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A Policia Civil de Santa Maria relacionou 35 pessoas como culpadas diretas ou indiretas pela tragédia da boate Kiss, que matou 241 pessoas. Os nomes foram divulgados pelo delegado Marcelo Arigony na tarde desta sexta-feira, depois da remessa do inquérito que investigou o caso à Justiça. Entre os acusados estão 16 pessoas que seriam culpadas por homicídio, inclusive os sócios da boate e duas familiares de um deles, um funcionário da casa e um integrante da banda Gurizada Fandangueira. A Polícia também apontou o prefeito Cezar Schirmer como culpado, mas não fez o indiciamento e encaminhou relatório ao Tribunal de Justiça porque ele tem foro privilegiado.

Foram indiciados por homicídio qualificado com dolo eventual (por terem assumido o risco de matar) Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da banda), Luciano Augusto Bonilha Leão (produtor), Elissandro Callegaro Spohr (sócio da Kiss), Mauro Londero Hoffman (sócio da Kiss), Ricardo de Castro Pasche, Ângela Aurelia Callegaro, Marlene Teresinha Callegaro, Gilson Martins Dias e Vagner Guimarães Coelho.

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No inquérito policial apresentado pelo delegado Arigony também constam "indícios da prática de homicídio culposo" por parte do prefeito da cidade. O inquérito também vai ser encaminhado à CPI na Câmara dos Vereadores de Santa Maria para investigar supostos atos de improbidade administrativa pelo prefeito. Uma cópia do inquérito também seguirá para Justiça Militar do Rio Grande do Sul para apurar indícios da prática de homicídio culposo por nove bombeiros.

Conclusões

Arigony disse que as vítimas morreram por asfixia causada por cianeto e dióxido de carbono, liberados pela espuma de contenção acústica. Os fogos de artifício utilizados pelo grupo eram, segundo Arigony, para uso externo e mais baratos do que os artefatos recomendados para o uso interno.

Ele exibiu dois vídeos de celulares de pessoas que estavam no local que mostraram o momento em que os membros da banda tentaram apagar o fogo com um extintor de incêndio, que não funcionou. O delegado também afirmou que diversas testemunhas confirmaram que a boate Kiss estava com ocupação superior à permitida na noite do incêndio.

Os delegados Marcelo Arigony e Sandro Meinerz entregaram o inquérito que investigou a tragédia da boate Kiss à 1ª Vara Criminal, no Fórum de Santa Maria, no início da tarde desta sexta-feira. A peça tem cerca de dez mil páginas e aponta as causas e nomes dos responsáveis pelo incêndio que matou 241 pessoas, a maioria jovens estudantes que participavam de uma festa na cidade gaúcha.

Acompanhados de outros delegados que participaram da investigação e da cúpula da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, os policiais vão expor suas conclusões à imprensa em um auditório da Universidade Federal de Santa Maria durante a tarde desta sexta.

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A Polícia Civil deve entregar o inquérito que investigou a tragédia da boate Kiss à Justiça na tarde da sexta-feira (22), em Santa Maria (RS). A peça deve ter em torno de 50 volumes de textos e de anexos e vai apontar as falhas prévias, as causas pontuais do incêndio e da morte de 241 pessoas e os responsáveis pelo desastre.

Segundo informações divulgadas durante a investigação, a banda Gurizada Fandangueira fez um show pirotécnico na casa noturna que não tinha instalações adequadas de prevenção e combate a incêndios, nem sinalização e saídas de emergência. Durante a apresentação, uma fagulha chegou ao teto do palco e começou a queimar a espuma do revestimento acústico. O fogo se espalhou rapidamente, gerando a fumaça tóxica que matou 234 pessoas no dia 27 de janeiro e outras sete, posteriormente, em hospitais.

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Os cinco delegados que comandaram as investigações evitaram a divulgação prévia dos nomes dos indiciados. Ao longo da apuração, admitiram que pelo menos dois sócios da Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, estarão entre eles. Os quatro estão presos preventivamente em Santa Maria.

