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Um manifestante morreu baleado na noite de quarta-feira (22) no sul do Iraque, o que eleva o número de manifestantes mortos esta semana no país a 12, segundo uma comissão de direitos humanos e uma fonte de segurança.

Os protestos antigovernamentais, que eclodiram no início de outubro em Bagdá e nas cidades do sul, perderam força nas últimas semanas diante das tensões entre Washington e Teerã, potências ativas no Iraque.

No entanto, protestos e barreiras foram retomados recentemente para exigir que o poder responda às demandas do movimento de protesto: eleições antecipadas, um primeiro-ministro independente e o fim da corrupção e do clientelismo.

Na quarta-feira, um jovem foi morto a tiros por estranhos depois de deixar o principal local de manifestações em Basra, uma cidade portuária rica em petróleo, disse uma fonte de segurança à AFP. Referindo-se a "agressores não identificados", acrescentou que uma investigação havia sido aberta.

Os manifestantes acusaram as autoridades de aplicar duplos padrões: por um lado, rapidamente prendem quem quer que feche as estradas com pneus em chamas, mas, por outro lado, não detêm quem mata os manifestantes. Na manhã desta quinta-feira, centenas de estudantes se reuniram em Basra para protestar contra os assassinatos.

O movimento de protesto iniciado em 1º de outubro, inédito por ser espontâneo, foi abalado pela violência que matou mais de 470 manifestantes, de acordo com um balanço compilado pela AFP através de fontes médicas e pela Comissão de Direitos Humanos do Iraque.

Após uma escalada de tensão, depois que os EUA ordenaram a morte do general iraniano Qassim Suleimani, em ataque com drone em Bagdá, o presidente Donald Trump e seu colega iraquiano, Barham Saleh, concordaram nessa quarta-feira (22), em Davos, em manter a presença militar americana no Iraque.

"Os dois presidentes concordaram com a importância de continuar com a cooperação econômica e de segurança entre o Iraque e os Estados Unidos, até mesmo na guerra contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI)", declarou ontem a Casa Branca, em comunicado.

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As relações entre Bagdá e Washington se deterioraram após o assassinato do general iraniano. Pouco depois da morte, o Parlamento iraquiano aprovou resolução que determinava a saída imediata das tropas americanas do Iraque - os EUA mantêm por volta de 5 mil soldados no país.

Na ocasião, a resolução foi rejeitada pelo governo americano. Ontem, a Casa Branca "reafirmou o compromisso inabalável dos Estados Unidos de ter um Iraque soberano, estável e próspero". Durante entrevista em Davos, na Suíça, ao lado de Saleh, no intervalo das reuniões do Fórum Econômico Mundial, o presidente americano disse que o Iraque está satisfeito com o trabalho das tropas dos EUA no país. "Eles gostam do que estamos fazendo e gostamos deles. Sempre tivemos um relacionamento muito bom", disse Trump.

O presidente iraquiano afirmou que, apesar do acordo sobre a permanência dos soldados, é preciso que haja uma negociação paralela para a redução das tropas estrangeiras no solo iraquiano.

Trump afirmou que atualmente a presença americana no Iraque já é muito menor do que foi durante a ocupação, ocorrida entre 2003 e 2011, após a invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein. "(Já) Reduzimos para 5 mil e reduziremos para um número muito mais baixo", disse o presidente.

Feridos

O Exército dos EUA enviou do Iraque para a Alemanha 11 soldados americanos feridos nos ataques iranianos a bases do Iraque, no dia 8.

Inicialmente, Trump havia garantido que a ofensiva não tinha ferido ninguém. Ontem, o presidente minimizou os ferimentos. "Ouvi dizer que eles tiveram dores de cabeça, mas não é muito grave", disse Trump. (com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um ativista iraquiana morreu em Basra, no sul do Iraque, onde os protestos contra o governo foram retomados, informou uma fonte policial nesta quarta-feira.

"A militante da sociedade civil Janat Mahdi, de 49 anos, foi assassinada na noite de terça-feira às 23h00 por um homem armado a bordo de um SUV", disse a fonte à AFP, acrescentando que cinco pessoas, incluindo pelo menos um outro ativista local, ficaram feridas no tiroteio.

Uma fonte da polícia forense confirmou à AFP que o corpo de Mahdi tinha vários ferimentos a bala.

Mahdi era militante em um grupo que oferecia primeiros socorros aos feridos nas manifestações.

