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Os moradores da ocupação que fica no prédio do Centro Cultural dos Correios promoveram uma nova manifestação, na noite desta quinta-feira (7). Segundo o movimento Frente Popular por Moradia no Centro, que comanda o ato, eles reclamam do corte de energia no local. Os manifestantes fecharam a avenida Marquês de Olinda, no bairro do Recife, e colocaram fogo em galhos de árvores e caixas de papelão.

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A polícia e os bombeiros foram acionados para dispersar o protesto, que terminou de forma pacífica e a via foi desinterditada. O grupo está no edifício desde 7 de setembro e cobra a sanção do Projeto de Lei 1010, que veda despejos durante a pandemia em Pernambuco.

"As famílias não estão ali porque querem ou porque acham bonito, mas sim porque precisam e não têm onde morar, por isso que a gente ocupa. Já que o prédio está para ser privatizado, então que seja privatizado para as famílias que estão morando nele", disse Tais Maria, coordenadora da Frente Popular por Moradia no Centro.

Com informações de Marília Parente e Jameson Ramos 

 

Mesmo com a organização pedindo para que os manifestantes presentes sigam o protesto em fila e mantendo o distanciamento social possível, o grande número de pessoas no "Fora Bolsonaro" deste sábado (2), no Recife, causou aglomeração e as pessoas seguem sem distanciamento.

Máscara e álcool em gel foram distribuídos pelos organizadores para tentar evitar a proliferação da Covid-19 no ato. Inclusive, um dos pedidos dos manifestantes é por mais vacina para os brasileiros.

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Partidos unidos

Pela primeira vez nos protestos contra o presidente Bolsonaro realizados neste ano, vários partidos se uniram e estavam presentes. PT, PSOL, PSB, PCdoB e PDT foram os principais partidos no protesto e responsáveis por inflar as manifestações que ocorrem pelas ruas da área central do Recife.

Dezenas de mulheres convocadas por grupos feministas manifestaram-se em Lima nesta terça-feira (28) para exigir que o governo legalize o aborto no Peru, uma demanda que o novo presidente de esquerda Pedro Castillo, conservador em temas sociais, descartou durante a campanha eleitoral.

“Um Estado que não prevê o direito ao aborto é um Estado feminicida", dizia um cartaz exibido por um grupo de jovens com os seios à mostra. Em vez de máscaras contra a Covid-19, as manifestantes usavam os lenços verdes característicos do movimento global em favor da descriminalização do aborto.

Vários coletivos tomaram as ruas, no âmbito do "Dia Internacional pela Legalização do Aborto", um procedimento ilegal no Peru, autorizado apenas quando a vida da mãe corre risco.

Cerca de 370.000 abortos clandestinos são realizados a cada ano no Peru, segundo estimativas de coletivos da sociedade civil.

Integrantes da Frente Popular por Moradia no Centro seguem acampados na sede dos Correios no Recife, na Avenida Guararapes, e o atendimento ao público está suspenso. Na manhã dessa quarta-feira (22), o grupo entrou no prédio para reivindicar o uso de uma propriedade da entidade na Avenida Marquês de Olinda, também na área Central.

Os manifestantes dormiram no local e, de acordo com a líder Taís Maria da Silva, ainda não houve o comprometimento de renegociação por parte do superintendente dos Correios. Cerca de 150 famílias compõem a mobilização e reforçam que vão manter o ato até serem atendidos novamente por representantes da entidade para debater sobre o pedido de reintegração de posse da edificação do Centro Cultural Recife, a qual estavam abrigados desde o dia 7 de setembro.

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Eles pedem que o governador Paulo Câmara (PSB) sancione do Projeto de Lei (PL) que impede despejos em Pernambuco durante a pandemia. A proposta já foi aprovada pela Câmara Legislativa.

Por meio de nota, a assessoria dos Correios afirmou que "quanto à destinação do prédio do Centro Cultural Recife, cabe esclarecer que o edifício faz parte de um abrangente estudo de otimização da carteira imobiliária da estatal. Dessa forma, não há como prever qual será a ocupação futura do imóvel".

A Polícia Federal acompanha a situação.

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Na manhã desta terça-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou os perfis das suas redes sociais para criticar um protesto. O chefe do Executivo ironizou um grupo de pessoas que estava realizando um ato contra ele em Nova York, nos Estados Unidos, em meio à sua participação na Assembleia Geral da ONU. Em um vídeo publicado, Bolsonaro chamou os manifestantes de "acéfalos".

Dizendo na postagem que a ação era um "delírio de parte da imprensa ($) brasileira", o presidente da República declarou nas imagens: "Tem aproximadamente dez pessoas aqui fazendo um escarcéu. Pessoas fora de si e, logicamente, a imprensa brasileira vai dizer que houve uma manifestação enorme contra mim aqui em Nova York. Esse bando que está aqui podia... Esse bando nem sabe o que está falando ali. Estão protestando, deveriam estar em um país socialista e não nos Estados Unidos. Não tem ninguém".

