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Um homem acusado de matar cinco pessoas a tiros em um shopping no estado americano de Washington, no ano passado, foi encontrado enforcado em sua cela no domingo (17) - disseram autoridades nesta segunda-feira (17).

Arcan Cetin, de 20 anos, aguardava julgamento. Ele teria cometido suicídio.

Nascido na Turquia, Cetin recebeu cinco acusações de homicídio doloso qualificado após os ataques de 23 de setembro de 2016, que deixaram uma adolescente, três mulheres e um homem mortos.

Na época, a Polícia Federal americana (FBI) declarou que não havia provas de que os ataques estivessem relacionados com o terrorismo, e o pai de Cetin disse à mídia que seu filho tinha problemas de saúde mental.

Cetin admitiu a investigadores ter cometido os assassinatos no shopping de Cascade, mas não revelou o motivo.

A mídia local informou que Cetin continuava preso no condado de Snohomish, enquanto aguardava uma segunda avaliação de capacidade mental.

Ele poderia ser condenado à pena de morte, se considerado culpado.

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) divulgou um balanço, nesta segunda-feira (6), apontando que em 65 dias houve um registro de mil homicídios no estado. A marca, de acordo com um levantamento feito pelo colegiado, foi atingida no último fim de semana quando houve 49 mortes. De acordo com a oposição, os dados apontam um crescimento de 40% sobre o mesmo período do ano passado, quando foram cometidos 712 homicídios até o dia 5 de março.

Na nota em que faz a denúncia, o grupo disse que “em resposta aos fatos, o Governo do Estado tentar camuflar a realidade escondendo os números e recheando a mídia de mensagens otimistas, de que tudo está sob controle, quando na verdade não está”. “É preciso que o Governo venha à sociedade dizer o que está fazendo, efetivamente, para reduzir a média de 16 assassinatos por dia registrada este ano, assim como o crescimento de 438% no número de assaltos a ônibus e os 75% de aumento no caso de crimes violentos contra o patrimônio”, cobrou o líder da bancada, Silvio Costa Filho (PRB). 

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Para Costa Filho, “as únicas medidas adotadas pelo Governo do Estado foram as trocas do comando da Polícia Militar, do chefe da Polícia Civil e do próprio secretário de Defesa Social, como se essas medidas fossem solucionar o clima de guerra civil vivido hoje nas ruas do Estado”. 

O líder disse também ter encaminhado uma solicitação ao presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Edilson Silva (PSOL), para a realização de uma audiência pública para discutir o Pacto pela Vida. A oposição também cobrou do governo a apresentação de um plano para reduzir a violência.

O ex-candidato a prefeito do Cabo de Santo Agostinho, município localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), o deputado federal Betinho Gomes (PSDB), comentou sobre o arrombamento e explosão de caixas eletrônicos em agências bancárias, por bandidos, na cidade, durante a madrugada desta quinta-feira (2). O parlamentar definiu o acontecimento como “mais um dia de medo e terror no Cabo de Santo Agostinho”.

Betinho declarou que o medo vem crescendo na mesma medida que a insegurança no município. “O Cabo, por dois anos consecutivos, é líder no ranking de homicídios no Estado, com 80,66 para cada 100 mil habitantes. É também o município com maior índice de vulnerabilidade Juvenil do Brasil segundo o Ministério da Justiça”, afirmou.

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“O Cabo conta com um efetivo reduzido e a promessa da implantação de um núcleo de área integrada de segurança ou mesmo de uma nova companhia de segurança ficou só na intenção. Não tem sentido, diante dos números e dos pedidos que já foram feitos, nenhuma iniciativa eficaz ter sido tomada. Em nome da população cabense, quero cobrar providências reais e enérgicas para enfrentar essa onda crescente e contínua de violência no Cabo”, acrescentou.

Betinho Gomes contou que solicitou, por meio do chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB), uma audiência para tratar sobre a questão. “Ao primeiro retorno do Governo do Estado, informo aqui a data do encontro. Também enviei mensagem ao prefeito da cidade, convidando-o a participar dessa audiência junto ao governador. É momento de somarmos esforços contra essa criminalidade que vem aterrorizando a nossa população”, escreveu em sua página do Facebook. 

 

 

O número de homicídios no estado de Pernambuco em janeiro de 2017 é o maior dos últimos dez anos. Dados da Secretaria de Defesa Social do estado mostram que 479 pessoas morreram assassinadas nesse período. Há uma década, em janeiro de 2007, foram contabilizadas 459 mortes violentas – vinte a menos.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) responde por 43% desse total. A cidade onde mais pessoas foram assassinadas é a capital, com 70 mortes. Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Olinda e Ipojuca registram mais de dez homicídios. Já no interior do estado, o município com mais ocorrências é Caruaru, com 21 vítimas. Dos 184 municípios de Pernambuco, 68 não tiveram homicídios no mês de janeiro.

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Os dados divulgados ontem (15) interromperam a tendência de queda no número de homicídios, registrada depois da criação do programa Pacto pela Vida, em 2007. O programa foi lançado pelo governo do estado com o objetivo de reduzir a violência por meio de políticas públicas integradas entre áreas do Executivo e também entre os diferentes poderes. 

O objetivo foi cumprido até 2014, quando o número de mortes violentas em janeiro foi quase a metade (256) do registrado no primeiro mês deste ano.

Em meio a críticas de que o Pacto pela Vida teria sido deixado de lado, o governador Paulo Câmara cobrou na segunda feira (13), durante reunião com prefeitos da Região Metropolitana do Recife, que as administrações municipais cumpram o papel que lhes cabe em ações que, para o governo estadual, podem ajudar a reduzir a criminalidade, tais como iluminação pública e a fiscalização de trânsito e bares.

Em texto divulgado pela Secretaria de Defesa Social sobre as estatísticas de janeiro, o órgão informou que “vem ajustando a atuação das polícias de modo a aumentar o policiamento ostensivo, como também aumentar a resolutividade dos inquéritos” para combater os homicídios.