O grupo deixou o principal local de concentração em Basra na noite de terça-feira, segundo a mesma fonte, antes de ser atacado por um homem cuja identidade é desconhecida.

Essa morte é a última de uma nova onda de violência contra o movimento de protesto, que nas últimas semanas perdeu força devido às tensões entre Teerã e Washington, que se cristalizaram em solo iraquiano.

Mas, nos últimos dias, as manifestações foram retomadas em Bagdá e no sul para pressionar o governo e cumprir suas reivindicações: eleições antecipadas, reforma da lei eleitoral, primeiro ministro independente, fim da corrupção e da distribuição dos cargos políticos em função de etnias e religiões.

Os manifestantes também exigem que as autoridades sejam responsabilizadas pela repressão. Mais de 460 pessoas morreram desde o início dos protestos em outubro.

Na quarta-feira, grupos de jovens bloquearam ruas e estradas em torno de Bagdá e no sul do país.

Um manifestante foi morto nesta terça-feira (21) em Bagdá em meio ao movimento de protesto contra o governo, que exige reformas profundas na classe política iraquiana. nO manifestante foi morto após ser atingido por bombas de gás lacrimogêneo no leste da capital.

Os manifestantes tentaram cortar a rua onde a vítima se manifestava queimando pneus, o que levou a confrontos com as forças de segurança, que dispararam balas reais e gás lacrimogêneo para dispersar o protesto.

Oito manifestantes foram hospitalizados por inalar gás lacrimogêneo, disseram médicos na cidade. O movimento de protesto, que eclodiu em outubro, vem perdendo força nas últimas semanas diante da crescente tensão entre Washington e Teerã, dois aliados de Bagdá.

Para que o protesto não fosse eclipsado por essa crise, os manifestantes deram um ultimato de uma semana - que terminou na segunda-feira - às autoridades para que pudessem responder às suas demandas, que incluem uma reforma total do poder e eleições antecipadas.

Assim que o prazo expirou, grupos de jovens retomaram o movimento em Bagdá e em várias cidades do sul. Nesta terça-feira, eles bloquearam ruas nas cidades de Amara, Diwaniya, Kut e Basra, ao sul de Bagdá.

Em Nasiriya, muitos manifestantes - a maioria estudantes - invadiram o centro da cidade, agitando bandeiras iraquianas.

Tahseen Mohannad, um manifestante de Nasirya, disse que os protestos "não vão parar apesar da procrastinação do Estado e dos partidos políticos em relação às demandas legítimas do movimento".

Além do chamado para eleições, os manifestantes exigem que a lei eleitoral seja reformada, que um primeiro ministro independente seja nomeado e que a corrupção seja efetivamente combatida.

Eles também exigem a abolição do sistema de distribuição de encargos governamentais com base em etnias e crenças religiosas.

Ao menos 27 pessoas ficaram feridas neste domingo (19) em novos protestos contra o governo em Bagdá, capital do Iraque, e também no Sul do país. As manifestações haviam perdido força em meio à escalada de tensões entre Irã e Estados Unidos nas últimas semanas, mas os manifestantes tentam trazer a atenção da opinião pública de volta ao movimento.

Com o recuo na crise regional, ativistas iraquianos deram ao governo um prazo de uma semana para agir em relação às demandas de reforma política. Se o prazo não for cumprido, os manifestantes afirmam que irão aumentar a pressão em novas demonstrações públicas.

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Conflitos entre manifestantes e forças de segurança deixaram ao menos 27 pessoas feridas no centro de Bagdá neste domingo. As forças dispararam bombas de gás lacrimogêneo para dispersar grupos na praça Tayaran e perto da ponte Sinak, ferindo 23 pessoas, de acordo com um ativista e dois médicos. Quatro policiais ficaram feridos após alguns manifestantes jogarem pedras nas forças de segurança.

Três ativistas iraquianos afirmaram que novas manifestações estão planejadas para os próximos dias, uma vez que os manifestantes tentam trazer o foco da atenção pública de volta ao seu movimento de massas.

A onda de manifestações começou em 1º de outubro do ano passado, quando milhares de iraquianos foram às ruas para reclamar da corrupção do governo, de serviços públicos precários e da falta de empregos. Eles demandam ainda o fim do sistema político sectário do país, além de eleições antecipadas e da renúncia da elite no comando do Iraque.

Os protestos se intensificaram no sul do Iraque e na capital do país, Bagdá, neste domingo (19), com manifestantes indignados pela lentidão das reformas bloqueando as ruas com pneus em chamas.

