No início do discurso, Mantega adiantou que faria uma avaliação do que foi o período dele no governo petista. "Nesses anos, o Brasil avançou muito em todas as áreas, deixando de ser economia frágil para se tornar a sétima economia do mundo", disse. O ministro disse que, apesar dos anos de crise mundial, há um "saldo positivo de transformação".

"Nos anos 2000, entramos no governo com economia abalada. As reservas mal davam para pagar dois meses de importação. Naquela época, o Brasil estava de pires na mão, pedindo empréstimos e as bênçãos do FMI". Mantega afirmou que, hoje, as reservas são maiores que a divida externa.

O ministro fez várias comparações com o governo de Fernando Henrique Cardoso, anterior ao período petista no poder. "Naquela época, faltava emprego e os jovens tinham poucas expectativas de trabalho. Arregaçamos as mangas e implementamos projeto que acelerou crescimento, gerou empregos com carteira assinada e criou condições mais humanas". Mantega destacou as transformações sociais e disse, mais uma vez, que a renda do brasileiro subiu nos últimos anos e, portanto, a pobreza caiu.

O anúncio dos líderes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ) de formar um conselho de administração interino do novo banco de desenvolvimento do grupo alimentou as especulações de que a presidente Dilma Rousseff pode indicar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para presidir o conselho.

Pelas regras acertadas nas negociações da assinatura do acordo de criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Brasil terá direito à primeira presidência do conselho de administração e a Índia vai indicar a presidência do banco. Já a sede será em Xangai, na China.

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Na presidência do Conselho de Administração, o Brasil terá maior influência na definição das diretrizes do banco, segundo avaliação de fontes nacionais. O banco foi criado com a missão de ajudar na oferta de crédito mais barato para investimentos em infraestrutura. O Conselho de Administração terá entre suas funções decidir sobre planos de investimento e de expansão do banco.

A indicação do ministro Mantega seria uma forma de prestigiá-lo depois de sua permanência por mais de oito anos no comando da economia brasileira. O ministro foi um dos mais atuantes para a criação do banco e pela reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Brasil queria a presidência do NBD. Mas, nas negociações finais, que ocorreram na reunião de julho passado, em Fortaleza, cedeu a vantagem à Índia em troca da presidência do conselho.

Pressa

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o governo brasileiro tem interesse em que o banco comece a funcionar interinamente - ainda em 2015 -, já que o processo de ratificação do acordo de criação deve demorar pelo menos um ano.

Segundo fontes, está sendo discutida a possibilidade de alguns países anteciparem parte do aporte inicial previsto no acordo para financiar a estrutura inicial do banco, inclusive o pagamento inicial dos dirigentes. O Brasil, porém, não poderá fazer o aporte antes da ratificação do acordo pelo Congresso Nacional.

No comunicado divulgado após o encontro dos presidentes dos países do Brics, que antecedeu a reunião de cúpula do G-20 da semana passada, foi citado o avanço na constituição do NBD e ficou decidido que os ministros de finanças devem designar o "presidente e os vice-presidentes do NBD com bastante antecedência à próxima cúpula do Brics na Rússia".

Além dessa nomeação antecipada, o grupo concordou em anunciar a formação do Conselho de Administração Interino que conduzirá a próxima etapa para a criação do NBD. A intenção é acelerar o processo de estabelecimento da instituição financeira enquanto os poderes legislativos avançam com a tramitação legal da nova instituição.

No dia 4 de setembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, agora porta-voz de medidas duras e impopulares na economia, ficou a milímetros de abandonar a cadeira que ocupa há mais de oito anos.

Chocado e sentindo-se apunhalado, Mantega soube pela imprensa que estaria dispensado do cargo em um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

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Sem ter recebido nem sequer um telefonema de Dilma, Mantega procurou auxiliares próximos da presidente para entender os motivos do ocorrido, os porquês da decisão no auge da difícil campanha eleitoral. Informado dos detalhes, o ministro decidiu que passaria o fim de semana em São Paulo, onde tem casa, e não voltaria mais a Brasília. "Pra mim, chega", confidenciou.