Outros crimes

A Secretaria de Defesa Social divulgou também o número de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP) – roubo, extorsão mediante sequestro e roubo com restrição de liberdade da vítima. Em janeiro foram 10.691 ocorrências em todo o estado. Recife é responsável por cerca de 35% do total (3.796 casos).

Um dos setores que mais faz críticas à política de segurança pública do Estado é o rodoviário. Diariamente a cidade registra assaltos em ônibus, inclusive com mortes de passageiros e assaltantes. De acordo com dados do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, desde o início de 2017 até ontem foram registradas 513 ocorrências, uma média de 11,4 por dia.

Até o ano passado, os dados mensais disponiblizados pela Secretaria de Segurança eram mais completos e continham gráficos comparativos por período; taxa de mortes por 100 mil habitantes; além de comparações entre regiões, municípios e população. Este ano, no entanto, o documento contém apenas uma lista simples do número de mortes por município ou região.

O número de homicídios no Espírito Santo caiu após a volta parcial dos policiais militares às ruas, iniciada no sábado (11). A expectativa é de que a situação na Grande Vitória se aproxime da normalidade a partir desta segunda-feira (13), quando as aulas serão retomadas, o transporte público e os postos de saúde voltarão a funcionar e o comércio deve abrir as portas. Em Brasília, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o motim está em "declínio" e "a ordem e a segurança pública estão de volta".

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, 1.236 policiais voltaram ao trabalho no fim de semana, o que representa 12% do total de PMs da ativa. O retorno dos PMs e a atuação de mais de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança coincide com a queda de homicídios no Estado. No domingo (12), o Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol) apurou a ocorrência de quatro mortes - o menor número desde o início do motim -, totalizando 144 ao longo dos nove dias. No sábado (12) esse número havia sido três vezes maior.

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A volta de uma parte dos policiais ao trabalho contou até mesmo com o uso de helicópteros das Forças Armadas e da própria PM. Soldados lotados no Batalhão de Missões Especiais (BME) se apresentaram na Capitania dos Portos de Vitória e foram transportados em helicópteros para a sede do batalhão, que fica junto ao Quartel Central da PM.

Mulheres que participam do movimento que paralisou a Polícia Militar acompanharam as chegadas e saídas das aeronaves no quartel à distância, junto aos muros. Elas aplaudiam os policiais e gritavam palavras de apoio. Alguns dos PMs se emocionavam.

Mesmo com o retorno gradual dos policiais às ruas, o movimento que paralisou a polícia militar continua "firme e forte", de acordo com as mulheres. Elas insistem nas reivindicações que levaram ao motim, como o reajuste salarial de 43% referente a perdas nos últimos seis anos. As mulheres também afirmam ser "inegociável" a anistia total a todos os PMs e às próprias mulheres.

Na sexta-feira, a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo informou que abriu processo por crime de revolta contra 703 policiais, cuja pena pode chegar a 20 anos de prisão. A Procuradoria-Geral da República estuda federalizar o crime de motim e o Ministério Público Federal pode ingressar com uma ação para cobrar das mulheres os custos de envio de tropas nacionais ao Espírito Santo.

A porta-voz das representantes dos PMs do 6.º Batalhão, que se apresentou apenas como Cristina, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que as lideranças querem se encontrar com o governador Paulo Hartung e com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para tentar colocar fim ao movimento. "Queremos fazer com o governador o que ele tem falado por esses dias, conversar olhando no branco do olho", afirmou. Elas querem que Janot também participe do evento. "Ele veio ao Espírito Santo ontem (sábado, 11) e não tivemos a chance de conversar com ele."

Cristina disse que as negociações realizadas até o momento com o governo foram "táticas de guerrilha" e que expõem somente um dos lados. "Jogaram a sociedade contra a gente. As pessoas passam na frente dos batalhões e nos xingam. É triste saber que não estão nos apoiando. Mas se ponham no lugar dos soldados: eles precisam revezar coletes à prova de balas, que muitas vezes estão com prazo de validade vencido, estão com viaturas sucateadas. É desse jeito que a PM tem que proteger a sociedade", desabafou.

Desgaste

Depois de uma reunião com o presidente Michel Temer e três ministros no Palácio do Jaburu, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reconheceu no domingo, 12, que o motim da Polícia Militar no Espírito Santo trouxe um desgaste para a imagem do País porque, de fato, há uma "situação de intranquilidade da população". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O índice de homicídios caiu em 2016 no Estado de São Paulo, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), mas a criminalidade avançou em pequenas localidades do interior. Duas cidades paulistas que nunca tiveram homicídios, Presidente Alves e Zacarias, entraram no mapa da violência.

Agora, apenas 18 dos 465 municípios paulistas continuam sem registro de assassinatos, desde que a estatística começou, em 2001. Em 2013, eram 25. Em todo o Estado, aconteceram 3.521 homicídios com 3.674 vítimas em 2016 - no ano anterior, foram 3.759 crimes com 3.965 óbitos, segundo a pasta.

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Em Presidente Alves, cidade de 4.167 habitantes na região central do Estado, o único homicídio aconteceu no domingo, 13 de setembro, no bar da praça central. De acordo com o escrivão da Polícia Civil Gilmar Prado, ocorria ali uma confraternização entre amigos. O colhedor de laranjas Joel Rocha dos Santos, de 23 anos, matou com uma facada o pintor Ricardo da Silva, de 31. "Eles bebiam e o Joel se sentiu ofendido por um colega. Houve uma discussão, o rapaz saiu do bar e voltou armado com a faca. A briga nem era com a vítima; outro rapaz tentou apartar e foi atingido." O autor do homicídio está preso.

O secretário de Administração do município, Sérgio Fonseca, disse que foi um caso isolado. "É uma região com muitos presídios (três em Pirajuí, dois em Reginópolis e dois em Balbinos). As cidades vizinhas têm problemas com isso, mas aqui continua sossegado." A professora Elza Francisco, moradora há 15 anos, não vê assim. "Tem muita gente estranha, principalmente visita de presídio."

