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O bilionário japonês Yusaku Maezawa e seu assistente Yozo Hirano serão os próximos turistas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou nesta quinta-feira (13)  a agência espacial russa Roscosmos, que prevê a viagem para 8 de dezembro.

"A duração da viagem espacial será de 12 dias", informa a agência em seu site oficial. O treinamento da tripulação começará em junho.

Além disso, o excêntrico bilionário japonês, que fez fortuna com a moda na internet, prevê que oito pessoas o acompanhem em uma viagem de turismo espacial ao redor da Lua, programada para 2023 com a SpaceX, a empresa aeroespacial de Elon Musk.

"Tenho muita curiosidade para ver como é a vida no espaço, então planejei descobrir por mim mesmo e compartilhar com o mundo em meu canal do YouTube", comentou Yusaku Maezawa em um comunicado da Space Adventures.

A retomada das viagens turísticas para a ISS organizadas pela Roscosmos acontece depois que, em 2020, a agência espacial russa perdeu o monopólio dos voos tripulados com o sucesso da SpaceX, o que a privou de uma parte importante de receita gerada pela compra de assentos por parte das agências espaciais americana e europeia.

Por meio de suas redes sociais, o prefeito João Campos anunciou que o Recife irá adiar o pagamento de ISS e IPTU para hotéis, bares, restaurantes e casas de eventos, em razão da crise enfrentada pelo setores durante a pandemia da covid-19. O informe foi dado nesta segunda (9), depois que Campos se reuniu com os representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (Abih).

“Vamos publicar no Diário Oficial de amanhã uma portaria que adia o pagamento das próximas duas parcelas de IPTU e ISS desses segmentos. A gente sabe que a crise é grande e demanda energia e esforços de todos, então aqueles setores que estão fortemente atingidos pela pandemia e pela volta do crescimento de casos na nossa cidade, a gente está com o compromisso de ajudar. Tudo que pudermos fazer, nós vamos fazer para ajudar o Recife”, declarou Campos.

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Quatro astronautas transportados pela cápsula Dragon da empresa SpaceX entraram nesta terça-feira (17) na Estação Espacial Internacional (ISS), completando com sucesso a primeira viagem do novo meio de transporte espacial da Nasa, após nove anos de dependência da Rússia.

A primeira fase do acoplamento com a ISS, denominada "captura suave", terminou às 4H01 GMT (1H01 de Brasília). A segunda fase, ou "captura dura", aconteceu alguns minutos depois.

Os astronautas americanos Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, assim como o japonês Soichi Noguchi, flutuaram em gravidade zero pela escotilha até o interior da ISS, onde foram recebidos com gritos e abraços pelos três membros da tripulação da estação.

"Muito obrigado por permitirem que diga olá a todos vocês", afirmou aos astronautas a diretora do programa de voos espaciais tripulados da Nasa, Kathy Lauders, em uma mensagem de vídeo. "Eu quero dizer o quanto estamos orgulhosos de vocês", completou.

A cápsula, denominada "Resilience", foi lançada por um foguete Falcon 9 da empresa privada SpaceX, o novo meio de transporte espacial da Nasa após quase uma década de dependência da Rússia.

"É um grande dia para os Estados Unidos e para o Japão", afirmou o diretor da Nasa, Jim Bridenstine.

O foguete Falcon 9 da SpaceX decolou no horário previsto do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. "Foi um lançamento incrível", afirmou o capitão Hopkins.

Menos de três minutos depois da decolagem, a uma altitude de 90 km e enquanto o foguete viajava a 7.000 km/h, a primeira fase da nave se desprendeu sem incidentes para retornar à Terra, pois será reutilizada em uma missão prevista para 2021 que levará quatro astronautas à ISS.

Doze minutos depois da decolagem, a uma altitude de 200 km e com uma velocidade de 27.000 km/h, a cápsula Dragon se desprendeu da segunda fase.

A SpaceX confirmou que a cápsula estava na órbita correta para chegar à ISS pouco mais de 27 horas depois da decolagem.

A tripulação se uniu a dois russos e um americano na ISS, onde permanecerá por seis meses.

Este "voo operacional" dá continuidade à bem-sucedida missão de demonstração realizada de maio a agosto, na qual dois astronautas americanos foram transportados pela SpaceX à ISS e depois retornaram à Terra de forma segura.

A SpaceX tem outros dois voos tripulados programados em 2021 para a Nasa e quatro missões de reabastecimento da ISS nos próximos 15 meses.

Também está prevista uma viagem 100% privada, por meio da sócia Axiom Space, para o fim de 2021. A Nasa insinuou que o ator americano Tom Cruise poderia visitar a ISS, o que não foi confirmado.

"A Nasa era um completo desastre quando assumimos. Agora é de novo o centro espacial mais "quente" e avançado do mundo, de longe!", escreveu no Twitter o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma tentativa de apropriar-se do sucesso de um plano lançado nos mandatos de seus dois antecessores.

Joe Biden, que substituirá Trump em janeiro, também elogiou a Nasa e a SpaceX, mas com outra abordagem. "É uma prova do poder da ciência e do que podemos conquistar combinando inovação, engenho e determinação", tuitou o presidente eleito.

A missão sofreu um problema com o sistema de controle de temperatura da cabine, mas a questão foi resolvida rapidamente. "Foi apenas um pequeno problema inicial", confirmou Kathy Lueders.

