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O Brasil e alguns países do mundo seguem o calendário gregoriano, onde celebra-se a virada do ano de 31 de dezembro para 1º de janeiro. No entanto, existem diversas outras nações do planeta que, culturalmente, celebram a passagem do ano em outra época, sem seguir o nosso calendário.

China

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Os chineses, por exemplo, seguem o calendário lunar, se baseando no tempo que a lua leva para dar a volta em torno da terra. Eles também se baseiam no zodíaco chinês. Com isso, eles festejam um novo ano no dia 12 de fevereiro. O país não economiza nas celebrações e tem 10 dias de festas.

Índia

No país mais populoso do mundo, as celebrações acontecem no dia 1º de março (sul da índia), 1º de outubro (leste e no centro) e 14 de abril (comunidade Tâmil). A celebração mais importante para os indianos se chama Diwali (Festa das Luzes).

Tailândia

Um novo ano chega para os tailandeses no dia 13 de abril, com comemorações que costumam ir até o dia 15 do mesmo mês. A data marca a volta do sol em Áries no mapa astral, e isso representa a virada dos anos no calendário budista.

Ano Novo Islâmico

Como o calendário lunar islâmico tem 354 ou 355 dias, as comemorações nos países islâmicos mudam a cada ano. Em 2021, por exemplo, eles comemoraram no dia 9 de agosto, mas em 2022 irão celebrar a passagem de ano no dia 30 de julho. O calendário desse povo começa a contar 622 d.C., quando Maomé deixou Meca e seguiu para Medina. 

O episódio conhecido como Hégira determina o início do ano islâmico. As comemorações no mundo islâmico duram 10 dias. 

Ano Novo Judaico

As comemorações do povo judaico também variam de ano para ano. Neste ano a celebração irá acontecer do dia 25 de setembro ao dia 27 do mesmo mês. A data marca um novo período de semear, cultivar e colher. Rosh Hashaná é o nome dado ao ano novo judaico. 

Dezembro é um mês repleto de tradições e rituais que marcam a chegada de um novo ano, além do Natal. Muitos desses ritos são ligados à religiosidade e fé, passando a ter um significado mais profundo e importante para quem os pratica. No entanto, em cada religião, o momento é vivenciado de maneira diferente - alguns nem mesmo consideram a data - e, sendo assim, o LeiaJá foi em busca de descobrir como algumas das diferentes crenças existentes no mundo comemoram (ou não) o período natalino e o Réveillon. 

No Brasil, país onde a maioria da população se diz cristã - de acordo com dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), esse número gira em torno de 86,8% - é comum vermos nas casas a típica celebração natalina que reverencia o nascimento do menino Jesus, com troca de presentes e ceia servida pontualmente às 0h. Porém, essas práticas sequer existem, ou fazem sentido, para os praticantes de outras religiões que vivenciam esse momento do final de ano de outras maneiras. 

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Na cultura judaica, por exemplo, não existe o modelo de Natal cristão. Ao invés disso, a comunidade celebra o Chanucá, ou Hanukkah, a Festa das Luzes. O rabino Clifford Kulwin explica a tradição: "O Natal não tem um papel na religião judaica. Por acaso, uma festa judaica acontece na mesma época do ano, o Hannukah. Ela está ligada ao calendário hebraico e nela comemoramos uma vitória de mais de dois mil anos atrás, onde os macabeus estavam vitoriosos contra os gregos. Comemoramos a vitória deste momento e também o milagre dado por Deus por ter facilitado essa oportunidade de entrar no templo sagrado". 

Em dezembro, os judeus celebram o Hannukak. Foto: Pixabay

Segundo o rabino, quando chegaram ao templo, os macabeus perceberam que só haveria luz na Menorá, o candelabro de oito braços, para um dia, foi quando houve um milagre que manteve a luz acesa por oito dias - tempo que hoje dura a festa. Mas, apesar das diferenças nos rituais, os judeus se alegram pelo momento de celebrações entre os diferentes povos. "É importante lembrar que o cristianismo nasceu no judaísmo, então no Natal os cristãos celebram o nascimento de Jesus, é um momento de alegria e reflexão e nós, como bons parceiros na comunidade mais ampla, estamos felizes em ver os outros festejando os dias importantes deles".  

