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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará da sabatina com os candidatos à Presidência da República, prevista para a próxima semana, no Jornal da Manhã, da Jovem Pan. A entrevista com o petista estava marcada para a próxima quarta-feira (24).

"A Jovem Pan lamenta a decisão do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que optou por não participar da sabatina no Jornal da Manhã. Esta seria para ele, como será para os demais candidatos que virão, uma excelente oportunidade para defender suas ideias e esclarecer temas relevantes para os eleitores. O convite permanece válido”, informou a direção de jornalismo da emissora.

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Além do ex-presidente, foram convidados para a série de sabatinas os candidatos Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB). Todos confirmaram presença. De acordo com o cronograma de entrevistas, divulgado pela Jovem Pan, o primeiro participante no Jornal da Manhã será Ciro, na quinta-feira (25), em seguida Tebet, no dia 26 de agosto, e Bolsonaro na próxima sexta-feira (29). 

 

A comentarista da Jovem Pan Zoe Martínez se referiu a Neguinho da Beija-Flor com um comentário racista. Ela disse, na edição de terça-feira (29) do programa Morning Show, que o sambista é “negro, que na escuridão a gente só vê a gengiva”. 

Os convidados discutiam racismo estrutural quando falavam sobre o caso de Nelson Piquet, que se referiu a Lewis Hamilton, em novembro de 2021, como “neguinho”. 

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Questionada se o caso de Piquet se enquadra em racismo estrutural, Zoe falou: “Então o Neguinho da Beija-Flor também é, né, racista? E olha que ele é negro, negro, que na escuridão a gente só vê a gengiva. E ele tem muito orgulho de ser negro, da cor da pele dele… E ele é conhecido como o Neguinho da Beija-Flor porque ele tem orgulho da sua raça. Qual é o problema?”, questionou. 

A apresentadora defendeu a fala de Piquet. “Eu assisti ao vídeo e não vi nada demais. Ele não falou ‘neguinho’ para atacar, para diminuir. Claro que não, foi uma conversa informal. Quantos ‘neguinhos’ gostam de ser chamados de ‘neguinhos’, com carinho? Qual é o problema disso? Quem vê racismo nesse tipo de fala, da forma que o Piquet colocou, é porque o racismo está nele”, insistiu. A comentarista não havia se pronunciado nas redes sociais até a publicação desta matéria. 

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O Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-BBB e comentarista Adrilles Jorge à Justiça pela reprodução de um gesto considerado nazista na TV Jovem Pan News.

Em fevereiro, Adrilles participou de um programa sobre as declarações do youtuber Monark, que defendeu a criação de um partido nazista, e concluiu sua participação levantando a mão direita ao lado do rosto. O gesto foi considerado uma reprodução da saudação Sieg Heil, o que ele nega.

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O MP concluiu que o comentarista "praticou, induziu e incitou a discriminação e preconceito de raça sob a forma de uma saudação nazista".

A denúncia cita como agravante a veiculação do gesto na televisão.

"O contexto evidencia que o gesto nazista ao final do programa de televisão foi a maneira não verbal do denunciado reafirmar os argumentos anteriores no sentido de que o nazismo foi menos ruim historicamente que o comunismo, relevando, pelo gesto, a própria preferência dentro os regimes", escreveu a promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi), que cuidou da investigação.

Em vídeo publicado nas redes sociais após a repercussão do programa, Adrilles disse que o gesto era uma despedida e foi "deturpado".

A justificativa, no entanto, foi rebatida pelo Ministério Público. A promotoria analisou todos os programas com participação do ex-BBB e afirma que, em nenhum deles, o comentarista se despediu do público daquela maneira.

O MP também pediu o parecer técnico de uma antropóloga, que corroborou a identidade do gesto com a saudação nazista.

A denúncia foi enviada à Justiça, que agora vai decidir se recebe as acusações e torna o comentarista réu em um processo.

COM A PALAVRA, ADRILLES JORGE

A reportagem entrou em contato com o comentarista, por e-mail, e aguarda resposta, deixando espaço aberto para manifestação.

A Jovem Pan entrou com um processo na Justiça contra a HBO e o programa ‘Greg News’, alegando ter sido alvo de "falsidades" em um de seus episódios. A rádio, porém, acabou sendo derrotada na ação pois, segundo parecer do juiz Guilherme Santini Teodoro, a atração teria feito apenas uma "crítica" à emissora. 

No episódio que motivou o processo, um pedido de resposta, mais exatamente, o apresentador Gregório Duvivier critica a Jovem Pan por defender o governo Bolsonaro. Além disso, o programa falou sobre a CPI instaurada no Congresso em 1993 para apurar irregularidades na criação da TV Jovem Pan e um e uma reunião entre Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, presidente da emissora, e o ministro das Comunicações, Fabio Faria.

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De acordo com a coluna do jornalista Maurício Stycer, o juiz Guilherme Santini Teodoro, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, entendeu o conteúdo do programa apenas como "crítica". "A crítica ácida, a opinião contundente, a sátira, o humor veiculados no programa dos réus não configuraram ofensas contra a autora, mas somente exercício regular das liberdades de imprensa e de manifestação de pensamento." Trata-se de decisão em primeira instância, passível de recurso.