- Rumo à Lua -

A cápsula Dragon de SpaceX é o segundo dispositivo capaz de chegar atualmente à ISS, ao lado do Soyouz russo, que desde 2011 transportou todos os visitantes da estação, depois que o governo dos Estados Unidos interrompeu os voos tripulados há nove anos. Outro dispositivo, fabricado pela Boeing, pode estar em operação dentro de um ano.

A Nasa espera, no entanto, continuar contribuindo com a Rússia. Com este objetivo, a agência propôs facilitar vagas para os cosmonautas em futuras missões e pretende que os americanos continuem usando regularmente os Soyouz.

Mas a realidade é que os laços entre Washington e Moscou no âmbito espacial, um dos raros setores em que a parceria continua produtiva, estão perdendo força.

Rompendo com mais de 20 anos de cooperação para a ISS, a Rússia não participará na próxima mini-estação ao redor da Lua, idealizada pela Nasa e batizada de Gateway.

Para o Artemis, programa americano de retorno à Lua em 2024, a Nasa estabeleceu alianças com outras agências espaciais, incluindo Japão e Europa, mas o futuro não está claro pois ainda não recebeu do Congresso dos Estados Unidos a verba de dezenas de bilhões de dólares para financiar o projeto.

E Joe Biden não confirmou a meta de 2024.

A Estação Espacial Internacional (ISS) teve que fazer uma manobra nesta terça-feira (22) para evitar uma colisão com restos de um antigo foguete japonês, a terceira manobra deste tipo em 2020, informou a Nasa, que pediu mais recursos para monitorar o número crescente de objetos na órbita da Terra.

Os escombros teriam passado a 1,39 km da estação, segundo a Nasa, e a órbita da mesma foi elevada como medida de precaução. Uma cápsula de carga russa (Progress) atracada à ISS impulsionou a estação para cima acionando seus propulsores, durante dois minutos e meio, em operação monitorada pelas salas de controle russa e americana.

Segundo o astrônomo Jonathan McDowell, o objeto no caminho da ISS eram restos de um foguete japonês lançado em 2018 e que se desintegrou em 77 partes em fevereiro de 2019. Os tripulantes da estação, dois russos e um americano, tiveram que permanecer temporariamente na parte russa da ISS, para poderem realizar uma evacuação urgente na cápsula Soyuz se fosse necessário.

A ISS se desloca a 27.500 km/h, velocidade em que mesmo um pequeno objeto pode danificar gravemente ou até mesmo destruir um painel solar ou outro componente da estação.

A manobra realizada hoje é periódica e deveria se tornar mais frequente, devido à contaminação crescente do entorno da Terra por restos de foguetes e satélites lançados por seis décadas e por milhares de fragmentos gerados por colisões acidentais ou deliberadas, como o envio, por exemplo, de mísseis antissatélite pela Índia, em 2019, e China, em 2007.

A estação teve que evitar restos deste tipo 25 vezes entre 1999 e 2018, segundo a Nasa. "A ISS manobrou três vezes em 2020 para evitar escombros. Nas últimas duas semanas, houve três conjunções potenciais de alto risco. Os escombros estão piorando!", tuitou o chefe da Nasa, Jim Bridenstine.

O administrador pediu 15 milhões de dólares ao Congresso para que o Escritório de Comércio Espacial, um serviço civil, cuide da vigilância dos objetos espaciais e coordene as advertências às operadoras de satélites privados em caso de risco de colisão. Até o momento, uma unidade militar é responsável pela vigilância espacial.

Dois cosmonautas russos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) enfrentaram nesta terça-feira (9) um campeão de xadrez que estava na Terra, em uma partida exibida ao vivo que terminou em empate.

Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner, com tablet eletrônico que serviu como tabuleiros, enfrentaram o grande mestre internacional Serguei Karyakin, que estava em Moscou, no Museu do Espaço.

A partida, exibida e comentada no canal do Youtube da agência espacial russa Roskosmos, terminou empatada após 15 minutos de jogo. "Foi uma grande honra não perder", disse Anatoly Ivanishin ao lado de Ivan Vagner.

O campeão Serguei Karyakin mencionou uma "partida muito incisiva e de bom nível", apesar do tempo curto. "Aparentemente têm uma perspectiva singular do espaço", brincou.

O evento comemorou os 50 anos da primeira partida de xadrez entre soviéticos no espaço e jogadores na Terra, organizada em 9 de junho de 1970. Os russos Ivanishin e Vagner, ao lado do americano Chris Cassidy, chegaram à ISS em 9 de abril a bordo de uma nave Soyuz.

O ator americano Tom Cruise rodará seu próximo filme em um set diferente: o espaço, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a Nasa.

A agência espacial está "entusiasmada" com a ideia de trabalhar com o protagonista de "Missão Impossível" e "Top Gun" para este filme, que ainda não teve o roteiro divulgado, anunciou no Twitter o diretor da Nasa, Jim Bridenstine.

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O filme poderia "inspirar uma nova geração de engenheiros e cientistas" a trabalhar nas viagens espaciais, destacou Bridenstine.

Cruise ganhou fama por filmar as próprias cenas de ação e obteve a licença de piloto comercial após seu papel em "Top Gun" como Pete "Maverick" Mitchell, personagem que tinha um estilo arriscado de voar. De acordo com algumas informações, ele teria pilotado algumas aeronaves na tão esperada sequência do filme de 1986, previsto para estrear no fim do ano.