Matrizes indígena e africana

No Recife, existem mais de 1.200 terreiros de religiões de matriz africana e indígena. O levantamento foi feito pelo historiador, mestre em Ciências da Religião e sacerdote juremeiro, Alexandre L'Omi L'Odò. Ele recebeu o LeiaJá na Casa das Matas do Reis Malunguinho, em Olinda, para explicar como são as festividades de fim de ano para os fiéis dessas crenças. 

Na Jurema Sagrada, existem dois rituais bastante particulares que marcam o fim de ano, é um momento de resgate que tem sido reavivado por alguns terreiros, como o de Alexandre. "Sou extremamente tradicionalista, dentro do conceito da religião, mas existem coisas da questão histórica que a gente quer mudar. É um processo decolonial, para que a gente se encontre com nosso próprios conceitos de mundo. É uma luta a gente conseguir fazer isso porque sempre tem aqueles filhos de santo que querem fazer a festa de Natal. A gente respeita, mas todo mundo sabe meu posicionamento em relação a isso.", explica.

No dia 25 de dezembro, é feito o Corte do Pão, ritual em que o alimento é oferecido como símbolo de abundância: "É um dia que celebra a fartura para dentro do terreiro. O pão, pra gente, também é sagrado, não pela lógica de que ele seja o corpo de Cristo, mas o pão é um alimento que a população pobre se utiliza bastante. É um ritual mais interno, muito simples. Pra gente de terreiro é muito importante essa questão da comida e da sobrevivência, porque muitos dos nossos ainda está em situação de risco". 

Alexandre L'Omi L'Odò faou sobre as tradições da Jurema Sagrada e do Candomblé. Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Além disso, também  há celebrações "dentro da mesa da Jurema para os senhores mestres e para as senhoras mestras, e para Malunguinho, que é o dono da casa". No final do ano, os juremeiros fazem uma celebração que "fecha" o ano, para depois ser reaberto um novo ciclo, no dia seis de janeiro, o Seis de Reis. 

No Candomblé, também há dois rituais específicos para marcar o final do ano. Alexandre, que é de tradição jeje-nagô, membro do Ilê Iemanjá Ogunté, conta que na casa nagô é feita, no dia 25, a obrigação de Olofin. Segundo o sacerdote esse orixá é a "sustentação da casa". "Pra gente, ele é o orixá mais importante, ele é o ‘ododuá’, que é o civilizador do povo yorubá -, não é todo terreiro que conhece esse ritual, ele é muito fechado".

Já no dia 31, são feitas oferendas para todos os orixás e às 0h, em ponto, o Pai de Santo joga os búzios para descobrir qual orixá será o regente da casa naquele ano. "Antigamente, (a prática) era mais rígida. Os filhos de santo eram obrigados a passar o ano novo dentro do terreiro, ninguém tinha vida social no final do ano. Já ficava da obrigação de Olofin até o dia 31 dentro do terreiro, acompanhando todos os rituais até chegar a jogar os búzios, primeiro pra casa geral, depois o jogo para cada filho, até cear. Depois era feito uma festa".

Outras crenças

Para os budistas, doutrina de origem oriental, a figura de Jesus Cristo não existe. Sendo assim, o Natal, de tradição cristã, não existe para quem professa o budismo. Para os fiéis da religião Testemunhas de Jeová, qualquer festividade de aniversário é considerada pagã, sendo assim, eles não comemoram no dia 25 de dezembro. Além disso, segundo eles, não há nada na Bíblia que indique essa data como sendo o dia do nascimento de Jesus, portanto, não há celebração. 