O Hospital Severino Távora, única unidade médica do município de Orobó, Agreste Pernambuco, será investigado pelo Ministério Público de Pernambuco. O órgão instaurou inquérito civil para averiguar a situação da unidade que, por conta de graves problemas administrativos, financeiros e fiscais, estava prestes a fechar. De acordo com a promotora de Justiça Sophia Wolfovitch Spinola, a investigação começou com diversas requisições ministeriais para que as responsabilidades sejam apuradas. 

Na segunda-feira (11), a promotora recebeu uma representação do prefeito Cléber José de Aguiar da Silva (PSD), na qual relata um quadro preocupante sobre o hospital, o que compromete não apenas a gestão, mas também a prestação de serviços médicos à população. Atualmente, conforme o documento, o local é comandado pelo Círculo dos Trabalhadores Cristãos de Orobó, sob a influência do ex-prefeito Manoel João dos Santos Filho (PSDB). 

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Irregularidades -  Foi constatado que o hospital já ficou sem médico plantonista durante quatro dias e que o presidente do Círculo, Nivaldo José de França, emprega duas filhas. O hospital recebe apenas recursos do município, que é usado para cobrir as despesas com os funcionários do Círculo, alguns até não possuem ligação com as atividades hospitalares e, inclusive, um deles mora em São Paulo. 

De acordo com a representante do MP, não há interesse por parte da instituição em desligar esses funcionários, por dois motivos: são pessoas ligadas a políticos locais e são funcionários antigos, com cerca de 20 anos de casa e não há dinheiro para quitar a rescisão. 

Entre as requisições feitas pelo MP está o envio tanto do estatuto quanto dos dois convênios que existem do Círculo. A Federação dos Círculos Operários de Pernambuco vai realizar por, no mínimo, 180 dias, uma auditoria para analisar toda a situação e enviar os relatórios feitos ao MP e ao prefeito.

*Com informações da assessoria

 

 

O inquérito sobre o caso do torcedor alvirrubro Lucas de Freitas Lyra, de 19 anos foi concluído na última terça-feira (26). De acordo com o delegado Paulo Furtado, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu que José Carlos Feitosa Barreto, de 37 anos, cometeu uma tentativa de homicídio. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

O homem suspeito de ter atirado no torcedor do Náutico era um segurança da empresa de ônibus Globo e atuava na linha Guabiraba-Derby e foi preso no dia 18 de fevereiro. O estudante alvirrubro foi atingido por disparos de arma de fogo antes de uma partida de futebol no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife.

O rapaz está internado no Hospital da Restauração (HR) no bairro do derby, área central do Recife e segundo a assessoria do HR, o estado de saúde do alvirrubro é grave porém estável. Lucas respira com ajuda de ventilação mecânica e recebe sedativo de forma alternada.









O inquérito policial que investigou o caso da jovem Klaynne Pinto Leão, 19 anos, assassinada por policiais militares (PM) durante uma perseguição depois de um assalto a um mercadinho, em Paratibe, Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR),  foi concluído nesta quinta-feira (3).

O laudo pericial indica que os tiros que atingiram Klaynne foram disparados de uma arma dos policiais. Mas a delegada Thaís Galba, responsável pela  investigação, afirma que os policiais estavam no exercício regular de direito e o estrito cumprimento de dever legal. Sendo assim, os policiais não foram indiciados.

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Segundo a polícia, Klaynne assaltou o mercado juntamente com Maxwell Vieira de Athayde e Diógenes dos Santos Borges, 19 anos, em 2012. Os acusados foram presos em flagrante.  O inquérito será enviado ao Ministério Público Estadual nessa sexta-feira (4).