O escritor Adrilles Jorge está prestes a voltar à Jovem Pan. Demitido sob acusação de ter feito gesto nazista no canal de notícias, o ex-participante do Big Brother Brasil deve retornar aos trabalhos a partir da próxima segunda-feira (22), segundo informações de Ricardo Feltrin, colunista do site Uol.

Sobre o seu retorno, após 43 dias do desligamento, Adrilles fez mistério. "Tô igual Sócrates, só sei que nada sei. Ou, como digo a mim mesmo, a gente caminha a despeito dos empurrões e rasteiras alheias", declarou.

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Ainda de acordo com a publicação, Adrilles vai integrar o elenco do Morning Show, sem contar que ele também irá participar de outras atrações da empresa. Perguntado sobre a polêmica do aceno, Adrilles Jorge garantiu que as pessoas interpretaram mal: "Fui cancelado por conservadores também".

Quando gerou repercussão no encerramento de um programa, Adrilles se manifestou no Twitter. Na rede social, ele declarou: "A insanidade dos canceladores ultrapassou o limite da loucura. Depois de um discurso meu veemente contra qualquer defesa de nazismo, um tchau é interpretado como um saudação nazista. Nazista é a sanha canceladora que não enxerga o próprio senso assassino do ridículo".

A Jovem Pan News usou imagens de um jogo de videogame para comentar sobre a guerra na Ucrânia. Nessa quinta-feira (24), o Jornal da Manhã exibiu rajadas de disparos em aviões e mísseis como se fossem do confronto no leste europeu.

O comentarista Luís Artur Nogueira discorria sobre os reflexos da invasão russa na economia mundial e a tela mostrava ataques militares do game Arma 3 com a marca d'água do aplicativo Kwai.

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O trecho do programa foi publicado no Twitter oficial da Jovem Pan, mas retirado após a gafe virar piada. O jogo é produzido pela Bohemia Interactive Studio e se passa em 2030, em uma fictícia guerra entre a OTAN na Europa e "inimigos do leste" comandados pelo Irã.


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Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiram a defesa do comentarista Adrilles Jorge, demitido da rádio Jovem Pan, ao mesmo tempo em que cobram a cassação do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP); ambos, entretanto, se envolveram em polêmicas sobre o mesmo tema, nazismo.

O tema voltou a ganhar destaque nas redes sociais nesta quinta-feira (10), na esteira das declarações do presidente Jair Bolsonaro, que se pronunciou na noite de ontem. O chefe do Executivo atacou a ideologia nazista, dizendo repudiá-la de forma "irrestrita e permanente".

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No mesmo dia, mais cedo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) anunciou ter protocolado uma representação cobrando a cassação do mandato de Kataguiri na Câmara pelo suposto crime de apologia ao nazismo.

Eduardo Bolsonaro também destacou ter apresentado projeto de lei que criminaliza a apologia tanto ao nazismo quanto ao comunismo, tema que seu pai resgatou ao se pronunciar sobre o tema.

"É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis", escreveu o presidente, após condenar o nazismo.

As hashtags "Criminalização do Comunismo" e "Criminaliza Comunismo Já", "Boicote Jovem Pan" e "Renuncia Kataguiri" se destacaram entre os Trending Topics do Twitter ontem e seguem em alta nesta quinta-feira.

Postura distinta

Em entrevista ao Flow Podcast na última segunda-feira, Kim Kataguiri disse considerar errado o fato de a Alemanha ter criminalizado o nazismo, e, concordando com o apresentador Monark (que acabou demitido do programa), cobrou liberdade de expressão e critérios similares para tratar do nazismo e comunismo, representado por partidos já tradicionais no País.

Um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri se afastou do governo Bolsonaro e anunciou apoio ao pré-candidato do Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro.

Mas, enquanto pedem a cassação de Kataguiri, crítico contumaz do comunismo, bolsonaristas citam a defesa da liberdade de expressão para apoiar Adrilles, ao mesmo tempo em que criticam "a cultura do politicamente correto", associada por eles à esquerda.

Escritor e comentarista, Adrilles Jorge foi afastado da Jovem Pan por fazer uma saudação associada ao nazismo ao encerrar sua participação num dos jornais da emissora após comentar o caso Monark. Ministros e parlamentares ligados ao presidente saíram em defesa do escritor, citando argumentos contra a "cultura do cancelamento".

O Secretário de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciuncula, saiu em defesa de Adrilles e classificou a repercussão do gesto feito pelo comentarista como "assustadora".

"Não sou próximo do Adrilles Jorge e creio que ele até tenha algumas críticas a minha atuação. Contudo, não deixa de ser assustador que consigam vinculá-lo a apologia ao nazismo, em um vídeo em que ele está falando clara e abertamente contra essa abominação", publicou ele. "Transformar gestos banais em crimes de nazismo virou hábito na esquerda. Estratégia batida, mas que ainda tem repercussão devido a absoluta hegemonia que possuem."

