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Mais de 8.000 pessoas morreram por coronavírus fora dos hospitais, na Inglaterra, portanto, não estão contabilizadas nos números oficiais - informou nesta terça-feira (28) o balanço total de vítimas no Reino Unido divulgado pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS).

Incluindo mortes dentro e fora dos hospitais - principalmente em casa e em lares para idosos -, o número total de óbitos pela COVID-19 ocorridos até 17 de abril, e registrados até 25 de abril, foi de 21.284 na Inglaterra, segundo os dados do ONS.

Este número é 8.151 maior do que os casos hospitalares contabilizados pelo Ministério da Saúde, que se baseia nas datas de registro das mortes, e não em quando ocorreram.

No total, o ONS registrou 4.343 mortos apenas em lares para idosos entre 10 e 24 de abril. Estes estabelecimentos alertam há semanas que milhares de pessoas morrem neles sem serem contabilizadas nos balanços diários oficiais.

Um dos países europeus mais afetados pela pandemia, o Reino Unido - que soma os dados de Inglaterra, Gales, Escócia e Irlanda do Norte - registrava até segunda-feira um total de 21.092 mortos pelo novo coronavírus apenas em hospitais.

Com 35 mortes confirmadas pela covid-10 no Pará, o governo do Estado anuncia mudanças no protocolo de acolhimento nos hospitais de campanha para evitar o colapso do sistema de saúde. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que há 902 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus, 1.599 casos descartados e 284 em análise, segundo atualização do dia 20 de abril. Os números só aumentam.

No domingo (19), o governador Helder Barbalho anunciou a entrega 20 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para a rede pública de saúde com respiradores e estruturaa para atender pacientes diagnosticados com covid-19. Todos os leitos serão instalados no Hospital de Campanha do Hangar – Centro de Convenções, em Belém.

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O Pará contava com 104 UTIs exclusivas para o tratamento de pacientes com coronavírus. Ao longo da última semana, 45 novos leitos de UTI foram instalados no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, segundo informações da Sespa.

O quadro mais preocupante está em Belém. Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os dois hospitais municipais de pronto-socorro estão lotados. O prefeito Zenaldo Coutinho admitiu que faltam médicos e equipamentos de proteção para profissionais de saúde. A rede hospitalar privada também está com dificuldades para atender à demanda de pacientes. 

Segundo a Agência Belém, canal de comunicação oficial da prefeitura, o Hospital Dom Vicente Zico passou a funcionar como retaguarda para os pacientes diagnosticados com o vírus no município e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) estão sendo adquiridos em caráter de urgência. 

Com informações da Sespa e Agência Belém.

O Pará já tem quase 500 casos confirmados da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em boletim divulgado na noite de quarta-feira (15), os números são os seguintes: 487 doentes, 1.407 casos descartados, 244 em análise e 21 mortes.

Levantamento da Secretaria de de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) mostra que o Pará continua caindo no ranking de isolamento social e os casos confirmados de covid-19 aumentam aceleradamente. Na quarta-feira (15), segundo os dados, apenas 46,38% da população ficou em casa, fazendo o Estado ocupar o 13° lugar na classificação nacional.

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Profissionais de saúde dos hospitais do município de Belém reclamam da falta de infraestrutura e dos equipamentos de proteção. Na última quarta-feira à noite, técnicos de enfermagem do Hospital do Pronto-Socorro Municipal Mário Pinotti, na região central da cidade, interditaram a travessa 14 de Março, onde funciona o atendimento de urgência e emergência, para protestar contra a prefeitura.

O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, informou, nesta quinta-feira (16), que licitações estão em andamento para a aquisição de insumos e material. Diagnosticados com a covid-19, o governador Helder Barbalho e o secretário estadual de Saúde, Alberto Beltrame, estão em confinamento domiciliar.

A Sespa começou a distribuir aos municípios paraenses aproximadamente 15 mil testes rápidos destinados exclusivamente para detectar anticorpos do novo coronavírus em profissionais de saúde e profissionais da segurança pública. O repasse faz parte do primeiro lote de um total de cinco milhões de testes rápidos adquiridos pela Vale e doados ao Ministério da Saúde.

Nas redes sociais, são muitas as publicações de usuários da rede privada sobre superlotação e atendimento precário em unidades de pronto-atendimento e hospitais.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta (8), o Governo de Pernambuco anunciou que instalará hospitais de campanha no interior do estado. As estruturas ficarão anexas a unidades de saúde locais nas cidades de Caruaru (Hospital Mestre Vitalino, havendo incremento de 100 leitos), Serra Talhada (Hospital Professor Agamenon Magalhães) e Petrolina.

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“Nesses espaços, nós estaremos dotando, de capacidade de resposta, tanto na terapia intensiva quanto de leitos de enfermaria”, acrescentou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, também garantiu que a capital terá sete hospitais de campanha. “Um deles será anunciado amanhã, pelo prefeito Geraldo Júlio. O Recife tinha 20 leitos de UTI e, com a expansão dos leitos em operação, dobramos a quantidade deles, nessas primeiras semanas. Estamos com 41, sendo 31 exclusivos para a covid-19”, acrescenta Correia.