A resolução inflamada do ministro instalou a pior crise da campanha eleitoral de Dilma e a "turma do deixa-disso" correu para demovê-lo da saída iminente. Houve atuação especial do ex-presidente Lula, mentor do plano de entregar a cabeça de Mantega ao "mercado" na tentativa de atenuar o mau humor dos agentes econômicos em plena corrida eleitoral.

Muitas conversas e afagos depois, Mantega não só aceitou relevar a indelicadeza de Dilma, como reencarnou o espírito fiel e profissional de executor das ordens presidenciais para assumir sua última missão no comando da Fazenda. Sob orientação presidencial, virou porta-voz das medidas econômicas, topando desdizer parte do discurso eleitoral da candidata Dilma. Tudo a fim de "limpar" o terreno para seu sucessor, ainda não anunciado, poder administrar uma casa mais arrumada.

No Palácio do Planalto, é dado como certo que, diferentemente do que vem afirmando, Mantega não permanecerá no cargo até 31 de dezembro.

Assim que Dilma anunciar todos os nomes da nova equipe econômica, o ministro deixará a Esplanada. Por isso, ele corre contra o relógio para encerrar sua tarefa derradeira.

Nos bastidores do mercado financeiro, fala-se que o papel de Mantega é dar embocadura a um novo discurso do qual ele não será o executor.

O aumento de 3% no preço da gasolina foi a primeira medida do ajuste costurado pelo ministro. A avaliação foi positiva por ter causado menos chiadeira na população do que esperava o Planalto. Oposicionistas e parte do mercado, porém, continuaram a reclamar que o reajuste foi "insuficiente" para aliviar o caixa da Petrobrás.

Extra. Depois de Dilma ter sido reeleita, Mantega passou a espichar seu expediente até por volta das 22 horas, somando 12, às vezes 13 horas, de trabalho. Seu esforço passou pelo projeto enviado na semana passada ao Congresso para alterar a meta de superávit primário e, assim, evitar que um déficit das contas públicas represente o descumprimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A medida, apesar de não ser rechaçada por boa parte dos brasileiros por ser difícil de compreender, causou ainda mais abalos na pouca confiança dos agentes econômicos na equipe chefiada pelo ministro demissionário. Mesmo ciente da repercussão negativa no mercado, área para onde ele pode ir quando deixar o cargo, Mantega, mais uma vez, defendeu com convicção a medida exigida pela Presidência.

Assim que voltar ao Brasil após o encontro do G-20, na Austrália, Mantega terá novamente de dedicar tempo ao urgente projeto de mudança das regras do abono salarial, do seguro-desemprego e da concessão de pensões por morte, fontes de despesa de quase 4% do PIB do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A declaração da presidente Dilma Rousseff de que somente a partir do dia 17, quando volta da reunião do G-20, na Austrália, irá anunciar a decisão sobre o novo ministro da Fazenda indica que a estratégia costurada do Palácio do Planalto seria de poupar o novo ministro e atribuir a Guido Mantega o protagonismo das medidas que devem ser anunciadas até lá, todas com uma grande carga negativa.

Redução da meta fiscal por total incapacidade de cumprimento da atual; reajuste de gasolina e diesel, com impacto imediato na inflação elevando o risco de estouro da meta; possível elevação do déficit da balança comercial; medidas para conter risco de racionamento de energia elétrica. Tudo será embalado e despachado na conta de Mantega. O novo ministro será conhecido já com todo esse trabalho feito.

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É uma tentativa de evitar contaminar o novo chefe da equipe econômica, que seria invariavelmente chamado a comentar cada um dos anúncios, mesmo que ainda não respondesse pelo governo. Some-se a isso o fato cada vez mais evidente de que não há um nome com 100% de aprovação de Dilma. Parece aquela letra de bolerão que diz "quem eu quero não me quer; quem me quer mandei embora".

