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Nesta quarta-feira (13), às 20h, o LeiaJá e o Vai Cair No Enem trazem mais uma live com dicas para os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio. Por meio do Instagram e do YouTube, o público poderá acompanhar aulas de história e redação.

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República Velha é o tema escolhido pela professora de história Thais Almeida. Tereza Albuquerque, por sua vez, selecionou dicas relevantes para quem busca um grande desempenho na redação do Enem. A apresentação da live fica por conta de Thayná Aguiar.

Confira, a seguir, o cronograma de transmissões do Vai Cair No Enem, além dos detalhes do LeiaJá na cobertura da prova.

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As provas impressas serão realizadas no domingo (17) e no dia 24 deste mês. No primeiro dia, haverá questões de Ciências Humanas, Linguagens e redação, enquanto no segundo, os candidatos enfrentarão quesitos de Ciências da Natureza e matemática.

O fechamento das escolas para contingência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) impactou diretamente os estudantes que se preparam para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Longe das escolas e dependendo de meios digitais para estudar, ter atividades, aulas e apoio pedagógico dos professores.

Após um grande movimento virtual, jurídico e político pedindo mudança da data, o Enem enfim foi adiado na tarde desta quarta-feira (20). O LeiaJá ouviu professores para entender o que pensam os educadores da posição adotada pelo Ministério da Educação (MEC). Confira:

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Para o professor de química Josinaldo Lins, o adiamento foi a decisão mais acertada a se tomar nesse momento, diante das circunstâncias causadas pelo coronavírus. “O Enem não é a mais justa das provas, disso poucos talvez discordem. Mas com prazo curto de inscrições num quadro de crise econômica, para quem não conseguiu isenção, e o ponto fundamental: o aluno de escola privada retomou as aulas, ainda que EaD, o da rede pública, por decisões governamentais, não. Manter o calendário atual só tornaria a disparidade existente ainda mais flagrante, a exclusão seria a tônica absoluta dessa prova”, afirmou o professor.

Questionado se o período de adiamento anunciado pelo MEC (de 30 a 60 dias) é suficiente para os alunos, Josinaldo preferiu o termo “adequado”. “Todo um planejamento está sendo refeito nas escolas, nos cursinhos e nas universidades, um adiamento maior que o prazo máximo estabelecido gerará todo um efeito cascata de atrasos não só em 2020, mas por toda uma série de anos. Basta lembrar do que ocorre quando as instituições federais de ensino superior passavam por greves e os semestres eram reorganizados ao final da paralisação, chegando ao fato de ter três semestres letivos em um só ano”, argumentou o professor.

Para o professor de linguagens e redação Diogo Xavier, o adiamento do Enem é importante, mas não vai, necessariamente, configurar um benefício aos estudantes. “É uma tentativa de compensar para aqueles alunos que não têm condições de se preparar adequadamente para a prova, seja por falta de estrutura física, de dispositivos e internet de qualidade, seja pela dificuldade de manter a concentração devido à rotina da casa. Isso sem contar aqueles que, independentemente do poder aquisitivo, têm o psicológico afetado por esse bombardeio de notícias sobre a pandemia e pelo próprio isolamento”, disse ele.

João Pedro Holanda, professor de filosofia e sociologia, também avalia que o adiamento do Enem, embora necessário, não resolve de fato o problema enfrentado pelos estudantes que precisam fazer a prova em 2020 sendo, para ele, uma medida paliativa.

“Alunos de bons cursinhos e escolas particulares com acesso à internet conseguem, mesmo aos trancos e barrancos, manter a sua rotina de estudos razoavelmente confortável. Mesmo assim, sofrem de ansiedade, desesperança e tristeza. A realidade do aluno da escola pública é infinitamente mais desesperadora. Quanto mais tempo a gente passar nessa situação, mais o abismo social e educacional se aprofunda”, afirma o professor.

Benedito Serafim, mais conhecido como Bené, é professor de geografia e atualidades e tem uma posição um pouco diferente. Para ele, o adiamento das provas, mesmo que por um período de 30 a 60 dias, já faz diferença para os estudantes que vinham aflitos com o cronograma anunciado e até então mantido pelo MEC.