Mas se o mais recente projeto ousado prosseguir, Cruise será o primeiro astro de Hollywood a aparecer na tela de fora da atmosfera terrestre.

O site Deadline Hollywood já havia noticiado boatos sobre o filme no fim de semana, alegando que a empresa SpaceX, do bilionário Elon Musk, estava envolvida no projeto.

A SpaceX enviará astronautas ao espaço a partir do território dos Estados Unidos pela primeira vez em quase uma década ainda no mês de maio, a bordo da cápsula Crew Dragon, que seguirá até a ISS.

A SpaceX ainda não confirmou sua participação no projeto, mas Musk respondeu ao tuíte de Bridenstine com o comentário de que as "filmagens devem ser muito divertidas".

O Deadline Hollywood afirmou que alguns detalhes do projeto de Cruise são conhecidos e que o longa-metragem não faria parte da franquia "Missão Impossível". O sétimo filme da série deve ser lançado no próximo ano, depois que a pandemia de coronavírus adiou sua produção.

A nave espacial russa Progress, com mais de 2,5 toneladas de carga a bordo, atracou neste sábado (25) na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência especial russa Roskosmos.

Lançada às 01h51 GMT por um foguete Soyuz, do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a Progress alcançou a ISS em um tempo recorde de 3 horas e 20 minutos, tornando-se a "nave que realizou o voo mais rápido para a ISS", de acordo com a Roskosmos.

A nave de carga, que realizou um acoplamento automático, transportou combustível, água e material para realizar experimentos científicos, alimentos, roupas e medicamentos para a ISS.

Seu lançamento foi dedicado ao 75º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, que a Rússia celebrará em 9 de maio, explicou a Roskosmos.

Por esse motivo, o lançador usado foi decorado com a imagem da fita de São Jorge, um símbolo patriótico em laranja e preto que representa a luta do povo soviético contra os nazistas, segundo as mesmas fontes.

A atual tripulação da ISS consiste no astronauta americano Chris Cassidy e nos cosmonautas russos Ivan Vagner e Anatoli Ivanishin.

A cooperação internacional na ISS não foi afetada pelas crises diplomáticas entre a Rússia e os países ocidentais nos últimos anos.

Dois cosmonautas russos e um astronauta norte-americano decolaram nesta quinta-feira (9) para a Estação Espacial Internacional (ISS), deixando para trás um planeta que luta contra a pandemia de coronavírus.

O americano Chris Cassidy, da Nasa, e os russos Anatoli Ivanichin e Ivan Vagner, da Roskosmos, decolaram às 08H05 GMT (05h05 no horário de Brasília) do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão. O voo deve durar seis horas.

"O Soyuz MS-16 foi colocado em órbita com sucesso", anunciou no Twitter a agência espacial russa Roskosmos.

Pouco antes da decolagem, a tripulação disse que "se sentia bem", de acordo com a televisão da Nasa, a agência espacial norte-americana, que transmitiu o lançamento ao vivo.

A missão de seis meses a bordo da ISS continua apesar da COVID-19, mas vários rituais foram cancelados para limitar o risco de propagação da doença.

Parentes e jornalistas não estiveram presente na quarta-feira (8) na tradicional conferência de imprensa antes da partida, realizada por videoconferência.

"Em vez de conversar com as câmeras, neste momento estaríamos conversando com as pessoas", comentou Cassidy, referindo-se às conversas que ocorrem nessas conferências de imprensa, sob outras circunstâncias.

O astronauta de 50 anos, que partiu pela terceira vez ao espaço, reconheceu que a tripulação foi "afetada" por essa falta de contato humano.

"Mas entendemos que o mundo inteiro também é afetado pela mesma crise", acrescentou.

Como em cada missão, os três homens e seus respectivos trajes espaciais foram colocados em quarentena, que desta vez começou mais cedo para impedir que contraíssem o vírus antes da decolagem.

Em 12 de março, a tripulação ficou confinada no centro de treinamento da Cidade das Estrelas, perto de Moscou, e não realizou a visita habitual ao túmulo do primeiro homem no espaço, o lendário russo Yuri Gagarin.

Naquele momento, Moscou, o principal foco da pandemia na Rússia, começava a contabilizar os primeiros casos de coronavírus.

O lançamento desta quinta-feira foi o primeiro a bordo de um foguete Soyuz-2.1a, já que a agência espacial russa abandonou no ano passado os Soyuz-FGs, mais antigos.

Esse novo modelo, usado para lançamentos não tripulados desde 2004, possui um sistema digital de controles e não analógico, como os foguetes anteriores.

Os três homens encontrarão na ISS o cosmonauta russo Oleg Skripotchka e os astronautas norte-americanos Andrew Morgan e Jessica Meir, que retornarão à Terra em 17 de abril.

- Conselhos de confinamento -

A ISS acomoda seis pessoas por vez e tem um volume habitável de 388 metros cúbicos, mais do que uma casa de seis quartos, de acordo com a Nasa.

Essas condições podem parecer invejáveis para mais de um terço dos terráqueos, que atualmente passam por rigorosas medidas de confinamento para controlar a propagação da COVID-19.

Isso não impede que os residentes da Estação Espacial Internacional sintam solidão ou desejem estar em casa.

Nas últimas semanas, vários deles, alguns ainda a bordo da ISS, compartilharam seus conselhos para um bom confinamento.

Em um artigo para o New York Times, Scott Kelly, da Nasa, declarou que o que mais sentia falta durante sua missão de quase um ano no espaço era a natureza: "o verde, o cheiro de terra fresca e a sensação quente do sol no meu rosto".