Foi apresentado, na tarde desta segunda-feira (26), o inquérito sobre o acidente que matou o metalúrgico Rafael José Alves Borborema, de 28 anos. Após ouvir as testemunhas, o delegado Carlos Couto concluiu que o motorista do veículo não foi o Policial Militar Walbert Antônio Matos de Oliveira, e sim o recepcionista Edinaldo Roberto Júnior. Os irmãos Felipe e Rafael Castro, que foram vistos juntos com o soldado no local do acidente, não tiveram envolvimento.

De acordo com o documento, na madrugada do dia 15 de novembro, os quatro rapazes voltavam de uma festa em direção ao bairro do Ibura. Nas imediações do Largo da Paz, no bairro de Afogados, o soldado da PM decidiu passar a chave do carro para Edinaldo. Neste momento os irmãos Felipe e Rafael Castro saíram do carro e pegaram um ônibus. 

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Segundo a polícia, a dupla continuou a viagem e, às 4h50, avançou o sinal vermelho e atingiu o motociclista. O carro estaria trafegando entre 80 e 100km/h, quando o limite máximo da via era de 40km. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de monitoramento da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

Edinaldo fugiu do local pegando o mesmo ônibus em que Rafael e Filipe estavam. Segundo o delegado, os policiais que registraram a ocorrência serão indiciados por prevaricação, pois negligenciaram alguns procedimentos e não procuram saber quem estava dirigindo o carro.

Os Walbert e Edinaldo foram autuados por homicídio culposo, mas responderão o processo em liberdade. Uma cópia do inquérito foi enviada para corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) e para o Ministério público.

 

A Polícia Civil de Altamira do Pará concluiu as investigações sobre a ação de trabalhadores em canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e indiciou cinco trabalhadores, sendo três do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) e dois de uma empreiteira, pelos crimes de incêndio, formação de quadrilha e danos ao patrimônio. Eles estão presos na delegacia de Altamira do Pará há oito dias.

O CCBM através de sua assessoria informou que as "seguradoras já concluíram as vistorias nos canteiros, mas o resultado não será divulgado - por razões contratuais". Disse ainda que "os trabalhos seguem normalmente nos três sítios Belo Monte; Canais e Diques; e Pimental desde a última sexta-feira (16). E que as "instalações danificadas foram recuperadas, e toda a estrutura refeita para que o trabalho possa ser desenvolvido com as condições ideais".

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A advogada da CSP-Conlutas, Anacely Rodrigues, que acompanha o caso, disse que "as provas contidas nos altos não provam nenhuma das acusações feitas aos operários". Ela conversou com a defensoria pública que já pediu a liberdade dos presos. A advogada integra uma comissão da central que viajou de São Paulo até Altamira para acompanhar os trabalhadores. O inquérito foi encaminhado para a 3ª vara criminal do município.

Histórico

As obras de Belo Monte foram paralisadas depois que um grupo de trabalhadores no dia 12 destruiu completamente os três principais canteiros da usina, os sítios Belo Monte, Pimental e Canal e Diques. Por medida de segurança, o CCBM suspendeu os trabalhos em todos os canteiros. A empresa deu folga coletiva. O CCBM disse "que era por medida de segurança". Trabalhadores creditavam a medida como uma "tentativa de esvaziar canteiros e a cidade, temendo novos protestos".

O Egito iniciou um inquérito civil sobre as mortes ocorridas durante os 18 meses em que o conselho militar governou o país. Será a primeira vez que civis investigarão oficiais militares, normalmente protegidos de supervisão vinda de fora do Exército.

Grupos de direitos humanos locais e internacionais vêm pressionando o presidente recém-eleito, Mohammed Morsi, a investigar o conselho militar que ficou no poder entre fevereiro de 2011, quando o ditador Hosni Mubarak foi deposto, até a eleição recente, em junho deste ano. Pelo menos 120 manifestantes foram mortos no período.

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Não se sabe o quanto o inquérito avançará e se os generais poderão ser convocados para prestar depoimento, já que, antes de deixar o poder, o Supremo Conselho das Forças Armadas aprovou uma lei que protege seus integrantes.