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Assim que divulgou as imagens, Bolsonaro dividiu opiniões na internet. Recebendo mensagens de apoiadores, ele também colecionou inúmeras críticas. Um dos usuários do Twitter disparou: "Temos acéfalos sim, mas infelizmente estão no comando do país."

Confira ao vídeo:

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Na ressaca do 7 de setembro, militantes bolsonaristas tentaram invadir o Ministério da Saúde, na manhã desta quarta-feira (8). Em imagens que circulam na internet, seguranças do prédio da seda da pasta seguram o portão de acesso para bloquear a invasão.

Apesar da situação aparentemente controlada, grupos em defesa do presidente seguem acampados na Esplanada dos Ministérios para pressionar pela dissolução do Supremo Tribunal Federal (STF). Servidores amedrontados buscaram abrigo no edifício.

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Na véspera dos atos antidemocráticos convocados por Bolsonaro, seus apoiadores derrubaram barreiras de proteção, entraram em confronto com policiais militares e depredaram equipamentos públicos próximos ao Itamaraty.

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Datena se revoltou durante o Brasil Urgente dessa terça-feira (7) ao ver apoiadores do presidente Jair Bolsonaro destratarem o repórter Cesar Cavalcante, que acompanhava na Avenida Paulista, em São Paulo, as manifestações a favor do governo. “A gente não vai permitir que xinguem a imprensa de 'lixo’. Eu tenho muito orgulho da imprensa da qual participo e não vou permitir isso aqui”, desabafou ao vivo.

Enquanto Cesar Cavalcante entrava ao vivo e tentava passar informações para Datena, manifestantes apoiadores de Bolsonaro fizeram coro de “Band lixo”, atrapalhando a fala do jornalista. Ordenando a retirada das imagens, Datena demonstrou sua irritação. “Democracia é democracia, agora ninguém aqui vai aceitar desrespeito ao repórter que tá lá. Nem à imprensa. Ninguém aqui é obrigado a aceitar isso”, afirmou.

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O âncora do Brasil Urgente continuou sua reclamação dizendo que recomendou não mandarem repórter aos locais de manifestações, com medo de que sofressem algum tipo de violência pelos apoiadores de Bolsonaro. “Essas pessoas não representam o povo brasileiro, essas pessoas não respeitam a democracia. Eu pedi pra não colocar repórteres aí, mas não me atendem de jeito nenhum”, relevou.

Datena finalizou afirmando que enquanto estiver como âncora de seu telejornal, ninguém falará mal da imprensa ou seus repórteres e terá voz. "Tão expondo o menino ali a levar um pau. Eu não vou responder na mesma moeda esse negócio de 'lixo', porque eu responderia, mas enquanto tiverem xingando a imprensa ou repórter, não vou permitir que nenhuma dessas pessoas desqualificadas tenham voz”, concluiu.

 

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio da sua Comissão de Direitos Humanos Gregório Bezerra, divulgou uma nota de repúdio, nessa terça-feira (1º), contra a violência policial praticada no dia 29 de maio, no centro do Recife. No episódio, alguns policiais do Batalhão de Choque de Pernambuco atiraram balas de borracha e bombas de gás em pessoas que protestavam contra o presidente Jair Bolsonaro.

A instituição de ensino prestou solidariedade a todas as pessoas vitimadas por alguns integrantes da Polícia Militar, incluindo a vereadora do Recife Liana Cirne Lins, atingida por spray de pimenta. Liana também é professora de direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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“A Comissão de Direitos Humanos Gregório Bezerra – UFRPE registra solidariedade à doutora Liana Cirne Lins, professora de Direito da UFPE e vereadora do Recife, e por todos e todas que foram atingidos pela violência policial praticada no último dia 29 de maio de 2021. A Comissão reafirma que o papel do serviço público é proteger a população e garantir que todes tenham o direito de viver a cidade com segurança. A ideia de cidadania é de viver a cidade, e a manifestação pública e coletiva é uma das formas de viver a cidadania. Manifesta-se ainda o repúdio aos que praticaram a violência orquestrada e o clamor por JUSTIÇA. A luta pela cidadania é indissociável da luta por Direitos Humano”, consta na nota da Universidade.

Nessa terça-feira, o Governo de Pernambuco anunciou a exoneração do coronel Vanildo Maranhão do comando geral da PM e o afastamento de sete policiais acusados de praticarem violência contra os manifestantes. O comando da Polícia agora fica nas mãos do coronel Roberto Santana.

“Após analisar incessantemente imagens, relatos e vídeos de todo o ocorrido na manifestação do último sábado,  conversei com o secretário de Defesa Social e o comandante da PM sobre minha posição de que aquela ação não condiz com as tradições e valores da Polícia Militar de Pernambuco, uma instituição quase bicentenária e de tantos serviços prestados à nossa população. A investigação em torno do caso continua. Quero registrar meu agradecimento ao coronel Vanildo pelos anos de dedicação ao Pacto pela Vida e ao nosso governo e conto com o trabalho do coronel Roberto para que tenhamos sempre uma polícia dura contra o crime, mas que seja guardiã dos direitos humanos e da cidadania”, declarou o governador Paulo Câmara. O gestor estadual emendou o discurso, enfatizando que não quer uma “polícia que atire no rosto das pessoas ou que impeça alguém ferido de ser socorrido”.