O secretário Mário Frias, da Cultura, descreveu a situação como "preocupante". "É preocupante que um vídeo em que a pessoa fala, de forma explicita, ser contra o nazismo seja usado para imputar a essa pessoa o crime de ser nazista. A realidade virou massa de modelar?".

Também aliada de Bolsonaro, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) compartilhou vídeos do comentarista se defendendo das acusações e criticou sua demissão pela Jovem Pan. A parlamentar publicou a hashtag #AdrillesdeVolta, dando a entender que gostaria que o jornalista fosse readmitido na emissora. No dia anterior, ela também havia manifestado repúdio à ideologia nazista.

O ex-BBB e comentarista Adrilles Jorge usou suas redes sociais, nesta quarta (9), para pedir desculpas após fazer um gesto com a mão direita associado ao ‘Sieg Heil’, uma saudação nazista, no Jovem Pan News. Ele disse que foi mal interpretado e que, na verdade, estava apenas dando tchau. O grupo Jovem Pan repudiou a postura do comentarista e o demitiu. Para Adrilles, a demissão teria sido culpa de uma “turba canceladora”.

Após a repercussão de sua participação na edição de terça (8) do jornal da Jovem Pan, Adrilles postou um vídeo em suas redes sociais pedindo desculpas. Segundo ele, o seu gesto de “tchau” foi interpretado erroneamente. “Estou sendo cancelado por um suposto gesto que foi interpretado de maneira absurda, surreal, como um gesto de saudação nazista, um tchau. Qualquer pessoa minimamente humanista é contra esse sistema opressor (o nazismo). Tô esclarecendo o óbvio. Eu não fiz rigorosamente nada”, disse.

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Apesar dos esclarecimentos de Adrilles, a Jovem Pan optou por demitir o comentarista após publicar uma nota de repúdio. Ele também comentou a demissão, em seu perfil no Twitter, e lamentou o cancelamento. “Fui demitido da Jovem Pan . Por dar um tchau deturpado por canceladores. Infelizmente a pressão de uma turba canceladora e sua sanha de sangue surtiram efeito”. 

Reprodução/Twitter

Retratado como o novo outsider da política brasileira, a pré-campanha do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) já atrai ataques das alianças concorrentes à Presidência. Na manhã desta terça-feira (24), o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que saiu do Governo Bolsonaro na investigação da Polícia Federal por indícios de facilitar a exportação ilegal de madeira, afirmou que Moro é "comunista" e "a favor de drogas".

Salles voltou a chamar seu ex-colega de Governo de traidor e fez uma avaliação da "política diferente" proposta por Sergio Moro que arrancou gargalhadas até mesmo dos apresentadores do Morning Show da Jovem Pan.

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Após a exclusão de contas de blogueiros bolsonaristas que incitavam discursos de ódio e fake news nas redes sociais, a emissora foi inaugurada há menos de um mês e vem sustentando conteúdos em defesa da gestão federal.

Durante sua participação, o ex-ministro de Bolsonaro criticou a candidatura de Moro e disse que ele aceitou comandar o Ministério da Justiça "sabendo que não tinha nada a ver com o governo" e apontou: "Ele é de esquerda, ele é contra as armas, a favor de drogas. O Moro é comunista, lógico. Vai dizer que o Moro não é de esquerda?".

A fala foi recebida como chacota pelos apresentadores, que questionaram a declaração aos risos e compreenderam que Salles extrapolou na comparação. "De esquerda Salles?", "me ajude a te ajudar Salles", zombaram.

O discurso foi tão incoerente que ele chegou a ser corrigido ao vivo e se contradisse para concluir que Moro é um "tucano".

Confira

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O YouTube decidiu remover a live feita nesta quinta-feira, 28, do presidente Jair Bolsonaro veiculada pelos canais de Pingos nos Is, jornal vinculado à Jovem Pan, e de Carlos Bolsonaro, filho do chefe do Executivo.

O Broadcast Político já havia adiantado na terça-feira, 27, que a cúpula do YouTube estudava formas de conter Bolsonaro pelo fato do presidente utilizar outros canais para publicar seus conteúdos. A rede social viu a medida como uma forma de burlar a restrição.

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De acordo com a rede social, em posicionamento adiantado ao Broadcast Político, a política interna da plataforma foi violada, já que Bolsonaro está suspenso do YouTube por citar, na semana passada, uma falsa relação entre vacinas contra covid e aids.

"O YouTube removeu a live do presidente Jair Bolsonaro publicada pelos canais Pingos nos is e Carlos Bolsonaro por violar nossas diretrizes, que proíbem conteúdos de criadores que estejam sob alguma restrição", diz a nota da plataforma.

"O canal do presidente Jair Bolsonaro segue temporariamente suspenso, impedido de enviar vídeos com novos conteúdos ou fazer transmissões ao-vivo, de acordo com a nossa política de alertas e avisos, acrescenta o YouTube, na nota oficial.

Em post de divulgação da live na plataforma Gettr, apoiadores do presidente responderam com pedidos para que Bolsonaro procurasse plataformas alternativas como o Vimeo para a publicação dos vídeos.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (27), que a tendência do Ministério Público é arquivar o relatório a ser entregue pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado. "Eu não posso admitir certas acusações. Vão fazê-las. Tudo bem. Vai passar pelo Ministério Público. Eu acho que o MP vai... A tendência é arquivar esse negócio todo. Isso é um circo. Não interfiro em decisões do senhor (procurador-geral da República) Augusto Aras, zero, mas ele tem consciência do que está acontecendo", disse o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan.