Os egípcios apresentaram mais de 100 queixas contra os militares, acusando inclusive o marechal Hussein Tantawi e seu segundo em comando, o general Sami Anan. As informações são da Associated Press.

O Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil público para apurar eventual irregularidade nas nomeações feitas pelo secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Carlos Ortiz, do PDT. A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital quer saber se houve conduta de improbidade administrativa por Ortiz na indicação de funcionários para ocuparem cargos comissionados na pasta.

O secretário foi indicado para o posto numa negociação que envolveu Paulinho da Força, presidente estadual do PDT, e o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O objetivo tentar definir apoios para 2014, quando o tucano tentará se reeleger governador.

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Em julho, o Estado revelou que a secretaria abrigava parentes de Paulinho e integrantes da cúpula do PDT no Estado, alguns deles nomeados para diretorias técnicas no interior. Entre os indicados por Ortiz, estavam o filho do sindicalista, Alexandre Pereira da Silva, que trabalhava por meio de um contrato terceirizado, e o genro Cristino Vilela de Pinho. Alckmin determinou abertura de investigação pela Corregedoria-Geral da Administração. Filho e genro de Paulinho foram afastados da pasta.

O inquérito, instaurado pelo promotor Marcelo Duarte Daneluzzi, analisará ainda se as nomeações para cargos de diretor técnico atendem aos critérios legais. A lei complementar 1.080, de 2008, determina que, para ser nomeado diretor técnico, nível 1 ou 2, o indicado deve ter "graduação em curso superior", além de "experiência profissional comprovada" de, no mínimo, três ou quatro anos, respectivamente.

Antes de instaurar o inquérito civil público, o Ministério Público Estadual abriu uma investigação preliminar, chamada "procedimento preparatório". Por meio desse instrumento, teriam sido solicitadas informações à secretaria, que não teria respondido.

O procedimento acabou, então, se tornando o inquérito. Caso o Ministério Público avalie que houve mesmo irregularidades nas nomeações, pode oferecer uma denúncia à Justiça acusando os envolvidos de improbidade administrativa, além de pedir a anulação das nomeações.

Procurada, a Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho informou que tem até o dia 15 para responder aos questionamentos feitos pelo Ministério Público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Continua preso o jornalista acusado de extorsão, Ricardo Antunes. O inquérito está em fase de conclusão e, de acordo com o delegado Cláudio Castro, do Grupo de Operações Especiais (GOE) assim que concluído, será encaminhado para Justiça.

Antunes está no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, desde a última sexta (5), onde foi pego em flagrante por tentativa de extorsão ao empresário e cientista político Antônio Lavareda, no próprio escritório da vítima. O jornalista tentava tirar do empresário uma quantia equivalente a R$ 2 milhões. O motivo do crime era que Antunes estava publicando notícias negativas sobre Lavareda. Em troca do dinheiro, as matérias não seriam mais publicadas.

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Foi concluído nesta quarta-feira (3) o inquérito sobre a morte do carteiro Carlos Scavuzzi da Silva, de 38 anos, assassinado no último dia 14 de setembro, na Estação Central do Recife. O acusado de cometer o crime, o vigilante do local, Gilberto José Oliveira, irá responder em liberdade por homicídio doloso – quando há a intenção de matar. A condição de responder em liberdade deu-se pelo fato de o acusado ter colaborado com as investigações e não possuir antecedentes criminais. 

Gilberto teria confessado em depoimento que fez o disparo contra Carlos, mas que não teve a intenção de matá-lo. A versão contrária, de indiciamento por homicídio doloso, tomou como base informações de testemunhas de que não houve discussão e de que a vítima estaria sentada na hora do disparo.