As manifestações para pedir a reforma do sistema no poder sacodem o Iraque desde o começo de outubro, mas, nas últimas semanas, tiveram menos destaque, devido ao recrudecimento da tensão entre os inimigos Irã e Estados Unidos, ambos padrinhos de Bagdá.

Centenas de jovens retomaram hoje o movimento com manifestações na Praça Tahrir de Bagdá e na vizinha Praça Tayaran. Outros queimaram pneus para bloquear estradas e pontes, o que provocou congestionametos em toda a cidade. "Esta é a primeira escalada", declarou um manifestante. "Queremos enviar uma mensagem ao governo: 'Deixem de vacilar'."

As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que responderam lançando pedras. Dez pessoas, entre elas policiais, ficaram feridas em confrontos, informou uma fonte médica.

Na cidade sagrada de Najaf, jovens agitando bandeiras iraquianas também queimaram pneus e iniciaram um protesto sentados na estrada principal que leva a Bagdá.

- Eleições antecipadas e reformas -

Muitos manifestantes também se concentraram hoje nas cidades de Diwaniya, Kut, Amara e Nasiriya, no sul do país, onde a maioria das repartições públicas, escolas e universidades estão fechadas há meses.

Os manifestantes pedem eleições antecipadas, conforme a reforma na lei eleitoral, um novo premier, que substitua o chefe de governo demissionário Adel Abdel Mahdi, e a prestação de contas de todos os funcionários considerados corruptos.

Mahdi renunciou há quase dois meses, mas os partidos ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre seu sucessor. Os manifestantes rechaçam publicamente os nomes que circulam como possíveis substitutos e estão furiosos por não terem sido aplicadas outras medidas de reforma de grande envergadura.

"Começamos hoje a intensificar nosso movimento, porque o governo não atendeu às nossas demandas, em particular formando um gabinete independente, que poderia salvar o Iraque", declarou o manifestante Haydar Kadhim em Nassiriya. "Na última segunda-feira, demos a eles um prazo de sete dias."

Com quase 460 mortos e mais de 25 mil feridos desde 1º de outubro, o movimento de protesto popular, inédito por seu caráter espontâneo, é o maior e mais sangrento no Iraque em décadas.

Os Estados Unidos retomaram, na quarta-feira (16), as operações conjuntas com o Iraque, suspensas depois do ataque americano com drone que matou um importante general iraniano em Bagdá - informou o jornal "The New York Times".

Dois funcionários militares citados pelo jornal disseram que o Pentágono queria retomar as operações para voltar à luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Washington deteve as operações em 5 de janeiro, dois dias depois do ataque que matou o general iraniano Qassem Soleimani no aeroporto de Bagdá.

Nesse mesmo dia, legisladores iraquianos votaram para expulsar os mais de 5.000 militares americanos estacionados no Iraque.

O "Times" indicou que não estava claro se alguém dentro do governo iraquiano havia autorizado a retomada das operações conjuntas.

Ao ser contactado pela AFP, o Pentágono disse não ter informações para comunicar a respeito de uma retomada das operações.

Na segunda-feira, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, comentou que os líderes iraquianos lhe haviam dito, de modo reservado, que apoiam a presença americana, apesar de seus apelos públicos por uma saída.

"Não vão dizer isso publicamente, mas, de maneira privada, todos dão as boas-vindas ao fato de os Estados Unidos continuarem lá, com sua campanha antiterrorista", disse Pompeo, na Universidade de Stanford.

Ao menos dois foguetes Katyusha atingiram nesta terça-feira, 14, a base militar de Camp Taji, localizada em Al Taji, a cerca de 20 quilômetros ao norte de Bagdá e onde há tropas de Iraque e Estados Unidos.

Esse tipo de ataque tornou-se mais frequente em bases iraquianas com presença de tropas americanas desde que o governo dos EUA matou o general iraniano Qassim Suleimani, chefe da Força Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, em um ataque em Bagdá no último dia 3.

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Antes da morte de Suleimani, outros ataques, com menor frequência, também tiveram como alvo bases que abrigam militares americanos. A de Al Tayi, por exemplo, já tinha sido atingida por foguetes Katyusha em maio e junho do ano passado. (Com agências internacionais)

Oito mísseis caíram neste domingo (12) em uma base aérea iraquiana que abriga soldados americanos ao norte de Bagdá, disseram fontes militares iraquianas, que não informaram a origem dos disparos. Quatro soldados iraquianos ficaram feridos, segundo o Exército do país. Fontes militares do Iraque asseguraram que nenhum soldado americano foi atingido.

