Tópicos | inquérito

O porta voz da Polícia Militar, Julio Aragão, informou em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (17) que o tiro que matou o jovem Marcelo Laureano Gomes Filho, 16, na última terça-feira (16) em abordagem policial, foi acidental. A conclusão foi feita a partir de relatos de testemunhas. A PM afirma ainda que o policial que disparou o tiro tem 29 anos de atuação e mais de 100 elogios em sua ficha.

O incidente aconteceu no município de Escada, Mata Sul. Por volta das 23h do dia em questão, dois carros – um Corola branco e uma S-10 preta – estavam parados entre o Banco do Brasil e o Santander. Como era tarde e em uma área sensível à assaltos, quatro policiais decidiram fazer a abordagem. De acordo com o major Julio, o Corolla ainda estava sem placa.

Segundo versão apresentada pelos policiais militares, após a aproximação dos PM's o menor, que dirigia a S-10, teria tentado sair do local desobedecendo a ordem de parada do comandante, que, em seguida, efetuou o disparo que vitimou o adolescente.

O caso está sendo investigado pela delegada Gleide Ângelo da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo ela, o procedimento agora é ouvir todos os envolvidos e localizar depoimentos com informações relevantes que estavam presentes no momento da ação.

O perito Fernando Benevides falou que ainda é cedo para afirmar qualquer suposição. “Vamos realizar a perícia, sendo assim será realizado o exame de balística e o carro também será periciado”, informou. O prazo para finalizar a perícia são de 10 dias.

Os inquéritos dos policiais militares e civis começaram nesta quarta-feira e vão durar de 30 a 40 dias e de 30 a 60 dias, respectivamente. Enquanto o processo não é concluído, os policiais envolvidos estarão afastado das suas atividades.

Confira na íntgra o posicionamento do Major Julio Aragão sobre o disparo que resultou na morte do adolescente.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

* Com informações de Roberta Patu.

 

A Justiça eleitoral homologou arquivamento de investigação - procedimento preparatório - contra Levy Fidelix (PRTB) que, durante a campanha presidencial em 2014, foi acusado de empregar discurso de ódio à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em debate realizado pela TV Record. O arquivamento foi promovido dia 29 de abril pelo promotor eleitoral Silvio Antonio Marques e ratificado pelo juiz Roger Benites Pellicani, da 258ª Zona Eleitoral de São Paulo, em 12 de maio.

"O arquivamento dos autos é medida que se impõe", afirmou Silvio Marques. Ele destacou que políticos e entidades que representaram contra Levy atribuíram ao então candidato presidencial conduta que "ultrapassou os limites da liberdade de expressão". O promotor avalia que o fato é criminalmente atípico. "No Brasil, por inércia do legislador federal, o Código Penal e o Código Eleitoral não tratam de crimes contra as minorias ou contra coletividades determinadas. Os crimes contra a honra, dos quais a injúria é espécie, são, por sua vez, espécies dos crimes contra a pessoa, têm como sujeito passivo pessoa determinada."

##RECOMENDA##

O procedimento preparatório eleitoral foi instaurado pela Procuradoria-Geral da República a partir de representações da Comissão Especial de Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, pela deputada federal do PT/DF Erika Jucá Kokay, pelo senador do PSOL/AP Randolph Frederich Rodrigues Alves e por Raquel Dangelo Moura.

No debate da Record no dia 28 de setembro de 2014, a então candidata à Presidência Luciana Genro (PSOL) questionou Levy Fidelix acerca do reconhecimento de casal homossexual como família. Ele respondeu. "Pelo o que eu vi na vida, dois iguais não fazem filho. E digo mais (…): aparelho excretor não reproduz."

Foi requerida a adoção de medidas eleitorais e criminais contra Fidelix. Nos autos, ele alegou "não ter incitado ou propagado ódio contra homossexuais, lésbicas, bissexuais, travestis ou transexuais, mas ter, tão-somente, exercido a manifestação de seu livre pensamento". Afirmou que defendeu o "instituto da família".

Segundo o promotor Silvio Marques, a Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria Geral da República (PGR) informou que não há, nas páginas de Levy Fidelix nas redes sociais, "qualquer retratação ou esclarecimento sobre as declarações transcritas". Segundo a Secretaria da PGR o então candidato reiterou seu posicionamento contrário ao casamento homoafetivo, mas negou ser homofóbico".

Seis testemunhas de acusação no processo referente a 10ª fase da Operação Lava Jato serão ouvidas nesta segunda-feira (18) pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável, na primeira instância, pelos processos decorrentes da operação que investiga superfaturamento em contratos da Petrobras, pagamento de propina aos agentes e partidos políticos além de fraudes em contratos de publicidades de órgãos públicos.

Serão ouvidos os ex-executivos da empreiteira Camargo Corrêa Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite, que cumprem prisão domiciliar, em São Paulo; o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, que trabalhava na Empresa GDF Investimentos, do doleiro Alberto Youssef; Leonardo Meirelles, sócio da Labogen; Maurício Godoy e Marcos Pereira Berti, acusados de participarem de reuniões do cartel de empreiteiras. 

##RECOMENDA##

As oitivas estão marcadas para as 14h, na sede da 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba. A pedido das defesas, o juiz Sérgio Moro dispensou os depoimentos do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Duque e Vacarri são réus na ação penal decorrente da 10ª fase da Lava Jato, deflagrada em março, ao lado do ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco e do doleiro e operador do esquema, Alberto Youssef.