“Isso é uma boa proposta e os alunos ganhariam esse tempo a mais para estudar. É de grande importância esse adiamento para esses alunos de periferia, de interior, que não têm acesso à internet, mais afastados das grandes metrópoles, tenham um certo equilíbrio. Dois meses a mais é uma certeza de que vão ter um pouco mais de estudos, e isso ainda não iguala eles aos alunos de grandes metrópoles, de escolas particulares, mas pelo menos ajuda a equilibrar um pouco mais essa balança da desigualdade não só econômica como social em nosso país”, disse o professor.

O professor também contrariou uma fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmando que uma das características do Enem, desde que deixou de ser uma prova apenas avaliativa do ensino médio e passou a também selecionar estudantes para universidades públicas, tem a função de auxiliar na redução de desigualdades sociais do país por meio da inserção de pessoas de mais baixa renda nas universidades.

“É de grande importância esse adiamento para esses alunos de periferia, de interior, que não têm acesso à internet, mais afastados das grandes metrópoles, tenham um certo equilíbrio. Dois meses a mais é uma certeza de que vão ter um pouco mais de estudos, e isso ainda não iguala eles aos alunos de grandes metrópoles, de escolas particulares, mas pelo menos ajuda a equilibrar um pouco mais essa balança da desigualdade não só econômica como social em nosso país”, argumentou Bené.

Cristiane Pantoja, professora de história, julgou a decisão pelo adiamento pertinente. Na opinião dela, os estudantes que conseguirem se adaptar e aproveitar o tempo a mais para estudar, podem se beneficiar. “Em relação ao adiamento eu acho que é pertinente. Faz parte da gestão política do Ministério da Educação (MEC) junto com o Inep e órgãos responsáveis adiar mediante ao atual cenário, em que momentos de transição de aula presencial para aula on-line leva tempo de adaptação. O benefício está se o aluno souber aproveitar o tempo que é dado para o estudo apesar desses momentos de adaptação, se o aluno realmente se empenhar em se adaptar a essas novas condições. Tem muitos alunos que vêm me falar da ansiedade que está aumentada por causa desse calendário”, declarou ela.

Para Thais Almeida, que ensina história, filosofia e sociologia, a mudança no calendário do Enem beneficiará os alunos que têm passado por dificuldades para estudar durante o período de quarentena. “Sabemos que não são todos os alunos que têm acesso a aula on-line e mesmo assim, entre os que têm, nem sempre as aulas ou os professores e as instituições de ensino têm todo o equipamento que possa melhorar o processo de aprendizagem a partir desses métodos digitais. Diante disso a isonomia que é prevista para o exame é quebrada”, afirma Thais.

Para a professora de linguagens e redação Lourdes Ribeiro, apesar de o período de adiamento não ser o suficiente, o fato de ter sido tomada a decisão de mudar a data do exame já configura uma vitória para os estudantes que farão as provas do Enem 2020.

“É uma vitória para os estudantes porque a gente sabe que dentro desse contexto que a gente está vivendo a questão dos privilégios sociais ficou muito mais clara e a maior parte das pessoas que realmente precisam prestar essa prova do Enem e realmente precisam da universidade pública não estão tendo acesso a videoaulas, muitas vezes não têm nem energia em casa. Tem a questão da merenda, falta de comida, ‘n’ fatores que fazem com que essas pessoas não tenham condições de prestar a prova na data que ela tinha sido determinada. É uma vitória, mas ainda assim algo para ser pensado para adiar ainda mais devido ao fato de a gente não ter previsão de quando isso vai acabar. Eu acredito que o mais prudente seria esperar esse cenário passar para poder se pensar em uma nova data, mas a princípio é uma vitória, sim, para esses estudantes que não são privilegiados”, declarou ela.