Um grupo de dentistas se reuniu para confeccionar e doar protetores faciais para os profissionais de saúde que estão na linha de frente da batalha contra o coronavírus. A professora Ana Cláudia da Silva Araújo, do Departamento de Prótese e Cirurgia Bucofacial da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é uma das criadoras do projeto Protetor do Bem, que vem arrecadando doações de insumos como elásticos, acetato e tiaras.

 “Formei esse grupo para confeccionar protetores faciais e doar para os hospitais públicos, fazemos manualmente. Por dia, 1000 máscaras são feitas. Levamos para uma pequena fábrica, eles cortam e nós montamos”, explica Ana Cláudia Araújo, uma das criadoras do projeto.

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A docente ainda afirma que diversos hospitais já receberam as doações e cita como exemplo o Hospital das Clínicas da UFPE, que recebeu 150 unidades.

Na página do instagram do projeto, é possível saber como doar e como fazer a desinfecção do material, que é lavável e reutilizável.

 Outra ação na UFPE - O Laboratório de Concepção e Análise de Artefatos Inteligentes, vinculado ao Departamento de Design da UFPE, está trabalhando no desenvolvimento e na impressão em 3D de equipamentos de proteção individual (EPIs), para auxiliar no combate à Covid-19, elaborando máscaras do tipo shield e filtros para máscaras em tecido. Nesta produção, a  capacidade  é de 15 máscaras por dia, feitas em duas impressoras.

“A parceria está apoiando as ações junto ao Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) e conta ainda com um grande apoio do Grea 3D, ligado ao Departamento de Expressão Gráfica”, explica o coordenador do laboratório, professor Walter Franklin.

Com informações de assessoria

O Instituto Federal do Pará (IFPA) criou uma rede de cooperação com o objetivo de combater a disseminação da covid-19. O grupo do Campus Belém começou a produzir um protótipo de viseiras de proteção em impressoras 3D para doar aos hospitais da capital paraense, além disso, o tempo de produção é de 50 a 60 minutos para cada viseira.

O material oferece proteção total ao rosto e ajuda a não propagar o contágio de doenças transmissíveis pela saliva e fluidos nasais, como é o caso do novo coronavírus. A ação faz parte do plano de ação desenvolvido pelo Grupo Especial de Prevenção a Covid-19 do IFPA. 

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De acordo com a professora Helena Cunha, coordenadora do grupo, a iniciativa é importante para suprir uma carência das unidades de saúde. “Os hospitais não estavam preparados com estoques de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), por exemplo, a viseira protetora facial”. 

A docente ainda ressalta a importância dos equipamentos, que seguirão os requisitos legais e as normas de segurança do Ministério da Saúde. “Ele é usado tanto em procedimentos de intubação, como nos atendimentos gerais”, destacou. De acordo com a profissional, o objetivo principal é proteger a região dos olhos contra gotículas, além de ajudar a prolongar a vida útil das máscaras.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cobrou mais uma vez que o governo atenda a setores econômicos impactados diretamente pela crise do coronavírus. Entre os grupos citados por Maia, além do setor aéreo, estão hospitais privados que necessitam ter sua liquidez garantida porque é um serviço essencial para o combate à pandemia. Ele participou de uma live promovida pelo Santander nesta quinta-feira (2).

"É preciso financiar redes de hospitais. Não são todos que são Einstein, Sírio, são da Rede D'or. Não vi uma articulação do governo garantindo liquidez. Os hospitais são importantes e nada foi feito ainda para continuarem funcionando”, disse Maia.

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Ele fez a mesma avaliação em relação às empresa aéreas. Segundo Maia, o governo não deu solução ao setor e a proposta do liberar crédito do BNDES para ser utilizado nas operações das companhias não resolve o problema e pode criar outro no futuro.

“Do jeito que o BNDES quer, o governo vai acabar sendo dono de todas as empresas áreas, isso de um governo liberal”, afirmou Rodrigo Maia.

Para ele, o governo está tímido nas decisões e isso gera angústia em todos os setores da sociedade. Ele disse que é o Parlamento e a sociedade que estimulam o governo a agir, e a falta de um pacote único e organizado prejudica o combate à crise.

“O governo está tímido, não toma decisões e acaba gerando uma certa angústia. Precisa sempre de alguém para estimular o governo a dar outros passos. Nós vamos ficando a reboque de outros países, da sociedade e do Parlamento. Isso gera essa insegurança”, criticou o presidente.

Banco Central

Rodrigo Maia defendeu que o Banco Central, como maior autoridade monetária do País, possa garantir a liquidez das empresas brasileiras, ajudando no microcrédito com responsabilidade e transparência. Maia afirmou ainda que o BC só não pode garantir liquidez para aquele que especulou e perdeu dinheiro.

“O Banco Central é uma instituição pública que é muito protegida, não sofre interferência política. Ele não pode garantir liquidez para aquele que especulou. Precisa garantir apoio para microempresários e para as empresas que, de fato, precisam de apoio”, defendeu.

Segregação do orçamento

Maia informou que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que segrega o orçamento deve ser votada em dois turnos até amanhã. Ele afirmou que é preciso garantir o debate da proposta, mas que o texto tem um amplo apoio entre os parlamentares. O presidente voltou a defender que o chamado “orçamento de guerra” dá mais clareza para a sociedade enfrentar a crise e garante que esses novos gastos criados não serão permanentes.