O primeiro homicídio de Zacarias, local de 2.542 habitantes no noroeste paulista, foi um feminicídio. Um cortador de cana encontrou a mulher morta a facadas quando chegou em casa. Segundo a Polícia Civil, o suspeito fugiu e não foi localizado. Por ficar na região dos grandes lagos do interior, à margem das represas do Rio Tietê, muitos visitantes procuram Zacarias nos fins de semana e às vezes acontecem furtos. A Polícia Civil registrou 37 ocorrências, entre eles o roubo de três veículos, em 2016.

Ladrão de galinha

As cidades que não registram homicídios há 15 anos têm, na maioria, menos de 5 mil habitantes e ficam distantes dos grandes centros. Ribeirão dos Índios, com 2.182 moradores no extremo oeste, teve 17 ocorrências policiais em 2016. Foram 7 furtos simples, 6 lesões corporais e 4 lesões em acidentes de trânsito. Um dos casos era de furto de galinhas.

As outras cidades sem homicídio desde 2001 são Águas de São Pedro; Anhumas; Borebi; Caiabu; Cruzália; Dolcinópolis; Fernão; Lourdes; Marapoama; Nova Guataporanga; Pracinha; São João do Pau D’Alho; Sebastianópolis do Sul; Trabiju; Turiúba e União Paulista.

Procurada, a SSP informou que 260 municípios do Estado não tiveram homicídios em 2016. No caso de Presidente Alves, o autor do crime foi preso em flagrante. Já em Zacarias a polícia pediu a prisão temporária de um suspeito, mas a Justiça negou e o caso continua sendo investigado. Em 2016, a taxa de homicídios no Estado foi de 8,12 por 100 mil habitantes, a menor da série histórica, com queda de 76% deste 2001. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil discute como deter a assustadora onda de violência que assola o país, dentro e fora das prisões, com propostas que vão da descriminalização do uso de drogas ao reforço do arsenal repressivo. Não passa um dia sem que a capacidade de assombro não seja desafiada.

Acertos de contas com decapitações, mortes de policiais e represálias em massa disputam as manchetes dos jornais com os destaques da operação Lava Jato e seu potencial de deixar o sistema político em pedaços. A guerra entre facções de traficantes de drogas nas prisões deixou cerca de 140 mortos desde o começo do ano com grandes massacres nos estados de Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.

Em Belém, pelo menos 27 pessoas foram mortas no fim de semana, aparentemente por milicianos, em represália à morte de um agente. No estado do Rio treze policiais foram mortos desde o início do ano.

Com uma taxa de 21,2 assassinatos com arma de fogo por cem mil habitantes, o Brasil está entre os dez países onde é mais perigoso viver, segundo o "Mapa da Violência 2016", publicado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso). Esta média, que em 2012 era de 20,7, superava a do México, de 13,6; a dos Estados Unidos, de 3,6, e em nenhum país da União Europeia se situava acima de 0,5.

Quase um milhão de pessoas (precisamente 967.851) foram assassinadas no Brasil entre 1980 e 2014. Dados que chamam a atenção em um país "sem conflitos fronteiriços ou de religião e sem guerra civil", comentou, em Recife, o autor do Mapa da Violência, Julio Jacobo Waiselfisz, em entrevista por telefone à AFP.

"Somos cordiais, somos selvagens"

"Somos cordiais, somos selvagens", intitulou nesta segunda-feira uma coluna do jornal O Estado de S. Paulo assinada pelo ex-diretor de política econômica do Banco Central, Luís Eduardo Assis.

Assis evoca o clássico "Raízes do Brasil", no qual o historiador Sérgio Buarque de Holanda definia nos anos 1930 o brasileiro como o "homem cordial". Mas essa "cordialidade", longe de ser um valor, "representa (...) nossa incapacidade de forjar regras e instituições, nossa relutância em separar o interesse público dos interesses privados", diz o editorialista.

"Há na América Latina em geral (...) uma cultura da violência" que alcança "um nível epidêmico" no Brasil, afirma Waiselfisz. "E como em qualquer epidemia, não tem causas evidentes: onde existe uma brecha, se introduz", acrescenta, ao descartar que a crise econômica ou as drogas sejam os fatores determinantes para a sangria.

O desemprego "incentiva os crimes contra a propriedade", mas tem que passar bastante tempo para provocar um aumento de crimes contra a vida, explica. Quanto às drogas, "há interesses de certos setores" em identificá-lo como o problema essencial porque, enquanto prevalecer a estratégia repressiva, "são mobilizados recursos para o sistema de segurança".

"Não nego que as drogas sejam grande parte do problema, mas por que um país com menor [porcentual de] consumidores que os Estados Unidos, a Noruega ou a Suécia tem essa taxa de homicídios?", questiona.

"Prisões ou escolas"

Waiselfisz vê, ao contrário, uma possível correlação entre nível de educação e criminalidade. "A cada rapaz de 17 a 19 anos com o ensino médio incompleto que morre assassinado, há 66 [assassinados dessa idade] com menos de três anos de estudos", expõe.

"A pergunta que devemos nos fazer é se faltam mais prisões ou mais escolas", afirma. Os massacres nas prisões voltaram a dar força às propostas de descriminalizar a maconha e outras drogas, visto que nas superlotadas prisões brasileiras convivem infratores das leis de consumo com integrantes do crime organizado. As prisões, diz o analista, "são uma universidade do crime".

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, admitiu que mais da metade dos reclusos nunca cometeu crimes graves. "No Brasil, historicamente se prende muito e se prende mal", disse recentemente.

"Contrarreforma" repressiva

A Pastoral Carcerária, da Igreja Católica, pediu o desmantelamento de um sistema de exclusão, baseado na "política de guerra contra as drogas, de militarização e da polícia, de prisões provisórias" e de "privatização do sistema carcerário".

A Câmara dos Deputados, de maioria conservadora e forte influência da chamada "bancada da bala", discute, ao contrário, flexibilizar a compra de armas, reforçar a criminalização de entorpecentes e reduzir a maioridade penal. É uma verdadeira "contrarreforma" repressiva, diz Waiselfisz.