Por volta das 12h deste sábado (29), o ato organizado por partidos como PCB, Psol, bem como por entidades civis a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), no centro do Recife, terminou com violência. Um cinturão formado por policiais do batalhão de Choque passou a disparar bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha contra os manifestantes. A mobilização estava na altura da Ponte Duarte Coelho, que liga a avenida Conde da Boa Vista ao bairro de Santo Antônio.

A manifestação era pacífica, quando a ação da polícia teve início. Durante uma transmissão ao vivo da Midia Ninja, um homem foi atingido ao vivo na cabeça, apresentando bastante sangramento.

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“A gente estava encerrando um ato, não tem para quê bala de borracha, spray de pimenta. A gente estava a pelo 200 metros de distância da política, em fileira, fazendo o jogral de encerramento do ato”, denunciou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Rocha.

Presentes no local, as co-deputadas de Pernambuco Juntas (Psol) e a vereadora do Recife Dani Portela tentaram se aproximar dos policiais, que recuaram. "Somos deputadas", gritaram. Portela criticou a ação do Choque. "A gente estava num ato ordeiro, pacífico, pedindo comida e vacina e fomos recebidos pelo Choque do governo desse Estado", comentou, durante a live.

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Com informações de Victor Gouveia

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Há dois meses sem resposta da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho sobre os repasses do auxílio emergencial municipal, um grupo com representantes de 60 movimentos sociais protestou na manhã desta quinta-feira (6). O ato foi realizado no Centro, em frente ao Centro Administrativo Municipal.

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Para cobrar pela falta de comprometimento da gestão, os manifestantes afirmam que a cidade localizada na Região Metropolitana do Recife (RMR) é a quarta que mais arrecada em impostos.

“O Auxilio Emergencial Municipal é urgente, pois milhares de famílias necessitam dessa ajuda e a Prefeitura não pode alegar que não possui verba para implementar o benefício, porque a cidade arrecadou quase 900 milhões de reais em 2020, sendo que, até o momento, apenas 600 milhões estavam comprometidos dentro do orçamento municipal e nós provamos que dinheiro tem, o que falta é vontade política”, reivindicam em nota.

Segundo o grupo, apesar do alto índice de arrecadação, 50% da população do Cabo, cerca de 103 mil moradores, estão inscritos no CadÚnico do governo federal; 30%, aproximadamente 68 mil, dependem do Bolsa Família e 15%, em torno de 24 mil pessoas, vivem abaixo da linha da pobreza. 

Em nota oficial encaminhada ao LeiaJá, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho se posicionou sobre a situação.

Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho informa que o secretário de Governo e vice-prefeito da cidade, Arimatéia Jerônimo, participou de algumas reuniões com os representantes de cada entidade. Nos encontros foram discutidas algumas reivindicações e ficou acertado que haverá uma reunião, a ser marcada, com a participação do prefeito Keko do Armazém.

A Prefeitura do Cabo criou uma comissão com os representantes de cada entidade e vem realizando doações de cestas básicas com o programa Solidariedade Nasce em Cada um de Nós, que une poder público, sociedade civil e empresários para distribuir mais de 30 mil cestas básicas às famílias necessitadas do município.

 

A polícia usou balas de borracha e gás lacrimogêneo nesta terça-feira (9) contra os manifestantes que protestavam contra o golpe de Estado militar em várias cidades de Mianmar.

Em Naypyidaw, a capital, as forças de segurança atiraram para o alto como advertência e depois usaram balas de borracha contra os manifestantes, afirmou à AFP um morador da cidade, que mencionou feridos.

Em Mandalay, segunda maior cidade do país, a polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão que protestava contra o golpe executado no dia 1 de fevereiro.

As forças de segurança "usaram gás contra os manifestantes que exibiam bandeiras da Liga Nacional pela Democracia (LND), o partido de Aung San Suu Kyi, deposta após o golpe, informou um morador da cidade. A fonte disse ainda que habitantes das proximidades ajudaram os manifestantes com água.

Milhares de manifestantes saíram novamente às ruas de Mianmar nesta terça-feira, desafiando os militares, que na segunda-feira proibiram as reuniões com mais de cinco pessoas.

O Kremlin defendeu, nesta quarta-feira (3), sua "firme" resposta policial aos protestos que exigem a libertação do opositor Alexei Navalny, cujo movimento deseja continuar lutando apesar da repressão e da prisão de seu líder.

Um grande movimento de protesto que não se via há anos se espalhou por toda a Rússia desde a prisão de Navalny em meados de janeiro.

O opositor retornava para a Rússia após cinco meses de recuperação na Alemanha, onde se tratava de um envenenamento pelo qual acusa Vladimir Putin.