Pouco mais de dois meses após a morte do violinista Jessé de Paula, a Polícia chegou ao fim do inquérito e concluiu que o fato foi um acidente. A vítima foi atingida por um trem do Metrô do Recife, no dia dez de março, na estação Largo da Paz, no bairro de Afogados. A perícia do Instituto de Criminalística (IC) afirmou que o músico não respeitou a faixa amarela na plataforma.

Em entrevista à TV Globo, nesta sexta (15), o delegado Humberto Ramos disse que a vítima “teria descumprido uma norma de segurança do Metrô, ao ultrapassar a faixa amarela, e se posicionou de forma (indevida) que o metrô o atingisse”. Imagens das câmeras de segurança auxiliaram na conclusão do inquérito. Por ter sido considerado um acidente, ninguém será indiciado. Ao todo, 16 pessoas prestaram depoimento.

##RECOMENDA##

A morte de Jessé comoveu a população da Região Metropolitana do Recife que era acostumada a vê-lo nos trens e ônibus com seu violino. De acordo com testemunhas que presenciaram o acidente, um dos retrovisores do trem teria atingido a cabeça da vítima que já caiu desfalecido na plataforma do Metrô. 

A Polícia Civil divulgou, nesta quinta-feira (14), a conclusão do inquérito que investigou a morte do jornalista Marco Aurélio de Alcântara, de 77 anos. A vítima foi assassinada no dia 24 de setembro de 2014, na casa onde morava, localizada no bairro do Derby, área central do Recife.

A perícia concluiu que Marco Aurélio foi vítima de latrocínio [roubo seguido de morte]. Duas pessoas foram indiciadas pelo crime. Cristiano José Silva do Nascimento está preso e de Emerson Pereira Morais continua foragido.

##RECOMENDA##

Durante as investigações, foi descoberto que Cristiano iniciou um relacionamento com o jornalista quatro meses antes de planejar o crime. Mas conforme a polícia, o caso não teria sido passional, já que o suspeito não mantinha envolvimento amoroso com a vítima. Ele se relacionava com as pessoas com a intenção de obter vantagem financeira.

A venda da casa onde ocorreu o crime foi o que motivou a dupla. O jornalista teria vendido o imóvel por R$ 800 mil, sacado 60 mil do dia da morte e comentado que usaria o dinheiro em uma viagem para Portugal. Em depoimento Cristiano disse que teria ficado com R$ 30 mil e dividiria com Emerson.

Os policiais conseguiram chegar até o suspeito através de impressões digitais coletadas no local do crime. Cristiano alegou não saber que o jornalista estava morto. A vítima foi encontrada com as mãos e os pés amarrados; o laudo apontou morte por asfixia.

Imagens de uma câmera de segurança, de um estabelecimento comercial próximo da residência, mostram os dois suspeitos saindo juntos da casa da vítima. Os suspeitos teriam saído do local ido até a BR-101 para fazer a divisão do dinheiro.

Antecedentes criminais

Segundo a polícia, Emerson – conhecido como “Negão” ou “Cara de Queijo” - costumava se prostituir no centro do Recife e frequentar cinemas que exibem filmes pornográficos. Ele já havia sido preso em 2007 por assalto e conseguiu um alvará de soltura em 2009.

Com informações da Polícia Civil

Em apenas três meses de atividade desde o início do ano legislativo, em fevereiro, o Senado já tem três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) em funcionamento. Mas o número pode ser ainda maior. Senadores que examinam temas que aguardam investigações - como a de correntistas brasileiros do HSBC na Suíça, crimes relacionados à colocação de órteses (dispositivos de uso destinados a alinhar deformidades no corpo) e próteses e o assassinato de jovens no Brasil - agora se preparam para instalar a quarta CPI, desta vez, para apurar irregularidades nos Fundos de Pensão.

As denúncias englobam irregularidades e prejuízos na administração de recursos financeiros de previdência complementar de empregados de sociedades de economia mista e de empresas públicas controladas  direta ou indiretamente pela União, como o Petros (Petrobras), Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil) e Funcef (Caixa).

##RECOMENDA##

Após a leitura da proposta de criação da CPI no plenário do Senado, ocorrida na quarta-feira (6), para que a comissão seja instalada, os líderes dos partidos ainda precisam indicar -até a próxima semana - ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), 11 nomes para integrar o colegiado. Caso isso não aconteça, o próprio presidente do Senado terá de  fazer as indicações.

Em razão do critério de proporcionalidade das bancadas, o líder do PSDB, senador Cassio Cunha Lima (PB), que junto com o colega de partido Aloysio Nunes (SP) e com a senadora Ana Amélia (PP-RS) é autor do requerimento de criação da CPI, reconheceu que a relatoria, um dos cargos-chave da comissão, não deve ficar com a oposição. Mesmo assim, o senador está otimista em relação aos trabalhos. "Vamos ter um aliado forte, que serão os empregados das empresas que já estão sendo penalizados", disse.

A senadora Ana Amélia também aposta na mobilização dos funcionários das empresas para fortalecer a CPI. Ela lembrou o ocorrido com o fundo de pensão Aerus, de funcionários das extintas companhias aéreas Varig e Transbrasil. Com a falência da Varig, em 2006, os aposentados e pensionistas deixaram de receber aposentadoria integral: o fundo sofreu intervenção do governo. Após anos de mobilização, o Supremo Tribunal Federal entendeu, em 2014, que o congelamento de preços das passagens aéreas, imposto pelo governo para conter a inflação no período de 1985 a 1992, causou prejuízos à Varig e determinou pagamento de uma indenização bilionária à massa falida da companhia aérea.

