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A Operação Cartão Vermelho, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (11), prendeu 15 pessoas ligadas à Inferno Coral, torcida organizada do Santa Cruz. Os alvos são investigados nos crimes de promoção de tumulto, prática ou incitação à violência, rixa, lesão corporal grave, roubo, associação criminosa e tentativa de homicídio duplamente qualificado.

O grupo começou a ser investigado após um fato ocorrido em maio deste ano na estação Prazeres, na Linha Sul do metrô. Houve um tumulto envolvendo torcedores do Santa Cruz e do Sport. Os presos na Operação Cartão Vermelho teriam participado de agressão a dois torcedores.

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“Eles foram presos porque foi constatado através de imagens, provas, indícios que eles praticarem esses crimes”, conta o delegado Sérgio Ricardo, diretor do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE).

Além das prisões preventivas, a polícia também cumpriu 18 mandados de busca e apreensão no Recife e em Jaboatão dos Guararapes e Ipojuca, na Região Metropolitana. Um dos locais das diligências foi a sede da Inferno Coral, no Arruda, Zona Norte da cidade, onde foi encontrada uma arma de fogo.

Segundo a polícia, novas pessoas ainda podem ser presas na operação. Os presos e materiais apreendidos estão sendo encaminhados à sede do CORE, no bairro de São José, área central da capital.  

A confusão ocorrida no último dia 11 de setembro antes do Clássico das Multidões pelo Campeonato Brasileiro resultou em oito torcedores indiciados pela Polícia Civil que responderão criminalmente na justiça. Desse total, três foram autuados por tentativa de homicídio contra o presidente da Inferno Coral, Amilton Lima. Os demais responderão por crime de rixa, promoção de tumulto e associação criminosa. Alguns ainda se encontram foragidos. Durante as investigações, todos os indiciados que foram ouvidos negaram ter envolvimento com torcidas organizadas, ou se ja tiveram, já terem abandonado as instituições há algum tempo.

O delegado Paulo Furtado, que ficou responsável pela investigação do caso, apresentou nesta segunda-feira (26), resultados do inquérito instaurado e nomes dos envolvidos no caso. Ao todo, com a utilização de imagens de câmeras de segurança, dez pessoas foram identificadas na confusão que teve início por volta das 11h50, em frente ao Parque de Exposições do Cordeiro, porém, de acordo com a polícia, nem todos participavam do ato criminoso, por isso não foram indiciados.

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Segundo as investigações, os criminosos indiciados por tentativa de homicídio são Renato de Assis da Silva, de 24 anos, que atualmente está preso por medida preventiva; Wagner dos Santos Silveira, de 25 anos, que está foragido; e Carlos Renato da Silva, de 23 anos, que também está foragido. Os demais que responderão por outros crimes são: Victor Eduardo Gomes da Silva, de 20 anos; Theodorico Bezerra Cavalcante Bisneto, de 23 anos;  Thyago Mendes Barbosa, de 26 anos; e as próprias vítimas de violência Amilton Lima dos Santos, de 27 anos; e André Sales de Luna Júnior, de 25 anos. Com exceção de Victor, preso em flagrante, a polícia aguarda da Justiça pelo decreto ou não de prisão para esses últimos. Um menor também foi apreendido pelo ato de espancamento ao presidente da Inferno Coral.

“Através de investigações conseguimos identificar o máximo possível de pessoas que participaram daquele crime. Vale destacar que foram praticados diversos crimes. Houve uma progressão criminosa em relação a três indivíduos, que além de praticarem a promoção de tumulto e associação criminosa praticaram também a tentativa de homicídio contra a vítima Amilton”, destacou o delegado Paulo Furtado. “As vítimas foram indiciadas tendo em vista que outrora antes da prática do fato eles estavam praticando os mesmos crimes da torcida do Sport. Eles estavam se rixando, promovendo tumulto e associando-se criminalmente”, complementou sobre os crimes que motivaram o indiciamento de Amilton Lima e André Sales. Se condenados a pena máxima, os envolvidos em tentativa de homicídio qualificado poderão pegar até 36 anos de prisão. Já os demais podem receber penas mais brandas que não chegam a um ano na cadeia.