Estas medidas têm o apoio de grande parte da população, que considera que "bandido bom é bandido morto", explica.

"Desde 2008 e 2009 não eram registrados mais de 4 mil mortes no Estado, o que infelizmente voltou a acontecer em 2016 por causa da falta de comando do Governo". A crítica foi feita pelo deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. 

Segundo o grupo de parlamentares, o número de homicídios em Pernambuco cresceu 30% desde o início da gestão de Paulo Câmara e, mais uma vez, os deputados pedem uma reavaliação do Pacto pela Vida. Em 2016, foram 4.458 assassinatos registrados até 30 de dezembro. 

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"Em 2016 tivemos os piores meses desde a criação do Pacto pela Vida, com o registro de 449 mortes em outubro e 454 em dezembro, o que reforça a necessidade de a questão ser tratada como prioridade de Estado. Nos últimos dois anos foram cometidos 8.349 assassinatos em Pernambuco, números que atestam a falência do Pacto”, pressionou Silvio Costa.

A Bancada ainda lista os altos números de assaltos a ônibus e bancos, mas esquece de mencionar os inúmeros casos de estupros cometidos contra mulheres principalmente na Região Metropolitana do Recife.

Os deputados afirmam que devem "agendar uma visita ao novo procurador-geral de Justiça do Estado, Francisco Barros", nas próximas semanas, para discutir ações com o objetivo de reduzir a criminalidade em Pernambuco.

Com informações da assessoria

Após o massacre de 56 presos e a fuga de 184, Manaus foi atingida por uma onda de homicídios. Em 24 horas, foram registrados oito assassinatos na cidade, todos ligados ao tráfico, segundo informações da polícia. Em 2014, a média diária na capital amazonense foi de 2,7 homicídios dolosos, informa o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Entre os casos que podem ter ligação com a fuga dos presos está o de um homem identificado apenas como "Lúcio", que foi morto com 12 facadas, teve a cabeça decapitada e o corpo jogado em uma lixeira na zona norte de Manaus. Segundo familiares da vítima, ele havia tido envolvimento com o tráfico, mas estava afastado havia quase um ano.

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Além da onda de mortes, foram registrados furtos, roubos e tentativas de arrombamento, mas ainda não há balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, que montou uma força-tarefa para atuar na captura dos foragidos.

Apenas 18 dos 39 corpos identificados de vítimas do massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) já foram liberados pelo Instituto Médico-Legal (IML). De acordo com funcionários do IML, a unidade não está preparada para atender a essa demanda e, com isso, faltou material de trabalho, um dos fatores que contribuíram para a lentidão da identificação dos corpos.

Segundo um dos legistas, outro fator que está atrasando a identificação é que, como a maior parte dos detentos foi esquartejada, faltam pedaços dos corpos e isso impossibilita a liberação, mesmo após o reconhecimento por meio de fotos. De acordo com um funcionário, "no dia do massacre faltaram luvas, gaze, foi um verdadeiro desespero para emprestar dos hospitais para conseguir dar conta do que estava acontecendo naquele momento".

Espera

As dezenas de informações desencontradas foram o pior tormento de Marisa, mãe de um dos 60 presos assassinados na chacina. Segundo a dona de casa, do momento da primeira informação, horas após a festa de réveillon ocorrida no Compaj, até o reconhecimento do corpo do filho foram dois dias. "Eu não sabia de nada, a gente primeiro ficou na frente da cadeia, depois viemos para o IML, mas sem ter certeza de nada, e mesmo depois que tive certeza de que meu filho tinha morrido eu continuei sem ter muitas informações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O número de homicídios e tiroteios continuou baixando em Nova York em 2016 e caiu a seu menor nível desde o início dos anos 90, enquanto a criminalidade explode em outras cidades dos Estados Unidos, como Chicago.

Estatísticas publicadas nesta quarta-feira (4) pela polícia de Nova York revelam que a cidade com 8,5 milhões de habitantes registrou apenas 335 homicídios em 2016, uma queda de 4,8% em relação a 2015.

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Em 2016 ocorreram 998 tiroteios na cidade, 140 a menos que em 2015 (12%) e o menor nível desde o início deste tipo de estatística, na década de 1990.

O chefe da polícia de Nova York, James O'Neill, chegou ao cargo em setembro, após a aposentadoria do William Bratton, e manteve a tendência de queda iniciada em meados de 1990, sob a administração do prefeito republicano Rudy Giuliani.

"Reduzimos a criminalidade, apesar dos picos de violência em outras cidades americanas", graças a um programa de polícia de proximidade e um trabalho "preciso" diante das quadrilhas.

O número de tiroteios ligados a grupos criminosos caiu para 412 em 2016, contra 560 em 2015, uma redução de 25%.

Em Chicago, no ano de 2016 foram cometidos 760 homicídios, um recorde no período de 20 anos, essencialmente em razão da violência entre quadrilhas.

O prefeito democrata de Nova York, Bill de Blasio, que tentará a reeleição em novembro, considerou que a queda da criminalidade é fruto de uma estratégia que além de focar na polícia de proximidade, limita muito as detenções arbitrárias, conhecidas com "stop-and-frisk".

Esta estratégia "instaura a confiança entre a polícia e o público e permite aos nova-iorquinos desempenhar um papel ativo na segurança de seus bairros".

A Polícia Civil divulgou, na manhã desta quinta-feira (29), a prisão de uma quadrilha suspeita de envolvimento em tráfico de drogas e homicídios na orla da Praia de Gaibu e no Centro do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a delegada Vilaneida Aguiar, à frente da investigação, os cinco suspeitos detidos já estavam sendo monitorados desde novembro. 

Foram presos Alexsandro Severino da Silva, o líder do grupo, Josino Vilanova de Barros Neto, Alesson Ferreira de Santana, Amixerdam José da Silva e Sabrina Matos dos Santos. Com o grupo, a polícia encontrou uma espingarda calibre 12, uma pistola 380, dois revólveres calibre 38, carregadores, munições, várias pedras de crack e sacolinhas contendo cocaína.