Nesse contexto, as especulações continuam em torno dos dois mais prováveis: Henrique Meirelles e Nelson Barbosa, ambos com restrições no relacionamento com outros integrantes de postos-chave do governo e sem a confiança integral da presidente.

Esta semana, em Nova York, a diretora-gerente da Standard & Poor's, Lisa Schineller, deu o tom da expectativa internacional em torno do segundo mandato de Dilma: baixo crescimento, em torno de 1% ao ano, e queda nos investimentos, a permanecer a mesma situação atual. E o recado foi bem claro em direção a um rebaixamento se não sair do papel o programa de reformas prometido há anos.

A presidenta Dilma Rousseff disse, nesta quarta-feira (5), que só indicará o novo ministro da Fazenda após voltar da Austrália, onde participa da Cúpula do G20, nos dias 15 e 16 de novembro. O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo.

Dilma deu a declaração após evento em que recebeu apoio do PSD, no Palácio do Planalto. Perguntada se escolheria o substituto de Guido Mantega antes do G20, Dilma respondeu que “não dá tempo”.

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A formação do novo ministério para o segundo mandato será feita “por partes”, segundo a presidenta.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, encontrou-se na tarde desta  (27) com a presidenta Dilma Rousseff. Ele chegou por volta das 15h ao Palácio da Alvorada.

Reeleita neste domingo (26), Dilma passou a manhã descansando. No fim da manhã, ela recebeu o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

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À noite, a presidenta deve dar entrevistas ao vivo ao Jornal da Record, da TV Record, e ao Jornal Nacional, da Rede Globo.

Em entrevista coletiva mais cedo, Mantega disse que a reeleição de Dilma representa a aprovação da política econômica do governo. Reafirmou o compromisso de fortalecer os fundamentos da economia brasileira nos próximos quatro anos.

Durante a campanha à reeleição, a então candidata deu declarações de que fará mudanças no comando da equipe econômica. Na entrevista de hoje, ao ser questionado sobre os nomes que irão compor a equipe no segundo mandato, Mantega disse que a pergunta tem que ser feita à presidenta. “Estou apresentando as políticas que devem ser adotadas, e é o que importa. Mencionei os passos que devem ser dados, mas não me cabe falar sobre os nomes”.

Dilma foi reeleita com cerca de 54,5 milhões de votos - 51,54% dos votos válidos - contra 48,36% de seu adversário, Aécio Neves. 

São Paulo, 26/10/2014 - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu hoje que o governo terá de fazer ajustes no início do ano que vem, assim como fez no início de 2011. Ele destacou, porém, após votar em São Paulo, que ajustes são feitos a todo momento. "Vamos ter que fazer o resultado ficar um pouco maior em 2015. Se a trajetória da inflação permanecer controlada, a política monetária será mais flexível", disse o ministro a jornalistas.

Para Mantega, um motivo que impediu o crescimento da economia em 2014 foi a falta de crédito ao consumo. De acordo com ele, para investimento, porém, há crédito. "A oferta de crédito já está melhorando, e isso é uma realidade. As vendas de automóveis, nos supermercados e de material de construção estão melhorando", afirmou.

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Ele disse ainda que a pressão inflacionária no início do ano levou o governo a adotar uma política monetária restritiva, mas que o Banco Central já começou a flexibilizá-la. Sobre a escolha do seu substituto, Mantega afirmou que a presidente Dilma Rousseff não está debruçada nisso e que sua cabeça está voltada para ganhar a eleição.

Questionado sobre seus planos a partir de janeiro, quando deve deixar o Ministério da Fazenda, Mantega disse que está concentrado em terminar este ano. "Temos dois meses de trabalho intenso", resumiu, sem dar detalhes.

Mantega votou nesta tarde, na escola Pueri Domus, no Itaim. Ele disse, durante conversa com jornalistas, que embarcaria para Brasília para aguardar o resultado das eleições. (Aline Bronzati - aline.bronzati@estadao.com)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu hoje que o governo terá de fazer ajustes no início do ano que vem, assim como fez no início de 2011. Ele destacou, porém, após votar em São Paulo, que ajustes são feitos a todo momento. "Vamos ter que fazer o resultado ficar um pouco maior em 2015. Se a trajetória da inflação permanecer controlada, a política monetária será mais flexível", disse o ministro a jornalistas.