Quase todas as tropas americanas já deixaram essa base localizada em Balad, após uma escalada entre os Estados Unidos e o Irã. "Restam apenas 15 soldados americanos e um avião em Balad", disse à agência de notícias AFP uma fonte militar iraquiana.

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Autoridades da segurança iraquiana haviam dito anteriormente que 90% dos funcionários americanos terceirizados enviados para a base já haviam sido retirados do local.

Na terça-feira, pelo menos duas bases com soldados americanos no Iraque foram atacadas com mísseis balísticos disparados do Irã, segundo informou o Pentágono. De acordo com fontes do governo americano, os ataques ocorreram a múltiplas localidades, incluindo a base de Ain al-Assad, no oeste do Iraque, e Irbil, na região do Curdistão iraquiano.

Neste domingo, o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, afirmou no Parlamento iraniano que o objetivo dos disparos da semana passada contra alvos americanos no Iraque não era "matar soldados inimigos".

"Queríamos mostrar que podemos atingir qualquer ponto escolhido por nós", declarou. "Os danos materiais (provocados pelos mísseis), foi apenas para dizer que somos superiores ao inimigo", acrescentou. O general foi chamado para testemunhar no Parlamento após Teerã reconhecer que abateu por engano um avião comercial ucraniano. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vários mísseis atingiram neste domingo (12) a Base Aérea Militar da cidade de Balad, no Iraque, que abriga forças norte-americanas. Pelo menos quatro soldados iraquianos teriam ficado feridos durante o ataque.

A base está situada a cerca de 80 quilômetros ao norte de Bagdá, e os mísseis teriam caído na pista, de acordo com fontes militares citadas pela agência Reuters.

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Segundo o Exército iraquiano, quase todas as tropas norte-americanas já deixaram a base, localizada em Balad, na sequência da escalada de tensão entre os Estados Unidos e o Irão.

O ataque acontece depois de, na madrugada da última quarta-feira (8), mais de uma dúzia de mísseis iranianos terem sido lançados contra duas bases aéreas que também abrigavam tropas norte-americanas em Ain al-Assad e Arbil, no Iraque.

Essa ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma "operação de vingança" pela morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds. Ele morreu dias antes, num ataque aéreo em Bagdá, ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

*Emissora pública de televisão de Portugal

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua conta oficial no Twitter na noite da terça-feira (7) para comentar os ataques a míssil feitos a duas bases militares que abrigam tropas americanas, no Iraque. Trump minimizou os efeitos dos bombardeios, que partiram do Irã, e escreveu que "tudo está bem".

O norte-americano, no entanto, diz que informações sobre vítimas e danos materiais ainda estão sendo levantadas nos locais atingidos. O governo americano ainda não confirmou se houve mortes ou feridos entre suas tropas no local.

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"Até agora, tudo bem", tuitou Trump, às 23h50 (horário de Brasília). "Mísseis lançados pelo Irã em duas bases militares no Iraque. Avaliação de baixas e danos acontecendo agora. Por enquanto, tudo bem", disse. "Nós temos a mais poderosa e bem equipada força militar em qualquer lugar do mundo, de longe."

Trump informou, ainda que fará um pronunciamento nesta quarta-feira, 8, sobre o ataque. A cúpula de assessores mais próximos ao presidente se reuniu na Casa Branca logo após o bombardeio, que atingiu as bases militares de Ain Al-Assad, no oeste do Iraque, e em Irbil, no norte do país. As bases pertencem às Forças Armadas do Iraque e abrigam militares dos Estados Unidos.

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou, também no Twitter, que está monitorando de perto a situação após o ataque as bombas no Iraque. Ela criticou provocações ao Irã feitas por Trump. "Precisamos garantir a segurança dos nossos cidadãos em serviço, incluindo terminar com provocações sem necessidade do governo e exigir que o Irã cesse sua violência."

Ela disse, ainda, que os Estados Unidos e o mundo "não podem se permitir uma guerra".

Ataque

Ao menos duas bases com soldados americanos no Iraque foram atacadas com mísseis balísticos disparados do Irã, segundo informou o Pentágono. Fontes do governo americano informaram que os ataques ocorreram a múltiplas localidades. Não há informação sobre vítimas americanas. Segundo o Pentágono, o Irã disparou mais de uma dezena de mísseis.