"No caso do Aerus, muitos trabalhadores morreram sem resgatar o seu direito. Não queremos que outros fundos sejam judicializados. Hoje, no Postalis, dos Correios, os trabalhadores têm de pagar valor extra, na sua contribuição mensal, para salvar o fundo. E quando se olha os resultados da contabilidade, das aplicações mal [administradas], muitas [feitas] com critérios políticos, vê-se que a situação é muito precária", disse a senadora Ana Amélia. Lembrou que o fundo Postalis apresentou prejuízo acima de R$ 6 bilhões em 2014. Na avaliação da senadora, os trabalhos vão contribuir para esclarecer o “mundo nebuloso” dos fundos de aposentadoria complementar.

"Precisamos de uma investigação rigorosa, porque se trata de potencial e grave risco para a aposentadoria de milhares de trabalhadores", disse a senadora.

Diferentemente da Câmara dos Deputados, onde só cinco CPIs podem funcionar ao mesmo tempo, no Senado, não há limite. Essa semana também foi protocolada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)  o que pode ser a quinta apuração de uma CPI este ano na Casa. Chamada de CPI do BNDES, a iniciativa se propõe a investigar a concessão - pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – de empréstimos a fundo perdido ou sigilosos. A criação dessa comissão no entanto ainda depende da leitura do requerimento no plenário da Casa, tema que ainda não tem data para entrar na pauta.

Famoso pelas confusões no caso Eike Batista, o juiz federal Flávio Roberto de Souza agora é alvo de um inquérito aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) para apurar a possível prática de crimes como peculato, fraude processual, subtração de autos e lavagem de dinheiro. A pedido dos procuradores o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do magistrado, além de buscas e apreensões. A prisão preventiva de Souza, entretanto, foi negada.

A investigação dos atos do juiz foi iniciada após uma varredura realizada pela corregedoria do TRF na 3ª Vara Federal Criminal, da qual Souza era titular, identificar irregularidades em outros processos cautelares conduzidos por ele. A averiguação foi detonada pelo comportamento `sui generis' do juiz na condução dos processos contra o ex-bilionário. Além de dar declarações polêmicas sobre o réu, ele foi flagrado dirigindo o Porsche Cayenne apreendido na casa de Eike e levou bens como um piano do empresário para seu condomínio. Souza acabou sendo afastado do caso.

##RECOMENDA##

O resultado da inspeção acabou indo além, levando a Procuradoria Regional da República da 2ª Região a abrir o inquérito e pedir medidas cautelares. Entre elas, a quebra dos sigilos e as apreensões, solicitadas para reaver produtos dos crimes. Segundo o MPF o juiz confessou ter desviado dos cofres da 3ª Vara Criminal as quantias de 108 mil euros e US$ 150 mil. A procuradoria diz que a guarda judicial do dinheiro estava em circunstâncias "prévia e ilicitamente articuladas para possibilitar o desvio".

O dinheiro estava bloqueado pela Justiça em um processo criminal sobre tráfico internacional de drogas. O Ministério Público diz que o juiz proferiu decisões "virtuais e verbais" que possibilitaram o desvio de R$ 290,5 mil depositados na Caixa Econômica Federal. Uma reportagem publicada pela revista Veja revelou o sumiço de recursos apreendidos do traficante espanhol Oliver Ortiz de Zarate Martin, preso no Rio em junho de 2013.

Procurado, o advogado Renato Tonini, que representa Souza, afirmou que está impedido de fazer declarações sobre o caso, que está sob sigilo.

Nesta semana a Polícia Federal apreendeu computadores e documentos como o passaporte de Souza. O dinheiro desviado não foi encontrado. O MPF explica que decidiu pedir a prisão do juiz depois de constatar que ele não dormiria mais em seu apartamento. Ele teria se recusado a informar seu novo endereço.

Para a procuradoria, o risco de fuga e os delitos cometidos por Flávio Roberto de Souza "atingem o próprio Estado de Direito e desestabilizam as instituições, causando descrédito da população no poder público". Também argumenta que a ocultação de moeda estrangeira justificaria sua prisão em flagrante. Apesar disso, o TRF rejeitou o pedido de prisão preventiva.

O MPF esclarece que o inquérito não analisa a regularidade da ação criminal contra Eike Batista. Na quarta-feira ficou decidido que os processos penais contra o empresário continuarão a tramitar na 3ª Vara Federal Criminal do Rio. O caso deverá ser assumido pelo juiz substituto Vitor Valpuesta.

O ministro Teori Zavascki deferiu a abertura de inquérito para investigar 39 autoridades pelo crime de formação de quadrilha para a prática de corrupção e lavagem de dinheiro, relacionada ao pagamento de propinas na Petrobras. O pedido foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

De acordo com a decisão de Teori, divulgada nessa sexta-feira (6), 19 deputados, sete senadores e 11 ex-deputados, além de João Vaccari Neto e Fernando Baiano (apontados como operadores do esquema), serão investigados por “esquema criminoso montado” dentro da estatal. Ele acolheu pedido feito por Janot, que argumenta que grupos de políticos ligados a pelo menos três partidos (PP, PT e PMDB) agiam em associação criminosa.

##RECOMENDA##

“No decorrer das investigações sobre lavagem de dinheiro, detectaram-se elementos que apontavam no sentido da ocultação de recursos provenientes de crimes de corrupção praticados no âmbito da Petrobras. O aprofundamento das apurações conduziu a indícios de que, no mínimo entre os anos de 2004 e 2012, as diretorias da sociedade de economia mista estavam divididas entre partidos políticos, que eram responsáveis pela indicação e manutenção de seus respectivos diretores”, escreveu Janot na petição enviada a Teori.