Para Mantega, um motivo que impediu o crescimento da economia em 2014 foi a falta de crédito ao consumo. De acordo com ele, para investimento, porém, há crédito. "A oferta de crédito já está melhorando, e isso é uma realidade. As vendas de automóveis, nos supermercados e de material de construção estão melhorando", afirmou.

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Ele disse ainda que a pressão inflacionária no início do ano levou o governo a adotar uma política monetária restritiva, mas que o Banco Central já começou a flexibilizá-la. Sobre a escolha do seu substituto, Mantega afirmou que a presidente Dilma Rousseff não está debruçada nisso e que sua cabeça está voltada para ganhar a eleição.

Questionado sobre seus planos a partir de janeiro, quando deve deixar o Ministério da Fazenda, Mantega disse que está concentrado em terminar este ano. "Temos dois meses de trabalho intenso", resumiu, sem dar detalhes.

Mantega votou nesta tarde, na escola Pueri Domus, no Itaim. Ele disse, durante conversa com jornalistas, que embarcaria para Brasília para aguardar o resultado das eleições. (Aline Bronzati - aline.bronzati@estadao.com)

A economia brasileira começou a se recuperar no segundo semestre, mas um novo ciclo de expansão depende da reeleição da presidente Dilma Rousseff, acredita o ministro da Fazenda, Guido Mantega. No caso de vitória do candidato do PSDB, Aécio Neves, Mantega vê risco de recessão.

Ele acha que os tucanos eliminarão empréstimos subsidiados para investimento, desmontarão a política industrial, farão um forte ajuste de preços administrados e a inflação só poderá ser controlada com grande elevação de juros, recessão e desemprego.

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Se Dilma for reeleita e a atual política econômica, mantida, o País poderá ver o PIB crescer de 2% a 3% no próximo ano. "É possível que melhore o cenário internacional, com mais mercado para as nossas exportações", afirmou Mantega, na terça-feira, 14, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

"A pressão inflacionária será menor na economia brasileira, porque uma parte dessa pressão veio de fora. Com isto, o BC (Banco Central) poderá fazer uma política de crédito mais flexível. Hoje, a economia está girando sem crédito para consumo, embora haja crédito abundante para investimento", completou.

Já no caso de eleição de Aécio e da chegada do ex-presidente do BC Arminio Fraga para assumir a Fazenda, o quadro seria sombrio. "O candidato a ministro da Fazenda falou que vai acabar com os subsídios, acabar com desonerações. Certamente o investimento vai se retrair", afirmou Mantega.

Para ele, na visão tucana o importante seria "fazer um ajuste fiscal forte, atingir o centro da meta de inflação rapidamente e câmbio flutuante". Isso levaria a uma alta na taxa de juros. "Para nós, o tripé é condição necessária, mas não suficiente. Eles vão desmontar a política industrial, vão retirar subsídios e vão deixar a indústria submetida à competição externa", disse Mantega.

O ministro creditou o baixo crescimento dos últimos anos a um cenário de crise na economia mundial. Mantega negou que o governo esteja segurando reajustes de tarifas administradas: "É um equívoco dizer que há preços reprimidos e que, para controlar a inflação, a gente esteja controlando preços". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (13) que a unificação do PIS e da Cofins pode ocorrer ainda neste ano. Segundo ele, entretanto, isso não será feito antes do segundo turno das eleições, no próximo dia 26. Mantega retornou hoje à tarde ao Ministério da Fazenda, em Brasília, depois de viagem a São Paulo.

"Podemos fazer espaçado ao longo do tempo, não precisa ser imediato", disse Mantega após ser questionado se há espaço no Orçamento para a mudança. "O custo seria aproximadamente de R$ 15 bilhões, o que seria a permissão de aproveitamento de créditos de PIS e Cofins, que hoje não são aproveitados", afirmou. Espaçamento, segundo o ministro, significa não fazer de imediato, mas em dois anos, por exemplo.