Horas após o ataque, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamed Javad Zarif, foi ao Twitter para afirmar que tratou-se de uma medida de legítima defesa do país. Desde a operação americana em Bagdá no dia 2 que levou à morte do general iraniano Qassin Suleiman, o Irã vinha prometendo que revidaria.

"O Irã adotou e concluiu medidas proporcionais de legítima defesa, de acordo com o Artigo 51 da Carta das Nações Unidas, a partir da qual foram lançados ataques armados covardes contra nossos cidadãos e altos funcionários", justificou ele, concluindo que o país não busca uma escalada do conflito ou guerra. "Mas nós vamos nos defender contra qualquer agressão."

Mais cedo, em seu canal no Telegram, a Guarda Revolucionária iraniana ameaçou atacar dentro dos EUA e as cidades de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e Haifa, em Israel, se Irã for bombardeado pelos EUA. "Dessa vez nós responderemos a você (governo americano) nos EUA."

Várias companhias aéreas, entre elas Air France, Lufthansa e KLM, cancelaram por tempo indeterminado seus voos para os espaços aéreos iraniano e iraquiano, algumas horas após ataques do Irã às bases de Aïn al-Assad e Erbil, no Iraque, usadas por soldados americanos.

Nesta madrugada, o Irã disparou 22 mísseis balísticos contra essas duas bases do Iraque. A ofensiva foi a resposta de Teerã ao assassinato - por parte dos Estados Unidos - do general iraniano Qassem Soleimani, semana passada, no Iraque.

"Por medida de precaução e diante do anúncio de ataques aéreos em curso, a Air France decidiu suspender, até nova ordem, qualquer voo sobre os espaços iraniano e iraquiano", disse um porta-voz da empresa, procurado pela AFP.

"Os planos de voos são ajustados em tempo real em função das decisões das autoridades francesas e regionais, no mundo todo, com o objetivo de garantir o mais alto nível de segurança dos voos", explica a companhia.

A empresa holandesa KLM, que faz parte do mesmo grupo, aplicou o mesmo princípio de precaução.

"Todos os voos para os diferentes destinos do Sudeste Asiático e para o Oriente Médio serão operados em rotas alternativas", afirmou um porta-voz da companhia.

A companhia alemã Lufthansa também anunciou a suspensão, "até nova ordem", de seus voos para Irã e Iraque. De acordo com a empresa, contornar as zonas aéreas iraniana e iraquiana terá "um impacto sobre a duração" de outros voos.

Desde ontem à noite, a Agência Federal de Aviação americana (FAA) proibiu aviões civis americanos de sobrevoarem o Irã e a região do Golfo, na esteira dos últimos ataques.

A companhia aérea nacional polonesa LOT também decidiu recorrer a novas rotas para evitar sobrevoar o Irã no caso de seus voos para Índia, Singapura, Sri Lanka e Tailândia em particular. Aparentemente, a mudança não afetará os horários ou a duração dos voos.

No Oriente Médio, a Emirates e a companhia de baixo custo flydubai cancelaram seus voos com destino a Bagdá, mas esta última manterá seus voos para Basra e Najaf, no sul do Iraque.

Várias companhias da região já haviam suspendido seus voos para o Iraque, depois da morte do general Soleimani. Entre elas, a Bahrein Airways e a Kuwait Airways.

Ontem, a EgyptAir suspendeu, por três dias, seus voos para Bagdá.

Na Ásia, a Singapore Airlines desviou os voos que normalmente passam pelo Irã, enquanto a Malaysia Airlines adotou essa medida para seus voos entre Londres, Jidá e Medina, de modo a evitar o espaço aéreo iraniano.

A Vietnam Airlines anunciou que seus voos com partida e chegada à Europa evitarão "potenciais zonas de instabilidade" no Oriente Médio, ainda que as rotas habituais destes voos não passem pelo espaço aéreo iraniano, ou iraquiano.

A companhia australiana Qantas decidiu que seus aviões que conectam Perth a Londres vão sobrevoar a Ásia, em vez do Oriente Médio. Isso deve ocasionar atrasos em torno de 40 minutos no trajeto.

A embaixada ucraniana recuou sobre a queda do avião no Irã, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (8). Anteriormente, o 'acidente' havia sido desvinculado ao terrorismo e apontado como resultado de uma falha mecânica. Ao todo, 176 pessoas morreram no voo que seguia para Kiev.