Aras é considerado um aliado político do Planalto e é o responsável por dar andamento a eventuais denúncias sobre a conduta do presidente durante a pandemia que devem ser apresentadas pelo relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O parlamentar também ganhou críticas de Bolsonaro durante a entrevista: "Me chama todo momento de corrupto. Acho que está olhando para o espelho". O chefe do Executivo garantiu que receberá o relatório "com tranquilidade".

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Facada

Bolsonaro ainda declarou que não está satisfeito com a conclusão da Polícia Federal de que Adélio Bispo, que o esfaqueou durante a corrida eleitoral de 2018, agiu sozinho. "Trocou o diretor da Polícia Federal para a gente continuar investigando, mas no meu ver tem muito interesse para que isso seja abafado", afirmou o presidente.

Mendonça

Na entrevista, Bolsonaro defendeu a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF), negou que esteja trabalhando contra o ex-ministro da Justiça e disse acreditar na aprovação do nome à Corte pelo Senado. Contudo, o Planalto não tem trabalhado ativamente para pressionar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a pautar a sabatina de Mendonça no colegiado.

"Espalham boatos de que eu estaria trabalhando contra o André, não tem cabimento", disse Bolsonaro à Jovem Pan. "André Mendonça tem resistência por parte de alguns, mas acredito que passe. (...) André sabe a Bíblia toda e conhece a legislação muito bem", acrescentou. Ao indicar Mendonça, Bolsonaro cumpriu promessa de indicar alguém "terrivelmente evangélico" para a Suprema Corte.

De acordo com o chefe do Executivo, ele não recebeu pressões para indicar o ex-ministro ao STF, mas afirmou que é preciso ter nomes que passem no Senado, a Casa responsável por aprovar indicações à instância máxima do Judiciário. "(É preciso) alguém que tome Tubaína comigo e passe lá por aquele gargalo que é o Senado", declarou. Também por isso, disse Bolsonaro na entrevista, ele indicou o ministro Kassio Nunes Marques, já em atuação no Supremo. "Era o nome que passaria com tranquilidade lá", acrescentou. O presidente também disse manter encontros regulares com Nunes Marques. "Uma vez por mês. Às vezes, duas".

Apesar das dificuldades para emplacar Mendonça, Bolsonaro disse que, hoje em dia, a maioria do Parlamento "dança a mesma música" que o governo. Ele ainda voltou a dizer que o presidente que assumir em 2023 indicará dois ministros para o STF. "Devagar, vai mudando", declarou. Em 2023, aposentam-se da corte os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

O presidente também afirmou que indicaria outro evangélico para o STF caso André Mendonça, seja rejeitado no Senado. "No compromisso que fiz junto aos evangélicos, eu indico outro evangélico. Mas acho que vai dar certo o André", reforçou.

Em seguida, o chefe do Executivo discorreu sobre o perfil que deseja para um ministro da Suprema Corte: "o que eu quero de um ministro do Supremo? A pauta de costumes, a questão da economia, o marco temporal", afirmou, na entrevista.

Bolsonaro, contudo, não quis comentar durante a entrevista sobre a resistência do presidente da CCJ do Senado, Davi Alcolumbre, em pautar a indicação de Mendonça no colegiado, o que travou o processo de indicação do ex-ministro da Justiça. "Não quero entrar em boatos. Todo mundo quer poder", limitou-se a dizer.

Eleições

Apesar de voltar a elogiar a proposta do voto impresso, derrotada na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as eleições de 2022 podem ter credibilidade com o acompanhamento dos processos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelas Forças Armadas.

Em agosto, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou medidas para ampliar a transparência dos mecanismos de auditoria do sistema eletrônico de votação, criticado sem provas por Bolsonaro, mas considerado seguro por especialistas. Entre as propostas, a Corte eleitoral criou uma comissão externa para acompanhar o funcionamento do sistema eleitoral com a participação de representantes de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Polícia Federal (PF) e as Forças Armadas.

"Tenho certeza que as Forças Armadas não vão aparecer como moldura desse quadro. Nós devemos ter acesso desde a primeira fase até a última fase. Se nós participarmos de todas as fases, com essas outras entidades, dá para você ter credibilidade no sistema", declarou Bolsonaro na entrevista à Jovem Pan. "As sinalizações de Barroso nos dão certa tranquilidade", acrescentou.

Ainda assim, o presidente voltou a questionar a segurança do processo eleitoral. "Obviamente, no sistema eletrônico quando entra fator humano, você fica preocupado", afirmou, na entrevista, sobre a participação de entidades. "Queremos lisura. Queremos garantir que se você votou no João, seu voto foi pro João. A gente quer isso aí. A gente não conseguiu o voto impresso, que seria, ao meu ver, solução ideal", voltou a dizer o presidente. "Eu temo a volta da esquerda, mas se voltar pelo voto, paciência".