Além do inquérito para apurar formação de quadrilha, o magistrado deferiu nessa sexta-feira (6) 21 pedidos para investigar autoridades com suspeita de envolvimento em desvios na Petrobras. Ele delega o juiz Márcio Schiefler Fontes, que trabalha em seu gabinete, para conduzir o inquérito criminal sobre autoridades com prerrogativa de foro, em sua maioria.

Constam na lista nomes como o do presidente do Senado, Renan Calheiros, dos senadores Benedito de Lira (PP-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO), além dos ex-ministros de Estado Aguinaldo Ribeiro (atualmente é senador pelo PP-PB) e Mário Negromonte. Lobão também foi ministro dos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Na petição protocolada no início da semana no STF, Rodrigo Janot enumera uma série de elementos. “[Esses indícios] justificam a instauração de inquérito para a integral apuração do processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos, notadamente com utilização de agremiações partidárias, no âmbito do esquema criminoso perpetrado junto à Petrobras.”

O inquérito que apurou a morte do dançarino Douglas Rafael Pereira Silva, o DG, no morro Pavão-Pavãozinho (Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro) em 22 de abril do ano passado, acusa sete policiais militares de envolvimento no crime. Cinco dos PMs eram novatos na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela.

De acordo com o delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª Delegacia de Polícia (DP), o autor do disparo foi o soldado Walter Saldanha Correia Júnior, que trabalhava havia seis meses na favela. Quatro PM que estavam com ele no momento do tiro que vitimou o dançarino foram indiciados por prevaricação e falso testemunho. Eles tinham um mês de serviço na UPP. Todos mentiram nos depoimentos e combinaram a mesma versão à polícia, apontam as investigações. DG tinha 22 anos. Trabalhava com a apresentadora Regina Casé no programa Esquenta, da Rede Globo.

##RECOMENDA##

O inquérito foi entregue nesta quarta-feira ao Ministério Público Estadual. O delegado sustenta que, no momento em que foi baleado, DG não oferecia perigo aos policiais, apesar de, pouco antes, ter havido uma troca de tiros entre PMs e bandidos da favela. "Eles tiveram o dolo de matar e sabiam que, naquela posição, a vítima não oferecia risco algum", disse Ribeiro, que pediu para o Ministério Público requerer à Justiça a prisão preventiva de Correia Júnior por homicídio doloso qualificado. Outros quatro PMs que participaram da ação não foram indiciados. O inquérito pede sete indiciamentos. Dois policiais que encontraram o corpo do dançarino no dia seguinte ao do assassinato também foram indiciados por prevaricação e falso testemunho.

Segundo as investigações, o tiro que matou DG foi disparado de baixo para cima. Correia Júnior e quatro PMs estavam sob um prédio na favela. No quarto andar, sobre um beiral da janela, o dançarino se protegia do tiroteio. A movimentação de DG teria feito com que parte do beiral desabasse. Os policiais teriam pensado que se tratava de uma bomba. Foi quando, segundo o inquérito, o PM atirou. Nenhum dos policiais indiciados mencionou o disparo em depoimento. O delegado descartou que DG tenha sido torturado ou morto à queima-roupa. Ele disse que, do prédio onde o dançarino estava, teriam fugido três traficantes e que o local era ponto de observação do tráfico.

O tenente da Polícia Militar Joaci Justino da Silva foi indiciado por tentativa de homicídio contra o segurança de um bar do Derby. A agressão ocorreu no dia 13 de dezembro de 2014, após o policial discutir com a vítima por querer tomar uma cerveja mesmo o estabelecimento estando fora do horário de funcionamento. A conclusão do inquérito foi apresentadanesta quarta-feira (28) pela polícia. O tenente está foragido.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Andréa Busch, o inquérito estava concluído desde o dia 30 de dezembro, após estudarem as imagens das câmeras de segurança e ouvirem as testemunhas. Foram ouvidas 16 pessoas durante toda a investigação, sendo que quatro delas procuraram a polícia para denunciar o caso. “Agora aguardamos que Joaci se apresente. Já informamos do indiciamento à família dele e à advogada, que ficou de conversar com ele”, explicou a delegada. Ela acredita que o tenente deva se apresentar ou então será exonerado da Polícia Militar.

##RECOMENDA##

A segunda pessoa que aparece nas imagens agredindo o segurança, o produtor de eventos Gleidnaldo Silva dos Santos, foi preso na terça-feira (27), em sua casa, no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com Busch, inicialmente ele chegou a se esconder na residência.

Tanto Joaci quanto Gleidnaldo vão responder por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por dificultar ou impedir a defesa da vítima. Gleidnaldo já foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).

A modelo e apresentadora Andressa Urach teve uma melhora em seu quadro de saúde nos últimos dias. Urach foi hospitalizada na madrugada do dia 29 de novembro com fortes dores nas pernas. Ela foi diagnosticada com uma infecção proveniente da aplicação da subtância química hidrogel.

A apresentadora teve que passar por várias cirurgias e chegou a respirar com a ajuda de aparelhos. Pelo Facebook, a mãe da modelo, Marisete De Faveri, agradeceu pelo competência dos médicos e do Hospital. O cirurgião responsável pelo atendimento à modelo, Julio Vedovato, também utilizou o Facebook para falar sobre o caso. "Nos últimos dias, tenho acompanhado uma paciente em um estado bastante delicado, que está sendo apoiada por um sistema que realmente funciona e não deixa em nada a desejar para os melhores serviços de saúde do mundo. Uma ilha de tecnologia, competência e dedicação das pessoas que lá convivem e trabalham, dando o sangue e a alma pelo seu trabalho. Estou me referindo à UTI, Emergência, Bloco Cirúrgico e Sala de Recuperação do Hospital Conceiçlão", postou.