“Enquanto existir a crise, o Estado estará pronto para garantir a solvência das empresas, dos empregos, da estrutura de saúde, dando mais tranquilidade para sociedade manter o isolamento”, defendeu Maia.

Maia também disse que pode votar ainda nesta sexta-feira (3) o chamado Plano Mansueto, que estabelece um programa de ajuda financeira aos estados comprometidos com medidas de ajuste fiscal. Segundo ele, a Câmara tem buscado soluções para atender as demandas dos governadores de forma a garantir uma estrutura financeira mínima para poderem enfrentar a crise.

Um dos exemplos é o Projeto de Lei 1161/20, que garante os mesmos valores do ano passado (cerca de R$ 16 bilhões) por meio os recursos transferidos dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

*Da Agência Câmara

Embora o pico do surto de coronavírus não tenha sido alcançado no Brasil, os sistemas de saúde público e privado já enfrentam sobrecarga por causa do aumento do número de internações e registram até 38% de seus leitos ocupados com pacientes com infecção suspeita ou confirmada da doença.

O jornal O Estado de S. Paulo coletou dados e ouviu relatos de profissionais e pacientes de 12 hospitais da rede pública e particular do País. As informações mostram que, com o número crescente de internações por problemas respiratórios nas unidades, UTIs já estão no limite, pacientes esperam mais de 24 horas por leitos e hospitais presenciam sua capacidade ser tomada cada vez mais por pacientes com sintomas da covid-19.

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Só na rede de hospitais Sancta Maggiore, que conta com oito unidades administradas pela operadora Prevent Senior, já são 275 pessoas hospitalizadas com suspeita ou confirmação da doença, o equivalente a 38% de um total de 727 leitos. Nos Hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, os pacientes com quadro provável de covid-19 já ocupam mais de 20% dos leitos existentes. No Sírio, são 120 hospitalizações de um total de 479 leitos, o equivalente a 25% da capacidade. No Einstein, são 128 internados com suspeita ou confirmação de coronavírus para 637 leitos (20% do total). Ao menos 37 deles estão na UTI.

Hospitais de fora de São Paulo e de menor porte também já observam o impacto da epidemia. No Albert Sabin, unidade com 60 leitos na Lapa (zona oeste), metade da UTI já está preenchida por pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus. No Moinhos de Vento, um dos hospitais mais importantes de Porto Alegre, 62 leitos estão ocupados por pacientes com sintomas de covid-19 e 25% da UTI tem pacientes com quadros graves da doença.

Leitos de UTI são os que estão sofrendo primeiro o impacto da alta demanda provocada pelo surto, conforme relatos de médicos ouvidos pelo Estado. "Hoje abrimos a terceira UTI exclusiva para pacientes com suspeita da doença. Abrimos uma, lotou. Abrimos a segunda e lotou. Se continuar assim e não forem abertos locais extras, daqui a duas semanas não teremos leitos suficientes", relata o infectologista Munyr Ayub, do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, no ABC paulista.

O especialista diz que cada uma das UTIs do hospital comporta 14 pacientes e está sendo ocupada rapidamente. Situação semelhante é observada na Santa Casa de São Paulo. "Da semana passada para cá começaram a chegar mais casos graves. A UTI de adulto já está no limite porque, além do aumento de casos, o tempo de permanência dos pacientes graves é alto. Então chegam novos pacientes e não conseguimos liberar o leito de quem chegou na semana passada porque não tem uma rotatividade rápida", conta Marco Aurélio Safadi, médico da Santa Casa e professor de infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da instituição.

No Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, uma das UTIs já foi dedicada exclusivamente aos pacientes com covid-19. Ao menos 30 pacientes estão em estado grave na unidade, segundo funcionários relataram à reportagem.

A alta demanda também faz doentes encontrarem dificuldades para internação em UTI. No último fim de semana, a aposentada N., de 74 anos, esperou 24 horas sentada em uma cadeira de plástico por um leito de UTI no pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina, na zona leste.

Com dores no peito e febre, ela ficou confinada em uma sala pequena com outros quatro pacientes à espera da vaga. "Ela chegou às 20 horas do sábado, fez tomografia e o médico disse que já tinha lesão no pulmão e provavelmente era por covid-19. Como ela é idosa, ele já encaminhou para UTI, mas só foram liberar o leito dela às 20 horas do domingo. Isso porque ela estava na parte do convênio e não do SUS", conta a filha de N., que não quis se identificar porque a mãe ainda está internada no local. Procurado, o Santa Marcelina não respondeu aos questionamentos da reportagem.

A velocidade com que as hospitalizações têm crescido em poucos dias chama a atenção dos profissionais e gestores dos centros médicos. No Hospital São Paulo, o número de hospitalizados com suspeita ou confirmação de infecção por coronavírus dobrou em apenas quatro dias, chegando a 46. Segundo os hospitais, só não há falta de leitos porque, com o adiamento de procedimentos eletivos, houve uma diminuição das internações por outras causas, deixando mais vagas livres para pacientes com covid-19. Einstein e Sírio também estão transformando leitos comuns em UTIs. A Hapvida, maior operadora de planos de saúde do Nordeste e que já tem 68 pacientes com a doença, também anunciou que transformará 220 leitos de baixa complexidade em UTI.