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Ainda na tarde desta quinta, os suspeitos devem passar pela audiência de custódia e caso sejam autuados, serão presos pelos crimes de tráfico de drogas, homicídio, associação para o tráfico e porte de arma de fogo.

 

Suspeitos de envolvimentos em homicídios, roubos, tráfico de drogas e associação criminosa são alvos de uma operação deflagrada pela polícia civil na manhã desta quarta-feira (23). A quadrilha atuava na cidade de São José da Coroa Grande, Zona da Mata Sul de Pernambuco, e em outras localidades do interior do Estado.

A Operação Coroa pretende cumprir 20 mandados de prisão – sendo nove para suspeitos que estão soltos (quatro de internação provisória para menores de 18 anos) e o restante para alvos dentro do sistema penitenciário. Também serão cumpridos nove mandados de busca e apreensão domiciliar.

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Segundo a polícia, os suspeitos são investigados há 11 meses. Cerca de 60 agentes participam da operação. Os materiais apreendidos serão encaminhados Delegacia Seccional de Palmares.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira, 7, que o número de homicídios no Brasil, superior ao de países que estão em guerra, é 'incompreensível". No ano passado, 58 mil pessoas foram assassinadas, resultando em uma média de 170 assassinatos por dia. Cármen discursou durante a cerimônia de abertura do Mês Nacional do Júri, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Com a ação, estima-se que somente no DF serão julgados 201 casos no tribunal de júri até dezembro. O foco da mobilização será dar maior celeridade à análise de crimes de violência doméstica contra a mulher, crimes cometidos por policiais no exercício de suas funções e crimes nos arredores de bares e casas noturnas.

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Cármen defendeu os temas prioritários da mobilização. "O número de mulheres assassinadas só pela circunstância de ser mulher não condiz com nenhuma situação aceitável no momento em que vivemos", avaliou Cármen. "Onde uma mulher é assassinada, todas as mulheres também são."

Além disso, ela defendeu que as instituições de segurança pública sejam repensadas para fortalecer os policiais como agentes do Estado e evitar que se tornem um instrumento contrário à sociedade. "Mais do que uma Justiça que está julgando os casos, estamos trabalhando para que a conflituosidade possa ser solvida e prevenida."

Na abertura do evento, Cármen também defendeu um "esforço concentrado" entre o Judiciário, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública. "Um Estado nacional que tem o número de homicídios superior ao de Estados que estão em guerra, não é algo compreensível", disse. A ministra ressaltou que "não é o momento de culpar o governo", e sim de ter "responsabilidade" para que a comunidade jurídica dê uma resposta aos cidadãos, a fim de recuperar a confiança nas instituições e evitar a sensação de impunidade.

"O cidadão precisa dormir sabendo que o alto número de homicídios não ficará sem resposta. Por isso é preciso que as metas sejam cumpridas. Se inicia esforço concentrado para que o cidadão saiba que nos preocupamos, sim, com cada um que é morto e que a lei que fixa esse crime é de ser dado cumprimento em tempo que a Constituição chama de razoável. Para que cidadão saiba que estamos comprometidos para que crimes não fiquem impunes, nas prateleiras, para evitar a sensação de impunidade. Temos que trabalhar para que cidadão acredite no Estado para mudar esse quadro que não é aceitável", declarou a ministra.

A presidente do STF destacou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está reunindo dados sobre o número de presos no Brasil e as suas características justamente para estabelecer medidas que melhorem a segurança pública.

Os estupros tiveram alta de 30% em São Paulo capital em setembro e de 5,1% no Estado, em relação ao mesmo período de 2015. Questionado, o secretário da Segurança de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, que havia relacionado aumento do crime à crise econômica em junho, disse agora "não saber" as razões do avanço. As estatísticas divulgadas nesta terça-feira (25) ainda apontam aumento de roubos pelo oitavo mês seguido no Estado (10%) e queda nos homicídios na capital.

Os registros de estupro cresceram tanto no Estado quanto na capital paulista pelo segundo mês consecutivo. Na cidade de São Paulo, foram 221 notificações do crime em setembro, ante 170 no mesmo mês de 2015. Considerando o período desde janeiro, o aumento foi de 6,3%, com 1.668 casos registrados em 2016, ante 1.569 notificações no ano anterior.

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Já no Estado o crescimento foi de 5%, passando de 824 ocorrências em setembro de 2015 para 866 neste ano. O índice acumulado também subiu 6,5%. Ao todo, foram 7.306 notificações até o momento, ante 6.861 no mesmo período de 2015. "Já me conformei em não emitir minha opinião sobre o que pode ter aumentado ou não sobre violência doméstica", afirmou Mágino Alves.

No domingo, o Estado publicou reportagem mostrando vários casos de mulheres vítimas de violência doméstica que tiveram pedidos de medidas protetivas negadas pela Justiça e acabaram assassinadas pelos agressores. Sobre o assunto, o secretário afirmou que "se eu fosse magistrado, não teria dúvida em deferir (medidas protetivas)". "É uma obrigação do Estado e a SSP (Secretaria da Segurança Pública) faz questão de acolher a vítima, questão de deferir toda proteção possível, com a maior rapidez possível."

Roubos

Em setembro, foram registrados 27.631 roubos, ante 25.119 no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano (janeiro a setembro), a alta foi de 6,61% em relação aos nove meses de 2015, totalizando 242.748 roubos no Estado. Na capital, a alta foi de 12,3% em setembro, passando de 12.489 para 14.025. Em nove meses, o aumento foi de 4,07%, com um total de 119.063.

Para Barbosa Filho, o aumento dos roubos está relacionada com a crise econômica. "É um fenômeno que acontece também em outros Estados. Nós estamos intensificando o policiamento com mais policiais nas ruas", afirmou.

Os latrocínios (roubos seguidos de morte) tiveram um aumento de 52,38% no Estado, em setembro, passando de 21 para 32 casos, em comparação à 2015. Na capital, foram 16 latrocínios, em setembro, ante 9 no mesmo mês de 2015.