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Um crime que revoltou a população. A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira (21), o caso que envolveu Cláudia Eduardo Bezerra, de 14 anos, encontrada morta na Zona Rural de Rio Formoso, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. A vítima, que tinha deficiência mental, estava desaparecida desde o dia 9 deste mês. 

João Paulo Batista, de 24 anos, está preso com um mandado de prisão temporária. O acusado está recolhido no Presídio Rorenildo da Rocha Leão, em Palmares, também na Zona da Mata Sul do Estado. “Eles tentarem ter uma relação sexual e, após ele não ter obtido ereção, ficou enfurecido e acabou estrangulando a vítima. Isto é, pelo menos, a versão que ele conta, mas estamos investigando, até porque João Paulo já tem um crime de homicídio nas costas”, afirmou a delegada de Rio Formoso, Euricélia Nogueira.

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O estupro não é descartado pela delegada. “Apesar dele afirmar que a relação dos dois foi consensual, por que as roupas dela estavam rasgadas? Além disso, o braço de Claudinha foi decepado, que também é outra dúvida da Polícia. O esclarecimento será pela perícia tanocoscópica, onde recolhemos um material tanto dele, como de Cláudia e estamos aguardando para concluir o caso", afirmou. A Polícia fará ainda uma reprodução simulada para ver se, como diz o acusado, é possível que o braço da vítima tenha quebrado no momento em que João Paulo a estrangulou.

O caso

No dia 13, a Polícia encontrou o corpo de uma mulher em um bananal sem roupas, com um braço decepado e com sinais de violência sexual às margens da PE-60, em Rio Formoso. Os familiares, que haviam notificado à Polícia sobre o desaparecimento da menina, reconheceram o corpo da vítima. As investigações começaram, com uma informação de uma testemunha: um homem havia saído do local onde Cláudia foi localizada, o que chamou atenção dos policiais, na última segunda (17).

Logo depois, o homem identificado como João Paulo Batista foi intimado e compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos na última quarta-feira (19). No momento, a Polícia verificou um crime cometido pelo suspeito: de homicídio, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Foi expedido, então, um mandado de prisão temporária para o acusado. Com a revolta da população, que conhecia a menina, a Polícia mantém em sigilo o dia que será feita a reconstituição do crime, além de não digulvar onde João Paulo morava e onde a família dele está, em proteção.

A conclusão da investigação, de acordo com a delegada, está prevista para a próxima semana. Se comprovado o crime, o acusado responderá por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro, além do assassinato de Severino Marcos dos Santos, em 22 de agosto de 2009.

O deputado estadual Raimundo Cutrim (PSD-MA), que é ex-secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão e hoje está na base aliada do governo maranhense na Assembleia Legislativa, foi citado no depoimento do pistoleiro Jhonathan Silva, acusado de ser o executor do jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril.

Segundo depoimento prestado pelo acusado em 9 de junho, o deputado teria encomendado o assassinato do jornalista e o capitão Fábio, ex- subcomandante do batalhão de choque da PM-MA e hoje preso no comando geral da PM-MA, teria intermediado o contrato com o empresário José Raimundo Sales Charles Jr., o Júnior Bolinha, de quem é amigo de infância e é acusado de ser um dos mandantes do crime.

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O documento foi publicado no blog do jornalista Itevaldo Junior, colega de trabalho de Sá, e a Corregedoria Geral de Justiça do TJ-MA, confirmou que "o depoimento é um documento que faz parte do inquérito policial, de responsabilidade da Secretaria de Estado de Segurança Pública". A investigação corre em sigilo, por determinação do secretário de Segurança Pública do Maranhão Aluízio Mendes.

Ruimundo Cutrim, que faz parte da base aliada do governo maranhense na Assembleia Legislativa, disse que não tem nada a temer. "Eu ainda não li esse documento, tomei conhecimento de um trecho pela minha assessoria, e fiquei espantado. Quem conhece o meu trabalho sabe por onde eu andei e que eu sempre procurei pautar o meu trabalho dentro da lei. O que eu quero é que a polícia apure isso. Eu tenho minhas diferenças com o secretário, isso é público e notório, mas conheço todos os policiais e sei que são competentes. Cabe à polícia esclarecer", disse o parlamentar em entrevista coletiva nesta quinta.