O delegado estabeleceu os próximos passos do inquérito policial a partir deste momento. “O inquérito foi concluído na quinta-feira passada. Agora já está com o Ministério Público. Provavelmente hoje haverá denúncia e ficará a disposição do poder judiciário. A polícia precisa checar algumas informações que foram solicitadas, perícias requisitadas para encaminhar ao poder judiciário. As investigações por parte do DHPP foram concluídas”, informou.

Briga Marcada

Ainda sobre as investigações, um dos processos que precisam ser concluídos nesta análise final diz respeito a suspeita de que a confusão entre torcidas teria sido agendada por uma rede social. Por enquanto, a polícia ainda não tem nenhuma confirmação da veracidade do fato. “Isso está sendo investigado. É temerário a gente adiantar. Concluímos o inquérito muito rápido, em apenas 10 dias, em que pese ser o prazo processual quando existem pessoas presas, mas estamos realizando diligências exatamente para confirmar algumas hipoteses e versões apresentadas no transcurso das investigações”, concluiu.

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A Polícia Civil de Pernambuco concluiu o inquérito que apurou a tentativa de homicídio contra o presidente da Torcida Organizada Inferno Coral. No dia 11 de setembro, antes do clássico entre Sport e Santa Cruz, Amilton Lima dos Santos foi espancado por dezenas de homens na Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife, bem como o diretor de arquibancada da uniformizada, André Sales de Lima Júnior, foi vítima dos rivais. De acordo com as autoridades, oito pessoas estão sendo indiciadas.

No dia do espancamento, a Polícia Civil conseguiu prender Victor Eduardo Gomes da Silva, de 20 anos, acusado de tentativa de homicídio qualificado, rixa, corrupção de menores e associação criminosa. Ele também é suspeito de promover violência no trajeto de ida e volta do local do evento esportivo, ações tipificadas no Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente e no Estatuto de Defesa do Torcedor. O acusado foi encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).

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Também foi detido um menor de 17 anos, graças a atuação da Polícia Militar de Pernambuco. O suspeito foi apresentado ao Ministério Público do Estado e deve cumprir medidas socioeducativas. 

A apresentação completa da conclusão do inquérito será feita nesta segunda-feira (26) pelos delegados José Cláudio Nogueira e Paulo Furtado. Os detalhes serão divulgados no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.  

Após mais um caso de violência ocorrido em Pernambuco antes do Clássico das Multidões, que terminou com dois torcedores hospitalizados, o debate sobre a existência das torcidas organizadas foi retomado. Mais do que isso, também se debateu o contato dos clubes com as uniformizadas. E, nos últimos anos, um dos presidentes de clube que mais ficou marcado em Pernambuco por conta dessa relação foi Antônio Luiz Neto, ex-mandatário do Santa Cruz por quatro anos. Ele teve relações bem conturbadas com uma das maiores organizadas corais, desde vestir camisa durante sua posse e convidar membros para apresentação de jogador, até o fatídico caso ocorrido em 2014, onde um torcedor acabou morto por conta de uma privada jogada das arquibancadas do Arruda. 

Deixando claro seu posicionamento de não ser contra as organizadas, ALN classifica que segmentações de pessoas infiltradas no meio da torcida estão distorcendo a imagem delas. E para essas pessoas, ele defende a punição por conta da Justiça, já que acredita que os clubes já fazem tudo que é necessário para coibir os crimes.

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“O clube cumpre a Lei Pelé, você não vê briga dentro do estádio, você vê show, espetáculo. O problema é longe dele, você está no Arruda e a briga está rolando na Caxangá, na Avenida Norte, como o clube pode ser responsabilizado? Isso não é justo, é demagógico e é fugir das obrigações”, declara em entrevista ao Portal LeiaJá. “Querer dizer que é torcida, não é. Torcida não faz crime, quem faz crime é bandido e lugar dele é na cadeia”, complementou.

Vendo como um problema de responsabilidade pública, o ex-presidente coral enfatiza que medidas como a do presidente do Sport, João Humberto Martorelli, têm cunho apenas demagógico e em nada contribuem efetivamente no combate as organizadas. “Não vejo como solução (proibir organizadas). A solução é que lugar de marginal é na cadeia e só quem pode prender é a polícia. Isso (ação de Martorelli) é literalmente demagogia pura”, comentou o atual presidente da comissão patrimonial do tricolor.