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"Não há nenhum pacote, nós estamos trabalhando no PIS e Cofins há algum tempo, de modo que PIS e Cofins vão vir reformados, porém não tem prazo para ficar pronto. Certamente não será nas duas semanas antes da eleição", disse. "Nós temos feito medidas microeconômicas e macroeconômicas no sentido de dar mais competitividade para a economia, mas isso será feito até o fim do ano", disse.

"Antes da eleição teremos apenas medidas econômicas de curto prazo, necessárias para o andamento da economia", disse Mantega, acrescentando que, sobre PIS e Cofins, ainda faltam detalhes técnicos e discussão com os setores. "Estamos falando aqui de uma medida que faz parte da reforma tributária, juntamente com o ICMS. Existe a possibilidade de este ano nós conseguirmos fazer as duas coisas - o ICMS e o PIS e Cofins -, porém isso é depois da eleição", garantiu.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que assina uma declaração que o Brasil apresenta na reunião deste sábado (11) do Comitê Monetário Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão que dá as diretrizes políticas para o Fundo Monetário Internacional (FMI), cobrou avanço na reforma do FMI que vai dar mais poder de voto aos países emergentes e aumentar a capacidade de empréstimo da instituição. A paralisação das mudanças compromete a legitimidade e a eficiência da instituição, destaca o texto.

Mantega fala na declaração que a reforma, acordada em 2010, emperrou no Congresso dos Estados Unidos. O ministro destaca ainda o que foi acertado na reunião de abril do FMI: se a reforma não for aprovada até o final deste ano no Congresso, opções alternativas seriam estudadas para os próximos passos da reforma. Mantega diz que "confia completamente nas declarações da diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e espera que estes estudos já estejam sendo feitos". "O realinhamento das cotas é a peça central da reforma do FMI", diz a declaração.

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Nesta sexta-feira, 10, o ministro das Finanças da Austrália e presidente do G-20, Joe Hockey, também destacou em uma entrevista à imprensa que o Congresso dos EUA está dificultando "muito a reforma do FMI". Para o dirigente, a reforma daria mais "voz na mesa" para todos, mas fatores domésticos dos EUA, como a questão orçamentária, têm impedido a aprovação por deputados e senadores norte-americanos.

Já Lagarde falou ontem que a reforma do FMI é uma "necessidade absoluta", mas está atrasada. "Nós esperamos muito que os diferentes poderes dos EUA compreendam a relevância de ter um FMI que seja representativo da economia global e inclua aqueles que devem ter assento à mesa."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (2) que foi mal interpretado por jornalistas na questão sobre o reajuste de preço dos combustíveis. "O que eu disse é que os combustíveis aumentam todos os anos. Jornalistas interpretam tudo e são muito criativos", afirmou. As reportagens veiculadas afirmavam que os combustíveis aumentarão este ano, segundo teria dito o ministro. As declarações foram dadas após encontro com empresários do setor varejista em São Paulo.

Mantega reiterou que a projeção de crescimento do PIB do Ministério da Fazenda para 2014 continua sendo de 0,9%. "E não vamos mexer nela até novembro, quando será divulgado o relatório de execução orçamentária que temos que enviar ao Congresso", declarou. Ele reafirmou que o Ministério da Fazenda fará o superávit primário possível neste ano e que para a economia atingir novo ciclo de crescimento é preciso manter a política desenvolvimentista e não neoliberal.

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Sobre o encontro com empresários do varejo, Mantega comentou que foi reunião de rotina para avaliar o desempenho do setor. Outro encontro está marcado para após as eleições. Mantega disse que o comércio apresentou uma desaceleração em julho e agosto, mas agora caminha para uma recuperação. Ele citou o exemplo do material de construção, que registrou alta de 2,5% nas vendas de setembro, e acrescentou que esse avanço está em sintonia de outros dados, como a alta de 0,7% da produção industrial de agosto, divulgada pelo IBGE, na margem. Perguntado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se a queda de 5,4% da produção na comparação interanual não é confirmação de que a indústria não deve sair da trajetória de baixa, o ministro discordou, alegando que a indústria caiu no primeiro semestre, mas a curva está se movendo para cima.