De acordo com a agência Reuters, através de comunicado, a embaixada voltou atrás e afirmou que as causas da queda não haviam sido divulgadas e, comentários anteriores não eram oficiais. O primeiro-ministro Oleksiy Honcharuk, proibiu voos sobre o espaço aéreo do Irã a partir desta quinta-feira (9).

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A queda do avião da Ukraine International Airlines ocorreu horas após o ataque iraniano à duas bases americanas, no Iraque. Os bombardeios foram uma resposta à morte do general Qassim Suleimani.

 

O Irã lançou mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra duas bases aéreas no Iraque, onde estão tropas americanas, informou o Pentágono nesta terça-feira (7).

"Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tiveram como alvo pelo menos duas bases militares iraquianas que hospedam militares e coalizões dos EUA em Al Asad e Erbil", afirmou o Pentágono em comunicado. "Essas bases estavam em alerta devido a indicações de que o regime iraniano planejava atacar nossas forças e interesses na região", diz o documento.

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O ataque às bases de Erbil e Al Asad começou por volta das 19h30 (de Brasília), segundo autoridades de defesa. A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse que o presidente americano, Donald Trump, foi informado sobre os ataques e está consultando autoridades do governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Irã disparou "mais de um dúzia de mísseis" na noite desta terça-feira (7) contra bases americanas no Iraque, confirmou o departamento de Defesa dos Estados Unidos, após a prometida reação de Teerã à morte do general Qasem Soleimani.

"Aproximadamente às 17h30 (19h30 Brasília) de 7 de janeiro, o Irã lançou mais de uma duzia de mísseis balísticos contra militares dos Estados Unidos e forças da coalizão no Iraque", informou o assistente de Defesa para Assuntos Públicos, Jonathan Hoffman.

"Está claro que estes mísseis foram lançados do Irã e visavam ao menos duas bases militares iraquianas que abrigam pessoal militar americano e da coalizão, em Al-Assad e Erbil".

Hoffman declarou que o Pentágono está trabalhando em uma "avaliação preliminar dos danos" e na "resposta" ao ataque. Não há informações sobre baixas nas bases no momento.

"Nos últimos dias e diante das ameaças e ações do Irã, o departamento de Defesa adotou todas as medidas apropriadas para defender nosso pessoal e seus parceiros. As bases estavam em alerta máximo diante das indicações de que o regime iraniano planejava atacar nossas forças e interesses na região".

Hoffman acrescentou que os Estados Unidos tomarão "todas as medidas necessárias para proteger e defender o pessoal americano, parceiros e aliados na região".

- Resposta -

Segundo a TV estatal em Teerã, o ataque foi uma resposta à morte do general iraniano Qasem Soleimani, atingido por um míssil disparado por um drone americano na sexta-feira passada, em Bagdá.

"Os Guardiões da Revolução confirmaram o ataque a uma base no Iraque com dezenas de mísseis", e ameaçaram com "respostas ainda mais devastadoras" em caso de resposta americana.

Entre os futuros alvos dos Guardiões estariam "Israel" e "governos aliados" dos Estados Unidos.

Em seu comunicado, os Guardiões aconselham "o povo americano a chamar de volta suas tropas na região para evitar novas perdas", e a "não permitir que a vida dos soldados seja ameaçada pelo ódio" do governo em Washington.

O general Soleimani foi enterrado nesta terça-feira em sua cidade natal de Kerman, no sudeste do Irã, em um funeral acompanhado por milhares de pessoas.

Segundo fontes iraquianas, o ataque ocorreu em três ondas logo após a meia-noite local e ao menos nove mísseis atingiram a base de Ain al-Assad.

Aviões de combate não identificados sobrevoaram Bagdá na madrugada de quarta-feira, constataram os jornalistas da AFP na capital iraquiana.

- Washington -

A Casa Branca revelou que o presidente americano, Donald Trump, foi informado do ataque e acompanha a situação de perto.

"Estamos a par dos ataques a instalações dos Estados Unidos no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando de perto a situação e consultando sua equipe de segurança nacional", informou a porta-voz Stephanie Grisham.

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) proibiu as empresas aéreas registradas nos Estados Unidos a sobrevoar Iraque, Irã e o Golfo Pérsico.

"A FAA emitiu avisos aos pilotos esta noite explicando as restrições de voo (...) no espaço aéreo sobre Iraque, Irã e as águas do Golfo Pérsico e do Golfo de Omã".

"A FAA continuará monitorando de perto os eventos no Oriente Médio".

A líder do Partido Democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, declarou que os Estados Unidos "devem garantir a segurança dos membros das nossas forças, deter as provocações desnecessárias da administração e exigir que o Irã para com sua violência".