Diferentes mas iguais

Apesar das diferenças no que se acredita e na maneira de se colocar a fé em prática, uma coisa pode ser considerada unanimidade: toda religião busca o bem estar dos seus e o cultivo do amor e respeito. Que assim seja nos lares de quem comemora, e de quem não comemora as festas de fim de ano, e que em 2020, todos possam professar sua fé livres de todo e qualquer preconceito.  

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Representantes das três religiões monoteístas - cristianismo, judaísmo e islamismo - assinaram e entregaram ao papa Francisco um documento no qual se pronunciam contra a eutanásia e a morte assistida, consideradas "moral e intrinsecamente incorretas".

Estas práticas devem ser "proibidas sem exceção" e "qualquer pressão ou ação sobre os pacientes para incitá-los a terminar com suas próprias vidas é categoricamente rejeitada", afirma o documento.

Os representantes das "religiões abraâmicas", o rabino David Rosen, diretor de Assuntos Religiosos do Comitê Judaico Americano; o bispo Vincenzo Paglia, presidente da Academia Pontifícia para Vida; o representante Metropolitano (ortodoxo) de Kiev, Hilarion; e o presidente do Comitê Central da Muhammadiyah de Indonésia (Associação Sociocultural Muçulmana), Samsul Anwar, assinaram o texto em um evento solene no Vaticano.

A ideia da declaração foi proposta ao papa pelo rabino Avraham Steinberg, copresidente do Conselho Nacional de Bioética de Israel.

O documento também autoriza a objeção de consciência para profissionais da área da saúde em todos os hospitais e clínicas.

"Nenhum operador de saúde deve ser coagido ou pressionado para ajudar direta ou indiretamente a morte deliberada e intencional de um paciente por morte assistida ou qualquer forma de eutanásia", afirma o texto.

Este direito deve ser "universalmente respeitado", mesmo "quando tais atos tenham sido declarados legais a nível local ou para determinadas categorias de pessoas".

Na Itália, o Tribunal Constitucional descriminalizou recentemente a morte assistida, que pode ser considerada legal no caso de cumprimento de uma série de condições.

O documento pede "uma presença qualificada e profissional para os cuidados paliativos, em todas as partes e acessível a todos".

"Mesmo quando é difícil suportar a morte, estamos comprometidos moral e religiosamente a proporcionar consolo, alívio da dor, proximidade e assistência espiritual à pessoa que está morrendo e a sua família", afirmam os signatários.

Sob o princípio de que "a vida merece ser respeitada até seu fim natural", as três religiões prometem "apoiar as leis e políticas públicas que defendem os direitos e a dignidade dos pacientes com doenças terminais para evitar a eutanásia e promover cuidados paliativos".

Também se comprometem a proporcionar o "máximo de informações e ajuda aos que enfrentam enfermidades graves e a morte".

As três religiões desejam "sensibilizar a opinião pública sobre os cuidados paliativos com uma capacitação adequada e a implementação de recursos para o tratamento do sofrimento e da morte", completa o texto.

 

PARA SEXTA

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A religião é um tema que tem grande importância e influência na cultura e na organização de todos os povos ao longo da história mundial. O Cristianismo, adotado por mais de uma religião com diversas igrejas espalhadas pelo mundo, tem muita influência no pensamento social, leis, costumes de alimentação, calendário e muitos outros aspectos tanto no mundo ocidental quanto no oriente médio, por exemplo. 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aborda questões de maneira interdisciplinar, usando textos que relacionam vários temas para que os estudantes demonstrem conhecimento de mundo de forma ampla. A prova de ciências humanas trata de temas de História, Sociologia, Geografia e Atualidades de forma integrada a questões que permeiam a vida cotidiana dos estudantes, além de avaliar seus conhecimentos sobre o que acontece no restante do mundo.