Ele citou também a indústria automobilística, que já tem dado sinais de recuperação, e atribuiu parte disso à recuperação do crédito. "Acredito em recuperação do crédito porque parte do compulsório que foi liberado pelo Banco Central está indo para financiar o comércio e, em especial, as vendas de veículos automotores. "Teremos mais crédito para comprar veículos", disse, em São Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta segunda-feira (29) que os mercados de ativos no Brasil estão registrando volatilidade recentemente basicamente em função de questões externas. Ele citou, por exemplo, as expectativas geradas em nível global pelo processo de normalização da política monetária nos EUA que está sendo adotada pelo Federal Reserve (Fed - banco central norte-americano). O ministro também fez menção a outros temas, como a evolução da economia da China e o plebiscito realizado na Escócia sobre a independência do Reino Unido, que foi negada nas urnas.

"Várias moedas têm se desvalorizado. Bolsa e câmbio têm movimentos mais rápidos porque esses mercados no Brasil são mais sofisticados", apontou Mantega. "A bolsa esteve por vários meses em alta, como ocorreu com outros países emergentes", destacou o ministro. "Alguns players gostam de utilizar (questões eleitorais) para fazer resultado. Há uma volatilidade que interessa a alguns", apontou.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira (29) que a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,7% pelo Banco Central (BC) trata-se apenas de uma projeção. De acordo com ele, a projeção do Ministério da Fazenda é de 0,9%.

Para o ministro, a despeito de a atividade econômica ter sido fraca no primeiro semestre, "julho foi positivo e agosto talvez seja também", disse o ministro. "Projeções são variáveis e o segundo semestre deste ano está melhor para a economia", explicou.

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O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e presidente em exercício da Fiesp, Benjamin Steinbruch, amenizou o tom de suas críticas recentes em relação ao governo e disse nesta segunda-feira (29), em coletiva de imprensa, que as conversas com o governo têm evoluído de forma positiva. "A indústria precisa de apoio, e o governo tem nos dado."

As medidas anunciadas hoje para incentivar as exportações, segundo o empresário, poderão ajudar para que a indústria ganhe certa agilidade, de forma a conquistar mais espaço no cenário externo. "Buscamos uma solução para amenizar o problema da indústria no Brasil, em termos de ganharmos mais competitividade", disse Steinbruch.

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Segundo ele, a indústria brasileira tem sofrido diante do fraco desempenho da economia, que diminuiu a demanda no mercado interno. O empresário disse que a indústria tem tentado se apoiar nas exportações para conseguir diminuir os estoques que têm se acumulado ao longo dos últimos meses.

"Estamos tendo um problema maior com o desaquecimento da economia e o governo está fazendo o possível para fazer o mercado interno voltar à normalidade, para assim a indústria poder voltar a andar a plena capacidade", disse.

O presidente da CSN contou que a indústria pediu que o governo tente viabilizar um Reintegra superior a 3%. "Estamos vivendo algo pontual, com o acúmulo dos estoques e por isso nosso esforço de buscar a exportação até o retorno do mercado interno", afirmou, dizendo que um mercado doméstico mais fortalecido "certamente" virá no próximo ano e "quem sabe" ainda neste ano.

Steinbruch disse que as medidas são ainda mais importantes neste momento em que o real está valorizado em relação ao dólar, fato que tem prejudicado a competitividade das companhias ao colocar produtos no exterior.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, 29, que temas relativos ao Reintegra e crédito às empresas de 3% sobre o faturamento exportado foram discutidos com os empresários da indústria no encontro de hoje. "Ampliamos para 3% para que já comece em outubro", disse o ministro ao explicar que o crédito era de 0,3% e vigoraria a partir de janeiro.

Segundo o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, a taxa foi ampliada para 3% para vigorar em outubro e ajudar a reduzir os estoques do setor.