Dura rotina

"Hoje até agradeço por morar sozinha, porque se tivesse de trabalhar de frente com esse coronavírus morando com os meus pais, acho que já teria mudado de casa para não ficar perto deles. Mas é muito mais difícil, porque não sei quando vou poder vê-los. E o medo de adoecer sozinha é muito angustiante." A declaração é da médica intensivista Amanda Gomes, de 31 anos, ao contar como tem sido sua rotina.

De voz serena, ela relata que atua diariamente em plantões de 12 horas na UTI de um hospital público de São Paulo. "A gente sabe como tratar as complicações, mas o que vem no dia seguinte é tudo muito novo."

Mineira de Barbacena, Amanda está há um ano como intensivista no Hospital Geral do Grajaú. Ela permanece paramentada o tempo todo, ao longo das 12 horas do plantão, e conta sentir muita dor. No último fim de semana, publicou nas redes sociais uma foto com seu rosto profundamente marcado. "A máscara é cheia de ferro, porque tem de vedar o rosto todo. Então machuca muito", afirma. "A gente não fica com leito vago nem na UTI respiratória nem nas outras. Estamos fechando UTIs para o coronavírus, mas as outras doenças não param", diz a médica, defendendo que as pessoas permaneçam em casa. "É o que queremos evitar: o colapso que está por vir." Os informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Originalmente projetado por um cientista de robótica e um neurocirurgião para ajudar os pobres da Índia, um respirador barato do tamanho de uma torradeira pode ser uma peça essencial na luta contra a pandemia de coronavírus.

Na sua forma mais agressiva, o vírus ataca os pulmões, tornando os respiradores uma máquina vital em hospitais de todo o mundo, invadidos por pacientes com Covid-19.

Com um saldo de infecções que cresce dia a dia e apesar de um confinamento nacional de três semanas decretado em 24 de março, a produção de respiradores portáteis da empresa Agva aumentou de 500 para 20.000 unidades por mês.

"Não havia como prever algo assim", diz o neurocirurgião Deepak Agrawal, que criou a máquina com o cientista robótico Diwakar Vaish.

Vendido por cerca de US$ 2.000, o aparelho custa um quinto ou menos do que os respiradores convencionais.

Como a maioria dos países afetados pela pandemia, a Índia tem uma necessidade crítica de leitos e respiradores hospitalares para sua população de 1,3 bilhão em face de uma epidemia que já deixou 50 mortos e 1.965 casos confirmados.

Em 2016, olhando para as filas de espera de pacientes por equipamentos médicos vitais em um grande hospital público em Delhi, o neurocirurgião e o engenheiro se convenceram de que o país precisava de um respirador acessível e de fácil mobilidade.

"A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é muito cara. No setor privado, mesmo os mais ricos não têm meios de ficar lá por muito tempo", explica Diwakar Vaish.

- Respirador em casa -

Para manter um preço baixo, a dupla evitou usar peças importadas na fabricação. Sua máquina pesa 3,5 kg, consome pouca eletricidade e pode permitir que pacientes menos críticos sejam instalados em suas casas, liberando assim leitos hospitalares.

"Se você deseja converter um hotel em uma UTI, pode instalar o dispositivo e começar a trabalhar porque ele não precisa de mais infraestrutura", diz o cientista de robótica.

O secretário geral da Associação Médica Indiana, R.V. Asokan, acredita que essa inovação é uma maneira de ajudar os pacientes com Covid-19, mas que não está adaptada a casos mais complicados, como transplantes ou cirurgias complexas.

"É um modelo muito sucinto que servirá no cenário atual como uma simples máquina de oxigenação", diz ele.

Maruti Suzuki, a maior montadora de automóveis da Índia, prometeu ajudar a Agva a aumentar sua produção depois que o governo pediu à indústria automobilística que se envolvesse na luta contra o coronavírus.

O sistema de saúde da Índia não está suficientemente equipado e possui apenas 40.000 respiradores. Corre o risco de sofrer uma escassez catastrófica se a epidemia de coronavírus atingir as mesmas proporções que na Europa.

Sunita Sharma, cujo filho permaneceu no hospital por cinco anos devido a um problema neurológico, recebeu um respirador Agva gratuitamente.

"Fiquei chateada quando os médicos me disseram que meu filho deveria passar o resto da vida em uma cama com um respirador", explica à AFP. "Meu marido e eu fizemos todo o possível para estar ao lado dele no hospital e isso afetou nossas vidas".

Agora, com esse respirador instalado em casa, "pelo menos posso ficar para cuidar dele e do resto da casa".

Viseiras de proteção, máscaras, peças para respiradores, material de intubação, entre outros. Os hospitais de Paris estão embarcando na produção dos equipamentos que lhes faltam em impressoras 3D.

A partir desta quarta-feira, o projeto "3D COVID" permitirá "produzir uma grande quantidade de dispositivos médicos para atender às demandas de equipamentos sem precedentes neste período de epidemia", explicam os hospitais parisienses (AP-HP) em um comunicado à imprensa.

No parque anexo ao hospital de Cochin, no sul da capital francesa, cerca de sessenta impressoras 3D cuspirão os materiais solicitados pelos profissionais da saúde, de acordo com um dispositivo previamente homologado e validado por um comitê científico. Procedimentos acelerados, porém sólidos, insistem os AP-HP.