Porém, ALN também se defende quanto ao seu histórico de contribuição com organizadas. Com relatos de favorecimento a essas torcidas, como distribuição de ingressos, alugueis de ônibus para viagens e uso do Arruda para depósito de alguns instrumentos, ele nega que tudo disso tenha sido verídico. “Na minha gestão eu não tinha relação com torcida organizada, se não a institucional. Nunca dei ingresso, sabemos que em muitos clubes do Brasil e de Pernambuco isso já aconteceu, mas na minha gestão desafio dizer que eu dei ingresso a torcedor. Eu e minha diretoria pagávamos para entrar”, revelou.

A solução encontrada por ele é o aumento da efetividade da polícia. Algo que sugeriu a Federação e ao Governo desde que estava a frente do clube coral. “A própria lei determina que a segurança pública dos jogos de futebol tem que ser feita pelas polícias dos estados e os clubes solicitam isso. É preciso haver polícia para prender porque a insegurança não está dentro do estádio, e sim, fora dele”, destaca. “O que precisamos é ter batalhões especializados em grandes eventos, batalhões para cuidar das principais avenidas e polícia de inteligência, que possa monitorar tudo”, concluiu.

Confira o vídeo com alguns dos posicionamentos do ex-presidente coral:

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--> Preso novo suspeito de espancar presidente da Inferno

--> Presidente da FPF defende pena de morte a agressores

O terceiro suspeito de espancar o presidente da Inferno Coral foi detido pela Polícia Civil de Pernambuco nesta segunda-feira (12). O rapaz, identificado como Renato de Assis da Silva, 23 anos, foi conduzido para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), localizado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Segundo a Polícia, o homem foi encontrado na manhã de hoje. Detalhes de onde aconteceu e como foi a ação policial não foram revelados pelas autoridades, mas a expectativa é que o delegado responsável pelo caso, Paulo Furtado, dê mais informações sobra a investida ainda nesta tarde.

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Nesse domingo (11), dia do espancamento de Amilton Lima, presidente da Inferno Coral, a Polícia deteve Victor Eduardo Gomes da Silva, de 20 anos, e um menor. Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil, Victor será encaminhado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, os acusados poderão ser acusados pelos crimes de tentativa de homicídio, corrupção de menores, rixa, formação de quadrilha e provocação de tumulto. Até o presidente da Inferno Coral poderá ser investigado, caso haja alguma prova de que ele marcou o confronto.

Com informações de Renato Torres 

Por meio de nota publicada no início da tarde desta segunda-feira (12), a Torcida Jovem alegou não ter relação com o espancamento contra o presidente da Inferno Coral, Amilton Lima. Pelo Facebook, a uniformizada informou que não é de acordo com ‘nenhum tipo de violência no futebol’.

De acordo com a publicação, a Torcida Jovem afirmou que as imagens que mostram o espancamento não condizem com seu “pensamento e planejamento”. “Contudo não somos responsáveis pelos atos realizados por pessoas que tenham a intenção de fazer desordem e praticar a violência em dias de jogos”, continua o texto.

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Na manhã de hoje, a Polícia Civil não confirmou que a confusão tenha tido a participação de torcidas organizadas, sob a justificativa de que não há testemunhas, por enquanto, com a tal acusação. Entretanto, os envolvidos no ato de extrema violência foram identificados e devem ser detidos a qualquer momento.

O presidente da Inferno Coral recebeu atendimento médico no Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Porém, ele assinou um termo de responsabilidade e deixou a unidade hospitalar. A uniformizada tricolor também emitiu nota sobre o caso, destacando que repudia qualquer ato de violência. A seguir, confira na íntegra o posicionamento da Jovem: 

Viemos através deste breve texto, informar que não somos de acordo com NENHUM tipo de violência no futebol. As imagens que estão sendo veiculadas na mídia não condizem com o pensamento e planejamento da nossa entidade, contudo não somos responsáveis pelos atos realizados por pessoas que tenham a intenção de fazer desordem e praticar a violência em dias de jogos.

Há 03 anos que a nossa TORCIDA se encontra punida pelo Ministério Público de Pernambuco, com alegação de que era preciso determinada punição para diminuir a violência, mas não é o que a realidade condiz. Sempre procuramos os Órgãos Competentes para a criação de cadastro dos torcedores mas nunca obtivemos respostas.

Encerramos dizendo que nosso intuito é apenas de Fazer a festa nos estádios de futebol, apoiar e incentivar o nosso clube, aliás nosso lema revela o verdadeiro sentido da nossa existência... Torcida Jovem do Sport. Com o Sport pro que der e vier.