Segundo Pelosi, "os Estados Unidos e o mundo não podem se permitir a guerra".

O congressista Eliot Engel, presidente do Comitê de Relações Exteriores, disse à CNN que os ataques "podem muito bem" significar que os Estados Unidos estão em guerra.

O ataque derrubou as Bolsas asiáticas na manhã de quarta-feira.

Por volta das 10H15 local, a Bolsa de Tóquio recuava 2,44%, Hong Kong perdia 1,35%, Xangai, 0,47%, e Shenzhen, 0,63%.

Já os preços do petróleo subiam com força no marcado asiático. O barril do WTI era cotado a 65,54 dólares, em alta de 2,84 dólares ou 4,53%.

Os Estados Unidos reafirmaram nesta terça-feira que não há alteração em sua política em relação ao Iraque, e que manterão suas tropas naquele país, para defender seus interesses e impedir o ressurgimento do grupo Estado Islâmico.

O presidente Donald Trump declarou que retirar as tropas neste momento seria "o pior" para o Iraque, após o Parlamento em Bagdá exigir a saída das forças estrangeiras.

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"É o pior que poderia acontecer ao Iraque", declarou Trump no Salão Oval, onde recebeu a visita do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.

"Queremos sair em algum momento, mas esta não é a ocasião correta", disse Trump, destacando o risco que representa a vizinha República Islâmica do Irã.

Parlamentares iraquianos exigiram do governo a expulsão dos 5.200 militares americanos estacionados no Iraque após o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani e do líder militar iraquiano Abu Mehdi Al Muhandis.

O secretário americano da Defesa, Mark Esper, já havia afirmado nesta terça que os Estados Unidos não retirariam suas tropas do Iraque, e negado a existência de uma carta anunciando a saída.

"Nossa política não mudou. Nós não estamos saindo do Iraque", disse Esper a jornalistas.

"Não há carta assinada que eu saiba", acrescentou Esper, afirmando que o comandante da Guarda Revolucionária iraniana, general Qassem Soleimani, planejava lançar um ataque em breve.

Mais cedo, o premiê iraquiano, Adel Abdel Mahdi, disse ter recebido cópias de uma carta "assinada", "traduzida" e "muito clara" do comando americano anunciando uma retirada militar do Iraque.

"Não é uma folha que caiu da fotocopiadora [...] Agora, eles dizem que foi um rascunho [...], mas poderiam ter enviado outra carta de esclarecimento", disse o chefe de governo durante o Conselho de Ministros, transmitido pela televisão estatal.

Sobre o documento, na véspera, o chefe do Estado-maior americano afirmou que a carta em questão era um simples "rascunho não assinado" transmitido por "erro".

"Era uma carta oficial com o formato de página tradicional", insistiu Abdel Mahdi.

Além disso, acrescentou que primeiro enviaram uma versão traduzida para o árabe, que continha erros, e depois transmitiram uma segunda versão corrigida.

A carta se referia a uma votação realizada no Parlamento iraquiano, no domingo, para exigir que o governo expulsasse tropas estrangeiras do Iraque.

A decisão do Parlamento iraquiano foi uma reação ao assassinato do general Soleimani, arquiteto da estratégia do Irã no Oriente Médio.

Segundo o secretário de Defesa americano, os Estados Unidos reorganizarão suas tropas, mas não abandonarão o país. "Não foi tomada uma decisão de deixar o Iraque. Ponto", disse o chefe do Pentágono à imprensa.

A carta em questão menciona uma reorganização "das forças para [...] garantir que a retirada do Iraque seja realizada com segurança e eficácia", e avisava que seriam realizados mais voos noturnos de helicóptero para esse objetivo.

Na noite de terça-feira, pelo quarto dia consecutivo, voos de helicóptero à baixa altitude foram registrados no centro da capital iraquiana, onde está localizada a Zona Verde, que abriga, entre outras instituições, a embaixada dos Estados Unidos.

Os EUA conduziram seu primeiro exercício em massa com o novo caça F-35A, lançando 52 deles de sua base em Utah, segundo informou a unidade 388ª Ala de Caça da força aérea. A força aérea americana, porém, defendeu a tese de que foi uma coincidência o fato de o número de aeronaves apresentadas ser o mesmo dos alvos citados pelo presidente do país, Donald Trump, em sua ameaça de ataque ao Irã - ele disse que tinha mapeado 52 pontos iranianos, incluindo de seu patrimônio cultural.