Válvulas, material de intubação, respiradores, bombas de seringas e máscaras serão desenvolvidos com os principais fabricantes franceses e sua produção começará o mais rápido possível.

A região de Paris é a mais afetada na França, com 2.700 pacientes infectados com coronavírus em terapia intensiva.

"Dependendo do tipo de equipamento e de sua complexidade, conseguiremos fazer de 300 objetos por dia a 3.000 por semana", disse o Dr. Roman Khonsari, cirurgião maxilofacial por trás do projeto.

Em razão da sua especialidade, o médico sempre se interessou pela tecnologia da impressão 3D, usada para planejar suas operações e em intervenções reparadoras. Em novembro passado, ele abriu um laboratório de pesquisa, com o apoio financeiro da fundação Gueules cassées, criada durante a Primeira Guerra Mundial.

Este projeto dos AP-HP se beneficia do financiamento do grupo de luxo Kering e da experiência de uma jovem empresa francesa, Bone3D, especializada em impressão 3D médica.

Três de seus engenheiros vão se revezar 24 horas por dia para monitorar a produção.

O projeto saiu do papel em dez dias, mobilizando cerca de cinquenta médicos, engenheiros, desenvolvedores e empresários do setor privado.

Os procedimentos de homologação foram acelerados para responder à emergência, enquanto alguns equipamentos sofrem escassez crônica desde o início da epidemia e outros acabam devido ao fluxo de pacientes.

Alguns modelos de viseiras de proteção produzidos por impressoras 3D já foram oferecidos aos médicos.

"Mas, mesmo em tempos de crise, não podemos permitir o menor defeito - os materiais não podem soltar durante a intervenção", lembra Khonsari.

O local de produção começará a liberar peças simples para dispositivos de sucção, máscaras de reanimação, quantidades de óculos de proteção e até maçanetas para abrir as portas com o antebraço, sem tocá-las.

"Ainda existem equipamentos que não podemos produzir em 3D, como jalecos, por exemplo. Mas para três quartos é possível", diz o cirurgião.

Muitos profissionais da saúde reclamam na França da falta de equipamento disponível diante da epidemia de coronavírus.

Várias empresas adaptaram sua produção com urgência, como um fabricante de tecidos náuticos no oeste da França, reconvertido para a produção de viseiras protetoras.

A saúde da população brasileira está sendo alvo de uma pandemia que já é apontada como a maior de todos os tempos. O novo coronavírus afeta os corpos e as mentes de inúmeros cidadãos, muitos deles assombrados entre o medo da doença e o pânico do desemprego. Poucos setores econômicos, porém, vislumbram esperança para a população.

Apesar da crise instalada em decorrência do fechamento obrigatório de empresas, como estratégia para combater a aglomeração de pessoas e consequentemente a proliferação do vírus, alguns segmentos, curiosamente, estão tendo resultados positivos. Segundo análise do economista Rafael Ramos, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), a explicação está justamente nos efeitos da crise, que obrigou empresários a investirem em recursos tecnológicos para atendimentos a distância e fez com que serviços essenciais continuassem em funcionamento.

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“Diante da crise, os segmentos que mais se destacam são os ligados a questões de inovação tecnológica, inclusive aqueles que trabalham sem ter a necessidade de o consumidor ir em seu estabelecimento, como os que atuam com sites e redes sociais. Nesse momento de isolamento, apenas os setores essenciais, como alimentação, farmácias e hospitais, eles estão sendo demandados ainda mais”, comenta o economista. Por outro lado, “shoppings e comércios tradicionais são os que mais sofrem, porque as medidas de isolamento não mantêm a regularidade em relação às suas vendas e faturamentos”, acrescenta o especialista.

Ainda no que diz respeito aos negócios e órgãos públicos que continuam em pleno funcionamento, a demanda dos clientes e cidadãos fez com que novos postos de trabalho fossem abertos. O fato, diante de tantas informações negativas oriundas da Covid-19, traz esperança a profissionais de todo o Brasil, já que muitos trabalhadores temem demissões ou já estão amargando o desemprego. “A demanda aumentou muito e para dar conta desse novo nível de demanda, as empresas precisam contratar”, enfatiza Ramos.

O LeiaJá reuniu oportunidades de trabalho anunciadas por várias empresas. Supermercados, companhias digitais, hospitais e até entidades públicas somam mais de 20 mil vagas. Confira:

Big Bompreço

Big Bompreço possui lojas em Pernambuco. Foto: Divulgação 

O Grupo Big, detentor das lojas dos supermercados Big Bompreço, oferece quase 600 oportunidades em várias funções. A maioria das vagas exige ensino médio completo e que o profissional tenha, no mínimo, 18 anos. Assistente administrativo PCD, operador de caixa, vendedor de eletro, fiscal de prevenção de perdas e repositor são alguns dos cargos abertos. As remunerações variam conforme as funções.

PepsiCo

Empresa atuante no segmento de alimentos e bebidas, a PepsiCo dispõe de mais de 500 vagas para inúmeras funções. Auxiliar de logística, operador de produção e motorista carreteiro estão entre as ocupações disponíveis.

Carrefour

A rede de supermercados Carrefour é uma das companhias que mais oferecem empregos neste momento. São 5 mil vagas para profissionais, muitos deles com ensino médio finalizado, que atuarão nas cidades de Manaus, Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Minas Gerais.