Assim, a influência do Cristianismo não deixaria de aparecer na prova, quer seja de forma direta ou indireta, através da contextualização dos temas. O LeiaJá entrevistou o professor Wilson Santos, que dá aulas de História, para explicar de que maneira o Cristianismo cai no Enem e de que maneira os feras podem se preparar para, no dia da prova, ter segurança de responder às questões sem dificuldades.

Processos Históricos 

O professor Wilson explica que o Enem costuma abordar de que maneira determinados processos históricos afetam a vida cotidiana na atualidade. Ele explica que o fato de a população brasileira ser majoritariamente católica e que “isso advém do processo de colonização, ou seja, do nosso passado, um passado que ainda se faz presente”, contou o professor. 

Outro ponto que ele aponta como uma abordagem possível e que já apareceu, por exemplo, como tema de redação, é a intolerância, muito comumente associada às religiões. Para o professor, temas como conflitos religiosos, submissão da mulher, debates sobre temas como o aborto na política e perseguição a pessoas que professam religiões não-cristãs também podem ser tocados pela prova. 

Ainda nesse contexto, questões sobre Antiguidade tocam diretamente o Cristianismo ao cobrar conhecimentos sobre o Império Romano, sua influência na região onde Jesus viveu, além da perseguição, tortura e humilhação dos cristãos na Roma Antiga.

A história do povo judeu também merece uma atenção especial dos feras. O período de escravidão no Egito, a libertação e a falta de território próprio são temas importantes. Além disso, o período da Segunda Guerra Mundial e a perseguição do regime Nazista de Adolf Hitler, com suas ideias de pureza racial, massacraram os judeus no holocausto e também sempre aparece no Enem.  

Geopolítica

O Oriente Médio e os conflitos que o permeiam sempre são assuntos abordados pelo Enem. O professor explica que o fato de essa parte do mundo ser o berço de três religiões com grande número de fieis (Judaísmo, Islamismo e o Cristianismo), sendo considerada sagrada por muitos povos que vivem em uma disputa por território, além de ser rica em petróleo, colocam as questões ligadas à guerra na Síria e ao conflito entre Israel e Palestina na nossa lista. 

Cultura 

A influência cristã também é muito perceptível em vários costumes e características do povo brasileiro e também de outras nacionalidades. A arquitetura das igrejas e mosteiros, a arte sacra, a literatura e construções do período colonial são exemplos de influências visíveis e que podem aparecer nas questões de ciências humanas e também de linguagem. 

O calendário, a gastronomia e as festividades brasileiras também são muito marcados por costumes que têm sua origem no cristianismo. O professor Wilson destaca como exemplos a Páscoa, o Carnaval, as festas juninas, padroeiras e padroeiros das cidades. 

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Belém, na Cisjordânia, um território palestino ocupado há quase meio século por Israel, é o lugar onde nasceu Jesus, segundo a tradição cristã, mas também abriga locais santos para o judaísmo e o islã.

No coração de Belém, a Igreja da Natividade, construída no século IV no lugar de nascimento de Jesus, atrai peregrinos cristãos e muçulmanos. A gruta sob a igreja é uma cripta retangular pavimentada com mármore.

Três igrejas cristãs (ortodoxa, católica e armênia) administram o edifício, submetido a uma série de transformações ao longo dos séculos. Os muçulmanos têm direito a rezar na ala sul da basílica. Belém, que ocupa um lugar importante na Bíblia, fez uma primeira aparição em Gênesis sob o nome de Efrata, onde morre Raquel, esposa do patriarca Jacó, neto de Abraão.

O Túmulo de Raquel, no extremo da cidade, é o terceiro local mais sagrado no judaísmo, depois do Monte do Templo em Jerusalém (chamado de Esplanada das Mesquitas pelos muçulmanos) e da Caverna dos Patriarcas em Hebron (mesquita de Ibrahim para os muçulmanos).

Patrimônio da Unesco

Em junho de 2012, a Igreja da Natividade passou a fazer parte da lista do Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco, apesar da forte oposição de Israel e dos Estados Unidos. Os palestinos declararam uma vitória "histórica".