Homicídios

A capital manteve a tendência de queda dos homicídios e fechou setembro com 12,82% de casos a menos do que no mesmo período de 2015. Foram 68 casos, ante 78. O número é o menor da série histórica, desde 2001. Com isso, a taxa de homicídios ficou em 7,59 casos para cada 100 mil habitantes, considerando 12 meses.

Para Barbosa Filho, a queda dos homicídios é uma "lição de casa que o governo está fazendo e vem trazendo resultados significativos". No Estado, porém, houve pequeno aumento no número de casos, em setembro. Foram 283 ante 278 no ano passado. Uma alta de 1,8%. A taxa ficou em 8,14 casos por cem mil habitantes. Comparando o terceiro trimestre de 2016 com o de 2015, houve queda dos assassinatos na capital (-5,6%) e no interior (-2,5%).

Letalidade policial

O Estado registrou aumento de 9,1% no número de pessoas mortas em confrontos com policiais militares de folga, segundo estatística trimestral. O índice não inclui ocorrências de homicídios comuns que eventualmente envolvam policiais. Também houve alta no número de PMs feridos em tiroteios (45,2%). Segundo a secretaria, no último trimestre 60 pessoas morreram em confrontos com PMs que não estavam de serviço, ante 55 vítimas no mesmo período de 2015.

Já as ocorrências envolvendo policiais de serviço caíram 2,4%: foram de 127 casos, no ano passado, para 124, em 2016. Por sua vez, o índice de pessoas feridas por PMs de folga subiu de 46 para 60 (30,4%). Quatro policiais foram mortos em confrontos no trimestre passado - mesmo índice de 2015. Já os feridos subiram de 42 para 61 na comparação entre os períodos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um triplo feminicídio voltou a provocar comoção, neste domingo, na Argentina, três dias depois do grande protesto contra a violência machista, que teve repercussão em cidades da América Latina e na Espanha. Um homem de 30 anos assassinou sua ex-companheira, a irmã dela e a avó de ambas, e feriu gravemente uma bebê de sete meses em Godoy Cruz, na província de Mendoza.

O agressor "já está preso", disse Roberto Muñoz, chefe da polícia local, a jornalistas. O ministro da Segurança de Mendoza, Gianni Venier, afirmou que o homem "também deixou o gás da casa aberto e uma vela acesa" com o objetivo de causar uma explosão. "Este psicopata estava em pleno uso de suas faculdades", afirmou. O detido é um professor de artes marciais que manteve um relacionamento com uma das vítimas, uma mulher de 30 anos, segundo fontes ligadas à investigação.

As outras duas mulheres assassinadas tinham 45 e 80 anos, e a última estava "de cama", segundo o ministro. Um funcionário informou que o assassino "tentou matar a bebê", cujo estado de saúde "é gravíssimo". A menina foi atacada com uma arma branca "e também supostamente (com uma arma) de fogo, porque tinha feridas compatíveis com balas", explicou Venier. Um menino de 11 anos, parente das vítimas e testemunha dos assassinatos, conseguiu avisar um parente. Depois, "se escondeu na mala de um carro", disse ministro.

O agressor foi preso nas imediações do hospital local. O estopim do quinto protesto contra a violência de gênero foi o brutal assassinato de Lucía Pérez, uma adolescente de 16 anos que foi drogada, estuprada e empalada até a morte, em 8 de outubro em Mar del Plata. Por este caso, três homens estão presos.

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Em um ato simbólico, policiais civis de Pernambuco fincaram várias cruzes no Marco Zero, área central do Recife, na manhã desta quinta-feira (13), em alusão ao crescente número de homicídios no Estado. A categoria, em estado de greve desde a última segunda-feira (10), realiza hoje uma paralisação geral de advertência de 24 horas para obter respostas da gestão estadual quanto à implementação de um novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).

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À frente da organização do protesto simbólico no Marco Zero, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, informou que até setembro de 2016 já foram contabilizados mais de 3.500 assassinatos em Pernambuco. "Estamos aqui denunciando esse absurdo da violência e o alto número de mortes em nosso Estado. Faltam investigações de crimes, as delegacias estão fechadas a noite, nos feriados e nos fins de semana", criticou. 

Durante a paralisação desta quinta, funcionam apenas os serviços de lavratura do auto de prisão em flagrante, perícia e análise dos locais dos crimes para que não se percam os vestígios imediatos e o Instituto de Medicina Legal (IML).

 

"Esses serviços estão funcionando dentro dos cumprimentos da nossa paralisação, mas o restante das tarefas institucionais seguem paralisadas", informou o vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti. Ele explicou ainda que até à 0h de hoje, não serão colhidos depoimentos, não haverá investigações e também não serão expedidas carteiras de identidade.

Os policiais civis acusam o governo do Estado de não cumprir um acordo feito em mesa de negociação com a categoria para tratar de um novo PCCV. Segundo o Sipol, em reunião com Milton Coelho, secretário de administração de Pernambuco, ficou acordado que no início de outubro deste ano o governo enviaria novas propostas para análise da categoria, mas até o momento nada foi feito. 

Na próxima quinta-feira (20), os policiais civis saem em passeata da sede do sindicato, no centro do Recife, até o Palácio dos Campos das Princesas, sede do governo. Lá, a categoria realizará uma nova assembleia e pode deflagrar uma greve geral por tempo indeterminado, caso não tenha nenhuma resposta da gestão estadual. 

Em nota, a Secretaria de Administração de Pernambuco (SAD) - que coordena as negociações com os servidores públicos - informou que está seguindo orientação do governo e tem procurado preservar e exercer o diálogo com todas as categorias, tendo realizado 131 reuniões no ano de 2016, sendo 14 exclusivamente com o Sindicato dos Policiais de Civis.

Apesar do Sinpol afirmar que o acordo do PCCV foi firmado, a SAD alegou que no final de 2015 o governo e a categoria entraram em um acordo, quando vários pontos foram definidos e cumpridos. "Mas no que se refere à adequação do Plano de Cargos e Carreira (PCCV) ainda está em discussão, tendo em vista que foram instituídos dois Grupos de Trabalho com objetivo de analisar e discutir reformulações no PCCV da categoria e na Lei Orgânica da Polícia Civil", conforme informações da SAD.