##RECOMENDA##

Andressa Urach já respira sem ajuda de aparelhos

A mãe de Andressa também agradeceu pelo apoio. "Faço minhas as palavras do Dr. Julio Walter Vedovato, meu anjo da guarda pessoal, obrigada você também Dr Julio, pois, além de um anjo que apareceu no momento que eu mais precisava, és um grande amigo", disse a mãe pela rede social. "Anjos de Deus, que estão cuidando, zelando e protegendo meu bebê, obrigada a todos", completou.

Estado de saúde de Andressa Urach ainda é grave

Essa não é a primeira vez que a vice-Miss Bumbum passa por esse problema. Em julho, ela precisou ser internada em um hospital de São Paulo após sentir fortes dores nas pernas. Há cerca de cinco anos, Andressa, que sempre foi magra, ganhou coxas definidas e grossas com o implante de um líquido conhecido como 'hidrogel'. O produto é quimicamente constituído de poliamida sintética e solução fisiológica. O hidrogel é utilizado com frequência para o preenchimento de rugas da face e pescoço e é colocado no corpo por meio de injeções.

Investigação 

Um inquérito foi aberto pela 14ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre na última quinta-feira (4) para investigar o caso da modelo Andressa Urach, de 27 anos. De acordo com informações da 14ª DP, ainda nesta sexta-feira (5) o GHC, grupo do qual o Hospital Conceição faz parte, será notificado para encaminhar, no prazo de até cinco dias, toda a documentação dos atendimentos prestados a Andressa Urach na instituição.

Prontuários médicos, exames, procedimentos realizados e consultas deverão ser entregues à polícia. Os médicos responsáveis pelo atendimento da modelo também devem ser chamados para prestar depoimento. O intuito da investigação é esclarecer os motivos que causaram a infecção em Andressa.

Um inquérito foi aberto pela 14ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre nesta quinta-feira (4) para investigar o caso da modelo Andressa Urach, de 27 anos. A apresentadora foi hospitalizada na madrugada de sábado (29) com fortes dores nas pernas. Ela foi diagnosticada com uma infecção proveniente da aplicação da subtância química hidrogel. A apresentadora teve que passar por várias cirurgias e chegou a respirar com a ajuda de aparelhos. 

Andressa Urach já respira sem ajuda de aparelhos

##RECOMENDA##

Em entrevista ao G1, o delegado Tiago Baldin, titular da 14ª DP falou sobre a investigação do caso. "De acordo com o que está sendo veiculado na imprensa e as notas oficiais do Grupo Hospitalar Conceição (GCH), estamos diante de um possível crime, em tese, de lesão corporal de natureza grave, previsto no artigo 129 do Código Penal, que independe de representação da vítima. Se a autoridade policial tomar ciência, deve investigar", contou.

De acordo com informações da 14ª DP,  ainda nesta sexta-feira (5) o GHC, grupo do qual o Hospital Conceição faz parte, será notificado para encaminhar, no prazo de até cinco dias, toda a documentação dos atendimentos prestados a Andressa Urach na instituição. Prontuários médicos, exames e procedimentos realizados e consultas deverão ser entregues à polícia. Os médicos responsáveis pelo atendimento da modelo também devem ser chamados para prestar depoimento. O intuito da investigação é esclarecer os motivos que causaram a infecção em Andressa.

Andressa Urach melhora, mas não há previsão de alta da UTI

Essa não é a primeira vez que a vice Miss Bumbum passa por esse problema. Em julho, ela precisou ser internada em um hospital de São Paulo após sentir fortes dores nas pernas. Há cerca de cinco anos, Andressa, que sempre foi magra, ganhou coxas definidas e grossas com o implante de um líquido conhecido como 'hidrogel'. O produto é quimicamente constituído de poliamida sintética e solução fisiológica. O hidrogel é utilizado com frequência para o preenchimento de rugas da face e pescoço e é colocado no corpo por meio de injeções.

Andressa Urach se recupera; hospital nega regalias

O Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) possui o nome do professor da instituição e ex-reitor Valmar Corrêa de Andrade. O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco recomendou que a Universidade instaure sindicância para apurar a responsabilidade pela atribuição de nome de pessoa viva ao prédio.

Assinada pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes, a recomendação de inquérito civil instaurado pelo MPF deve ser realizada para apurar o uso de verba  pública. O dinheiro teria sido utilizado para confeccionar placas em homenagem ao professor e a recomendação tem a finalidade de responsabilização para o ressarcimento do dinheiro público.

##RECOMENDA##

De acordo com a Lei 6454/77, homenagear pessoas vivas em nomes de prédios públicos é proibido. O descumprimento inclui a perda do cargo ou função pública e a suspensão de subvenção ou auxílio dos cofres públicos federais.  

A abertura de sindicância pela universidade deve ser feita em até 15 dias, a contar da notificação. O MPF poderá adotar as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis caso a universidade não apure o caso.

O juiz federal Sérgio Moro autorizou nesta quinta-feira que o Ministério Público do Rio tome o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, em sua residência - onde cumpre prisão -, sobre o suposto enriquecimento ilícito do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e sobre sobrepreço nas obras de ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobrás (Cenpes).

Moro, que conduz os processos da Lava Jato, alertou sobre o impedimento de perguntar ao réu sobre políticos. "A inquirição deve versar sobre o objeto dos inquéritos civis referidos e não sobre o envolvimento de autoridades com foro privilegiado em crimes ou em fatos que possam em tese configurar crimes (mesmo se também caracterizem improbidade)", alertou. Ex-senador (PMDB-CE), Machado foi nomeado para a subsidiária da Petrobras em 2003 - governo Lula -, indicado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele se licenciou após seu nome ser citado no esquema de corrupção na estatal e pode voltar na próxima semana.