Ele recomendou que aqueles que podem tomem ar e estimou que não há nada errado em passar mais tempo na frente das telas durante o confinamento.

Durante seu tempo a bordo da ISS, entre 2015 e 2016, por exemplo, o astronauta admitiu ter assistido duas vezes a popular série Game of Thrones e filmes à noite com seus colegas.

O cosmonauta Serguei Riazanski, que completou duas missões espaciais, tornou-se o rosto de um desafio esportivo de 10 semanas apoiado pela Roskosmos.

Os participantes devem transmitir vídeos de si mesmos se exercitando em casa, como um astronauta em uma missão.

Sem famílias, ou jornalistas, os três tripulantes que se preparam para ir à Estação Espacial Internacional (ISS) participaram nesta quarta-feira (8) de uma coletiva de imprensa incomum, devido à epidemia de coronavírus.

O americano Chris Cassidy e os russos Anatoli Ivanichin e Ivan Vagner decolam na quinta-feira (9), às 5h05, do Cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão, para uma missão de seis meses a bordo da ISS.

Para limitar o risco de disseminação da COVID-19, suas famílias e jornalistas não foram convidados para participar, em Baikonur, de sua última coletiva de imprensa, realizada por videoconferência.

"Em vez de falar com as câmeras, estaríamos conversando com as pessoas", comentou Cassidy.

O astronauta de 50 anos, que viaja pela terceira vez ao espaço, reconheceu que a tripulação está "afetada" pela ausência de suas famílias.

"Mas entendemos que o mundo inteiro também é afetado pela mesma crise", acrescentou.

As medidas de quarentena não são novidade para as tripulações espaciais, porém, que se submetem a elas antes de cada decolagem em direção à Estação Espacial Internacional.

Em suas últimas coletivas de imprensa, eles também são separados do público por uma janela para evitar contrair doenças. Desta vez, seu isolamento foi "ainda maior", disse o cosmonauta Anatoli Ivanichin.

O lançamento de quinta-feira será o primeiro a bordo de um foguete Soyuz-2.1a, já que a agência russa Roskosmos parou de usar os Soyuz-FGs no ano passado.

Este novo modelo, usado para lançamentos não tripulados desde 2004, possui sistemas de comando digital em vez dos analógicos do modelo anterior.

Segundo Ivanichin, o novo sistema exigirá menos intervenção manual em caso de emergência. "O sistema melhorou, mas é muito cedo para saber se será mais fácil de controlar", comentou.

A SpaceX conseguiu simular com sucesso neste domingo (19) a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento, segundo transmissão ao vivo do teste, o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento de testes, sem tripulação, foi iniciado às 10h30 locais (12h30 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon.

Um minuto e 24 segundos depois da decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Atlântico e enquanto o foguete viajava a 1.500 km/h, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível.

Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

Pouco após o brusco desacoplamento, o foguete se desintegrou em uma bola de fogo, o que a SpaceX havia advertido que poderia acontecer.

A Crew Dragon continuou sozinha seu curso a 40 km de altitude, antes de cair naturalmente no Oceano Atlântico.

Em seguida, os quatro grandes para-quedas da cápsula se abriram para frear a queda e amerizar no Atlântico, onde equipes de resgate tinham sido previamente posicionadas. Nove minutos depois da decolagem, a Crew Dragon pousou no oceano, aparentemente sem danos.

A análise da cápsula e os dados de voo confirmarão se tudo saiu bem e se o veículo é considerado confiável para transportar astronautas.

No entanto, o diretor da SpaceX, Elon Musk, antecipou em coletiva de imprensa que os dados iniciais indicaram que o teste havia sido perfeito. Acrescentou que o próximo voo da cápsula Crew Dragon será seu primeiro com astronautas a bordo e que poderia ser realizado no segundo trimestre deste ano.

"Isto representa o retorno dos astronautas americanos ao espaço a bordo de foguetes americanos a partir do território americano", disse na mesma coletiva de imprensa o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

O desenvolvimento aparentemente normal deste perigoso teste é uma excelente notícia para a SpaceX e a Nasa, que precisa certificar urgentemente um veículo para levar seus astronautas à ISS este ano.

Desde 2011, os Estados Unidos se viram obrigados a enviar seus astronautas em foguetes russos Soyuz, os únicos que têm a capacidade de transportar tripulantes, desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos.

A SpaceX conseguiu simular com sucesso neste domingo (19) a expulsão de emergência de astronautas de um foguete momentos após o lançamento, segundo transmissão ao vivo do teste, o último antes do envio previsto para alguns meses de uma equipe da Nasa à Estação Espacial Internacional (ISS).

O lançamento de testes, sem tripulação, foi iniciado às 10H30 locais (12H30 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a decolagem de um foguete Falcon 9, no qual foi acoplado na parte superior a nova cápsula da SpaceX, Crew Dragon.

Um minuto e 24 segundos depois da decolagem, a uma altitude de aproximadamente 19 quilômetros sobre o Atlântico e enquanto o foguete viajava a 1.500 km/h, ativou-se uma sequência de abandono para simular uma anomalia. A cápsula ligou seus potentes propulsores SuperDraco para expulsar os astronautas do foguete e afastar-se dele o mais rapidamente possível.

Em uma missão tripulada, a manobra salvaria os astronautas dentro do Dragon, caso o foguete viesse a ter algum problema ou seguisse uma trajetória errada.