Global Empregos

Com mais de 1.500 postos de trabalho, a Global Empregos reúne oportunidades em várias cidades brasileiras, sendo a maioria em São Paulo. As remunerações salariais, dependendo do nível profissional, podem chegar a R$ 1,9 mil.

Uffa

A plataforma de renegociação de dívidas e concessão de crédito ‘Uffa’ ofertou 22 vagas de emprego em áreas operacionais. De acordo com a empresa, os aprovados atuarão no sistema home office e poderão receber remunerações até R$ 10 mil. Analisa de planejamento e desenvolvedor fullstack estão entre as funções disponíveis.

Governo de Pernambuco

O Governo de Pernambuco, na tentativa de ampliar o combate à pandemia do coronavírus, prometeu selecionar mais de 7 mil profissionais da área de saúde, tais como médicos e enfermeiros. A seleção mais recente anunciada já prevê 670 ocupações, com salários que passam de R$ 7 mil.

Ebserh

O Ministério da Educação (MEC) anunciou que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) promete contratar mais de 6 mil profissionais. De acordo com o MEC, estão previstas, aproximadamente, 900 oportunidades para médicos, 1,4 mil vagas direcionadas a enfermeiros, 3 mil para técnicos em enfermagem, além de 100 engenheiros e arquitetos e 500 fisioterapeutas. As contratações foram autorizadas pelo Ministério da Economia e o edital do certame poderá ser publicado a qualquer momento.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco oferta 200 empregos para atuação em escritórios e agências em todo o Brasil. As oportunidades são para candidatos da área de tecnologia, analistas de qualidade e testes, engenheiros e engenheiras de software e arquitetos e arquitetas de soluções, entre outros cargos. Os salários não foram revelados.

Uma nova técnica para desinfecção começou a ser utilizada nesse sábado (28) em unidades de saúde e ruas do Recife. O processo de sanitização, que é reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no enfrentamento ao novo coronavírus, consiste na aplicação de um desinfetante com ação viricida de alto nível.

Segundo a Secretaria de Saúde (Sesau) da capital pernambucana, a ação do produto tem início em até cinco minutos e o efeito residual atua por 24 horas. O Recife é a primeira capital do Nordeste a utilizar a sanitização em lugares públicos; a mesma técnica também é adotada por países como Espanha e China (na cidade de Wuhan).

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A nova técnica de desinfecção será levada para outros locais com grande circulação de pessoas, como as principais avenidas da cidade, mercados públicos e terminais integrados de ônibus. Segundo a Sesau, o produto utilizado é biodegradável e pode ser aplicado sem contraindicações, pois não afeta as pessoas que circulam nos ambientes.

A sanitização será feita, no Recife, por mais de 160 profissionais, entre eles os Agentes de Saúde Ambiental e Controle de Endemias (Asaces). Eles usarão os devidos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O cronograma das atividades será dividido em três turnos, de segunda a sexta-feira, e também nos fins de semana, em regime de plantão.

Segundo o gerente de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, a sanitização poderá inativar qualquer agente viral presente nos ambientes que ofereçam riscos à proliferação da Covid-19. “Como o vírus pode permanecer por algumas horas em superfícies como metal, vidro ou plástico, esse processo de desinfecção química será uma forma de prevenção e controle da doença. Quando aplicado, o produto forma uma camada protetora que mantém o local livre do vírus e outros micro-organismos”, destaca o gestor.

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Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde autorizou a utilização de leitos de hospitais de pequeno porte para cuidados prolongados em atendimento dos pacientes crônicos oriundos de UTI e leitos de enfermaria de hospitais de referência à covid-19. A portaria com a autorização está publicada em edição extra do Diário Oficial da União que circula nesta quinta-feira, 26.

Segundo o texto, poderão ser contemplados os estabelecimentos hospitalares com o total de leitos existentes entre 31 e 49, desde que haja leito SUS. Os leitos autorizados deverão ser 100% disponibilizados para Central de Regulação do Estado.

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A autorização ocorrerá considerando critérios epidemiológicos e rede assistencial disponível dos Estados, pelo período excepcional de 90 dias, podendo ser prorrogado.

Habilitação

Em outra portaria, também publicada em edição extra do Diário Oficial, o Ministério da Saúde autoriza a habilitação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva Adulto para atendimento exclusivo dos pacientes de covid-19.

A habilitação temporária dos leitos de UTI ocorrerá a partir da solicitação do gestor local, de acordo com as necessidades dos seus territórios, pelo prazo excepcional de 90 dias, podendo ser prorrogado. O custeio para diária de leito de UTI será de R$ 800,00.

Os hospitais de Londres enfrentam um "tsunami contínuo" de pacientes graves de coronavírus, ao mesmo tempo que devem atuar com uma falta "sem precedentes" de profissionais porque muitos estão doentes, afirmou um dos diretores do Serviço Nacional de Saúde britânico.

Apesar de um grande aumento nas últimas semanas de sua capacidade nas unidades de terapia intensiva, os hospitais da capital registram "uma explosão" do número de "pacientes gravemente enfermos, uma espécie de tsunami contínuo", afirmou Chris Hopson do NHS Providers à rádio pública BBC.

A pressão é ainda maior porque a proporção de trabalhadores da saúde ausentes por doença é "de 30%, 40% e em alguns locais inclusive de 50%", uma taxa de "sem precedentes", destacou Hopson.