A PEC do voto impresso não conseguiu adesão suficiente dos deputados para seguir a tramitação na Câmara. À época, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), havia afirmado que o presidente se comprometeu a não mais tocar o assunto caso a proposta fosse derrotada em plenário, promessa que não se concretizou. O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, chegou a ameaçar Lira por meio de interlocutor de que não haveria eleições em 2022 sem voto impresso, como revelou o Estadão/Broadcast Político.

Mourão

Depois de já ter dito que o vice-presidente Hamilton Mourão atrapalha e compará-lo a um cunhado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou agora que o general ainda não está descartado como seu companheiro de chapa nas eleições do ano que vem. "Não está descartado, mas não está garantido", disse o chefe do Executivo na entrevista. Bolsonaro já sinalizou várias vezes que não pretende ter Mourão como vice em 2022, fato já reconhecido, inclusive, pelo próprio vice-presidente em entrevistas.

Questionado sobre quem poderia dividir chapa no ano que vem, se não estiver com Mourão, o presidente disse ter "algumas pessoas" no radar. "Muitos falam que seria bom alguém de Minas ou do Nordeste. Tem que ser alguém sem ambição pela cadeira (de presidente)", destacou. O presidente reconheceu, também, que está atrasado para escolher seu partido para disputar a reeleição.

Bolsonaro disse ainda ao longo da entrevista que é preciso ter mais militares no governo. "Militar não é incorruptível, mas a chance de se corromper militar é menor", avaliou o presidente, desconsiderando as suspeitas de corrupção expostas pela CPI da Covid com possível participação de militares alojados no ministério da Saúde.

De origem militar, o chefe do Planalto voltou a dizer que mantém conversas com integrantes das Forças Armadas. "O meu relacionamento com o ministro da Defesa e com comandantes de Forças é dez. É 100%. Agora, nós conversamos onde podemos ir, onde somos prejudicados por certas ordens", declarou. Pouco depois, na mesma entrevista, descartou mais uma vez a possibilidade de uma ruptura. "Não queremos um regime de exceção."

Ainda no tema eleições, Bolsonaro voltou a questionar as pesquisas de intenção de voto. "Lula tem voto, mas não é isso que estão botando", afirmou. Em seguida, confirmou que debateria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve enfrentar nas urnas em 2022. Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro evitou comparecer aos debates eleitorais.

Fake News

Na avaliação do presidente Jair Bolsonaro, até STF quer se ver livre do inquérito das fake news. "Com todo respeito, sei que posso ser investigado por algo que fiz no meu governo. Mas não dessa forma, sem anuência do Ministério Público, é um negócio capenga", disse o chefe do Planalto na entrevista. "Não vou jogar fora das quatro linhas (da Constituição), mas também não posso admitir que joguem fora das quatro linhas para me atingir", acrescentou.

De forma indireta, o presidente ainda criticou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pela devolução ao governo da Medida Provisória que dificultava a remoção de conteúdos falsos das redes sociais. "Não existe a figura de devolução da Medida Provisória, engoli mais um sapo e resolvi ficar quieto", disparou.

Apesar de dizer que não deseja polemizar com o STF, Bolsonaro voltou a elogiar os atos de 7 de Setembro, marcados por ameaças à Corte e pivôs do crescimento da tensão entre os poderes. "Foi algo inacreditável, nos dá uma injeção de ânimo", disse o presidente sobre as manifestações.

Medicamentos sem eficácia

Durante a entrevista, o presidente da República voltou a criticar o passaporte da vacina e a defender seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, marcado pela defesa de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19. "Falei de tratamento precoce na ONU, 90% (do governo) não queriam que eu tocasse no assunto", lembrou Bolsonaro, voltando a dizer que tomaria o kit covid novamente, se infectado.

Segundo ele, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro da Advocacia-geral da União (AGU), Bruno Bianco, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que testaram positivo para o novo coronavírus, "tomaram alguma coisa" para se tratarem da doença.

Sem apresentar provas ou ser contestado pelos entrevistadores, Bolsonaro afirmou ainda, durante a entrevista, que o "pavor" da covid leva a queda de imunidade, e, assim, pode aumentar a possibilidade de infecção. "Tem estudos reais aí fora de que quem se imunizou pelo vírus está dez vezes mais imunizado que pela vacina", disse, ainda, sem tampouco citar estudos científicos. A vacinação é considerada a melhor forma de vencer a pandemia e a imunidade trazida pela infecção é muito menos duradoura, como já mostrou a ciência. "A história vai demonstrar que nós fizemos a coisa certa", finalizou Bolsonaro sobre o assunto.

Precatórios

O presidente voltou a reconhecer, a "bomba fiscal" representada pelo pagamento de precatórios de 2022, mas afirmou que o impasse é uma armação contra o seu governo. "Se tiver que pagar todos os precatórios ano que vem, não vai ter orçamento, vou entregar a chave para alguém", declarou Bolsonaro na entrevista à Jovem Pan. "Temos que negociar. Nós sabemos que precatórios, em grande parte, são armação, para ser educado. Mas vamos vencer", acrescentou. "(Precatórios) Atendem, em grande parte, Estados do Nordeste. É um negócio que começou em 2002 e vem estourar no meu colo agora, parece que era programado estourar isso aí no meu colo nesse momento".