Sobre a decisão da categoria de iniciar o estado de greve para denunciar o descumprimento do acordo, a Secretaria lamentou a disse ser uma atitude "precipitada". "Mais uma vez antecipa um movimento, decretando estado de greve, sem esgotar o processo de negociação em curso, principalmente no momento em que o novo Secretário de Defesa Social toma posse e o Sinpol sequer o procurou para informar sobre a suas demandas".

 

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O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa, anunciou mudanças na metodologia das estatísticas criminais do Estado. A partir de sexta-feira, 26, todos os casos de morte suspeita retificados posteriormente para homicídio serão contabilizados nos dados oficiais. A divulgação será feita sempre no mês de março, quando a pasta passará a divulgar as estatísticas anuais.

Segundo o secretário, a medida será publicada em uma resolução no Diário Oficial e busca dar mais clareza às estatísticas. "São Paulo sempre esteve à frente na divulgação dos dados e sempre vai priorizar a transparência. Essa medida visa a deixar as coisas mais claras e simples de entender", afirmou.

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A medida foi anunciada na quinta-feira, 25, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que a secretaria não conta nas estatísticas criminais os casos retificados de homicídios. O órgão sabe que o número real é maior do que o divulgado. A revelação foi feita pelo delegado Denis Almeida Chiuratto e pela capitã Marta das Graças de Souza e Sousa em depoimento ao Ministério Público. Os dois responderam aos promotores em nome da Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP), que controla os dados criminais.

Os promotores do Patrimônio Público abriram investigação para apurar suposta maquiagem das estatísticas após o jornal O Estado de S. Paulo mostrar, em março, que 21 casos com histórico de homicídio haviam sido registrados como morte suspeita e não haviam sido contados nas estatísticas. Os representantes da CAP afirmaram que cerca de 20 a 30 casos de morte são retificados por mês. Porém, os dados não são divulgados. Ficam "sob controle da secretaria".

O promotor José Carlos Blat, que participa da investigação, disse que a medida pode ser vista como positiva. "Toda iniciativa que visa a melhorar a questão da transparência é bem-vinda." O promotor fez uma série de recomendações à pasta para melhorar a qualidade dos registros dos dados. E pediu que, em 90 dias, a secretaria entregue todos os boletins de ocorrência retificados para homicídio registrados nos últimos três anos.

Alves negou que a medida tenha relação com as investigações da promotoria. "Os promotores fazem questionamentos porque a imprensa traz questionamentos. Acreditamos que tudo vai ficar mais claro a partir de agora." Segundo o secretário, em março de 2017, serão divulgados os dados consolidados de todos os homicídios registrados e retificados em 2016.

Frequência

Para o sociólogo Guaracy Mingardi, a atualização deveria ser mais frequente. "Pelo menos vão pôr em números o que eles descobrem que é homicídio. Eu penso que a atualização deveria ser a cada três meses."

Roubos e homicídios aumentam em julho

O número de homicídios e roubos em geral aumentou no mês passado tanto na capital paulista quanto no Estado, após três meses em queda, conforme as estatísticas oficiais divulgadas na quinta-feira. Ocorreu ainda o sexto aumento consecutivo dos roubos no Estado.

Na comparação de julho deste ano com o mesmo mês de 2015, os registros de mortes passaram de 275 para 290 no total paulista (avanço de 5,45%) e de 69 para 72 (4,34%) no Município. Ainda considerando os assassinatos, aumentaram latrocínios (roubos seguidos de morte). Esses passaram de 25, em julho de 2015, para 35 registros no mês passado - acréscimo de 40%. Na capital, o aumento foi menor: de 7 para 9 casos (28,5%). Para o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa, a alteração na curva de homicídios ainda não indica mudança no padrão criminal. "Nem de elevação nem de queda. O sinal é de estabilidade."

O governo destacou os números globais: no ano, os homicídios dolosos diminuíram 8,6% entre janeiro e julho. O total baixou de 2.209 para 2.019, chegando ao menor número da série histórica para o período.

Crise

Quando se consideram os roubos, o acréscimo foi de 2,65% na capital (de 12.679 para 13.016 casos) e de 3,23% no Estado (de 25.488para 25.932). Ainda chama a atenção nos números estaduais o avanço de 36,2% nos registros de roubos de carga (de 594 para 809). "O aumento está ligado ao avanço da crise", justificou Mágino.

No entanto, essa análise não é consenso entre especialistas. "O início de uma crise não aumenta determinados crimes, principalmente o roubo", diz o sociólogo especialista em segurança Guaracy Mingardi. "No ano passado, não falavam que o aumento era pela crise, mas por causa de roubo de celular. Ora, ou é uma coisa ou outra. São Paulo conseguiu, por uma série de razões, diminuir os homicídios, porém, nunca conseguiu ter esse efeito com os crimes contra o patrimônio, que uma hora sobem e na outra, descem. É uma gangorra."

No semestre passado, o secretário foi criticado ao relacionar o aumento pontual nos casos de estupro ao avanço da crise econômica, sobretudo quando se consideram os indicadores de desemprego. No mês passado, porém, as estatísticas apontam queda desse tipo de crime: de 189 para 159 casos (15,87%) na capital e de 739 para 728 (1,48%) no Estado.

Crime com bicicleta pode ser registrado

Mágino anunciou que as estatísticas oficiais passarão a ter novos indicadores criminais. Serão os crimes de lesão corporal seguida de morte e estupro de vulnerável, que não eram contabilizados. O secretário também anunciou que a pasta está elaborando resolução para cadastrar as bicicletas no sistema de dados, de forma a poder registrar roubos e furtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma juíza indígena comandará, a partir de setembro deste ano até o final de 2018, uma ampla investigação pública sobre os homicídios e desaparecimentos de mulheres aborígenes no Canadá, anunciou o governo nesta quarta-feira (3).