Segundo os últimos dados disponíveis, 463 pessoas morreram devido à pandemia de Covid-19 no Reino Unido e 9.529 casos foram oficialmente confirmados, mas analistas acreditam que o número real de infecções alcança dezenas de milhares.

O governo do primeiro-ministro Boris Johnson decretou na segunda-feira um confinamento geral e anunciou a abertura na próxima semana de um hospital de campanha temporário com 4.000 leitos em um centro de convenções de Londres.

De acordo com a imprensa britânica, militares participam em um esforço para criar dezenas de hospitais de campanha em todo o país.

"Esperamos que, talvez em três semanas, as medidas comecem a achatar a curva de contaminação" declarou à BBC Neil Ferguson, assessor científico do governo.

Para enfrentar a escassez de respiradores, o fabricante britânico de aspiradores de pó e ventiladores Dyson anunciou que produzirá 10.000 aparelhos assim que receber a aprovação do governo.

"Este novo dispositivo será fabricado de forma rápida, eficaz e em grandes quantidades", anunciou o grupo em um comunicado, no qual responde a um apelo público para uma reconversão da produção industrial sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Edward Argar, o Reino Unido tem atualmente 8.000 respiradores.

Além disso, quase 560.000 pessoas se inscreveram em menos de 48 horas como voluntários para ajudar o serviço público de saúde a combater a pandemia.

Como em outros países, os britânicos estão convocados desde quinta-feira à noite a aplaudir os profissionais da saúde de suas varandas, jardins ou portas.

A Lojas Renner anuncia doação de R$ 4,1 milhões a hospitais para o combate ao coronavírus, por meio do Instituto Lojas Renner. O montante é destinado à compra de insumos em hospitais da região Sul e Sudeste, responsáveis por unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). São eles: São José, em Criciúma, São Donato, em Içara, também em Santa Catarina, além de Conceição e Clínicas, de Porto Alegre (RS), e unidades de saúde referência em São Paulo, como o InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP).

A empresa também dará suporte a comunidades na região Sul, em especial à do bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, próximo à sede da Renner, onde vivem aproximadamente 35 mil pessoas e assegurar a renda mínima de recicladores do Centro de Educação Ambiental (CEA) e costureiras.

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"A decisão foi tomada a partir do mesmo posicionamento que levou a companhia a ser a primeira grande empresa de varejo a fechar 100% de suas lojas em todo o território nacional: a responsabilidade de todos para frear o avanço do Covid-19 no país", diz o comunicado à imprensa.

A nota ressalta que as iniciativas serão reavaliadas constantemente e poderão ser ampliadas nas próximas semanas.

Como resposta ao aumento de pacientes infectados com o novo coronavírus em Pernambuco, o Governo do Estado vai requisitar que dois hospitais privados desativados do Grande Recife sejam utilizados para que mais de 400 vagas de UTI e 600 de retaguarda sejam ativadas. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou três novos casos da infecção, por isso, o anúncio feito na noite dessa quarta-feira (18) também atenderá ao Interior.

Com o somatório de 22 diagnósticos de Covid-19 e o registro de transmissão comunitária no Recife, os hospitais requisitados serão o Nossa Senhora das Graças, no bairro de Boa Viagem, e o Unicordis, localizado no Torreão, ambos na Região Metropolitana do Recife. A ampliação da rede de saúde também é esperada em Caruaru, Serra Talhada, Araripina e Petrolina, localizados no Agreste e Sertão pernambucano.

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Junto à decisão de suspender as cirurgias eletivas a partir desta sexta-feira (20), a gestão planeja liberar o maior número de leitos possíveis para atender à demanda. "O intuito é ampliar o número de leitos, no menor tempo possível, para que possamos continuar as ações do nosso plano de contingência", pontua o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

Outra determinação do plano de contingência é a criação de uma Central de Teleatendimento para esclarecer dúvidas da população à distância. Para garantir o atendimento remoto, 150 postos serão criados em todo Estado para que os profissionais de saúde orientem gratuitamente e realizem a triagem de novos casos. Mais de 460 testes são aguardados pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen). O material será enviado pelo Ministério da Saúde.

Histórico- Desde o dia 25 de fevereiro, Pernambuco já notificou 485 casos. Desses, 96 já foram descartados e 364 seguem em investigação. Apenas um dos 22 pacientes confirmados está fora do Grande Recife, trata-se de um homem, de 57 anos, morador de Belo Jardim, no Agreste, que retornou recentemente de viagem à Itália.

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Na manhã desta quarta-feira (18), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) anunciou uma série de recomendações para atender aos profissionais da saúde do Estado no combate ao Covid-19. A entidade vai lançar uma ferramenta para acompanhar as condições e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) disponíveis nos hospitais, solicita que médicos inseridos no grupo de risco sejam afastados e que cirurgias eletivas sejam suspensas a partir desta segunda (23).

Além da suspensão dos serviços que não são tratados em caráter de urgência. Os médicos com mais de 60 anos e gestantes serão afastados das áreas de maior exposição. Já os profissionais com doenças crônicas, ou mais de 70, devem permanecer em casa. 