Já o professor de história Everaldo Chaves vê benefícios para os estudantes na mudança da data pois, para ele, além de questões relacionadas às possibilidades de conexão e acesso à internet, há também muitos alunos que mesmo conectados ainda não se adaptaram ao formato de ensino com aulas não presenciais. “Acho que [o adiamento] é algo benéfico até porque ainda tem aluno que não está conseguindo se adaptar à rotina de aula on-line. A gente precisa lembrar que a nossa cultura, principalmente na educação, é muito conservadora. Então o grande alunado é habituado a assistir aula presencial, sem contar que milhares de alunos não têm acesso à internet, não têm acesso a recursos de aparelho eletrônico, então muitos alunos estão sem aula. Esse adiamento com certeza dará oportunidade a esses alunos que ainda não se adaptaram às aulas on-line e dará tempo para que esses alunos que estão sem aula possam buscar formas e estratégias de tentar superar essa dificuldade”, disse o professor.

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Os últimos fatos acerca do conflito entre os Estados Unidos e o Irã, que também envolveu o Iraque e alterou o já frágil equilíbrio de forças no Oriente Médio, têm chamado a atenção do mundo todo por sua relevância histórica e geopolítica. O Vai Cair No Enem (@vaicairnoenem) realizará uma transmissão, ao vivo, com os professores de história José Carlos Mardock e Thais Almeida comentando o conflito entre EUA e Irã nesta quarta-feira (8), a partir do meio-dia, por meio do Instagram e do Youtube.

O objetivo da transmissão é fazer com que os estudantes entendam o contexto de acontecimentos que levaram ao problema, quem são os principais atores políticos envolvidos e como o assunto pode aparecer nas provas. “Quem é quem? Quais são as peças importantes? Quais são os sucessores do poder no Estado iraniano? Esses são detalhes importantes que discutiremos para que os alunos possam saber como tudo pode ser cobrado no Enem 2020”, disse o professor Mardock.

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Os últimos dias que antecedem a prova do Enem, que em 2019 será realizado em 3 e 10 de novembro, costumam ser difíceis para muitos estudantes, que se sentem ansiosos e nervosos, devido a todo o esforço feito ao longo do ano em busca da aprovação. No entanto, se os sentimentos de ansiedade e tensão forem muito grandes, podem terminar prejudicando o desempenho do aluno, que poderá ter dificuldades para se lembrar do conteúdo aprendido durante o ano.

Luís Henrique é estudante do 3º ano do Ensino Médio e ainda tem dúvidas sobre o curso a seguir, mas já sabe que deseja algo ligado à área de química. O jovem conta que a ansiedade para a prova tem trazido dificuldades até mesmo para manter a sua rotina. 

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“Está muito difícil até para dormir, com o nervosismo e a ansiedade, estou tentando relaxar para me sair bem na prova. Se eu não passar ainda tem o ano que vem, acho que vai dar tudo certo”, contou o estudante. Perguntado sobre como tem se preparado para a prova nos últimos dias, Luís explica que a esta altura prefere se ater à resolução de exercícios. “A hora de estudar mesmo já passou, agora é só resolver questão, tentar pegar prática para a hora da prova”, disse ele. 

Já Klesla Gomes, que está terminando o 3º ano na Escola Técnica Estadual Miguel Batista e deseja cursar Publicidade e Propaganda, prefere revisar alguns conteúdos de modo mais leve enquanto tenta relaxar. “O negócio agora é revisar e descansar, relaxar muito para não ficar mais tensa. Nada de sair ‘comendo’ conteúdo, só revisando o que a gente já viu mesmo”, disse a estudante. 

Lara Dias Pimentel deseja cursar nutrição, também está no final do Ensino Médio e tem uma postura semelhante à de Klesla. Segundo ela, parar de se cobrar é um caminho a se seguir quando a prova está muito próxima. “Deixei de ficar me cobrando o tempo todo, estou tentando relaxar para fazer a prova tranquila e vou dar o meu melhor. Só vou aos aulões que eu tenho oportunidade sem me cobrar como no restante do ano, se não conseguir entrar esse ano, eu vou continuar estudando”, disse a aluna. 

Os professores dão a dica

Diante de tantos sentimentos difíceis de lidar, é importante que os alunos busquem orientação com profissionais, como os professores, para lhes ajudar a passar por esse momento da melhor maneira possível. Thais Almeida ensina História e afirma que o nervosismo é comum e até inevitável, mas que os feras precisam buscar o equilíbrio e a maturidade emocional para não piorar a situação.