##RECOMENDA##

Preso por controlar um esquema de arrecadação de propina de 1% para o PP na Diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012, Costa fez delação e obteve direito à prisão domiciliar.

Por sua assessoria, Machado informou que o procedimento do Ministério Público do Rio não tem "nenhuma ligação" com a Lava Jato, "nem com Paulo Roberto Costa". Ele disse que a investigação da promotoria do Rio já concluiu "de forma categórica" que seus ganhos são "totalmente compatíveis com sua renda e patrimônio".

A advogada Lygia Maria Jobim, de 64 anos, entregou nesta segunda-feira à Procuradoria da República no Rio um pedido de abertura de inquérito civil para apurar as circunstâncias da morte de seu pai, o ex-embaixador José Jobim, durante a ditadura militar. Ele foi sequestrado ao sair de casa na tarde de 22 de março de 1979, no bairro do Cosme Velho (zona sul do Rio). Seu corpo foi encontrado dois dias depois enforcado, na Barra da Tijuca, zona oeste.

Uma semana antes da morte, o diplomata havia anunciado publicamente que escreveria um livro de memórias para denunciar casos de corrupção na construção da usina de Itaipu (PR), diz Lygia. No documento entregue ao MPF, ela afirma que o inquérito poderá elucidar aspectos históricos, "em especial a motivação de ocultar um escândalo de corrupção envolvendo a usina de Itaipu".

##RECOMENDA##

De acordo com a versão policial divulgada pelo regime militar, houve suicídio - Jobim teria se enforcado com uma corda. Lygia, que estava grávida e tinha 28 anos na época do crime, dedicou mais da metade da vida a tentar descobrir o que aconteceu com o pai.

Em 1983, a então promotora Telma Musse foi designada para cuidar do caso e pediu novas investigações à polícia. Na ocasião, ela baseou-se na "dubiedade do laudo que concluiu pelo suicídio". Dois anos depois, a morte foi qualificada como "homicídio por autor desconhecido" e o processo acabou arquivado.

Jobim começou a trabalhar como jornalista e foi diplomata de carreira até se aposentar. Pouco antes do golpe de 1964, tinha sido enviado ao Paraguai pelo então presidente João Goulart como chefe de uma missão para acertar a compra das turbinas de Itaipu. O projeto original da usina foi realizado no governo de Jango. "Itaipu custou dez vezes mais. Queremos a ajuda do MPF para esclarecer coisas que a ditadura varreu para baixo do tapete e contar a história de tudo o que existe de secreto", afirma João Vicente Goulart, filho do ex-presidente e diretor do Instituto João Goulart, que também assina o pedido de reabertura do caso. "Hoje todos estão surpresos com a investigação da Polícia Federal e a relação pouco ortodoxa das grandes empresas com obras públicas, mas isso não é de hoje. Vem da ditadura."

Lygia, que prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade em 2013, disse que não quer ser indenizada pela morte. "Quero um reconhecimento de responsabilidade. Quem matou meu pai foi Itaipu. Quem destruiu as provas foram agentes do Estado brasileiro, que me deve uma satisfação."

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as causas da morte do estudante Victor Hugo Santos, de 20 anos. Para a delegada Elizabeth Ferreira Sato, aparentemente não há sinais de afogamento, mas essa hipótese não esta descartada. O jovem estava desaparecido desde sábado (20) quando participou de uma festa no câmpus Butantã da Universidade de São Paulo. O corpo foi encontrado nesta terça-feira (23) na raia olímpica da USP.

A polícia aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) que dará informações cruciais para a investigação, como há quanto tempo o jovem morreu e a causa do óbito. Exame toxicológico também foi requisitado e deve levar 30 dias para ser entregue. Gotas de sangue recolhidas no velódromo onde a festa ocorreu também serão usadas para teste de DNA.

##RECOMENDA##

O corpo do estudante foi recolhido da raia olímpica por volta das 10h desta terça e levado ao Instituto Médico Legal (IML) central. Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local, mas não falaram com a imprensa sobre o caso. Perícia técnica foi realizada.

Familiares e amigos de Santos estiveram na USP para reconhecer o corpo do jovem. Ele estava com a mesma camisa preta com detalhes amarelos que usava no dia que desapareceu.

Emocionado, um pai de um amigo de Santos disse ter ido ao local a pedido da família. "Meu filho é amigo dele de infância. Estávamos buscando desde sábado. Não sei o que pode ter acontecido", disse Antonio, que é funcionário da prefeitura de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo.

De acordo com o delegado Paulo Bittencourt, do 93º Distrito Policial (Jaguaré), que esteve no local na manhã desta terça-feira, o jovem não tem ferimentos expostos e aparentes que tenham sidos visualizados em um primeiro momento.

A raia olímpica fica a menos de 100 metros do velódromo, que sediou a festa na noite de sexta-feira e madrugada de sábado.

José Carlos Simon, professor de remo e diretor técnico do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp), disse que no sábado pela manhã, data do desaparecimento do jovem, a raia recebeu treinos, mas não foi relatada nenhuma ocorrência. Toda a raia, que tem 2.500 metros de extensão, é cercada, e o acesso ocorre mediante autorização e apresentação de carteirinha em um dos quatro portões. Ela tem em média 2,5 metros de profundidade e não tem conexão com canal, córrego ou rio próximos.

"O acesso é restrito. Só entra com carteirinha. Vou saber se pulou? Estou aqui há 40 anos e nunca vi ninguém pular, cair na água e morrer", declarou Simon.