Sem confirmar que o espancamento ao presidente da Inferno Coral teve relação com torcidas organizadas, a Polícia Civil deu mais detalhes, na manhã desta segunda-feira (12), sobre o caso que chocou Pernambuco. Nesse domingo (11), antes do clássico entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro, Amilton Lima foi brutalmente espancado por dezenas de homens, próximo à Avenida Caxangá, Zona Oeste do Recife. O detalhe é que a vítima também pode ser investigada.

Na sede da Secretaria de Defesa Social (SDS), no Recife, o coordenador do Core, Sérgio Ricardo, revelou que não existem testemunhas, até o momento, que informem a participação de integrantes de uniformizadas no espancamento. Além disso, existe a possibilidade do presidente da Inferno Coral ser investigado, mas somente se forem identificadas informações de que a confusão teria sido marcada anteriormente pelo próprio Amilton.

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“Vamos investigar se houve marcação do encontro. Amilton pode ser indiciado, caso seja confirmado”, revelo ao LeiaJá o coordenador do Core.

A Polícia Civil também detalhou quais crimes os acusados poderão responder. Tentativa de homicídio, associação criminosa, corrupção de menor, incentivo à briga e provação de tumulto são alguns deles. Além dos dois suspeitos identificados nesse domingo, as investigações já identificaram outros envolvidos, porém sem divulgação para não atrapalhar as investidas policiais.   

A Polícia Civil de Pernambuco informou, na manhã desta segunda-feira (12), que já identificou os demais acusados de participar do bruto espancamento ao presidente da Torcida Organizada Inferno Coral, Amilton Lima. Segundo o coordenador da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), Sérgio Ricardo, os nomes e a quantidade dos envolvidos não serão divulgados para não atrapalhar as investigações policiais.

Em entrevista coletiva realizada na sede da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), localizada no Recife, o coordenador do Core revelou que os acusados poderão responder por vários crimes. Tentativa de homicídio, corrupção de menores, rixa, formação de quadrilha e provocação de tumulto são alguns deles.

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Sobre os dois suspeitos detidos nesse domingo (11), um menor e Victor Eduardo Gomes da Silva, de 20 anos, Sérgio Ricardo informou que eles estão passando por processos judiciais e em breve haverá notícias acerca da decisão jurídica. O coordenador do Core ainda disse que, até o momento, não é possível afirmar se de fato a briga tem participação de torcidas organizadas, porque não há, por enquanto, testemunhas que comprovem a informação.

De acordo com a Polícia Civil, neste ano foram realizados 141 termos circunstanciais de ocorrência na Delegacia do Torcedor. Ao todo, 38 pessoas foram conduzidas para processos judiciais.

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--> Feridos em briga antes do clássico deixam hospital

Com informações de Camilla de Assis 

O torcedor Amilton Lima, 27 anos, deixou o Hospital Getúlio Vargas na manhã desta segunda-feira (12). Apesar de apresentar escoriações na cabeça e trauma na face, depois de ter sido agredido por aproximadamente 15 homens armados com pedaços de madeira na tarde do último domingo (11).

Amilton assinou um termo de responsabilidade e deixou a unidade. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde, o torcedor estava consciente. O diretor da torcida Inferno Coral, André Sales, que também foi agredido antes do clássico, deixou o hospital ainda ontem. Segundo a assessoria, ele teve o braço engessado.

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O ex-presidente da Torcida Organizada Inferno Coral, do Santa Cruz, foi preso na tarde da última quarta-feira (25) no bairro de Parnamirim, Zona Norte do Recife. Paulo Cesar Pinheiro da Cunha, de 31 anos, foi detido em flagrante na saída da agência de um banco portando uma pistola 380. Na residência do suspeito foram encontradas armas, munições, drogas, balanças de precisão e uma espada ninja.

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De acordo com a Polícia Civil, o suspeito já era investigado por envolvimento no furto do cofre da empresa Ponto Certo e agora deve responder por porte ilegal de arma e tráfico de drogas. O furto teria acontecido no escritório da empresa, na Ilha do Leite, em abril deste ano.