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Para permitir mais tempo nas frentes de trabalho o Conselho vai ficar de olho nas condições sanitárias e segurança 26 mil profissionais. Para garantir a disponibilidade de máscaras, luvas, aventais e álcool gel, um aplicativo foi desenvolvido e promete manter contato direto entre as unidades de saúde e o Cremepe. "O médico tem que tá protegido para atender bem a população", avaliou o presidente da entidade, Mário Fernando Lins.

Através da ferramenta, os diretores técnicos dos hospitais serão responsáveis por informar diariamente as necessidades dos hospitais para que cobranças sejam feitas à Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES). "A exigência do EPI não é um ato egoísta. É um ato de responsabilidade do profissional", pontuou a representante do Sindicato doa Médicos de Pernambuco (Simepe), Cláudia Beatriz.

Outra recomendação do Cremepe é que os empregadores aceitem o que eles chamam de "auto declaração" e liberem funcionários que afirmem apresentar sintomas. A intenção e que as pessoas deixem de ir aos hospitais para pegar declarações e atestados.

Dados de 2016 apontam que Pernambuco possui 1780 leitos de UTI, o que representa 1,85 para cada 10 mil habitantes, informou Lins. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de um para cada 10 mil habitantes. Ainda assim, caso a curva de disseminação proceda, não está descartado que unidades particulares abram as portas para atender à população.

A Ambev anunciou nesta terça-feira (17) que começou a produzir 500 mil unidades de álcool gel para distribuir a hospitais da rede pública nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e no Distrito Federal, onde há maior número de casos confirmados do novo coronavírus. Cada unidade de saúde receberá 5 mil frascos.

A companhia vai utilizar a linha da cervejaria em Piraí, no Rio de Janeiro, para produzir etanol e 500 mil embalagens.

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A demanda pelo álcool em gel segue aumentando nos últimos dias e já existe falta do produto no mercado. Considerando que uma das restrições para a sua reposição é a embalagem para envase, a Ambev disponibilizará o álcool em gel em garrafas PET como as utilizadas para suas bebidas, que hoje não estão em falta. O álcool virá do processo cervejeiro, além do retirado na produção de Brahma 0.0.

Dois hospitais, um do Rio e outro de São Paulo, já registraram infecções pelo novo coronavírus entre os seus profissionais de saúde. Um deles é o Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que teve dois médicos contaminados. Um deles é do setor de nefrologia, que está internado em estado grave em uma unidade da rede privada. O outro profissional, um professor da UERJ, também testou positivo para o vírus, mas tem boa condição de saúde e está em isolamento domiciliar.

Apesar de ter dois profissionais infectados, nenhum paciente da unidade foi infectado e não há doentes internados com o diagnóstico no local nem confirmação de que o vírus esteja circulando no centro médico.

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"À medida em que a pandemia avançar, é provável que tenhamos casos, mas isso não está acontecendo agora", afirmou, em nota, o diretor do hospital Ronaldo Damião.

Apesar de ainda não contar com pacientes internados, o hospital universitário está sendo preparado para atuar como um dos suportes do Estado do Rio aos pacientes com coronavírus que apresentarem quadro grave.

"O hospital reservou enfermaria específica para esses pacientes, com dez leitos equipados com suporte respiratório. Há outros cinco leitos para isolamento. Além disso, na próxima semana, mais 15 leitos estarão disponíveis", disse a instituição, em nota.

Já em São Paulo, as infecções foram registradas na rede de hospitais Sancta Maggiore, da operadora Prevent Senior. Segundo Pedro Benedito Batista Junior, diretor executivo da empresa, pelo menos 15 profissionais de saúde já tiveram diagnóstico confirmado ou foram classificados como casos suspeitos.

Desse total, há uma funcionária internada em estado grave. Ela tem 33 anos e sofre de asma, condição de risco para complicações para a covid-19.

Além de lidar com a contaminação de colaboradores, a operadora, focada no público mais velho, já teve 24 diagnósticos positivos para o coronavírus e dedicou uma unidade na região da Paulista para pacientes com a doença.

Desde o início do surto, a operadora já fez mais de 300 testes por suspeita da doença, dos quais apenas 56 tiveram resultado.

Foi no Sancta Maggiore do Paraíso, na zona sul de SP, que foi registrado o primeiro óbito do Brasil por coronavírus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Hospitais de São Paulo já se mobilizam para padronizar cartilhas sobre o novo coronavírus e recebem alertas sobre como isolar casos suspeitos. Diretor da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Fehoesp), Luiz Fernando Ferrari diz que, desde dezembro, o avanço da doença e as ações para receber os casos suspeitos estão sendo debatidos com os associados.

De acordo com Ferrari, que também é vice-presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp), as entidades, que representam 55 mil serviços de saúde da rede privada do Estado, planejam padronizar cartilhas sobre o tema.

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Segundo Ferrari, foi dado um alerta para que os hospitais isolem os casos suspeitos e os profissionais de saúde utilizem os equipamentos de proteção. Ele explica que, neste momento em que não há transmissão local do vírus, não existe a recomendação de que esses métodos sejam adotados por todos os funcionários. "Se todo mundo começar a usar máscara, não vai ter produção suficiente."

O Hospital Israelita Albert Einstein, que recebeu o primeiro caso da doença no País, informou que acompanha a situação desde o início da epidemia. Na unidade, pacientes recebem a orientação em três idiomas sobre como agir caso desconfiem de que estão com a doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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