"Assim como o momento, o número é uma coincidência. Esse é o máximo (de aviões) que podemos colocar no ar", disse o porta-voz da força aérea de Hill, Micah Garbarino, segundo o jornal britânico The Guardian. Ele explicou que o exercício vinha sendo planejado há meses.

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O último F-35A Lightning foi entregue em dezembro, quatro anos após o lançamento do primeiro modelo. Os novos jatos elevaram a 78 o número de aeronaves da força ativa das Alas 388 e 419.

De acordo com o Guardian, dos três esquadrões ativos, um está em operação no Oriente Médio - e dois deles estacionados em Utah, que participaram do exercício em massa conhecido na força aérea pelo termo "caminhada de elefante".

A base conduziu os voos de testes por mais de dez minutos na manhã de segunda-feira, como anunciou a Ala 388.

O exercício representa a conquista da capacidade total de combate do F-35, considerado o programa militar mais caro já desenvolvido, marcado por controvérsias, questões técnicas e excedentes de custos.

O F-35A é uma versão convencional de decolagem e pouso do avião. O plano dos EUA é desenvolver mais de 2,6 mil aviões entre agora e 2037.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 7, que os americanos estão "preparados para qualquer retaliação do Irã" e que o país persa "deve sofrer as consequências" se atacar os EUA.

"Nós salvamos muitas vidas", afirmou o líder da Casa Branca, em referência à operação americana no Iraque que matou o general Qassim Soleimani na semana passada. O líder militar iraniano comandava as Forças Quds, da Guarda Revolucionária do Irã, e sua morte elevou a tensão entre Washington e Teerã. Segundo Trump, o Irã estava "planejando algo" e o Congresso americano saberá dos detalhes em breve.

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Em conversa com repórteres na Casa Branca, o republicano também disse que "em algum momento as tropas americanas devem deixar o Iraque, mas não agora". Trump afirmou desconhecer uma carta enviada por engano ontem a autoridades iraquianas. O documento dizia que os EUA estavam "reposicionando forças" para sair de solo iraquiano, mas a ação foi negada posteriormente pelo secretário de defesa americano, Mark Esper.

De acordo com Trump, os EUA só aplicarão sanções econômicas ao Iraque se não forem "tratados com respeito". Hoje, o primeiro-ministro do país, Adel Abdul-Mahdi, disse que os americanos não têm alternativa e devem retirar suas tropas do país.

Ao lado do primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, o líder da Casa Branca também prometeu negociar e fazer "vários acordos" com a Grécia.

Os últimos fatos acerca do conflito entre os Estados Unidos e o Irã, que também envolveu o Iraque e alterou o já frágil equilíbrio de forças no Oriente Médio, têm chamado a atenção do mundo todo por sua relevância histórica e geopolítica. O Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem) realizará uma transmissão, ao vivo, com os professores de história José Carlos Mardock e Thais Almeida comentando o conflito entre EUA e Irã nesta quarta-feira (8), a partir do meio-dia, por meio do Instagram e do Youtube.

O objetivo da transmissão é fazer com que os estudantes entendam o contexto de acontecimentos que levaram ao problema, quem são os principais atores políticos envolvidos e como o assunto pode aparecer nas provas. “Quem é quem? Quais são as peças importantes? Quais são os sucessores do poder no Estado iraniano? Esses são detalhes importantes que discutiremos para que os alunos possam saber como tudo pode ser cobrado no Enem 2020”, disse o professor Mardock.

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A morte do general iraniano Qasem Soleimani desencadeou tensão mundial. O militar foi vítima de ataque dos Estados Unidos com mísseis contra o Aeroporto de Bagdá. 

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A Otan anunciou nesta terça-feira a retirada temporária de uma parte de seu pessoal no Iraque, após a suspensão de sua missão de formação das forças iraquianas, em razão das tensões entre Washington e Teerã.

"Estamos adotando as precauções necessárias para proteger nosso pessoal. Isso inclui o reposicionamento temporário de uma parte do pessoal em diferentes locais no interior e no exterior do Iraque", informou uma autoridade da Aliança Atlântica citada em comunicado.

A Otan, porém, "manterá uma presença no Iraque", acrescentou.

A França, por sua vez, anunciou nessa terça que "não tem a intenção" de retirar seus militares atualmente mobilizados no Iraque para missões de formação.

O país, que faz parte da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos, conta com 200 militares no Iraque, segundo o Estado Maior.

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