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Mantega disse também, depois de se reunir com empresários da indústria na Fiesp, que o governo melhorou o drawback, que desonera a importação de insumos para a produção de produtos acabados para ser exportado.

"Estamos diminuindo a burocracia e criando corredores de exportação quase que automáticos", disse o ministro.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (17) a transição do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) da etapa 2 para a 3. A proposta é contratar 350 mil unidades no primeiro semestre de 2015. O ministro, que estava acompanhado da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou que estenderá o tempo do benefício fiscal do programa, que reduz os tributos de 7% sobre o faturamento para 1%. Esse benefício, que acabaria no fim de 2014, valerá por mais quatro anos. O presidente da CBIC explicou, no entanto, que a redução é de 6% para 1%.

Segundo Mantega, as empresas têm de se preparar desde já para dar continuidade ao programa. "Estamos lançando, no primeiro semestre de 2015, 350 mil novas unidades, de modo que o setor tenha muito trabalho pela frente para dar conta desse início do Minha Casa Minha Vida 3", afirmou Mantega. "Vamos manter a maior parte das regras, de modo que não tenha dificuldades, para que possamos ganhar tempo e ter continuidade absoluta", disse.

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O ministro explicou ainda que, quando chegar novembro e dezembro, o programa já terá terrenos e projetos e, já em janeiro, pode começar a fazer as contratações. A mudança, segundo explicou Mantega, não ocorrerá por decreto, será por medida provisória. "Estamos estudando se é possível simplesmente dar continuidade ao MCMV 2. É um detalhe jurídico. O que interessa é que haverá essa contratação", argumentou.

O ministro Mantega, a ministra Mirian e o presidente da CBIC discutiram ainda as concessões. "Há a necessidade de um novo programa de concessões que venha a se somar ao programa em vigor", observou.

Mantega disse ainda que é bom lembrar que esses programas, seja o Minha Casa Minha Vida, seja o de concessões, foram criados na época da crise. "Foram medidas anticíclicas, para a época da crise, cujos efeitos estão se mitigando. O setor de construção pode dar essa resposta", disse. "Na época da crise, foram a solução para aumentar o investimento e oferecer a população aumento de bens e serviços, diminuir o déficit habitacional e aumentar o emprego", ponderou.

O ministro ainda observou que o setor de construção é o grande gerador de emprego, com 3,5 milhões de postos. Ele disse também que o avanço do segmento permitiu uma grande formalização dos empregos e que o setor tem grande importância para o crescimento do País.

O ministro a Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (15) a implantação do Reintegra permanente com redução de alíquota a cada ano para as empresas exportadoras. Para 2015, a alíquota será de um crédito de 3% sobre o faturamento das exportações. "Isso vai baratear o custo das empresas", disse o ministro. O anúncio foi feito após quase 2h30 de reunião com um grupo de grandes empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do qual participaram também o presidente da CNI, Robson Andrade, e o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch., após se reunir com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

Mantega ressaltou que discutiu com os empresários estratégias para a indústria nos próximos anos. Ele disse que no cenário de crise é preciso habilitar as empresas para disputar mercados externos e serem competitivas, mesmo num ambiente adverso. No entanto, de acordo com o ministro, este ambiente vai se dissipar. Outra demanda é a redução da taxa de juros para que as empresas possam adquirir máquinas e equipamentos a um custo mais baixo.

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Crédito sobre tributação de lucros

Mantega anunciou também que o governo vai estender a todas as empresas brasileiras do setor manufatureiro que atuam no exterior um benefício de 9% em crédito sobre a tributação dos lucros obtidos no exterior.

Segundo Mantega, o benefício já valia para empresas dos setores de construção, serviços e alimentos e bebidas, mas após um estudo do governo foi concluído que era possível ampliá-lo para todas as companhias manufatureiras. "Na prática, elas vão pagar menos impostos porque poderão usar o crédito de 9%. É uma forma de equilibrar as condições das empresas brasileiras com as estrangeiras", afirmou.

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