Julgado por violar seu controle judicial em um caso que data de 2014, na terça-feira sua pena suspensa foi comutada para dois anos e oito meses de prisão efetiva.

Sua prisão provocou grande agitação na Europa e Estados Unidos, e gerou críticas contra a Rússia.

O julgamento provocou imediatamente manifestações no centro de Moscou e São Petersburgo, que culminaram em 1.400 novas detenções e imagens de violência policial.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse à imprensa nesta quarta-feira que a polícia respondeu de forma "justificada" às manifestações ilegais.

Antes dos protestos de terça-feira à noite, houve também dois finais de semana consecutivos de mobilizações com dezenas de milhares de russos nas ruas de todo o país, especialmente em regiões tradicionalmente mais apáticas que as grandes cidades como Moscou e São Petersburgo.

As mobilizações geraram um número recorde de prisões: 4.000 em 23 de janeiro e 5.700 em 31 de janeiro, segundo o OVD-Info, o que significa mais de 10.000 desde o início do movimento.

"As autoridades deram um passo adiante ao encarcerar Navalny. A etapa em que o continham, o controlavam, acabou. Agora podem ter como objetivo a destruição de sua organização", disse Alexander Baunov, do Centro Carnegie de Moscou.

- "Só o começo" -

Apesar da repressão e da prisão de seu carismático líder, os apoiadores do opositor prometeram continuar com o movimento.

"Isso é só o começo", disse no Telegram um dos colegas de Navalny, Leonid Volkov, que vive na Lituânia.

Segundo ele, os partidários da oposição "aumentarão a pressão sobre Putin" e organizarão "novas manifestações pacíficas" e "novas investigações" sobre o presidente russo e sua família.

Além das prisões, o OVD-Info alertou sobre o tratamento direcionado aos manifestantes, enquanto nas redes sociais se multiplicam os depoimentos de pessoas trancadas por horas em vans ou imagens da dura resposta policial, especialmente na noite de terça-feira.

Alguns dos detidos "passaram a noite em condições difíceis", disse à AFP um responsável da ONG, Grigori Durnovo, explicando que alguns dormiram no chão e não puderam ir ao banheiro.

Outra preocupação é que os advogados têm muitas dificuldades para acessar os centros de detenção. "Demonstram claramente que um advogado é considerado um cúmplice do acusado", disse Durnovo.

A condenação de Navalny provocou uma onda de reações internacionais que pedem sua "libertação imediata".

Nesta quarta-feira, o governo alemão afirmou que "não se descarta" novas sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia.

"Depois desta sentença, haverá discussões entre sócios da UE, não se descarta o uso de novas sanções", disse o porta-voz do governo, Steffen Seibert.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, planeja visitar Moscou na sexta-feira.

O prefeito Armênio Sodré (MDB), da cidade de Barra do Mendes, na Bahia, foi flagrado agredindo manifestantes com um cinto. O protesto ocorria na porta da casa do gestor e a população cobrava medidas efetivas da prefeitura no combate ao novo coronavírus. As imagens foram registradas por uma câmera de segurança.

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Na internet, circulam imagens do prefeito atacando uma mulher, que ficou ferida. “Quando a gente estava lá em frente à casa dele, ele [prefeito] chegou, parou o carro, e já desceu do carro dele por trás [das pessoas], todos correram quando viram ele. Eu fiquei para trás porque a mulher dele me desviou atenção chamando meu nome. Foi quando ele partiu para cima de mim com o chicote [cinto] na mão, me chicoteando várias vezes. De imediato, vi minha mão sangrando e fui levada ao hospital de Barra do Mendes”, afirmou a vítima, segundo apurou o jornal O Dia.

A reportagem identificou a mulher apenas como “Simone”. O caso foi registrado na Delegacia de Irecê e é investigado pela Polícia Civil.

A juíza Barbara de Lima Iseppi, da 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo, decretou a prisão preventiva do engenheiro Antônio Carlos Bronzeri, da Frente Brasileira Conservadora, e de Jurandir Pereira Alencar, manifestantes acusados de ameaça, injúria e difamação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A medida foi determinada em razão de a dupla ter violado regras da prisão domiciliar, descumprindo ainda outras cautelares decretadas pela Justiça federal paulista.

Antonio Carlos e Jurandir foram presos em flagrante no dia 2 de maio quando integravam um grupo de cerca de 20 manifestantes pró-Bolsonaro que foi até a frente do prédio onde Alexandre de Moraes tem residência, logo após o ministro suspender a nomeação de Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência, para a chefia da Polícia Federal.

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Com uso de um megafone, com carros parados na calçada cobertos com a bandeira do Brasil, os manifestantes xingavam Moraes e pediam para que ele descesse até a rua. O ministro foi chamado de "comunista que não gosta de polícia" e que estava "com medo do Ramagem".

Jurandir e Antônio foram detidos na ocasião e depois liberados mediante aplicação de medidas restritivas. No entanto, menos de 15 dias depois, a Justiça teve de decretar a preventiva dos dois, também em razão do descumprimento de cautelares. Os dois foram presos em acampamento montado na Praça Abilio Soares, em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo, por policiais infiltrados.

Posteriormente, no curso do processo, foi decretada a prisão domiciliar dos acusados. Além disso, a Justiça federal determinou que se abstivessem de se manifestar a respeito do ministro publicamente, seja por meios físicos ou virtuais, de forma escrita ou oral, enquanto durasse o processo, sob pena de decretação imediata de prisão preventiva.

O juízo da 4ª Vara Federal Criminal determinou então a citação dos réus para o prosseguimento da ação. No entanto, após diferentes diligências nos endereços e telefones informados, nenhum dos dois foi localizado.

Em razão das tentativas frustradas de contato com os réus, o Ministério Público Federal pediu que fosse decretada prisão preventiva por violação às regras da prisão domiciliar. Em sua manifestação, a Procuradoria ainda apontou que há evidências de que a dupla tem frequentado o acampamento nas proximidades da Assembleia Legislativa onde foi presa em maio - 'possivelmente também deixando de dar cumprimento à determinação de se absterem de manifestação pública a respeito da vítima, direta ou indiretamente'.

Segundo o MPF, a aplicação de medidas cautelares e mesmo a decretação da prisão domiciliar não foram suficientes para afastar os réus de aglomerações e locais públicos propícios à reiteração de suas condutas delitivas, tampouco para tornar certa suas localizações, a fim de que venham a responder pelos delitos já praticados.

Ao analisar o caso a juíza Barbara de Lima Iseppi viu 'risco à aplicação da lei penal' em razão do descumprimento das obrigações impostas e decretou a prisão preventiva dos réus. A decisão foi dada na sexta (23).

"Do cotejo dos autos, verifica-se o descumprimento das decisões judiciais por parte dos acusados, os quais inviabilizaram o andamento do processo por quase quatro meses exatamente em razão do fato de não se encontrarem em suas casas - quando cumprindo prisões domiciliares", ressaltou a magistrada.

Além disso, a juíza ainda ressaltou que diversas ocorrências caracterizam 'risco à ordem pública' e apontou que o modus operandi dos acusados, 'apesar de não demonstrar periculosidade, expressa direta desconsideração à determinação judicial imposta'.

"O descumprimento expresso e reiterado de medidas cautelares diversas à prisão fixadas judicialmente revelam a ineficiência de medidas alternativas ao encarceramento para fazer cessar a atividade delitiva, evitar reiteração e assegurar a ordem pública", frisou.

A defesa dos acusados já apresentou pedido de revogação da prisão preventiva, sendo que a solicitação foi negada por Barbara nesta quarta (25).

A juíza reforçou os fundamentos que a levaram decretar as preventivas, destacando que os réus não foram encontrados nos endereços que informaram à Justiça federal quando a prisão domiciliar foi decretada.

A magistrada ponderou que a 'controvérsia' gerada em torno do local de residência dos réus - sendo que a defesa alegou que a dupla está residindo em acampamento próximo à Alesp - 'nada mais é do que ato por estes criado com o fim de se furtarem à aplicação da lei penal, além de causarem desordem ao andamento processual'.

"Nos termos da decisão que decretou a prisão preventiva, restou claro que ANTÔNIO declarou residir na Rua Rio Grande do Sul, n. 163, Osasco/SP, enquanto JURANDIR disse residir na Rua Mariquinha Viana, n. 583, nesta Capital. Estes foram os endereços utilizados para decretar a prisão domiciliar, não havendo falar-se em domicílio no acampamento situado na Rua Abílio Soares x Avenida Pedro Álvares Cabral, nº 1, Bairro Vila Mariana, São Paulo/SP, pois não se trata aqui de benefício, pelo qual os réus podem escolher onde querem cumprir o decreto de prisão domiciliar da forma que mais lhes convém, mas sim de medida privativa de liberdade cautelar".

A polícia em Bangcoc usou, nesta terça-feira (17), canhões de água e gás lacrimogêneo contra manifestantes reunidos perto do Parlamento, onde deputados e senadores debatem uma possível reforma da Constituição, uma exigência do movimento pró-democracia.

Na tentativa de pressionar os parlamentares, várias centenas de manifestantes se reuniram ao redor do prédio, protegido por blocos de concreto, arame farpado e centenas de policiais.

Alguns militantes tentaram abrir caminho e agentes da polícia de choque usaram canhões para lançar uma mistura de água e produtos químicos e, pela primeira vez desde o início do movimento de protesto, gás lacrimogêneo, confirmaram jornalistas da AFP.

Os manifestantes pedem a saída do primeiro-ministro Prayuth Chan O Cha, no poder desde o golpe de Estado de 2014, reformas para limitar os poderes da monarquia e uma revisão da Constituição, que foi adotada em 2017 e considerada muito favorável às Forças Armadas.

O Parlamento está reunido para decidir quais projetos de emendas constitucionais concorda em examinar. Uma votação deve acontecer na quarta-feira.

"A votação é uma solução de compromisso, assim como a Tailândia é uma terra de compromisso", tuitou Ford Tattep, um dos líderes do movimento pró-democracia, uma alusão a uma das raras reações do rei Maha Vajiralongkorn aos protestos que agitam o país desde o verão.

Uma parte da oposição e uma organização não governamental apresentaram várias propostas de emenda ao Parlamento, em particular para reformar o Senado, a Comissão Eleitoral e o Tribunal Constitucional, que são considerados muito próximos ao Exército.

Uma das propostas também estabelece que o primeiro-ministro deve, obrigatoriamente, pertencer às fileiras do Parlamento.

Os 250 senadores, indicados pela junta, não devem aceitar facilmente cortar suas prerrogativas e uma possível mudança Constitucional demorará muito, segundo observadores.

Os partidários da realeza também se reuniram em frente ao Parlamento pela manhã para se opor a qualquer reforma.

"A modificação da Constituição levará à abolição da monarquia", reclamou, preocupado, Warong Dechgitvigrom, fundador do grupo de defesa da realeza, Thai Pakdee (“Leais Thais”).

O movimento pró-democracia, por sua vez, assegura seu desejo de modernizar a monarquia, mas em nenhum caso quer aboli-la.

Também pedem a abolição da lei de lesa majestade que pune com até 15 anos de prisão qualquer difamação ou insulto ao rei, e exigem o controle da fortuna real e a não interferência do soberano nos assuntos políticos.

Rei desde 2016 após a morte de seu pai, o venerado rei Bhumibol, Maha Vajiralongkorn é uma personalidade controversa. Em apenas alguns anos, ele fortaleceu seus poderes assumindo diretamente o controle da fortuna real, e suas frequentes estadas na Europa, em meio a uma recessão após a pandemia do coronavírus, também causaram comoção.

Eleitores começaram a se reunir na região da Casa Branca, na junção das ruas que ficou conhecida como praça Black Lives Matter Plaza desde os protestos de junho, para esperar os primeiros resultados da eleição. Por volta do horário do almoço, o quórum ainda era baixo, mas movimentos sociais chamam grupos para reuniões no local no início da noite.

Alguns presentes falavam que estão ali para mostrar que querem que seus votos contem nessa eleição. O país amanheceu sob clima tenso com a perspectiva de conflitos civis entre eleitores de lados opostos e com a ameaça do presidente Donald Trump de judicializar o resultado eleitoral.

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"Estamos aqui para demandar que todo voto seja contabilizado, que não haja supressão de votos em lugar algum, que não haja judicialização que suprima votos. Queremos mostrar que vamos lutar para que todo voto seja contabilizado", disse Kyle Bibby, de 35 anos, de uma organização de veteranos progressistas, chamada Common Defense. Integrantes do grupo estavam nos arredores da Casa Branca, mas participaram de atos na capital junto de outras organizações de pensamento semelhante, segundo ele. "Nossa batalha é nas urnas", afirmou.

A poucos quarteirões de distância da Casa Branca, ruas do centro da capital americana estavam vazias nesta manhã, com lojas fechadas e protegidas por tapumes para evitar depredação em caso de protestos violentos. Para Bibby, a "melhor forma de assegurar que as coisas continuem pacíficas é contabilizar todo voto", disse. "Isso não é ameaça, mas as pessoas ficarão raivosas se os votos não forem contados", afirmou.

O violento tiroteio de terça-feira (20) contra manifestantes na Nigéria provocou uma grande comoção no país: a Anistia Internacional denuncia várias mortes, mas as autoridades reconhecem apenas uma vítima fatal.

O governador do estado de Lagos, Babajide Sanwo-Olu, reconheceu no Twitter que uma pessoa morreu no tiroteio contra manifestantes pacíficos que desafiaram o toque de recolher na terça-feira à noite na cidade, capital econômica da Nigéria.

A ONG Anistia Internacional afirmou que vários manifestantes faleceram no ataque, mas que ainda tenta determinar o número exato.

As mais de 1.000 pessoas que se reuniram na terça-feira no ponto de pedágio de Lekki foram dispersadas com tiros de munição letal, após o anúncio do toque de recolher total para sufocar o movimento de protesto iniciado há quase duas semanas.

"Tenho a responsabilidade sobre este incidente infeliz e vou trabalhar com o governo federal para elucidar o que aconteceu", escreveu no Twitter o governador.

Sanwo-Olu afirmou ainda que a repressão escapou de seu controle.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram homens vestindo uniformes militares atirando com armas de fogo, mas o exército chamou as imagens de "fake news".

Tiros foram ouvidos perto do posto de pedágio na terça-feira à noite e na manhã desta quarta-feira. Os bairros comerciais e as lojas da cidade de 20 milhões de habitantes permanecem fechadas.

"Terça-feira sangrenta", afirmaram os jornais nigerianos esta manhã. Nas redes sociais, manifestantes pedem a renúncia do presidente Muhammadu Buharim, uma campanha que ganhou o apoio de Davido, estrela da música nigeriana.

A polícia mobilizou na terça-feira a unidade antidistúrbios como resposta aos confrontos em várias manifestações.

A indignação tomou conta do país e atravessou fronteiras.

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao presidente Buhari e aos militares que "interrompam a violenta repressão que custou a vida de vários manifestantes".

"Os Estados Unidos têm que ficar ao lado dos nigerianos que se manifestam pacificamente pela reforma da polícia e o fim da corrupção em sua democracia", completou em uma mensagem sem seu site.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu o fim do que chamou de "brutalidade" da polícia na Nigéria. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou a sangrenta repressão contra os manifestantes que desafiaram o toque de recolher em Lagos.

"Não suporto ver a tortura e a brutalidade que ainda existem em nossos países", escreveu no Twitter a cantora Rihanna.

A mobilização inédita na Nigéria começou no início do mês nas redes sociais como denúncia da violência policial e, aos poucos, se tornou um protesto contra o governo.

Desde o início dos protestos, pelo menos 18 pessoas, incluindo dois policiais, morreram nas manifestações.

Quase cem pessoas foram presas, neste domingo (6), pela polícia de Hong Kong, durante manifestações contra o adiamento das eleições legislativas.

Esta votação estava inicialmente prevista para este domingo e permitiria a renovação do Conselho Legislativo (Legco, Parlamento), uma das raras ocasiões para os cidadãos de Hong Kong exercerem o voto.

A chefe do Executivo local, Carrie Lam, nomeada por Pequim, anunciou no dia 31 de julho o adiamento das eleições por um ano em razão da pandemia de coronavírus, despertando a ira da oposição que pretendia expressar sua oposição ao governo.

Centenas de policiais de choque foram posicionados no bairro de Kowloon para impedir os chamados ao protesto pela internet.

Ao longo da tarde, a polícia foi criticada pelos manifestantes, que gritavam "devolva o meu voto" e "policiais corruptos", enquanto os agentes realizavam várias prisões, revistavam pessoas e ordenavam a dispersão da multidão.

Em um comunicado postado no Facebook, a polícia declarou que pelo menos 90 pessoas foram presas, a maioria por participar de uma manifestação não autorizada.

Uma mulher foi detida sob a nova lei de segurança imposta por Pequim em Hong Kong. Ela é acusada de gritar palavras de ordem em favor da independência, acrescentou a polícia.

Vídeos transmitidos ao vivo mostraram que três figuras importantes do movimento pró-democracia - Leung Kwok-hung, Figo Chan e Raphael Wong - também foram presos.

Essas prisões ocorreram após a detenção, no início da manhã, de um ativista pró-democracia pela unidade da polícia encarregada da segurança nacional.

Tam Tak-chi, um locutor de rádio, é acusado de "fazer comentários sediciosos".

A polícia não especificou os comentários que Lam teria feito.

Pequim lançou uma vasta campanha de repressão à dissidência de Hong Kong, após sete meses consecutivos de grandes protestos, muitas vezes violentos, que sacudiram o centro financeiro no ano passado.

Praticamente todas as reuniões foram proibidas este ano, com as autoridades citando preocupações de segurança e medidas para combater o coronavírus.

Desde a entrada em vigor, no final de junho, da nova lei de segurança, pelo menos 22 pessoas, incluindo o magnata dos meios de comunicação Jimmy Lai e a famosa ativista Agnes Chow, foram presas.

Na sexta-feira, relatores especiais da ONU alertaram que a polêmica lei representa um risco para a liberdade e o direito de protestar na ex-colônia britânica.

As autoridades de Hong Kong afirmam que esta nova legislação não afeta as liberdades de expressão e de reunião garantidas pelo princípio "um país, dois sistemas", estabelecido após a devolução em 1997 do território à China.

Muitos ativistas pela democracia denunciam, por sua vez, um texto liberticida.

Centenas de manifestantes contrários ao racismo reuniram-se em frente à Casa Branca nesta quinta-feira (27) para exigir a saída do presidente Donald Trump, no momento em que o presidente americano se prepara para aceitar oficialmente a indicação do Partido Republicano para disputar o segundo mandato.

"Temos que tirar Trump, temos que destruir o sistema completo. Precisamos de uma revolução", declarou Keherra Wedderburn, 18. "Este presidente e o vice não irão fazer nada, porque não são eles que levam tiros nas ruas", protestou a estudante negra, nascida em Houston, Texas.

Michael Legend, negro de 33 anos nascido em Washington, afirmou que "existem cada vez mais pessoas preparadas para que Trump renuncie ao poder".

A pouca distância dos manifestantes, o presidente americano se preparava para aceitar a indicação de seu partido com um discurso que será pronunciado no jardim da Casa Branca. "Não queremos ver Trump aceitar a nomeação. O objetivo é colocar água no evento", disse Miriam Oppenheimer, que veio da Filadélfia para protestar.

"Trump incentiva seus apoiadores a serem violentos e nós incentivamos quem nos apoia a ser pacífico", assinalou Miriam, 53, que exibia um cartaz com a frase "A polícia é a ferramenta do fascismo".

Não muito longe desta manifestação contra o racismo, apoiadores de Trump se reuniram na National Mall, esplanada onde ficam os museus e monumentos oficiais da capital americana.

As manifestações do movimento contra a violência policial e o racismo "Black Lives Matter" haviam diminuído nas últimas semanas, mas as feridas foram reabertas com o caso recente de Jacob Blake.

A polícia dos Estados Unidos usou granadas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes em todo país, em meio a uma onda de indignação frente ao "aumento" - anunciado pelo presidente Donald Trump - da presença de agentes federais nas principais cidades americanas.

Deflagradas após a morte do afro-americano George Floyd pela polícia em Minnesota, manifestações contra o racismo e contra a brutalidade policial tomam o país, na ocasião em que o presidente Donald Trump enfrenta um difícil momento em sua corrida pela reeleição e recorre a uma campanha intensamente baseada na ideia de "lei e ordem".

Os manifestantes marcharam em Austin, Texas, além de Louisville, Kentucky, em Nova York, em Omaha, e em Oakland e Los Angeles, na Califórnia, além de Richmond, na Virgínia, onde o Batalhão de Choque disparou agentes químicos em uma marcha do movimento Black Lives Matter, de acordo com a imprensa americana.

O som de pequenas e reiteradas detonações foi ouvido em algumas ruas de Washington, e a fumaça subiu de uma área onde os manifestantes atearam fogo em reboques, observou um jornalista da AFP.

Os manifestantes também furaram pneus de carros e quebraram janelas de trailers. A polícia de choque enfrentou a multidão. Algumas pessoas usaram guarda-chuva para se proteger do spray de pimenta.

No sábado, a polícia de Seattle disse que 45 pessoas foram presas por episódios relacionados aos protestos, classificados como tumultos pelos agentes, segundo a conta oficial da corporação no Twitter.

A chefe de polícia, Carmen Best, pediu às pessoas para irem "em paz à cidade" e condenou os protestos.

"Os agitadores não levaram em conta a segurança da comunidade, a segurança dos policiais, ou dos negócios e propriedades que eles destruíram", afirmou, segundo os jornais locais.

- Mar de agentes federais -

A última expressão de violência ocorreu depois que policiais e agentes federais dispararam gás lacrimogêneo e dispersaram manifestantes à força, mais ao sul de Portland, na manhã de sábado (25).

A cidade, a maior do estado de Oregon, é palco de protestos noturnos contra o racismo e contra a brutalidade policial há quase dois meses.

Portland também é palco de uma repressão altamente polêmica, por parte dos agentes federais, ordenada por Trump e que não tem apoio das autoridades locais.

Ontem, os protestos começaram de maneira pacífica, com música e cantorias da multidão. Alguns jogaram bolhas de sabão e colaram rosas vermelhas nas barricadas.

Terminou em gás lacrimogêneo, porém, depois que manifestantes amarraram cordas às barricadas que cercavam o tribunal de Justiça da cidade para tentar derrubá-las.

A polícia de Portland declarou uma zona de distúrbios e ordenou que a multidão deixasse o local. Na sequência, agentes federais se somaram a eles para esvaziar a área.

Um repórter da AFP viu pelo menos dois homens sendo detidos e levados por agentes federais.

De acordo com um comunicado da polícia de Portland, um homem foi esfaqueado, e o suspeito, "mantido pelos manifestantes" até ser detido por policiais e acusado de agressão. A vítima foi levada às pressas para o hospital com uma lesão grave.

- "Pequenos homens verdes" -

Mais cedo, os manifestantes que conversaram com a AFP reclamaram da presença de agentes federais na cidade e expressaram seu apoio ao movimento Black Lives Matter, protagonista central destes protestos.

"Não gosto do que está acontecendo aqui, do que Trump está fazendo", disse Mike Shikany, um engenheiro aeroespacial de 55 anos, acrescentando que "não quer se aproximar dos homenzinhos verdes", referindo-se às tropas enviadas pelo governo federal.

Jean Mullen, um aposentado de 74 anos de Portland, disse que, sem pressão, nada vai mudar.

"É hora de nos tornarmos o país que sempre acreditamos ser. E não podemos mais tomar isso como dado, nada. Não somos os primeiros em nada, e é algo terrível, terrível, ver isso no fim da minha vida", desabafou.

O Departamento de Justiça americano disse ter aberto, na quinta-feira (23), uma investigação oficial sobre a repressão federal. Na sexta (24), porém, um juiz federal do Oregon rejeitou uma tentativa legal do estado de impedir policiais de prenderem manifestantes.

Na semana passada, Trump anunciou o envio de um "mar" de agentes federais para lugares onde, segundo ele, há maior criminalidade - incluindo Chicago, após um aumento na violência na terceira maior cidade do país.

O governo afirma que, em Chicago, os oficiais enviados vão-se coordenar com as forças policiais locais, e não com as forças do Batalhão de Choque, como se viu em Portland. As autoridades locais garantem que marcarão um limite para qualquer mobilização no estilo de Portland.

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