Durante uma operação de rotina na Zona Norte, policiais entraram no mesmo banco que Paulo Cesar estava. Ao visualizar os policiais da Roubos e Furtos, ele ficou apreensivo e desistiu de depositar uma quantia de R$ 6 mil. Como ele já vinha sendo investigado, a polícia abordou o ex-presidente da Inferno Coral e em seu carro foi encontrada uma pistola 380. Apesar de não ter antecedentes criminais, com o flagrante e os materiais apreendidos em sua casa, o ex-presidente foi preso e será encaminhado para a audiência de custódia.

Para o delegado Nelson Souto, há uma grande ligação entre  as torcidas organizadas do Recife com crime do tráfico de drogas. "Na residência do 'PC' foram encontradas mais de 380 gramas de cocaína pura, muito provavelmente vinda de outro país pela pureza", explicou o delegado. Ainda de acordo com a Polícia Civil, PC estava se preparando para ir ao jogo do Santa Cruz quando foi preso em flagrante.

Paulo Cesar foi presidente da Inferno Coral de 2009 a 2015 e estava licenciado da Torcida Organizada do Santa Cruz  para se candidatar a vereador da cidade do Recife neste ano. Em depoimento, ele contou que estava com as armas porque trabalhava como segurança e que as drogas eram para consumo próprio, negando a acusação  de tráfico de drogas.

 

A Rua Monsenhor Júlio Maria, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, viveu uma confusão anunciada na madrugada desta quinta-feira (26). Torcedores de organizadas do Sport e Santa Cruz se confrontaram no local. Desde abril, a sede da Jovem, torcida organizada do Sport, funciona na rua. 

“Foi coisa de terror”, resume a professora Solange Coutinho, moradora da Rua Monsenhor Júlio Maria. “Daqui eu só ouvia barulho, gritos, estrondos, como se fossem fogos ou balas de efeito moral ou de borracha. A gente não conseguiu dormir, a polícia fez barreira dos dois lados da rua. Foi o pior momento desde que chegaram”, ela complementa. 

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Outro morador diz que acionou a polícia assim que percebeu o tumulto. “Eu estou com muito medo, teve tiroteio, pessoas jogando bomba e pedra aqui na minha rua. Vi que era a torcida do Sport com outra torcida. Ouvi que eles disseram que iam quebrar no cacete quem chamou a polícia. Nós ficamos assustados porque já denunciamos que essa sede aqui só trouxe problemas”, disse o rapaz, que não quis se identificar.

A Polícia Militar deteve 34 pessoas durante a briga. Elas foram levadas à Central de Flagrantes da Capital, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife. De acordo com a polícia, por volta das 6h todas os detidos foram liberados e foi aberto um inquérito policial para investigar o caso.  

Na noite da quarta-feira (25), o Santa Cruz enfrentou o Cruzeiro pela série A do Campeonato Brasileiro. A torcida organizada do Cruzeiro é aliada da torcida rubro-negra enquanto a do Atlético-MG, rival do Cruzeiro, é aliada da Inferno Coral. Os moradores acreditam que tais alianças tenham motivado a briga. 

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Após o clássico entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro, o clima foi de tranquilidade em várias ruas do Recife. Apesar dos relatos de alguns casos de vandalismo na manhã deste domingo (21), antes do início do jogo, integrantes de uniformizadas saíram do estádio sem grandes confusões, mas sempre acompanhados de policiais militares.

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Por volta das 20h30, centenas de torcedores do Santa Cruz saíram da Ilha do Retiro com destino à Praça Maciel Pinheiro, localizada no Centro do Recife. A PM acompanhou todo o trajeto, utilizando policiais a pé e motorizados.

No bairro dos Coelhos e na comunidade da Joana Bezerra, muitos populares acompanharam a passagem da massa tricolor, mas sem incidentes. Chegando ao destino final, os torcedores foram dispersos na Maciel Pinheiro e seguiram para suas conduções.

Na Avenida Conde da Boa Vista, pelo menos até por volta das 22h, a movimentação estava tranquila e quase não se via torcedores à espera de ônibus. Na Praça do Derby e no Cais José Estelita, pontos por onde passam vários coletivos, policiais ficaram de prontidão para evitar confrontos e atos de vandalismo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 homens trabalharam no clássico, distribuídos dentro e fora do estádio. 