Em outubro de 2010, o conselho executivo da Unesco adotou uma resolução que descreve o Túmulo de Raquel como sendo também uma mesquita - "a mesquita Bilal Bin Rabah/Túmulo de Raquel em Belém".

Procissão e missa do galo

Todos os anos em 24 de dezembro, Belém vive no ritmo das celebrações de Natal. Estas começam com uma procissão do patriarca latino, que parte de Jerusalém e cruza o muro de separação construído por Israel.

As fanfarras dos escoteiros escoltam a procissão, ao som de gaitas e tambores, até a Igreja da Natividade. Na praça do Pesebre de Belém, há muitas procissões coloridas.

À meia-noite, o patriarca latino celebra a tradicional missa do galo, na Igreja de Santa Catarina, ao lado da basílica da Natividade, com a presença de muitos líderes religiosos e representantes políticos palestinos.

Prisioneira do muro de separação israelense

Em 2002, Israel ergueu uma barreira de segurança na Cisjordânia ocupada, considerada um "muro do apartheid" pelos palestinos, que separa Belém de Jerusalém, a menos de 10 quilômetros de distância, e de localidades palestinas vizinhas.

Em 7 de abril, Israel começou a levantar seu muro no setor de maioria cristã de Beit Jala e do vale de Cremisã, perto de Belém.

Dois milhões de peregrinos

O distrito de Belém, onde vivem cerca de 210.000 palestinos, compreende Belém (40.000 habitantes), Beit Jala, Beit Sahour, 30 aldeias e três campos de refugiados. A cidade, que tinha maioria cristã há meio século, hoje é predominantemente muçulmana, mas os cristãos têm um papel central na vida econômica.

O turismo é um dos principais recursos da cidade, e a Igreja da Natividade atrai dois milhões de peregrinos todos os anos.

Parece até a introdução de uma daquelas piadas de estereótipo, mas é uma simples assertiva para reflexão: o que um católico, um evangélico, um judeu e um ateu tem em comum? No amplo bojo de similaridades, podemos inserir o fato de que, de alguma forma, todos eles vivem a Páscoa, seja por seus significados religiosos, ou simplesmente pelo evento, tradicional, familiar e cultural, que esta se tornou. Mas, precisamente, o que cada uma dessas correntes ideológicas tem a dizer sobre o período, que popularmente lembra peixe, vinho e ovos de chocolate, mas que parece transcender à essa primeira interpretação simplista?

Sobre o assunto, discorrem o arcebispo de Recife e Olinda Dom Fernando Saburido, o pastor da Igreja Batista da Capunga Ney Ladeia, o assessor da comunidade israelita de Pernambuco Jader Tachlitsky, que também é professor de história judaica, e o historiador Anderson Botelho. Cada qual defende seu ponto de vista e as tradições de sua fé, no que tange à celebração da Páscoa,ou busca através do conhecimento científico pôr em xeque histórias ou "mitos" tomados como dogmas, pelas mais tradicionais religiões monoteístas do mundo.

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Confira o vídeo completo e fique por dentro do Quadrilátero da Páscoa:

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Nem todas as pessoas comemoram o Natal no dia 25 de dezembro. Algumas culturas, nem sequer comemoram o Natal, como referência ao nascimento de Jesus Cristo (ou Jesus de Nazaré).

Natal é um feriado e festival religioso cristão originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno e adaptado pela Igreja Católica, no terceiro século d.C., pelo imperador Constantino para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.

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Porém, nem todas as culturas absorveram a tradição de celebrar o dia 25 de dezembro, seja como uma homenagem ao nascimento de Jesus, ou, pela adoração da passagem do sol ao redor da Terra.

Islamismo

Ao contrário das religiões cristãs - para as quais Jesus é o Messias, o enviado de Deus - o islamismo dá maior relevância aos ensinamentos de Mohamad, profeta posterior a Jesus (que teria vivido entre os anos 570 e 632 d.C.), pois este teria vindo ao mundo completar a mensagem de Jesus e dos demais profetas.