“O importante é entender que é normal o nervosismo, não deixar tomar conta e ir para a prova o mais tranquilo na medida do possível. Maturidade emocional é essencial para gerir esses sentimentos até o dia da prova para não acabar ficando mais nervoso por estar nervoso”, explicou a professora. 

O professor Ricardinho Rocha diz aos feras que, na reta final para a prova, “tranquilidade é a palavra”. Para ele, nesse momento o ideal é que os alunos se atenham aos conteúdos que já estudaram para ajudar a memória e, claro, relaxar. “Só foque em questões que você já estudou, só faça lembrar delas um pouco mais. Dá uma relaxada, tenta ir a aulões que sejam mais dinâmicos para que na prova você esteja tranquilo”, disse. 

Já o professor de História José Carlos Mardock lembrou que o estudante deve relaxar pois, com poucos dias para a prova, o que o aluno poderia aprender já foi assimilado. “Você já fez o que tinha que ser feito. Durma bem, alimente-se bem, faça exercícios regularmente com calma, não force nada, e resolva os exercícios. Tire suas dúvidas com seu professor e parta para o abraço”, disse o professor. 

*Com informações de Marcele Lima

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Ministrado inteiramente por professoras, o último aulão da série de aulões do Vai Cair no Enem, realizado neste sábado (26), na UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, no Recife, aborda disciplinas que compõem a área do conhecimento das Ciências Humanas. Para revisar conteúdos de história, a professora Thaís Almeida destrinchou temas que têm grandes chances de aparecerem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano. Além disso, ela também opinou sobre assuntos considerados polêmicos e que são uma incógnita nessa reta final.

A princípio, Thaís Almeida tranquilizou os alunos que vão fazer o Enem e disse que o mais importante, no momento da prova, é atentar-se à narrativa histórica que as questões vão trazer e assim conseguir identificar os elementos que a proposição vai pedir. O primeiro assunto trazido pela docente foi o Brasil republicano, que inclusive, é recorrente no Exame. “O período do Brasil republicano é muito longo. Ele vai de 1889, quando a gente tem a derrubada do regime monárquico e a proclamada república por Deodoro da Fonseca”, explicou a docente.

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 Com a instauração da República no Brasil, vários outros acontecimentos históricos vieram depois, como as revoltas. Os principais exemplos contextualizados pela educadora foram A guerra de Canudos, A Revolta das Chibatas, A Revolta das Vacinas, Coluna Prestes e a Greve de 1917. Uma dica dada por Thaís Almeida para os estudantes sobre esses conflitos é que não é preciso decorar cada detalhes dos movimentos sociais do período republicano. “O Enem vai querer que você entenda como esses movimentos que estão vinculados as novas instituições republicanas e os limites que eles apresentavam”.

Era Vargas, um dos assuntos que mais caem no Enem também foi trazido pela professora, que apresentou exercícios sobre o período e respondeu uma pergunta de um internauta sobre se o ex-presidente Getúlio Vargas foi um ditador. Segundo a docente, o Governo Vargas foi ditatorial durante o Estado Novo. “O governo de Getúlio Vargas, durante o Estado Novo, se caracteriza como um governo ditatorial. Durante os período do governo provisório e do governo constitucional, entretanto, podemos falar de um governo com características autoritárias, mas não de uma Ditadura. Nem todo governo autoritário é um governo ditador”, respondeu a docente.

E ainda sobre ditadores e autoritarismo, um assunto que já foi muito cobrado na prova, mas que agora divide opiniões sobre a presença no Enem deste ano, é a ditadura militar no Brasil (1964-1985). O apresentador do aulão e editor do LeiaJá, Nathan Santos, questionou a Thaís Alemeida, se será possível aparecer assuntos ligados ao regime militar na prova de história. “Eu acho que provavelmente o conteúdo será evitado, mas ainda há possibilidade de cair. Acredito que caso caia, vai vir dentro da perspectiva da construção da narrativa". Sobre a presença ou a falta de ideologias no exame, Thaís Almeida disse que o Enem não está livre de ideologias, principalmente no campo das Ciências Humanas. Confira a explicação completa da professora:

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