O chefe do Executivo confirmou ao longo da entrevista que o governo negocia a questão dos precatórios com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e outros ministros.

Após criticar o seu substituto no programa “Primeiro Impacto”, do SBT, o apresentador Dudu Camargo foi alvo de críticas de Carlos Massa, o Ratinho. Ao vivo, o polêmico apresentador sugeriu que o colega de emissora fosse demitido por Silvio Santos.

Entenda

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No início da semana, durante o “Programa Pânico”, na rádio Jovem Pan, Dudu Camargo contou que está de férias do SBT e fez críticas a seu substituto no programa “Primeiro Impacto”, Darlisson Dutra. Ele disse que o programa atingiu recordes negativos de ibope, muito por conta da nova apresentação.

“O problema desse negócio de férias nem é o cara puxar o seu tapete, porque eu me garanto com os resultados. Tanto que eu peguei os consolidados de sexta-feira (2), o Primeiro Impacto bateu recorde negativo. Há muitos meses não atingia uma média tão baixa como atingiu sexta”, disse Camargo.

A revolta de Ratinho

Ao ficar sabendo das críticas, Ratinho não se segurou e chegou a dizer que, se dependesse dele, Dudu Camargo seria demitido.

“Vai ficar muito chato isso. O cara vai falar uma besteira dessa. Se eu fosse o Silvio Santos, eu metia um pé na bunda”, disparou

Fazendo referência a fala de Dudu sobre ele ter espaço em outras emissoras que quisesse, Ratinho completou: “Ele esqueceu que só o Sílvio gosta dele”.

A Record TV Comunicação anunciou, nesta quinta-feira (5), por meio das redes sociais, que dispensou o jornalista Rodrigo Constantino de suas funções no portal R7 e na Record News. Ele escrevia para o portal e tinha espaço de comentarista na rede televisiva. 

A decisão é uma consequência das declarações polêmicas de Constantino sobre o caso da jovem Mariana Ferrer, de 23 anos, que alega ter sido dopada e violentada por um empresário, em um beach club conceituado de Florianópolis, em 2018. O comentarista já havia sido desligado da Jovem Pan.

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Em uma transmissão ao vivo, Constantino afirmou que, se sua filha sofresse um abuso em condições semelhantes às de Mariana, ele não denunciaria o homem e a deixaria de castigo, pois, segundo ele, é preciso reconhecer que “tem mulher que não é decente”.

A declaração repercutiu por horas nos trends brasileiros e foi acusada de misógina por internautas e até mesmo por outros jornalistas.

Em nota ao público, a Record TV esclareceu que “a decisão foi tomada em virtude das posições que o profissional assumiu publicamente sobre violência contra a mulher, em canais que não têm nenhuma vinculação com nossas plataformas”, e que “justiça não se faz acusando ou culpando aqueles que foram vítimas de um crime”.

No Twitter, Constantino reagiu ao novo desligamento. Ele disse que sua fala foi deturpada, e que está sendo vítima de uma movimentação “fascista”. Também acusa a Record de ceder ao “discurso militante” para fugir de uma possível polêmica.

“A Record foi mais um veículo que não aguentou a pressão. O departamento comercial pede "arrego", pois recebe pressão de fora, dos chacais e hienas organizados, dos "gigantes adormedidos". Sim, perdi mais um espaço, mas sigo com minha total independência e com minha integridade”, acrescentou o jornalista.

O apresentador Emílio Surita foi diagnosticado com a Covid-19 e temporariamente afastado do programa 'Pânico', na rádio Jovem Pan. Apesar de não comentarem sobre o afastamento do apresentador, a informação acabou sendo confirmada durante uma entrevista pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Emílio foi substituído pelo colega Daniel Zukermann e durante a entrevista com o governador, acabou recebendo a informação, que de acordo com o colega de bancada, Rogério Morgado, a equipe do programa não havia sido informada.

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"Mandando um abraço para o Emílio Surita, que deve estar nos acompanhando. Como eu, está se recuperando da Covid, em isolamento. Como eu estou, na minha casa, solitário, com a minha esposa. Deixo um grande abraço, para que ele se recupere", disse Doria.

Advogados do inventário de Marisa Letícia Lula da Silva, falecida esposa do ex-presidente Lula, prestaram esclarecimentos sobre o valor de Certificados de Depósitos Bancários (CDB) da ex-primeira-dama.

Os documentos haviam causado confusão anteriormente quando, de acordo com o texto publicado nesta quarta-feira (15) pela página do Instituto Lula, o juiz da 1º Comarca de Família e Sucessões de São Bernardo do Campo confundiu o valor unitário de cada certificado com outro tipo de documento, gerando uma cifra maior que a verdadeira, de R$ 26 mil, e “fake news divulgadas pela família Bolsonaro e rádio Jovem Pan”, segundo o instituto.