Pouco após o brusco desacoplamento, o foguete se desintegrou em uma bola de fogo, o que a SpaceX havia advertido que poderia acontecer.

A Crew Dragon continuou sozinha seu curso a 40 km de altitude, antes de cair naturalmente no Oceano Atlântico.

Em seguida, os quatro grandes para-quedas da cápsula se abriram para frear a queda e amerizar no Atlântico, onde equipes de resgate tinham sido previamente posicionadas. Nove minutos depois da decolagem, a Crew Dragon pousou no oceano, aparentemente sem danos.

A análise da cápsula e os dados de voo confirmarão se tudo saiu bem e se o veículo é considerado confiável para transportar astronautas.

No entanto, o diretor da SpaceX, Elon Musk, antecipou em coletiva de imprensa que os dados iniciais indicaram que o teste havia sido perfeito. Acrescentou que o próximo voo da cápsula Crew Dragon será seu primeiro com astronautas a bordo e que poderia ser realizado no segundo trimestre deste ano.

"Isto representa o retorno dos astronautas americanos ao espaço a bordo de foguetes americanos a partir do território americano", disse na mesma coletiva de imprensa o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

O desenvolvimento aparentemente normal deste perigoso teste é uma excelente notícia para a SpaceX e a Nasa, que precisa certificar urgentemente um veículo para levar seus astronautas à ISS este ano.

Desde 2011, os Estados Unidos se viram obrigados a enviar seus astronautas em foguetes russos Soyuz, os únicos que têm a capacidade de transportar tripulantes, desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos.

A Nasa parece levar a sério o ditado esportivo de que em time que está ganhando, não se mexe. Ela enviou novamente suas astronautas Jessica Meir e Christina Koch juntas ao espaço para substituir uma bateria da Estação Espacial Internacional (ISS), a segunda missão deste tipo composta apenas por mulheres.

A atividade começou às 11H35 GMT (8h35 de Brasília) desta quarta-feira, e ocorreu sem grande pompa por se tratar de uma operação rotineira de manutenção da ISS.

As duas astronautas levaram seis horas e meia para trocar as baterias velhas de níquel-hidrogênio por novas de íon de lítio.

Meir e Koch tinham realizado juntas uma missão similar em 18 de outubro, que foi celebrada como um acontecimento por se tratar da primeira missão espacial só com mulheres. Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ligou para elas para felicitá-las por sua coragem.

Nas 200 missões anteriores da Nasa sempre houve pelo menos um homem.

Além das duas mulheres, a atual equipe da ISS é composta pelo americano Andrew Morgan, o europeu Luca Parmitano e os cosmonautas russos Alexander Skvortsov e Oleg Skripochka.

A participação das mulheres em suas missões se tornou um assunto importante para a Nasa, que já anunciou que seu programa Artemisa, que busca voltar a levar seres humanos à superfície lunar, levará pela primeira vez uma mulher ao satélite terrestre.

Em seus quadros de astronautas se encontram várias mulheres, e na última promoção foram recrutadas cinco mulheres e seis homens, a quem se uniram um homem e uma mulher canadenses que realizam a primeira parte de seu treinamento na Nasa.

A humanidade pode um dia se reproduzir no espaço? Ratos machos que passaram mais de um mês na Estação Espacial Internacional (ISS) tiveram sucesso em seu retorno à Terra, segundo um estudo de cientistas japoneses.

Até agora, algumas indicações apontavam que passar tempo no espaço poderia afetar negativamente o sistema reprodutivo de mamíferos machos. O esperma de ratos congelado por nove meses a bordo da ISS foi alterado pela radiação e o número de espermatozoides dos ratos que passaram 13 dias em órbita registrou queda.

Desta vez, a nova pesquisa examinou 12 ratos machos que passaram 35 dias a bordo da ISS em gaiolas.

Alguns deles experimentaram falta de gravidade e outros foram colocados em gaiolas projetadas para lhes oferecer gravidade artificial.

Ao retornar à Terra, os pesquisadores usaram o esperma dos ratos para fertilizar os óvulos de fêmeas que não estiveram no espaço e descobriram que os roedores astronautas tiveram filhos sem problemas de saúde.

A equipe, liderada por Masahito Ikawa, professor da Universidade de Osaka, também não detectou danos nos órgãos reprodutivos dos ratos que viajavam para o espaço nem nos de suas crias.

"Concluímos que uma curta estadia no espaço sideral não causa danos fisiológicos aos órgãos reprodutores masculinos, na função espermática nem na viabilidade procriadora", diz o estudo publicado no Scientific Reports.

Pesquisas médicas já mostraram no passado que as viagens espaciais têm vários efeitos negativos sobre a saúde, como perda de massa muscular e óssea, além de mutações celulares causadas pela exposição à radiação.

Outros estudos anteriores analisaram os efeitos das viagens espaciais nos sistemas reprodutivos de outros animais, como ouriços do mar e aves, mas este é o primeiro a ser analisado em detalhes em mamíferos.

Três astronautas, entre eles Hazza Al-Mansuri, o primeiro cidadão dos Emirados Árabes Unidos enviado ao espaço, decolaram nesta quarta-feira do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão, com destino à Estação Espacial Internacional (ISS).

A nave Soyuz na qual viajam Hazza Al-Mansuri, a americana Jessica Meir e o russo Oleg Skripochka, decolou sem problemas às 13h57 GMT (10h57 de Brasília) das estepes do Cazaquistão, de acordo com imagens da agência espacial russa Roskosmos.