Desaparecimento

Santos foi visto pela última vez por volta das 4h de sábado após ter deixado a companhia de amigos para buscar cerveja dentro de uma festa no velódromo da USP. O evento comemorava 111 anos do Grêmio Politécnico da instituição e reuniu cerca de 5 mil pessoas.

A festa era "open bar" (com bebida gratuita no interior do espaço) e tinha ingressos entre R$ 30 e R$ 90, com participação de nomes nacionais da música como Marcelo D2 e CPM 22. Os artistas compartilharam em suas páginas da rede social Facebook a mensagem da irmã de Santos, Bruna Costa.

Ela lançou um apelo pela web com uma foto do desaparecido vestindo uma camisa preta com detalhes amarelos, a mesma que usava na noite da festa. "Já procuramos em todos os lugares possíveis e impossíveis. Fomos em todos os cantos e nada", disse Bruna à reportagem na tarde desta segunda-feira, 22. Ela acrescentou ter buscado em hospitais, delegacias e no Instituto Médico Legal (IML), sem sucesso.

Pela rede social, diversas pessoas comentaram relatando ter visto um rapaz parecido com Santos, que tem 1,80 metro de altura, ser retirado à força do evento por dois seguranças. "Pessoas disseram ter visto uma pessoa ser retirada no mesmo horário que ele sumiu. Mas a empresa dos seguranças afirmou que não houve nenhuma ocorrência similar", disse Bruna.

Em comentários da página, outros participantes da festa reforçaram a informação de que um jovem havia sido retirado do local por seguranças. "Vi dois seguranças lutando muito para tirar um rapaz de camiseta escura da festa. Chegaram a derrubá-lo no chão com uma rasteira. Um segurança caiu em cima dele. Fez um barulho bem forte no chão, não sei se ele bateu a cabeça. Assim que levantaram, expulsaram o menino e ele saiu cambaleando, sozinho", disse uma das testemunhas no Facebook.

A USP autorizou a realização da festa, que contava com 140 seguranças particulares contratados pelo Grêmio. De acordo com o presidente do Grêmio, André Simmonds, em nenhum momento houve desentendimento em que se necessitasse intervenção da equipe de segurança e retirada de participantes do local.

Pistas de que o jovem teria sido atendido na enfermaria próxima do evento também não foram confirmadas. Naquela noite e madrugada do dia seguinte, ninguém foi encaminhado ao hospital ou permaneceu por atendimento prolongado no local, segundo familiares.

O caso foi inicialmente registrado na 5ª DP de Osasco, onde o jovem morava. A investigação conta com apoio de equipes do DHPP da Polícia Civil paulista, onde familiares prestaram depoimento na tarde desta segunda-feira.

O advogado Marlon Adriano Balbon Taborda, representante de Jussara Uglione, avó do menino Bernardo Uglione Boldrini, vai pedir pela segunda vez a reabertura do inquérito que investigou a morte da mãe do garoto, Odilaine Uglione. Depois de ver a primeira solicitação rechaçada pela Justiça de Três Passos (RS) em julho deste ano, a família entende que um fato novo, a gravação de uma briga entre o garoto, o pai dele, o médico Leandro Boldrini, e a madrasta Graciele Ugulini, pode convencer o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a rever o caso.

"Há uma espécie de confissão subliminar na frase 'teu fim vai ser igual ao da tua mãe'", acredita o advogado, referindo-se a palavras ditas pela madrasta a Bernardo durante a discussão. O vídeo gravado pelo casal durante a briga, em agosto do ano passado, resgatado pela perícia do celular de Leandro e encaminhado ao processo, revela detalhes da falta de harmonia na casa do médico e faz referências que podem ajudar a Justiça a chegar a uma conclusão sobre a trágica história do garoto.

##RECOMENDA##

Em 2010, Odilaine morreu dentro do consultório de Leandro. O inquérito policial concluiu que ela se suicidou. Pouco tempo depois Leandro se casou com Graciele. A relação conflituosa da nova família formado pelo médico é resumida no vídeo tornado público esta semana por emissoras do Grupo RBS, com versão resumida na quarta-feira e ampliada nesta Quinta-feira.

Em abril deste ano, Bernardo, que já tinha uma meia irmã de pouco mais de um ano, foi encontrado morto em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da residência da família, que fica em Três Passos. O garoto tinha 11 anos. Acusados de planejamento e execução e participação no crime, Leandro, Graciele e mais os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz estão presos preventivamente e são réus do processo, que não tem data para ser julgado.

O primeiro pedido de reabertura da investigação da morte de Odilaine foi rejeitado pelo juiz Marcos Luís Agostini em 28 de julho deste ano. Ao alegar que o que correu pode ter sido homicídio e não suicídio, o advogado relatou que o corpo tinha lesões no antebraço direito e lábio inferior e vestígios de pólvora na mão esquerda, lembrando que a vítima era destra.

O juiz, porém, entendeu que não havia fato novo que justificasse a retomada do caso. Para isso, citou a conclusão de que a mão direita segurava o revólver auxiliada pela esquerda e que as lesões no antebraço foram decorrentes de punções venosas feitas no hospital na tentativa de salvar a vida de Odilaine.

Vídeo

Divulgado pelos veículos da RBS na internet nesta quinta-feira, 28, o vídeo de 13 minutos com a quase toda a sequência da briga familiar entre o garoto Bernardo Boldrini e seu pai, o médico Leandro Boldrini, e sua madrasta, Graciele Ugulini, tem poucas imagens porque o celular ficou sob um cobertor a maior parte do tempo.