A conformação desta comissão de investigação é resultado de 18 sessões de consulta pública, durante as quais mais de 2.000 mulheres indígenas foram escutadas, desde dezembro de 2015, para estabelecer o alcance do trabalho. O corpo será presidido pela juíza aborígene Marion Buller, que será auxiliada por outros quatro comissários.

"O que temos escutado foi categórico e muito pessoal. Não há dúvidas de que exista uma necessidade urgente de examinar as causas subjacentes e profundamente sistêmicas desta violência, que inclui o racismo, o sexismo e o contínuo impacto do colonialismo", assinalou a ministra federal de Assuntos Aborígenes e do Norte, Carolyn Bennett.

Esta investigação, que tem sido solicitada há anos pelos líderes indígenas, sempre foi rejeitada pelo anterior governo conservador. A polícia, muitas vezes acusada de não investigar com o mesmo cuidado e rapidez esses desaparecimentos, registrou cerca de 1.200 mulheres indígenas desaparecidas ou assassinadas entre 1980 e 2012. Proporcionalmente esse valor é entre três e quatro vezes maior do que para o resto da população canadense.

Os aborígenes representam 4,3% da população canadense: 1,4 milhão de pessoas. A Investigação Nacional sobre as Mulheres e Crianças Aborígenes Desaparecidas e Assassinadas começará a funcionar em 1 de setembro e deverá entregar suas conclusões e recomendações em 31 de dezembro de 2018.

Os investigadores não poderão diferir em qualquer dos acusados na justiça, mas terão o poder de trazer testemunhas e exigir a apresentação de provas.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na manhã desta quinta-feira (21) uma operação para prender suspeitos de roubos, homicídios, tráfico de drogas e comércio de armas de fogo. Ao longo do dia devem ser cumpridos 25 mandados de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão domiciliar.

As prisões da Operação Hades estão sendo realizadas nas cidades de São José do Egito, Itapetim, Salgueiro, Verdejante e Arcoverde, todas no Sertão Pernambucano. Dos investigados, sete suspeitos já estão recolhidos no sistema prisional.

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Na execução do trabalho operacional estão sendo empregados 286 policiais, sendo 150 Civis e 136 Militares. Os presos e os materiais apreendidos serão encaminhados para a Delegacia de Polícia de São José do Egito.

Os detalhes completos da investigação e operação serão divulgados na próxima terça-feira (26), na sede Operacional da Polícia Civil, em Recife.

O número de roubos e furtos em geral cresceu no Estado e na capital, conforme mostram as estatísticas criminais divulgadas ontem pela Secretaria da Segurança Pública. Em contrapartida, os homicídios, tanto em relação ao número de casos quanto ao de vítimas, continuam a apresentar tendência de queda cada vez mais expressiva. Os estupros tiveram pequena queda nos índices do Estado e alta na capital.

Ao contrário do antecessor, Alexandre de Moraes, que "fatiava" os números, o atual secretário da Segurança Pública, Mágino Alves, divulgou todos os índices criminais ontem.

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No Estado, os roubos aumentaram 5,51% em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado, com 26.690 casos registrados, ante 25.295. No período acumulado de janeiro a maio, o aumento foi de 4,74%, em comparação com o mesmo período de 2015, com o total de 134.158 casos registrados. Na capital, o aumento foi de 5,33% em maio, com 12.843 casos - haviam sido 12.193 no ano passado. No período acumulado, o aumento foi de 0,56%, passando de 64.915 casos registrados, em 2015, para 65.280 neste ano.

A queda dos homicídios foi mais uma vez destacada por Alves, que elogiou o empenho das Polícias Civil e Militar no combate a esse tipo de crime. No Estado, foram registrados 272 casos em maio, ante 292 em 2015 - queda de 6,85%. Segundo a pasta, esse é o menor número já registrado em toda a série histórica, iniciada em 2001.

O número de vítimas teve queda de 8,55%, de 304 para 278 mortos. Esta é a primeira vez que o número ficou abaixo de 300 mortos. Na capital, foram 64 casos registrados em maio, ante 83 no mesmo mês de 2015 - diminuição de 22,89%. O número de vítimas caiu de 84 para 64, recuo de 23,81%. Na Grande São Paulo e no interior, a tendência de queda foi mantida.

Segundo o secretário, a taxa de homicídios no Estado é de 8,27 casos por 100 mil habitantes. Para o total de vítimas, a taxa é de 8,64. Na capital, a taxa de homicídios é de 7,8 para cada 100 mil habitantes. "São Paulo mostra que está no caminho certo no combate aos homicídios. A queda dos índices significa que vidas estão sendo poupadas", disse Alves.

Sem comentários

Os estupros aumentaram 12,20% na capital em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 184 casos, ante 164. No período acumulado de janeiro a maio, houve redução de 1 caso: 871, em 2016, ante 872 no ano passado. No Estado, o índice caiu 0,58%: de 687 casos, em 2015, para 683. O período acumulado apresentou aumento de 1,92%, passando de 3.851 para 3.925 casos de estupro.

O secretário, desta vez, preferiu não comentar sobre quais seriam as motivações para os casos. Ele foi criticado após declarar, em entrevista à colunista Sônia Racy, do Estado, que o aumento de estupros poderia estar associado ao desemprego e à crise econômica do País. "Quem me criticou também não apontou quais seriam as causas. Ninguém consegue definir a motivação", afirmou.

Alves ressaltou que a vítima deve procurar a polícia para informar sobre o crime. "Estamos preparando delegadas na Academia de Polícia para aumentar o efetivo das Delegacias da Mulher e também qualificando os policiais. A vítima de estupro deve ser acolhida na delegacia", disse.

Em relação aos latrocínios, o Estado apresentou aumento de dois casos: de 29, em maio do ano passado, para 31 agora. No período acumulado, houve queda de 8,78%: de 148 casos, em 2015, para 135 agora. Em relação ao número de vítimas, houve queda de 7,28%, de 151 para 140. Na capital, o número de vítimas caiu de 14 para 10. No acumulado, a redução foi de 15,38%, com 44 vítimas em 2016.

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