A viagem para a estação espacial leva aproximadamente 6 horas.

A cápsula Soyuz se separou corretamente do foguete exatamente 8 minutos e 48 segundos após a decolagem, informou a Roskosmos no Twitter.

A atracação da cápsula na estação orbital, na qual já estão seis homens e mulheres, está prevista para 19h45 GMT (16h45 de Brasília).

Hazza Al-Mansuri, de 35 anos, fará com que os Emirados entrem no pequeno clube de países árabes que enviaram um homem ao espaço, depois da Arábia Saudita em 1985 e da Síria em 1987.

Este piloto de caça também será o primeiro astronauta de um país árabe a pisar na Estação Espacial Internacional. O homem, cuja participação neste voo foi confirmada tardiamente, compartilhou sua "verdadeira honra" de participar desta missão que causa grande fervor nos Emirados.

Durante a tradicional conferência de imprensa realizada na véspera da decolagem, ele explicou que sua ambição era "tornar essa missão bem-sucedida e retornar com novos conhecimentos".

"O sonho se tornou realidade", acrescentou, ressaltando que transmitiria e compartilharia suas orações diárias com a Terra.

Para Jessica Meir, uma bióloga de 42 anos, também é uma nova experiência. Por sua vez, Oleg Skripochka já participou de duas missões na Estação Espacial Internacional, a primeira em outubro de 2010, e passou um total de 159 dias no espaço.

Hazza Al-Mansuri ficará na ISS apenas 8 dias. Seu retorno está marcado para 3 de outubro, junto com o russo Alexei Ovchinin e o americano Nick Hague, que estão na ISS desde março.

photo-tbm/apo/mab/age/mr

A proposta de criação, por parte do Governo Federal, de um imposto único que substituirá PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS foi repercutida pelo deputado Isaltino Nascimento (PSB), nesta quinta-feira (15), na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Segundo ele, a iniciativa fere qualquer sentimento republicano e pode levar os municípios à falência.

“Atualmente, as prefeituras não conseguem manter seus compromissos sem a contrapartida do Estado e da União, pois os impostos federais financiam os municípios”, frisou. O parlamentar afirmou que, se a medida for colocada em prática, “as consequências serão desastrosas”.

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Na avaliação de Isaltino, a partir da fusão, os recursos para a área de saúde, por exemplo, serão prejudicados, uma vez que boa parte da verba que vai para Estados e municípios é oriunda do Cofins. “Cerca de cem milhões de brasileiros, que dependem diretamente do Sistema Único de Saúde (SUS), poderão ficar desassistidos” alertou.

O socialista também lembrou que, no momento em que a Assembleia inicia o debate sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020, a ideia do imposto único representa uma ameaça para a execução das ações futuras dos três Poderes. “Se o ICMS for extinto, teremos um cenário de incertezas em Pernambuco”, crê.

*Do site da Alepe

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) divulgou nesta quarta-feira (7), em Brasília, nota defendendo urgência na “simplificação do sistema tributário brasileiro para a melhoria do ambiente de negócios”.

A entidade, no entanto, é contrária a eventuais mudanças na repartição da arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS). “Nós não abrimos mão que o ISS continue com as prefeituras. Nós queremos preservar o ISS”, enfatizou Jonas Donizette (PSB), prefeito de Campinas (SP), presidente da FNP.

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A FNP representa as capitais dos estados e as cidades com mais de 80 mil habitantes, cerca de 400 municípios (no universo de 5.570) que concentram 60% da população e 75% da atividade econômica (PIB). “O ISS é a galinha dos ovos de ouro. Ele é o imposto que mais cresce e é o imposto do futuro. É o imposto que dá sustentabilidade hoje às médias e grandes cidades”, assinalou Donizette.

O temor da FNP é que o ISS seja agrupado ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), de competência estadual, após a reforma tributária em um novo imposto de valor agregado.

A eventual incorporação pode representar perda de arrecadação e esvaziar parte da autonomia tributária dos municípios, que também cobram o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis Inter-Vivos).

“Quem é responsável pelo posto de saúde? Quem é responsável pela creche? A prefeitura. Se tirar qualquer dinheiro do caixa municipal pode impactar diretamente a vida do cidadão”, prevê Donizette.

As críticas dos prefeitos são apoiadas pela Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf). De acordo com Vitor Puppi, secretário de finanças de Curitiba (PR) e presidente da associação, o município tem que ter capacidade de sustentar os serviços básicos que presta. “Essas reformas que estão aí não demonstram isso”, avaliou.

De acordo com levantamento da FNP, há no parlamento uma dezena de propostas de reforma tributária. A entidade analisou cinco projetos. Para Donizette, não está claro o efeito de nenhum projeto sobre as contas dos municípios.

“A gente não consegue enxergar como vai ficar a distribuição do bolo tributário depois das propostas apresentadas”, reclama o presidente da entidade. “Não tem como as prefeituras se manifestarem sem ter uma simulação”.

A Abrasf também quer ter acesso a dados e projeções de arrecadação para poder se posicionar. “Vamos fazer um cálculo de quanto é necessário de receitas para cada ente. Não é possível que os entes não tenham autonomia, inclusive os estados. A autonomia municipal significa não ter que viajar toda hora aqui para Brasília para forçar um lobby para conseguir mais recurso”, descreveu Puppi.