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Em esclarecimentos prestados nesta quarta-feira (15) ao juiz os advogados de Marisa afirmaram que “em razão da aplicação automática de valores que estavam disponíveis na conta-corrente que pertencia à D. Marisa e que já haviam sido trazidos a estes autos, foi identifica a existência de CDBs em nome da falecida, os quais, segundo extrato atualizado do Banco Bradesco, correspondem à quantia (líquida) de R$ 26.281,74”.

Ainda segundo a defesa, “o valor real é 10.000 vezes inferior ao divulgado pelos parlamentares Carlos e Eduardo Bolsonaro e pela secretária de Cultura Regina Duarte, que divulgaram a fake news da estimativa equivocada nas suas redes sociais para caluniar uma pessoa falecida com fins políticos”.

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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta segunda-feira (27) que o presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2018, assumiu com ele o "compromisso" de integrar ações das áreas da Justiça e da Segurança Pública no "superministério" que o ex-juiz assumiu no atual governo. "Foi o compromisso que eu e Bolsonaro fizemos em 1º de novembro (de 2018), quando ele me convidou (para ser ministro)", disse Moro.

A declaração do ministro da Justiça diverge do que disse o presidente. "Se for criado (o Ministério da Segurança Pública), aí ele (Moro) fica na Justiça. É o que era inicialmente. Tanto é que, quando ele foi convidado, não existia ainda essa modulação de fundir (a pasta da Justiça) com o Ministério da Segurança", afirmou Bolsonaro.

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"Fui convidado, falei com ele (Bolsonaro) que os ministérios da Justiça e da Segurança Pública têm uma série de atribuições, mas o foco principal tem que ser o combate à criminalidade organizada, corrupção e criminalidade violenta. Essa era a ideia dele também", afirmou Moro durante entrevista concedida ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. No governo Michel Temer, as duas pastas eram separadas e a Polícia Federal era subordinada ao Ministério da Segurança Pública.

Na semana passada, Bolsonaro anunciou que poderia recriar a pasta de Segurança Pública, o que reduziria o poder de Moro no governo. Depois de forte reação de aliados, no entanto, o presidente recuou da ideia de esvaziar a pasta da Justiça.

Moro afirmou ainda que não conversou pessoalmente com Bolsonaro sobre a polêmica da semana passada. "Ele (Bolsonaro) deu uma declaração categórica de que a chance (de recriar o Ministério da Segurança Pública) era zero. Para mim, está encerrado. Pode ser que, no futuro distante, possa se cogitar isso (dividir o Ministério da Justiça). Não acho uma ideia muito boa. Falei com parlamentares da bancada da segurança pública que os ministérios são mais fortes juntos do que separados", disse o ministro.

"Eu nunca falei nada. O próprio presidente disse que esse negócio está encerrado. É um trabalho duro e os dados são positivos", continuou Moro. "Antes de ser ministro, tenho 22 anos de magistratura. Tive processos envolvendo Fernandinho Beira-Mar, conhecemos a segurança pública profundamente. Boa parte da violência está vinculada ao crime organizado. Se você combate o crime organizado, tem reflexo disso nos crimes em geral."

Questionado sobre a eleição presidencial de 2022, o ministro disse que, por "questão de lealdade", apoiaria a candidatura de Bolsonaro à reeleição. "Eu já falei um milhão de vezes, vou ter que tatuar na testa. O presidente já apontou que pretende (disputar a) reeleição. Sou ministro do governo, vou apoiar Bolsonaro. O presidente está dando apoio às políticas da pasta."

Moro defendeu ainda a manutenção de Hamilton Mourão na vice em uma chapa em 2022. "(Mas) quem vai decidir o vice é o presidente", afirmou o ministro, que já teve o nome ventilado para ser candidato a vice de Bolsonaro na próxima disputa pelo Palácio do Planalto.

Supremo

O ministro da Justiça também disse considerar "natural" uma eventual indicação de seu nome para a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF). O decano deixará o tribunal no fim do ano e Bolsonaro já prometeu indicá-lo para uma cadeira na Corte. "É uma perspectiva interessante, natural na minha carreira. A escolha cabe ao presidente. Ele tem a possibilidade de me indicar, mas se fala do Jorge Oliveira (ministro da Secretaria-Geral da Presidência), do AGU (advogado-geral da União, André Mendonça), tem outros nomes", declarou.

O ex-juiz da Lava Jato voltou a criticar a mudança de entendimento do STF sobre prisão após condenação em segunda instância - a decisão beneficiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por Moro. "O correto era ter cumprido toda a pena dele. "Com respeito ao Supremo, o julgamento foi um retrocesso. Vou tentar ajudar o Congresso a aprovar projetos para retomar a prisão em segunda instância." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta segunda-feira, 27, em entrevista ao programa "Pânico", da rádio Jovem Pan, que o nome ideal para compor como vice a provável chapa do presidente Jair Bolsonaro à reeleição, em 2002, seria o atual vice-presidente, general Hamilton Mourão. "Quem vai decidir o vice é o presidente (Jair Bolsonaro)", disse Moro que, no seu entender, mesmo seu nome estar sempre cotado, o ideal seria a manutenção de Mourão no posto.