Ele também colocou os seus sigilos à disposição dos investigadores. "Eu disponibilizo meu sigilo telefônico e bancário, sou a pessoa mais interessada em esclarecer os fatos, sou um homem que tem a vida limpa e a verdade aparecerá no final", afirmou Cutrim.

Aluízio Mendes atribuiu o vazamento do documento sigiloso a advogados que defendem os sete acusados presos pelo assassinato do jornalista. Outros documentos do inquérito policial já haviam vazado depois que foi decretado o sigilo nas investigações, como os depoimentos de três testemunhas.

A Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro anunciou, no início da noite desta segunda-feira, que instaurou um inquérito para apurar suposta fraude no Banco Cruzeiro do Sul. A instituição financeira está sob intervenção do Banco Central, com rombo estimado acima de R$ 1,3 bilhão. A PF vai investigar se os executivos do Cruzeiro do Sul cometeram crime de gestão fraudulenta.

Além do banco, a intervenção atinge a corretora de valores, a administradora de valores mobiliários (DTVM), a securitizadora de créditos financeiros e a Cruzeiro do Sul Holding Financeira. O BC informou que medida se deve ao descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e à verificação de "insubsistência" em itens do ativo do banco.

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Após o tumulto na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Funase) nesta última segunda-feira (28), o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) abrirá um inquérito em que irá investigar a morte de um dos reeducandos. Já a direção da Funase abriu uma sindicância para descobrir o motivo do protesto e os responsáveis pela confusão e morte do adolescente Randerson Ferreira da Silva, de 16 anos

O Ministério Público fez uma visita a Fundação e decidiu pedir a construção de outras dez unidades e a contratação de novos agentes socioeducativos através de um concurso público. Na manhã de hoje, os funcionários fizeram uma limpeza para retirar os objetos que foram destruídos na rebelião. O agente que ficou ferido, não corre mais risco de vida.

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Cerca de 90 operários de uma obra do projeto "Minha Casa, Minha Vida", financiado pelo Governo Federal em parceria com a Caixa Econômica Federal, foram encontrados em condições de trabalho escravo, em Fernandópolis, interior de São Paulo, por agentes do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Campinas, na última sexta-feira, dia 4. De acordo com o MPT, um inquérito foi instaurado para investigar o caso e a obra está embargada até que todas as irregularidades sejam solucionadas.

Na última sexta, os trabalhadores da obra fizeram a denúncia ao MPT de São José do Rio Preto, que atende a região de Fernandópolis, afirmando trabalhar 15 horas por dia na obra, nunca recebendo o salário integral. De acordo com a assessoria de imprensa do MPT, fiscais foram enviados ao local e constaram diversas irregularidades, entre elas o trabalho escravo, péssimas condições do canteiro de obra e do alojamento.

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O projeto "Minha Casa, Minha Vida" é sustentado com verbas do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal. Neste caso, assim que a verba destinada é aplicada, cabe ao município contratar uma empresa terceirizada capaz de fornecer mão de obra para as construções.

A assessoria de imprensa do MPT afirma que cabe à Caixa Econômica Federal fiscalizar a regularidade do trabalho antes de liberar a verba. Os agentes do MPT efetuaram o resgate dos 90 trabalhadores no início desta semana e determinaram a rescisão do contrato de todos os operários. A reportagem procurou o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, que responderão por e-mail.

O advogado da atriz Carolina Dieckmann, Antonio Carlos Almeida Castro, conhecido como Kakay, informou que um inquérito será aberto na Polícia Civil nesta segunda-feira, dia 7, para investigar o vazamento de fotos íntimas da atriz. Segundo ele, Dieckmann prestará depoimento e entregará seu computador para perícia na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro.