Segundo dados da Receita Federal (2017), a fatia da União nos tributos equivale a 68,02% de todos impostos, taxas e contribuições arrecadadas. Os estados ficam com 25,72%; e os municípios, 6,26%.

O ISS equivale a 0,86% do PIB, enquanto o ICMS (estadual) corresponde a 6,6%; e o Imposto de Renda (União), 3,63%. Os estados devem repassar um quarto dos recursos arrecadados com o ICMS aos municípios. A União repassa 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O ISS incide sobre a maioria dos serviços prestados por empresas no Brasil. A lista das atividades é descrita na Lei Complementar nº 116. As exceções são os serviços de comunicações, transporte e energia, que são tributados pelos estados.

Além de manter o ISS na arrecadação dos municípios, a FNP defende a universalização da cobrança eletrônica do tributo. De acordo com a Lei Complementar nº 157, as alíquotas do ISS variam conforme o município, entre os limites de 2% (mínimo) e 5% (máximo).

De acordo com estudo publicado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, o Brasil ocupa o último lugar no ranking que compara a qualidade de vida (medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano) e o peso da carga tributária no PIB.

 

A Nasa anunciou nesta sexta-feira (7) que permitirá turistas na Estação Espacial Internacional (ISS) a partir de 2020, ao custo de US$ 35 mil (R$ 135 mil, pela cotação atual) por noite, sem levar em conta o preço da viagem.

A medida faz parte de um plano para potencializar a exploração comercial da ISS e reduzir seus custos de operação. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já indicou que pretende interromper o financiamento público da estação em 2025.

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 Segundo Robyn Gatens, vice-diretora da ISS, haverá duas missões privadas de astronautas por ano, com um período máximo de 30 dias cada uma.

"A Nasa está abrindo a Estação Espacial Internacional para oportunidades comerciais e divulgando essas oportunidades como nunca fizemos antes", reforçou o diretor financeiro da agência espacial americana, Jeff DeWit.

Atualmente, a ISS, em funcionamento há cerca de 20 anos, recebe apenas astronautas de programas governamentais, embora tenha aumentado a colaboração com empresas privadas, como a SpaceX. As viagens turísticas serão feitas pela própria companhia de Elon Musk e pelo conglomerado aeroespacial Boeing, que devem cobrar cerca de US$ 60 mil por voo (R$ 231 mil).

Da Ansa

A nova cápsula Crew Dragon da SpaceX foi capaz, neste domingo (3), de se acoplar automaticamente à Estação Espacial Internacional (ISS), confirmaram a NASA e a SpaceX durante uma transmissão ao vivo da operação.

"Acoplagem suave confirmada", anunciou a NASA, que acrescentou minutos depois: "Podemos confirmar que a captura total foi finalizada". O anúncio foi recebido com aplausos no Centro Espacial Johnson em Houston, nos Estados Unidos.

O contato ocorreu às 10h51 GMT (07h51 de Brasília), mais de 400 km acima da superfície da Terra, ao norte da Nova Zelândia, 27 horas após o lançamento da Dragon por um foguete SpaceX do Centro Espacial Kennedy.

A cápsula se aproximou progressivamente da estação, sincronizando sua velocidade e sua trajetória. Esta é uma primeira missão de demonstração, sem astronauta, antes de uma primeira missão tripulada prevista para este ano.

Com sua ponta aberta, em meio à escuridão do espaço, a cápsula se acoplou automaticamente à Estadção, onde estão atualmente a americana Anne McClain, o russo Oleg Kononenko e o canadense David Saint-Jacques.

Na imagem, o contato pareceu acontecer muito lentamente, enquanto a ISS e a cápsula avançavam paralelas a mais de 27.000 km/h na órbita da Terra.

"Outro passo que nos aproxima de nosso voo", reagiu o astronauta Bob Behnken, um dos escolhidos pela NASA para a primeira missão tripulada da Dragon.

Dragon transporta apenas um boneco, Ripley. A missão de teste, que está três anos atrasada em relação ao cronograma original, é um ensaio das condições reais para o próximo voo, que terá dois astronautas a bordo. A data oficial é julho, mas pode ser adiada.

Os engenheiros da SpaceX e da NASA querem garantir que o veículo seja confiável e seguro para os seres humanos. Eles também querem verificar se os quatro paraquedas, já testados muitas vezes, retardarão a queda no Atlântico.

Os sensores ligados a Ripley, nomeado em homenagem à heroína dos filmes Alien, vão medir as forças exercidas sobre os futuros passageiros.

A abertura da comporta pela tripulação da ISS está programada para 13H30 GMT (10h30 de Brasília).

Dragon permanecerá acoplada à ISS até sexta-feira, quando retornará à Terra para pousar no Atlântico, uma das etapas mais perigosas da missão.

Desde 2010, a NASA pagou mais de US$ 3 bilhões em contratos com a SpaceX para desenvolver este serviço de táxi, e US$ 4,8 bilhões para o grupo Boeing, que está desenvolvendo sua própria cápsula, a Starliner (teste programado para abril).

Cada uma terá que fazer seis viagens de ida e volta à ISS, sem contar os testes. Os grandes contratos são de 2014.

A SpaceX ocupa, desde 2014, a lendária plataforma de lançamento No. 39A do Kennedy Center, de onde partiram as missões Apollo para a Lua, e numerosos ônibus espaciais durante seus trinta anos de serviço.

Desde 2011, os astronautas vão para a ISS a bordo dos foguetes russos Soyuz. Eles devem aprender russo e treinar na Rússia.

Para a SpaceX, que tem garantido o abastecimento da Estação Espacial desde 2012, conseguir enviar astronautas à órbita seria uma consagração.

Mas, por precaução, no caso de nem a SpaceX nem a Boeing estarem prontas antes do final do ano, a NASA já reservou dois assentos na Soyuz para garantir o acesso à ISS até 2020.

O astronauta americano Nick Hague e o cosmonauta russo Alexei Ovichinin retornaram ilesos à Terra nesta quinta-feira (11), depois que sua nave teve um problema no motor pouco após a decolagem rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).

Apenas dois minutos depois da decolagem, um dos motores do Soyuz falhou e obrigou os dois tripulantes a retornarem de modo urgente para a Terra, ao invés de prosseguirem com a viagem até a ISS.

"No momento da decolagem da nave Soyuz MS-10 aconteceu algo incomum. Os sistemas de emergência foram ativados, a nave aterrissou no Cazaquistão. A tripulação está viva e o contato foi estabelecido", informou a agência espacial russa Roskosmos em um comunicado.

"Nós os recuperamos", afirmou pouco depois uma fonte da Roskosmos aos jornalistas na base de Baikonur, no Cazaquistão.

O problema aconteceu dois minutos depois da decolagem da Soyuz, que levaria os dois astronautas para uma missão de seis meses na estação orbital.

"Problema com os lançadores, dois minutos 45 segundos. Problema com os lançadores. Foi um voo rápido!", anunciou com calma Alexei Ovichinin, comandante a bordo do foguete Soyuz, durante a transmissão ao vivo da decolagem.

Este era o segundo voo espacial do cientista russo de 47 anos, que passou 172 dias no espaço em 2016.

"Aconteceu um problema com o motor poucos segundos depois da separação do primeiro nível da nave", afirmaram os analistas da Nasa.

No momento do incidente, Nick Hague e Alexei Ovichinin viajavam a quase 7.563 km/h e estavam a cerca de 50 km de altitude, segundo a Nasa. Sua cápsula, equipada com paraquedas, os trouxe de volta à Terra, mas os dois homens sofreram uma forte pressão.

Ambos os tripulantes foram resgatados minutos depois de sua aterrissagem e evacuados para Jezkazgan, uma cidade de 80.000 habitantes a cerca de 20 km de distância.

A Roskosmos publicou depois no Twitter uma foto dos dois tripulantes sentados, com médicos medindo sua pressão. Horas mais tarde, publicou duas fotos novas nas quais eles aparecem abraçando seus familiares e dividindo uma refeição.

- Lançamentos suspensos -

De acordo com um fotógrafo da AFP, a decolagem aconteceu normalmente, mas "depois da separação do primeiro nível tivemos a impressão de que aconteceu uma espécie de brilho".

De acordo com uma fonte da Roskosmos citada pela agência russa Ria Novosti, a cápsula na qual estavam os dois astronautas se desacoplou automaticamente do restante do foguete após o incidente.

As imagens exibidas ao vivo mostravam os dois astronautas dentro da cabine, depois foram interrompidas como acontece geralmente, pois a câmera não pode acompanhar o foguete do lado de fora a partir de uma determinada altura.

O diretor da agência Roskosmos, Dimitri Rogozin, anunciou a abertura de uma investigação governamental para determinar as causas da falha, em uma mensagem publicada no Twitter.

Todos os lançamentos de voos tripulados foram suspensos para aguardar o resultado da investigação e a identificação dos problemas que provocaram o acidente, informou o vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, citado pela agência oficial TASS.

Stefan Beransky, editor da revista especializada Aerospatium e autor de um livro sobre os foguetes Soyuz, apontou que agora "o principal problema é que há duas pessoas a menos na estação" espacial.

"Enquanto aguardamos as conclusões da investigação russa, a Soyuz provavelmente ficará em terra algum tempo", disse à AFP.

O próximo voo para a ISS, onde estão atualmente três astronautas, o alemão Alexander Gerst, a americana Serena Aunon-Chancellor e o russo Serguei Prokopiev, está, em tese, previsto para dezembro.

O comitê de investigação russo anunciou a abertura de uma investigação criminal para determinar se as regras de segurança foram violadas durante a construção.

De acordo com a Ria Novosti, o último acidente deste tipo aconteceu em 23 de setembro de 1983.

Dois astronautas americanos e um cosmonauta russo regressaram à Terra nesta quarta-feira, ao final de uma missão de mais de cinco meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).

Alexandre Misurkin, da agência espacial russa Roskomos, e Mark Vande Hei e Joe Acaba, da Nasa, pousaram às 02H31 GMT (23H31 Brasília de terça) no Cazaquistão, a sudeste da cidade de Jezkazgan.

O cosmonauta, de 40 anos, entregou o comando da ISS a seu compatriota Anton Chkaplerov na terça-feira, antes de assumir o controle da nave Soyuz que trouxe os três homens à Terra.

Em duas missões, Misurkin já passou 334 dias no espaço.

Joe Acaba, 50 anos, concluiu sua terceira missão, somando 10 meses em órbita, enquanto seu companheiro de 51 anos, Mark Vande Heide, um coronel (da reserva) do Exército, realizou sua primeira missão no espaço.

Os três homens chegaram à ISS em setembro de 2017.

A Estação Espacial Internacional, um raro exemplo da cooperação entre Rússia e Estados Unidos, está em órbita desde 1998.

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