Mas o áudio mostra o garoto gritando desesperadamente, soluçando e recebendo ameaças da madrasta. Nos diálogos, o casal também ofende Odilaine, provocando protestos de Bernardo - que é repreendido pelo pai, que não ergue a voz em nenhum momento. A gravação também mostra Graciele humilhando o garoto diversas vezes.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Conhecido como Paulinho da Força Sindical, o parlamentar é suspeito de corrupção. Acusam-no de comercializar 'cartas sindicais', como são chamadas as autorizações do Ministério do Trabalho para a criação de sindicatos.

A abertura do inquérito foi requerida pela Procuradoria Geral da República. O ministro Gilmar Mendes ordenou à Polícia Federal que realize diligências. Apura-se se Paulinho participou de esquema que vendia 'cartas sindicais' por R$ 150 mil. Deve-se a denúncia ao repórter Claudio Dantas Sequeira. Ele noticiou o caso em agosto de 2011.

##RECOMENDA##

Nessa época, o ministro do Trabalho era Carlos Lupi, do PDT, o mesmo partido de Paulinho. Engolfado por outras denúncias, Lupi deixou o ministério em dezembro de 2011. Hoje, é candidato a senador pelo Rio de Janeiro, com o apoio de Dilma Rousseff. Paulinho era um feliz integrante da bancada governista. Fundou um partido novo, o Solidariedade. Deixou o PDT e associou-se ao projeto presidencial do tucano Aécio Neves.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que instaure um inquérito para apurar suposta participação do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, do partido Solidariedade, em crime de corrupção passiva.

Conforme despacho assinado por Gilmar Mendes na quarta-feira, 20, há suspeita de venda de cartas sindicais, que seriam indispensáveis ao registro de sindicatos. Ao determinar a abertura do inquérito e a realização de diligências, o ministro do STF atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

##RECOMENDA##

Para a Polícia, não há dúvidas. A morte do médico paraibano Artur Eugênio foi a trágica consequência de uma perseguição profissional cujos motivos transcendem a mera desavença pessoal. Na conclusão do inquérito, divulgada pela Polícia nesta terça-feira (29), informações sobre superfaturamento e falta de compromisso do cirurgião Cláudio Amaro Gomes, apontado como mandante do crime, deixam claro a motivação do assassinato. 

Segundo as investigações, Artur Eugênio já havia confessado que sofria perseguição do então chefe e pensava em processá-lo por assédio moral. A vítima chegou a trabalhar em uma sociedade com Cláudio Amaro Gomes; ao descobrir que, para uma cirurgia com custo médio de R$ 30 mil, os procedimentos cirúrgicos feitos pelo médico-chefe custavam mais de R$ 120 mil para o convênio, Artur Eugênio deixou de participar do grupo, por não corroborar com a “falcatrua de Cláudio”. 

##RECOMENDA##

Além das diversas evidências sobre a perseguição empreendida contra a vítima, como as baixas notas dadas nas avaliações feitas por Cláudio Amaro, a Polícia mostrou que imagens de câmeras de segurança registraram a ida de Cláudio Amaro Gomes Júnior, filho do cirurgião, ao Hospital do Câncer de Pernambuco, no dia da morte de Artur Eugênio. “Ele foi lá, garantiu que o Artur estava no Hospital e ficou esperando ele sair. Depois, por não conseguirem abordar a vítima, foram para o Hospital Português e, de lá, seguiram para a casa do médico, onde enfim o abordaram e levaram em seu próprio carro”, explicou o delegado Guilherme Caraciolo. 

No momento do crime, dois executores: Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz de Souza, sendo este último responsável pelos quatro disparos na nuca e nas costas da vítima. Ambos os acusados também participaram da tentativa de assalto a um carro-forte estacionado no Shopping Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, no dia 2 de junho. Lyferson já está preso por conta das investigações da investida no shopping; Flávio Braz foi indiciado pelos dois casos, mas ainda não foi preso. 

De acordo com o delegado Guilherme Caraciolo, um quinto homem teria participado da morte do médico Artur Eugênio. O comerciante Jailson Duarte Cesar, de 29 anos, teria feito o intermédio entre Cláudio Amaro Gomes Júnior e os dois executores do crime, Lyferson e Flávio. Jailson também não foi encontrado pela Polícia. Todos os três que já foram presos negam o envolvimento no crime. 

Digital de acusado é encontrada em garrafa

Após se desfazer do carro do médico, no bairro de Guabiraba, na Zona Norte do Recife, os criminosos tocaram fogo no veículo e impossibilitou o trabalho da perícia. Porém, a poucos metros do local onde o carro foi incendiado, os papiloscopistas encontraram uma garrafa plástica que exalava um forte cheiro de gasolina; após trabalhos periciais, foram detectadas as digitais do polegar esquerdo de Cláudio Amaro Gomes. 

Outras testemunhas, que tiveram as identidades preservadas, confirmaram ter visto Cláudio Amaro Gomes Júnior se encontrar com os executores e entregar uma quantia em dinheiro. Há a suspeita de que o valor varie de R$ 50 a 100 mil. Todos os cinco envolvidos serão indiciados pelos crimes de: sequestro, homicídio, roubo, associação criminosa, estelionato e comunicação falsa de crime. 

Histórico

Artur Eugênio foi assassinado no dia 12 de maio deste ano. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, em Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Inicialmente, a polícia chegou a cogitar um caso de latrocínio (roubo seguido de morte), pois o veículo da vítima só foi identificado no dia seguinte, no bairro de Guabiraba, na Zona Norte do Recife.

A versão foi logo descartada quando se viu a participação do médico Cláudio Gomes e seu filho. Após a prisão dos dois, no mês de junho, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de habeas corpus para os suspeitos. Neste ínterim, o médico Cláudio Amaro emitiu uma carta através da qual negou veementemente o assassinato de Artur Eugênio. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando