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Depois de ser aprovado na Câmara dos Deputados nessa quarta-feira (22), o projeto de Lei que regulamenta a terceirização do mercado de trabalho no país pode ir parar na gaveta do Senado. Isso porque o presidente da Casa, o senador Renan Calheiros (PMDB-RN) não concorda com a proposta e sabe que, mesmo que os senadores façam alterações, elas poderão ser derrubadas pelos deputados posteriormente.

Como o projeto original partiu da Câmara – o autor foi o ex-deputado Sandro Mabel (PL/GO) – cabe a Casa revisar a matéria antes de enviá-la para a sanção. Ou seja, os senadores até podem mudar o texto, mas como o PL voltará para a apreciação dos deputados, eles poderão voltar ao texto acordado na Casa. O próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já tinha dado indício que essa será a pretensão. "O que a Câmara decidir pode ser revisado pelo Senado. Mas a última palavra será da Câmara. A gente derrubaria a decisão se o Senado desconfigurar o projeto", frisou.

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Diante disso, Calheiros deverá adiar, o quanto for possível, a apreciação do texto pelo plenário do Senado. Pessoas ligadas ao senador já falam em segurar a votação, pelo menos, até janeiro de 2017, quando a gestão de Calheiros será encerrada. "Demorou 11 anos para passar na Câmara, se demorar cinco para tramitar no Senado está bom", afirmou um interlocutor direto de Calheiros, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de tempo real da Agência Estado.

De fato, a matéria encontrará barreiras no Senado. Os líderes do PMDB e do PT, as duas maiores bancadas da Casa, já disseram que querem alterar o projeto. "A terceirização é importante, mas ela não pode ocupar o espaço fim de qualquer empresa", disse o peemedebista Eunício Oliveira (CE).

Em discurso no plenário, o petista Humberto Costa (PE) classificou o projeto como "disseminador de miséria e desigualdade social", que vai produzir um regime paralelo de empregos precarizados. "Nós do PT não aceitamos esse tipo de violência social. É nossa obrigação assegurar a proteção do emprego direito na atividade finalística. Não há qualquer negociação que possamos abrir sobre atividade-fim das empresas. Ou ela sai do projeto ou votaremos contra", salientou.

Uma estratégia para "desacelerar" a tramitação do projeto é fazer com que ele passe por várias comissões permanentes, para que sejam realizadas sessões e audiências públicas nas comissões e no plenário. Humberto apostou que, pela envergadura da proposta, ela terá de passar por pelo menos quatro comissões da Casa.

Câmara

A Câmara dos Deputados concluiu a votação das emendas ao projeto nessa quarta-feira (22), aprovando inclusive a mudança no texto que permite a terceirização das atividades-fim das empresas do setor privado. A emenda, de autoria do PMDB e do Solidariedade, foi aprovada por 230 votos a 203.

Os pernambucanos que votaram a favor desse dispositivo foram Augusto Coutinho (SD), Bruno Araújo (PSDB), Eduardo da Fonte (PP), Fernando Coelho Filho (PSB), Fernando Monteiro (PP), Jorge Côrte Real (PTB), Kaio Maniçoba (PHS), Mendonça Filhop (DEM) e Sílvio Costa (PSC). Já Anderson ferreira (PR), Betinho Gomes (PSDB), Cadoca (PCdoB), Daniel Coelho (PSDB), Gonzaga Patriota (PSB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), João Fernando Coutinho (PSB), Luciana Santos (PCdoB), Raul Jungmann (PPS), Ricardo Teobaldo (PTB), Tadeu Alencar (PSB), Wolney Queiroz (PDT) e Zeca Cavalcanti (PTB) foram contrários.

O texto também estabelece que as empresas passem a ser solidárias nas questões dos direitos trabalhistas e previdenciários, tornando-as corresponsáveis nas ações trabalhistas. Em outra votação, os parlamentares aprovaram emenda que determina a aplicação de cota de contratação de pessoas com deficiência para todos os trabalhadores da empresa entre os próprios e os terceirizados.

Outra mudança em relação ao texto-base é a diminuição, de 24 para 12 meses, do período de quarentena que ex-empregados da contratante têm de cumprir para poder firmar contrato com ela se forem donos ou sócios de empresa de terceirização. Os aposentados não precisarão cumprir prazo. A quarentena procura evitar a contratação de ex-empregados por meio de empresas individuais.

Com informações de agências.

Reviravoltas marcaram a semana política em Pernambuco e no país. O governo federal deu continuidade a uma minirreforma ministerial e adotou novas estratégias para a articulação com o Congresso. PTB e DEM deram continuidade aos debates para a fusão das legendas. A Polícia Federal iniciou mais uma fase da Operação Lava Jato.

Na semana em que completou cem dias do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff empossou o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Outras mudanças foram feitas no primeiro escalão do governo federal – a Secretaria de Relações Institucionais deixou de existir e as funções foram atribuídas à Vice-Presidência da RepúblicaA decisão dividiu opiniões. Pepe Vargas irá substituir Ideli Salvatti na Secretaria de Direitos Humanos.

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Na última quarta (8), Dilma se reuniu com representes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). No encontro, ela apresentou aos prefeitos um cenário difícil para a economia neste ano. Disse, inclusive, que 2015 será um ano "de vacas magras". Em Brasília, durante o III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, prefeitos de todo o País pregaram a realização de um pacto federativo de combate e prevenção à corrupção, envolvendo União, Estados e municípios.

Governo de PE
Entre altos e baixos, a gestão do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também completou os primeiros 100 dias. Durante o período, questões como a crise penitenciária, o aumento dos homicídios, o anúncio da versão de 2015 do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e o início do Todos por Pernambuco alcançaram destaque tanto para a base governista quanto para a oposição.

Câmara, inclusive, fez uma visita ao ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB), na residência do tucano, em São Paulo. Na reunião, eles abordaram os cenários político e econômico do Brasil. “O ex-presidente Fernando Henrique é uma pessoa muito experiente que governou o Brasil por oito anos, que tem uma vivência pública, um espírito público de elevado grau. Para mim, foi muito importante essa conversa”, avaliou o socialista.

Fusão
Apesar dos impasses, PTB e DEM decidiram avançar na fusão, mas ainda há muitas questões a serem tratadas, especialmente se a legenda permanecerá na base aliada do governo ou atuará na oposição. “Temos uma harmonização já posta em 19 estados e nos outros ainda há impasses, Pernambuco é um deles, e eu não acho que é uma coisa simples de se decidir”, considerou o deputado federal e presidente estadual do DEM, Mendonça Filho.

Legislativo
No Recife, a comissão especial de reforma política da Câmara dos Deputados realizou audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). No encontro, foram discutidas as principais propostas do grupo para a reorganização do sistema eleitoral no Brasil e foram coletadas propostas de parlamentares e entidades locais. O relator Marcelo Castro (PMDB-PI) garantiu agilizar a entrega de uma Proposta de Ementa à Constituição (PEC) sobre o assunto.

Com apoio do PT, centrais sindicais e movimentos sociais realizaram uma manisfestação contra o projeto de Lei 4330, conhecido como projeto da terceirização, cujo texto-base foi aprovado pelo plenário da Câmara. Outras reivindicações foram as medidas provisórias 664 e 665 que tratam de benefícios como o seguro desemprego e a previdência social. Protesto em Brasília terminou em confusão.

Na CPI da Petrobras, o tesoreiro do PT, João Vaccari Neto, negou que tenha recebido propinas para a legenda de dinheiro desviado de grandes contratos da Petrobras. Um ato inusitado também marcou a sessão: roedores foram soltos no plenário, causando tumulto e bate-boca entre os deputados. Servidor foi detido e será exonerado.

Lava Jato
Na sexta (10), a Polícia Federal deflagou a 11ª fase da Operação Lava Jato, denominada A Origem. Esse nome faz referência às investigações dos ex-parlamentares, cujo envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef foi descoberto nas primeiras etapas da operação, no ano passado. O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) está na lista dos presos. Segundo a PF, a nora e um ex-funcionário do progressista atuavam como "laranjas".

 

O anúncio do governo federal de que a articulação política ficará sob o comando do vice-presidente da República, Michel Temer, dividiu opiniões no Congresso Nacional. Parlamentares aliados acreditam que a relação entre o Legislativo e o Executivo irá melhorar, a partir de agora. Já a oposição acredita que decisão “aumenta o caos”.

Para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais críticos da gestão de Dilma Rousseff, o diálogo com o Palácio do Planalto ficará mais fácil já que Temer “tem bom trânsito [no Congresso] para ajudar o governo". Em reunião nessa terça (7) com o vice-presidente, ele garantiu que não foi tratado nenhum pedido especial. "Nossa postura é manter a pauta da Casa com independência e ajudar na governabilidade, como tenho feito. Não tenho atrapalhado a governabilidade", frisou.

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também se mostrou otimista e considerou Temer como “a melhor pessoa” para resgatar a coalizão de partidos da base aliada. "Ninguém melhor do que o presidente Michel Temer para exercer com competência essa tarefa que é, como todos sabem, complexa", salientou.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apontou a experiência de Temer como parlamentar como um dos pontos positivos para fazer a articulação. “Ninguém melhor para essa missão do que o ex-presidente desta Casa, que foi parlamentar por 25 anos e pode consolidar a nossa base e qualificar a relação do governo com o Congresso, inclusive dialogando com a oposição responsável”, frisou.

Já para líderes da oposição, a extinção da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e a transferência das atribuições para o vice-presidente foram negativas. “A presidente abriu mão de governar, é preciso que alguém lhe avise que, constitucionalmente, ela ainda está na chefia do governo”, disse o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). O líder da Minoria da Câmara, deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) engrossou o coro. “O ato da presidente da República diz ao Brasil que ela não tem capacidade para se relacionar com o Congresso Nacional, que não tem apetite para conversar com senador, não tem saco para atender deputado", ressaltou.

Já o deputado Silvio Costa (PSC-PE) acusou a oposição de temer que Michel Temer seja bem sucedido. “Estão incomodados porque Michel é tão encantador que muita gente da oposição está se mexendo para ir para lá. Se hoje tinham 280 deputados da base, daqui a uma semana, a base irá para 450”, sustentou.

A Câmara dos Deputados abriu o período de inscrições para a 12ª edição do Parlamento Jovem Brasileiro, programa que proporciona aos jovens a oportunidade de vivenciar, durante cinco dias, uma simulação do trabalho de um deputado federal. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de junho, pelo site do programa.

Podem participar alunos do ensino médio ou técnico de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, com idades entre 16 e 22 anos. O interessado tem que estar matriculado no 2º ou no 3º ano do ensino médio ou no 2º, 3º ou 4º ano do ensino técnico, na modalidade integrada ao ensino médio.

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Para participar, o estudante precisa elaborar um projeto de lei propondo mudanças para melhorar a realidade do País. O tema é livre, mas deve ter impacto nacional. O projeto de lei deve ser enviado juntamente com a ficha de inscrição e com toda a documentação necessária à Secretaria de Educação do estado do estudante, na forma prevista no Manual de Procedimentos do PJB 2015.

Serão selecionados 78 projetos. O número de representantes jovens por estado é proporcional ao número de deputados de cada um deles. São Paulo, por exemplo, que tem o maior número de deputados na Câmara, recebe 11 parlamentares jovens, enquanto o Distrito Federal e o Acre, que têm oito representantes, recebem um representante jovem.

A pré-seleção é feita pelos coordenadores estaduais do programa, que são servidores designados pelas secretarias de Educação.

O programa ocorrerá entre os dias 21 e 25 de setembro, quando os estudantes participarão de debates e votações simuladas na Câmara dos Deputados. Com a experiência, espera-se que os jovens tenham melhor compreensão sobre o Poder Legislativo e sobre participação e cidadania.

 

Com iniciativa do Plenarinho da Câmara dos Deputados estão abertas as inscrições para os “vereadores mirins” - projeto 2015, que ocorre em outubro, em Brasília. O projeto proporciona a estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental a experiência de analisar, discutir e votar projetos de lei feitos por eles próprios numa aula de cidadania e democracia.

Serão abertas vagas para dez Câmaras Municipais e cada uma poderá levar até dez vereadores mirins. Para fazer a inscrição é preciso enviar, até 15 de maio, um e-mail para plenarinho@camara.leg.br. Caso haja número superior de interessados em participar, será realizado um sorteio e o resultado será divulgado em 18 de maio. Os vereadores mirins devem estar regularmente matriculados do 5º ao 9º ano e as despesas não serão custeadas pela Casa Federal. 

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Projetos - Em breve, o Plenarinho abrirá inscrições para as crianças enviarem projetos de lei ao Câmara Mirim. Em julho, os seis melhores projetos serão selecionados por uma comissão. Os vereadores mirins deverão analisá-los durante o mês de agosto e escolher os três melhores. Depois de escolhidos os melhores por todos os participantes do Câmara Mirim, os vereadores mirins devem voltar a trabalhar neles, apresentando pareceres e, quando for o caso, sugestões para melhorar as propostas. Ou seja, irão simular o trabalho legislativo.

Confira o regulamento do projeto AQUI

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), lança, nesta sexta-feira (20), o programa Câmara Itinerante, em Curitiba. A iniciativa tem o objetivo de levar os parlamentares a várias cidades do país e promover um debate de temas nacionais e regionais.

"É uma experiência em que vamos debater a reforma política, debater o pacto federativo e outros temas e também ouvir. Eu acho que é um projeto interessante que a gente vai aproximando a Câmara da realidade dos eleitores e os seus representantes", explicou Cunha.

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Segundo o peemedebista, a intenção é visitar as cinco regiões do país com o projeto. "Vamos alternar, a cada semana, um estado de cada região, voltando para a mesma região do início", adiantou. 

O projeto também pretende colher sugestões de projetos que possam pautar as ações da Câmara dos Deputados.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) definiu os parlamentares que vão integrar a Comissão de Ética da Casa. O colegiado é responsável pelas matérias relacionadas  à disciplina e à ética do parlamentar, além de julgar e criar processos disciplinares que envolvam deputados. 

Foram eleitos para compor o grupo como titulares os deputados Ossésio Silva (PRB), Eduíno Brito (PHS), Joaquim Lira (PSD), José Humberto Cavalcanti (PTB), Lucas Ramos (PSB), Miguel Coelho (PSB) e Tony Gel (PMDB). Na lista dos suplentes estão Ângelo Ferreira (PSB), Clodoaldo Magalhães (PSB), Waldemar Borges (PSB), Priscila Krause (DEM), Ricardo Costa (PMDB), Zé Maurício (PP) e Júlio Cavalcanti (PTB).

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A distribuição das cadeiras foi baseada na proporcionalidade das bancadas. O presidente da Comissão de Ética será escolhido na primeira reunião do grupo, marcada para a manhã desta terça-feira (10).

Ouvidor-Geral da Alepe

A Alepe também elegeu o novo ouvidor-geral da Casa. O cargo será ocupado pelo deputado estadual Adalto Santos (PSB). O setor é responsável, dentre outras atribuições, por aplicar a Lei de Acesso à Informação, receber, examinar e encaminhar sugestões, críticas, reclamações de pessoas físicas e jurídicas, no âmbito da Alepe.

O socialista ficará no cargo por um período de dois anos.

Em defesa das medidas de ajuste fiscal proposto pelo governo, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse acreditar que haverá parceria entre o Executivo e o Legislativo e que o Congresso Nacional “nunca faltou ao país” e “não faltará nesse momento”.

“Oitenta por cento do ajuste dependem do governo. O Congresso nunca faltou ao país e acho não faltará neste momento. O Congresso sabe da importância do ajuste fiscal, e temos dialogado com as bacadas, e têm sido bem recebidos os argumentos e fundamentos do ajuste fiscal. Acho que teremos a parceria com o Congresso. Vejo uma grande responsabilidade das principais lideranças políticas”, disse em entrevista, no Palácio do Planalto.

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Mercadante comparou o ajuste fiscal ao dentista. “Ajuste fiscal é agradável? Não. É mais ou menos como ir ao dentista, ninguém quer ir, mas de vez em quando tem que ir. Temos que fazer ajuste fiscal e vamos fazer. Quando mais rápido, melhor para o país”. Ele disse que as medidas são necessárias para uma retomada do crescimento.

Quatro das 12 comissões permanentes do Senado já têm reuniões marcadas para a próxima semana. Nesse primeiro encontro, elas confirmarão no cargo os seus presidentes, indicados pelos líderes partidários.

Na terça-feira (3), reúnem-se as comissões de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), às 9h; de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), às 11h; e de Direitos Humanos (CDH), às 11h15. Já na quarta-feira (4) será a vez da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), às 11h30.

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Seguindo o que prevê o Regimento Interno do Senado, as reuniões inaugurais do ano devem ser presididas pelo membro mais idoso de cada comissão, que conduzirá a eleição do presidente. Embora presidentes já tenham sido indicados pelos partidos, o que é prática comum na Casa, é preciso formalizá-los em processo eleitoral. Também serão escolhidos os vice-presidentes.

Na CCT, o senador João Alberto Souza (PMDB-MA) dirigirá a eleição, que deverá confirmar Cristovam Buarque (PDT-DF) como presidente. Na CMA, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) será o presidente provisório, e Otto Alencar (PSD-BA) é o nome apontado para o cargo.

José Maranhão (PMDB-PB) presidirá a sessão inicial tanto da CDH quanto da CDR. Na primeira, Paulo Paim (PT-RS) está indicado para a presidência. Na segunda, Davi Alcolumbre (DEM-AP) deverá ser o presidente.

*Com informações da Agência Senado

A primeira sessão do Congresso Nacional está marcada para a próxima terça-feira (24). Após duas semanas de trabalho e o feriadão de Carnaval, os parlamentares terão uma pauta com novas regras para análises de vetos presidenciais, Orçamento 2015 e propostas que estão perto de trancar a pauta.

O projeto de resolução 1/2015, aprovado pelas Mesas do Senado e da Câmara, visa tornar mais ágil a análise dos vetos e também adequar as sessões ao fim do voto secreto nesse tipo de deliberação. Se o texto for aprovado pelos parlamentares, a votação dos vetos será em cédulas eletrônicas, com a identificação do parlamentar. Nessa cédula estarão todos os vetos da respectiva ordem do dia.

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Até o início das votações, os parlamentares poderão apresentar destaques, nome dado a sugestões de mudanças pontuais no texto de uma proposição legislativa. A quantidade de destaques, porém, estará limitada ao tamanho de cada bancada. De 5 a 24 deputados ou de 3 a 5 senadores, um destaque; de 25 a 49 deputados ou de 6 a 11 senadores, dois destaques; de 50 a 74 deputados ou de 12 a 17 senadores, três destaques; e 75 ou mais deputados ou 18 ou mais senadores, quatro destaques.

O tempo dos discursos também será disciplinado. Os oradores inscritos poderão falar por até cinco minutos. Após a fala de quatro senadores e de seis deputados, o processo de votação será iniciado, mesmo com a continuidade dos debates. Os líderes terão até um minuto para orientar as bancadas.

Vetos

Os quatro dispositivos incluídos na pauta precisam ser votados ou trancarão a pauta no final de fevereiro. Um deles altera a jornada de trabalho dos psicólogos, que passa a ter duração e remuneração extraordinária estabelecidas por instrumento coletivo de trabalho. Já o veto 32/2014 exigia um quórum diferenciado para fins de aprovação de convênio que tenha por objeto a concessão de remissão dos créditos tributários constituídos em decorrência de benefícios ou incentivos fiscais, entre outras alterações.

Também está na pauta o veto 33/2014 aplicado ao projeto de Lei que determina a destinação, para o transporte escolar das prefeituras, dos veículos de transporte coletivo apreendidos e em aplicação da pena de "perdimento", por terem ingressado irregularmente no Brasil. Já o veto 34/2014 desconsiderou totalmente o projeto de Lei que reduzia a contribuição previdenciária para patrões e empregados domésticos.

Orçamento 2015

Apesar de constar na pauta da sessão, o projeto do orçamento 2015 não poderá ser analisado pelos parlamentares. Isso porque o relator da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), decidiu incluir emendas dos novos parlamentares, eleitos em outubro do ano passado. Eles têm até segunda-feira (23) para apresentarem as novas emendas aos líderes das bancadas.

Após duas semanas de atividades legislativas, os partidos políticos elegeram os líderes de suas bancadas na Câmara dos Deputados. Entre os pernambucanos, Bruno Araújo (PSDB) é o novo líder da Minoria. Já Mendonça Filho representa os Democratas. O deputado Eduardo da Fonte é líder do Partido Progressista. O PSB escolheu Fernando Coelho Filho para a liderança.

Bruno Araújo promete um "enfrentamento combativo" contra o governo de Dilma Rousseff. "Uma presidente que, em poucos dias de início do segundo mandado, fez tudo diferente, não do que prometia, mais ainda, do que atribuía a seu adversário. Aumentou taxa de juros, aumentou impostos, suprimiu direitos trabalhistas, aumentou energia, aumentou combustível", frisou. "Vamos fazer a denúncia de todos esses movimentos que vêm atrapalhando a vida do cidadão brasileiro", disparou.

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O parlamentar também criticou a política econômica do segundo mandato da petista, que, para ele, está baseado no aumento dos impostos. "A presidente, antes de botar a mão no bolso do brasileiro, tem de fazer o dever de casa e cortar as gorduras do governo. Ninguém ouviu ela cortar despesas das suas viagens, dos cartões corporativos usados pela estrutura da Presidência da República, dos excessos de gastos no custeio da máquina pública", acusou.

Reconduzido ao cargo, Mendonça Filho também disse que vai continuar confrontando o governo. "Vamos atuar defendendo a autonomia do Poder Legislativo, que a gente não tenha uma agenda monopolizada e comandada pelo Palácio do Planalto, que a Câmara dos Deputados possa apresentar propostas para melhorar os textos das medidas provisórias e até rejeitar algumas delas que são muito negativas na vida do cidadão", salientou.

Entre as prioridades dos democratas está a derrubada do veto à proposta que corrige a tabela do Imposto de Renda (IR) em 6,5%. "Fora isso, acrescento a reforma política, para que a gente possa melhorar a institucionalidade do Brasil e a forma de representação política, com maior fidelidade entre o eleitor e os representantes do povo", explicou ele, que também citou proposições na área tributária, a fim de reduzir a carga de impostos no Brasil.

Eduardo da Fonte também foi reconduzido ao cargo pelo PP. O parlamentar espera um ano de muito trabalho na Câmara. "O Partido Progressista é da base do governo, e iremos apoiar a governabilidade do País, trabalhando em busca das conquistas dos trabalhadores e para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro", salientou.

Para ele, as reformas política e tributária são prioridades. "Nós temos que dar uma resposta à sociedade. Temos que fazer rapidamente a reforma política para que possamos aprimorar as regras das eleições, votando essa reforma no primeiro semestre para que já entre em vigor para a próxima eleição, de 2016. A reforma tributária e importante para que a gente possa simplificar o sistema de arrecadação do País", disse.

O socialista Fernando Coelho Filho também defende a reforma política. "Estamos desafiados a apresentar ao Brasil um novo sistema eleitoral. Não dá para fazer eleição da forma que está aí, porque já deu o que tinha que dar. Agora, é preciso mudar as regras", pontuou.

O PSB deve manter a posição de independência do governo e da oposição. “Não há nenhum constrangimento em poder acompanhar o governo em algumas matérias que entendemos serem positivas para o País, mas, certamente, vamos divergir em muitas delas porque temos dificuldades em alguns temas que estão sendo trazidos pelo Planalto para a Câmara”, apontou.

A atividade exercida por um deputado na função de líder é parte essencial do processo legislativo. Além de nortear a discussão e a votação de propostas, os líderes acumulam uma série de atribuições importantes, principalmente ligadas à articulação política e ao trabalho de unificação do discurso partidário.

Com informações da Agência Câmara.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a exigência de uma autorização das Assembleias Legislativas para se abra ação penal contra governadores acusados por crimes comuns. Na prática, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) poder processar um governador, precisa da anuência de dois terços do legislativo estadual.

Os ministros analisaram três ações em que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tentava derrubar a necessidade de que a abertura de ação fosse condicionada à liberação pelos deputados estaduais. Para a OAB, a exigência impede a instauração dos processos, pois não há isenção no legislativo dos Estados. As ações eram procedentes dos Estados do Paraná, Espírito Santo e Rondônia, que possuem esse dispositivo nas constituições estaduais.

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Ao menos mais 15 ações já foram levadas ao STF com o mesmo questionamento, envolvendo as regras estaduais do Acre, Amapá, Alagoas, Amazonas, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará, Bahia, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Mato Grosso, Piauí, Rio Grande do Norte.

Ao analisarem a questão dos governadores, os ministros do STF entenderam que é possível estender ao chefe de executivo estadual as prerrogativas asseguradas ao presidente da República. A Constituição prevê que, no caso do presidente da República, acusações de crimes comuns dependem da admissão por dois terços da Câmara dos Deputados. No caso dos crimes de responsabilidade, a acusação deve ser admitida perante o Senado.

"Por maior que seja a frustração experimentada pela sociedade nesses casos (quando o Legislativo não permite o processo), que se percebe desamparada em razão de práticas inescusáveis imputadas a seus representantes, por mais complexa que seja a apuração e eventual punição desses agentes públicos, não se pode concluir de plano que todas as casas legislativas e seus membros sejam parciais e estejam em permanente conluio com representantes do Executivo e com situações de anomalia ética", afirmou a ministra Cármen Lúcia. O tribunal decidiu por maioria, ficando vencido o ministro Marco Aurélio.

Crime de responsabilidade

Os ministros analisaram na mesma sessão normas que previam que o Legislativo dos Estados eram os responsáveis por julgar governadores nos casos de crime de responsabilidade. Não se tratava apenas de mera autorização para que o Judiciário conduzisse o processo. O STF declarou inconstitucional, e portanto inválida, a previsão.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que vai cumprir o Regimento Interno e instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras protocolada pela oposição na noite dessa terça-feira (3). “Vou cumprir o regimento. As cinco primeiras CPIs serão instaladas. Não há o que fazer, e isto é regimental”, afirmou.

O regimento da Câmara permite o funcionamento simultâneo de apenas cinco CPIs. Para que a sexta seja instalada, é necessário o encerramento de uma comissão ou a aprovação de um projeto de resolução pelo Plenário.

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De acordo com o líder das oposições, deputado Bruno Araújo (PSDB), o pedido protocolado pela oposição foi o terceiro apresentado nesta legislatura – o que dá garantia de instalação. O partido ainda vai insistir na criação de uma CPI mista para investigar a Petrobras.

A oposição conseguiu 186 assinaturas – eram necessárias 171. As assinaturas ainda precisam ser conferidas. Depois disso, o requerimento será publicado e lido, o que permite a contagem de prazo para os líderes indicarem os membros da comissão.

Aprofundamento da investigação

O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que o Congresso precisa terminar as investigações iniciadas no ano passado. “O povo brasileiro quer saber o nome dos agentes públicos e políticos. É obrigação desta Casa trazer à luz o nome de todos os que se envolveram no assalto à Petrobras”, disse.

A oposição ainda colhe assinaturas para outras quatro CPIs: para investigar o setor elétrico; os fundos de pensão; os investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e os gastos com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O PT também corre para tentar bloquear os pedidos da oposição com outras CPIs: para investigar trabalho infantil, a violência contra a juventude negra e a máfia de próteses. As cinco primeiras serão instaladas e bloqueiam novas investigações.

*Com informações da Agência Câmara.

Nesta segunda-feira (2), a partir das 15h, o Congresso Nacional realiza a sessão de abertura dos trabalhos da 55ª Legislatura. Entre os convidados, estarão presentes o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, representando a presidente Dilma Rousseff, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Na chegada ao Congresso, o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reeleito neste domingo (1º), será recebido pela Guarda de Honra da Bandeira Nacional e a Banda do 1º Regimento de Cavalarias de Guardas, que executa o Hino Nacional, ao mesmo tempo em que são hasteadas as bandeiras das duas Casas legislativas e é realizada a Salva de Gala, com 21 tiros de canhão, pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha.

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Em seguida, Calheiros passa em revista à tropa e segue em direção à rampa de acesso ao Congresso. Na chapelaria, estarão os convidados, juntos com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – também eleito neste domingo. Já no Plenário Ulysses Guimaraes, as autoridades ocuparão a mesa para o início da sessão.

Seguindo o protocolo, o presidente do Congresso declara instalados os trabalhos da 1º Sessão Legislativa Ordinária da 55ª Legislatura e convida os presentes para, de pé, ouvirem o Hino Nacional, tocado pela Banda dos Fuzileiros Navais. Na sequência, anuncia a entrega da mensagem presidencial e passa a palavra ao presidente do STF, para que faça a leitura da mensagem do Poder Judiciário.

Após o pronunciamento do presidente do STF, o presidente do Congresso anuncia a leitura da mensagem presidencial pelo 1º secretário da Mesa. Em seguida, falam, na ordem, os presidentes da Câmara e do Congresso, que, ao terminar o discurso, declara encerrada a sessão.

 

No próximo domingo (1º), o Senado vai eleger a Mesa Diretora que vai comandar os trabalhos legislativos durante o biênio 2015-2016. No mesmo dia, tomarão posse os 27 senadores eleitos ou reeleitos em outubro, os quais se juntarão os 54 senadores que têm mais quatro anos de mandato.

Além do presidente, os parlamentares irão escolher primeiro e segundo-vice-presidentes e quatro secretários, além de quatro suplentes de secretários. A votação será secreta e todos serão eleitos por maioria simples, desde que haja a presença registrada de, pelo menos, 81 senadores.

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O Regimento Interno do Senado exige a realização de eleição no dia 1º de fevereiro apenas para presidente da Casa, podendo os demais integrantes da Mesa ser eleitos posteriormente. Mas, o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, acredita que haverá entendimento para que todo o processo seja concluído no domingo.

Como se trata de uma nova legislatura, os membros da atual Mesa, desde que reeleitos ou ainda cumprindo seus mandatos, poderão concorrer novamente. Tradicionalmente, os senadores seguem a representação proporcional dos partidos e blocos parlamentares para a composição da Mesa, no entanto o Regimento não estabelece isso como regra.

Se a tradição se mantiver, o PMDB, que tem maior a maior bancada, com 19 senadores, deve indicar o presidente, o segundo-vice-presidente e o suplente de quarto-secretário. Com 13 senadores, o PT será a segunda maior bancada e deve indicar o primeiro-vice-presidente e o segundo-secretário. O PSDB, que é o terceiro maior partido, com 11 parlamentares, deve indicar o primeiro-secretário.

Depois, PDT e PSB deverão indicar o terceiro e o quarto-secretários, pois cada uma dessas agremiações terá seis senadores na próxima legislatura. Com bancadas formadas por cinco senadores, PP e DEM também indicarão, cada qual deles, um suplente de secretário. Finalmente, o PSD, que tem quatro senadores, deve fazer a indicação da última vaga de suplente de secretário.

Os demais partidos, cujas bancadas possuem de um a três integrantes, não deverão compor a Mesa, mas estarão representados nas comissões. É o caso do PTB, do PR,  do PCdoB, do PSOL, do Pros, do SD, do PRB, do PSC e do PPS.

Com informações da Agência Senado.

Candidato do PSB à Presidência da Câmara dos Deputados, Júlio Delgado (MG) defende uma gestão transparente e participativa, que dê espaço para que a voz da sociedade seja ouvida e que os parlamentares possam participar ativamente das decisões, inclusive das pautas de votações, que atualmente são definidas pelos líderes partidários.

Seguindo para o quarto mandato, o deputado defende a mudança de postura para que o Parlamento volte a “se respeitar e ser respeitado por todo o Brasil”. Ele disse que representa a vontade de “acabar com a mesmice, com o comodismo, com a prática do toma-lá-dá-cá, do quanto pior melhor”. Como matérias prioritárias, o socialista aponta a reforma política, o orçamento impositivo, o pacto federativo e as mudanças trabalhistas e previdenciárias propostas pelo Executivo.

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Confira o trecho da entrevista concedida por Júlio Delgado à TV Câmara.

Quais seriam as suas prioridades caso o senhor seja eleito presidente da Câmara dos Deputados?
A nossa prioridade maior é sintonizar novamente o parlamento com a sociedade brasileira. Fazer com que o Parlamento esteja voltado para os reais interesses da sociedade. Votarmos matéria de cunho legislativo. Fazer com que os deputados justifiquem sua presença aqui. Abrir a transparência para que os deputados possam estar decidindo o que vai ser voltado e não uma pauta que seja estabelecida por quatro, cinco deputados. Na verdade é aposentar a velha política, fazer com que o Parlamento esteja voltado à sociedade, não de costas como está hoje. O Parlamento esteja elevado a uma estatura com os outros poderes, com a independência necessária e verdadeira que precisa para que ele esteja em uma nova ordem de relação com a sociedade e com o povo brasileiro.

Qual seria a relação do Legislativo com o Palácio do Planalto em um possível mandato do senhor durante dois anos?
Nossa relação com os outros poderes será republicana e institucional, a relação que é necessária ser feita. Nós temos que dizer que as eleições já se acabaram, o governo estabelecido está aí. O poder Judiciário é um poder constituído que tem sua forma de escolha de presidente e a nossa relação tem que ser também elevada nesse nível de conversa e de estatura de poderes. O Parlamento não pode estar subjugado aos outros poderes e distante da sociedade. O Legislativo é aquele que melhor representa o povo brasileiro. Ele traz para cá as demandas que ele quer discutir. E as pessoas têm de saber que salário mínimo, aumento de impostos, ajustes, reformas são votados aqui e muitas vezes depois o eleitor reclama. Nós tivemos em junho de 2013 uma grande manifestação e as pessoas usavam placa dizendo o seguinte: você não me representa. É importante que esses deputados novos que chegam, por exemplo, que representam 43% da Câmara, a maior renovação dos últimos 16 anos, estejam trazendo das ruas esse sentimento de mudança que foi expresso aqui no Parlamento. E se nós não mudarmos as nossas práticas, não nos sintonizaremos com a sociedade e esse desejo de mudança da postura do Parlamento.

Do leque de questões no Parlamento, quais deverão ser as prioridades?
Eu posso dizer que a gente tem reforma política a ser votada, clara. Nós temos essas reformas trabalhistas e previdenciárias. Nós temos que discutir o que é possível que venha para o Parlamento, que algumas já entram em vigor agora. Essas medidas econômicas adotadas. O governo não precisa aumentar impostos, ele precisa gastar bem os recursos que tem. Aumentando impostos onera cada vez mais a sociedade. E essas propostas não deixarão de ser votadas pelo Parlamento. Não se pode analisar uma posição, por exemplo, do ministro que anuncia que vai aumentar a Cide sobre gasolina e óleo diesel e dizer que a responsabilidade de um aumento para o consumidor vai ser feito pela Petrobras. Como se a Petrobras fosse um órgão que não fizesse parte do governo. É a maior empresa pública do Brasil e tem essa responsabilidade. Com certeza, isso vai chegar no consumidor. Onde é a pauta e o fórum de discussão? Aqui na nossa casa.

Reforma política e pacto federativo
Nós não vamos começar votando aquilo que mexe no voto do cidadão, por exemplo, a forma de votação. Tem gente que defende o distrital, o distrital misto, o distrital puro, o listão, o chapão. O eleitor precisa estar esclarecido a respeito disso porque ele quer escolher o representante que ele manda para esta Casa. E isso é complicado. Agora, se você fala para ele, que você quer votar o fim da reeleição, o mandato de cinco anos e a coincidência eleitoral, além de você fazer economia nos gastos das campanhas eleitorais, você faz com que o eleitor saiba o que está sendo discutido. Porque não dá para o que está aí. Nós estamos vendo a mostra agora com a CPMI da Petrobras, o escândalo do Petrolão, a forma de financiamento por empresas que tem sacrificado muito a classe política e deixado esse desgaste com a sociedade.

Então é importante que a sociedade esteja preparada, atenta. Como você vai dizer em um plebiscito, por exemplo, que a reforma política vai ser estabelecida começando pela forma de financiamento de campanha se o cidadão fala assim: primeiro eu preciso de um atendimento de saúde aqui na minha cidade, na minha casa? Eu preciso ter reforçado por estados e municípios que é a grande dificuldade a questão que temos hoje que as responsabilidades estarem nos estados e municípios e a arrecadação maior no governo federal. Essa é a grande questão. Eu tenho viajado pelo Brasil e a reclamação dos gestores, governadores, prefeitos de capitais é essa. Eles estão tendo cada vez mais responsabilidades e cada vez menos recursos, porque a arrecadação fica no Executivo. Então, a discussão do orçamento impositivo, o novo pacto federativo serão pautas claras nossas no início de 2015 para que a gente possa voltar a atender onde está o cidadão.

O que fazer para resgatar a imagem do Congresso brasileiro perante a população?
Fazer diferente. Essa que é a questão. A gente tem aqui as gestões. Eu tenho viajado pelo Brasil e levado o discurso e a prática dos últimos quatro, cinco presidentes que presidiram esta Casa. As propostas são sempre as mesmas. A nossa Casa precisa se respeitar, o Parlamento precisa se respeitar e ser respeitado por todo o Brasil. Para isso, as práticas têm que mudar. Eu quando sou avaliado pelo meu eleitor, e qualquer deputado assim o é, ele é bem avaliado. Ele é bem avaliado individualmente. Por que esse mesmo eleitor, esse mesmo cidadão pesquisado, quando avalia o Parlamento como um todo, ele avalia de uma forma diferente da que ele avalia quem o representa. É importante a gente voltar a ter essa sintonia e eu acho que isso se faz mudando a postura que o Parlamento tem.

Por que o senhor entende que é o melhor candidato à presidência da Câmara dos Deputados?
Primeiro, para acabar com a mesmice, com o comodismo, com a prática do toma-lá-dá-cá, do quanto pior melhor, que o Parlamento se apresenta perante a sociedade brasileira. Para que isso possa ser diferente, a postura tem de ser de outra candidatura de verdadeira mudança. E isso a gente tem colocado para os deputados nessas visitas. Nós não podemos desistir do Parlamento brasileiro. E isso é uma função clara. A nossa prioridade será votar pautas que interessam ao povo. Nós estamos prontos a logo no início dos trabalhos legislativos, em 1º de fevereiro, eleito presidente, conduzir a reforma política, assim como alterações aqui no regimento para que a gente possa dar uma dinâmica maior. Fazer com que o Parlamento possa estar dialogando com ele mesmo. A gente possa voltar a ter apartes, discussões que possam ser salutares para o desenvolvimento da sociedade, do parlamento e, consequentemente, do povo brasileiro.

A agenda econômica do país estará no centro do debate no Congresso Nacional e a relação entre o Executivo e Legislativo deverá ser mais tensa. É o que acreditam os líderes partidários para o ano legislativo que começa neste domingo (1º).

Isso porque os ajustes fiscais (receitas e despesas públicas), anunciados pelo governo federal nesse início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, serão implementados via medidas provisórias e projetos de lei. A necessidade de aprovação dessas matérias deve fazer o Planalto reforçar a articulação através dos ministros juntos aos parlamentares e partidos.

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De fato, o destaque para questões econômicas já era esperado. “Num período de crescimento baixo, com a necessidade de ajuste fiscal e com inflação alta, certamente a economia é a área mais problemática que o governo vai ter que enfrentar”, frisou o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).

O líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), quer cautela na aprovação dessas medidas. “Vamos nos ocupar muito disso. A oposição vai dar sua contribuição para que o povo não pague pelos desmandos do governo”, disse. Para ele, a reforma tributária deverá voltar ao centro das discussões. “É uma oportunidade muito relevante para que a gente promova uma reforma estruturante no estado brasileiro, já que há 12 anos nada acontece do ponto de vista de avanço estruturante”, frisou.

O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), disse que o Congresso também deve discutir o orçamento impositivo das emendas de deputados e senadores, e a proposta que traz novas regras para distribuição do ICMS nas compras feitas pela internet (PEC do comércio eletrônico - 197/12). “O quadro geral da economia vai ser de grande dificuldade. Vamos viver momentos de elevação de tarifas públicas, preços controlados e perspectivas de aumento de impostos”, afirmou ele.

O governo prevê encerrar 2014 com um crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), em linha com o que espera o mercado, segundo levantamento feito pelo Banco Central com analistas financeiros. Para 2015, a estimativa, que consta na proposta orçamentária em tramitação no Congresso, é de crescimento de 0,8% e inflação oficial de 6,49%.

Novas medidas

Desde o início do ano, os ministérios da Fazenda e do Planejamento vêm anunciando medidas para conter gastos e elevar as receitas públicas. O principal objetivo é garantir a meta de superavit primário do governo federal (R$ 55,3 bilhões).

O Executivo já divulgou um “contingenciamento preventivo” das despesas deste ano enquanto o Orçamento de 2015 não for sancionado – o projeto ainda está em discussão no Congresso Nacional. O bloqueio significou, para os ministérios, um corte provisório de R$ 22 bilhões em gastos discricionários (não obrigatórios). O governo anunciou ainda aumento de tributos (IOF, IPI, PIS/Cofins e Cide-Combustíveis). A expectativa da equipe econômica é arrecadar R$ 20 bilhões neste ano com a elevação da carga tributária.

Com informações da Agência Câmara.

A menos de um mês para a posse - marcada para 1º de fevereiro – os 198 parlamentares estreantes na Câmara dos Deputados e outros 25 que já exerceram mandato alguma vez, antes dos últimos quatro anos, ganharam um espaço para fazer todos os cadastros necessários para que no dia da posse exerçam os cargos.

A estrutura concentra em um mesmo espaço os serviços dos principais órgãos de apoio parlamentar da Casa. Assim, quem está chegando pode adiantar o registro biométrico e o credenciamento para os sistemas de gabinetes, além da indicação da equipe que vai compor o gabinete, assinatura para a carteira parlamentar, plano de seguridade social dos congressistas, coleta da assinatura eletrônica e foto para os cadastros na Câmara. Somente na primeira semana do serviço, 50 parlamentares procuraram os estandes e a expectativa é que nos dias próximos da posse a demanda também seja grande.

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As dúvidas dos futuros deputados são muitas. As mais frequentes, segundo a equipe que trabalha no atendimento especial, têm a ver com apartamentos funcionais e convites para a cerimônia de posse. Apesar de alguns parlamentares terem manifestado intenção de trazer até ônibus de seus estados, a festa em Brasília terá que ser mais comedida.  Segundo o gerente do projeto da posse parlamentar 2015 da Câmara dos Deputados, Diogo de Abreu, a exemplo de anos anteriores, devido ao espaço limitado da Casa, o número de convidados foi restrito a quatro por deputado.

A Câmara também está deixando bem claro que só os eleitos e autoridades poderão ficar dentro do plenário no dia da posse. Nem as galerias do plenário, com capacidade para 400 pessoas, serão liberadas a parentes e outros convidados. Eles serão distribuídos entre o salão negro, auditório Nereu Ramos e plenários das comissões onde poderão acompanhar a solenidade por telões. A expectativa é que cerca de 2,5 mil pessoas assistam a solenidade de posse.

Os deputados eleitos terão direito a três diárias, de 30 de janeiro a 2 de fevereiro, em apartamento duplo em um hotel de Brasília, pagas pela Câmara.  Na chegada à capital da República, eles terão na sala de apoio do Aeroporto Internacional de Brasília orientações sobre como chegar ao Congresso e os serviços oferecidos para a posse.

No Senado, como são menos parlamentares estreantes a organização é diferente da Câmara. Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, os assessores dos 27 senadores novatos tiveram ainda em dezembro um curso com quatro dias de palestras sobre o funcionamento da Casa. O curso foi aberto aos parlamentares que quisessem, mas só dois compareceram.

No Senado, umas das grandes preocupações dos novatos é a localização do gabinete. Ao contrário da Câmara, onde a distribuição é feita por sorteio, entre os senadores quem define os espaços é a presidência da Casa.

Questões sobre apartamento funcional e convites para a posse também estão entre as perguntas mais frequentes entre os futuros senadores, segundo a Secretaria-Geral da Mesa. No Senado, cada parlamentar terá direito a 13 convidados que poderão ficar na tribuna de honra e galerias do Plenário ou no Salão Negro.

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Candidato à presidência da Câmara Federal, o deputado Arlindo Chinaglia (PT), se reuniu, na manhã desta quinta-feira (15), com os parlamentares de Pernambuco que compõem a bancada. Durante o encontro, Chinaglia disse ter votos "em todos os partidos" e considerou que se chegar ao segundo turno deverá ter o apoio do candidato do PSB, Julio Delgado (MG)."Se não formos eu e o Julio para o segundo turno, um vai apoiar o outro. Eu e o Julio temos um acordo para o segundo turno", frisou.

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Caso seja eleito presidente, Chinaglia defendeu uma Câmara mais independente dos interesses pessoais. "A Câmara precisa ter uma pauta nacional, não pode ficar apenas atendendo as demandadas do Governo", afirmou. "No momento de crise economica mundial, onde até a China sofre, temos que ter na condução da Câmara a responsabilidade de pensar que as atitudes não podem se pautar apenas por temas particulares, que passe pela vabeça de quem está no comando", acrescentou, mencionando a que as decições da Casa influenciam no emprego e na economia do país de maneira geral.

Com foco no Nordeste, o parlamentar prometeu, se eleito, criar uma Comissão pernamente para discutir o desenvolvimento da região. "É igualmente claro que o Nordeste tem nítido interesse (nessa Comissão) e a bancada de Pernambuco se interessou, com cereteza vai ajudar a conduzir esta Comissão", prometeu. 

Apesar de também ter candidatura para o cargo - Julio Delgado (MG), o PSB mandou representante para o encontro, o deputado Gonzaga Patriota. Questionado sobre a presença, Patriota disse ter ido "fazer a política da boa vizinhança", recomendado tanto pelo governador Paulo Câmara (PSB) quanto pelo vice, Raul Henry (PMDB). "Quem perder, seja Chinaglia ou Eduardo Cunha (PMDB), vai votar com Delgado. Ele ganha agora, pois o governo (PT e PMDB) não se entendem", avaliou Patriota, que também foi o primeiro a deixar o encontro.

Representações

Apesar de não ter elegido nenhum deputado pernambucano para a próxima legislatura, o PT participou em massa da reunião com o correligionário. Os atuais deputados federais João Paulo e Fernando Ferro participaram do encontro, além do senador Humberto Costa e do dirigente estadual da legenda, Dilson Peixoto.

Da bancada eleita participaram do encontro Luciana Santos (PCdoB), Kaio Maniçoba (PSL), Ricardo Teobaldo (PTB), Zeca Cavalcanti (PTB), Jorge Corte Real (PTB) e Adalberto Cavalcanti (PTB), além de Costa e Patriota.

Chinaglia segue, ainda nesta quinta, para Maceió e São Luís, acompanhado pela comitiva de deputados federais composta pelo petista Siba Machado (AC), o líder do Pros na Câmara, Givaldo Carimbão (AL), e Fábio Ramalho (PV-MG).

Os deputados estaduais do PSB vão se reunir esta semana para definir o posicionamento da bancada sobre a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Inicialmente o encontro dos socialistas estava agendado para esta terça-feira (6), no entanto, de acordo com o líder do grupo, deputado Ângelo Ferreira, não será possível reunir todos os parlamentares por ser Dia de Reis e a maioria preferir encontrar suas bases.  

“Ainda não temos data certa. Seria amanhã, mas tem muita gente viajando”, justificou em conversa com o Portal LeiaJá. Ferreira afirmou que até o fim da manhã desta terça uma nova data será definida. Sem adiantar se os socialistas devem optar ou não pela candidatura própria à presidência da Casa, Angêlo Ferreira disse que a “questão da proporcionalidade pode prevalecer”. 

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“Vamos discutir se apoiamos (Guilherme) Uchoa ou optamos pela proporcionalidade. Como são 15 pessoas não posso nem adiantar nenhuma tendência. É possível que a maior parte da bancada queira optar pela proporcionalidade”, observou. A legenda tem a maior bancada e naturalmente seria a detentora do comando Alepe, entretanto não é o que vem acontecendo nas últimas legislaturas, quando o partido elegeu o deputado Guilherme Uchoa (PDT) para presidir a Casa. 

Para o líder da legenda, antes de bater o martelo nas escolhas o que precisa prevalecer entre os correligionários é a união. “Temos responsabilidades, além de sermos a maior bancada também somos o partido do governador”, concluiu. 

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