Desde a última sexta-feira, foram publicadas na internet diversas fotos em que a atriz aparece nua e em situações de intimidade. Castro informou que já identificou o site onde o material foi hospedado pela primeira vez. O conteúdo está publicado em um domínio da Inglaterra, que foi contatado pelo advogado, que solicitou a retirada do material. "Eles alegam que precisamos comprovar a autoria das imagens para que as fotos sejam retiradas do site. É comum nesses sites de conteúdo pornográfico a hospedagem em outros países", afirmou.

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Apesar de afirmar que não existem suspeitas sobre o vazamento das imagens, Castro confirmou que o computador da atriz passou por manutenção há pouco tempo e que o conteúdo pode ter sido copiado. Carolina Dieckmann vinha sendo chantageada há cerca de um mês, por e-mail. As mensagens cobravam da atriz o valor de R$ 10 mil para que as imagens não fossem divulgadas. "Ela não cedeu em momento algum. Agiu com muita dignidade neste caso que pode ser emblemático. Chantagem é algo que nunca tem fim", afirmou o advogado.

O caso será registrado nas áreas cível e criminal. De acordo com o advogado, a atriz pedirá na justiça reparação por danos a sua imagem, assim que o culpado for identificado. Além disso, Castro pedirá uma liminar para impedir a publicação das fotos sob pena de multa diária. Na área criminal, o caso será enquadrado como furto e tentativa de extorsão, já que não há na legislação brasileira a tipificação de crimes virtuais.

"Não existe uma legislação forte e específica para este tipo de crime. Existem muitos projetos tramitando, mas ainda estamos muito atrasados em relação a isso", afirmou Castro. "É preciso ter seriedade sobre essa questão. É uma exposição excessiva da imagem, inclusive de seu filho. Ela quer preservar sua intimidade e os direitos de sua família."

No pedido de instauração de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as ligações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, diz que é "expressamente referido" que "R$ 1 milhão foi depositado na conta" do parlamentar. O documento aponta um valor total repassado para o parlamentar de R$ 3,1 milhões.

A afirmação do procurador está no item 36, página 40 do inquérito encaminhado ao Supremo. Toda essa documentação foi liberada ontem pelo ministro Ricardo Lewandowski para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, e para o Conselho de Ética do Senado, que está apreciando pedido de cassação do mandato do senador Demóstenes.

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"Em diálogo no dia 22 de março de 2011, às 11:18:00, entre Carlos Cachoeira e Cláudio Abreu, não degravado pela autoridade policial, é expressamente referido que o valor de um milhão foi depositado na conta do Senador Demóstenes e que o valor total repassado para o Parlamentar foi de R$ 3.100.000,00 (três milhões e cem mil reais)", escreveu o procurador da República no inquérito, após analisar documentos da Operação Monte Carlo, que desmontou o esquema de ocupação de poder por parte de Cachoeira em todas as esferas do Estado.

Em despacho assinado ontem à tarde, Lewandowski deixou claro que a CPI, o Conselho do Senado e a Comissão da Câmara devem preservar o segredo das informações do inquérito, em especial as interceptações telefônicas. A publicação ontem da íntegra do inquérito relacionado ao senador pelo site 247 poderá gerar uma investigação no STF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira a CPI mista do Cachoeira, o Conselho de Ética e Decoro do Senado e a Comissão de Sindicância da Câmara a extraírem cópias integrais do inquérito 3430, que tramita no STF, para investigar as ligações do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Lewandowski fez questão de deixar claro que as informações existentes no inquérito são sigilosas e que o segredo deve ser mantido, especialmente em relação às interceptações telefônicas. Também nesta semana, o ministro autorizou a abertura de inquéritos no STF contra os deputados Sandes Júnior (PP-GO), Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ), também para apurar suspeitas de ligações com Cachoeira.

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