Em relação à celebração do Natal, os muçulmanos mantêm uma relação de respeito, apesar de a data não ser considerada sagrado para o seu credo.

Para os muçulmanos, existem apenas duas festas religiosas: o Eid El Fitr, que é a comemoração após o término do mês de jejum (Ramadan) e o Eid Al Adha, onde comemoram a obediência do Profeta Abraão a Deus.

Judaísmo

Os judeus não comemorem o Natal e o Ano Novo na mesma época que a grande maioria dos povos, mas para eles, o mês de dezembro também é de festa. Apesar de acreditarem que Jesus existiu, os judeus não mantêm uma relação de divindade com ele.

Na noite do mesmo dia 24 de dezembro os judeus comemoram o Hanukah, que do hebraico significa festa das luzes. Esta data marca a vitória do povo judeus sobre os gregos conquistada, há dois mil anos, em uma batalha pela liberdade de poder seguir sua religião.

Apesar de não ser tão famosa no Brasil, a festa de Hanukah, que, tradicionalmente, dura 8 dias, em outros países é tão "pop" como o Natal. Em Nova Iorque, por exemplo, as lojas que vendem enfeites de Natal também vendem o menorah (candelabro de 8 velas considerado o símbolo da festividade judaica). "Para cada um dos 8 dias acendemos uma vela até que o candelabro todo esteja aceso no último dia de festa", explica o rabino.

O peru e bacalhau típicos do Natal católico são substituídos por panquecas de batata e bolinhos fritos em azeite. E em vez de desembrulharem presentes à meia-noite, as crianças recebem habitualmente dinheiro.

Budismo

Não há envolvimento do budista com a característica particular da comemoração do Natal do mundo ocidental, ou seja, da comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Mas, os budistas admiraram as qualidades daqueles que lutam pela humanidade e, por isso, respeitam a tradição já estabelecida, respeitando a figura de Jesus Cristo, que para eles é considerado um “Bodhisattva” – um santo ou aquele que ama a humanidade a ponto de se sacrificar por ela. Para os budistas ocidentais, o dia 25 de Dezembro tem um cunho não cristão, mas sim, espiritual.

Protestantismo

Embora seja uma religião cristã, é subdividida em diversas “visões” da Bíblia. Algumas comemoram o Natal como os católicos, outros buscam na Bíblia e no histórico religioso, cuja data de nascimento de Cristo é discutida, um fundamento para não comemorar a data tal como é comemorada no catolicismo. É o caso das testemunhas de Jeová, por exemplo. Já a Assembleia de Deus e a Presbiteriana comemoram o Natal com o simbolismo da presença de Cristo entre os homens, onde a finalidade é levar a uma instância reflexiva a respeito de Cristo. Festejar condignamente o Natal é uma bênção e inspiração para todos quantos nasceram do Espírito ao tornarem-se filhos de Deus pela fé em Cristo, para os evangélicos.

Afro-Brasileiras (Candomblé e Umbanda)

Yemanjá, Yansã e Oxum são entidades comemoradas ao longo do ano nas religiões afro-brasileiras, que têm no mês de dezembro um simbolismo todo especial. Mas para os umbandistas a comemoração do natal cristão é algo mais natural, porque a maioria dos seus seguidores e médiuns praticantes veio da religião cristã. A umbanda encontrou um lugar para Cristo no rol de suas divindades – ele é associado a Oxalá, considerado o maior Orixá de todos. No dia 25 de dezembro, os umbandistas agradecem à entidade que, segundo a sua crença, comanda todas as forças da natureza.

Alguns terreiros de Candomblé também oferecem algum ritual especial à data, mas a prática não configura uma passagem obrigatória em todos os centros.