A operação "Arquibancada" foi deflagrada nesta segunda-feira (28) com o objetivo de coibir a violência nos estádios e futebol e entornos, que são geradas a partir das torcidas organizadas (TO's) na Região Metropolitana do Recife. A Polícia Civil de Pernambuco prendeu 12 integrantes da Jovem (Sport), Fanáutico (Náutico) e Inferno Coral (Santa Cruz), e apreendeu armas de fogo, rojões, facas, uniformes, carteiras de associados, celulares, notebooks e uniformes produzidos pelas "facções" - como chamou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.

Delegado responsável pela operação, José Silvestre explicou que a operação foi executada a partir de três casos de violência, vandalismo e ações criminosas no Recife. “Inicialmente, a identificação foi mais difícil porque tivemos poucas imagens dos suspeitos. Mas, fizemos um trabalho muito bem feito com as imagens, para visualizá-los e associá-los aos devidos crimes cometidos”, contou.

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O primeiro dos casos ocorreu em 11 de julho, no metrô, na estação do Barro, em confrontos entre a Fanáutico e a Inferno Coral, após o clássico entre Náutico e Santa Cruz, na Arena Pernambuco. Foram presos quatro integrantes, todos por rixa, dano qualificado, associação criminosa, corrupção de menores, provocação de tumulto.

Em 8 de setembro, após o jogo entre Santa Cruz e Paysandu (Terror Bicolor), os torcedores dos dois times e a Fanáutico – que apoia os paraenses – criaram cenas de guerra no bairro dos Aflitos. As brigas ocorreram na avenida Rosa e Silva e nas ruas da Angustura, Conselheiro Portela, do Futuro e em adjacentes. Dois integrantes da TO coral foram presos sob as mesmas acusações do primeiro caso.

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O terceiro fato aconteceu em 18 de outubro, depois da partida entre Sport e Atlético-MG na Ilha do Retiro. Participantes da Jovem – que é aliada da Mancha Azul, do Cruzeiro – espancaram e roubaram torcedores da Galoucura (do Atlético), parceira da Inferno Coral, em frente ao Imip, no bairro dos Coelhos. Vários itens dos mineiros foram encontrados durante apreensão na sede TO recifense. 

A Polícia Civil prendeu quatro integrantes da Jovem que estiveram nos confrontos no Imip. Um está foragido. Durante apreensão na sede da organizada, no bairro da Boa Vista, foram encontradas duas armas de fogo, que podem ter sido usadas no dia das brigas, por Rhennan Batista da Silva (21) e Pedro Henrique Alves dos Santos “Dinamite” (21). O revólver deste segundo, inclusive, está com a numeração adulterada, o que imputa crime inafiançável.

A operação deve ir além das prisões, como explica o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho. "Os trabalhos continuarão, interrogamos os presos para identificar coautores e esse trabalho vai continuar. Tudo no sentido para que possamos ter paz no futebol", falou. Assista no vídeo a seguir o momento das prisões.

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A torcida organizada tricolor Inferno Coral está vetada do jogo entre CRB e Santa Cruz, marcado para a próxima terça-feira (06), às 20h30, no Estádio Rei Pelé, em Alagoas, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Em decisão conjunta, a Federação Alagoana de Futebol (FAF) e a Polícia Militar determinaram que a uniformizada recifense não terá acesso ao reduto que receberá o duelo.

A proibição é uma medida cautelar e preventiva, com o objetivo de evitar conflitos entre a Inferno Coral e a torcida Comando Alvirrubro, ligada ao time alagoano. A iniciativa foi motivada por um confronto entre as uniformizadas ocorrido em 2013, quando Santa Cruz e CRB se enfrentaram em jogo válido pela primeira fase da Copa do Nordeste. Devido à confusão, ambos os clubes foram punidos, perdendo mandos de campo na edição de 2014 do torneio regional.

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De acordo com a FAF, os torcedores corais terão livre acesso ao Rei Pelé, desde que não estejam com trajes ou objetos que remetam à Inferno Coral. A medida foi oficializada pela Federação através de ato publicado em seu site oficial.

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Na manhã desta quarta-feira (9), ao invés de abrir o estabelecimento às 9h, como costuma fazer, Viviane Braga estava acompanhando a equipe que fazia a medição da vitrine coberta por tapume. Seus funcionários, ao invés de estarem vendendo móveis, varriam pedras e cacos de vidro. A Giardini, localizada em frente à sede do Náutico, foi uma das vítimas da briga entre torcidas ocorrida na noite da terça-feira (8), na Avenida Rosa e Silva, na zona norte da capital. 