Moro ainda voltou a comentar sobre a possibilidade de cisão da sua pasta. Apesar de afirmar que "o assunto está encerrado" - por causa da declaração de Bolsonaro na sexta-feira, 24, que afirmou ser "zero" a chance de divisão -, o ministro considerou que "pode ser que no futuro lá distante volte a se cogitar isso" e defendeu: "Não acho uma boa ideia". "Os ministérios juntos são mais fortes."

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Vaga no STF

O ministro disse ainda que a possível indicação para a cadeira do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF) - que se aposenta compulsoriamente em novembro deste ano ao completar 75 anos - é uma "perspectiva natural e interessante" para a carreira.

Moro, ao começar a responder sobre a possível indicação ao STF, evitou falar diretamente sobre o tema, destacando que não gosta de "discutir vaga quando ela não existe", reforçando que a escolha do indicado cabe ao presidente Jair Bolsonaro e que qualquer decisão "será respeitada". Contudo, depois acabou admitindo que a vaga no STF representa uma perspectiva "natural e interessante" à sua carreira.

Na entrevista ao "Pânico", o ministro também afirmou que não tem "perspectiva de ir para a política partidária ou concorrer à eleições". E frisou: "Eu quero ficar um pouco longe das discussões (políticas) que não são da minha área. Prefiro fazer o meu trabalho."

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse que conversou com o presidente da República Jair Bolsonaro sobre a permanência no governo e que a questão foi pacificada na sexta-feira (24). Em entrevista nesta segunda-feira à rádio Jovem Pan, no programa Pânico, Moro afirmou que continua no governo e brincou com a cobrança para permanecer no ministério: "vai ser o segundo Dia do Fico".

Para reforçar a afirmativa de que continua no primeiro escalão do governo Bolsonaro, Moro, que está cumprindo agenda em São Paulo, como a entrevista ao programa, disse que embarcará em breve para Brasília.

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À Jovem Pan, o ministro ainda comentou a melhora nos números da segurança pública. "Os números (de homicídios e roubos a cargas) caíram, mas eram muito ruins", afirmou Moro. "As coisas estão melhorando, mas os números remanescentes são muito altos. Até ter uma percepção melhor, vai levar um pouco mais".

A Jovem Pan emitiu nota com um pedido de desculpas, após o episódio de agressão protagonizado pelo jornalista Augusto Nunes contra o também jornalista Glenn Greenwald, nesta quinta-feira (7). Ao receber Glenn no programa Pânico, Augusto Nunes reagiu de modo agressivo, a ponto de bater no norte-americano, por ele criticar os comentários que o radialista fez em relação aos seus filhos.

Nunes teria dito que Glenn e o deputado federal David Miranda (PSOL) deveriam perder a guarda dos filhos. O jornalista norte-americano chamou o apresentador do Pânico de “covarde” e Nunes reagiu com tapas.

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Em nota, A Jovem Pan afirmou repudiou com veemência o episódio e frisou ser “vigilante dos princípios democráticos, do pluralismo de ideias e da liberdade de expressão”.

Confira a nota na íntegra:

Nota do Grupo Jovem Pan

A Jovem Pan lamenta o episódio ocorrido ao vivo no programa Pânico desta quinta-feira (7) entre os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald.

Defensora vigilante dos princípios democráticos, do pluralismo de ideias e da liberdade de expressão, a Jovem Pan sempre abriu suas portas para convidados de diferentes campos ideológicos e com opiniões dissonantes, para que cada brasileiro forme seu juízo tendo acesso a visões variadas sobre os temas mais relevantes do momento.

Uma das principais marcas do Pânico é receber personalidades para o debate aberto e franco, bem-humorado e eventualmente ácido. Glenn Greenwald já participou da bancada em diversas outras oportunidades.

A liberdade de expressão e crítica concedida pela Jovem Pan a seus comentaristas e convidados, contudo, não se estende a nenhum tipo de ofensa e agressão. A empresa repudia com veemência esses comportamentos.

 

Gleen Greenwald se posicionou após ser agredido pelo jornalista Augusto Nunes, enquanto estavam no ar em um programa da Rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (7). Em vídeo, o editor do The Intercept classificou a agressão como fascismo e teme que a atitude possa incentivar a violência em debates nas ruas.

"Fascistas pensam assim. Eles querem violência", disparou o editor. Ele foi agredido no rosto após chamar Nunes de "covarde", devido ao comentário do colega de profissão, feito na própria Jovem Pan, no qual sugeriu que um juizado de menores investigasse a vida dele e do marido, o deputado David Miranda, para retirar a guarda dos filhos adotados.

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Para Augusto Nunes, as crianças são mal assistidas por conta da agenda do casal. Gleen classificou a atitude como "a coisa mais feia e suja” que já ouviu na carreira. Por relacionar os filhos, o editor do The Intercept reafirmou o insulto, "eu disse que ele é covarde e estou falando isso de novo".

O jornalista americano ainda destacou que o "uso da força física e violência no debate da política é uma coisa muito grave"; e interpretou que o ato expôs as intenções dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. "Agora estamos vendo, e não deve surpreender ninguém, que o lado de Bolsonaro e o PSL estão aplaudindo o uso da violência no debate político, por que eles são um movimento fascista", apontou.

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