Hinduísmo

As mais importantes celebrações do hinduísmo são ocorridas na Índia, por meio da Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. O Durga Puja é a festa da energia divina. Já o festival de Ganesh é celebrado nos estados do sul da Índia, com danças alegres e cantos. O Diwali é o “festival das luzes” em que em cada casa, em cada templo são colocadas milhares e milhares de luzes, acesas toda a noite. O significado destas festas é adorar a Energia Divina.

Taoísmo

O taoísmo, religião majoritariamente vista na China, não tem qualquer celebração no Natal. No entanto, a religião tem inúmeras datas onde se comemora o nascimento de grandes mestres ou sua ascensão. O Ano Novo Chinês, assim como no budismo, é a data mais comemorada para os taoístas. Nesse dia se celebra o Senhor do Princípio Inicial.

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Diferente do tradicional Réveillon brasileiro, o ano novo judaico – chamado de Rosh Hashaná – não tem representação histórica, apenas religiosa, onde a auto reflexão e ‘‘penitência’’ marcam o momento para este povo. Ele se inicia nos dois primeiros dias do mês tishrei, correspondentes, em 2013, aos dias 05 e 06 de setembro no calendário civil e dura 10 dias.  

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No período é celebrado o sexto dia de criação do mundo, quando Deus criou o primeiro homem – Adão – portanto, o aniversário de toda a humanidade. Passou a ser considerado o ano novo judaico, em épocas pós-exílio e, a partir da literatura pós-bíblica, começou a ser chamado de Rosh Hashaná (cabeça do ano), que deveria ser anunciado pelo Shofar – chifre de carneiro ocado. 

O instrumento de sopro é tocado diariamente durante todo o mês de elul, que precede ao mês tishrei, anunciando a chegada de um novo ano. O primeiro dia do Rosh Hashaná é conhecido como Yamim Noraim, que significa "dias temíveis". O ano novo é celebrado nas sinagogas, onde serão pronunciadas orações direcionadas à relação do ser humano com Deus e consigo mesmo. 

Segundo o Prof. St. Cloud da Universidade Estadual de Minnesota, o rabino-progressista Joseph Edelheit, este momento serve de preparação para o Yom Kipur – Dia do perdão. “É um período de introspecção, para pedirmos perdão por todos os nossos erros”, afirmou o rabino.

A coordenadora de Estudos Judaicos do Colégio Israelita, Ilana Kreimer, explica que todo esse processo não é apenas para pedir perdão a Deus, e sim para que o judeu torne-se uma pessoa melhor. “Esse momento serve para nós perdoarmos uns aos outros, isso nos torna melhores. E uma pessoa melhor, contribui com a sociedade no geral”. 

Os alunos do Colégio Israelita conversaram sobre o que é o Rosh Hashaná e o quanto o período é importante para eles. “Para nós, esse momento é quando Deus vai colocar nosso nome no livro da vida e somente no outro ano é que ele poderá colocar de novo. Se nós não nos arrependermos das coisas ruins que fizemos, não teremos direito a ter o nome no livro e é ter o nome lá que nos dá anos de vida”, explicou Léa Ribemboim, de 8 anos.

O objetivo do Yom Kipur (dia 15 de setembro) é conseguir atingir a “pureza”, que de acordo com o judaísmo, é a finalidade para qual fomos criados por Deus. Neste dia, é realizado um jejum que dura em torno de 25 horas, começando ao anoitecer da véspera (14/9), até o aparecimento da primeira estrela no outro dia, onde acontece o encerramento - que também é feito com o toque do Shofar.

Nesta sexta-feira (23), às 16h, as instalações da VIII Bienal do Livro de Pernambuco servirá de palco para os estudantes da Escola de Referencia em Ensino Médio Floriano Peixoto. É que os jovens estudantes apresentarão o espetáculo “Um casamento judaico”. A peça aborda as tradições do casamento judaico.  A apresentação, que tem 30 minutos de duração, acontecerá no estande da Secretaria estadual de educação, montado no evento.

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