No trecho da avenida em que houve a confusão, ainda é possível encontrar pedras dos mais diversos tamanhos, utilizadas como armas na noite anterior. “Eu via pessoas correndo desesperadas, carros foram atingidos. Foi horrível”, relata Viviane. Além dos carros, que não se encontravam mais no local, e a Giardini, nenhum outro estabelecimento tinha avarias aparentes.

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Para a moradora Teresa Fonseca, que mora no bairro das Graças há cerca de 15 anos, o clima é de tensão. “As pessoas até pedem para eu ter cuidado mas aqui costuma ser calmo. Mas depois disso a gente fica com medo”, ela comenta. O proprietário da Padaria Com.Pão, Mario Carlini, também presenciou a briga das organizadas. “Os clientes vieram correndo por causa do vandalismo, para se proteger. Mesmo a uns 50 metros da sede, umas pedras bateram aqui na frente”, ele lembra. “Não existe policiamento na cidade, não existe nada que dê proteção”, complementa. 

A Giardini, que possui segurança eletrônica, estuda agora a contratação de profissionais de segurança. A Padaria Com.Pão costumava ficar localizada em frente à sede alvirrubra, mas se transferiu para um ponto mais distante. O motivo era a ampliação do espaço, mas Carlini comemora a distância que conseguiu criar do Náutico.

Medidas – O presidente do Náutico, Glauber Vasconcelos, convocou uma entrevista coletiva para esta tarde para informar quais ações serão tomadas após os fatos de ontem. O clube foi duramente criticado nas redes sociais por ter oferecido abrigo à torcida organizada do Paysandu antes do jogo.  

A Secretaria de Defesa Social (SDS) também vai realizar uma coletiva nesta tarde. A pasta também deve anunciar providências a serem tomadas após o episódio.

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Mais uma vez o Recife foi palco de muita confusão causada por vândalos que podem ter vínculo com torcidas organizadas. Na noite desta terça-feira (8), após o jogo entre Santa Cruz e Paysandu, no Arruda, moradores do bairro dos Aflitos, Zona Norte da cidade, presenciaram tiroteio, arruaça e explosões, durante confronto entre uniformizados da Cobra Coral e torcedores do Papão que receberam apoio de integrantes de uma uniformizada do Náutico.

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Segundo informações de populares, homens vestidos com camisas de uma organizada do Santa Cruz e outros à paisana perseguiram os torcedores do Paysandu que tentaram se proteger na sede do Náutico. Antes da partida, torcedores do Papão estavam na própria sede alvirrubra, de onde partiram com torcedores do Timbu para o jogo no Arruda. De acordo com um popular, os motoristas que estavam passando pelo local no momento da confusão chegaram a pegar a contramão com medo da violência.

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Um torcedor do Paysandu identificado como Evandro Henrique foi agredido e afirmou que a uniformizada do Santa Cruz tentou atacar a torcida do time paraense várias vezes antes do jogo. “A gente já tinha sofrido vários atentados, não só aqui nesta área. Aqui foi o pior ataque. Muita pedra, muito negócio quebrado. Quando a gente saiu do Arruda, fomos atacados. Chegaram jogando pedra na gente. Procuramos abrigo na sede do Náutico para não morrer”, disse o torcedor do Paysandu.

Antes da confusão no bairro dos Aflitos, um morador de uma rua próxima ao estádio do Santa Cruz registrou mais um conflito. Segundo ele, que preferiu não se identificar, houve correria e alguns torcedores ficaram feridos. Veja no vídeo a seguir:

Com informações de Clauber Santana e Lívio Angelim

A Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco negou o recurso das torcidas uniformizadas da Inferno Coral e Jovem do Sport, que solicitavam a revogação da decisão liminar proferida pelo juiz Edvaldo José Palmeira no dia 18 de março. O órgão manteve em vigor a decisão liminar da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital que proíbe o acesso delas e da Fanáutico aos estádios de futebol.

Caso as torcidas não cumpram a determinação, elas sofrerão multa de R$ 5 mil. Os clubes Sport, Santa e Náutico também estão impedidos de permitir a entrada de suas respectivas organizadas, sob pena de multa de R$ 10 mil no caso de descumprimento. Além disso, estão proibidos de fazer doações de ingressos aos integrantes dessas torcidas, sob pena de multa de R$ 500 para cada ingresso doado.

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As torcidas alegaram que a proibição afetava o direito de ir e vir previsto na Constituição Federal. Mas, de acordo com o relator dos recursos, o desembargador Erik Simões, direito de ir e vir das torcidas organizadas não é superior ao direito à segurança e ao direito de ir e vir da sociedade pernambucana.

“Com o conflito entre os direitos constitucionais, deve haver uma ponderação de qual deve prevalecer analisando o caso em concreto. Então, por ser necessária a privação da entrada das torcidas organizadas nos estádios em benefício de toda uma coletividade visivelmente acuada e prejudicada pela violência”, afirmou.

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) decidiu proibir a Torcida Organizada Bamor, do Bahia, de entrar na Ilha do Retiro, no próximo domingo (18), às 16h, quando será realizado o jogo do Sport contra a equipe baiana, pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. De acordo com a FPF, a medida preventiva quer garantir a segurança dos profissionais e torcedores que forem ao Estádio.

A decisão também atende a um requerimento feito pela Polícia Militar de Pernambuco, bem como veta a venda de ingressos a torcedores visitantes que não comprovem ligação efetiva e documental com o clube do Bahia. De acordo com a FPF, a proibição se justifica pela ligação da Bamor com a Torcida Inferno Coral, do Santa Cruz, que está proibida de frequentar os campos de futebol.

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A morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva também pesou na proibição. "O que ocorreu no Arruda foi lamentável e não podemos permitir que se repita. É uma consolidação dos acertos que fizemos com o STJD e, dentro desse entendimento, já estavam previstas medidas desta ordem", destacou o presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho, conforme informações do site da instituição. 

Outro integrante da Torcida Organizada Inferno Coral (TOIC) foi preso na manhã desta sexta-feira (9). Cláudio Santana da Costa Júnior, de 28 anos, tinha um mandado de prisão decretado desde 2011. Ele é suspeito de tentar matar Anderson José Francisco da Silva e o motivo seria envolvimento com o tráfico de drogas.

Segundo o delegado Sérgio Ricardo, Cláudio tem antecedentes criminais por comercializar drogas na sede da organizada, principalmente quando tem jogos do Santa Cruz, motivo de suas duas prisões anteriormente. Ele trabalhava vendendo produtos da Inferno Coral  na sede da torcida

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Ainda de acordo com Sérgio Ricardo, o torcedor não possui ligação com a morte no Arruda, na última sexta-feira (2). "Conforme as investigações, o suspeito não possui envolvimento no caso que resultou na morte de Paulo Ricardo", explicou. Porém, segundo o delegado, o detido conhecia o trio que causou a tragédia, após o jogo entre Santa Cruz e Paraná.

Cláudio será encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel) em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A liminar determinada pelo juiz Edvaldo Palmeira, da 5ª Vara da Fazenda Pública, proibiu as Torcidas Organizadas (T.O) Jovem, Fanáutico e Inferno Coral de comparecerem aos estádios de Pernambuco (LINK). Mesmo que essa decisão não deva valer para esta quarta-feira (19), o magistrado explicou o que as duas partes – torcida e clubes – podem ou não fazer a partir de agora.

“Quem se utilizar de qualquer símbolo – da vestimenta aos gritos de guerra - que faça alusão a uma organizada pode ser barrado nos jogos. No processo, ainda não existe a lista dos integrantes das torcidas. Por isso, para o cumprimento da decisão, basta que o torcedor esteja identificado com uma camisa ou um boné da T.O”, explicou o ministro.

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Segundo o juiz, por enquanto, apenas as organizadas podem sofrer punições. “As multas de R$ 5 mil reais, em caso de descumprimento, foram fixadas apenas para as torcidas. Aos clubes foi determinado que abstenham-se de fazer doações de ingressos aos integrantes das organizadas e impeçam o acesso delas nos seus estádios de futebol. A doação é um incentivo a uma atividade criminosa, porque as torcidas organizadas se desviam do seu foco, que é alegrar os jogos, e praticam atividades violentas.”, afirmou.

Caso os clubes não cumpram a sentença, a liminar estipula uma pena de R$ 10 mil por evento. Porém, como Náutico, Sport e Santa Cruz ainda não foram intimados para o processo final, as penas estão condicionadas a essa notificação, que deve ser feito pelo Ministério Público em até dez dias.

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